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do Brasil
Natania Nogueira
Nogueira.natania@gmail.com
2009
Vinda da família real para o Brasil
D. João governava como príncipe regente porque sua mãe, a rainha D. Maria I,
estava muito doente.
D. João tomou importantes medidas que trouxeram
muitos benefícios ao Brasil: a criação do Banco do Brasil, da Academia Militar e da
Marinha, do Jardim Botânico, do Museu e da Biblioteca Nacional, da Imprensa Régia, da
Academia de Belas-Artes e do Arsenal da Marinha.
Esta declaração de Dom Pedro foi feita no dia 09 de janeiro de 1822, data que ficou
conhecida como o Dia do Fico.
Dias depois, Dom Pedro formou seu ministério, nomeando para ministro do Reino
José Bonifácio de Andrada e Silva.
Como as ameaças de Portugal continuaram, Dom Pedro que fora controlar conflitos
entre brasileiros e portugueses na província de São Paulo, anunciou, às margens do riacho
Ipiranga, em São Paulo, no dia 07 de setembro de 1822:
“Brasileiros, as cortes de Lisboa, querem escravizar-nos. De hoje em diante, nossas
relações estão quebradas. Nenhum laço nos une mais, estamos separados de Portugal.”
Puxando a espada gritou:
Independência ou morte!
No dia 12 de outubro de 1822, Dom Pedro foi aclamado imperador do Brasil com o
nome de Dom Pedro I.
1.Você concorda com a atitude de Dom João VI, ao esvaziar os cofres brasileiros, quando
foi para Portugal? Por quê?
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2. Na sua opinião, por que era interessante para Portugal transformar novamente o Brasil
em colônia?
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3.Quem foi nomeado por Dom Pedro como ministro do reino?
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4. O que Dom Pedro fazia em São Paulo quando gritou “Independência ou morte!”?
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No último dia 07 de março, fez 200 anos que um príncipe português gorduchinho,
uma princesa espanhola alvoraçada, uma rainha meio tantã e dois garotos travessos
chegaram ao Rio de Janeiro depois de cruzar o oceano Atlântico.
Com eles, também embarcaram várias pessoas ricas e importantes de Portugal. Todos
estavam fugindo do exército de Napoleão, o poderoso imperador francês que já havia
conquistado quase a Europa inteira.
Você já deve estar se perguntando por que essa viagem, que aconteceu há bastante
tempo, tem tanta importância nos dias de hoje.
Pois bem, naquela época, o Brasil ainda era uma colônia de Portugal. Tudo o que
produzíamos era enviado à metrópole. Não podíamos fazer comércio com outros países, nem
ter nossas próprias moedas, jornais e livros. Além do isolamento, faltavam boas estradas e
moradias para a população.
Nova Era
Quando a família real portuguesa veio para cá, uma nova era na história do Brasil
começou. Por ter virado sede de um império, tornou-se um lugar mais importante. Instalado
aqui, D. João VI criou o primeiro banco, o primeiro jardim botânico, o primeiro jornal,
melhorou as condições de vida no Rio, além de permitir que outros países fizessem
comércio conosco.
Com isso, devargazinho, as condições para que nos tornássemos um país
independente, em 1822, foram surgindo a partir daí.
Mas não pense você que esse episódio trouxe apenas conseqüências positivas. Só o
fato de termos sido colonizados por Portugal fez com que herdássemos muitas coisas
ruins.. Coisas que a família real não mudou em sua passagem por aqui.
Algumas ainda são grandes problemas para o Brasil. As diferenças sociais causadas
por relações injustas de poder e pela escravidão, a falta de boas condições de vida para os
mais pobres e a corrupção, que era comum em Portugal, são algumas das heranças negativas
daquela época com as quais ainda convivemos hoje.
Adaptado de Folha de São Paulo, 01/03/2008.
1) De acordo com a leitura do texto, assinale a alternativa correta.
a) Juntamente com a família real, várias outras pessoas importantes vieram ao Brasil para enfrentar o
exército de Napoleão.
b) A vinda da família real ao Brasil foi importante, pois acabaram-se as dívidas externas.
c) Enquanto foi colônia de Portugal, o Brasil não podia ter sua própria moeda, seus próprios jornais.
d) O fato de a família real ter desembarcado no Brasil trouxe apenas lucros aos brasileiros.
e) Uma das heranças negativas do episódio relatado no texto foi a construção do Jardim Botânico.
2) Durante a viagem, a família real, acostumada com as mais finas comidas, alimentou-se apenas de
biscoitos, de azeite, de repolho azedo, de carne de porco e de bacalhau. Ratos, baratas e piolhos fizeram
companhia aos tripulantes nos 54 dias de “aventura” pelos mares. Tudo isso porque:
4) Em comemoração aos 200 anos da vinda da família real ao Brasil, os Correios fizeram uma edição
especial de selos. Faça a leitura dos textos verbais, não-verbais e mistos apresentados neles para
estabelecer a relação correta.
I) III)
II) IV)
A) O Corpo de Fuzileiros Navais teve como sua primeira missão garantir a segurança da Família Real e
da Corte Portuguesa em sua viagem para o Brasil.
B) Este selo traz a escultura A Justiça, de Alfredo Ceshiatti. Colocado em primeiro plano, o monumento
reflete toda a importância do tema.
C) Em primeiro plano, destaca-se o mapa do Brasil. Os aviões cruzando o globo reportam ao
desenvolvimento e à rapidez nas transações comerciais internacionais.
D)( Este selo apresenta duas partes: na imagem à direita, o artista retrata o navio e a Família Real
portuguesa ao partir de Lisboa e à esquerda, apresenta, em primeiro plano, a figura de D. João VI.
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RESPOSTA: C
RESPOSTA: C
RESPOSTA: A
04. A maior razão brasileira para romper os laços com Portugal era:
RESPOSTA: B
RESPOSTA: E
06. (UCSAL)
I. Aparecimento do capitalismo industrial em substituição ao antigo
e decadente capitalismo comercial.
II. Tradução em dois planos do processo capitalista: abertura das
áreas coloniais à troca internacional e eliminação do
trabalho escravo.
III. Transferência da família real para o Brasil e abertura dos
portos.
a) eliminação da importação
b) decadência da mineração
c) colonização portuguesa
d) independência política
e) expansão territorial
RESPOSTA: D
RESPOSTA: A
RESPOSTA: B
RESPOSTA: D
RESPOSTA: C
Fonte: http://www.coladaweb.com/questoes/historia/movdin.htm
Plano de Aula
A independência do Brasil e o Território Nacional
Bloco de Conteúdo
História
Conteúdo
Nações - Povos - Lutas - Guerras - Revoluções
Introdução
O estudo do processo de Independência do Brasil, que tem um importante ponto de
inflexão em 1822, é uma boa oportunidade para aguçar o olhar do estudante para uma
importante questão: o tamanho do Brasil. Se observarmos o mapa da América Latina atual,
veremos que o território brasileiro é consideravelmente maior do que os territórios
nacionais dos países de língua castelhana, por exemplo. Por que será que, historicamente,
os antigos territórios coloniais ibéricos na América se desenvolveram assim, de maneira
tão distinta?
No caso do Brasil, a ruptura com a metrópole se deu de forma pacífica, distante dos
centros de poder e de participação popular. Além disso, a sociedade brasileira manteve sua
estrutura política, econômica e social praticamente intacta. Por fim, a unidade do território
não se alterou em relação ao período colonial. Tais características tiveram uma forte razão:
o processo de independência foi empreendido por quem já estava no poder. Mas esta não
era a única possibilidade naquele momento histórico...
No norte do Brasil, uma série de revoltas marcou este intento de permanecer fiel à
administração portuguesa. Em 1824, outro forte movimento ocorreu, dessa vez no
Nordeste: a Confederação do Equador. Uma das principais diferenças desses movimentos
em relação ao que foi empreendido principalmente por D. Pedro era o caráter provincial,
regional. Nenhum desses movimentos partia de uma identidade nacional. O príncipe-
regente, por sua vez, pôde unificar todo o território já que, para quem estava no poder
ainda no período colonial, o Brasil era desde o seu princípio um único país – e – de
dimensões continentais.
Objetivos
- Compreender a declaração de independência do Brasil, em 1822, como parte de um
processo histórico maior.
- Explicar as intenções políticas de movimentos de contestação da administração colonial e
imperial do Brasil
- Compreender que a unidade territorial do Brasil deriva de um processo de independência
empreendido "de cima para baixo".
- Analisar mapas históricos e geográficos.
- Compreender a unidade de diferentes acontecimentos associados a uma conjuntura.
- Operar com a noção de transformação conservadora.
Materiais
Livros didáticos de História
Mapas históricos e políticos atuais da América do Sul
Duração
4 ou 5 aulas
Desenvolvimento
O professor pode iniciar a aula apresentando aos alunos dois mapas da América. O
primeiro é de um artigo de José Murilo de Carvalho, publicado no site da Revista de
História da Biblioteca Nacional.
Nesse artigo, intitulado “E se D. João VI não tivesse vindo?”, o historiador procura fazer
um exercício de imaginação: o que poderia ter acontecido caso a família real portuguesa
não viesse para o Brasil. O texto trata também de acontecimentos europeus que
antecederam a Independência do Brasil e, por isso, pode ser uma excelente fonte de
informações tanto para os alunos como para o professor. O mapa é uma boa ferramenta
pois retrata a atual configuração política do território americano e faz referência à antiga
demarcação colonial portuguesa.
1ª atividade
Apresente inicialmente aos alunos o mapa do artigo de José Murilo de Carvalho. Você
pode perguntar à classe: “o que esse mapa nos mostra? A que região do mundo ele se
refere?”. Aguarde dos alunos as manifestações de que “esse mapa está errado”, “cadê o
Brasil?!”. Diante desses estranhamentos, você pode explicar aos alunos que o mapa é fruto
de um exercício de imaginação de um importante historiador brasileiro... Afinal, o que
justifica esse mapa é justamente o exercício de imaginação do que poderia ter ocorrido
caso a família real portuguesa não tivesse vindo ao Brasil em 1808. José Murilo de
Carvalho nos chama a atenção para o fato de que os vários movimentos de independência
regional que existiam na América Portuguesa não teriam sido sufocados, o que teria dado
origem a cinco países no lugar do Brasil. Você pode, inclusive, fazer uma leitura
compartilhada deste texto com os alunos, ressaltando seu caráter imaginativo.
Apresente então o outro mapa animado (caso disponha em sua escola dessa ferramenta) ou
então um mapa político atual da América do Sul (e Central).
A partir dos mapas, você pode propor aos alunos que os observem identificando todas as
diferenças que eles podem ver entre os países das antigas colônias portuguesa e espanhola.
Lance aos alunos algumas perguntas de identificação de informações (relativas ao mapa
real e atual das Américas do Sul e Central): em quantos países cada colônia se
transformou? Desses países, qual é o maior? E qual é o menor? Em que antiga colônia eles
se situam?
A partir daqui é possível começar a questionar os alunos: “de onde José Murilo de
Carvalho tirou a idéia de que o Brasil estaria dividido em vários países caso a família real
portuguesa não tivesse vindo para cá?”
2ª atividade
Essa pergunta suscitará a segunda atividade desta seqüência. Agora os alunos farão uma
pesquisa contextualizada para saber um pouco mais sobre os movimentos que poderiam,
na História do Brasil, ter dado origem a repúblicas independentes.
Você pode dividir os alunos em 4 grupos, entregar a eles alguns livros didáticos e pedir
que cada grupo pesquise sobre um movimento que reivindicava a independência em
relação a Portugal durante o período colonial: a Inconfidência Mineira, a Conjuração
Baiana e a Confederação do Equador (esta já no período imperial do Brasil independente),
por exemplo. O quarto grupo poderia pesquisar sobre movimentos de resistência à
Independência. Cada grupo deve ter uma pauta de pesquisa:
O objetivo é que cada grupo possa identificar que independência cada movimento queria
ou chegou até mesmo a conquistar por um breve período. Isso os levará a identificar que
esses movimentos queriam a independência de cada uma dessas regiões.
3ª atividade
Os grupos teriam de apresentar os resultados de suas pesquisas para seus colegas de classe,
que podem estar dispostos em um grande círculo. Você pode propor que eles preencham
um quadro-síntese desses movimentos, que ajude a turma toda a chegar às conclusões
pertinentes à seqüência. Na apresentação dos grupos pode brotar uma discussão
interessante: se assim era, o que aconteceu para que o território da América Portuguesa,
afinal, não se dividisse?
A seqüência didática terminaria então com a idéia de que a América Portuguesa inteira
"virou Brasil" graças a uma independência encabeçada pelo príncipe-regente, ou seja, por
quem já governava o território, ao contrário do que acontecera com a América Espanhola.
Neste ponto, o professor pode optar em se aprofundar com os alunos sobre a conjuntura e
os acontecimentos que envolveram o processo de Independência do Brasil e as
independências da América Espanhola.
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, José Murilo de. “E D. João resolve...ficar! Um exercício imaginário sobre
os destinos do Brasil caso a Corte não tivesse vindo. Aliás, que Brasil?”. Publicado no site
da Revista de História da Biblioteca Nacional, 01/05/2008.
Outra importante fonte é o clássico trabalho dos historiadores Fernando Novais e Carlos
Guilherme Mota:
MOTA, Carlos Guilherme; NOVAIS, Fernando. Independência Política do Brasil. São
Paulo: Hucitec, 1996, 96p.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/a-independencia-do-
brasil-e-o-territorio-nacional-426149.shtml
Independência do Brasil
4- A vinda da família real para o Brasil, em 1808, alterou a vida e a dinâmica da colônia,
bem como da nobreza, ao transformar o Rio de Janeiro no centro de decisões do Império
português.
a) Qual o papel da França e da Inglaterra no contexto político internacional em que
ocorreu a transferência da família real para o Brasil?
b) Identifique quem foi favorecido e quem foi prejudicado com a abertura dos portos,
decretada por D. João e explique por quê.
5- Leia a declaração. Como é para o bem do povo e felicidade geral da nação, estou
pronto; diga ao povo que fico. ("D. Pedro, Príncipe Regente, 9 de janeiro de 1822".)
a) Qual o significado da decisão tomada pelo Príncipe Regente?
b) Explique o que foi a Revolução do Porto, iniciada em 1820, e aponte suas
conseqüências para a porção americana do Império Português.
Fonte: http://historiajulia-exercicios.blogspot.com/2007/11/independncia-do-brasil.html