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HISTÓRIA

Brasil República - Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA
Brasil República - Parte I
Daniel Vasconcellos Araujo

1. Brasil República...........................................................................................................4
1.1. A Crise do Sistema Monárquico Imperial e a Solução Republicana; a Constituição
de 1891............................................................................................................................5
1.2. A Primeira República (1889-1930) e Sua Evolução Político-Administrativa; as
Dissidências Oligárquicas e a Revolução de 1930; a Vida Econômica e os Movimentos
Sociais no Campo e nas Cidades.................................................................................... 12
1.3. A Segunda República e Sua Trajetória Político-Institucional; do Estado Novo
ao Golpe Militar de 1964; a Curta Experiência Parlamentarista; as Constituições de
1946, 1967 e 1988. ........................................................................................................38
Resumo.........................................................................................................................54
Mapas Mentais..............................................................................................................56
Questões Comentadas em Aula. ................................................................................... 58
Questões de Concurso...................................................................................................65
Gabarito........................................................................................................................92
Gabarito Comentado. .....................................................................................................93

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Olá, aluno(a)! Seja bem-vindo(a)!


Vamos dar sequência ao seu processo de aprovação no concurso público! Antes de se-
guirmos, peço novamente que avalie a aula anterior, se ainda não o fizera.
Como esta aula ficou extensa, optei por dividi-la. Isso é importante para que você consiga
assimilar bem o conteúdo e fazer mais exercícios sobre cada tópico do edital.
Veja os tópicos que trabalharemos nas duas partes desta aula:
7. BRASIL REPÚBLICA
7.1. A  crise do sistema monárquico imperial e a solução republicana; a Constituição
de 1891.
7.2. A Primeira República (1889-1930) e sua evolução político-administrativa; as dissi-
dências oligárquicas e a Revolução de 1930; a vida econômica e os movimentos sociais no
campo e nas cidades.
7.3. A Segunda República e sua trajetória político-institucional; do Estado Novo ao golpe
militar de 1964; a curta experiência parlamentarista; as Constituições de 1946, 1967 e 1988.
7.4. As transformações socioeconômicas ao longo dos cem anos de vida republicana; o
café e o processo de industrialização; as crises e as lutas operárias; o processo de interna-
cionalização da economia brasileira e o endividamento externo.
7.5. Aspectos do desenvolvimento cultural e científico do Brasil no século XX.
7.6. A globalização e as questões ambientais.
Nesta primeira parte da aula vamos analisar o conteúdo até o final do Estado Novo (1945).

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1. Brasil República

O período republicano da história brasileira se inicia com a sua proclamação e 15 de no-


vembro de 1889. Observe a linha do tempo que divide didaticamente o Período Republicano
da História do Brasil:

No entanto, a FGV propõe uma abordagem diferente do que comumente encontramos em


outros concursos. Ela não segue essa divisão didática preferindo privilegiar temáticas. Isso
faz com que tenhamos de ir e voltar no tempo. Mas fique tranquilo, vou sempre situá-lo para
que não haja confusão. De todo modo, apresento abaixo a divisão proposta pela FGV:
• Primeira República (1889-1930): Corresponde à chamada República Velha. Tem base
na Constituição de 1891.
• Segunda República (1930-1937): Corresponde às duas primeiras fases da Chamada
Era Vargas. Tem base na Constituição de 1934.
• Terceira República (1937-1945): Corresponde à Ditadura do Estado Novo de Getúlio
Vargas. Tem base na Constituição de 1937.

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• Quarta República (1946-1967): Corresponde à República Populista. Tem base na Cons-


tituição de 1946.
• Quinta República (1967–1985): Corresponde ao Regime Militar a partir da outorga da
Constituição de 1967.
• Nova República (1985): Corresponde ao início dos governos de presidentes civis. Tem
por base a Constituição de 1988.

1.1. A Crise do Sistema Monárquico Imperial e a Solução Republicana;


a Constituição de 1891

A Crise do Sistema Monárquico Imperial e a Solução Republicana

Querido(a), já discutimos o que levou à Proclamação da República na aula anterior. Não


se esqueça das três Questões (Religiosa, Militar e Abolicionista). Elas resumem o desgaste do
governo imperial. Vejamos agora os eventos da Proclamação da República:
Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro Presidente do Brasil, foi herói na guerra do Pa-
raguai (1864-1870) comandando um dos Batalhões de Brigada Expedicionária. Sempre foi
contrário ao movimento republicano e defensor da Monarquia. Deixou isso claro em cartas
trocadas com seu sobrinho Clodoaldo da Fonseca em 1888, afirmando que, apesar de todos
os seus problemas, a Monarquia continuava sendo o “único sustentáculo” do país. Afirmava
ainda que a República, sendo proclamada, constituiria uma “verdadeira desgraça” porque os
brasileiros não estavam preparados para ela.
A República Federativa Brasileira nasceu pelas mãos dos militares. Eles se autoproclama-
ram defensores da Pátria brasileira. Mas o interessante é que a República foi proclamada por
um monarquista: Deodoro da Fonseca. Assim como parte dos militares que participaram da
movimentação pelas ruas do Rio de Janeiro no dia 15 de novembro, pretendia derrubar ape-
nas o gabinete do Visconde de Ouro Preto. No entanto, levado ao ato da proclamação, mesmo
doente, Deodoro agiu por acreditar que haveria represália do governo monárquico com sua
prisão e a de Benjamin Constant, devido à insurgência dos militares.
A população das camadas sociais mais humildes observou atônita os dias posteriores ao
golpe republicano. A República não favorecia em nada aos mais pobres e também não con-

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tou com a participação desses na ação efetiva. O Império, principalmente após a abolição da
escravidão, tem entre essas camadas uma simpatia e mesmo uma gratidão pela libertação.
Há então um empenho das classes ativamente participativas da República recém-fundada

para apagar os vestígios da monarquia no Brasil, construir heróis republicanos e símbolos

que garantissem que a sociedade brasileira se identificasse com o novo modelo Republicano

Federalista.

O Governo Republicano Provisório foi ocupado por Marechal Deodoro da Fonseca como

Presidente, Marechal Floriano Peixoto como vice-presidente e como ministros: Benjamin

Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro

e o Almirante Eduardo Wandenkolk. Todos os presentes na nata gestora da República eram

membros regulares da Maçonaria Brasileira. A Maçonaria e os maçons permanecem presen-

tes entre as lideranças brasileiras desde a Independência. Aliados aos ideais da filosofia Po-

sitivista, unem-se na formação do Estado Republicano, principalmente no que tange o Direito.

A filosofia Positivista de Auguste Comte esteve presente principalmente na construção

dos símbolos da República. Desde a produção da Bandeira Republicana com sua frase que

transborda a essência da filosofia Comteana “Ordem e Progresso”, ou no uso dos símbolos

como um aparato religioso à religião republicana.

Positivistas Ortodoxos como Miguel Lemos e Teixeira Mendes foram os principais ativis-

tas, usando das alegorias femininas e o mito do herói para fortalecer entre toda a população

a crença e o amor pela República. Esses Positivistas Ortodoxos acreditavam tão plenamente

em sua missão política de fortalecimento da República que, apesar de ridicularizados por

seus opositores, não esmorecem e seguiram fortalecendo o imaginário republicano com seus

símbolos, mitos e alegorias.

Entre esses símbolos, destaque para a Bandeira Nacional, para a imagem feminina de

Marianne representando a República Brasileira e Tiradentes. Este último ficou longe dos livros

de história desde a Inconfidência Mineira de 1889. Era de interesse da monarquia varrê-lo da

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história, já que significava os ideais republicanos. Cem anos depois, foi “ressuscitado” pelo
movimento republicano.

Na primeira imagem, uma homenagem à Proclamação da República, com o Visconde de Ouro Preto entre-
gando a coroa à República. Na segunda, ilustração de Ângelo Agostini retrata o reconhecimento da república
brasileira pelo governo da França em 14 de junho de 1890.

Tiradentes Esquartejado. Óleo sobre tela. Pedro Américo, 1893.

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Questão 1 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016)

Com relação ao contexto intelectual próprio da passagem do Império para a República, com
base na imagem, analise as afirmativas a seguir.
I – Os republicanos brasileiros, de orientação francesa, se inspiraram no uso de alegorias
femininas para veicular ideais liberais, como a Marianne, vestida à romana, com túnica,
sandálias e barrete frígio jacobino.
II – A figura feminina possuía um aspecto belicoso, indicado pelas armas que empunha e
pelos louros da vitória encimados na bandeira do novo regime, em homenagem aos
vitoriosos do 15 de novembro.

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III – O visconde de Ouro Preto foi representado ajoelhado no ato de entrega do poder à Re-
pública (a coroa), sustentada pelos militares, indicando que a nação brasileira alcan-
çará o progresso sem guerra, em sintonia com a ideologia positivista.

Está correto o que se afirma em:


a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.

Letra e.
I - Certa. A República Brasileira adotou a alegoria de Marianne, com o seu Barrete Frígio (ca-
rapuça vermelha), e está estampada em vários brasões e bandeiras de cidades, municípios e
estados brasileiros. Este símbolo também é utilizado impresso em todas as cédulas do Real
(unidade monetária nacional), e cunhado na moeda de R$1,00.
II - Certa. O Visconde de e Ouro Preto foi o último Presidente do Conselho de Ministros do
Império. Ouro Preto foi deportado.
III - Certa. A representação tenta vender a ideia que a transição para a república ocorrera de
maneira harmônica, a despeito das questões Religiosa, Militar e Abolicionista.

A Constituição de 1891

Em 3 de dezembro de 1889 o Governo Provisório nomeou uma Comissão especial para


elaborar o projeto de Constituição que seria apresentado ao Congresso Constituinte da Repú-
blica. Compunham-na Joaquim Saldanha Marinho, signatário do Manifesto Republicano de
1870, que foi escolhido presidente da Comissão; os republicanos históricos Américo Brasi-
liense, Francisco Rangel Pestana e os juristas Antônio Luís dos Santos Werneck e José Antô-
nio Pedreira de Magalhães Castro.

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As propostas do republicanismo só tomaram forma e se organizaram mais sistematicamente


quando o jornal A República, na edição de 3 de dezembro de 1870, publicou o Manifesto Repu-
blicano. O documento propunha basicamente que o país se transformasse em uma República
federativa para se adequar à realidade dos demais países do continente e garantir uma relati-
va autonomia das províncias em relação ao governo central. Isso interessava particularmente
aos cafeicultores de São Paulo, pois assim eles poderiam garantir a liberdade de um relacio-
namento direto com o mercado externo. Propunha ainda a laicidade do ensino, a separação
entre o Estado e a Igreja e a renovação do Senado.

O Congresso Nacional Constituinte instalou-se, com toda a solenidade, no dia 15 de no-


vembro de 1890, no Paço da Boa Vista, Rio de Janeiro. O  Congresso compunha-se princi-
palmente de pessoal novo na política brasileira: republicanos históricos ou de última hora,
muitos militares e alguns remanescentes dos partidos da monarquia, quase sempre discretos
ou adesistas entusiastas. Depois de eleger a sua Mesa (sendo eleito presidente do Senado e
do Congresso o republicano histórico Prudente de Morais), o primeiro ato do Congresso foi
reconhecer os poderes do Governo Provisório, e prorrogá-los até que se promulgasse a nova
Constituição.
Iniciados os trabalhos, três foram os anteprojetos que seus membros elaboraram, os quais
foram reduzidos a um só, inspirado nas constituições dos Estados Unidos e da Argentina. Foi
entregue, em 30 de maio de 1890, ao Governo que, de 10 a 18 de junho realizou minuciosa
revisão, efetuada, em especial, por Rui Barbosa, melhorando sua redação e modificando sua
estrutura. Em 22 de junho de 1890 era aprovado o projeto dito “do Governo Provisório”.
O Congresso Constituinte foi convocado por decreto de 21 de dezembro de 1889, para
reunir-se no dia 15 de novembro de 1890. No dia 15 de setembro realizaram-se as eleições
em todos os estados brasileiros.

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Houve um acordo geral para que fosse imediatamente votado e aprovado o projeto do
Governo. Não se fizeram, pois, alterações significativas. Depois de pouco mais de três meses,
em 24 de fevereiro de 1891, foi solenemente promulgada a Constituição republicana. Teve
como característica a instituição do regime republicano presidencialista e a separação entre
o Estado e a Igreja. Em suma, a Constituição era liberal, presidencialista e federativa.
A seguir, as principais determinações da Constituição de 1891:
• A criação de três poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ficando extinto o Poder
Moderador;
• A separação entre o Estado e a Igreja Católica. O Estado seria o responsável pela emis-
são de certidões e certificados e o clero católico deixaria de receber subvenção do
Estado;
• A liberdade de culto para todas as religiões;
• A garantia do ensino primário obrigatório, laico e gratuito;
• A proibição do uso de brasões ou títulos nobiliárquicos;
• A instituição do voto universal para cidadãos alfabetizados;
• A criação do Poder Legislativo bicameral. Os deputados tinham um mandado de três
anos e os senadores nove anos. Isto pôs fim ao Senado vitalício;
• O surgimento do Poder Legislativo provincial. Assim, as províncias poderiam criar suas
próprias leis e impostos, tendo mais autonomia em relação ao poder central.

De acordo com uma disposição transitória da Constituição de 1891, o presidente e o vi-


ce-presidente do primeiro período republicano deveriam ser excepcionalmente eleitos pelo
Congresso Constituinte.
Deodoro da Fonseca apresentou-se como candidato a Presidente, tendo como candidato
a vice, na mesma chapa, o Almirante Eduardo Wandenkolk. Na época, presidente e vice eram
eleitos separadamente. Como já havia forte oposição a Deodoro, esta articulou a candidatura
de Prudente de Morais, o presidente do Congresso, tendo o Marechal Floriano Peixoto como
candidato a vice. Floriano, além de candidatar-se a vice-presidente, na chapa de Prudente de
Morais, apresentou também candidatura própria à Presidência.

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Apurada a votação, em 25 de fevereiro de 1891, foi obtido o seguinte resultado na eleição


para presidente: Deodoro da Fonseca – eleito com 129 votos; Prudente de Morais – 97 votos;
Floriano Peixoto – 3 votos; Joaquim Saldanha Marinho – 2 votos; José Higino Duarte Pereira
– 1 voto; cédulas em branco – 2.
Para vice-presidente foi eleito o candidato da oposição, Marechal Floriano Peixoto, com
153 votos, contra 57 recebidos pelo Almirante Wandenkolk.
A vitória de Deodoro explica-se pelo temor de que o velho Marechal desse novo golpe
militar, fechando o Congresso e restaurando a monarquia. Mesmo os líderes da oposição
haviam resolvido que, numa eventual vitória de Prudente de Morais, o  Congresso lhe daria
imediatamente posse do cargo, instalando-se sem demora o governo no próprio edifício do
Parlamento, onde esperariam os acontecimentos, convocando para as imediações do prédio
as forças militares com cuja lealdade podiam contar.

1.2. A  Primeira República (1889-1930) e Sua Evolução Político-


Administrativa; as Dissidências Oligárquicas e a Revolução de 1930; a
Vida Econômica e os Movimentos Sociais no Campo e nas Cidades

A República das Espadas e a República dos Coronéis foram dois períodos da história bra-
sileira que se inserem na chamada República Velha.

A Primeira República (1889-1930) e Sua Evolução Político-Administrativa


A República das Espadas

A República da Espada (1889-1894) corresponde ao primeiro período da República Velha


(1889 – 1930), em que o poder político, no Brasil, esteve nas mãos dos militares.
No dia seguinte à Proclamação da República do Brasil, foi organizado no Rio de Janeiro
um Governo Provisório chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Com ele, o Exército che-
gava à liderança política do país.
O Governo provisório tomou inicialmente as seguintes medidas: dissolveu as Assembleias
Provinciais, as Câmaras Municipais e a Câmara dos Deputados; transformou as províncias

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em estados; nomeou interventores militares para governar os estados; criou a bandeira re-
publicana com o lema “Ordem e Progresso”; decretou a separação entre igreja e Estado e a
regulamentação do casamento civil. O Governo Provisório durou até a promulgação da Cons-
tituição, em 1891.
Como vimos, em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a segunda Constituição brasileira
e a primeira da República. Teve como principal modelo a norte-americana. Nela estavam as-
segurados os seguintes direitos: igualdade perante a lei, sigilo de correspondência, livre exer-
cício de qualquer profissão, liberdade religiosa e outros. Em suma, a Constituição era liberal,
presidencialista e federativa.
No dia 25 de fevereiro o Congresso elegeu imediatamente o marechal Deodoro da Fonseca
para presidente e o marechal Floriano Peixoto para vice. Era o primeiro presidente da “Repú-
blica da Espada”. A  eleição ocorreu num ambiente agitado, pois militares que o apoiavam,
ameaçavam mantê-lo na Presidência, caso seu adversário, o  paulista Prudente de Morais
fosse o vitorioso.
Eleito por um congresso ameaçado, Deodoro permaneceu apenas nove meses no cargo.
Esse período foi marcado por divergências entre o governo e a maioria dos deputados e se-
nadores.
Para tentar reestruturar a economia, o ministro das finanças do Marechal Deodoro, Rui
Barbosa, promoveu o Encilhamento: política econômica fracassada em que os efeitos negati-
vos foram sentidos no Brasil até o ano de 1892. Tal política foi embasada em fortes incentivos
à industrialização do Brasil, na facilitação excessiva para tomada de crédito, com o objetivo
de facilitar e ampliar a abertura de empresas. Além disso, promoveu a emissão de papel-mo-
eda (aumento de dinheiro em circulação).
Como consequência do encilhamento ocorreu forte crise econômica e financeira no Brasil,
que teve seu auge nos anos de 1890 e 1891. Também aumentou a especulação financeira,
na Bolsa de Valores, com ações de empresas emitidas sem lastro. Ademais, ainda ocorreram
fraudes com a criação de empresas fantasmas, cujo objetivo era pegar dinheiro emprestado
(crédito) sem investimento produtivo. Todo esse conjunto de fatores ainda foi piorado com a
desvalorização monetária acentuada e aumento da Inflação e da dívida pública.

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Lastro, em Economia, é a garantia implícita de um ativo. O conceito de lastro é utilizado para
determinar o valor real das moedas, no sentido de que o lastro é equivalente às riquezas de
um país, cuja moeda pretende representar. Um país só poderá imprimir mais moeda (dinheiro)
se houver um lastro, ou seja, a produção de riquezas equivalente ao dinheiro impresso. Caso
o governo produza uma certa quantidade de moeda sem uma garantia de que terá o retorno,
a moeda acaba perdendo o valor, a impressão de dinheiro acaba não tendo efeito nenhum e
consequentemente o surgimento de um cenário de hiperinflação. Bolhas de crédito são ge-
radas na impressão de dinheiro sem lastro, causando graves distorções no mercado e nos
preços.

Questão 2 (FGV/VESTIBULAR) Caracterizou-se por “encilhamento” a política econômi-

ca que:

a) levou o país a uma crise inflacionária pela emissão de moeda, sem lastro-ouro e com es-

cassos empréstimos estrangeiros, gerando inúmeras falências;

b) pôde acomodar os primeiros anos da República à estabilização e ao investimento em polí-

ticas públicas, principalmente educacionais;

c) levou o país a pedir empréstimos para a reorganização do parque industrial e para a explo-

ração da borracha na região amazônica;

d) pôde acomodar, por aproximadamente 50 anos, uma economia ainda dependente, permi-

tindo a aplicação de recursos em serviços públicos;

e) levou o país a receber apoio de todas as nações industrializadas para desenvolvimento de

parcerias, apesar da crescente inflação decorrente dos inúmeros empréstimos pedidos.

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Letra a.
Fácil, não?!

Diante de constantes atritos com o Legislativo e ameaçado de Impeachment, Deodoro


dissolveu o Congresso Nacional no dia 3 de novembro de 1891, e instituiu o “estado de sítio”
a censura à imprensa e mandou prender seus principais opositores.
No dia seguinte, a oposição organizou a resistência de forma que civis e militares se alia-
ram e prepararam a queda de Deodoro. Receoso de uma guerra civil, Deodoro renunciou e
entregou a chefia do governo ao vice-presidente Floriano Peixoto.
Ao assumir a Presidência, o Marechal Floriano Peixoto, o segundo presidente da “Repú-
blica da Espada”, suspendeu a dissolução do Congresso, o estado de sítio e depôs todos os
governadores que haviam apoiado Deodoro.
Apesar de ter sido um período marcado por crises políticas, o governo de Floriano contou
com o apoio dos cafeicultores, das camadas populares, da classe média e de uma forte ala
militar. O presidente baixou os preços do aluguel das casas dos operários, do pescado, da car-
ne, dos gêneros alimentícios em geral, e aprovou a lei de construção de moradias populares.
Floriano enfrentou protestos da oposição, pois era considerado um presidente ilegítimo.
De acordo com a Constituição, se um presidente não completasse dois anos de mandato, se-
riam convocadas novas eleições. Deodoro havia governado apenas nove meses. Floriano não
convocou novas eleições e, por isso, teve de enfrentar diversas revoltas que foram sufocadas
com rigor pelo “Marechal de Ferro” como era chamado Floriano Peixoto.
Floriano tinha tudo para continuar no governo após terminar seu mandato. Porém, não o
fez. Estava encerrada a “República da Espada” e começava a “República das Oligarquias” ca-
racterizada pelo domínio dos fazendeiros paulistas e mineiros. O poder econômico retomava
o controle do poder político.

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A República Oligárquica

Concurseiro(a), a  República dos Coronéis, também chamada de República Oligárquica


(1894-1930), foi marcada por um controle político das Oligarquias de São Paulo e Minas Ge-
rais, no que se convencionou chamar de política do café com leite.

Oligarquia é uma palavra de origem grega e significa “governo de poucos”. Como o próprio
nome diz, a República Oligárquica (1894-1930) foi um período da história do Brasil em que as
oligarquias cafeeiras de São Paulo (Partido Republicano Paulista) e as oligarquias produtoras
de leite de Minas Gerais (Partido Republicano Mineiro) dominaram a cena política brasileira
por possuírem a maioria do eleitorado do país. Daí a nomenclatura usual: Política do café com
leite.
Os presidentes indicados por estes dois partidos se revezaram na presidência da Repúbli-
ca até a Revolução de 1930, que colocou Getúlio Vargas no poder.
No plano econômico, para garantir os privilégios dos produtores de café, foi celebrado o
Convênio de Taubaté, um plano feito entre os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro e os grandes cafeicultores destes estados. Este acordo, firmado em 1906, na cidade
de Taubaté (interior de São Paulo) tinha como principal objetivo aumentar o preço do café. De

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acordo com o plano, os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro compravam a
produção de café dos produtores, fazendo e gerenciando estoques reguladores do produto.
O produto era colocado no mercado de acordo com a lei da oferta e procura, visando sempre
manter os preços elevados, garantindo desta forma o lucro dos produtores.
Na maior parte dos casos, estes governos compravam o café dos produtores a um preço
maior do que vendiam no mercado, obtendo prejuízos nesta relação. E quando a procura por
café no mercado internacional era menor do que a oferta, para manter os preços altos, os go-
vernos queimavam estoques do produto, gerando mais prejuízos aos cofres públicos.
Como estes estados não tinham capital para comprar os elevados estoques de café e ain-
da manter os preços controlados, precisaram recorrer a empréstimos em bancos estrangeiros
(ingleses e norte-americanos), que estavam abrindo suas portas no Brasil naquela época.

Política dos Governadores

Foi um acordo político firmado durante o período da República Velha (1889-1930), com o
objetivo de unir os interesses dos políticos locais ao governo federal, a fim de garantir o con-
trole do poder político.
O Governo Federal apoiava os governos estaduais sem restrições e, em troca, eles faziam
uso de seus coronéis (“coronelismo”) e elegiam bancadas pró-Governo Federal para a assem-
bleia legislativa, de forma que nem o governo federal, nem os governos estaduais, enfrentas-
sem qualquer tipo de oposição. Campos Sales propôs o nome “Política dos Estados”, dizendo
que “o que pensam os Estados, pensa a União”.

Coronelismo

Para que a política dos governadores funcionasse, era preciso a garantia dos votos ne-
cessários. Nesse sentido, poder político local era exercido por um coronel. Apesar da patente
no nome, não era um militar. Tratava-se de um mandatário, geralmente um grande proprie-
tário de terras, que controlava a dinâmica política na sua região em função da dependência
econômica da população local.

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A economia local era altamente dependente da atividade do coronel, que obrigava seus
“dependentes” a votarem nos candidatos que ele indicasse. É própria das pequenas cidades
do interior e configura uma forma de mandonismo em que uma elite, personificada pelo pro-
prietário rural, controla os meios de produção, detendo o poder econômico, social e político
local. O coronelismo foi a base de toda a estrutura que garantia a manutenção das elites agrá-
rias no governo da República.

Organizado o acordo da política dos governadores, foi necessária a criação de meca-


nismos institucionais para que garantissem a eleição dos candidatos escolhidos pelos dois
grupos. Vamos a eles
• Voto de Cabresto: a Constituição de 1891 estipulava o voto aberto. Assim, os coronéis
obrigavam seus “dependentes” a votarem em seus candidatos. Aqueles que tentavam
desobedecer eram punidos, perdendo seus empregos ou não conseguindo vender ou
prestar algum serviço para o Coronel.
• Curral eleitoral: Os coronéis negociavam seu apoio e os votos necessários aos candi-
datos que negociavam com ele. Ofereciam seu curral eleitoral em troca de favores.
• Comissão Verificadora: Criada pelo Congresso Nacional, se mesmo diante da domina-
ção coronelista os candidatos dos coronéis não fossem selecionados, uma Comissão
Verificadora de Poderes tinha autoridade para não diplomar o candidato eleito.

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Ao final da década de 1920, o  PRM (Partido Republicano Mineiro) rompeu com o PRP
(Partido Republicano Paulista), por desavenças na escolha do sucessor às eleições de 1929.
As disputas políticas levaram à Revolução de 30, que conduziu Getúlio Vargas ao poder.

Questão 3 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) “Comecemos pela expressão ‘República Oligárquica’. Oligarquia é uma palavra
grega que significa governo de poucas pessoas, pertencentes a uma classe ou família. De
fato, embora a aparência de organização do país fosse liberal, na prática o poder foi contro-
lado por um reduzido grupo de políticos em cada Estado.” FAUSTO, Boris. História do Brasil.
São Paulo: EDUSP, 1995, p. 61.
Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos mecanismos próprios da ordem oli-
gárquica brasileira na Primeira República.
a) Com a política dos governadores, o governo estadual passou a sustentar os grupos domi-
nantes em cada estado, em troca de apoio eleitoral para o Executivo federal.
b) Com a aliança entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, detentores das maiores bancadas no
Congresso no período, as oligarquias do Centro-Sul garantiram o controle do Executivo e do
Legislativo federais.
c) Com o coronelismo, controlou-se o eleitorado no campo, incorporado ao processo político
pelo fim do critério censitário, e  garantiu-se a hegemonia das oligarquias rurais regionais,
interferindo no processo eleitoral.
d) Com a criação de um novo ator político – os governadores, eleitos a partir das máqui-
nas estaduais -, os estados aprofundaram o federalismo e combateram o coronelismo, visto
como sobrevivência arcaica da ordem imperial.
e) Com o pacto federativo, acirraram-se as hostilidades existentes entre Executivo e Legisla-
tivo, criando a disputa entre São Paulo e Minas Gerais pela presidência da República.

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Letra c.
O coronelismo foi o principal instrumento utilizado pelas oligarquias para garantir que seus
candidatos fossem eleitos, mantendo a aparência de uma República Liberal, como descrito
no texto do enunciado.

As Dissidências Oligárquicas e a Revolução de 1930

Caro(a) aluno(a), ao longo da década de 1920, a República Oligárquica definhou. Vejamos


os elementos que levaram ao processo da Revolução de 1930.
A Queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, gerou uma crise sem precedentes
no capitalismo mundial. O café, carro-chefe da economia nacional, tornou-se produto supér-
fluo para os países em crise. Assim, o governo brasileiro em crise cortou o subsídio, a ajuda
financeira que prestava aos cafeicultores desde o início do século XX. Na esperança vã de
manter os preços altos do café, produtores chegaram a queimar milhares de sacas, com obje-
tivo de diminuir a oferta. Tenha em mente que a crise de 1929 derrubou a economia brasileira
e o poder econômico das oligarquias cafeeiras.
Além disso, o movimento tenentista, que veremos mais adiante em respeito ao edital, ape-
sar de combatido, disseminou ideais republicanos que ameaçavam a hegemonia dos coro-
néis. Junte-se a isso, o movimento operário, que espalhou as ideias comunistas e mobilizou
organizações de operários e camponeses.
É nesse contexto, de grande efervescência, que eclodiu a Revolução de 1930.
Como vimos, meu(minha) querido(a), as oligarquias mineira e paulista dominavam a cena
política com o revezamento dos presidentes escolhidos. Em 1929 esperava-se que a candi-
datura fosse de um político mineiro, entretanto, o presidente Washington Luís apoiou a can-
didatura do paulista Júlio Prestes para a presidência da República e de Vital Soares para a
vice-presidência.

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Assim, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba formalizaram a Aliança Liberal, com a
candidatura de Getúlio Vargas para presidência e de João Pessoa para vice. Contaram, ainda,
com o apoio do movimento tenentista e grupos de oposição. Dentre suas principais propos-
tas, listamos:
• A representação popular pelo voto secreto;
• anistia aos insurgentes do movimento tenentista na década de 1920;
• reformas trabalhistas;
• a autonomia do setor Judiciário;
• a adoção de medidas protecionistas aos produtos nacionais para além do café.

A eleição aconteceu em 1º de março de 1930, com vitória de Júlio Prestes. A Aliança Li-
beral contestou a eleição, mas se retraiu até que, em 26 de julho de 1930, João Pessoa foi as-
sassinado por conflitos políticos regionais. A Aliança Liberal se aproveitou do incidente para
se organizar e pegar em armas para tomar o poder. Entraram em contato com os generais
das Forças Armadas para apoiarem a deposição de Washington Luís e garantirem que Getúlio
Vargas se tornasse o próximo dirigente do país.
Em 3 de outubro de 1930, começou a intervenção. Na região Nordeste do país, Juarez Tá-
vora liderou as incursões armadas. Na região Sul foi o general Góis Monteiro o responsável
por tomar o poder. As tropas se dirigiram ao Rio de Janeiro onde depuseram Washington Luís
e entregaram a presidência da República a Getúlio Vargas.

Questão 4 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) A imagem

a seguir retrata a queima de café em Santos, no litoral de São Paulo, patrocinada pelo governo

Vargas, no início dos anos 1930.

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Sobre a crise cafeeira no Brasil dos anos 1930, assinale a afirmativa correta.
a) Foi o desdobramento de uma crise econômica mundial provocada pelo crash da Bolsa de
Nova Iorque.
b) Motivou a introdução de técnicas industriais no setor cafeeiro.
c) Manteve a alta burguesia cafeeira ilesa, ao longo da crise econômica.
d) Resultou no aumento da demanda por café brasileiro, no mercado internacional.
e) Foi desencadeada por pressão dos EUA, interessados em exportar seu café para o mercado
internacional.

Letra a.
Com a Crise de 1929, o café brasileiro passou a ser considerado um produto supérfluo. Ocorre
que os países em crise precisavam destinar seus capitais para atividades de recuperação da
economia, deixando de importar o café brasileiro.

A Vida Econômica e os Movimentos Sociais no Campo e nas Cidades

Querido(a), durante a República Velha, como já disse, ocorreu o predomínio da exportação


do café como principal atividade econômica. No entanto, tivemos uma importante atividade

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econômica como Ciclo da Borracha na região Norte do País, entre 1890 e 1914. Um exército
de trabalhadores extraia o látex dos seringais para exportá-lo para as indústrias inglesas e
norte-americanas, principalmente para a produção de pneus. Deste ciclo econômico, desta-
que para a vida cultural desenvolvida em Manaus e para as migrações de nordestinos para
a região amazônica para trabalhar na extração. Essa atividade entrou em decadência depois
que os ingleses traficaram mudas de seringueiras e começaram a cultivá-las no sistema de
Plantation na Índia. Lembra-se do sistema de plantation? Aquele mesmo do MEEL (monocul-
tura, exportação, escravidão e latifúndio) da economia açucareira, só que aqui, sem o trabalho
escravo.

Questão 5 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) Leia o trecho de notícia a se-


guir, a respeito da produção de látex no Mato Grosso.
“Os produtores de borracha do Mato Grosso estão preocupados com a queda do preço neste
mercado. O resultado direto disso é a diminuição da mão de obra no campo. A baixa nos pre-
ços acontece por causa do aumento da produção de látex nos países do Sudeste Asiático. (…)
Na safra passada, em média, o quilo de borracha era vendido a R$ 3,20. Já nesta safra, o valor
do quilo não passou de R$ 2. (…)”
(Produtores de borracha do MT estão preocupados com a queda do preço. Globo Rural, 06 jul. 2014.)

Durante a Primeira República (1889-1930) brasileira, um “surto da borracha” foi afetado tam-
bém pela concorrência da produção de látex em países do Sudeste Asiático que, à  época,
eram colônias de potências europeias. A  região brasileira cuja economia foi mais abalada
pela queda de preços da borracha no mercado internacional, durante as primeiras décadas do
século XX, foi a
a) mato-grossense.
b) fluminense.
c) nordestina.
d) amazônica.
e) gaúcha.

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Letra d.
Querido(a), cuidado com a pegadinha. Veja que o enunciado fala sobre Mato Grosso. No en-
tanto, o ciclo da borracha abrangeu toda a região amazônica brasileira, que entrou em crise
depois que os ingleses levaram mudas de seringueiras para o Sudeste Asiático.

Da economia cafeeira, resultam três processos que se complementam: a imigração in-


tensiva de estrangeiros para o Brasil, a urbanização e a industrialização. Outro fator econô-
mico significativo foi derivado da Primeira Guerra (1914-1928). Com as economias europeias
voltadas para a economia de guerra, o mercado interno brasileiro ficou carente de gêneros
industrializados que vinham principalmente da Inglaterra e França. Para solucionar a ques-
tão, o capital cafeeiro acumulado em bancos foi utilizado para financiar um significativo surto
industrializante em São Paulo e no Rio de Janeiro. Destaque para as indústrias têxteis e de
alimentos.
Os imigrantes que vinham à procura de trabalho nas lavouras de café acabavam, muitas
vezes, deslocando-se para os núcleos urbanos que começavam a despontar nessa época.
O processo de urbanização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo se desenvolveu, em
linhas gerais, para facilitar a distribuição e o escoamento do café, que era direcionado à ex-
portação. A ampliação das linhas férreas que ocorreu neste período, por exemplo, foi planeja-
da para tornar mais fluido esse processo.
A presença dos imigrantes nos centros urbanos, por sua vez, como informa o historiador
Boris Fausto, em sua História do Brasil, proporcionou o aparecimento de empregos urbanos
assalariados e outras fontes de renda como artesanato, fabriquetas de fundo de quintal e a
proliferação de profissões liberais. A junção dessas novas formas de trabalho do imigrante
com a estrutura urbana desenvolvida pelo complexo cafeeiro favoreceu o fluxo de produtos
manufaturados e o consequente desenvolvimento das indústrias nos centros urbanos.

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Por volta de 1880, já existia a presença de várias fábricas no Brasil, mas sem uma estru-
tura realmente significativa. Contudo, por volta das décadas de 1910 e 1920, as atividades
industriais já eram bastante expressivas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por meio da in-
tensa exportação de café e importação de outros produtos necessários ao mercado interno
brasileiro, várias estruturas de maquinário fabril também aportavam em terras brasileiras, já
que muitos produtores de café também passaram a investir nas fábricas.
Os principais tipos de atividades industriais do período estavam relacionados aos seto-
res: têxtil (produção de tecido), de bebidas e de alimentos. A modernização agrícola contri-
buiu decisivamente para a que indústria se desenvolvesse no âmbito dos setores referidos. E,
para que houvesse estabilidade na produção industrial, também foi necessário o controle do
valor da moeda brasileira. O motivo para esse controle era não correr o risco de ter o princi-
pal produto de exportação, o café, desvalorizado no mercado internacional. Então, por vezes,
o governo brasileiro priorizava o café, preterindo a atividade industrial. Esse fato demonstra
que apenas na Era Vargas, a partir da década de 1930, é que se teve no Brasil uma política
econômica realmente voltada ao desenvolvimento industrial pleno.
Vale notar, porém, que nos centros urbanos, além da proliferação de fábricas e trabalha-
dores assalariados, formou-se também nesse período as primeiras organizações de traba-
lhadores com fins de protesto por melhores condições de trabalho, dentre outras exigências.
O  anarco-sindicalismo se tornou notório entre os trabalhadores brasileiros na década de
1920, influenciados pelas ideias dos anarquistas italianas da mesma época que aqui chega-
vam por meio dos imigrantes italianos com experiência no trabalho fabril.
Prezado(a), inúmeros movimentos sociais eclodiram durante a República Velha. Eles re-
velam as contradições do período, de necessária compreensão para darmos sequência ao
conteúdo listado no edital. Para facilitar nosso estudo, apontarei logo na frente do nome do
movimento se ele foi urbano ou rural. Vejamos:

Revolta da Armada (1893) – Urbana

A Revolta da Armada foi um movimento de rebelião ocorrido em 1893 e liderado por algu-
mas unidades da Marinha Brasileira contra o governo do presidente Floriano Peixoto.

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Dentre suas principais causas, podemos listar:


• Após a renúncia do presidente Deodoro da Fonseca em 1891, ao assumir, Floriano Pei-
xoto destituiu todos os governadores que apoiavam Deodoro. Este fato gerou divergên-
cias políticas;
• Alguns grupos militares, principalmente da Marinha, eram contrários a ascensão políti-
ca de civis, promovida pelo governo de Floriano Peixoto;
• Pouco prestígio político, no âmbito federal, da Marinha em relação ao Exército;
• Os militares revoltosos da Marinha contestavam a legalidade do governo Floriano, pois
a Constituição dizia que o vice-presidente só poderia assumir o cargo após dois anos
de mandato do presidente. Como a renúncia de Deodoro aconteceu antes de dois anos
de mandato, os revoltosos contestaram a legalidade constitucional do governo Floria-
no.

Os principais líderes da revolta foram o Almirante Custódio de Melo e o Almirante Luiz


Filipe Saldanha da Gama. Participaram do movimento oficiais da Marinha Brasileira, jovens
integrantes da Marinha e pessoas que defendiam o regime monarquista.
Os revoltosos eram contrários às mudanças políticas patrocinadas por Floriano Peixoto e
exigiam a convocação dos eleitores para eleições que pudessem escolher novos governado-
res. Além disso, revoltosos queriam a manutenção dos militares no poder.
Em 13 de setembro de 1893, navios de guerra da Marinha, em posse de militares integran-
tes da revolta, bombardearam a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. O governo
Floriano não cedeu, organizou o Exército e resistiu à revolta. A defesa do litoral impediu o de-
sembarque dos revoltosos. Após muitos conflitos armados, o governo debelou a rebelião em
março de 1894.

Guerra de Canudos (1893 a 1897) – Rural

A Guerra de Canudos foi o maior movimento de resistência à opressão dos grandes pro-
prietários rurais. Ele ocorreu entre 1893 e 1897, no arraial de Canudos, uma comunidade do
Sertão da Bahia. Esse movimento refletia a extrema miséria em que viviam as populações
marginalizadas do Sertão Nordestino.

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Para melhor compreender a Guerra de Canudos, é preciso levar em consideração a situ-


ação (contexto histórico) do Nordeste no final do século XIX. Para tanto, indicamos alguns
pontos principais, que estão relacionados às causas do conflito.
• Fome: o desemprego e os baixíssimos rendimentos das famílias deixavam muitos sem
ter o que comer.
• Seca: a região do agreste ficava muitos meses e até mesmo anos sem receber chuvas.
Este fator dificultava a agricultura e não permitia a sobrevivência do gado.
• Falta de apoio político: os governantes e políticos da região não se importavam com as
necessidades das populações carentes.
• Violência: latifundiários empregavam grupos armados para proteger suas proprieda-
des. Eles espalhavam a violência pela região, como estratégia de manutenção do poder
dos fazendeiros e forma de repressão a qualquer movimento político ou social, desfa-
vorável aos seus patrões.
• Desemprego: grande parte da população pobre estava desempregada em função da
seca e da falta de oportunidades em outras áreas da economia.
• Fanatismo religioso: era comum a existência de beatos que arrebanhavam seguidores
prometendo uma vida melhor.

O conflito envolveu, de um lado, os habitantes do Arraial de Canudos (jagunços, sertane-


jos pobres e miseráveis, fanáticos religiosos) liderados pelo beato Antônio Conselheiro. De
outro, as tropas do governo da Bahia com apoio de militares enviados pelo governo federal.
O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários, não concordava com o fato de os habi-
tantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afir-
mavam também que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia, que havia sido subs-
tituída pela República em 1889.
Antônio Conselheiro, por sua vez, defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário
ao casamento civil. Ele afirmava ter sido enviado por Deus para liderar o movimento contra
as diferenças e injustiças sociais. Era também um crítico do sistema republicano, na forma
como funcionava no período. Essa liderança de cunho religioso entrou para a história com o
nome de messianismo.

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Nenhuma das três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de
Canudos foi bem-sucedida. Os sertanejos e jagunços armaram-se e resistiram bravamente
contra os militares. Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas fede-
rais, conseguindo com isso, que militares de várias regiões do Brasil, usando armas pesadas,
fossem enviados para o sertão baiano. O arraial foi massacrado de forma brutal: crianças,
mulheres e idosos foram mortos sem distinção. Uma vez controlado o movimento, Antônio
Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.
A Guerra de Canudos serviu para mostrar que, apesar de marginalizadas, as populações
do sertão nordestino do final do século XIX não aceitavam a situação de injustiça social que
grassava na região. Embora derrotado, este movimento ficou conhecido, na História do Brasil,
como um marco de luta e resistência social.

Guerra do Contestado (1912 a 1916) – Rural

Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre
outubro de 1912 e agosto de 1916. Assim como Canudos, também foi um movimento messi-
ânico. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos
poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocor-
rem numa área de disputa territorial entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma
empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força
política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de
camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses
da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de
pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida
para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com
isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que
atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram de-
sempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte
da empresa norte-americana ou do governo.

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Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de
lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois,
diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este prega-
va a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com
prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de segui-
dores, principalmente de camponeses sem terras.
Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados
com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou
a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o
governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para
o local, com o objetivo de desarticular o movimento.
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de
espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças
oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na
maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Ade-
odato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a
trinta anos de prisão.
A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as
questões sociais no início da República. Os  interesses financeiros de grandes empresas e
proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não
havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia or-
ganização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, com-
batiam os movimentos com repressão e força militar.

Revolta da Vacina (1904) – Urbana

A chamada “Revolta da Vacina” foi uma insurreição popular ocorrida no Rio de Janeiro
em 1904. A revolta ocorreu como uma reação popular à campanha da vacinação obrigatória,
posta em prática pelo sanitarista Oswaldo Cruz.

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A causa principal da Revolta da Vacina foi, sobretudo, o modo como foi implantada a cam-
panha da vacinação obrigatória.
A campanha em si foi idealizada pelo sanitarista Oswaldo Cruz, que foi empossado Diretor
Nacional de Saúde Pública, no Rio de Janeiro, na época capital federal. Isto foi feito a mando
do Presidente Rodrigues Alves, como parte de uma série de reformas e projetos de urbani-
zação idealizados pela presidência, entre elas a demolição de cortiços e favelas e de boa
parte das construções antigas do centro do Rio, e a criação das brigadas de mata-mosquitos,
destinadas a combater as principais doenças epidêmicas transmitidas pelo inseto, como a
malária e a febre amarela.
Antes da realização da campanha, as outras reformas do presidente já se mostravam im-
populares, pois deslocaram uma parte substancial da população com suas reformas urbanas,
e já havia implantado as brigadas mata-mosquito de forma truculenta, entrando à força nas
casas se necessário, e frequentemente escoltadas por policiais ou militares.
A revolta começou quando, estando boa parte da cidade em ruínas em razão da demolição
dos cortiços e outras construções antigas do centro, e a população revoltada com a maneira
que o governo tinha implantado os mata-mosquitos, se anunciou que seriam criadas mais
brigadas para promover uma vacinação obrigatória geral, e que essas brigadas tinham auto-
rização para entrar nas casas à força e igualmente a força deter e vacinar quaisquer de seus
habitantes, conforme fosse necessário.
No dia seguinte ao dia da aprovação da Lei da Vacina Obrigatória, 5 de novembro de 1904,
os que se opunham à vacinação obrigatória se organizaram fundando a Liga Contra a Vacina
Obrigatória, para protestar contra as medidas do governo. No dia 10 de novembro, perce-
bendo que o governo pretendia continuar com as mesmas práticas a despeito da revolta da
população, estourou a insurreição.
A revolta em si durou apenas 6 dias, do dia 10 de novembro ao dia 16 de novembro. Du-
rante esse período, foram saqueadas lojas e prédios públicos, suas fachadas apedrejadas,
bondes queimados, trilhos arrancados, barricadas, tiroteios nas ruas entre a polícia e os ma-
nifestantes, o que tornava o aspecto do centro do Rio, já com aparência de canteiro de obras,
o de uma praça de guerra.

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No dia 14 a revolta chegou ao seu ápice, pois receberam o apoio dos militares da Escola
de Cadetes da Praia Vermelha. No último dia o governo fingiu ceder para acalmar a revolta,
e suspendeu temporariamente as brigadas de vacinação, ao mesmo tempo que declarou es-
tado de sítio e cercou o Rio de Janeiro de tropas. As tropas adentraram a cidade no dia 17 de
novembro, e prenderam a maior parte dos revoltosos, dos quais alguns foram presos e outros
deportados para o Acre. Assim que a cidade foi considerada segura, o governo voltou atrás e
continuou com a campanha como previsto.
A falta de divulgação da natureza da vacina e seus efeitos benéficos, em conjunto com a
truculência das autoridades e do clima de tensão social causado pelas outras reformas pe-
las quais passava a capital, foram as principais razões pelas quais uma insurreição dessas
proporções não pôde ser evitada. Apesar da revolta, a campanha foi um absoluto sucesso em
seus objetivos, e dentro de poucos anos a varíola estava completamente erradicada no Rio
de Janeiro, momento no qual o programa foi sendo lentamente expandido até a erradicação
completa da varíola no Brasil na década de 1970.

Questão 6 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Analise a


caricatura a seguir.

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Fonte: O Malho, n. 247, 08/06/1907

Na caricatura, Oswaldo Cruz limpa a “sujeira” do Morro da Favela com o pente da “Delegacia
de Hygiene”. No alto se lê: “Uma limpeza indispensável. A Hygiene vai limpar o Morro da Fa-
vella, ao lado da Estrada de Ferro Central. Para isso intimou os moradores a se mudarem em
dez dias”.
Sobre as políticas sanitaristas durante a Primeira República, assinale a afirmativa correta.
a) Encontraram grande resistência por parte da população.
b) Foram objeto de crítica da comunidade científica.
c) Caracterizavam-se por práticas segregacionistas.
d) Fundamentavam-se em critérios raciais.
e) Organizavam-se a partir de princípios classistas.

Letra a.
Querido(a), questão fácil apesar da aparente confusão que a banca tenta levar ao candidato.
Lembre-se de que a Revolta da Vacina foi justamente um movimento de resistência de parte
da população.

Revolta da Chibata (1910) – Urbana

Revolta da Chibata foi um importante movimento de motim naval, ocorrido no início do


século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910.
Neste período, os  marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As  faltas
graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa re-
volta entre os marinheiros.
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com
250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais.

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O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos

outros marinheiros, desencadeou a revolta.

O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais

três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do

encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.

O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta rei-

vindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que

participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos amea-

çavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil).

Diante da grave situação, o  presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultima-

to dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações,

o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo

de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta

foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas

subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condições de vida eram

desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a

Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos forçados na produção de borracha.

João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados.

No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram

da revolta.

Podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfa-

ção ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema político-e-

conômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “caso de

polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase

sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações

populares.

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Movimento Operário – Urbano

Como vimos, uma das consequências da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi a ne-

cessidade de o país substituir as importações pela produção industrial nacional. Já que as

potências industriais que forneciam para o mercado brasileiro estavam com suas economias

voltadas para os esforços de guerra, o Brasil foi obrigado a promover um breve surto indus-

trializante.

O capital veio do café, do seu acúmulo em instituições financeiras que financiaram indús-

trias têxteis e de laticínios. Já a mão de obra foi imigrante. Desde o século XIX havia uma po-

lítica de incentivo a imigração europeia. Os objetivos eram trazer mão de obra especializada

em substituição à mão de obra escrava “desqualificada” e embranquecer a população com o

predomínio genético branco ao longo das gerações. Pode-se dizer que isso foi um “tiro no pé”,

porque os imigrantes italianos, alemães, espanhóis… tinham, além da experiência do trabalho

assalariado no campo e nas indústrias, a  experiência na luta operária, trazendo ideologias

como o socialismo, o anarquismo e o comunismo.

O ápice do movimento operário aconteceu entre 1917 e 1920, sendo tratada pelo presi-

dente Washington Luís (1926-1930) como “caso de polícia”. Sem dúvidas a mobilização mais

marcante foi a Greve Geral de 1917. Operários e comerciantes pararam São Paulo nos meses

de junho e julho, exigindo melhores condições de trabalho e aumento salarial. Depois de cinco

dias, suas reivindicações foram atendidas.

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Capa do jornal A Gazeta de 9 de julho de 1917 sobre a greve.

Apesar de diminuírem as manifestações operárias ao longo da década de 1920, variados


sindicatos e associações de classe surgiram e, com a crise de 1929, começaram a pressionar
a sociedade por mudanças.
Na segunda parte desta aula voltaremos a tratar do movimento operário e seu desenvol-
vimento ao longo do século XX.

Tenentismo – Urbano

Durante a década de 1920, militares de média patente começaram a se organizar contra a


imoralidade da política dos governadores e do coronelismo.
Em 5 de julho de 1922, em um episódio que entrou para a história como os “18 do Forte de
Copacabana”, o tenente Siqueira Campos e um grupo de militares rebeldes pegaram armas e
marcharam as ruas em direção ao Palácio do Catete (sede do governo federal). Alguns milita-
res desistiram ao longo da caminhada, restando apenas 17 que receberam o apoio de um civil.

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Após forte tiroteio entre os 18 e as tropas do governo, sobreviveram apenas Siqueira Campos
e Eduardo Campos, que acabaram presos.

Foto do movimento dos 18 do Forte de Copacabana

Dois anos depois, exatamente no mesmo 5 de julho, o general Isidoro Dias Lopes liderou a
Revolução Paulista de 1924 em que cerca de mil militares tomaram a cidade de São Paulo por
23 dias. A cidade foi palco do maior bombardeio de sua história provocando deslocamento
de mais de 300 mil pessoas. A eminente derrota ante ao avanço de tropas federais fez com
que deixassem a cidade formando uma coluna, a Coluna Paulista. Dirigiram-se ao sul do país,
onde se uniram a Coluna Prestes.
A Coluna Prestes teve início também em 5 de julho de 1924, na cidade de Alegrete (sul
do Rio Grande do Sul). Percorreu cerca de 25 mil quilômetros no interior do país realizando
discursos de conscientização contra os desmandos do coronelismo e das oligarquias. Após
dois anos e meio, depois de passar por 11 estados, terminou dividido: parte do grupo foi para
a Bolívia, enquanto outra para o Paraguai.

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PERCURSO DA COLUNA PRESTES

Questão 7 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) Com relação ao quadro geral das relações sociais características da Primeira Re-
pública, assinale V para a afirmação verdadeira e F para a falsa.
 (  ) A organização do movimento operário em torno dos ideais anarquistas, em cidades
como Rio de Janeiro e São Paulo, teve como efeito a aprovação de uma legislação tra-
balhista mínima, que garantia jornada de oito horas semanais e férias remuneradas.
 (  ) Os movimentos sociais como Canudos, na Bahia, e Contestado, em Santa Catarina, re-
sultaram da combinação de conteúdo religioso e carência social, na medida em que
seus líderes pregavam ideais ascéticos de vida combinados com o desprendimento de
bens materiais como a posse da terra.

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 (  ) O clientelismo representou a forma geral das relações sociopolíticas na Primeira Repú-
blica, tendo como exemplo a influência dos coronéis, que eram a base local de poder no
âmbito dos municípios.
As afirmativas são, respectivamente,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.

Letra e.
I - Errada. Não houve aprovação de lei. O que ocorreu foi uma cogitação de um limite diário de
8 horas na jornada de trabalho e 15 dias de férias. Entretanto, foi desprezada pelos industriais.
II - Errada. Ambos tiveram um caráter religioso, mas esse se difere daquele no aspecto da
terra. Os camponeses do Contestado não queriam abdicar da terra, pelo contrário, foram ex-
pulsos da terra devido a construção da estrada de ferro.
III - Certa.

1.3. A  Segunda República e Sua Trajetória Político-Institucional;


do Estado Novo ao Golpe Militar de 1964; a Curta Experiência
Parlamentarista; as Constituições de 1946, 1967 e 1988

A Segunda República e Sua Trajetória Político-Institucional

A Segunda República corresponde às duas primeiras fases da Chamada Era Vargas. Se


inicia com a Revolução de 1930 e se estende até 1837, com o golpe que instituiu o Estado
Novo. Em todas as provas de História da FGV alguma questão sobre Vargas foi cobrada. Não
é difícil entender isso já o nome da instituição é inspirado nessa figura importante da história
do país. Por isso, fique ainda mais atento!

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A Era Vargas compreende o período em que Vargas passou pela presidência da República
pela primeira vez, entre 1930 a 1945. Esse período foi dividido didaticamente pela historiogra-
fia em três fases: Governo Provisório (1930 a 1934), Governo Constitucional (1934 a 1937) e
Estado Novo (1937 a 1945).
Querido(a), é preciso que você entenda o que a banca quer dizer com essa divisão didáti-
ca. Ela leva em conta as Constituições estabelecidas para realizar essa separação.
Lembre-se de que Vargas chegou ao poder por consequência da Revolução de 1930. Se
tiver dúvidas sobre o assunto, recomendo que retorne a aula anterior antes de seguirmos.
Governo Provisório (1930-1934)
Instituída a Revolução, Vargas tratou de retribuir o apoio recebido pelos militares entre-
gando-lhes vários cargos políticos. Os “tenentes” eram indicados como interventores do Es-
tado e buscavam anular as antigas oligarquias. Esse atrito entre as antigas oligarquias de São
Paulo e o Governo Federal culminou na Revolução Constitucionalista de 1932, que veremos
mais adiante. Antes, vejamos a pauta do Governo Provisório:
• Instalação de uma indústria básica (principalmente a siderurgia);
• Nacionalização de minas, energia, transporte e comunicação;
• Centralização do poder;
• Unificação dos Estados;
• Aliança entre Estado e Igreja Católica;
• Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 1830, também chamado “Mi-
nistério da Revolução”. O primeiro Ministro do Trabalho foi Lindolfo Collor, avô do ex
presidente Fernando Collor, que buscou administrar os conflitos entre trabalhadores e
patrões com a negociação da carga horária de trabalho e outras concessões a ambos
os lados. Por isso Getúlio ficou conhecido como “pai dos pobres e mãe dos ricos”;
• Oficialização dos sindicatos, com claro objetivo de atrair essas associações de classe
para a órbita do governo a fim de controlá-las, impedindo mobilizações operárias con-
trárias ao Governo. Daí nasceu a expressão “Sindicato Pelego”;
• Criação do Conselho Nacional do Café, 1931: Objetivava a superação da crise da produ-
ção de café com o subsídio do Governo para valorizar o produto.

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Sindicalismo “Pelego”

Desde a criação do Ministério do Trabalho em 1931, os sindicatos passaram a ser con-


trolados pelo estado. Em 1939, a legislação proibiu a representação de mais de um sindicato
por categoria e a associação entre sindicatos. Desse modo, Getúlio conseguiu impedir que os
operários se organizassem em manifestações contrárias a seu governo.
A expressão “pelego” é uma referência metafórica à pele de carneiro usada por baixo da
sela para amortecer a cavalgada em cavalos. Em outras palavras, o sindicato tinha a função
de diminuir o impacto do peso do patrão sobre o trabalhador.

Revolução Constitucionalista de 1932

Querido(a), você há de se recordar, as oligarquias de São Paulo foram as principais pre-


judicadas pela Revolução de 30. Assim, em 1931, Getúlio Vargas nomeou como interventor
do Estado o “tenente” João Alberto Lins de Barros, contrariando o Partido Democrático. Im-
portante aliado na Aliança Liberal que instituiu o Governo Provisório, o Partido Democrático
queria a nomeação de seu presidente, Francisco Morato, para o cargo.
Em 1931, o  Partido Democrático rompeu com o interventor paulista e, em 1932, com a
base aliada do governo Vargas. Aliou-se à antigas forças políticas de São Paulo, como o Par-
tido Republicano Paulista, formando a Frente Única Paulista (FUP).
Dentre suas reivindicações, podemos listar:
• Autonomia política do Estado de São Paulo;
• Nomeação de um interventor civil e paulista para o Estado;
• Criação de uma nova constituição para o país;
• Eleições para presidente.

A FUP começou a organizar um levante armado já na sua fundação, sob o comando do


general Isidoro Dias Lopes (aquele mesmo da Revolução Paulista de 1924, do movimento
tenentista).

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Getúlio tentou estrategicamente controlar os ímpetos revoltosos de São Paulo apresen-


tando um novo Código Eleitoral que marcava eleições para deputados para uma assembleia
constituinte.
O estopim para o conflito ocorreu quando estudantes morreram durante manifestações
em São Paulo: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. As iniciais desses estudantes (MMDC)
se tornaram o nome de um grupo secreto que pretendia destituir Getúlio Vargas da presidên-
cia.
O movimento contou com o apoio de industriais e de populares, que doavam quantias
variadas numa campanha chamada Ouro Pelo Bem de São Paulo. Também recebeu apoio
de Mato Grosso, interessado em promover uma divisão de seu estado. E, de fato, durante o
levante, os mato-grossenses criaram o estado de Maracajú, posteriormente anulada por Var-
gas. Assim, em 9 de julho de 1932, eclodiu a guerra civil no Estado de São Paulo.

São Paulo não conseguiu apoio de outros estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul
e, isolado, suportou apenas poucos meses. A rendição oficial foi assinada em 1º de outubro
de 1932. Os principais líderes da Revolução Constitucionalista foram exilados em Portugal.
Getúlio então indicou o general Valdomiro Lima como interventor do Estado.
Apesar da derrota militar da Revolução Constitucionalista, Getúlio Vargas se viu pres-
sionado a convocar a Assembleia Nacional Constituinte em 1933. Em 1934 a Constituição
foi promulgada, mantendo Getúlio Vargas como presidente em um Governo Constitucional e
prevendo eleições para 1938.

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Questão 8 (FGV/AL-MT/REPÓRTER CINEMATOGRÁFICO/2013) “Ao subir ao poder, em


1930, Getúlio Vargas procurou combater as estruturas de sustentação criadas pela política
do ‘café‐com‐leite’, e para isso desenvolveu uma série de mecanismos que visavam reorgani-
zar o Estado.
[…] Para governar os estados, Vargas nomeou interventores federais, que deviam exercer tan-
to o Poder Executivo quanto o Legislativo, com os mesmos poderes que cabiam ao governo
provisório.
[…] A situação se agravou mais ainda, quando em 9 de julho de 1932, os paulistas iniciaram a
Revolução Constitucionalista.”
(www.educacional.com.br/…/Livro%20de%20Mato%20Grosso43201211)

Em relação à crise de 1932, analise as afirmativas a seguir.


I – São Paulo esperava a adesão das elites mineiras e gaúchas, mas, na realidade, so-
mente contou com a participação de um pequeno destacamento, proveniente do sul de
Mato Grosso, comandado pelo general Bertoldo Klinger.
II – O apoio do sul de Mato Grosso à causa paulista estava associado à divisão do estado
uma vez que, no decorrer da Revolução Constitucionalista, o sul de Mato Grosso se
separou, criando o Estado de Maracajú.
III – A Revolução Constitucionalista durou três meses. Após ter derrotado o movimento em
São Paulo, Vargas controlou o movimento separatista do sul de Mato Grosso.

Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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Letra e.
O movimento da Revolução Constitucionalista de 1932 reivindicava a elaboração de uma
nova constituição, a nomeação de um interventor civil e paulista para governar o estado de
São Paulo e eleições para presidente.

Governo Constitucional (1934-1937)

Querido(a), em 1934 Vargas assume a presidência de forma Constitucional. Durante esse


período, Vargas incentivou práticas educativas como a gratuidade do “ensino primário” e pro-
pagou seu regime através de livros, do cinema e de programas de rádio. Todas essas produ-
ções passaram a ser fiscalizadas e censuradas a partir de 1934, com a criação do Departa-
mento de Propaganda e Difusão Cultura (DPDC).
É durante o Governo Constitucional que dois grupos radicalizam a política polarizando
ideologias contrárias. Vamos a eles:

Ação Integralista Brasileira (AIB)

Liderada por Plínio Salgado, tinha caráter fascista, inspirada nos líderes Benito Mussolini,
da Itália, e Adolf Hitler, da Alemanha (trataremos desses regimes na nossa segunda aula de
História Geral). De extrema-direita, defendia uma intervenção maior do Estado na economia
brasileira e a submissão dos direitos individuais em prol da Nação.
Em outubro de 1932, Plínio Salgado lança “O Manifesto Integralista” que trazia os ideais
do AIB: “defesa do nacionalismo, definido mais sobre bases culturais do que econômicas,
e do corporativismo, visto como esteio da organização do Estado e da sociedade; combate
aos valores liberais e rejeição do socialismo como modo de organização social”. Apesar da
inspiração, diferentemente do Nazismo, a AIB não trazia o racismo em seus preceitos.

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Cartazes de divulgação da AIB.

“Deus, Pátria e Família” era o lema da AIB e sintetizava sua defesa do cristianismo, do
nacionalismo e do conservadorismo. Os também chamados “camisas verdes” usavam a letra
sigma grega (Σ) com símbolo, em alusão ao significado oriundo da matemática de soma das
sequências numéricas. Também se saldavam de maneira muito parecida com o nazismo, le-
vantando a mão e usando a expressão tupi “Anauê”, que significa “você é meu irmão”.

Aliança Nacional Libertadora (ANL)

A Aliança Nacional Libertadora era ligada ao Partido Comunista do Brasil. Entre seus prin-
cipais objetivos estavam a reforma agrária, a nacionalização das empresas, a suspensão do
pagamento da dívida externa, a garantia a liberdade de expressão e a instauração de um go-
verno popular inspirado na Revolução Russa de 1917. Tinha orientação marxista e defendia o
comunismo contra o imperialismo. Seu principal líder foi Luís Carlos Prestes, o “cavaleiro da
esperança” que deu nome a Coluna Prestes de 1924.
Getúlio Vargas havia se apoiado também na ANL para tomar o poder das mãos de Júlio
Prestes na Revolução de 1930. Entretanto, não era simpatizante dos seus ideais pela reforma

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agraria e pelo comunismo. Assim, decretou sua ilegalidade em 1935, com a publicação da Lei

de Segurança Nacional. O objetivo da lei era fechar o cerco contra grupos políticos opositores,

criando uma legislação específica para crimes políticos.

Cartazes de divulgação da ANL.

Mesmo na ilegalidade, em 1935, a ANL tramou um golpe, com levantes em quartéis no

Recife, em Natal e no Rio de janeiro para tentar tirar Getúlio Vargas do poder. Esse episódio

entrou para a historiografia como “Intentona Comunista”. O casal Luiz Carlos Prestes e Olga

Prestes, líderes da Intentona, foram presos e Olga acabou sendo deportada e morta em um

campo de concentração nazista.

Tendo reprimido com violência a tentativa de golpe da ANL, Getúlio percebeu o avanço das

ideologias comunistas no país. Setores da população, que antes eram contrários às medidas

centralizantes, acabaram dando apoio ao Governo por medo do socialismo soviético tomar

o país.

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Plano Cohen

Getúlio Vargas foi aperfeiçoando a Lei de Segurança Nacional (LSN) com a criação do Tri-
bunal de Segurança Nacional em 1936. A LSN foi mantida nas Constituições que se seguiram,
sendo evocada pelo Regime Militar (1964-1985) dentro da doutrina de Segurança Nacional
idealizada pela Escola Superior de Guerra.
Mesmo com o endurecimento de Vargas contra a ANL, a AIB pressionou o governo para
acabar de uma vez por todas com a ameaça comunista, alegando que a ANL prepararia uma
nova Intentona Comunista com influência direta da União Soviética.
Assim, no dia 30 de setembro de 1937, o chefe do Estado-Maior, general Góes Monteiro,
usou o programa radiofônico Hora do Brasil para anunciar a descoberta de um plano do Parti-
do Comunista do Brasil e da ANL, em conjunto com organizações comunistas internacionais,
para derrubar o presidente Getúlio Vargas.
Getúlio recebeu apoio de setores tradicionais da direita brasileira como o Exército, o em-
presariado e os cafeicultores. Esses grupos entendiam que o fortalecimento do poder execu-
tivo impediria que mais revoltas acontecessem. Aproveitando-se do contexto, Getúlio Vargas
declara “Estado de Sítio” e instaura a ditadura do Estado Novo em 1937.

Do Estado Novo ao Golpe Militar de 1964


O Estado Novo

Querido(a), o Estado Novo ou Terceira República (1937-1945) foi inspirado no regime fas-
cista do português Antônio Oliveira Salazar, que usou essa nomenclatura pela primeira vez.
Getúlio Vargas se aproveitou da instabilidade política e outorgou a carta constitucional
de 1937, elabora por Francisco Campos. Por ter inspiração na Carta Constitucional fascista
polonesa, ficou conhecida como constituição “polaca”. O termo pejorativo também fazia refe-
rência às prostitutas portuárias de origem polonesa.
Como você há de se recordar, a  AIB apoiou o Golpe de 1937 e, apesar disso, foi posta
na ilegalidade pelo regime varguista, assim como todo os outros partidos políticos, em 3 de
dezembro de 1937. Desse modo, em janeiro de 1938, a Aliança Integralista conspirou uma

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rebelião com apoio de membros da marinha e de civis, como o ex-governador do Rio Grande
do Sul Flores da Cunha. Em 11 de março a primeira tentativa foi frustrada e os rebeldes foram
presos antes de começarem os conflitos. Em 11 de maio, tomaram o Palácio da Guanabara e
o Ministério da Marinha. Esse episódio ficou conhecido como Intentona Integralista.
A reação de Vargas foi enérgica, tornando as regras do Tribunal de Segurança Nacional
mais rígidas. Muitos integralistas foram presos e, mesmo, torturados. Plínio Salgado acabou
exilado.

Apesar de Getúlio não ter criado uma polícia política, como fizeram os nazistas alemães
ou os fascistas italianos, a Lei de Segurança Nacional foi utilizada para perseguir opositores.
Nesse sentido, cabe destacar a liderança policial de Filinto Müler, no Distrito Federal, perse-
guindo principalmente comunistas e pessoas ligas à ANL e ao PCdoB. Luís Carlos Prestes
continuou preso durante todo o Estado Novo. Outros comunistas foram torturados como Er-
nest Ewert e Carlos Marighela.
Meu(minha) querido(a), a partir de agora vamos listar importantes realizações do Governo
Varguista e discuti-las:

Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP)

Getúlio Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda em 1939. Sua função


era basicamente promover a figura de Getúlio como “pai dos pobres”, censurar os meios de
comunicação e fazer propaganda do Estado Novo. Livros e materiais didáticos foram elabo-
rados com essa finalidade.

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Material didático de propagando do Estado Novo.

Além disso, o DIP organizou manifestações cívicas e patrióticas semelhantes às realiza-


das por Hitler na Alemanha.

Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)

Vargas trouxe o movimento operário para sua esfera de influência criando a Justiça do
Trabalho, em 1º de maio de 1939, para mediar conflitos entre o patronato e os empregados.
Em 1º de maio de 1943 criou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que unificou toda le-
gislação trabalhista brasileira e introduziu novos direitos. A CLT regulamentou a carga horária
de trabalho, férias, segurança do trabalho, descanso remunerado e salário mínimo.

O Nacional-Desenvolvimentismo

Vargas buscou promover o desenvolvimento econômico do país com o estímulo à indus-


trialização, com a racionalização burocrática dos órgãos da administração pública e com
reformas nas forças armadas. Desse modo, em 1938, criou o Conselho Nacional do Petróleo
(CNP) e o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP).

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Podemos listar, de maneira objetiva, as principais indústrias públicas criadas durante o


Estado Novo:
• Companhia Siderúrgica Nacional (1941);
• Companhia Vale do Rio Doce (1942);
• Fábrica Nacional de Motores (1942);
• Companhia Nacional de Álcalis (1943);
• Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945).

A “Marcha para o Oeste”

Dentro da lógica nacional-desenvolvimentista, Vargas buscou a integração das regiões


Centro-Oeste e Norte através da abertura de estradas, do incentivo a produção agropecuária
e da ocupação populacional. Esse projeto ficou conhecido como “Marcha para o Oeste”. As-
sim criou os estados do Amapá, Rio Branco (atual Roraima), Guaporé (atual Rondônia), Ponta
Porã (desmembrado de Mato Grosso) e Iguaçu (desmembrado do Paraná). Estes dois últimos
foram extintos em 1946, já findado o Estado Novo. A ideia era estimular a formação de novas
cidades. A construção da cidade de Goiânia está inserida nesse contexto.
Obviamente, a ocupação desses novos espaços acabou gerando conflitos com os povos
indígenas. Para tentar amenizar estes impactos, Getúlio criou o Conselho Nacional de Pro-
teção aos Índios (CNPI), comandado por Cândido Rondon. Infelizmente, apesar da tentativa
de contato com os nativos de maneira pacífica, muitos morreram, sobretudo por doenças as
quais não possuíam resistência imunológica.

Queremismo

A contradição evidente de uma ditadura fascista em apoiar as democracias ocidentais na


Guerra acabou contribuindo para queda do Estado Novo em 1945. Convocadas novas elei-
ções, parcelas populares que desejavam a permanência de Getúlio Vargas no poder, organi-
zaram manifestações que ficaram conhecidas como “Queremismo” por causa das inscrições
“Queremos Getúlio” que surgiram em muros nas grandes cidades na época.

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Manifestação queremista

O movimento queremista alertou setores do exército e o partido de direita UDN (União


Democrática Nacional) que perceberam os planos de Getúlio de continuar no poder.
Esse quadro refletiu diretamente em parte da elite brasileira e nos meios militares. Assim,
na virada de 1944 para 1945, ambos os grupos começaram a ampliar esforços para que acon-
tecesse uma transição de poder para um regime democrático. Em resposta a essa pretensão,
Vargas anunciou o Ato Adicional, uma emenda constitucional baixada em fevereiro de 1945.
Essa emenda à Constituição de 1937 decretava que seria determinada, no prazo de 90
dias, a data para realização de eleição presidencial no Brasil. Com essa emenda, começaram
a organizar-se no Brasil os partidos políticos que concorreriam à disputa pelo poder e que
protagonizariam a política brasileira durante a Quarta República.
Em 29 de outubro de 1945, o exército liderou um golpe que depôs Getúlio Vargas e colo-
cou o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, na presidência. Ainda assim,
as eleições foram mantidas e Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente com apoio de Getúlio
Vargas. Vargas tornou-se deputado e o Estado Novo, enfim, foi abolido.

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A Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial

Querido(a), apesar de seu governo ser claramente de inspiração fascista, Vargas acabou
se aproximando dos Estados Unidos no contexto da Segunda Guerra Mundial.
Através dos Acordos de Washington, estabeleceu-se uma união diplomática entre os dois
países. Para selar o acordo, o Brasil comprometeu-se em permitir a instalação de bases mili-
tares e aeroportos no Norte e Nordeste brasileiro, além de fornecer aço aos Aliados na Segun-
da Guerra em troca de um empréstimo para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN), em Volta Redonda (RJ).
Até a rodada de negociações dos acordos de Washington, o Brasil se manteve neutro na
Segunda Guerra Mundial. Apesar da simpatia que alimentava pelos regimes Fascistas euro-
peus, inclusive cooperando com Hitler ao deportar estrangeiros judeus e comunistas, Vargas
acabou se aproximando das democracias ocidentais.
Os países do Eixo, já cientes do acordo celebrado entre Brasil e Estados Unidos, atacaram
submarinos brasileiros levando Vargas a ingressar definitivamente na Guerra ao lado dos
Aliados em 22 de agosto de 1942. Entretanto, só veio a integrar o conflito de fato em 1943,
quando o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, veio ao Brasil para a
Conferência de Natal. Nela, ficou firmado o compromisso de exportação da borracha brasilei-
ra e a criação da Força Expedicionária Brasileira FEB).
A demora em entrar no conflito acabou levando os céticos a proclamar que seria “mais
fácil a cobra fumar do que o Brasil ir combater nos campos de guerra europeus”. Por ironia,
o símbolo da FEB acabou sendo a cobra fumando.

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A FEB era composta por cerca de 25 mil sodados que, em 1944, foram combater o fascis-
mo na Itália. Vários foram os problemas enfrentados pelas tropas brasileiras, desde o fogo
amigo, por utilizar uniformes doados pelo governo norte-americano semelhantes ao farda-
mento nazista, até a falta de armamentos e tecnologia de combate. A FEB permaneceu na
Europa até o término da guerra em 8 de maio de 1945.

Embarque da FEB em 1944

Do lado dos Aliados (Inglaterra, França, União Soviética e Estados Unidos), a FEB enfren-
tou as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) em território italiano, no chamado front do
Mediterrâneo. Obtiveram duas importantes vitórias nas batalhas de Monte Castelo, em feve-
reiro de 1945, e Montese, em abril de 1945.
Além da FEB, Getúlio criou a FAB (Força Aérea Brasileira) em 21 de janeiro de 1941. Em 22
de maio de 1942, um avião B-25 da FAB atacou o submarino Barbarigo, da marinha italiana.
Em 18 de dezembro de 1943, seria criado o Primeiro Grupo de Aviação de Caça, unidade de
combate enviada para a Itália.

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Questão 9 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Conside-


rando a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), assinale a afirmativa
correta.
a) Ficou restrita ao monitoramento do espaço marítimo do Atlântico Sul pela FAB.
b) Foi provocada pela retaliação ao alinhamento brasileiro aos países do Eixo.
c) Foi o resultado da reavaliação político-ideológica do governo brasileiro, previamente ali-
nhado às potências do Eixo.
d) Foi motivada por uma represália ao rompimento de relações diplomáticas do Brasil com os
países da Aliança Ocidental.
e) Foi fundamental para a obtenção do assento permanente na Organização das Nações Uni-
das (ONU), no pós-Guerra.

Letra c.
Getúlio Vargas, como vimos, adotou um sistema político inspirado nos regimes totalitários
europeus, especialmente o Italiano e o Português. Contudo, realizou acordos com os Estados
Unidos mudando sua postura. Aliás, merece destacar que foi essa contradição de apoiar as
democracias ocidentais contra os regimes totalitários que lhe inspiravam que resultou na
pressão para que Vargas saísse do governo.

Querido(a), chegamos ao final de mais uma parte teórica. Memorize os mapas mentais,
estude o resumo, faça os exercícios e avalie esta aula.
Grande abraço!
Professor Daniel

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RESUMO
República de Espada:
• Marechal Deodoro da Fonseca.
• Marechal Floriano Peixoto.
• Encilhamento.
• Revolta da Armada.
• Estado Federativo, Liberal, Presidencialista.
• Guerra de Canudos.

República Oligárquica:
• Política dos Governadores.
• Política do café com leite: PRM + PRP.
• Coronelismo.
• Voto de Cabresto.
• Comissão verificadora.
• Convênio de Taubaté, 1906.
• Guerra de Canudos: Messianismo. Antônio Conselheiro, contra o coronelismo.
• Revolta da Vacina, 1904: obrigatoriedade da vacina da Varíola.
• Revolta da Chibata, 1910: Castigos dados aos marinheiros negros.
• Guerra do Contestado, 1912 a 1916.
• Greve Geral de 1917.
• Semana de Arte Moderna, 1922
• Tenentismo.
• Crise de 1929.

Era Vargas:
• Tornou obrigatória a disciplina de “Educação Moral e Cívica” nas escolas.
• Institui um novo valor cambial: o cruzeiro.
• Concepção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Vale do Rio Doce.

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• Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) para controlar rádios e jor-


nais e do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1938, para for-
talecer a máquina pública e a burocracia e fiscalizar os governos estaduais.
• Controle dos sindicatos.
• Implementação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, garantindo vá-
rios direitos aos trabalhadores.
• Criação da Justiça do Trabalho, da carteira de trabalho, salário mínimo, descanso se-
manal remunerado, jornada de trabalho de oito horas e regulamentação do trabalho
feminino de menores de idade.
• Criação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), que mais adiante, em 1953, se torna-
ria a Petrobras.
• Criação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco e da Fábrica Nacional de Motores
(FNM).
• Decreto do Código Penal e do Código de Processo Penal Brasileiro.

Brasil na Segunda Guerra Mundial:


• FEB: Força Expedicionária Brasileira. 25 mil soldados.
• FAB: Força Aérea Brasileira.
• Batalha de Monte Castelo

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MAPAS MENTAIS

República

Oligárquica 1894-1930

Política do café com leite

Política dos governadores

Coronelismo: garantia o curral eleitoral através do voto


de cabresto

Crise de 1929;

Revoltas tenentistas;
Revolução
de 1930
Movimento operário;

Ruptura entre Minas Gerais e São Paulo

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Ministério do trabalho
Revolução constitucionalista de 1932
Governo provisório 1930-1934 Constituição de 1934

AIB X ANL

Era Vargas Intentona comunista


Governo constitucional 1934-1937
1930-1945 Plano Cohen

Ditadura;
Constituição polaca de 1937
Estado novo 1937-1945
Censura, II guerra, CLT, Indústrias de base

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-
RIA/2016)

Com relação ao contexto intelectual próprio da passagem do Império para a República, com
base na imagem, analise as afirmativas a seguir.
I – Os republicanos brasileiros, de orientação francesa, se inspiraram no uso de alegorias
femininas para veicular ideais liberais, como a Marianne, vestida à romana, com túnica,
sandálias e barrete frígio jacobino.
II – A figura feminina possuía um aspecto belicoso, indicado pelas armas que empunha e
pelos louros da vitória encimados na bandeira do novo regime, em homenagem aos
vitoriosos do 15 de novembro.
III – O visconde de Ouro Preto foi representado ajoelhado no ato de entrega do poder à Re-
pública (a coroa), sustentada pelos militares, indicando que a nação brasileira alcan-
çará o progresso sem guerra, em sintonia com a ideologia positivista.

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Está correto o que se afirma em:


a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.

Questão 2 (FGV/VESTIBULAR) Caracterizou-se por “encilhamento” a política econômi-


ca que:
a) levou o país a uma crise inflacionária pela emissão de moeda, sem lastro-ouro e com es-
cassos empréstimos estrangeiros, gerando inúmeras falências;
b) pôde acomodar os primeiros anos da República à estabilização e ao investimento em polí-
ticas públicas, principalmente educacionais;
c) levou o país a pedir empréstimos para a reorganização do parque industrial e para a explo-
ração da borracha na região amazônica;
d) pôde acomodar, por aproximadamente 50 anos, uma economia ainda dependente, permi-
tindo a aplicação de recursos em serviços públicos;
e) levou o país a receber apoio de todas as nações industrializadas para desenvolvimento de
parcerias, apesar da crescente inflação decorrente dos inúmeros empréstimos pedidos.

Questão 3 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) “Comecemos pela expressão ‘República Oligárquica’. Oligarquia é uma palavra
grega que significa governo de poucas pessoas, pertencentes a uma classe ou família. De
fato, embora a aparência de organização do país fosse liberal, na prática o poder foi contro-
lado por um reduzido grupo de políticos em cada Estado.” FAUSTO, Boris. História do Brasil.
São Paulo: EDUSP, 1995, p. 61.
Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos mecanismos próprios da ordem oli-
gárquica brasileira na Primeira República.
a) Com a política dos governadores, o governo estadual passou a sustentar os grupos domi-
nantes em cada estado, em troca de apoio eleitoral para o Executivo federal.

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b) Com a aliança entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, detentores das maiores bancadas no

Congresso no período, as oligarquias do Centro-Sul garantiram o controle do Executivo e do

Legislativo federais.

c) Com o coronelismo, controlou-se o eleitorado no campo, incorporado ao processo político

pelo fim do critério censitário, e  garantiu-se a hegemonia das oligarquias rurais regionais,

interferindo no processo eleitoral.

d) Com a criação de um novo ator político – os governadores, eleitos a partir das máqui-

nas estaduais -, os estados aprofundaram o federalismo e combateram o coronelismo, visto

como sobrevivência arcaica da ordem imperial.

e) Com o pacto federativo, acirraram-se as hostilidades existentes entre Executivo e Legisla-

tivo, criando a disputa entre São Paulo e Minas Gerais pela presidência da República.

Questão 4 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) A imagem

a seguir retrata a queima de café em Santos, no litoral de São Paulo, patrocinada pelo governo

Vargas, no início dos anos 1930.

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Sobre a crise cafeeira no Brasil dos anos 1930, assinale a afirmativa correta.

a) Foi o desdobramento de uma crise econômica mundial provocada pelo crash da Bolsa de

Nova Iorque.
b) Motivou a introdução de técnicas industriais no setor cafeeiro.
c) Manteve a alta burguesia cafeeira ilesa, ao longo da crise econômica.
d) Resultou no aumento da demanda por café brasileiro, no mercado internacional.
e) Foi desencadeada por pressão dos EUA, interessados em exportar seu café para o mercado
internacional.

Questão 5 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) Leia o trecho de notícia a se-


guir, a respeito da produção de látex no Mato Grosso.
“Os produtores de borracha do Mato Grosso estão preocupados com a queda do preço neste
mercado. O resultado direto disso é a diminuição da mão de obra no campo. A baixa nos pre-
ços acontece por causa do aumento da produção de látex nos países do Sudeste Asiático. (…)
Na safra passada, em média, o quilo de borracha era vendido a R$ 3,20. Já nesta safra, o valor
do quilo não passou de R$ 2. (…)”
(Produtores de borracha do MT estão preocupados com a queda do preço. Globo Rural, 06 jul. 2014.)

Durante a Primeira República (1889-1930) brasileira, um “surto da borracha” foi afetado tam-

bém pela concorrência da produção de látex em países do Sudeste Asiático que, à  época,

eram colônias de potências europeias. A  região brasileira cuja economia foi mais abalada

pela queda de preços da borracha no mercado internacional, durante as primeiras décadas do

século XX, foi a

a) mato-grossense.

b) fluminense.

c) nordestina.

d) amazônica.

e) gaúcha.

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Questão 6 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Analise a

caricatura a seguir.

Fonte: O Malho, n. 247, 08/06/1907

Na caricatura, Oswaldo Cruz limpa a “sujeira” do Morro da Favela com o pente da “Delegacia
de Hygiene”. No alto se lê: “Uma limpeza indispensável. A Hygiene vai limpar o Morro da Fa-
vella, ao lado da Estrada de Ferro Central. Para isso intimou os moradores a se mudarem em
dez dias”.
Sobre as políticas sanitaristas durante a Primeira República, assinale a afirmativa correta.
a) Encontraram grande resistência por parte da população.
b) Foram objeto de crítica da comunidade científica.
c) Caracterizavam-se por práticas segregacionistas.
d) Fundamentavam-se em critérios raciais.
e) Organizavam-se a partir de princípios classistas.

Questão 7 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) Com relação ao quadro geral das relações sociais características da Primeira Re-
pública, assinale V para a afirmação verdadeira e F para a falsa.

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 (  ) A organização do movimento operário em torno dos ideais anarquistas, em cidades


como Rio de Janeiro e São Paulo, teve como efeito a aprovação de uma legislação tra-
balhista mínima, que garantia jornada de oito horas semanais e férias remuneradas.
 (  ) Os movimentos sociais como Canudos, na Bahia, e Contestado, em Santa Catarina, re-
sultaram da combinação de conteúdo religioso e carência social, na medida em que
seus líderes pregavam ideais ascéticos de vida combinados com o desprendimento de
bens materiais como a posse da terra.
 (  ) O clientelismo representou a forma geral das relações sociopolíticas na Primeira Repú-
blica, tendo como exemplo a influência dos coronéis, que eram a base local de poder no
âmbito dos municípios.
As afirmativas são, respectivamente,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.

Questão 8 (FGV/AL-MT/REPÓRTER CINEMATOGRÁFICO/2013) “Ao subir ao poder, em


1930, Getúlio Vargas procurou combater as estruturas de sustentação criadas pela política
do ‘café-com-leite’, e para isso desenvolveu uma série de mecanismos que visavam reorga-
nizar o Estado.
[…] Para governar os estados, Vargas nomeou interventores federais, que deviam exercer tan-
to o Poder Executivo quanto o Legislativo, com os mesmos poderes que cabiam ao governo
provisório.
[…] A situação se agravou mais ainda, quando em 9 de julho de 1932, os paulistas iniciaram a
Revolução Constitucionalista.”
(www.educacional.com.br/…/Livro%20de%20Mato%20Grosso43201211)

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Em relação à crise de 1932, analise as afirmativas a seguir.


I – São Paulo esperava a adesão das elites mineiras e gaúchas, mas, na realidade, so-
mente contou com a participação de um pequeno destacamento, proveniente do sul de
Mato Grosso, comandado pelo general Bertoldo Klinger.
II – O apoio do sul de Mato Grosso à causa paulista estava associado à divisão do estado
uma vez que, no decorrer da Revolução Constitucionalista, o sul de Mato Grosso se
separou, criando o Estado de Maracajú.
III – A Revolução Constitucionalista durou três meses. Após ter derrotado o movimento em
São Paulo, Vargas controlou o movimento separatista do sul de Mato Grosso.

Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Questão 9 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Conside-


rando a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), assinale a afirmativa
correta.
a) Ficou restrita ao monitoramento do espaço marítimo do Atlântico Sul pela FAB.
b) Foi provocada pela retaliação ao alinhamento brasileiro aos países do Eixo.
c) Foi o resultado da reavaliação político-ideológica do governo brasileiro, previamente ali-
nhado às potências do Eixo.
d) Foi motivada por uma represália ao rompimento de relações diplomáticas do Brasil com os
países da Aliança Ocidental.
e) Foi fundamental para a obtenção do assento permanente na Organização das Nações Uni-
das (ONU), no pós-Guerra.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FGV/VESTIBULAR) “Heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideias e

aspirações… São, por isso, instrumentos eficazes para atingir a cabeça e o coração dos cida-

dãos a serviço da legitimação de regimes políticos… Os candidatos a herói não tinham, eles

também, profundidade histórica, não tinham a estatura exigida para o papel. Não pertenciam

ao movimento da propaganda republicana, ativa desde 1870… A busca de um herói para a

República acabou tendo êxito onde não o imaginavam muitos dos participantes da proclama-

ção”. CARVALHO, J. M. de, “A formação das almas.” O imaginário da República no Brasil, São

Paulo: Cia das Letras, p.55-57.

A escolha e a construção do principal herói da República recaíram sobre:

a) Deodoro da Fonseca, devido à sua imensa popularidade, por ser um republicano histórico e

um ferrenho adversário dos poderes monárquicos.

b) Benjamin Constant, líder popular identificado com a causa operária, defensor do positivis-

mo e um representante civil com amplo trânsito entre os militares.

c) Duque de Caxias, grande comandante da Guerra do Paraguai, identificado com uma política

centralizadora e patrono do Exército brasileiro.

d) Bento Gonçalves, presidente da república riograndense e principal líder da revolta farroupi-

lha do século XIX, considerado o patrono militar do republicanismo no Brasil.

e) Tiradentes, militar e republicano transformado em mártir, cuja morte passou a ser associa-

da ao sacrifício de Jesus Cristo.

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Questão 2 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-

RIA/2016)

A charge mostra o Presidente Getúlio Vargas em situações distintas durante a década de

1930. A respeito das incertezas e mudanças do quadro político dessa década, com base na

charge, analise as afirmativas a seguir.

I – O primeiro quadro (1931) faz referência à aproximação entre os interesses centraliza-

dores do Governo Provisório e o tenentismo, como exemplificado pela nomeação de

Juarez Távora para o governo de São Paulo.

II – O segundo quadro (1935) faz referência aos dois polos opostos que dinamizavam o

quadro político depois de promulgada a Constituição de 1934: a Aliança Nacional Li-

bertadora (ANL) e a Ação Integralista Brasileira (AIB).

III – O terceiro quadro (1937) faz referência ao fechamento do Congresso, à criação do Es-

tado Novo e à unificação dos partidos políticos, sob a legenda da Ação Integralista

Brasileira (AIB).

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Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Questão 3 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-

RIA/2016) “A complexidade dos problemas morais e materiais inerentes à vida moderna alar-

gou o poder de ação do Estado, obrigando-o a intervir mais diretamente, como órgão de co-

ordenação e direção, nos diversos setores da atividade econômica e social.” VARGAS, Getúlio,

Discurso, 1938, vol.3, p.135-136

As opções a seguir apresentam exemplos desse alargamento do poder do Estado, durante o

governo Vargas (1930-1945), à exceção de uma. Assinale-a.

a) A criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, com a função de legislar sobre a

organização sindical e os direitos trabalhistas.

b) A instituição da Lei Orgânica do Ensino Industrial, voltada para a preparação de mão de

obra qualificada para as fábricas.


c) A atuação das Juntas de Conciliação e Julgamento, objetivando arbitrar os conflitos entre

patrões e operários.

d) A criação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, com a função de formular e

executar a política nacional de desenvolvimento econômico.

e) O estabelecimento do Conselho Nacional do Petróleo, ocupado com a regulação da explo-

ração petrolífera pelo Estado.

Questão 4 (FGV/PGE-RO/TÉCNICO DA PROCURADORIA/TECNOLOGIA DA INFORMA-

ÇÃO/2015) Durante o governo ditatorial do presidente Getúlio Vargas entre 1937 e 1945, o go-

verno brasileiro oficializou uma política de ocupação da região norte do país ao ver na Amazô-

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nia uma importância estratégica. A marcha para o oeste, como ficou conhecida a iniciativa do

governo varguista, foi possível graças aos incentivos financeiros do estado brasileiro, visando

à exploração econômica da região.

Em relação à política varguista de ocupação dessa área do país, é correto destacar:

a) a imediata definição do território dos indígenas sem que houvesse problemas nesse pro-

cesso;

b) a ausência de preocupação oficial do governo com a preservação do bioma da região norte;

c) a presença do capital externo como exclusivo investidor na exploração da região norte;

d) a opção do governo varguista na criação da indústria de base na região norte;

e) a presença do capital privado nacional no desenvolvimento do transporte da região norte.

Questão 5 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) Observe a imagem a seguir,


que reproduz a capa de um cordel divulgado em 2010:

Durante a 2ª Guerra Mundial, o envio de tropas dos Estados Unidos da América para o Teatro

de Operações foi viabilizado por meio de intensa negociação diplomática com os países lati-

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no-americanos, no bojo da “Política da Boa Vizinhança” do governo de F. D. Roosevelt. Nesse

contexto, a aliança com o Brasil teve importância estratégica.

A partir da interpretação da xilogravura de Sebastião Palhares, conclui-se que a expressão

“Trampolim da Vitória”, difundida na década de 1940, refere-se ao

a) Nordeste brasileiro, que era o território americano mais próximo da África.

b) Golfo da Guiné, cujos laços com o Brasil ganhavam força desde o período colonial.

c) Atlântico Sul, cenário de torpedeamentos por submarinos alemães bombardeados do céu.

d) Litoral da África Ocidental, de onde os aviões norte– americanos decolavam rumo à Europa.

e) Sul dos Estados Unidos da América, que forneceu o maior contingente de soldados para o

front.

Questão 6 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) A “Era Vargas” está associada

diretamente à construção de um arcabouço jurídico de direitos sociais, com destaque para

a legislação trabalhista, mas também por restrições ao exercício de direitos civis e políticos.

Mesmo durante o curto período de “Governo Constitucional”, entre 1934 e 1937, numerosos

mecanismos jurídicos foram criados para flexibilizar ou para violar abertamente algumas ga-

rantias constitucionais.

Assinale a opção que identifica um desses mecanismos durante a vigência formal da Cons-
tituição de 1934.

a) O fechamento da Aliança Nacional Libertadora (ANL) como resposta quase imediata ao

manifesto de Luís Carlos Prestes que pregava “todo poder aos sovietes”.

b) A promulgação da Lei de Segurança Nacional (LSN), após a Intentona Comunista, restrin-

gia ou eliminava garantias processuais para os acusados de crimes contra a segurança do

Estado.

c) A criação do Tribunal de Segurança Nacional, em 1936, incrementou os mecanismos de

aplicação da Lei de Segurança Nacional por meio de um tribunal de exceção subordinado à

Justiça Militar.

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d) A criação do DOPS, polícia política de Vargas, conferiu grandes poderes a seu chefe Filinto

Müller, simpatizante do nazismo alemão.

e) A decretação do estado de guerra, em 1936 e 1937, foi justificada como reação ao cresci-

mento do apoio do III Reich à militância nazista no sul do país.

Questão 7 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/CICLO REGULAR/2014)

O cartaz acima foi produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo

(1937-1945), convocando brasileiros para trabalhar nos seringais amazônicos. As opções a

seguir caracterizam o contexto histórico dessa propaganda, à exceção de uma. Assinale-a

a) a presença de soldados protegendo a costa brasileira informa, implicitamente, a  função

dos trabalhadores dos seringais como “soldados da borracha.”

b) A expressão “Cada um no seu lugar!”, exaltava a participação da população ameríndia ama-

zônica como a principal mão de obra do “front” da borracha.

c) Documenta o engajamento do estado novo que incentivava o extrativismo do látex, concre-

tizado nas campanhas publicitárias que buscavam mobilizar mão de obra para os seringais.

d) A frase “Brasil para a Vitória” indicava que o Brasil se comprometia a aumentar a produção

da borracha amazônica e fornecê-la à indústria bélica dos estados Unidos.

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e) O incentivo à produção da borracha amazônica para compensar o bloqueio dos mercados


asiáticos pela presença japonesa.

Questão 8 (CESPE/PM/AL/SOLDADO/2012) No período compreendido entre os anos de


1889 e 1930, vigeu no Brasil a Primeira República, cujo colapso foi oficializado pela Revolu-
ção de 1930, a qual deu origem à Era Vargas (1930-1945). O regime republicano instituído no
Brasil, surgido de um golpe de Estado protagonizado por militares do Exército, foi caracteri-
zado por muitos como a negação do próprio conceito de República. Entre os aspectos mais
característicos dessa primeira etapa da República brasileira incluem-se
a) a facilidade de acesso à educação formal e o reduzido número de analfabetos.
b) a redução drástica do poder decisório das oligarquias estaduais e o surgimento de novos
partidos políticos.
c) o voto a descoberto – um direito exclusivo de homens – e as recorrentes fraudes eleitorais.
d) a inexistência de manifestações políticas do segmento militar e o surgimento dos primei-
ros sindicatos.
e) a acentuada participação da sociedade no processo político e a redução das desigualdades
sociais.

Questão 9 (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/PROVA 2/2017) A Primeira Re-


pública caracterizou-se pelo regime oligárquico e pela economia agroexportadora. Com rela-
ção a esses assuntos, julgue (C ou E) o item a seguir.
Na década de 20 do século XX, o movimento tenentista contou com importante participação
de oficiais tanto do Exército como da Marinha, tendo apontado os males causados pelo poder
excessivo da oligarquia e defendido a descentralização do poder político, além de uma políti-
ca econômica nacionalista.

Questão 10 (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/PROVA 2/2017) A chamada Re-


volução de 30 levou ao poder Getúlio Vargas, cujo governo, caracterizado por importantes
acontecimentos políticos e econômicos, se estendeu até 1945. A esse respeito, julgue (C ou
E) o item subsecutivo.

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No período entre 1930 e 1937, a política econômico-financeira do governo Vargas procurou

atender a interesses de diversos setores, incluindo-se os agrários.

Questão 11 (CESPE/PM/AL/SOLDADO/2012) A queda do Estado Novo (1945) de Vargas

inaugurou uma nova etapa da trajetória política do Brasil: a experiência democrática, que,

contudo, foi interrompida pelo golpe de 1964, ao qual se seguiram duas décadas de regime

autoritário, cujo desfecho foi marcado pela emergência de uma nova e renovada democracia,

marcada pela promulgação da Constituição Federal de 1988. Essas transformações ocorre-

ram em um contexto histórico mundial de grandes mudanças econômicas, inclusive com o

avanço da globalização, e de extraordinário desenvolvimento científico. Com relação a essa

nova realidade histórica brasileira, assinale a opção correta.

a) A expressão Nova República foi cunhada pelos militares com o objetivo de dar sobrevida ao

regime autoritário em crise.

b) A Constituição Federal de 1988 notabiliza-se, entre outros aspectos, pela ênfase nela con-

ferida aos direitos inerentes à cidadania.

c) Com o propósito de preservar seu tradicional isolamento, o Brasil não integra os blocos

econômicos no cenário global contemporâneo.

d) A presença brasileira nos mercados globais é pouco significativa, consistindo na exporta-


ção de produtos industriais de tecnologia nacional.

d) A queda da ditadura de Vargas relaciona-se à participação do Brasil na Segunda Guerra

Mundial, ao lado do Eixo nazifascista.

Questão 12 (UFPR/POLÍCIA CIVIL/PR/AUXILIAR DE ANATOMIA E NECROPSIA/2007) Um li-

vro fundamental para analisar as contradições presentes nos primeiros anos da República é

Os Sertões, publicado em 1902 por Euclides da Cunha, obra primordial para o conhecimento

do Brasil. Assinale a alternativa que identifica o episódio da História que é apresentado no

livro.

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a) Guerra de Canudos.

b) Revolta da Chibata.

c) Revolta da Vacina.
d) Guerra do Contestado.
e) Revolta dos Tenentes.

Questão 13 (UFPR/TJSC/ASSISTENTE SOCIAL/2005) A respeito da Guerra do Contestado,


analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
I – Anita Garibaldi, que ficou conhecida como a “heroína dos dois mundos”, teve papel
importante neste conflito.
II – Foi um movimento social que pretendia separar Santa Catarina do Paraná.
III – Durante a Guerra do Contestado, apareceram as figuras dos monges, que não estavam
ligados a qualquer igreja ou religião.
IV – Foi a primeira vez que aviões de combate foram utilizados no Brasil.

a) Somente a I, a II e a III estão corretas.


b) Somente a I e a II estão corretas.
c) Somente a II e a IV estão corretas.
d) Somente a III e a IV estão corretas.

Questão 14 (UFPR/TJSC/AGENTE OPERACIONAL/2004) A respeito da Guerra do Contesta-

do, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.

a) Caracterizou-se por ser uma guerra entre os estados do Paraná e Santa Catarina, em razão

dos limites territoriais na região do, hoje, planalto norte do nosso Estado.

b) O messianismo esteve presente neste episódio, com a figura dos “monges”, que não esta-

vam ligados a qualquer igreja ou religião.

c) O Exército Nacional não participou em momento algum deste episódio.

d) A revolta foi um movimento social, que pretendia separar Santa Catarina do resto do país.

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Questão 15 (UFPR/TJSC/AGENTE DE PORTARIA E COMUNICAÇÃO/2005) A Constituição

que trouxe a separação da Igreja Católica com relação ao Estado, tornando válido somente o

casamento civil, foi:

a) 1934

b) 1937

c) 1846

d) 1891

Questão 16 (UFPR/VESTIBULAR/2016) Segundo a historiadora Regina da Luz Moreira, “o re-

torno dos contingentes da FEB precipitou (…) a queda de Vargas em 1945” (CPDOC. Disponível

em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/FEB>).

Assinale a alternativa que justifica a declaração acima, relacionando a atuação do Brasil, por

meio da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Segunda Guerra Mundial com o primeiro

governo de Getúlio Vargas (1930-1945).

a) Ao lutar pela democracia e contra os fascismos na Europa com a FEB, o governo de Vargas

perdeu apoio interno ao manter regime autoritário.

b) Ao lutar pela democracia e derrotar os fascismos na Europa, os pracinhas conquistaram

apoio popular para derrubar a ditadura de Vargas.


c) Ao derrubar o regime franquista na Espanha, os soldados brasileiros inspiraram a popula-

ção a lutar por eleições, após 15 anos de Estado Novo.

d) Ao derrotar os fascistas na Batalha de Monte Castelo na Itália, a FEB conquistou o apoio

norte-americano para derrubar a ditadura de Vargas.

e) Ao lutar pela libertação dos povos europeus, o governo brasileiro esgotou seus recursos

financeiros no Exército, precipitando a queda de Vargas.

Questão 17 (UFPR/VESTIBULAR/2018) Considere o seguinte texto:

O que a ação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e do Departamento de Imprensa

e Propaganda deixa claro é que o Estado Novo, a partir de 1942/3, engajou-se em um impor-

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tante esforço político de fortalecimento de sua estrutura sindical corporativa. Se até os anos

40 não causara espécie ao governo o esvaziamento sindical, a partir desse momento sua es-

tratégia e objetivos foram reordenados pela tentativa de consolidação de um verdadeiro pacto

social com a classe trabalhadora. A promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho em

1º de maio de 1943, a criação e as atividades da Comissão Técnica de Orientação Sindical e

os reajustes do salário mínimo (Decretos-Leis n.º 5.977 e n.º 5.978, ambos de 1943) são al-

gumas iniciativas que atestam a importância do novo front que se abria para o regime. Dessa

forma, se em seu formato político o Estado Novo não se sustentava mais – se a “democracia

autoritária” era inviável dentro da nova situação internacional e nacional –, o impacto ideoló-

gico de um projeto governamental centrado na mitologia do trabalho e do trabalhador tinha

desdobramentos mais complexos. (GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio

de Janeiro: FGV, 2015, p. 265.)

Levando em consideração o contexto desenvolvido no excerto, assinale a alternativa correta.

a) Nesse momento, o  Estado Novo demonstrou interesse em construir sistemas sindicais

menos autônomos, com a intenção de proteger a recém-criada Consolidação das Leis do

Trabalho e evitar reformas produzidas por grupos representantes das elites urbanas e rurais.

b) Os problemas da conjuntura internacional do período descrito pela autora são relativos ao

não reconhecimento oficial do governo fascista de Franco pelo Estado brasileiro, assim como

a certa antipatia pelo modelo da Alemanha nazista, o que permitiu proteger a nacionalização

de grandes indústrias de base no Brasil.

c) A “democracia autoritária” foi uma expressão cunhada por Gustavo Capanema em 1937 e

utilizada pelo Estado Novo para definir a construção das políticas públicas que beneficiavam

os trabalhadores economicamente, mas que enfraqueciam os poderes políticos dessa classe

social.

d) Graças à utilização do imaginário do trabalhismo e à promulgação de todos os novos su-

portes aos trabalhadores, somadas ao ataque promovido contra certos grupos sociais, como

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estrangeiros, anarquistas, comunistas e mendigos, entre outros, o  Estado Novo conseguiu

fôlego extra e pode continuar existindo mesmo no pós-guerra.


e) A movimentação dos trabalhadores em 1945 foi representada por um movimento social
denominado “queremismo”, que colocou a população na rua por estar insatisfeita com as
políticas do Estado Novo. Os queremistas, por sua vez, foram altamente repreendidos pelo
Departamento de Imprensa e Propaganda. Mesmo assim obtiveram sucesso, derrubando
Vargas e dando origem a um novo partido político, o PDT.

Questão 18 (UFPR/VESTIBULAR/2018) Considere a seguinte imagem:

Fotografia P&B. Domingo de julho de 1917. Operários em frente à Sociedade Protetora dos Operários. Acervo
Casa da Memória, Curitiba.)

Sobre a questão operária e a Greve Geral de 1917, mostrada na imagem, assinale a alternativa
correta.
a) O operariado brasileiro era composto majoritariamente por homens maiores de 21 anos,
uma vez que o trabalho infantil e o feminino haviam sido abolidos após os conflitos da Revolta
da Vacina.
b) As greves gerais no Brasil tiveram relativa aderência popular, uma vez que o povo brasileiro
primava por manter a ordem e evitar o que os governantes chamavam de “excessos”.

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c) Durante a Primeira República, a frase “a questão social é um caso de polícia” tornou-se um


mote da ação do governo; afinal, ela resumia a preocupação das elites políticas com o desca-
so com que eram tratados os trabalhadores.
d) Existem diversos debates na História que discutem as tendências políticas dos partici-
pantes e, principalmente, das lideranças da greve de 1917, mas é comum defini-la como uma
greve de tendências anarco-sindicais.
e) A participação do Partido Comunista brasileiro foi fundamental na articulação dos traba-
lhadores no ano de 1917. Sem essa instituição, não seria possível organizar um movimento
em nível nacional.

Questão 19 (AOCP/INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) O capitalismo mundial configu-


rava-se, desde a Revolução Industrial (século XVIII), como um sistema de “divisão internacio-
nal do trabalho”, articulado entre países centrais e periféricos em que os primeiros forneciam
produtos manufaturados em troca de matérias-primas de origem mineral ou animal, produzi-
das nos países dependentes. O Brasil se inseriu nesse sistema como país de economia peri-
férica, supridor de produtos primários, através dos quais se obtinham as divisas necessárias
à importação dos produtos destinados a atender à demanda interna.
Assinale a alternativa correta.
a) A partir do século XX, o café, face às condições favoráveis de produção, demanda e concor-
rência, passou a ser cada vez mais predominante na pauta de exportações, atingindo o auge
na década de 20, quando participava com cerca de 70% da receita de exportações.
b) Durante a República Velha, o poder político se concentrou nas mãos das oligarquias agro-
exportadoras. Com a política do café com leite, o Brasil conseguia articular uma economia
essencialmente agrária, conciliando as culturas de subsistência, produção não exportável,
que ultrapassava os limites do necessário.
c) Nesse período, o setor artesanal e fabril, essencialmente destinado a atender à demanda
de bens de consumo pelos assalariados, em pouco tempo tornou-se artigo voltado, também
a exportação atendendo a uma grande demanda em razão da qualidade do algodão brasileiro.
d) A economia brasileira voltada para o mercado externo caracterizava-se como um segmen-
to do capitalismo europeu. Uma situação confortável em razão do financiamento e comercia-

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lização da produção dependente da mediação externa. Na forma como se realizava o capital,


com a produção, na circulação do café, residia a grande acumulação interna.
e) Essa situação impedia que o Brasil fosse suscetível às crises e oscilações do capitalismo
internacional. Até o final da década de 1920, a economia interna, estava desta forma, prote-
gida uma vez que produzia obstáculos a importações das crises. A cada impasse, o governo
intervinha de molde a garantir a defesa do setor exportador.

Questão 20 (AOCP/IBC/PROF. HISTÓRIA/2012) Afirma o historiador José Murilo de Carvalho


(na obra “Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi”) que a República nas-
ceu “antidemocrática, antipopular e antioperária”.
A respeito de tal afirmação, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Antidemocrática porque os eleitores eram mantidos distantes de todo o processo eleitoral,
as eleições eram disputadas pelas elites oligárquicas.
b) Antidemocrática porque todo o processo eleitoral era controlado por autoridades locais e
os discordantes sofriam coerção e violência física.
c) Mulheres, analfabetos, estrangeiros, mendigos, praças e religiosos eram excluídos das elei-
ções, portanto a República era antidemocrática.
d) Antioperária porque a primeira constituição, de 1891, obrigou o Estado a fornecer socorros
públicos aos pobres, permitiu as greves, mas fechou os Partidos políticos.
e) Antipopular porque a primeira constituição, de 1891, desobrigou o Estado de fornecer so-
corros públicos aos pobres e proibiu as greves e coligações operárias.

Questão 21 (AOCP/INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) O Estado Novo pode ser compre-


endido como um momento político, dentro da duração maior que corresponde ao processo de
transformação da sociedade brasileira, no século XX. Essa transformação, que se desenrola
desde a abolição da escravatura e se estende até a atualidade, caracteriza-se pela expansão
do modo capitalista de produção, com suas derivações políticas e ideológicas. Assinale a
alternativa INCORRETA.
a) Até a constituição do Estado Novo, a economia brasileira estava voltada para o mercado
interno, centrada na importação de produtos manufaturados e a exportação de primários [mi-

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nérios] através da qual se obtinham as divisas necessárias à importação dos bens destinados
a atender a demanda interna.
b) O Estado Novo constituiu o momento em que a coesão das classes dominantes se realizou
através de sua abdicação do exercício do poder em favor de um Estado forte e autoritário, que
assegurou a submissão das subalternas.
c) A partir do século XX, desenvolveram-se os fatores internos e externos que iriam detonar
o processo de transformação das relações econômicas e políticas. Internamente, surgiram
novas forças sociais que iriam contestar o sistema vigente.
d) A urbanização crescente, a acumulação de capital produzida pelos excedentes da expor-
tação, o incentivo à produção nacional de substitutivos com a diminuição da capacidade de
importar em momentos de crise, constituíram os principais fatores a estimular o desenvolvi-
mento dos elementos necessários a um capitalismo de base industrial.
e) A “Revolução de 30” permitiu estabelecer um relativo equilíbrio de forças através de um
Estado de compromisso que, dada a heterogeneidade dos interesses, era extremamente ins-
tável, fazendo com que os conflitos voltassem a emergir.

Questão 22 (AOCP/INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) A propaganda política vista atra-


vés de um prisma que lhe conferiu papel significativo nas grandes transformações do século
XX, revela elementos importantes para a compreensão daquelas transformações. Interes-
ses mesquinhos ou nobres teriam à sua disposição uma arma eficiente, capaz de conduzir à
sua realização efetiva. A respeito da propaganda política no Brasil enquanto instância de um
contexto mais complexo, constituído pelo conjunto dinâmico das relações sociais, o período
1937-1945, conhecido pela denominação “Estado Novo”, revelava-se extremamente signifi-
cativo. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A criação do Departamento Nacional de Propaganda, logo sucedido pelo DIP, a  intensa
utilização da imprensa, do cinema e do rádio para a veiculação de mensagens oficiais, são
argumentos enaltecedores largamente utilizados por Getúlio Vargas e pelo Estado Novo.
b) Greves e reivindicações por melhores condições de trabalho e de vida, propostas de mu-
danças políticas mais profundas, desenvolvimento de associações sindicais e partidárias,

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traduziram um contexto – até o final da década de 1920. Nele as classes médias e os operá-
rios emergiam com um crescente nível de consciência e organização.
c) Abriu-se a década de 1930: realizou-se uma Revolução, implantou-se o Estado Novo e
aquela situação se modificou quase que abruptamente. A efervescência daqueles movimen-
tos foi gradativamente substituída por cenas de multidões passivas, cuja atuação se restrin-
gia aos aplausos e manifestações de apoio.
d) As ideologias são entidades autônomas, nascem dos interesses das sociedades que delas
se apropriam. Nesse sentido a articulação da política de veiculação das imagens, inaugurada,
no Brasil, pelo Estado Novo de Getúlio Vargas trata-se de uma condição histórico social cuja
finalidade desdobrava-se entre um trabalho visionário progressista e oferecer um aparato
tecnológico de laser à população brasileira, o que o caracterizou como governo populista.
e) A propaganda realizada pelos órgãos do Estado em direção à sociedade apresenta espe-
cial relevo quando refletimos sobre o momento de extremo autoritarismo. Neste momento,
os meios de produção e a difusão de ideias se encontravam sob o mais absoluto controle do
Estado.

Questão 23 (AOCP/INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2012) A


Revolução Constitucionalista foi, sem dúvida, um dos acontecimentos mais importantes e
dramáticos da história republicana. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) Esta revolução ocorreu em 1930 e envolveu todos os Estados da federação.
b) Em 1932, paulistas e cariocas se enfrentaram nessa guerra civil em prol da Constituição.
c) Revoltadas, as elites paulistas desejavam reaver seu domínio político perdido em 1930.
d) Esta revolução se deu em 1964 entre paulistas e mineiros, contestando Getúlio Vargas.
e) Ocorreu por causa do fim da política do “café com pão”, marcando o fim da República Velha.

Questão 24 (AOCP/INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2012) A


respeito da crise de 1929 assinale a alternativa INCORRETA.
a) Demonstrou as limitações do liberalismo em manter a economia em equilíbrio dinâmico.
b) Favoreceu a prática do intervencionismo do Estado na economia capitalista contra a crise.

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c) Resultou de um processo em que o aumento do consumo superou a produção de merca-


dorias.
d) Adquiriu um caráter mundial por ter atingido o cerne da divisão internacional do trabalho.
e) O Brasil sofreu com a crise porque a produção de café perdeu compradores internacionais.

Questão 25 (ESA/2016) A Política de emissão de dinheiro em grande quantidade, que cau-


sou uma desenfreada especulação na Bolsa de Valores, durante o governo do marechal Deo-
doro da Fonseca, ficou conhecida como:
a) Encilhamento.
b) Crise de 1929.
c) Crise Contestada.
d) Queda do Banco do Brasil.
e) Queda do Marechal de Ferro.

Questão 26 (ESA/2016) A eleição indireta de Getúlio Vargas para a presidência nacional, na


qual foi eleito para um mandato de quatro anos, ocorreu no ano de:
a) 1930
b) 1934
c) 1937
d) 1946
e) 1950

Questão 27 (ESA/2015) Na República Velha, ocorreram vários movimentos contestatórios.


Identifique aquele que está localizado geograficamente de forma correta:
a) Revolta da Vacina – Rio de Janeiro.
b) Revolução Federalista – Paraná.
c) Canudos – Minas Gerais.
d) Contestado – Bahia.
e) Revolta da Armada – Rio Grande do Sul.

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Questão 28 (ESA/2015) Após ingressar na II Guerra Mundial em agosto de 1942, o  Brasil


enviou ‘a Europa a Força Expedicionária Brasileira, que integrou o 5º Exército dos Estados
Unidos, atuando em território:
a) alemão
b) francês
c) italiano
d) belga
e) suíço

Questão 29 (ESA/2014) No dia 5 de julho de 1922, jovens oficiais resolveram abandonar o


forte e marchar pela praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para enfrentar as forças legalis-
tas. Esse episódio, conhecido como “os 18 do Forte”,
a) provocou, imediatamente, a queda do último presidente da República do “Café com leite”.
b) provocou a renúncia do Presidente Artur Bernardes.
c) levou o Governo Federal a transferir a Escola de Formação de Oficiais do Rio de Janeiro para
Porto Alegre.
d) deu início a um período ditatorial, interrompido apenas com a Revolução de 1930.
e) originou o movimento denominado de Tenentismo.

Questão 30 (ESA/2013) Em 1945 chega ao fim o Estado Novo implantado pelo presidente
Getúlio Vargas. Entre as causas tivemos a(s)
a) Revolução de 1945 realizada pelos sindicatos e apoiado pelo Partido Trabalhista Brasileiro
daquela época.
b) atuação do movimento estudantil, liderado pela UNE, que assumiu o poder apoiando o par-
tido da União Democrática Nacional.
c) pressões norte-americanas obrigando Getúlio Vargas a extinguir o Estado Novo e tornar o
país uma democracia.
d) adesão de Getúlio ao Fascismo, propiciando que ele implante no Brasil um regime seme-
lhante após 1945.
e) participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial ao lado das democracias, criando uma situa-
ção interna contraditória, pois o país vivia, até aquele ano, uma ditadura.

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Questão 31 (ESA/2012) Em 1906, os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Ja-

neiro se reuniram e estabeleceram o Convênio de Taubaté, que

a) pode ser considerado o marco inicial da “política dos governadores”.

b) defendeu medidas para incrementar a imigração europeia.

c) resultou na política de ampliação da produção cafeeira.

d) estabeleceu a primeira política de valorização do café.

e) caracteriza a fundação da “política do café com leite”.

Questão 32 (ESA/2012) Sobre a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, pode-se

afirmar que

a) limitou-se ao fornecimento de matérias-primas estratégicas aos aliados e ao auxílio no

patrulhamento do Atlântico Sul.

b) o ingresso no conflito deu-se a partir de uma aproximação diplomática e comercial com

as potências aliadas, em especial os EUA, e após o clamor popular decorrente dos repetidos

ataques de submarinos alemães a navios mercantes brasileiros.

c) foi limitada ao papel diplomático de mediação entre as potências aliadas e os países do Eixo.

d) não teve nenhuma influência na crise do Estado Novo.

e) a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi decisiva nos combates travados
nas ilhas japonesas do Pacífico.

Questão 33 (ESA/2012) Na história do Brasil, o termo “messianismo” é usado no estudo de

alguns movimentos sociais. Assinale a única alternativa que apresenta um desses movimen-

tos e seu respectivo líder.

a) Revolta de Canudos / Antônio Conselheiro.

b) Revolta da Vacina / João Maria.

c) Guerra do Contestado, Euclides da Cunha.

d) Os 18 do Forte de Copacabana / Miguel Lucena.

e) Coluna Prestes / Luís Carlos Prestes.

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Questão 34 (ESA/2012) Na Segunda Guerra Mundial, o Brasil participou, ao lado dos aliados,

com um contingente de mais de 20.000 homens que formaram a Força Expedicionária Brasi-

leira (FEB). Esse contingente destacou-se nas batalhas

a) de Palmares.

b) da Normandia.

c) dos Guararapes.

d) de Monte Castelo.

e) do Monte das Tabordas.

Questão 35 (ESA/2011) A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) teve efeitos favoráveis à

política de industrialização no Brasil. Nesse período, o fato responsável pelo impulso da in-

dústria brasileira foi o(a)

a) desenvolvimento da indústria automobilística e de bens de consumo.

b) empenho efetivo do Estado na implantação da indústria pesada no Brasil.

c) Política dos Governadores, que estimulou a industrialização de São Paulo e Rio de Janeiro.

d) política de emissão de dinheiro – o Encilhamento – para incentivar o consumo interno.

e) Convênio de Taubaté, que favoreceu o comércio de manufaturados de origem brasileira.

Questão 36 (ESA/2010) Durante o governo de Marechal Deodoro da Fonseca, seu minis-

tro da fazenda, Rui Barbosa, adotou uma série de medidas econômicas que ficou conhecida

como “encilhamento”. Essa política econômica estatal estava baseada em duas ações:

a) a abolição da escravatura e a abertura dos portos.

b) a emissão de papel-moeda e a expansão do crédito.

c) o incentivo à imigração e o financiamento de casas próprias.

d) a especulação financeira e a criação de empresas fantasmas.

e) um programa de privatizações e a criação de um imposto único.

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Questão 37 (ESA/2009) Acerca do envolvimento do Brasil na Segunda Guerra Mundial, está

correta a afirmação:

a) O torpedeamento e afundamentos de navios brasileiros por submarinos alemães provocou

uma grande mobilização da opinião pública a favor da entrada do País na guerra.

b) O ideal de combater regimes totalitários e expandir a democracia, a  exemplo do regime

político brasileiro em voga na época.

c) O Brasil não permitiu que militares norte-americanos utilizassem bases militares instala-

das no Nordeste brasileiro.

d) As afinidades do governo Vargas com os regimes fascistas e a pressão de membros do

governo simpatizantes a esses regimes (como o Ministro da Justiça Francisco Campos) le-
varam o País a apoiar as potências do Eixo.

e) O interesse brasileiro em conseguir financiamento alemão para a construção da Usina Si-

derúrgica de Volta Redonda esteve entre os principais fatores que levaram o País a entrar no

conflito.

Questão 38 (ESA/2008) Ocorreu um movimento armado, liderado por Luís Carlos Prestes,

com o intuito de implantar no país uma ditadura do proletariado, durante a Era Vargas (1930-

1945). Esse episódio da história é conhecido como a:


a) Revolução Constitucionalista.

b) Intentona Integralista.

c) Revolta da Armada.

d) Revolução Democrática de 64.

e) Intentona Comunista.

Questão 39 (ESA/2007) Foram revoltas ocorridas no Brasil durante a República Velha e que

tiveram origem em movimentos sociais de cunho religioso:

a) Revolta de Canudos e Guerra do Contestado.

b) Revolta de Canudos e Revolução Federalista.

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c) Guerra do Contestado e Revolta da Chibata.

d) Revolução Federalista e Revolta da Vacina.

e) Revolta da Chibata e Revolta de Canudos.

Questão 40 (IBFC/PMMG/PROFESSOR/HISTÓRIA/2015) A análise do papel da propaganda

oficial para a difusão de um ideário nacional, proposto pelo Estado Novo, pelos meios de co-

municação como a rádio e as expressões artísticas (a música, o carnaval, a literatura e o ci-

nema) é de fundamental importância na compreensão da constituição e da difusão de uma

cultura popular brasileira na Era Vargas. Sobre o ensino do subtema a Revolução de 1930,

Estado e industrialização: os avanços e recuos da cidadania: extensão dos direitos sociais

versus cerceamento dos direitos políticos e civis, de acordo com as orientações pedagógicas

da Secretaria de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e assinale a al-

ternativa correta.

I – O professor poderá abordar a imprensa, neste caso a rádio, como veículo propagador

de ideias e discursos do governo Vargas. O futebol e o carnaval, manifestações híbri-

das da cultura popular brasileira, foram explorados e difundidos pela política cultural

oficial.

II – É no governo Vargas que começa a haver um incentivo governamental na seleção bra-
sileira de futebol.

III – A Revolução de 1930 pode ser vista em diferentes perspectivas: golpe militar, revolu-

ção, contrarrevolução, divisão das oligarquias, dependendo da fonte contemporânea

utilizada (quem viveu e o que deixou de memória) ou do recorte teórico adotado pelo

historiador que hoje escreve sobre o acontecimento. Assim, o estudo do tema pode ser

uma oportunidade para se trabalhar diversas interpretações historiográficas com os

alunos.

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Estão corretas as afirmativas:

a) I e III apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, II e III.

d) III, apenas.

Questão 41 (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/PROVA 2/2016) A ditadura do

Estado Novo começou a se esgotar tão logo os rumos da Segunda Guerra Mundial também

começaram a mudar. O governo brasileiro tinha a intenção de dirigir o processo de transição,

definindo-lhe regras, etapas e processos. Mas esse intento, apesar de apoiado por segmen-

tos expressivos da população, sofreu pressões de variada natureza, especialmente por parte

daqueles que desejavam o fim imediato e definitivo do regime autoritário do Estado Novo.

Lucília de Almeida Neves Delgado. Partidos políticos e frentes parlamentares: projetos, desa-

fios e conflitos na democracia. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Orgs.).

O  Brasil republicano (Vol. 3: O tempo da experiência democrática – da democratização de

1945 ao golpe civil-militar de 1964). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 133 (com

adaptações).

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito do
período da história brasileira por ele focalizado.

Entre as “pressões de variada natureza” que inviabilizaram a estratégia de Getúlio Vargas de

colocar-se na liderança do processo de distensão do Estado Novo, destaque especial deve

ser conferido aos comunistas que, comandados por Luís Carlos Prestes – recém-libertado da

prisão política –, insurgiram-se contra a proposta queremista e aglutinaram as correntes de

oposição na defesa de eleições gerais, com a derrubada do ditador.

Questão 42 (VUNESP/PM-PE/SOLDADO/2017) O chamado Plano Cohen (1937) foi um pre-

texto utilizado para:

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a) impedir que Armando Sales Oliveira assumisse a Presidência da República;

b) afastar da vida pública a corrente de opinião liderada por Plínio Salgado;

c) gerar uma instabilidade política que levasse as oligarquias tradicionais ao governo;

d) acabar com as críticas dos “tenentes” ao imperialismo anglo-americano;

e) justificar um golpe que garantisse a permanência de Vargas no poder.

Questão 43 (VUNESP/PM-SP/SOLDADO/2014) A Revolução de 1930 promoveu transforma-

ções significativas na história do Brasil. Sobre a Revolução de 1930, pode-se afirmar correta-

mente que

a) resultou de disputas por terras entre camponeses e pecuaristas no nordeste brasileiro.

b) propiciou o restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos da América.

c) representou os grupos sociais interessados em elaborar uma nova Constituição.

d) originou o período da história brasileira conhecido como a Era Vargas.

e) foi financiada com recursos oriundos da economia da cana-de-açúcar.

Questão 44 (VUNESP/PM-SP/NÍVEL MÉDIO/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR/2016) Ape-

sar das greves, das leis esparsas e da existência de movimentos e partidos que tratavam de

arregimentar a classe operária, ou falar em nome dela, a massa trabalhadora continuava, em

sua grande maioria, carente de direitos e de organização. Essa carência seria um campo fértil

nos anos 30 para a ação do Estado através da política trabalhista de Getúlio Vargas. (Boris

Fausto, História do Brasil. Adaptado)

Considerando a Primeira República e a Era Vargas, na política mencionada no trecho, é corre-

to afirmar que

a) o operariado urbano permaneceu excluído do processo eleitoral, pois Getúlio Vargas não

ampliou os direitos políticos e sociais vigentes antes da década de 1930.

b) Getúlio Vargas diferenciou-se ao autorizar partidos representativos da classe operária, que

tinham liberdade para organizar greves, inclusive durante o Estado Novo.

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c) a legislação trabalhista foi rejeitada pelo Congresso nos dois períodos, porém Getúlio Var-

gas conseguiu instituir o décimo terceiro salário e a previdência social.

d) Getúlio Vargas organizou a Justiça do Trabalho e estabeleceu uma estrutura sindical atre-

lada ao Estado, o que foi inovador em relação ao período anterior.

e) a questão social continuou a ser tratada como “caso de polícia” por Getúlio Vargas, embora

ele tivesse estabelecido leis para regulamentar o trabalho no campo.

Questão 45 (ESPCEX/2017) Estado Novo foi um período da chamada “Era Vargas”, em que o

presidente tinha os mais amplos poderes. Das alternativas abaixo, aponte aquela que corres-

ponde a um evento ocorrido durante o Estado Novo.

a) A população paulista deflagrou a chamada Revolução Constitucionalista.

b) Foi criado o Ministério da Educação e Saúde, em novembro de 1930.

d) Eclodiu a Intentona Comunista.

d) O Governo aprovou a Lei de Sindicalização, que definia os sindicatos como órgãos consul-

tivos.

e) O Brasil participou da 2ª Guerra Mundial com a Força Expedicionária Brasileira.

Questão 46 (ESA/2006) Dentre os fatores que concorreram para o fim da República Velha,

temos a:

a) Questão do Acre e o Tratado de Petrópolis.

b) Revolução Constitucionalista de São Paulo.

c) Guerra de Canudos e Revolta do Contestado.

d) Participação do Brasil na Primeira Guerra mundial.

e) Política sucessória e a crise econômica de 1929.

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Questão 47 (ESA/2007) Durante a Era Vargas (1930 -1945), eclodiu na Europa a Segunda

Guerra Mundial. Tal conflito:

a) Teve a participação do Brasil, que preparou tropas, porém não chegou a enviá-las para a

Europa.

b) Pouco influenciou o Brasil, que se manteve neutro.


c) Teve a participação direta do Brasil que, inclusive, enviou para a Itália a Força Expedicioná-
ria Brasileira (FEB).
d) Contou com o apoio brasileiro em armamento ao Eixo.
e) Teve a participação do Brasil apenas na permissão para a instalação de bases aeronavais
no Nordeste.

Questão 48 (VUNESP/SOLDADO/PM-SP/2019) Observe o cartaz.

CARTAZ REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 32 (SP contra Vargas).

Considerando a imagem e conhecimentos sobre a história do Brasil republicano, é  correto


afirmar que o cartaz trata de

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a) uma convocação de reservistas para o alistamento militar no auge da Guerra Mundial.


b) um apelo à sociedade para sua mobilização em benefício das populações mais carentes
do país.
c) uma denúncia das intenções antidemocráticas de alguns setores das forças armadas bra-
sileiras.
d) um chamado à participação efetiva da população na resistência militar a um governo fede-
ral centralizador.
e) uma arma de mobilização do operariado das grandes cidades contrário às reformas sociais
de governos populistas.

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GABARITO
1. e 28. c
2. b 29. e
3. d 30. e
4. b 31. d
5. a 32. b
6. c 33. a
7. b 34. d
8. c 35. b
9. E 36. b
10. C 37. a
11. b 38. e
12. a 39. a
13. d 40. c
14. c 41. E
15. d 42. e
16. a 43. d
17. a 44. d
18. d 45. e
19. a 46. e
20. a 47. c
21. a 48. b
22. d
23. c
24. e
25. a
26. b
27. a

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/VESTIBULAR) “Heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideias e

aspirações… São, por isso, instrumentos eficazes para atingir a cabeça e o coração dos cida-

dãos a serviço da legitimação de regimes políticos… Os candidatos a herói não tinham, eles

também, profundidade histórica, não tinham a estatura exigida para o papel. Não pertenciam

ao movimento da propaganda republicana, ativa desde 1870… A busca de um herói para a

República acabou tendo êxito onde não o imaginavam muitos dos participantes da proclama-

ção”. CARVALHO, J. M. de, “A formação das almas.” O imaginário da República no Brasil, São

Paulo: Cia das Letras, p.55-57.

A escolha e a construção do principal herói da República recaíram sobre:

a) Deodoro da Fonseca, devido à sua imensa popularidade, por ser um republicano histórico e

um ferrenho adversário dos poderes monárquicos.

b) Benjamin Constant, líder popular identificado com a causa operária, defensor do positivis-

mo e um representante civil com amplo trânsito entre os militares.

c) Duque de Caxias, grande comandante da Guerra do Paraguai, identificado com uma política

centralizadora e patrono do Exército brasileiro.

d) Bento Gonçalves, presidente da república riograndense e principal líder da revolta farroupi-

lha do século XIX, considerado o patrono militar do republicanismo no Brasil.

e) Tiradentes, militar e republicano transformado em mártir, cuja morte passou a ser associa-

da ao sacrifício de Jesus Cristo.

Letra e.
A figura de Tiradentes foi escolhida como mártir republicano devido à sua identificação com
os militares, já que era alferes, responsáveis pela implantação da República.

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Questão 2 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-

RIA/2016)

A charge mostra o Presidente Getúlio Vargas em situações distintas durante a década de


1930. A respeito das incertezas e mudanças do quadro político dessa década, com base na
charge, analise as afirmativas a seguir.
I – O primeiro quadro (1931) faz referência à aproximação entre os interesses centraliza-
dores do Governo Provisório e o tenentismo, como exemplificado pela nomeação de
Juarez Távora para o governo de São Paulo.
II – O segundo quadro (1935) faz referência aos dois polos opostos que dinamizavam o
quadro político depois de promulgada a Constituição de 1934: a Aliança Nacional Li-
bertadora (ANL) e a Ação Integralista Brasileira (AIB).
III – O terceiro quadro (1937) faz referência ao fechamento do Congresso, à criação do Es-
tado Novo e à unificação dos partidos políticos, sob a legenda da Ação Integralista
Brasileira (AIB).

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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Letra b.
I - Errada. Juarez Távora não foi interventor do estado de são Paulo.
III - Errada. A Ação Integralista Brasileira (AIB), fundado em 1932, era inspirada no Movimen-
to Fascista italiano de Mussolini e liderada por Plínio Salgado. Foi colocada na ilegalidade a
partir da instauração do Estado Novo em 1937.

Questão 3 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) “A complexidade dos problemas morais e materiais inerentes à vida moderna alar-
gou o poder de ação do Estado, obrigando-o a intervir mais diretamente, como órgão de co-
ordenação e direção, nos diversos setores da atividade econômica e social.” VARGAS, Getúlio,
Discurso, 1938, vol.3, p.135-136
As opções a seguir apresentam exemplos desse alargamento do poder do Estado, durante o
governo Vargas (1930-1945), à exceção de uma. Assinale-a.
a) A criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, com a função de legislar sobre a
organização sindical e os direitos trabalhistas.
b) A instituição da Lei Orgânica do Ensino Industrial, voltada para a preparação de mão de
obra qualificada para as fábricas.
c) A atuação das Juntas de Conciliação e Julgamento, objetivando arbitrar os conflitos entre
patrões e operários.
d) A criação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, com a função de formular e
executar a política nacional de desenvolvimento econômico.

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e) O estabelecimento do Conselho Nacional do Petróleo, ocupado com a regulação da explo-


ração petrolífera pelo Estado.

Letra d.

Essa é uma pegadinha. Exige do candidato que saiba quando o BNDE foi criado. A alternativa

d está errada por afirmar que o BNDE foi criado entre os anos de 1930 e 1945, uma vez que o

mesmo foi criado em 1952 durante a segunda passagem de Vargas pela presidência da Re-

pública.

Questão 4 (FGV/PGE-RO/TÉCNICO DA PROCURADORIA/TECNOLOGIA DA INFORMA-

ÇÃO/2015) Durante o governo ditatorial do presidente Getúlio Vargas entre 1937 e 1945, o go-

verno brasileiro oficializou uma política de ocupação da região norte do país ao ver na Amazô-

nia uma importância estratégica. A marcha para o oeste, como ficou conhecida a iniciativa do

governo varguista, foi possível graças aos incentivos financeiros do estado brasileiro, visando

à exploração econômica da região.

Em relação à política varguista de ocupação dessa área do país, é correto destacar:

a) a imediata definição do território dos indígenas sem que houvesse problemas nesse pro-

cesso;
b) a ausência de preocupação oficial do governo com a preservação do bioma da região norte;

c) a presença do capital externo como exclusivo investidor na exploração da região norte;

d) a opção do governo varguista na criação da indústria de base na região norte;

e) a presença do capital privado nacional no desenvolvimento do transporte da região norte.

Letra b.

Questão interpretativa. Ora, não havia preocupação ambiental nesse momento.

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Questão 5 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) Observe a imagem a seguir,

que reproduz a capa de um cordel divulgado em 2010:

Durante a 2ª Guerra Mundial, o envio de tropas dos Estados Unidos da América para o Teatro

de Operações foi viabilizado por meio de intensa negociação diplomática com os países lati-

no-americanos, no bojo da “Política da Boa Vizinhança” do governo de F. D. Roosevelt. Nesse

contexto, a aliança com o Brasil teve importância estratégica.

A partir da interpretação da xilogravura de Sebastião Palhares, conclui-se que a expressão

“Trampolim da Vitória”, difundida na década de 1940, refere-se ao

a) Nordeste brasileiro, que era o território americano mais próximo da África.

b) Golfo da Guiné, cujos laços com o Brasil ganhavam força desde o período colonial.

c) Atlântico Sul, cenário de torpedeamentos por submarinos alemães bombardeados do céu.

d) Litoral da África Ocidental, de onde os aviões norte– americanos decolavam rumo à Europa.

e) Sul dos Estados Unidos da América, que forneceu o maior contingente de soldados para o

front.

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Letra a.

Através dos Acordos de Washington, ficou definido que o Brasil permitiria que os Estados

Unidos mantivessem uma base militar no Nordeste brasileiro como estratégia da guerra no

oceano Atlântico.

Questão 6 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) A “Era Vargas” está associada

diretamente à construção de um arcabouço jurídico de direitos sociais, com destaque para

a legislação trabalhista, mas também por restrições ao exercício de direitos civis e políticos.

Mesmo durante o curto período de “Governo Constitucional”, entre 1934 e 1937, numerosos

mecanismos jurídicos foram criados para flexibilizar ou para violar abertamente algumas ga-

rantias constitucionais.

Assinale a opção que identifica um desses mecanismos durante a vigência formal da Cons-

tituição de 1934.

a) O fechamento da Aliança Nacional Libertadora (ANL) como resposta quase imediata ao

manifesto de Luís Carlos Prestes que pregava “todo poder aos sovietes”.

b) A promulgação da Lei de Segurança Nacional (LSN), após a Intentona Comunista, restrin-

gia ou eliminava garantias processuais para os acusados de crimes contra a segurança do

Estado.

c) A criação do Tribunal de Segurança Nacional, em 1936, incrementou os mecanismos de

aplicação da Lei de Segurança Nacional por meio de um tribunal de exceção subordinado à

Justiça Militar.

d) A criação do DOPS, polícia política de Vargas, conferiu grandes poderes a seu chefe Filinto

Müller, simpatizante do nazismo alemão.

e) A decretação do estado de guerra, em 1936 e 1937, foi justificada como reação ao cresci-

mento do apoio do III Reich à militância nazista no sul do país.

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Letra c.

A Lei de Segurança Nacional, promulgada em 4 de abril de 1935, definia crimes contra a ordem

política e social. Sua principal finalidade era transferir para uma legislação especial os crimes

contra a segurança do Estado, submetendo-os a um regime mais rigoroso, com o abandono

das garantias processuais. O tribunal de exceção foi instituído em setembro de 1936, subor-
dinado à Justiça Militar. Era composto por juízes civis e militares escolhidos diretamente pelo
presidente da República e deveria ser ativado sempre que o país estivesse sob o estado de
guerra.

Questão 7 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/CICLO REGULAR/2014)

O cartaz acima foi produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo
(1937-1945), convocando brasileiros para trabalhar nos seringais amazônicos. As opções a
seguir caracterizam o contexto histórico dessa propaganda, à exceção de uma. Assinale-a
a) a presença de soldados protegendo a costa brasileira informa, implicitamente, a  função
dos trabalhadores dos seringais como “soldados da borracha.”
b) A expressão “Cada um no seu lugar!”, exaltava a participação da população ameríndia ama-
zônica como a principal mão de obra do “front” da borracha.

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c) Documenta o engajamento do estado novo que incentivava o extrativismo do látex, concre-


tizado nas campanhas publicitárias que buscavam mobilizar mão de obra para os seringais.
d) A frase “Brasil para a Vitória” indicava que o Brasil se comprometia a aumentar a produção
da borracha amazônica e fornecê-la à indústria bélica dos estados Unidos.
e) O incentivo à produção da borracha amazônica para compensar o bloqueio dos mercados
asiáticos pela presença japonesa.

Letra b.
A mão de obra predominante nos seringais era de migrantes da Região Nordeste.

Questão 8 (CESPE/PM/AL/SOLDADO/2012) No período compreendido entre os anos de


1889 e 1930, vigeu no Brasil a Primeira República, cujo colapso foi oficializado pela Revolu-
ção de 1930, a qual deu origem à Era Vargas (1930-1945). O regime republicano instituído no
Brasil, surgido de um golpe de Estado protagonizado por militares do Exército, foi caracteri-
zado por muitos como a negação do próprio conceito de República. Entre os aspectos mais
característicos dessa primeira etapa da República brasileira incluem-se
a) a facilidade de acesso à educação formal e o reduzido número de analfabetos.
b) a redução drástica do poder decisório das oligarquias estaduais e o surgimento de novos
partidos políticos.
c) o voto a descoberto – um direito exclusivo de homens – e as recorrentes fraudes eleitorais.
d) a inexistência de manifestações políticas do segmento militar e o surgimento dos primei-
ros sindicatos.
e) a acentuada participação da sociedade no processo político e a redução das desigualdades
sociais.

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Letra c.
A fraude eleitoral começava com o chamado “voto de cabresto”. Como o voto era aberto,
os coronéis influenciavam na votação. Aquele que não votasse de acordo com a vontade do
coronel sofria sanções.

Questão 9 (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/PROVA 2/2017) A Primeira Re-


pública caracterizou-se pelo regime oligárquico e pela economia agroexportadora. Com rela-
ção a esses assuntos, julgue (C ou E) o item a seguir.
Na década de 20 do século XX, o movimento tenentista contou com importante participação
de oficiais tanto do Exército como da Marinha, tendo apontado os males causados pelo poder
excessivo da oligarquia e defendido a descentralização do poder político, além de uma políti-
ca econômica nacionalista.

Errado.
Defendiam, na verdade, a centralização do poder político, tirando poder das oligarquias locais.

Questão 10 (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/PROVA 2/2017) A chamada Re-


volução de 30 levou ao poder Getúlio Vargas, cujo governo, caracterizado por importantes
acontecimentos políticos e econômicos, se estendeu até 1945. A esse respeito, julgue (C ou
E) o item subsecutivo.
No período entre 1930 e 1937, a política econômico-financeira do governo Vargas procurou
atender a interesses de diversos setores, incluindo-se os agrários.

Certo.
Querido(a), lembre-se de que Getúlio tentou, em vão, auxiliar o setor cafeeiro queimando o ex-
cedente de café das reservas do governo para tentar diminuir a oferta do produto e aumentar
o seu preço.

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Questão 11 (CESPE/PM/AL/SOLDADO/2012) A queda do Estado Novo (1945) de Vargas


inaugurou uma nova etapa da trajetória política do Brasil: a experiência democrática, que,
contudo, foi interrompida pelo golpe de 1964, ao qual se seguiram duas décadas de regime
autoritário, cujo desfecho foi marcado pela emergência de uma nova e renovada democracia,
marcada pela promulgação da Constituição Federal de 1988. Essas transformações ocorre-
ram em um contexto histórico mundial de grandes mudanças econômicas, inclusive com o
avanço da globalização, e de extraordinário desenvolvimento científico. Com relação a essa
nova realidade histórica brasileira, assinale a opção correta.
a) A expressão Nova República foi cunhada pelos militares com o objetivo de dar sobrevida ao
regime autoritário em crise.
b) A Constituição Federal de 1988 notabiliza-se, entre outros aspectos, pela ênfase nela con-
ferida aos direitos inerentes à cidadania.
c) Com o propósito de preservar seu tradicional isolamento, o Brasil não integra os blocos
econômicos no cenário global contemporâneo.
d) A presença brasileira nos mercados globais é pouco significativa, consistindo na exporta-
ção de produtos industriais de tecnologia nacional.
d) A queda da ditadura de Vargas relaciona-se à participação do Brasil na Segunda Guerra
Mundial, ao lado do Eixo nazifascista.

Letra b.
Lembre-se, caro(a) aluno(a), de que a Constituição de 1988 é apelidada de Constituição Ci-
dadã.

Questão 12 (UFPR/POLÍCIA CIVIL/PR/AUXILIAR DE ANATOMIA E NECROPSIA/2007) Um li-


vro fundamental para analisar as contradições presentes nos primeiros anos da República é
Os Sertões, publicado em 1902 por Euclides da Cunha, obra primordial para o conhecimento
do Brasil. Assinale a alternativa que identifica o episódio da História que é apresentado no
livro.

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a) Guerra de Canudos.
b) Revolta da Chibata.
c) Revolta da Vacina.
d) Guerra do Contestado.
e) Revolta dos Tenentes.

Letra a.
Euclides da Cunha, jornalista, acompanhou as tropas do exército na campanha contra canu-
dos e narrou o conflito em seu livro Os Sertões.

Questão 13 (UFPR/TJSC/ASSISTENTE SOCIAL/2005) A respeito da Guerra do Contestado,


analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
I – Anita Garibaldi, que ficou conhecida como a “heroína dos dois mundos”, teve papel
importante neste conflito.
II – Foi um movimento social que pretendia separar Santa Catarina do Paraná.
III – Durante a Guerra do Contestado, apareceram as figuras dos monges, que não estavam
ligados a qualquer igreja ou religião.
IV – Foi a primeira vez que aviões de combate foram utilizados no Brasil.

a) Somente a I, a II e a III estão corretas.


b) Somente a I e a II estão corretas.
c) Somente a II e a IV estão corretas.
d) Somente a III e a IV estão corretas.

Letra d.
I - Errada.
II - Errada. O motivo do conflito foi a miséria da população expulsa de suas terras pela cons-
trução de uma ferrovia e da extração madeireira.

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Questão 14 (UFPR/TJSC/AGENTE OPERACIONAL/2004) A respeito da Guerra do Contesta-


do, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
a) Caracterizou-se por ser uma guerra entre os estados do Paraná e Santa Catarina, em razão
dos limites territoriais na região do, hoje, planalto norte do nosso Estado.
b) O messianismo esteve presente neste episódio, com a figura dos “monges”, que não esta-
vam ligados a qualquer igreja ou religião.
c) O Exército Nacional não participou em momento algum deste episódio.
d) A revolta foi um movimento social, que pretendia separar Santa Catarina do resto do país.

Letra c.
Os monges que surgiram na região de contestado, em especial José Maria, não tinham ne-
nhum vínculo com a Igreja. No entanto, reuniram em torno de si milhares de sertanejos com
seus discursos messiânicos.

Questão 15 (UFPR/TJSC/AGENTE DE PORTARIA E COMUNICAÇÃO/2005) A Constituição


que trouxe a separação da Igreja Católica com relação ao Estado, tornando válido somente o
casamento civil, foi:
a) 1934
b) 1937
c) 1846
d) 1891

Letra d.
A primeira Constituição da República, de 1891, foi promulgada durante a República de Espa-
das. Ela anunciava a separação entre Igreja e Estado (estado laico) e o casamento civil.

Questão 16 (UFPR/VESTIBULAR/2016) Segundo a historiadora Regina da Luz Moreira, “o re-


torno dos contingentes da FEB precipitou (…) a queda de Vargas em 1945” (CPDOC. Disponível
em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/FEB>).

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Assinale a alternativa que justifica a declaração acima, relacionando a atuação do Brasil, por
meio da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Segunda Guerra Mundial com o primeiro
governo de Getúlio Vargas (1930-1945).
a) Ao lutar pela democracia e contra os fascismos na Europa com a FEB, o governo de Vargas
perdeu apoio interno ao manter regime autoritário.
b) Ao lutar pela democracia e derrotar os fascismos na Europa, os pracinhas conquistaram
apoio popular para derrubar a ditadura de Vargas.
c) Ao derrubar o regime franquista na Espanha, os soldados brasileiros inspiraram a popula-
ção a lutar por eleições, após 15 anos de Estado Novo.
d) Ao derrotar os fascistas na Batalha de Monte Castelo na Itália, a FEB conquistou o apoio
norte-americano para derrubar a ditadura de Vargas.
e) Ao lutar pela libertação dos povos europeus, o governo brasileiro esgotou seus recursos
financeiros no Exército, precipitando a queda de Vargas.

Letra a.
A contradição era evidente. O governo de Vargas era autoritário tal qual os regimes fascistas
europeus. No entanto, enviou tropas da Força Expedicionária Brasileira para lutar ao lado das
democracias ocidentais contra esses mesmos regimes que inspiravam o Estado Novo.

Questão 17 (UFPR/VESTIBULAR/2018) Considere o seguinte texto:


O que a ação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e do Departamento de Imprensa
e Propaganda deixa claro é que o Estado Novo, a partir de 1942/3, engajou-se em um impor-
tante esforço político de fortalecimento de sua estrutura sindical corporativa. Se até os anos
40 não causara espécie ao governo o esvaziamento sindical, a partir desse momento sua es-
tratégia e objetivos foram reordenados pela tentativa de consolidação de um verdadeiro pacto
social com a classe trabalhadora. A promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho em
1º de maio de 1943, a criação e as atividades da Comissão Técnica de Orientação Sindical e
os reajustes do salário mínimo (Decretos-Leis n.º 5.977 e n.º 5.978, ambos de 1943) são al-
gumas iniciativas que atestam a importância do novo front que se abria para o regime. Dessa
forma, se em seu formato político o Estado Novo não se sustentava mais – se a “democracia

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autoritária” era inviável dentro da nova situação internacional e nacional –, o impacto ideoló-
gico de um projeto governamental centrado na mitologia do trabalho e do trabalhador tinha
desdobramentos mais complexos. (GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio
de Janeiro: FGV, 2015, p. 265.)
Levando em consideração o contexto desenvolvido no excerto, assinale a alternativa correta.
a) Nesse momento, o  Estado Novo demonstrou interesse em construir sistemas sindicais
menos autônomos, com a intenção de proteger a recém-criada Consolidação das Leis do
Trabalho e evitar reformas produzidas por grupos representantes das elites urbanas e rurais.
b) Os problemas da conjuntura internacional do período descrito pela autora são relativos ao
não reconhecimento oficial do governo fascista de Franco pelo Estado brasileiro, assim como
a certa antipatia pelo modelo da Alemanha nazista, o que permitiu proteger a nacionalização
de grandes indústrias de base no Brasil.
c) A “democracia autoritária” foi uma expressão cunhada por Gustavo Capanema em 1937 e
utilizada pelo Estado Novo para definir a construção das políticas públicas que beneficiavam
os trabalhadores economicamente, mas que enfraqueciam os poderes políticos dessa classe
social.
d) Graças à utilização do imaginário do trabalhismo e à promulgação de todos os novos su-
portes aos trabalhadores, somadas ao ataque promovido contra certos grupos sociais, como
estrangeiros, anarquistas, comunistas e mendigos, entre outros, o  Estado Novo conseguiu
fôlego extra e pode continuar existindo mesmo no pós-guerra.
e) A movimentação dos trabalhadores em 1945 foi representada por um movimento social
denominado “queremismo”, que colocou a população na rua por estar insatisfeita com as
políticas do Estado Novo. Os queremistas, por sua vez, foram altamente repreendidos pelo
Departamento de Imprensa e Propaganda. Mesmo assim obtiveram sucesso, derrubando
Vargas e dando origem a um novo partido político, o PDT.

Letra a.
Querido(a), lembre-se do conceito de “Sindicato Pelego”. Os sindicatos eram subordinados ao
Ministério do Trabalho, tática utilizada por Getúlio para controlar os operários.

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Questão 18 (UFPR/VESTIBULAR/2018) Considere a seguinte imagem:

Fotografia P&B. Domingo de julho de 1917. Operários em frente à Sociedade Protetora dos Operários. Acervo
Casa da Memória, Curitiba.)

Sobre a questão operária e a Greve Geral de 1917, mostrada na imagem, assinale a alternativa
correta.
a) O operariado brasileiro era composto majoritariamente por homens maiores de 21 anos,
uma vez que o trabalho infantil e o feminino haviam sido abolidos após os conflitos da Revolta
da Vacina.
b) As greves gerais no Brasil tiveram relativa aderência popular, uma vez que o povo brasileiro
primava por manter a ordem e evitar o que os governantes chamavam de “excessos”.
c) Durante a Primeira República, a frase “a questão social é um caso de polícia” tornou-se um
mote da ação do governo; afinal, ela resumia a preocupação das elites políticas com o desca-
so com que eram tratados os trabalhadores.
d) Existem diversos debates na História que discutem as tendências políticas dos partici-
pantes e, principalmente, das lideranças da greve de 1917, mas é comum defini-la como uma
greve de tendências anarco-sindicais.
e) A participação do Partido Comunista brasileiro foi fundamental na articulação dos traba-
lhadores no ano de 1917. Sem essa instituição, não seria possível organizar um movimento
em nível nacional.

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Letra d.
A Greve Geral de 1917 foi a maior mobilização operária da história do país. Tiveram influência
do anarquismo e do sindicalismo.

Questão 19 (AOCP/INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) O capitalismo mundial configu-


rava-se, desde a Revolução Industrial (século XVIII), como um sistema de “divisão internacio-
nal do trabalho”, articulado entre países centrais e periféricos em que os primeiros forneciam
produtos manufaturados em troca de matérias-primas de origem mineral ou animal, produzi-
das nos países dependentes. O Brasil se inseriu nesse sistema como país de economia peri-
férica, supridor de produtos primários, através dos quais se obtinham as divisas necessárias
à importação dos produtos destinados a atender à demanda interna.
Assinale a alternativa correta.
a) A partir do século XX, o café, face às condições favoráveis de produção, demanda e concor-
rência, passou a ser cada vez mais predominante na pauta de exportações, atingindo o auge
na década de 20, quando participava com cerca de 70% da receita de exportações.
b) Durante a República Velha, o poder político se concentrou nas mãos das oligarquias agro-
exportadoras. Com a política do café com leite, o Brasil conseguia articular uma economia
essencialmente agrária, conciliando as culturas de subsistência, produção não exportável,
que ultrapassava os limites do necessário.
c) Nesse período, o setor artesanal e fabril, essencialmente destinado a atender à demanda
de bens de consumo pelos assalariados, em pouco tempo tornou-se artigo voltado, também
a exportação atendendo a uma grande demanda em razão da qualidade do algodão brasileiro.
d) A economia brasileira voltada para o mercado externo caracterizava-se como um segmen-
to do capitalismo europeu. Uma situação confortável em razão do financiamento e comercia-
lização da produção dependente da mediação externa. Na forma como se realizava o capital,
com a produção, na circulação do café, residia a grande acumulação interna.
e) Essa situação impedia que o Brasil fosse suscetível às crises e oscilações do capitalismo
internacional. Até o final da década de 1920, a economia interna, estava desta forma, prote-

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gida uma vez que produzia obstáculos a importações das crises. A cada impasse, o governo
intervinha de molde a garantir a defesa do setor exportador.

Letra a.
O café foi o carro-chefe das exportações brasileiras, chegando a representar 70% das expor-
tações durante a década de 20. Tal situação foi arriscada, pois colocava a economia brasileira
dependente do mercado externo. Tal foi o risco que a economia brasileira entrou em crise com
a Queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque.

Questão 20 (AOCP/IBC/PROF. HISTÓRIA/2012) Afirma o historiador José Murilo de Carvalho


(na obra “Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi”) que a República nas-
ceu “antidemocrática, antipopular e antioperária”.
A respeito de tal afirmação, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Antidemocrática porque os eleitores eram mantidos distantes de todo o processo eleitoral,
as eleições eram disputadas pelas elites oligárquicas.
b) Antidemocrática porque todo o processo eleitoral era controlado por autoridades locais e
os discordantes sofriam coerção e violência física.
c) Mulheres, analfabetos, estrangeiros, mendigos, praças e religiosos eram excluídos das elei-
ções, portanto a República era antidemocrática.
d) Antioperária porque a primeira constituição, de 1891, obrigou o Estado a fornecer socorros
públicos aos pobres, permitiu as greves, mas fechou os Partidos políticos.
e) Antipopular porque a primeira constituição, de 1891, desobrigou o Estado de fornecer so-
corros públicos aos pobres e proibiu as greves e coligações operárias.

Letra a.
A população era mantida sim longe de parte do processo eleitoral, mas participava das elei-
ções através do voto.

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Questão 21 (AOCP/INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) O Estado Novo pode ser compre-


endido como um momento político, dentro da duração maior que corresponde ao processo de
transformação da sociedade brasileira, no século XX. Essa transformação, que se desenrola
desde a abolição da escravatura e se estende até a atualidade, caracteriza-se pela expansão
do modo capitalista de produção, com suas derivações políticas e ideológicas. Assinale a
alternativa INCORRETA.
a) Até a constituição do Estado Novo, a economia brasileira estava voltada para o mercado
interno, centrada na importação de produtos manufaturados e a exportação de primários [mi-
nérios] através da qual se obtinham as divisas necessárias à importação dos bens destinados
a atender a demanda interna.
b) O Estado Novo constituiu o momento em que a coesão das classes dominantes se realizou
através de sua abdicação do exercício do poder em favor de um Estado forte e autoritário, que
assegurou a submissão das subalternas.
c) A partir do século XX, desenvolveram-se os fatores internos e externos que iriam detonar
o processo de transformação das relações econômicas e políticas. Internamente, surgiram
novas forças sociais que iriam contestar o sistema vigente.
d) A urbanização crescente, a acumulação de capital produzida pelos excedentes da expor-
tação, o incentivo à produção nacional de substitutivos com a diminuição da capacidade de
importar em momentos de crise, constituíram os principais fatores a estimular o desenvolvi-
mento dos elementos necessários a um capitalismo de base industrial.
e) A “Revolução de 30” permitiu estabelecer um relativo equilíbrio de forças através de um
Estado de compromisso que, dada a heterogeneidade dos interesses, era extremamente ins-
tável, fazendo com que os conflitos voltassem a emergir.

Letra a.
A economia brasileira, até a constituição do Estado Novo, era voltada ao mercado externo,
exportando café.

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Questão 22 (AOCP/INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) A propaganda política vista atra-


vés de um prisma que lhe conferiu papel significativo nas grandes transformações do século
XX, revela elementos importantes para a compreensão daquelas transformações. Interes-
ses mesquinhos ou nobres teriam à sua disposição uma arma eficiente, capaz de conduzir à
sua realização efetiva. A respeito da propaganda política no Brasil enquanto instância de um
contexto mais complexo, constituído pelo conjunto dinâmico das relações sociais, o período
1937-1945, conhecido pela denominação “Estado Novo”, revelava-se extremamente signifi-
cativo. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A criação do Departamento Nacional de Propaganda, logo sucedido pelo DIP, a  intensa
utilização da imprensa, do cinema e do rádio para a veiculação de mensagens oficiais, são
argumentos enaltecedores largamente utilizados por Getúlio Vargas e pelo Estado Novo.
b) Greves e reivindicações por melhores condições de trabalho e de vida, propostas de mu-
danças políticas mais profundas, desenvolvimento de associações sindicais e partidárias,
traduziram um contexto – até o final da década de 1920. Nele as classes médias e os operá-
rios emergiam com um crescente nível de consciência e organização.
c) Abriu-se a década de 1930: realizou-se uma Revolução, implantou-se o Estado Novo e
aquela situação se modificou quase que abruptamente. A efervescência daqueles movimen-
tos foi gradativamente substituída por cenas de multidões passivas, cuja atuação se restrin-
gia aos aplausos e manifestações de apoio.
d) As ideologias são entidades autônomas, nascem dos interesses das sociedades que delas
se apropriam. Nesse sentido a articulação da política de veiculação das imagens, inaugurada,
no Brasil, pelo Estado Novo de Getúlio Vargas trata-se de uma condição histórico social cuja
finalidade desdobrava-se entre um trabalho visionário progressista e oferecer um aparato
tecnológico de laser à população brasileira, o que o caracterizou como governo populista.
e) A propaganda realizada pelos órgãos do Estado em direção à sociedade apresenta espe-
cial relevo quando refletimos sobre o momento de extremo autoritarismo. Neste momento,
os meios de produção e a difusão de ideias se encontravam sob o mais absoluto controle do
Estado.

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Letra d.
As ideologias não são autônomas. Se nascem dos interesses das sociedades, como pode a
sociedade se apropriar de algo que ela própria criou. Exercício de lógica.

Questão 23 (AOCP/INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2012) A


Revolução Constitucionalista foi, sem dúvida, um dos acontecimentos mais importantes e
dramáticos da história republicana. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) Esta revolução ocorreu em 1930 e envolveu todos os Estados da federação.
b) Em 1932, paulistas e cariocas se enfrentaram nessa guerra civil em prol da Constituição.
c) Revoltadas, as elites paulistas desejavam reaver seu domínio político perdido em 1930.
d) Esta revolução se deu em 1964 entre paulistas e mineiros, contestando Getúlio Vargas.
e) Ocorreu por causa do fim da política do “café com pão”, marcando o fim da República Velha.

Letra c.
Revolução Constitucionalista de 1932, resumida na alternativa.

Questão 24 (AOCP/INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2012) A


respeito da crise de 1929 assinale a alternativa INCORRETA.
a) Demonstrou as limitações do liberalismo em manter a economia em equilíbrio dinâmico.
b) Favoreceu a prática do intervencionismo do Estado na economia capitalista contra a crise.
c) Resultou de um processo em que o aumento do consumo superou a produção de merca-
dorias.
d) Adquiriu um caráter mundial por ter atingido o cerne da divisão internacional do trabalho.
e) O Brasil sofreu com a crise porque a produção de café perdeu compradores internacionais.

Letra e.
Crise de 1929: superprodução. Resultou de um excesso de mercadorias em um mercado in-
capaz de consumir. A crise econômica contribuiu para uma crise política que levou Getúlio
Vargas ao poder.

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Questão 25 (ESA/2016) A Política de emissão de dinheiro em grande quantidade, que cau-


sou uma desenfreada especulação na Bolsa de Valores, durante o governo do marechal Deo-
doro da Fonseca, ficou conhecida como:
a) Encilhamento.
b) Crise de 1929.
c) Crise Contestada.
d) Queda do Banco do Brasil.
e) Queda do Marechal de Ferro.

Letra a.
Na corrida de cavalos, a iminência da largada é indicada pelo encilhamento, isto é, o momento
em que se aperta com a cilha (tira de pano ou de couro) a sela do cavalo. É o instante em que
o movimento das apostas atinge o máximo de tensão. Por analogia, chamou-se de encilha-
mento” a política de emissão de dinheiro em grande quantidade, que causou uma desenfrea-
da especulação na Bolsa de Valores.

Questão 26 (ESA/2016) A eleição indireta de Getúlio Vargas para a presidência nacional, na


qual foi eleito para um mandato de quatro anos, ocorreu no ano de:
a) 1930
b) 1934
c) 1937
d) 1946
e) 1950

Letra b.
Em 1934, a Assembleia Constituinte promulgou uma Constituição. Essa mesma assembleia
transformou-se na primeira Câmara dos Deputados com poderes para eleger o presidente
da República. Getúlio foi eleito por essa Câmara em julho de 1934, para um mandato de qua-
tro anos.

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Questão 27 (ESA/2015) Na República Velha, ocorreram vários movimentos contestatórios.


Identifique aquele que está localizado geograficamente de forma correta:
a) Revolta da Vacina – Rio de Janeiro.
b) Revolução Federalista – Paraná.
c) Canudos – Minas Gerais.
d) Contestado – Bahia.
e) Revolta da Armada – Rio Grande do Sul.

Letra a.
É a única alternativa que faz a correspondência correta entre a revolta e o lugar.

Questão 28 (ESA/2015) Após ingressar na II Guerra Mundial em agosto de 1942, o  Brasil


enviou ‘a Europa a Força Expedicionária Brasileira, que integrou o 5º Exército dos Estados
Unidos, atuando em território:
a) alemão
b) francês
c) italiano
d) belga
e) suíço

Letra c.
A Força Expedicionária Brasileira combateu apenas na Itália.

Questão 29 (ESA/2014) No dia 5 de julho de 1922, jovens oficiais resolveram abandonar o


forte e marchar pela praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para enfrentar as forças legalis-
tas. Esse episódio, conhecido como “os 18 do Forte”,
a) provocou, imediatamente, a queda do último presidente da República do “Café com leite”.
b) provocou a renúncia do Presidente Artur Bernardes.
c) levou o Governo Federal a transferir a Escola de Formação de Oficiais do Rio de Janeiro para
Porto Alegre.

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d) deu início a um período ditatorial, interrompido apenas com a Revolução de 1930.


e) originou o movimento denominado de Tenentismo.

Letra e.
No dia 05 de julho de 1922, jovens oficiais resolveram abandonar o forte e marchar pela praia
de Copacabana, no Rio de Janeiro, para enfrentar as forças legalistas. Esse episódio, conhe-
cido como “os 18 do Forte, originou o chamado tenentismo”.

Questão 30 (ESA/2013) Em 1945 chega ao fim o Estado Novo implantado pelo presidente
Getúlio Vargas. Entre as causas tivemos a(s)
a) Revolução de 1945 realizada pelos sindicatos e apoiado pelo Partido Trabalhista Brasileiro
daquela época.
b) atuação do movimento estudantil, liderado pela UNE, que assumiu o poder apoiando o par-
tido da União Democrática Nacional.
c) pressões norte-americanas obrigando Getúlio Vargas a extinguir o Estado Novo e tornar o
país uma democracia.
d) adesão de Getúlio ao Fascismo, propiciando que ele implante no Brasil um regime seme-
lhante após 1945.
e) participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial ao lado das democracias, criando uma situa-
ção interna contraditória, pois o país vivia, até aquele ano, uma ditadura.

Letra e.
A participação do Brasil ao lado dos Aliados na Segunda Guerra Mundial produziu uma con-
tradição pelo fato de o país viver uma ditadura internamente. São os militares que depõe
Getúlio.

Questão 31 (ESA/2012) Em 1906, os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Ja-
neiro se reuniram e estabeleceram o Convênio de Taubaté, que
a) pode ser considerado o marco inicial da “política dos governadores”.
b) defendeu medidas para incrementar a imigração europeia.

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c) resultou na política de ampliação da produção cafeeira.


d) estabeleceu a primeira política de valorização do café.
e) caracteriza a fundação da “política do café com leite”.

Letra d.
Para solucionar a crise de superprodução da economia cafeeira, os  governadores de São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro se reuniram, em 1906, e estabeleceram o Convênio de
Taubaté, que promoveu a primeira política de valorização do café, com a intervenção direta do
Estado na economia cafeeira.

Questão 32 (ESA/2012) Sobre a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, pode-se


afirmar que
a) limitou-se ao fornecimento de matérias-primas estratégicas aos aliados e ao auxílio no
patrulhamento do Atlântico Sul.
b) o ingresso no conflito deu-se a partir de uma aproximação diplomática e comercial com
as potências aliadas, em especial os EUA, e após o clamor popular decorrente dos repetidos
ataques de submarinos alemães a navios mercantes brasileiros.
c) foi limitada ao papel diplomático de mediação entre as potências aliadas e os países do Eixo.
d) não teve nenhuma influência na crise do Estado Novo.
e) a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi decisiva nos combates travados
nas ilhas japonesas do Pacífico.

Letra b.
A alternativa expõe as principais razões que explicam o ingresso do Brasil no conflito ao lado
dos chamados aliados, tanto no plano internacional (aproximação com os EUA), quanto no
plano local (o descontentamento da população com o afundamento de navios brasileiros).

Questão 33 (ESA/2012) Na história do Brasil, o termo “messianismo” é usado no estudo de


alguns movimentos sociais. Assinale a única alternativa que apresenta um desses movimen-
tos e seu respectivo líder.

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a) Revolta de Canudos / Antônio Conselheiro.


b) Revolta da Vacina / João Maria.
c) Guerra do Contestado, Euclides da Cunha.
d) Os 18 do Forte de Copacabana / Miguel Lucena.
e) Coluna Prestes / Luís Carlos Prestes.

Letra a.
A Revolta dos Canudos foi um conflito messiânico e seu líder foi Antônio Conselheiro.

Questão 34 (ESA/2012) Na Segunda Guerra Mundial, o Brasil participou, ao lado dos aliados,
com um contingente de mais de 20.000 homens que formaram a Força Expedicionária Brasi-
leira (FEB). Esse contingente destacou-se nas batalhas
a) de Palmares.
b) da Normandia.
c) dos Guararapes.
d) de Monte Castelo.
e) do Monte das Tabordas.

Letra d.
O Brasil, sob o comando de Mascarenhas de Morais, teve atuação de destaque, na conquista
de Monte Castelo.

Questão 35 (ESA/2011) A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) teve efeitos favoráveis à


política de industrialização no Brasil. Nesse período, o fato responsável pelo impulso da in-
dústria brasileira foi o(a)
a) desenvolvimento da indústria automobilística e de bens de consumo.
b) empenho efetivo do Estado na implantação da indústria pesada no Brasil.
c) Política dos Governadores, que estimulou a industrialização de São Paulo e Rio de Janeiro.
d) política de emissão de dinheiro – o Encilhamento – para incentivar o consumo interno.
e) Convênio de Taubaté, que favoreceu o comércio de manufaturados de origem brasileira.

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Letra b.
O envolvimento dos países industrializados na Segunda Guerra Mundial fez com que o Brasil
procurasse soluções internas para suprir a demanda de produtos industrializados. Isso esti-
mulou a implantação da indústria pesada no Brasil, na Era Vargas.

Questão 36 (ESA/2010) Durante o governo de Marechal Deodoro da Fonseca, seu minis-


tro da fazenda, Rui Barbosa, adotou uma série de medidas econômicas que ficou conhecida
como “encilhamento”. Essa política econômica estatal estava baseada em duas ações:
a) a abolição da escravatura e a abertura dos portos.
b) a emissão de papel-moeda e a expansão do crédito.
c) o incentivo à imigração e o financiamento de casas próprias.
d) a especulação financeira e a criação de empresas fantasmas.
e) um programa de privatizações e a criação de um imposto único.

Letra b.
A política econômica de Rui Barbosa visava reforçar e ampliar os setores produtivos, por isso
a estratégia de expansão do crédito. Com a recente libertação dos escravos e com os incen-
tivos à imigração europeia, surgiu a necessidade de se ampliar a quantidade de dinheiro em
circulação, pois esses grupos precisavam receber pelo seu trabalho, daí a política de emissão
de papel-moeda.

Questão 37 (ESA/2009) Acerca do envolvimento do Brasil na Segunda Guerra Mundial, está


correta a afirmação:
a) O torpedeamento e afundamentos de navios brasileiros por submarinos alemães provocou
uma grande mobilização da opinião pública a favor da entrada do País na guerra.
b) O ideal de combater regimes totalitários e expandir a democracia, a  exemplo do regime
político brasileiro em voga na época.
c) O Brasil não permitiu que militares norte-americanos utilizassem bases militares instala-
das no Nordeste brasileiro.

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d) As afinidades do governo Vargas com os regimes fascistas e a pressão de membros do


governo simpatizantes a esses regimes (como o Ministro da Justiça Francisco Campos) le-
varam o País a apoiar as potências do Eixo.
e) O interesse brasileiro em conseguir financiamento alemão para a construção da Usina Si-
derúrgica de Volta Redonda esteve entre os principais fatores que levaram o País a entrar no
conflito.

Letra a.
Um dos principais motivos de o Brasil ingressar na Segunda Guerra Mundial foi o ataque de
submarinos alemães a navios brasileiros.

Questão 38 (ESA/2008) Ocorreu um movimento armado, liderado por Luís Carlos Prestes,
com o intuito de implantar no país uma ditadura do proletariado, durante a Era Vargas (1930-
1945). Esse episódio da história é conhecido como a:
a) Revolução Constitucionalista.
b) Intentona Integralista.
c) Revolta da Armada.
d) Revolução Democrática de 64.
e) Intentona Comunista.

Letra e.
Luís Carlos Prestes liderou uma tentativa frustrada de tomar o poder e instalar o regime so-
cialista no país.

Questão 39 (ESA/2007) Foram revoltas ocorridas no Brasil durante a República Velha e que
tiveram origem em movimentos sociais de cunho religioso:
a) Revolta de Canudos e Guerra do Contestado.
b) Revolta de Canudos e Revolução Federalista.
c) Guerra do Contestado e Revolta da Chibata.

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d) Revolução Federalista e Revolta da Vacina.


e) Revolta da Chibata e Revolta de Canudos.

Letra a.
A Revolta de Canudos e a Guerra do Contestado foram os únicos movimentos ocorridos du-
rante a República Velha chefiados por líderes messiânicos, isto é, líderes que usavam a fé e a
religiosidade para aglutinar os sujeitos sociais em sua esfera de influência.

Questão 40 (IBFC/PMMG/PROFESSOR/HISTÓRIA/2015) A análise do papel da propaganda


oficial para a difusão de um ideário nacional, proposto pelo Estado Novo, pelos meios de co-
municação como a rádio e as expressões artísticas (a música, o carnaval, a literatura e o ci-
nema) é de fundamental importância na compreensão da constituição e da difusão de uma
cultura popular brasileira na Era Vargas. Sobre o ensino do subtema a Revolução de 1930,
Estado e industrialização: os avanços e recuos da cidadania: extensão dos direitos sociais
versus cerceamento dos direitos políticos e civis, de acordo com as orientações pedagógicas
da Secretaria de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e assinale a al-
ternativa correta.
I – O professor poderá abordar a imprensa, neste caso a rádio, como veículo propagador
de ideias e discursos do governo Vargas. O futebol e o carnaval, manifestações híbri-
das da cultura popular brasileira, foram explorados e difundidos pela política cultural
oficial.
II – É no governo Vargas que começa a haver um incentivo governamental na seleção bra-
sileira de futebol.
III – A Revolução de 1930 pode ser vista em diferentes perspectivas: golpe militar, revolu-
ção, contrarrevolução, divisão das oligarquias, dependendo da fonte contemporânea
utilizada (quem viveu e o que deixou de memória) ou do recorte teórico adotado pelo
historiador que hoje escreve sobre o acontecimento. Assim, o estudo do tema pode ser
uma oportunidade para se trabalhar diversas interpretações historiográficas com os
alunos.

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Estão corretas as afirmativas:


a) I e III apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) III, apenas.

Letra c.
Todas as afirmativas estão corretas. Apesar de apresentar um grau de dificuldade maior do
que encontrará em sua prova, por ser seletiva para professores de história, esta questão nos
serve para compreender a forma de cobrança da banca.

Questão 41 (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/PROVA 2/2016) A ditadura do


Estado Novo começou a se esgotar tão logo os rumos da Segunda Guerra Mundial também
começaram a mudar. O governo brasileiro tinha a intenção de dirigir o processo de transição,
definindo-lhe regras, etapas e processos. Mas esse intento, apesar de apoiado por segmen-
tos expressivos da população, sofreu pressões de variada natureza, especialmente por parte
daqueles que desejavam o fim imediato e definitivo do regime autoritário do Estado Novo.
Lucília de Almeida Neves Delgado. Partidos políticos e frentes parlamentares: projetos, desa-
fios e conflitos na democracia. In: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Orgs.).
O  Brasil republicano (Vol. 3: O tempo da experiência democrática – da democratização de
1945 ao golpe civil-militar de 1964). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 133 (com
adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito do
período da história brasileira por ele focalizado.
Entre as “pressões de variada natureza” que inviabilizaram a estratégia de Getúlio Vargas de
colocar-se na liderança do processo de distensão do Estado Novo, destaque especial deve
ser conferido aos comunistas que, comandados por Luís Carlos Prestes – recém-libertado da
prisão política –, insurgiram-se contra a proposta queremista e aglutinaram as correntes de
oposição na defesa de eleições gerais, com a derrubada do ditador.

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Errado.
Em março de 1936, Prestes foi preso, perdeu o posto de capitão e iniciou uma pena de prisão
que durou nove anos. Portanto, estava preso durante a campanha Queremista.

Questão 42 (VUNESP/PM-PE/SOLDADO/2017) O chamado Plano Cohen (1937) foi um pre-


texto utilizado para:
a) impedir que Armando Sales Oliveira assumisse a Presidência da República;
b) afastar da vida pública a corrente de opinião liderada por Plínio Salgado;
c) gerar uma instabilidade política que levasse as oligarquias tradicionais ao governo;
d) acabar com as críticas dos “tenentes” ao imperialismo anglo-americano;
e) justificar um golpe que garantisse a permanência de Vargas no poder.

Letra e.
O Plano Cohen foi um engodo, uma invenção de uma conspiração comunista que não existia.
Foi criada pelo governo de Vargas com intuito de justificar o golpe para combater o avanço do
comunismo no Brasil.

Questão 43 (VUNESP/PM-SP/SOLDADO/2014) A Revolução de 1930 promoveu transforma-


ções significativas na história do Brasil. Sobre a Revolução de 1930, pode-se afirmar correta-
mente que
a) resultou de disputas por terras entre camponeses e pecuaristas no nordeste brasileiro.
b) propiciou o restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos da América.
c) representou os grupos sociais interessados em elaborar uma nova Constituição.
d) originou o período da história brasileira conhecido como a Era Vargas.
e) foi financiada com recursos oriundos da economia da cana-de-açúcar.

Letra d.
A Revolução de 1930 rompeu com o domínio das oligarquias e colocou no poder Getúlio Var-
gas.

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HISTÓRIA
Brasil República - Parte I
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 44 (VUNESP/PM-SP/NÍVEL MÉDIO/ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR/2016) Ape-


sar das greves, das leis esparsas e da existência de movimentos e partidos que tratavam de
arregimentar a classe operária, ou falar em nome dela, a massa trabalhadora continuava, em
sua grande maioria, carente de direitos e de organização. Essa carência seria um campo fértil
nos anos 30 para a ação do Estado através da política trabalhista de Getúlio Vargas. (Boris
Fausto, História do Brasil. Adaptado)
Considerando a Primeira República e a Era Vargas, na política mencionada no trecho, é corre-
to afirmar que
a) o operariado urbano permaneceu excluído do processo eleitoral, pois Getúlio Vargas não
ampliou os direitos políticos e sociais vigentes antes da década de 1930.
b) Getúlio Vargas diferenciou-se ao autorizar partidos representativos da classe operária, que
tinham liberdade para organizar greves, inclusive durante o Estado Novo.
c) a legislação trabalhista foi rejeitada pelo Congresso nos dois períodos, porém Getúlio Var-
gas conseguiu instituir o décimo terceiro salário e a previdência social.
d) Getúlio Vargas organizou a Justiça do Trabalho e estabeleceu uma estrutura sindical atre-
lada ao Estado, o que foi inovador em relação ao período anterior.
e) a questão social continuou a ser tratada como “caso de polícia” por Getúlio Vargas, embora
ele tivesse estabelecido leis para regulamentar o trabalho no campo.

Letra d.
Vargas ficou conhecido como “pai dos pobres” em grande medida pelo fato de ter elencado
os direitos trabalhistas. Na verdade, a instituição da CLT e do Ministério do Trabalho foi uma
estratégia de controle do operariado.

Questão 45 (ESPCEX/2017) Estado Novo foi um período da chamada “Era Vargas”, em que o
presidente tinha os mais amplos poderes. Das alternativas abaixo, aponte aquela que corres-
ponde a um evento ocorrido durante o Estado Novo.
a) A população paulista deflagrou a chamada Revolução Constitucionalista.
b) Foi criado o Ministério da Educação e Saúde, em novembro de 1930.

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d) Eclodiu a Intentona Comunista.


d) O Governo aprovou a Lei de Sindicalização, que definia os sindicatos como órgãos consul-
tivos.
e) O Brasil participou da 2ª Guerra Mundial com a Força Expedicionária Brasileira.

Letra e.
O Brasil participou efetivamente do conflito enviando tropas da FEB – Força Expedicionária
Brasileira – e da FAB – Força Aérea Brasileira.

Questão 46 (ESA/2006) Dentre os fatores que concorreram para o fim da República Velha,
temos a:
a) Questão do Acre e o Tratado de Petrópolis.
b) Revolução Constitucionalista de São Paulo.
c) Guerra de Canudos e Revolta do Contestado.
d) Participação do Brasil na Primeira Guerra mundial.
e) Política sucessória e a crise econômica de 1929.

Letra e.
Os desacordos na disputa sucessória para presidente da República entre o Partido Republi-
cano Mineiro e o Partido Republicano Paulista culminaram na Revolução de 1930, pondo fim
à República Velha.

Questão 47 (ESA/2007) Durante a Era Vargas (1930 -1945), eclodiu na Europa a Segunda
Guerra Mundial. Tal conflito:
a) Teve a participação do Brasil, que preparou tropas, porém não chegou a enviá-las para a
Europa.
b) Pouco influenciou o Brasil, que se manteve neutro.
c) Teve a participação direta do Brasil que, inclusive, enviou para a Itália a Força Expedicioná-
ria Brasileira (FEB).

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d) Contou com o apoio brasileiro em armamento ao Eixo.


e) Teve a participação do Brasil apenas na permissão para a instalação de bases aeronavais
no Nordeste.

Letra c.
O Brasil participou efetivamente do conflito enviando tropas da FEB – Força Expedicionária
Brasileira – e da FAB – Força Aérea Brasileira.

Questão 48 (VUNESP/SOLDADO/PM-SP/2019) Observe o cartaz.

CARTAZ REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 32 (SP contra Vargas).

Considerando a imagem e conhecimentos sobre a história do Brasil republicano, é  correto


afirmar que o cartaz trata de
a) uma convocação de reservistas para o alistamento militar no auge da Guerra Mundial.
b) um apelo à sociedade para sua mobilização em benefício das populações mais carentes
do país.
c) uma denúncia das intenções antidemocráticas de alguns setores das forças armadas bra-
sileiras.

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d) um chamado à participação efetiva da população na resistência militar a um governo fede-


ral centralizador.
e) uma arma de mobilização do operariado das grandes cidades contrário às reformas sociais
de governos populistas.

Letra b.
O cartaz é de convocação dos paulistas para aderirem à “Revolução Constitucionalista de
1932” contra Getúlio Vargas. Exigiam um interventor paulista e uma nova constituição, dado
que Vargas a dissolveu quando chegou ao poder através da Revolução de 30 e desde então
centralizou o poder político.

Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como
professor concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.

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