Você está na página 1de 151

HISTÓRIA

Brasil Império

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Brasil Império.. ................................................................................................................3


1. Brasil Império..............................................................................................................4
1.1. A Crise do Antigo Sistema Colonial e o Processo de Emancipação Política do
Brasil; o Reconhecimento Internacional.. .........................................................................4
1.2. O Processo Político no Primeiro Reinado; as Rebeliões Provinciais; a Abdicação
de D. Pedro I..................................................................................................................24
1.3. O Centralismo Político e os Conflitos Sociais do Período Regencial; a Evolução
Político-Administrativa do Segundo Reinado; a Política Externa e os Conflitos Latino-
americanos do século XIX............................................................................................. 30
1.4. A Sociedade Brasileira da Fase Imperial, o Surto do Café, as Transformações
Econômicas, a Imigração, a Abolição da Escravidão, as Questões Religiosa e Militar.. ...49
1.5. As Manifestações Culturais; as Ciências, as Artes e a Literatura no Período
Imperial........................................................................................................................ 66
Resumo.........................................................................................................................70
Mapas Mentais.............................................................................................................. 72
Questões Comentadas em Aula. .................................................................................... 75
Questões de Concursos.................................................................................................83
Gabarito...................................................................................................................... 109
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 110

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

BRASIL IMPÉRIO
Olá, meu(minha) querido(a) aluno(a)! Seja muito bem-vindo(a)!
Dando sequência ao nosso curso, trataremos da História do Brasil Império. Veja os tópi-
cos do edital que serão analisados:
6. BRASIL IMPÉRIO
6.1. A crise do antigo sistema colonial e o processo de emancipação política do Brasil; o
reconhecimento internacional.
6.2. O  processo político no Primeiro Reinado; as rebeliões provinciais; a abdicação de
D. Pedro I.
6.3. O centralismo político e os conflitos sociais do Período Regencial; a evolução políti-
co-administrativa do Segundo Reinado; a política externa e os conflitos latino-americanos do
século XIX.
6.4. A sociedade brasileira da fase imperial, o surto do café, as transformações econômi-
cas, a imigração, a abolição da escravidão, as questões religiosa e militar.
6.5. As manifestações culturais; as ciências, as artes e a literatura no período imperial.
Antes de seguirmos, peço novamente que avalie a aula anterior, caso ainda não o tenha
feito. Vamos a aula!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

1. Brasil Império
O Brasil Império se inicia com a Independência, em 7 de setembro de 1822, e se encerra
com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. No entanto, e já discutimos
isso, a FGV enxerga os eventos como um processo. Nesse sentido, elencou a crise do sistema
colonial que se iniciou ainda no século XVIII. Portanto, estudaremos desde os movimentos
emancipacionistas, passando pela chegada da família real ao país, para depois entrarmos
nos eventos que constituem o Brasil Imperial, com o desenrolar do Primeiro Reinado, do Perí-
odo Regencial e do Segundo Reinado.

1.1. A Crise do Antigo Sistema Colonial e o Processo de Emancipação


Política do Brasil; o Reconhecimento Internacional
O sistema colonial português na América, a partir do final do século XVIII, vinha demons-
trando sinais de deficiência. Além da crise do açúcar, com queda de preços derivada da concor-
rência holandesa, a produção aurífera foi se esgotando. Junte-se a isso, as revoltas separatistas
(Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana e Insurreição Pernambucana de 1817), influenciadas
pelo Iluminismo, buscavam romper com os laços coloniais que nos uniam aos lusitanos.
Mas nada contribuiu tanto para o nosso processo de emancipação quanto a chegada da
corte portuguesa em 1808. Vejamos como se deu esse processo.

A crise do antigo sistema colonial e o processo de emancipação política do


Brasil

Como disse, além da crise econômica gerada pela crise do açúcar e da mineração, os ecos
da Revolução Francesa influenciaram os colonos. Duas revoltas separatistas ocorreram an-
tes da chegada da Corte Portuguesa: a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.

Inconfidência Mineira – 1789

Como vimos, os movimentos separatistas ou emancipacionistas têm caráter diferencia-


do dos movimentos nativistas, na medida em que objetivaram a independência em relação à
Coroa Portuguesa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

A Inconfidência Mineira foi um movimento de caráter separatista que ocorreu na província


de Minas Gerais em 1789. O movimento foi descoberto antes do dia marcado para a eclosão
por conta de uma delação.
A queda da produção de ouro que passou a ocorrer a partir de 1760, se agravava a cada
ano e acentuava a pobreza da população. Mesmo com a diminuição da extração do ouro,
o sistema e o valor de cobrança dos quintos devidos à coroa, mantinha-se o mesmo. Quando
o ouro entregue não perfazia 100 arrobas (cerca de 1500 kg) anuais, era decretada a derrama.
Esta consistia em cobrar da população, pela força das armas, a quantidade que faltava.
Apesar de ter sido decretada somente uma vez, sempre pairava a ameaça que a derrama
poderia se tornar realidade e isso assustava tanto os exploradores de ouro como a população.
O custo de vida em toda a região ficava cada vez mais alto, pois tudo era comprado a prazo
e com ouro. Desta maneira, os funcionários que detinham o monopólio do metal começaram
a se endividar, deixando de fazer pagamentos aos comerciantes, agricultores e traficantes de
escravos que também foram arrastados para a crise.
Com a publicação do Alvará de 1785, a situação se agravou. Esta lei determinava o fecha-
mento de manufaturas locais, obrigando a população a consumir apenas produtos portugue-
ses de alto preço.
Também as ideias do Iluminismo que apregoavam temas de liberdade para os povos e
questionar a ordem política vigente circulavam apesar da censura. Estas ideias foram trazi-
das por estudantes brasileiros que tinham realizado cursos superiores na Europa.
Não se pode esquecer, do conhecimento da Independência dos Estados Unidos, cujos co-
lonos, revoltados contra o sistema fiscal de sua metrópole, tinham se libertado da Inglaterra.
Isto animou a elite mineradora a conspirar contra a metrópole.
Os inconfidentes eram, em sua maioria, grandes proprietários ou mineradores, padres e
letrados, como Cláudio Manuel da Costa. Oriundo de família enriquecida na mineração, havia
estudado em Coimbra e foi alto funcionário da administração colonial. Por sua parte, Alvaren-
ga Peixoto era minerador e latifundiário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Principais inconfidentes:
Tomás Antônio Gonzaga, escritor e poeta, depois de estudos jurídicos na Europa, tornou-
-se ouvidor (juiz) em Vila Rica.
Francisco de Paula Freire, tenente coronel e comandante do Regimento dos Dragões, tro-
pa militar de Minas Gerais, estava hierarquicamente logo abaixo do governador.
Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro.
Dotado de grandes habilidades, ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro e comerciante.
Foi o mais popular entre os conspiradores. Embora não tenha sido o idealizador do movimen-
to, teve papel importante na propagação das ideias revolucionárias junto ao povo.
Os Inconfidentes tinham uma série de propostas para a capitania de Minas Gerais, veja:
Romper com Portugal e adotar um regime republicano (a capital seria São João del Rei);
Criar indústrias;
Fundar uma universidade em Vila Rica;
Acabar com o monopólio comercial português;
Adotar o serviço militar obrigatório.
A bandeira do novo país seria um pavilhão que conteria a frase latina Libertas quae sera
tamen (Liberdade ainda que tardia). Mais tarde, um desenho semelhante e o lema seriam a
base para a criação da bandeira do Estado de Minas Gerais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

A revolta deveria ter início no dia do derrama, que o governo programara para 1788 e aca-
bou suspendendo quando soube da conjuração. Entretanto, os planos dos inconfidentes fo-
ram frustrados porque três participantes da conspiração procuraram o governador, Visconde
de Barbacena, para delatar o movimento.
Foram eles: o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente coronel Basílio de Brito Malhei-
ro do Lago e o mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona.
Tiradentes, que viajava para o Rio de Janeiro com o objetivo de adquirir armas, foi preso
naquela cidade, no dia 10 de maio de 1789.
Após três anos sendo processado, todos os participantes foram perdoados ou condena-
dos ao degredo. Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril
de 1792, no campo de São Domingos, no Rio de Janeiro. Após o cumprimento da sentença,
o corpo foi esquartejado e ficou exposto à execração pública.

Conjuração Baiana – 1798

A Conjuração Baiana foi uma rebelião popular que ocorreu na Bahia, no dia 25 de agosto
de 1798, que pretendia libertar o Brasil de Portugal e atender as reivindicações das camadas
pobres da população. Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a agitação popular era
composta, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços
que exerciam as mais diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras.
Repercutia na Bahia o movimento chefiado pelo bravo negro Toussaint Louverture, no
Haiti, contra os colonizadores franceses – o primeiro grande levante de escravos bem su-
cedido na história. Aquelas mesmas ideias de república, liberdade e igualdade pregadas na
Revolução Francesa e na Conjuração Mineira agitavam agora a Bahia.
A população da cidade de Salvador, antiga capital do Brasil, vivendo em situação de penú-
ria, depois que a capital do Brasil colônia foi transferida para o Rio de Janeiro (1763), pregava
a necessidade de se fundar no Brasil uma “República Democrática” e uma sociedade onde
não houvesse diferenças sociais, onde todos fossem iguais, e  onde houvesse “Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

A Conjuração Baiana teve como principais líderes os alfaiates João de Deus e Faustino
dos Santos Lira, os soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas, homens pobres, de
cor e sem prestígio social, que estavam ligados aos movimentos da maçonaria.
As ideias políticas da “Revolução Francesa” continuavam a chegar ao Brasil, inclusive por
intermédio da maçonaria. A primeira loja maçônica, Cavaleiros da Luz, criada na Bahia, con-
tava com a participação de intelectuais, como José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu,
o cirurgião Cipriano Barata, o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo, o padre Francisco
Gomes, o  “médico dos pobres” Cipriano Barata, o  professor de latim Francisco Barreto e o
tenente Hermógenes Pantoja, que se reuniam para ler Voltaire, traduzir Rousseau e organizar
a conspiração.
No dia 12 de agosto de 1798, surgiram nos pontos de maior movimento de Salvador, vá-
rios papéis manuscritos, pregados nos muros, chamando a população à luta e proclamando
ideias de liberdade, igualdade, fraternidade e República, utilizando palavras como: “Animai-
-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que
todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos iguais”.
O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, soube através de uma
denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, que os conspiradores iriam se reunir no Campo
de Dique, no dia 25 de agosto. O clima de agitação se espalhava, a forca, um dos mais impor-
tantes símbolos do poder português, foi incendiada. Todos os padres que pregavam contra a
revolução eram ameaçados de morte.
A ação do governo foi rápida, o coronel Teotônio de Souza foi encarregado de surpreendê-
-los em flagrante. Com a aproximação das tropas do governo, muitas pessoas conseguiram
fugir. Reprimida a rebelião, as prisões sucederam-se e o movimento foi desarticulado. Foram
presos 49 pessoas, três eram mulheres, nove eram escravos, a grande maioria eram alfaiates,
barbeiros, soldados, bordadores e pequenos comerciantes.
Os principais envolvidos foram levados a julgamento. Um ano e dois meses depois, eram
condenados à morte por enforcamento e depois esquartejados: Luís Gonzaga das Virgens,
Lucas Dantas, João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira e intelectuais como Cipriano

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Barata que foram absolvidos. Os corpos esquartejados foram expostos em diversos locais da
cidade de Salvador.

Questão 1 (FGV-SP/VESTIBULAR/PRIMEIRA FASE/2001) Leia as afirmações sobre a Sedi-


ção Baiana de 1798 e assinale a alternativa correta.
I – Conhecida como Conjuração Baiana ou dos Alfaiates, a Sedição de 1798, foi um movi-
mento social de caráter republicano e abolicionista.
II – Diferentemente da Conjuração Mineira, o movimento de 1798 teve apoio dos setores
mais explorados da sociedade colonial.
III – Entre as reivindicações dos sediciosos estavam o fim do domínio colonial, a separação
Igreja-Estado e a igualdade de direitos, sem distinção de cor ou de riqueza.
IV – Dos muitos processados, quatro foram enforcados. Entre eles, Manuel Faustino dos
Santos, de apenas 23 anos.
V – O movimento caracterizou-se pela distribuição de panfletos manuscritos na cidade de
Salvador.

a) apenas I, II e IV estão corretas;


b) apenas II, III e V estão corretas;
c) apenas III e V estão corretas;
d) apenas I, e IV estão corretas;
e) todas estão corretas.

Letra e.
A Conjuração Baiana foi um movimento emancipacionista influenciado pela Revolução Fran-
cesa na etapa radical da Convenção (1792-1794). Marcada pelo republicanismo de viés Ja-
cobinista, a sedição baiana guardou um forte conteúdo popular e reivindicou igualdade políti-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

co-formal entre os homens, além da supressão da mão de obra compulsória. Suas lideranças
(Manuel Faustino, Luís Gonzaga das Virgens, João de Deus) foram condenados à morte.

O Período Joanino

O chamado Período Joanino ocorreu entre os anos de 1808, com a chegada da Família Real
Portuguesa, e 1821. Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei europeu trans-
feriu seu reino para um país do continente americano. O edital elenca ainda mais o ano de 1822.
Meu(minha) caro(a), em 1808, a  Família Real portuguesa, acompanhada de uma Corte
de aproximadamente 1500 pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas napoleônicas,
escoltada pela marinha britânica. Acontece que, na Europa, a França de Napoleão Bonaparte
havia imposto um Bloqueio Continental à Inglaterra, de modo que, nenhum país da Europa
Continental poderia comercializar com a Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido
exército francês. Como D. João, príncipe regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência,
Napoleão invadiu Lisboa. Isso teve impactos profundos na colônia.
Como consequência, tivemos a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o fim do
Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de Portugal), o aumento de
tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro.
Mesmo antes da vinda da corte portuguesa, já havia a pressão inglesa para o estabele-
cimento de novos acordos políticos e econômicos com o governo português. Os  ingleses,
bastante prejudicados pelo Bloqueio Continental, tinham urgência na abertura de novos mer-
cados, sem o quê sua economia poderia sucumbir.
Os ingleses viam a América como uma espécie de compensação para as perdas euro-
peias e, assim, sentiam-se no direito de participar como “sócios preferenciais” dos negócios
portugueses.
D. João era pressionado pela Inglaterra, por intermédio de Lord Strangford, ex-embaixador
em Portugal e enviado ao Brasil para tratar da complementação dos negócios decididos ainda
na Europa. As negociações foram demoradas e difíceis, pois D. João sabia que as pretensões
inglesas iam prejudicar os interesses dos antigos colonizadores e dos comerciantes portu-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

gueses, e  tentou minimizá-las. Mas diante da inflexibilidade dos ingleses, aqueles grupos
viram cair por terra seus antigos privilégios e monopólios.
Já no país, em 1808, uma das primeiras medidas tomadas por D. João foi a Abertura dos
Portos às Nações Amigas. Acontece que a corte portuguesa veio para o Brasil e pretendia
manter o mesmo estilo de vida que levava na Europa. Entretanto, lembre-se do Alvará de
1785, uma das causas da Inconfidência Mineira, que proibia a existência de manufaturas na
Colônia para obrigá-la a consumir os manufaturados portugueses. Entendeu a conexão? É
dessa falta de manufaturas que vem a necessidade de importação de tudo o que era consu-
mido pela corte.
Mesmo abolindo o Alvará de 1885, levaria tempo para que manufaturas se estabeleces-
sem e a abertura dos portos tonou a concorrência injusta na medida em que os produtos
ingleses, fabricados nas indústrias britânicas, tinham melhor qualidade e preço.
Como vimos, os principais beneficiados pela abertura dos portos foram os ingleses, vi-
sando também uma compensação pelo apoio aos portugueses na fuga de Lisboa.

A abertura dos portos (1808) representou o fim do pacto colonial, que obrigava a colônia a co-
mercializar apenas com Portugal. Ousamos dizer que representou o início do processo de inde-
pendência brasileiro, pois Portugal não teria mais o controle econômico da Colônia. Além disso,
os comerciantes portugueses de Lisboa e do Rio de Janeiro protestaram contra a medida.

Questão 2 (FGV-SP/VESTIBULAR/1995) A abertura dos portos, em 1808, que favoreceu os


proprietários rurais produtores de bens destinados à exportação,
a) revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia.
b) limitou o tráfico negreiro aos portos de Belém e São Luís, favorecendo a cultura do algodão.
c) produziu como efeito imediato uma aceleração do processo de industrialização, atendendo
aos reclamos dos ingleses.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

d) ampliou o controle econômico metropolitano sobre a Colônia através da criação do “exclu-


sivo comercial”.
d) contrariou os interesses dos comerciantes portugueses e provocou grandes protestos no
Rio de Janeiro e em Lisboa.

Letra e.
Ora, obviamente a Abertura dos Portos contrariava os interesses dos comerciantes portugue-
ses que monopolizavam a atividade.

Em 1810 foram assinados os Tratados de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação


e um último que tratou da regulamentação das relações postais entre os dois reinos. Esses
tratados quebraram o monopólio português em nome do liberalismo, e feriram em cheio os
interesses lusos, além de humilhar a soberania portuguesa.
A Inglaterra impôs vantagens, entre elas:
• o direito da extraterritorialidade, que permitia aos súditos ingleses radicados em domí-
nios portugueses serem julgados aqui por juízes ingleses, segundo a lei inglesa;
• o direito de construir cemitérios e templos protestantes, desde que sem a aparência
externa de templo;
• a garantia de que a Inquisição não seria instalada no Brasil, com o que a Igreja Católica
perdeu parte de seu poder;
• a colocação dos produtos ingleses nos portos portugueses mediante uma taxa de 15%,
ou seja, abaixo da taxação dos produtos portugueses, que pagavam 16%, e bem abaixo
da dos demais países, que pagavam 24% em nossas alfândegas.

Todavia, D. João precisou também tomar ações para organizar a Colônia, desde a cobran-
ça de impostos até o desenvolvimento da educação e cultura. Veja as principais medidas
tomadas por D. João:
• Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de
tribunais e ministérios.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

• Estruturação econômica, com a fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda.


• Investimentos nas áreas de educação e cultura. Nestas duas áreas, podemos destacar
a criação de escolas de Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da Academia
Real de Belas Artes e da Imprensa Real.
• Investimentos voltados para o desenvolvimento industrial do Brasil. Neste sentido, po-
demos destacar a instalação de indústria de ferro em Minas Gerais e São Paulo.
• Elevação do Brasil, em 1815, a Reino Unido de Portugal e Algarves. Desta forma, o Bra-
sil deixou de ser (oficialmente) uma colônia. E, mais do que isso, se tornou sede do
Império Português. Grosso modo, é como se Portugal deixasse de ser metrópole e se
tornasse colônia do Brasil.

Meu(minha) querido(a), o período joanino também esteve marcado por intensos comba-
tes, que conferiram a essa época um tom bastante violento. Chegando em terras brasileiras,
o governante máximo português organizou suas forças no desenvolvimento de conflitos ao
sul e ao norte de nosso território. E quem era o inimigo de Portugal? A França de Napoleão
Bonaparte.
Na política externa, o objetivo principal de D. João era tomar a colônia francesa na Améri-
ca, a Guiana Francesa. Além da Guiana, as forças brasileiras também se voltaram para colô-
nia de sacramento (atual Uruguai), que também estava sob domínio francês já que Napoleão
invadiu a Espanha e passou a controlar todas as colônias espanholas.
Na região da Guiana Francesa, estabeleceu o envio de um destacamento vindo do Pará
sob o comando do tenente-coronel Manuel Marques com o apoio de uma esquadra inglesa
vinda pelo mar. O objetivo era invadir a região de colonização francesa como retaliação ao
processo de invasão das tropas napoleônicas a Portugal. Após sucessivos ataques, os por-
tugueses conquistaram a rendição do governo da Guiana em 12 de janeiro de 1809.
Tendo um possível ataque francês à região do Prata como pretexto, o governo de D. João
VI também executou uma intervenção no território hoje equivalente ao Uruguai. Vale des-
tacar a importância estratégica da região, já que a bacia do rio Prata era importante para o
transporte fluvial comercial e militar. As duas tentativas de domínio aconteceram em 1811 e

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

1816, promovendo uma série de conflitos violentos e dispendiosos. Não por acaso, o governo
imperial resolveu elevar uma série de impostos com o objetivo de custear a empreitada. Em
julho de 1821, o Brasil conseguiu a anexação desse território que ganhou o nome de Província
da Cisplatina.
Do ponto de vista militar, essas ações pretendiam garantir que os exércitos franceses
não dominassem regiões do continente americano que fortalecessem as tropas de Napoleão
Bonaparte. Com isso, percebemos que o governo português tomou essas medidas como par-
te integrante de um projeto voltado contra a França Napoleônica. Contudo, o envolvimento
nesses conflitos não teve adesão popular e chegou a causar a insatisfação dos colonos que
bancavam os custos desses conflitos com os impostos.
Na Política Interna, D. João assistiu ao surgimento de partidos políticos. Vamos a eles:
• Partido Português: Composto por militares e comerciantes. Os  membros do Partido
Português eram favoráveis à recolonização do Brasil, já que, no geral, beneficiavam-se
com a condição de colônia do país. Apesar de ser chamado de “Partido” e estar incluso
na categoria “Partidos políticos do Brasil”, o Partido Português não era efetivamente
um partido político, e sim uma corrente de opinião.
• Partido Brasileiro: Defendiam a Monarquia e a manutenção das conquistas de 1809 e
1815. O Partido Brasileiro foi formado por comerciantes e aristocracia rural do centro-
-sul e, apesar de não defender a separação de Portugal, este grupo defendia as con-
quistas econômicas e não acatava as ordens vindas das Cortes. Foi o Partido Brasileiro
que conseguiu convencer o Príncipe regente a permanecer no Brasil quando as Cortes
exigiram seu retorno a Portugal no episódio do Dia do Fico (9 de Janeiro de 1822).
• Liberais Radicais: Republicanos formados pelas camadas urbanas, professores, clero
e advogados, defendiam liberdade de comércio e a transação nas estruturas coloniais.
Foi um grupo político formado durante o período de regência de D. Pedro I em com D.
João VI de voltou a Portugal. Acontece que a Corte em Portugal pedia a recolonização
do Brasil para evitar intervenção dos ingleses na economia e finalizar com a autonomia
administrativa adquirida pelo Brasil. Os liberais radicais eram formados por jornalistas,
médicos, advogados, pequenos comerciantes, padres, população urbana e aristocratas
nordestinos não beneficiados pela política joanina. Este grupo desejava a independên-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

cia, reformas sociais e a estruturação de uma república, resultado de uma aliança entre
as elites periféricas, alijadas do poder central, com setores médios da sociedade. Defen-
diam um projeto liberal avançado incluindo a descentralização política expressa no fe-
deralismo e, na sua versão mais radical, era favorável a república e ao fim da escravidão.

D. João VI teve que enfrentar uma rebelião separatista: a Insurreição Pernambucana


de 1817.

Insurreição Pernambucana de 1817

Querido(a), a Insurreição Pernambucana ou Revolução Pernambucana, também conhe-


cida como Revolução dos Padres, foi um movimento separatista (emancipacionista) e abo-
licionista que eclodiu em 6 de março de 1817 na Capitania de Pernambuco. Foi a única das
Rebeliões Separatistas (Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana) que superou a fase da
conspiração e tomou o poder de político. Você há de se recordar que estudamos outra Insur-
reição Pernambucana, a de 1645 a 1654, que expulsou os holandeses.
Variados são os motivos que levaram a eclosão do movimento. Vamos listá-los:
• Altos Gastos da Corte no RJ: membros da corte eram sustentados pela Coroa, tanto
para moradia quanto alimentação e vestuário. Muitos nobres tinham cargos no gover-
no apenas para receber salário. O governador de Pernambuco tinha que enviar vultuo-
sas somas de dinheiro para o Rio de Janeiro chegando a atrasar salários de soldados
e outros funcionários;
• Rivalidade entre Brasileiros e Portugueses: A invasão francesa a Lisboa deixou Portu-
gal numa situação econômica desastrosa. Muitos portugueses vieram de Portugal e
ocuparam os principais cargos da administração pública, aumentando o sentimento
antilusitano dos brasileiros;
• Influência da Independência dos EUA (1776): A independência norte-americana, com
seu modelo republicano, inspirou a população da colônia portuguesa a também tentar
sua autonomia acabando com o sistema monárquico;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

• Influência da Revolução Francesa (1789): Os ideais da Revolução Francesa (Liberdade,


Igualdade e Fraternidade) combatiam o absolutismo monárquico e os privilégios da
nobreza. Foram ideias que reverberaram por todo mundo, influenciando, por exemplo,
na Inconfidência Mineira (1789) e na Conjuração Baiana (1798);
• Independência Colônias Espanholas: Enquanto as colônias espanholas conseguiam
sua independência em relação à metrópole (Espanha) e instituíam o regime republica-
no presidencialista, o Brasil seguia como colônia de Portugal como única monarquia
da américa latina;
• Maçonaria: Sociedades secretas em que os associados praticavam a filantrópica e dis-
cutiam questões relevantes aos destinos de Pernambuco. Foram influenciadas pelo
Iluminismo (Movimento filosófico surgido na França no século XVIII. Vários intelectuais,
em suas obras, discutiam conceitos como racionalismo, liberalismo, democracia…). Em
Pernambuco as principais foram o Areópago de Itambé, a Patriotismo, a Restauração,
a Pernambuco do Oriente e a Pernambuco do Ocidente. Seus membros eram intelectu-
ais militares e religiosos que conspiraram para o início da Insurreição;
• Grande seca de 1816: aumentou ainda mais a miséria na região com grandes perdas
agrícolas e pecuárias.

A revolta começou quando um soldado matou um português durante as festas comemo-


rativas da expulsão dos holandeses. O movimento foi liderado por Domingos José Martins,
com o apoio dos religiosos Padre João Ribeiro, Padre Miguelinho, Padre Roma, Vigário Te-
nório, Frei Caneca e mais Antônio Carlos de Andrada e Silva (irmão de José Bonifácio), José
de Barros Lima, Domingos Teotônio Jorge Martins Pessoa, Manuel Correa de Araújo, Cruz
Cabugá, José Luiz de Mendonça e Gervásio Pires, entre outros. Muitos plantadores de cana e
algodão, que circundavam o morro do Catucá, também participaram do movimento, lhe atri-
buindo também um caráter popular.
Ao saber da organização da revolta, o governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Mi-
randa, ordenou a prisão dos envolvidos. Porém, os revoltosos resistiram e prenderam o go-
vernador. Em 6 de março de 1817, militares liderados por José Barros de Lima (apelidado de
“Leão Coroado”), tomaram Recife e libertaram os presos políticos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Com Recife dominada, os  insurgentes criaram um governo provisório, republicano, que
abaixou impostos, aumentou o salário dos militares, aboliu impostos e decretou a liberdade
de imprensa. Estabeleceram a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Buscaram apoio de províncias, mas, sem apoio popular, não obtiveram respaldo.
D. João, receoso de que a revolta se propagasse, promoveu uma forte represália: Enviou
tropas que cercaram o Recife em embates violentos que duraram 75 dias. Os principais líderes
foram presos ou condenados à morte. O Padre João Ribeiro suicidou-se. O Vigário Tenório foi
enforcado, decepado, teve as suas mãos cortadas e o corpo arrastado pelas ruas do Recife.
A repressão de D. João continuou. A Capitania de Pernambuco foi dividida com a criação
da Comarca de Alagoas. Isso também representou uma recompensa aos proprietários rurais
da região que se mantiveram fiéis à Coroa.
Ainda que os revoltosos tenham conseguido se manter no poder por menos de três me-
ses, seu legado é importantíssimo: as ideias liberais e a violência da repressão de D. João
despertaram a revolta dos brasileiros que, cada vez mais, desejavam a independência da co-
lônia em relação a Portugal.

O processo de emancipação política

Querido(a), vamos recordar uma pequena parte de aulas anteriores. Isso é importante
para que perceba a influência de eventos internacionais no processo de Independência do
país. No ano de 1815, com o fim do Império Napoleônico e a prisão de Napoleão na ilha de
Santa Helena, os países do continente europeu inimigos de Napoleão reuniram-se no Con-
gresso de Viena para que fosse discutido o processo de reconstrução das bases do Antigo
Regime, abaladas pela Revolução Francesa. Foi nesse contexto que D. João optou pela per-
manência em solo brasileiro, mas elevou o Brasil ao status de Reino Unido, junto a Portugal
e Algarves. O Rio de Janeiro passou a ser então capital desse Reino Unido. Dessa maneira,
o Brasil deixava oficialmente de ser colônia.
Além disso, a Insurreição Pernambucana de 1817 foi um marco importante por ser um
movimento separatista que aconteceu já com a corte portuguesa no Brasil.
Solucionada a Revolução Pernambucana, D. João VI se vu pressionado a voltar a Portugal
graças à Revolução Liberal do Porto, um movimento militar iniciado em agosto de 1820 na

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

cidade do Porto, no norte de Portugal, que se espalhou rapidamente para outras regiões do
país até chegar à capital, Lisboa. Nesse caminho, conquistou o apoio da burguesia, do clero,
da nobreza e do Exército, os mais importantes estratos sociais portugueses. Embora tenha
se passado na Europa, a Revolução de 1820 está intimamente ligada aos rumos da história
brasileira no século XIX.
Em 1820, Portugal se encontrava numa situação de crise econômica, política e social. Em
primeiro lugar porque, desde 1808, a Família Real não estava mais na metrópole, e, sim, no
Brasil, para onde tinha fugido das tropas francesas lideradas por Napoleão Bonaparte.
A abertura dos portos brasileiros, por exemplo, pôs fim ao monopólio comercial português
sobre o Brasil, que havia perdurado durante praticamente três séculos. Essa medida afetou
a economia lusitana e, em especial, a burguesia comercial do país, favorável ao restabeleci-
mento da ordem anterior.
A nobreza, por sua vez, havia perdido uma série de privilégios que possuía até então como
integrante da Corte portuguesa que, agora, não mais em Lisboa, mas sim, no Rio de Janeiro.
Quanto ao Exército, desde a transferência da Família Real para o Brasil, ficou sob o comando
do marechal inglês Beresford, a quem dom João VI confiou o governo português durante sua
ausência. Enfim, o cenário em Portugal naquele momento parecia contrastar com a suposta
prosperidade e importância do Brasil. Não é difícil, portanto, entender por que cada um desses
setores acabou apoiando o movimento de 1820.
Naquele mesmo ano, outras regiões da Europa (como Espanha, Grécia e a cidade de Ná-
poles) passaram por revoluções liberais. Sob influência desses movimentos, as Cortes por-
tuguesas também procuraram formar um governo liberal no país, subordinando a Coroa ao
Legislativo (isso é, criando uma monarquia constitucional), garantindo direitos aos cidadãos
portugueses e enfrentando a crise em que o país se encontrava.
Para atender ao último objetivo, as Cortes defendiam a volta imediata do rei para Portugal
e o restabelecimento do monopólio comercial sobre o Brasil. Havia, portanto, uma visível con-
tradição no movimento de 1820: se ele era liberal para os portugueses, em relação ao Brasil,
a revolução buscava nada mais do que retomada do colonialismo. Atender às propostas libe-
rais, portanto, significaria o retorno do Brasil à condição de colônia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Enquanto elaboravam a nova Constituição do país, as  Cortes portuguesas adotaram a


Carta Magna espanhola, de inspiração liberal. Ao mesmo tempo, no Brasil, chegavam as pri-
meiras notícias da Revolução do Porto. E, com elas, as divisões em torno do movimento ini-
ciado em Portugal.
Essas primeiras notícias da Revolução do Porto chegaram ao Brasil somente dois meses
após o início do movimento. Logo a sociedade brasileira (incluindo os portugueses que vi-
viam na colônia) se dividiu, fosse em razão das ambiguidades da própria Revolução do Porto
ou mesmo dos seus interesses específicos. Em linhas gerais, sob o ponto de vista ideológico,
havia os que se prendiam ao caráter liberal e os que ressaltavam seu aspecto colonialista.
Os primeiros acreditavam que a revolução acabaria com o absolutismo, garantiria ao Brasil a
condição de Reino Unido e eliminaria os privilégios remanescentes. Os outros enxergavam no
movimento a chance de restabelecer o monopólio comercial e os privilégios de que desfruta-
vam da condição do Brasil enquanto colônia.
Sob o ponto de vista dos interesses específicos de cada estrato social ou região, o Brasil
também se dividiu. Nas províncias do Centro-Sul, predominou a posição contrária às reivindi-
cações das Cortes portuguesas, como o retorno da Família Real à Europa. Muitos setores te-
miam perder os privilégios e o poder conquistados desde que dom João VI chegara ao Brasil,
quando a colônia fora elevada à condição de Reino Unido.
No Norte e Nordeste, contudo, a posição foi outra. Amplos setores tinham sido prejudi-
cados pela autonomia dada ao Brasil desde 1808. Ao  mesmo tempo, a  preponderância do
Rio de Janeiro – sede da Corte – sobre essas regiões sempre foi um fator latente de conflito.
Também por isso, ali ocorreram as principais manifestações em favor da Revolução do Porto.
Embora o movimento de 1820 ameaçasse limitar seus poderes, Dom João VI assumiu
uma postura conciliatória em relação às Cortes portuguesas. Contudo, a radicalização políti-
ca no Brasil o forçaria a jurar fidelidade à nova Constituição portuguesa – que sequer existia,
mas à qual deveria se submeter. No dia 26 de abril de 1821, a Família Real retornou a Lisboa,
com exceção de Dom Pedro, que assumiu a função de regente. Terminava assim o chamado
Período Joanino.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Quando D. João retornou à Portugal, pressionado pela Revolução Liberal do Porto, deixou D.
Pedro, que tinha apenas 23 anos, como regente do Brasil. Várias medidas das cortes de Lisboa
buscam diminuir o poder do Príncipe-Regente e, desse modo, pôr fim à autonomia do Brasil.
Mas os portugueses não se deram por satisfeitos e exigiram o retorno de D. Pedro a Por-
tugal para “terminar seus estudos”. Na verdade, ainda acreditavam que poderiam recolonizar
o Brasil. Entretanto, em 9 de janeiro de 1822, um documento reuniu mais de 8.000 assinatu-
ras pedindo que D. Pedro não voltasse a Portugal. Esse episódio ficou conhecido como Dia
do Fico. Importante destacar que esse documento foi redigido por Cipriano Barata, um dos
envolvidos na Insurreição Pernambucana de 1817. Além disso, a aristocracia rural de passou
a apoiar a desobediência de D. Pedro para com Portugal.
Cedendo às pressões D. Pedro respondeu:
“Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo
que fico”.
Em algumas províncias brasileiras, os  partidários dos portugueses não prestigiavam o
governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes, tentou
obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que ocu-
pavam o Campo de Santana.
Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses
demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até
então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. A princesa Dona Leopoldina seria
a regente durante a ausência do marido.
No mês de maio de 1822, o  governo brasileiro estabeleceu que qualquer determinação
vinda de Portugal só poderia ser acatada após a aprovação de D. Pedro.
Na Bahia, desencadeava-se a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Em desespero,
as Cortes tomaram medidas radicais:
• declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no Brasil;
• o governo do príncipe foi declarado ilegal;
• o príncipe deveria regressar imediatamente a Portugal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Diante da atitude da metrópole, o rompimento tornou-se inevitável. No dia 7 de setembro


de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando rece-
beu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador,
sujeito às autoridades das Cortes.
Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a
Portugal. Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os
brasileiros.
No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do
Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.

Questão 3 (FGV) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou


uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de imple-
mentar as bases para a formação de um império luso-brasileiro na América. Das alternativas
abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino.
a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao
Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João.
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando
início a uma fase de livre-comércio.
c) Ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do impé-
rio passava do centro para a periferia.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias.
e) Ocorreu a Revolução Pernambucana de1817, que defendia o separatismo com o governo
republicano e a manutenção da escravidão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra d.
A abertura dos portos brasileiros não foi acompanhada pelo oferecimento de isenção impos-
tos a Inglaterra. Na verdade, os ingleses foram beneficiados com o pagamento de uma taxa
preferencial, menor em relação à de outros países que poderiam comercializar com o Brasil,
a partir dos Tratados Comerciais de 1810.

O reconhecimento internacional

No plano internacional, para que o Brasil tivesse condições de estabelecer um Estado au-
tônomo e soberano, era indispensável que outras importantes nações reconhecessem a sua
independência. Já em 1824, buscando cumprir sua política de aproximação com as outras
nações americanas, os Estados Unidos foram a primeira nação a reconhecer o a independên-
cia do Brasil.
Apesar da importância de tal manifestação, o Brasil teria que fazer com que Portugal, na
condição de antiga metrópole, reconhecesse o surgimento da nova nação. Nesse instante,
a  Inglaterra apareceu como intermediadora diplomática que viabilizou a assinatura de um
acordo. No dia 29 de agosto de 1825, o Tratado de Paz e Aliança finalmente oficializou o re-
conhecimento lusitano.

Tratado de Paz e Aliança: o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois mi-
lhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil. Além dis-
so, dom João VI, rei de Portugal, ainda preservaria o título de imperador do Brasil. Essa
última exigência, na verdade, manifestava o interesse que o monarca lusitano tinha em reu-
nificar os dois países em uma só coroa. O Brasil não tinha condições de pagar a pesada
indenização estabelecida pelo tratado de 1825. Nesse momento, os ingleses emprestaram

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

os recursos que asseguraram o pagamento deste valor. Na verdade, o dinheiro nem chegou
a sair da própria Inglaterra, já que os portugueses tinham que pagar uma dívida equivalente
aos mesmos credores.

Questão 4 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR – BA – PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o


texto a seguir.
“Fixando-se os olhos no Brasil, contudo, percebe-se que a corrosão do Antigo Regime não o
destruiu completamente, marcando-se também por continuidades. Se o absolutismo, a so-
ciedade estamental, o fanatismo religioso, o poderio desmesurado dos clérigos e da Igreja,
o monopólio comercial e a sujeição de Lisboa tornaram-se página virada, o mesmo não se
deu com a escravidão, os valores aristocráticos e, em certa medida, o ‘capitalismo comercial’,
que tinha no tráfico negreiro uma de suas fontes. O mesmo se pode dizer a respeito da depen-
dência econômica, ainda que esta não se desse mais nos quadros do antigo sistema colonial,
mas, sim, sob a égide de uma potência capitalista, que desenvolvia uma política imperialista:
a Inglaterra.” VILLALTA, Luiz Carlos. O Brasil e a crise do Antigo Regime português. Rio de Ja-
neiro: Editora FGV, 2016, p. 236-237.
Considerando o processo de emancipação política do Brasil, assinale a afirmativa correta.
a) Realizou-se de modo pacífico e sem contestações violentas, com acentuado protagonismo
popular.
b) Manteve ileso o sistema político do período colonial, baseado no favorecimento e no per-
sonalismo.
c) Silenciou proposições dissidentes em favor da permanência da monarquia e da escravidão.
d) Assegurou uma política de inclusão social para os mestiços que, a partir de 1824, passa-
ram a exercer cidadania política.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

e) Aprofundou as relações de dependência com a antiga metrópole até, pelo menos, a maio-
ridade de d. Pedro II.

Letra c.
A dificuldade desta questão é em função de ser de uma prova para professor de História.
Contudo, é possível resolvê-la com a interpretação do texto e análise do contexto. Como vi-
mos, durante o processo de emancipação política e formação do Império, ocorreram revoltas
contrárias à monarquia e ao centralismo político dado pela Constituição de 1824, em especial
contra o chamado Poder Moderador. Exemplo disto foi a Confederação do Equador, abafada
pelas forças de D. Pedro.

1.2. O Processo Político no Primeiro Reinado; as Rebeliões Provinciais;


a Abdicação de D. Pedro I.

O processo político no Primeiro Reinado

Querido(a), o Primeiro Reinado se insere no contexto do Império e se inicia com a procla-


mação da Independência, em 7 de setembro de 1822, e se encerra com a abdicação de Dom
Pedro, em 7 de abril de 1831. Veja a divisão didática do Brasil Império:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Quando D. João VI voltou a Portugal, limpou todas as riquezas dos cofres do Banco do
Brasil (criado em 1808) deixando o país sem reservas para manutenção de toda a estrutura
do governo.
De imediato, o Imperador teve que enfrentar vários levantes militares em algumas provín-
cias que se mantinham fiéis a Portugal. Para tanto, chegou a contratar mercenários ingleses
que asseguraram o controle dos conflitos internos.
D. Pedro precisou elaborar uma constituição para o país e, para isso, convocou uma as-
sembleia constituinte. Entretanto, diante da limitação de seu poder pela constituição escri-
ta pela assembleia, D. Pedro dissolve a assembleia constituinte e outorga a nossa primeira
Constituição em 1824.
Sua característica mais marcante é a existência da Divisão dos Três Poderes (Executivo,
Legislativo, Judiciário) de Montesquieu submetidos ao Poder Moderador que era exercido
pelo Imperador. Em outras palavras, D. Pedro criou uma fachada constitucionalista para que
exercesse o poder absolutista. Sempre que houvesse divergência entre os três poderes, o Po-
der Moderador do Imperador era evocado, realizando sempre o desejo de D. Pedro.

Essa traição aos princípios constitucionalistas levou à eclosão de uma revolta contra o
governo: a Confederação do Equador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Outras características da constituição de 1824:


• Monarquia hereditária.
• Quatro poderes: Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e o Poder Mo-
derador.
• O Poder Moderador, exercido pelo imperador, lhe dava o direito de intervir nos demais
poderes, dissolver a assembleia legislativa, nomear senadores, sancionava e vetava
leis, nomeava ministros e magistrados, e os depunha.
• Poder Executivo: exercido pelo Imperador que, por sua vez, nomeava os presidentes de
províncias.
• Poder Legislativo: era composta pela Câmera dos Deputados e pelo Senado. Os depu-
tados eram eleitos por voto censitário e os senadores eram nomeados pelo Imperador.
• Poder Judiciário: os juízes eram nomeados pelo Imperador. O cargo era vitalício e só
podiam ser suspensos por sentença ou pelo próprio Imperador.
• Direito ao voto: para homens livres, maiores de 25 anos, e renda anual de mais de 100
mil réis era permitido votar nas eleições primárias onde eram escolhidos aqueles que
votariam nos deputados e senadores.
• Por sua parte, para ser candidato nas eleições primárias, a renda subia a 200 mil reis
e excluía os libertos. Por fim, os candidatos a deputados e senadores deviam ter uma
renda superior a 400 mil réis, serem brasileiros e católicos.
• Estabeleceu o catolicismo como religião oficial do Brasil. No entanto, a Igreja ficou su-
bordinada ao Estado através do Padroado.
• Criação do Conselho de Estado, composto por conselheiros escolhidos pelo imperador.
• A capital do Brasil independente era o Rio de Janeiro que não estava submetida à Pro-
víncia do Rio de Janeiro. Esta tinha sua capital na cidade de Niterói.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 5 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) As opções a seguir apresentam aspectos sociopolíticos estabelecidos pela Cons-
tituição de 1824, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Estabelecimento de um governo monárquico, hereditário e constitucional.
b) Fixação de duração temporária para os cargos da Câmara dos Deputados e vitalícia para
os do Senado.
c) Manutenção do catolicismo romano como religião oficial, com liberdade de culto particular
para outras religiões.
d) Criação de uma nobreza incapaz de legar seus títulos, concedidos pelo imperador.
e) Determinação de voto direto e censitário para a Câmara dos Deputados e indireto para o
Senado.

Letra e.
Cuidado com os detalhes: os senadores eram indicados pelo Imperador e não eleitos de
forma indireta.

As rebeliões provinciais

Confederação do Equador (1824)

A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário que pretendia a indepen-


dência de alguns estados numa confederação. Ocorreu em 1824 e teve essência emancipa-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

cionista e republicana. Teve início em Pernambuco, mas, rapidamente, se espalhou por outras
províncias da região nordeste (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte)
Em Pernambuco, epicentro da revolução, ouve participação das elites regionais, intelectu-
ais e das camadas populares. Essa, talvez, sua característica mais marcante.
Querido(a), resumi o máximo possível as causas que levaram a eclosão do movimento:
• Situação socioeconômica do Nordeste: Em virtude da crise da economia açucareira e
dos aumentos de impostos;
• Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após
a independência;
• Insatisfação de Pernambuco com o governo: D. Pedro havia centralizado o poder po-
lítico com o Poder Moderador instituído na Constituição de 1824. O Autoritarismo de
D. Pedro chegou ao extremo: A elite de Pernambuco havia escolhido Manuel Carvalho
Pais de Andrade como governador para a província. Porém, em julho de 1824, D. Pedro
indicou Francisco Paes Barreto como governador de sua confiança para a província.
Esta divergência política deu início ao conflito.

Em Pernambuco vinha crescendo a influência do pensamento liberal. Essas ideias impor-


tadas da Revolução Francesa e do Iluminismo encontravam simpatizantes que divulgavam
e fomentavam o debate em jornais da região. O jornal “Sentinela da Liberdade na Guarita de
Pernambuco” de Cipriano Barata (baiano, jornalista e defensor das classes baixas, teve parti-
cipação na Conjuração Baiana e na Insurreição Pernambucana) e a publicação “Tífis Pernam-
buco” de Frei Caneca (Discípulo de Cipriano).
Diante da posição de D. Pedro de indicar um governador para a província de Pernambuco,
passando por cima da escolha dos Pernambucanos, Manuel de Carvalho Pais de Andrade,
presidente da província, proclama a Confederação do Equador, unindo Pernambuco, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte. Adotaram a Constituição colombiana de imediato até que pu-
dessem elaborar uma.
Podemos listar como objetivos da Confederação do Equador:
• Diminuir a influência do governo nos assuntos políticos regionais;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

• Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Cons-
tituição de cunho liberal;
• Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo imperial;
• Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil;

O imperador decidiu organizar logo a repressão. Como não existia um exército organi-
zado, contratou o mercenário Lord Cochrane, que comandou as forças navais, e o brigadeiro
Francisco de Limas e Silva, que liderava as forças terrestres.
Em agosto de 1824 as forças do governo derrotam os revoltosos em Recife e Olinda. Nos
meses seguintes tomam também o Ceará.
Os revoltosos foram presos, condenados à morte ou conseguiram fugir. Frei Caneca foi
condenado à forca, mas acabou sendo fuzilado diante da recusa do carrasco em executar
a pena.
Apesar da derrota, D. Pedro acabou com sua imagem desgastada. Ora, usou de recursos
de tributos de brasileiros para massacrar brasileiros. O descontentamento com o imperador
foi crescente. A oposição encontrava no jornal Aurora Fluminense, de Evaristo Veiga, terreno
para divulgação de críticas ao governo, além de propagar ideias liberais.

Guerras Cisplatinas

Já lhe disse que a região da bacia do Rio Prata, na fronteira entre Brasil e Argentina, era de
grande importância estratégica no uso do transporte fluvial para o comércio.
• I – Guerra Cisplatina: Como vimos, em 1816 D. João mandou tropas invadirem Mon-
tevidéu e anexarem a região com o nome de Província Cisplatina. Na dúvida, revisite a
aula anterior.
• II – Guerra Cisplatina: Entre 1825-1828 Brasil e Argentina disputaram o controle da re-
gião. A população local não aceitava ser controlada por um país com língua e culturas
diferentes das deles. O Brasil foi derrotado e a região se tornou independente, batizada
pelo nome de Uruguai.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

A abdicação de D. Pedro I.

Os altos gastos com a Confederação do Equador e a Guerra Cisplatina criaram uma crise
econômica cuja solução proposta pelo governo foi o aumento de impostos. Isso gerou grande
descontentamento da população.
O imperador ainda passaria por uma acusação de assassinato antes de abdicar do trono.
No dia 21 de novembro de 1830, Libero Badaró, um jornalista de oposição, foi traiçoeiramente
executado. O episódio da Noite das Garrafadas (13 de março de 1831) em que brasileiros e
portugueses se confrontaram, revelou toda a insatisfação da população, levando D. Pedro a
abdicar do trono em favor de seu filho D. Pedro II. Como este tinha apenas cinco anos de ida-
de, institui-se no Brasil um Governo Regencial até que atingisse sua maioridade.

1.3. O Centralismo Político e os Conflitos Sociais do Período


Regencial; a Evolução Político-Administrativa do Segundo Reinado; a
Política Externa e os Conflitos Latino-americanos do século XIX
O centralismo político e os conflitos sociais do Período Regencial

O Período Regencial (1831-1840) foi marcado por grande instabilidade política, com gran-
des manifestações contra a centralização política do Rio de Janeiro.
A pacificação do país só veio com o Golpe da Maioridade. Ocorrido em 1840, foi uma de-
cisão outorgada pelo parlamento brasileiro em que o príncipe herdeiro, aos 15 anos de idade,
se tornaria Imperador do Brasil. A decisão contrariava a constituição de 1824 e antecipou a
coroação em 3 anos.
Durante esse período o Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas.
A crise política ocorreu devido a disputa pelo controle do governo entre os seguintes grupos
políticos:
• Restauradores: defendiam a volta de D. Pedro I ao poder; caramurus
• Moderados: defendiam o voto só para os ricos e continuação da Monarquia; chimangos
• Exaltados: pretendiam realizar reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e
voto para todas as pessoas. farroupilhas ou jurujubas

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Antes de seguirmos, listo as regências que governaram o país no período:


• Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês
de Caravelas.
• Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve como regentes José da Costa Carvalho,
João Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.
• Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve como regente Diogo Antônio Feijó.
• Regência Interina de Araújo Lima (1837): teve como regente Pedro de Araújo Lima.
• Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840): teve como regente Pedro de Araújo Lima.

Durante a Regência Trina Permanente, foi instituído o Ato Adicional. Suas principais caracte-
rísticas foram a instituição da Regência Una e a maior autonomia das províncias, alterando
a Constituição de 1824. O Ato Adicional de 1834 foi uma medida legislativa tomada durante
a Regência Trina Permanente, contemplando os interesses dos grupos liberais, aumentando
a autonomia das províncias. O  Ato Adicional foi uma tentativa de conter os conflitos entre
liberais e conservadores nas disputas pelo poder político central. Entretanto, em 1840, sob
o domínio do regente conservador Araújo Lima, foi instituída a Lei de Interpretação do Ato
Adicional. Segundo seus ditames, essa lei revogou o direito legislativo das províncias e esta-
beleceu que a Polícia Judiciária fosse controlada pelo Poder Executivo Central.

Outras medidas foram tomadas durante o Período Regencial. Destaque para o Código de
Processo Criminal promulgado pela lei de 29 de novembro de 1832, que tratou da organização
judiciária e da parte processual complementar ao Código Criminal de 1830, alterando inteira-
mente as formas do procedimento penal então vigentes, herdadas da codificação portuguesa.
Na prática, dava poder aos latifundiários para eleger os membros do judiciário para defender
seus interesses.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Conflitos Sociais

Amigo(a), entenda que os movimentos sociais que ocorreram no Período Regencial, tive-
ram entre uma de suas causas, o vazio de poder, essa falta da autoridade de um monarca.
Isso fez com que as elites regionais, em várias regiões do país, se sentissem à vontade para
tentar mudar a ordem institucional nas suas áreas de influência.
Além disso, variadas circunstâncias, relacionadas à economia local ou à miséria da po-
pulação, fizeram com que houvesse uma mobilização no sentido de contestar a centralização
político-administrativa das regências, extremamente autoritárias.
Como tenho ciência das preferências da banca, elenco algumas revoltas mais cobradas
com um resumo suficiente para que gabarite as questões.

Cabanagem (1835 – 1840) – Pará


No Pará, uma minoria branca, composta de pequenos comerciantes portugueses, fran-
ceses e ingleses estava concentrada em Belém, por onde fluía uma pequena produção de
tabaco, borracha, cacau e arroz.
A maioria da população era formada por indígenas, escravizados e dependentes. Com
uma tropa com negros e indígenas em sua base, a Cabanagem atacou e conquistou Belém,
estendendo-se até o interior. Os  revoltosos declararam a Independência do Pará, mas não
apresentaram nenhuma saída efetiva para o estado. Os  ataques concentravam-se aos es-
trangeiros e aos maçons e defendiam a Igreja Católica, D. Pedro II, o Pará e a liberdade, embo-
ra não tenham abolido a escravidão, mesmo com muitos africanos entre os cabanos rebeldes.
A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas.

Sabinada (1837 – 1838) – Bahia


O nome atribuído à revolta, Sabinada, remete ao nome de seu principal líder, Sabino Bar-
roso, um jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. Ocorrida em Salvador, na
Bahia, a revolta tinha uma boa base de apoio, especialmente entre as classes médias e co-
merciantes de Salvador, que já apresentavam ideias federalistas e republicanas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

O movimento separou os escravos entre nacionais – nascidos no Brasil – e estrangeiros


– nascidos em África – e buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta
tivesse sucesso e a tomado do poder se concretizasse, os escravizados nacionais que tives-
sem pegado em armas seriam libertados. Mas, as forças governamentais logo recuperaram a
cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes.

Balaiada (1838 – 1840) – Maranhão


A Balaiada foi uma revolta ocorrida no Maranhão, iniciada por conta de disputas entre as
elites locais. Em uma área ao sul do Maranhão, com pequenos produtores de algodão e cria-
dores de gado. Os revoltosos tiveram como líderes Raimundo Gomes e Francisco dos Anjos
Ferreira, um vendedor de balaios. É de seu ofício que vem o nome de revolta maranhense.
Enquanto Ferreira tinha uma motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha vio-
lentada por um capitão da polícia, Cosme, um outro líder, apareceu à frente de três mil escravos
fugidos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudavam a Igreja Católica, a Constituição
e D. Pedro II e não apresentavam grandes preocupações sociais ou econômicas. Logo foram
derrotados, em meados de 1840, pelas tropas do governo. O líder Cosme foi enforcado em 1842
enquanto a anistia aos revoltosos esteve condicionada à reescravização dos negros rebeldes.
A revolta se encerrou com um saldo de cerca de 30.000 mortos.

Revolta do Malês (1835) – Bahia


A Revolta do Malês foi organizada por muçulmanos de origem Iorubá – nagôs – que vi-
viam na Bahia. Durou menos de um dia, mas é uma importante revolta que demonstra a or-
ganização entre os sujeitos escravizados no período. Com a maioria da população de origem
africana, esta era uma questão latente na Bahia. Escravos e libertos urbanos circulavam pela
cidade e dividiam os trabalhos diários – e às vezes até as moradias – formando laços de
sociabilidade e solidariedade, que facilitavam as ações políticas. Os trabalhadores urbanos
mais alguns escravos de engenho decidiram se rebelar com a intenção de formar uma Bahia
Malê, que seria controlada por africanos, tendo à frente representantes muçulmanos. Mesmo
intencionando a tomada de poder, logo a revolta foi controlada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835 – 1845)


A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos foi a mais longa e duradoura das revol-
tas do período regencial, deflagrada por conta de aumentos de impostos sobre a produção
de charque (carne bovina cortada em mantas, salgada e seca ao sol). Enquanto as outras
revoltas do período eram compostas pelas classes menos favorecidas, a Farroupilha foi uma
revolta da elite estancieira do sul do país.
Em 20 de setembro de 1835 foi proclamada a República Rio-Grandense, tendo como líder
Bento Gonçalves que governou a província em 1837. Com o comando de Giuseppe Garibaldi
proclamaram em Santa Catarina a República Juliana. A revolta ultrapassou o período regen-
cial e só foi finalizada no segundo reinado.
Foi a única revolta regencial que se encerrou com um acordo, o Tratado de Poncho Verde,
negociado com Duque de Caxias, com os revoltosos podendo, inclusive, entrar para o exército
brasileiro.

A Guarda Nacional foi uma força militar organizada no Brasil em agosto de 1831, durante o
período regencial, e desmobilizada em setembro de 1922. Sua criação se deu por meio da lei
de 18 de agosto de 1831 que “cria as Guardas Nacionais e extingue os corpos de milícias,
guardas municipais e ordenanças”. Diz a referida lei, em seu art. 1º, que “As Guardas Nacio-
nais são criadas para defender a Constituição, a liberdade, Independência, e Integridade do
Império; para manter a obediência e a tranquilidade pública; e auxiliar o Exército de Linha
na defesa das fronteiras e costas”, tendo como fundamento o artigo 145 da Constituição de
1824: “Todos os Brasileiros são obrigados a pegar em armas, para sustentar a Independência,
e integridade do Império, e defendê-lo dos seus inimigos externos, ou internos”. Em setembro
de 1850, por meio da Lei n. 602, a Guarda Nacional foi reorganizada e manteve suas compe-
tências subordinadas ao Ministro da Justiça e aos presidentes de província. Em 1873, ocorreu
nova reforma que diminuiu a importância da instituição em relação ao Exército Brasileiro.
Com o advento da República, a Guarda Nacional foi transferida em 1892 para o Ministério da
Justiça e Negócios Interiores. Em 1918, passou a Guarda Nacional a ser subordinada ao Exér-
cito Brasileiro, sendo incorporada como exército de 2ª linha, acabando diluída.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Para ilustrar o quanto o período regencial foi cheio de instabilidades políticas, listei as
principais revoltas. No entanto, tenha em mente que as revoltas que lhe expliquei acima são
as que deve se preocupar.
• Revolta do Lavradio, em Minas Gerais 1836.
• Balaiada, no Maranhão, 1838–1841.
• Cabanada, em Pernambuco, 1832-1835.
• Cabanagem, no Pará, 1835-1840.
• Carneiradas, em Pernambuco, 1834-1835.
• Federação do Guanais, na Bahia, 1832-1833.
• Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1835–1845.
• Insurreição do Crato, no Ceará, 1832.
• Mata-Maroto, na Bahia
• Motins em Pernambuco, de 1831 a 1834.
• Abrilada, de 1832.
• Setembrada, de 1831.
• Novembrada, de 1831.
• Revolta do Ano da Fumaça, em Minas Gerais, 1833
• Revolta de Carrancas, em Minas Gerais, 1833
• Revolta de Manuel Congo, no Rio de Janeiro
• Revolta dos Malês, na Bahia
• Rusgas, no Mato Grosso, 1834.
• Sabinada, na Bahia, 1837 – 1838.
• Setembrada, no Maranhão, em 1831.

Note que não foram poucas as revoltas no período. O país foi sacudido pela insatisfação
da população ante aos constantes aumentos de impostos e ao autoritarismo dos governos
regenciais, que indicavam governadores totalmente desvinculados das realidades regionais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 6 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) Relacione as reformas político-institucionais do período regencial com suas res-
pectivas funções.
1. Guarda Nacional
2. Código do Processo Criminal
3. Ato Adicional
4. Lei Interpretativa do Ato Adicional

 (  ) Instrumento usado para frear a autonomia das províncias, de acordo com os ideais con-
servadores.
 (  ) Instrumento forjado para ampliar o poder legislativo local, por meio da criação das As-
sembleias Provinciais.
 (  ) Instrumento estabelecido para manter a ordem interna, com potencial uso coercitivo
para repressão das revoltas.
 (  ) Instrumento utilizado para fortalecer os proprietários rurais provinciais, que elegiam a
autoridade judiciária do município.

Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.


a) 1 – 3 – 2 – 4.
b) 1 – 4 – 2 – 3.
c) 4 – 3 – 1 – 2.
d) 2 – 4 – 3 – 1.
e) 4 – 3 – 2 – 1.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra c.
A Guarda Nacional era uma instituição de uso coercitivo da força para a manutenção da or-
dem. O Código de Processo Criminal dava poderes aos latifundiários, na medida em que po-
deriam eleger os representantes do judiciário para defesa de seus interesses. O Ato Adicional
de 1834 dava maior autonomia às províncias e a Lei Interpretativa do Ato Adicional retirava
essa autonomia concedida às províncias.

A evolução político-administrativa do Segundo Reinado

O Segundo Reinado corresponde ao período de 23 de julho de 1840 a 15 de novembro de


1889, em que o Brasil esteve sob reinado de D. Pedro II (1825-1891). Foi caracterizado como
um período de relativa paz entre as províncias brasileiras, a abolição gradual da escravidão e
a Guerra do Paraguai.
D. Pedro II se tornou imperador com 15 anos de idade, um ano após ter sido declarado
maior de idade, com 14 anos. Esta foi a forma encontrada pelo Partido Liberal para acabar
com o governo regencial, que era provavelmente o causador das rebeliões que se passavam
no Brasil. A antecipação da sua maioridade é conhecida como o golpe da maioridade.
Durante o Segundo Reinado surgiram os seguintes partidos políticos:
• o Partido Liberal, cujos membros eram conhecidos como os “luzia”;
• o Partido Conservador, cujos membros eram conhecidos como os “saquarema”.

Ambos os partidos defendiam as ideias de elite, como a manutenção da escravidão. So-


mente se diferiam em relação ao poder central, com os liberais lutando por mais autonomia
provincial e os conservadores por mais centralização. Em função disso, o político pernambu-
cano Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti, proferiu: “Nada se assemelha mais a um
‘saquarema’ do que um ‘luzia’ no poder.”

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Por causa da abdicação do seu pai, D. Pedro II sentiu a necessidade de mudar forma de
governo. Seguindo, assim, ao sistema que tem origem na Inglaterra, em 1847 é implantado o
parlamentarismo no Brasil.
Este sistema ficou conhecido como parlamentarismo às avessas dado que o Presidente
de Conselho, a partir de 1847, era escolhido de uma lista de tripla pelo imperador e não neces-
sariamente era o candidato mais votado, como na Inglaterra. O imperador também detinha o
Poder Moderador, mas este foi usado poucas vezes pelo soberano.

Questão 7 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) A famosa frase “Nada se assemelha mais a um ‘saquarema’ do que um ‘luzia’ no
poder”, atribuída ao político pernambucano Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti, tes-
temunha a convergência de interesses das elites que compunham os partidos políticos do Se-
gundo Reinado. Entretanto, a historiografia assinala as especificidades de luzias e saquaremas.
A respeito das interpretações historiográficas do quadro partidário do Segundo Reinado, ana-
lise as afirmativas a seguir.
I – Para Caio Prado Júnior, as diferenças entre saquaremas e luzias podiam ser entendi-
das como disputas entre os interesses reacionários e progressistas da burguesia, sem
necessariamente se concretizarem em conflitos partidários.
II – Para José Murilo de Carvalho, a distinção entre saquaremas e luzias estava em suas
respectivas bases regionais: enquanto os primeiros tinham mais força entre os pro-
prietários rurais e os burocratas da Bahia e de Pernambuco, os segundos eram mais
fortes entre os proprietários rurais e os profissionais liberais de São Paulo, Minas Ge-
rais e Rio Grande do Sul.
III – Para Raimundo Faoro, saquaremas e luzias representavam as diferenças entre os con-
servadores ligados aos interesses agrários, em oposição aos liberais ligados à buro-
cracia e defensores do fortalecimento do poder central.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Letra d.
Afirmativa III: Errada. A afirmativa faz uma confusão, misturando interesses liberais com in-
teresses dos conservadores. Por exemplo, diz que os liberais eram favoráveis a maior cen-
tralização política. Como vimos, os liberais pretendiam maior autonomia para as províncias.

A Revolução Praieira

A Revolução Praieira foi uma revolta de cunho liberal e federalista que aconteceu na pro-
víncia de Pernambuco entre 1848 e 1850. Esta é foi a última revolta do Brasil Império. O nome
“praieira” é referência à sede do jornal Diário Novo, localizada na rua da Praia, onde liberais do
movimento (praieiros) comandavam suas ações.
Ela é tão importante para a historiografia que se insere no contexto da Primavera dos Po-
vos (Conjunto de Revoluções Liberais, Socialistas e Nacionalistas que ocorreram na Europa
em 1848.)
O Senado brasileiro era controlado, em 1848, pelo Partido Conservador. Assim, o senado
vetou a indicação do liberal pernambucano Antônio Chinchorro da Gama gerando a revolta
de grupos políticos liberais de Pernambuco, já insatisfeitos com a falta de autonomia política
das províncias e a centralização do poder do Império.
O movimento eclodiu em Olinda no dia 7 de novembro de 1848. O líder da revolta ficou a
cargo do general José Inácio de Abreu e Lima, do Capitão de Artilharia Pedro Ivo Veloso da
Silveira, do Tenente Coronel da Guarda Nacional Bernardo José da Câmara, futuro Barão de

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Palmares, do deputado liberal Joaquim Nunes Machado e do militante da ala radical do Par-

tido Liberal, Antônio Borges da Fonseca.

Herculano Ferreira Pena, governador nomeado por D. Pedro II, foi afastado e o processo

revolucionário ganhou toda a Zona da Mata da região pernambucana.

Outra característica importante foi a participação das camadas menos favorecidas,

exploradas graças a concentração fundiária da aristocracia rural. Podemos listar, de maneira

objetiva, as seguintes causas para a Revolução Praieira:

• Concentração latifundiária;

• Encarecimento dos gêneros de primeira necessidade;

• O Monopólio dos comerciantes portugueses;

• O êxodo rural.

Os políticos liberais chegaram a tomar a cidade de Olinda com apoio das populações mais

pobres. Em 1 de janeiro de 1849 lançaram o Manifesto ao Mundo. Suas principais reivindica-

ções podem ser assim listadas:

• Federalismo;

• Voto livre e Universal;

• Independência dos poderes e fim do Poder Moderador;

• Liberdade de imprensa;

• Nacionalização do comércio de varejo;

• Reforma do Poder Judiciário;

• Fim da lei do juro convencional;

• Fim do sistema de recrutamento militar.

A Revolução Praieira foi derrotada em 1850. Os rebeldes que não foram mortos nos com-

bates foram presos e julgados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

A política externa e os conflitos latino-americanos do século XIX

Política externa

Quanto à política externa, o Brasil, que, por sua extensão territorial, já usufruía de posição
privilegiada no continente sul-americano, procurou, ao longo do reinado do imperador Dom
Pedro II, desempenhar agressiva política a fim de evitar o fortalecimento de outras nações
que ameaçassem sua posição hegemônica. Além disso, procurou expressar sua vontade de
assumir uma posição “autônoma” em relação à Inglaterra.
Durante toda a primeira metade do século passado, a Inglaterra, importante produtora de
gêneros industrializados, buscava ampliar seu mercado consumidor. O país acreditava que
essa ampliação dependia da abolição do trabalho escravo no continente americano.
Portanto, desde a chegada de D. João VI ao Brasil – que foi auxiliada pela Coroa britânica
– as autoridades inglesas pressionavam o governo brasileiro a abolir a escravidão. Tal de-
manda se chocava com os interesses dos grandes proprietários rurais brasileiros. Os ingleses
acreditavam que a abolição deveria ocorrer de forma lenta e gradual: iniciaria pela extinção do
tráfico negreiro, principal meio de abastecimento de mão de obra escrava em uma população
cujo crescimento natural não era suficiente para a sua reposição.
Devido aos adiamentos da decisão do governo imperial, as autoridades britânicas resol-
veram intervir: decretaram a lei Bill Aberdeen, dispositivo que permitia aos ingleses aprisionar
navios que estivessem transportando africanos para o Brasil, apreender a carga e julgar a
tripulação por crime. Algumas apreensões foram feitas, o que abalou as relações entre Brasil
e Inglaterra.
Outro episódio marcante no relacionamento entre os dois países foi a chamada Questão
Christie. Em 1861, um navio inglês, o Príncipe de Gales, naufragou nas costas do Rio Grande
do Sul e sua carga foi pilhada por brasileiros. William Christie, representante inglês no Brasil,
exigiu uma indenização de 3.200 libras, o que desagradou o governo imperial.
Para agravar ainda mais a situação, pouco depois, três oficiais da marinha inglesa, à pai-
sana e completamente embriagados, foram presos pela polícia do Rio de Janeiro por provo-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

carem desordens. Christie exigiu a imediata libertação dos oficiais ingleses, além da punição
dos responsáveis pela prisão.
O imperador Dom Pedro II concordou, inicialmente, em arcar com a indenização pelo sa-
que do navio e também ordenou a libertação dos marinheiros ingleses, mas se recusou, ter-
minantemente, a punir as autoridades brasileiras, que, segundo ele, agiram corretamente ao
prender os arruaceiros.
Em represália à decisão do imperador, Christie ordenou o aprisionamento de cinco navios
brasileiros que se encontravam no Oceano Atlântico e os manteve como reféns até que a ati-
tude do governo brasileiro se alterasse. Em resposta à atitude do embaixador inglês, centenas
de pessoas se manifestaram nas ruas do Rio de Janeiro, insultando comerciantes ingleses
radicados na cidade.
Para arbitrar a questão diplomática envolvendo Brasil e Inglaterra, foi eleito o rei da Bélgica,
Leopoldo I, que se manifestou a favor das atitudes do imperador Dom Pedro II e aconselhou o
governo britânico a pedir desculpas ao Brasil, o que não ocorreu. Em 1863, as relações diplomá-
ticas entre os dois países foram rompidas, apesar da manutenção dos contatos econômicos.
Em 1865, porém, preocupada com a expansão paraguaia em território sul-americano,
a Inglaterra buscou uma reaproximação com o Brasil, e um representante inglês formalizou,
em nome do governo britânico, um pedido de desculpas a Dom Pedro II, reatando, assim,
as relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra.

Os conflitos latino-americanos do século XIX

Guerra do Prata
A Guerra contra Oribe e Rosas ou também conhecida como Guerra do Prata aconteceu
entre 1851 e 1852 na região do rio do Prata, um estuário criado pelos rios Paraná e Uruguai.
O Brasil já havia lutado anteriormente na Guerra da Cisplatina (1825-1828) contra as Provín-
cias Unidas do Rio da Prata que resultou na criação do Uruguai.
O primeiro personagem dessa guerra, que inclusive dá nome ao conflito, é Juan Manuel
de Rosas. Eleito o governador de Buenos Aires, uma das províncias mais ricas e populosas da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Argentina, ainda contava com um importante porto na época. Seu governo era o de ditatorial,
caracterizado pela corrupção e resultando em uma emigração em massa de 14 mil opositores.
Os planos de Rosas eram audaciosos: queria recriar o antigo Vice-Reinado do Prata, que
abrangia territórios do Uruguai, Paraguai e Bolívia e garantir que a Argentina se tornasse a
principal potência da América do Sul.
Quanto ao Paraguai, Rosas logo resolveu este problema. Este país declarou sua indepen-
dência em 1811, mas nenhum outro o reconheceu. O ditador paraguaio José Gaspar Rodrí-
guez de Francia isolou o país, evitando contatos com o exterior e possíveis ações diplomá-
ticas. Quando este morreu, Carlos Antonio López o sucedeu e abriu as suas portas para a
Argentina assinando dois tratados. Porém, como o ditador Rosas não estava para brincadeira,
se recusou de reconhecer o Paraguai como independente e criou barreiras para o comércio
deste país.
O Uruguai, antiga província Cisplatina, enfrentava problemas políticos em decorrência de
suas eleições. De um lado, o candidato Fructuoso Rivera, do partido Colorado e, do outro, o res-
ponsável pela independência da Cisplatina, Juan Antonio Lavalleja, do partido Blanco. Rivera
num ato de desespero tomou o poder a força, num conflito que durou dois anos (1830-1832).
Depois de cumprir seu mandato até 1835, Manuel Oribe também do partido Blanco as-
sumiu o poder por alguns anos, já que renunciou em 1839 deixando o posto livre novamente
para Rivera.
O ditador argentino enviou um exército liderado por Lavalleja que não teve êxito. Rosas
então enviou outro exército com a ajuda de argentinos e de uruguaios liderados por Oribe.
Desta vez Rivera não teve tanta sorte e procurou exílio no Brasil, enquanto mais de trinta mil
pessoas eram mortas.
Mesmo com o Uruguai em suas mãos, Rosas queria mais e passou a atacar o Sul do Brasil.
O Brasil, cujo imperador era Dom Pedro II, teve que tomar as suas medidas. Mandou uma parte
do seu exército para o Sul e tinha como plano financiar os oponentes. Dom Pedro contava com
o apoio da Bolívia, Paraguai (sendo que o Brasil enfim reconheceu a sua independência), Uru-
guai (opositores internos) e com as duas províncias argentinas: Entre Rios e Corrientes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

O exército brasileiro se armou para o confronto, uma parte ficou na fronteira para prote-
gê-la e outra foi para o Uruguai tirar Oribe do poder. No dia 19 de outubro de 1851, diante do
tamanho do exército que vinha ao seu encontro, Oribe se rendeu sem luta.
Então as forças armadas seguiram rumo a Argentina para tirar Rosas do poder. Chegam
próximo de Buenos Aires no dia 1º de fevereiro de 1852 e derrotam a primeira força rosis-
ta que encontram. Dois dias depois, ocorreu a Batalha de Monte Caseros, desta vez com o
exército argentino liderado pessoalmente por Rosas. Os aliados ganharam a disputa e Rosas
fugiu para o Reino Unido, sem que ninguém soubesse.
A Guerra Contra Oribe e Rosas foi importante para o Brasil, já que na época enfrentava-
-se a vontade do Rio Grande do Sul de se separar do país. Com sua participação efetiva nos
conflitos, o estado passou a integrar-se definitivamente ao Império Brasileiro. Ademais, ainda
provou a hegemonia do país e a sua estabilidade política e econômica.

A Guerra do Paraguai (1864 a 1870)


A Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança está relacionada ao controle estraté-
gico da bacia do Rio Prata, tanto para navegação comercial, quanto por questões fronteiriças
e militares. Assim, o  Brasil entrou na Guerra contra Oribe e Rosas ou Guerra do Prata, que
aconteceu entre 1851 e 1852 na região do rio do Prata. Como vimos, o Brasil já havia lutado
anteriormente na Guerra da Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Unidas do Rio da
Prata que resultou na criação do Uruguai. O interesse pela região era tamanho que o Brasil
também entrou em guerra contra Aguirre, do Uruguai, em 1864.
A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador para-
guaio, Francisco Solano Lopes. Ele tinha como objetivo principal aumentar o território do seu
país e, assim, obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele
iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasi-
leiras, que se dirigiam ao Mato Grosso através da capital paraguaia.
Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa
brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do
território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul. Mas, para atingi-
-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, Solano invadiu e tomou Corrientes, província
Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.
Decididos a acabar com as ameaças e o domínio do ditador Solano Lopes, Argentina, Bra-
sil e Uruguai uniram suas forças em 1º de maio de 1865, através do acordo conhecido como
Tríplice Aliança. A partir daí os três países lutaram juntos para deter o Paraguai, que foi ven-
cido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana.

Combate Naval do Riachuelo de Victor Meirelles (1832-1903)

Esta guerra durou seis anos. Contudo, já no terceiro ano, o Brasil viu-se em grande difi-
culdade no que se refere a organização das suas tropas pois, além do inimigo, os soldados
brasileiros tinham que lutar contra a falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as
epidemias de várias doenças contagiosas.
Diante deste quadro, Caxias foi novamente chamado, desta vez para liderar o exército bra-
sileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou inúmeras vitórias até chegar
a Assunção, no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo
Conde D`Eu (genro de D. Pedro II).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso,

era um país independente das nações europeias. Para a Inglaterra, este país era um exemplo

que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente

dependentes do império inglês. Foi por isso que os ingleses ficaram ao lado dos países da

Tríplice Aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a In-

glaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina.

Em 1869, tropas brasileiras tomaram a cidade de Assunção, capital do Paraguai, mas o

presidente do país conseguiu fugir. O genro do imperador, o Conde D’Eu, assumiu o comando

das forças brasileiras e saiu em perseguição ao presidente paraguaio, vencendo-o na batalha

de Cerro Corá, na qual Solano López morreu. Por fim, no ano de 1870, a guerra chegou ao seu

final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.

Como consequência da derrota, a indústria paraguaia ficou arrasada. O Paraguai nunca

mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento industrial e econômico.

Pelo contrário, passa até hoje por dificuldades políticas e econômicas. Cerca de 70% da po-

pulação paraguaia morreu durante o conflito, sendo que a maioria dos mortos eram homens.

Embora tenha saído vitorioso, o Brasil também sofreu grandes prejuízos financeiros com

o conflito. Os elevados gastos da guerra foram custeados com empréstimos estrangeiros, fa-

zendo com que aumentasse a dívida externa brasileira e sua dependência em relação a países

ricos como, por exemplo, a Inglaterra.

Com a guerra, o Exército brasileiro ficou fortalecido no aspecto bélico, pois ganhou expe-

riência e passou por um processo de modernização. Houve também um importante aumento

de sua relevância institucional. Do ponto de vista político, o Exército brasileiro também saiu

fortalecido e passou a ser uma importante força no cenário político nacional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 8 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016)
I – (…) é o ditador do Paraguai, Francisco Solano López, que vai renovar as pretensões de
Rosas, de formar no Prata um grande império, rival do Brasil. Para isso preparava-se
solícita, mas dissimuladamente; e só aguardava agora, um pretexto para entrar em
cena. POMBO, Rocha. História do Brasil. Revista e atualizada por Hélio Vianna São
Paulo: Melhoramentos, 1960
II – Ovelha negra – Tal é o Paraguai aos olhos da burguesia inglesa e de outras burguesias
europeias altamente desenvolvidas, e tal se torna, logo aos olhos de alguns cavalhei-
ros que, no Prata e no Brasil, traficam e comercializam com as potências Ultramar, sem
se preocuparem com outra coisa, a  não ser seus interesses mesquinhos e restritos
interesses de classe. POMER, Léon. América latina: seus aspectos, sua história, seus
problemas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1984, p. 12.
III – (…) para Solano López [a guerra] era a oportunidade de colocar o seu país como po-
tência regional e ter acesso ao mar pelo porto de Montevidéu, graças a uma aliança
com os blancos uruguaios e os federalistas argentinos representados por Urquiza.
DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Pau-
lo: Companhia das Letras, 2002, p. 96.

A respeito das diferentes interpretações da Guerra do Paraguai contidas nos trechos acima,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
 (  ) I e III associam os motivos da guerra à ação de indivíduos isolados, lançam estereótipos
sobre o Paraguai de Solano López e exaltam a ação do Brasil na guerra.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

 (  ) I e II problematizam os acontecimentos, consideram a influência do imperialismo bri-

tânico e caracterizam a singularidade política e econômica do Paraguai no contexto

americano.

 (  ) II e III inserem o conflito nas relações internacionais da segunda metade do século XIX,

em âmbito europeu e regional, e consideram os fatores estruturais, econômicos ou po-

líticos, envolvidos no conflito.

As afirmativas são, respectivamente,

a) F, V e F.

b) F, V e V.

c) V, F e F.

d) V, V e F.

e) F, F e V.

Letra e.

A afirmativa I faz uma descrição dos interesses econômicos do Paraguai e suas pretensões

beligerantes. Não faz um estereótipo de Solano Lopez.

A afirmativa II descreve a visão da burguesia europeia a respeito do desenvolvimento econô-

mico do Paraguai, uma ameaça a hegemonia industrial europeia.

A afirmativa III mostra os interesses do Paraguai em se tornar uma potência regional.

Assim, a única alternativa que relaciona corretamente as afirmação é a letra “e”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

1.4. A Sociedade Brasileira da Fase Imperial, o  Surto do Café,


as Transformações Econômicas, a Imigração, a Abolição da Escravidão,
as Questões Religiosa e Militar

A sociedade brasileira da fase imperial

Ao longo do Período Imperial, a sociedade brasileira passou por muitas mudanças, como
a expansão da cafeicultura, o início da industrialização e a urbanização. Hábitos se sofistica-
ram e a desigualdade aumentou.
O desenvolvimento socioeconômico associado à expansão capitalista da cafeicultura
transformou o Brasil independente. Uma das principais mudanças foi o intenso processo de
urbanização, em especial durante o Segundo Reinado.
Nas cidades maiores, o comércio e os bancos se dinamizaram. As ruas eram cada vez
mais movimentadas, com escravos vendendo produtos e prestando pequenos serviços. Eram
os “escravos de ganho“, que dividiam os lucros com seu senhor e, muitas vezes, juntavam
dinheiro para comprar a liberdade através da compra de sua carta de alforria.
Surgiram novos ofícios, como afiador, carpinteiro, engomador, lustrador e empalhador.
Trabalhando na rua, o barbeiro, além de aparar cabelo e barba, também arrancava dentes e
aplicava sangrias. Nas primeiras manufaturas, os escravos urbanos trabalhavam ao lado de
negros libertos e de imigrantes europeus.
O desenvolvimento das cidades brasileiras ao longo do século XIX não se deu por igual.
Localizadas principalmente próximo ao litoral, as capitais das províncias passaram por uma
modernização mais intensa, impulsionada pelo crescimento industrial e pelas inovações tec-
nológicas. O transporte se agilizou, com a introdução do bonde; o telégrafo elétrico e o tele-
fone ampliaram as comunicações; a iluminação pública se tornou mais eficiente, com uso do
gás em vez do azeite e, já no fim do século XIX, com a eletricidade.
O fornecimento de água potável se ampliou, com a construção de novas bicas. Em me-
ados do século XIX, a água ainda não era levada até as casas. As cidades maiores tinham
bicas públicas e chafarizes, onde a população ia buscar água – o que deu origem a um novo
ofício: o de “aguadeiro”, pessoa que recolhia água para vender. No Rio de Janeiro, teve início
um sistema de distribuição urbana com carros-pipa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Já nas cidades do interior as melhorias custavam a chegar e as condições de vida eram


bastante difíceis. Se até os centros urbanos mais desenvolvidos, a exemplo de São Paulo e
do Rio de Janeiro, enfrentavam problemas como falta de saneamento e enchentes, a situação
nas cidades do interior Brasil afora era ainda mais precária. A água para consumo na maioria
dos casos era retirada de poços, cisternas, rios e riachos.
Desde a chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808, as elites da cida-
de passaram a incorporar padrões europeus na cultura e no consumo cotidiano.
Os teatros atraíam numeroso público. Em 1813 foi criado o Real Teatro São João; em
1871, o Teatro Imperial D. Pedro II, que se tomou conhecido como Teatro Lírico, por apresentar
muitas óperas.
As pessoas da elite (banqueiros, cortesões, grandes comerciantes, funcionários do go-
verno e gente da família dos cafeicultores) se reuniam nas confeitarias e nos elegantes ca-
fés, como o Café-Concerto Alcazar, espaço de convívio e de apresentações de espetáculos
variados. Também as casas de jogo se popularizaram, bem como os salões de baile, as so-
ciedades recreativas e os restaurantes sofisticados, que ofereciam uma requintada cozinha
europeia, especialmente a da França.
O esporte era mais uma oportunidade de distinção social. O hipismo, por exemplo, ganhou
muitos adeptos. Mas o esporte que mais se difundiu nesse período foi o remo, praticado na
cidade desde o início do século XIX. Nos clubes surgidos para organizar as regatas também
se praticavam outros esportes, como a natação, o basquete e o futebol – que acabou por se
tomar a principal atividade em alguns deles.
No século XIX, as mulheres da elite carioca costumavam usar vestidos de cambraia de
algodão bordados em fios de ouro e prata. Sua aparência simbolizava a posição social e a
tradição. Para não destoar dos senhores e das senhoras, até mesmo os serviçais da casa
usavam roupas de tecidos finos.
Em São Paulo não era diferente. As mulheres paulistas, tidas como elegantes e sóbrias,
usavam finos vestidos de seda. Na missa, o vestido preto era obrigatório. Chapéus, véus de

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

seda e rendas complementavam os trajes. Nos bailes, as jovens paulistas exibiam seus ves-
tidos desenhados em Paris.
Os homens da elite utilizavam grande quantidade de roupas de lã, vestidas por cima de
peças de algodão ou linho, adotando a moda europeia apesar das elevadas temperaturas do
Rio de Janeiro. Eram obrigatórios os coletes, as  casacas à altura da cintura e as cartolas.
A vestimenta refletia o contraste social entre os membros da elite e as pessoas pobres do
povo, livres ou escravas.
Os habitantes das cidades e os moradores das fazendas – homens e mulheres de condi-
ção social mais simples – vestiam-se com roupas de algodão. Os homens tinham por hábito
usar camisa, calças e coletes; vez por outra, também vestiam paletó. Os sapatos eram uti-
lizados apenas na vila; no campo, era comum o uso de tamancos de madeira. As senhoras
usavam camisas enfeitadas com crochê, além de anáguas – que vinham por baixo das saias
ou vestidos.
O algodão era tingido com corantes naturais como o anil, o urucum e o campeche. Saias e
paletós feitos com chita cabocla ou baeta (tecido grosso e felpudo de algodão) eram estam-
pados em roxo para as senhoras idosas, e em rosa e vermelho para as mais moças. Aos do-
mingos, homens e mulheres usavam a roupa chamada “de ver Deus”, por ser mais bem con-
feccionada e somente usada para assistir às missas.
Os escravos, quando trabalhavam ao relento, cobriam-se com um timão, espécie de ca-
misola comprida confeccionada com um pano grosseiro de lã denominado burel – também
usado para fazer mantas e cobertores.
Os teares eram manuais, e os fios de algodão e lã provinham das próprias plantações e da
criação de ovelhas das fazendas.

O surto do café

Estimado(a) aluno(a), o Café foi de importância indiscutível para o crescimento e desen-


volvimento, tanto econômico, como agrícola no Brasil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Iniciado seu cultivo já no final do século XVIII, nas terras do Vale do Paraíba, no Rio de
Janeiro, esta cultura foi seguindo para São Paulo e Minas Gerais, até descer e descobrir as
férteis terras de solo roxo do norte do Paraná, no final do século XIX, seja pelo consequente
esgotamento das terras no sudeste do País, seja pelo anseio natural dos fazendeiros em ex-
pandir suas plantações para mais a oeste de São Paulo.
A história do ciclo do café no Brasil começou com o contrabando de grãos da Guiana
Francesa. Quem introduziu o cultivo no país foi o Francisco de Melo Palheta, um militar luso-
-brasileiro. O café e seus derivados seriam os principais produtos brasileiros de exportação
durante quase 100 anos e seu ciclo ajudou no desenvolvimento do Brasil em diversos pris-
mas, com ênfase na urbanização dos grandes centros econômicos.
A maior parte do ciclo do café ocorreu na economia brasileira entre os anos de 1800 e
1930. Nota-se a importância do produto pela quantidade de tempo de predominou na econo-
mia brasileira. Compreendido entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, o Vale do Para-
íba tinha ótimas condições geográficas como regularidade de chuvas e clima adequado para
o cultivo do café. O Vale do Paraíba é formado, no lado paulista, por São José dos Campos,
Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Cruzeiro e Lorena. Após a concentração
inicial do ciclo do café naquela região, o grão também foi cultivado nas zonas de terra roxa do
interior do Paraná e de São Paulo.
Para escoar a produção, várias estradas férreas foram construídas. Nesse sentido, mere-
ce destaque a Estrada União e Indústria, a primeira da América Latina de rodagem macada-
mizada, construída em 1861.
Na época da expansão do ciclo do café, a vantagem do Brasil era possuir a maior parte
da oferta do produto para o mundo todo, controlando os preços e decidindo de que forma
iria atuar na economia internacional. Apesar disso, o crescimento da economia brasileira de-
pendia de maneira fundamental do aumento populacional dos países consumidores, em sua
maioria europeus. Desta forma, a oferta do café começa a se tornar muito superior do que a
demanda, o que indicava que uma diminuição dos preços ocorreria gradualmente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Outro fator que exerceu influência sobre a economia do café foi a crise de 1929 nos Esta-
dos Unidos. Se os preços já tendiam a cair, a crise fez com que a demanda internacional pelo
produto diminuísse ainda mais, o que forçou a baixa dos preços com maior rapidez. O gover-
no brasileiro não encontrava nenhuma solução para absorver os estoques, o que causou uma
quebra na economia cafeeira da época. Mas isso é assunto para a próxima aula.

Questão 9 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) As opções a seguir caracterizam corretamente o processo de expansão e moder-
nização da economia cafeeira, na segunda metade do século XIX, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) A Estrada União e Indústria foi a principal via de ligação entre as províncias do Rio de Ja-
neiro e Minas Gerais, na segunda metade do século XIX, facilitando o transporte de produtos
e passageiros, competindo com o sistema ferroviário.
b) A economia cafeeira ganhou impulso com a criação de um sistema ferroviário, na medida
em que essa inovação contribuiu para aumentar a capacidade logística de transporte do café,
reduzindo os custos finais de produção.
c) A produção de café do Vale do Paraíba fluminense usufruiu da construção da Estrada de
Ferro D. Pedro II, que conectava a Corte a São Paulo e Minas Gerais, facilitando o escoamento
do café produzido nessa região
e) A malha ferroviária em São Paulo combinou investimentos nacionais e estrangeiros, geran-
do uma rede de núcleos urbanos produtores e consumidores, que, por sua vez, contribuíram
para diversificar a economia do Oeste Paulista.
e) O desenvolvimento da economia cafeeira no Oeste Paulista se beneficiou da ligação com o
litoral pela estrada de ferro de Santos a Jundiaí, estimulando o porto de Santos como centro
exportador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra a.
A Estrada União e Indústria foi a primeira estrada de rodagem pavimentada (“macadamiza-
da”) da América Latina. Buscava melhorar o escoamento da produção de café da região onde
se situa atualmente Juiz de Fora. Ligava Juiz de Fora a Petrópolis, e tinha 144 km de exten-
são, com doze estações de muda 1 um marco de pedra a cada 6 km. Foi inaugurada em 23 de
junho de 1861, quando ainda não havia ferrovia (que somente chegaria a Três Rios em 1867
e a Juiz de Fora em 1875). Sendo assim, não havia como competir com o sistema ferroviário.

As transformações econômicas

Querido(a), as excelentes condições de plantio no Vale do Paraíba alavancaram a produ-


ção e a exportação do café. Iniciou-se assim o “Ciclo do Café”. O Brasil começou a exportar
mais do que a importar e a procura pelo café era tão grande que havia necessidade de au-
mentar a mão de obra. Por isso, os fazendeiros de café viam com maus olhos as tentativas de
qualquer lei que favorecesse a abolição da escravidão.
Em 1850, o Império decretou a chamada Lei de Terras (lei n. 601 de 18 de setembro de
1850), uma das primeiras leis brasileiras, após a independência do Brasil (1822), a dispor so-
bre normas do direito agrário brasileiro.
Trata-se de uma legislação específica para a questão fundiária. Esta lei estabelecia a
compra como a única forma de acesso à terra e abolia, em definitivo, o regime de sesmarias.
Muito embora não tenha havido revogação formal, considera-se que a mesma foi derrogada
quando da edição da Lei n. 4.504, de 30 de novembro de 1964 (o “Estatuto da Terra”), que trata
do mesmo assunto.
A Lei de terras teve origem em um projeto de lei apresentado ao Conselho de Estado do
Império em 1843, por Bernardo Pereira de Vasconcelos. Analisando seus efeitos, podemos
afirmar que sua principal consequência foi a concentração latifundiária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Em decorrência do crescimento da exportação de café foram construídas as primeiras


ferrovias e formaram-se muitas cidades. Os portos de Santos e Rio de Janeiro prosperam.
Mesmo com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, não houve espaço para que
a produção industrial brasileira desenvolvesse. A mudança de foco na administração do im-
pério marítimo português não ofereceu tamanha liberdade em terras brasileiras porque foi
firmado um acordo com a Inglaterra que garantia a este país privilégios na venda de suas
mercadorias.
Assim, o Brasil se tornou um grande consumidor e dependente dos ingleses. Com o passar
das duas primeiras décadas do século XIX, essas tarifas sofreram transformações, entretanto
o Brasil precisou utilizar mais recursos na contenção de revoltas e com outras dificuldades
que afetavam a produção agrícola e o próprio reconhecimento da independência.
Já com o Brasil definido como império e independente, as  taxas praticadas sobre pro-
dutos estrangeiros estavam na casa dos 15% de impostos. Valor este que permaneceu ativo
no Brasil entre os anos de 1828 e 1844. Foi então que o Ministro da Fazenda Manuel Alves
Branco decidiu revisar as taxas que eram cobradas. Alves Branco era advogado e economista,
mas desenvolveu uma grande carreira de sucesso na política, ocupando diversos cargos de
destaque no império.
A Tarifa Alves Branco recebeu o nome de seu criador e foi implementada no dia 12 de
agosto de 1844. Tratava-se de uma tarifa alfandegária que aumentou as taxas de importação
para a casa dos 30%, quando não havia similar nacional, e para a casa dos 60%, quando ha-
via produto similar nacional. As novas determinações causaram impacto sobre cerca de três
mil produtos e despertaram a insatisfação dos ingleses, acostumados com os privilégios na
comercialização de seus produtos desde antes da independência do Brasil. Mas não foram
só os britânicos os impactados com as novas medidas, os importadores brasileiros e os con-
sumidores mais ricos que consumiam tais produtos passaram a pagar mais caro pelo que
desejavam.
Apesar da insatisfação de ingleses e comerciantes brasileiros, a Tarifa Alves Branco per-
maneceu ativa até a década de 1860, quando o governo imperial não conseguiu mais resistir
à pressão dos grupos insatisfeitos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

O objetivo básico da Tarifa Alves Branco era melhorar a balança comercial brasileira, fa-
zendo com que o império arrecadasse mais dinheiro do que era dispensado com gastos. Só
que a implicação da tarifa foi bem além disso, a medida do Ministro Alves Branco acabou por
incentivar a produção industrial brasileira, já que os custos para substituição das importa-
ções pela instalação de pequenas fábricas eram bem mais atraentes.
É na vigência da Tarifa Alves Branco que se cria a estrutura necessária para os investi-
mentos do conhecido Barão de Mauá, o qual investiu em diversas inovações tecnológicas e
comerciais para o Brasil. A chamada Era Mauá foi interrompida e minada dentro do próprio
governo imperial brasileiro em função da existência de políticos atrelados aos interesses dos
ingleses que pressionaram até conseguir derrubar as taxas protecionistas e sucumbir o im-
pério ao capital inglês.
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, foi um importante banqueiro, industrial e
político brasileiro. Foi o pioneiro da industrialização no Brasil do século XIX, sendo responsá-
vel pela construção de grandes empreendimentos.
De origem humilde, Mauá veio jovem do Rio Grande Sul para o Rio de Janeiro. Trabalhou
em uma pequena loja em troca de abrigo e comida. Em 1825, conseguiu seu segundo empre-
go, na casa comercial do português Antônio Pereira de Almeida, de quem se tornou funcio-
nário de confiança ao passar dos anos e chegou ao posto de caixeiro em 1828. Continuou na
função até 1829, quando Antônio perdeu seus bens para o credor escocês Richard Carruthers.
Por indicação do ex-patrão, Mauá foi admitido como caixeiro da Companhia Inglesa Carru-
thers, especializada em importação e exportação. Exercendo suas funções aprendeu inglês,
contabilidade e técnicas comerciais, chegando ao posto de gerente.
Em 1836 se estabeleceu como sócio da companhia, batizada de Carruthers & Cia. Em
1839, Richard Carruthers voltou definitivamente para a Inglaterra e deixou Irineu no comando
dos negócios.
Com capital acumulado ao longo de seus anos de trabalho, Mauá adquiriu uma chácara
no Morro de Santa Teresa, onde tratava seus empregados como auxiliares e não negava abri-
go aos escravos foragidos. Em 1840 partiu em viagem para Inglaterra, onde teve contato com
a realidade capitalista e com as invenções da Revolução Industrial

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Em 1845, Mauá vendeu sua parte na sociedade e adquiriu uma fundição em Niterói. Cons-
truiu um estaleiro no local, iniciando a indústria naval brasileira. Seu patrimônio cresceu e ele
investiu em empreendimentos para modernização do Brasil. Nos anos seguintes, promoveu
o encanamento das águas do rio Maracanã na cidade do Rio de Janeiro em 1850. Em 1851
fundou a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro. Em 1852 fundou a Companhia
de Navegação a Vapor do Amazonas e a Companhia Fluminense de Transportes. Em 30 de
abril de 1854, nasceu a primeira ferrovia do país: a Companhia de Estrada de Ferro, ligando o
Porto Mauá na baía da Guanabara à encosta da Serra da Estrela. No mesmo dia Dom Pedro II
concedeu-lhe o título de “Barão de Mauá”.
O empreendedor também a inaugurou a Estrada de Ferro Dom Pedro II em 1858, atual
Central do Brasil; realizou a construção da estrada de ferro que liga Santos a Jundiaí e a insta-
lação de cabos telegráficos submarinos ligando o Brasil à Europa em 1874. No final da década
de 1850 fundou o Banco Mauá, MacGregor & Cia.
De posicionamento liberal e abolicionista, Mauá teve problemas com o Império devido aos
seus ideais. Seus negócios ficaram abalados pela legislação de taxação de importações que
foi implantada e em 1857 o seu estaleiro foi incendiado criminosamente. Seus empreendi-
mentos também sofreram consequências com a crise bancária de 1864.
Além de todas suas realizações e obras, Mauá foi deputado pelo Rio Grande do Sul, porém
renunciou em 1873 para cuidar apenas de seus negócios. Em 1874, foi intitulado “Visconde
de Mauá”.
Em 1875 o Banco Mauá foi encerrado, obrigando Mauá a vender grande parte de seu pa-
trimônio. Diabético e com a saúde debilitada, quitou todas as suas dívidas e trabalhou com o
comércio de café. Faleceu no dia 21 de outubro de 1889 em Petrópolis, Rio de Janeiro.

A imigração

Como vimos, num primeiro instante, o crescimento das exportações de café determinou
um impressionante aumento no tráfico negreiro. Contudo, na metade do século XIX, esse epi-
sódio se interrompeu com a proibição do tráfico negreiro.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Além disso, havia grande influência cientificista sobre os pensadores brasileiro. Alguns
destes creditavam o atraso brasileiro à miscigenação. Assim, acreditavam que era necessário
“embranquecer” a população, trazendo imigrantes europeus de “gene superior”.
Nesse novo contexto, os  prósperos fazendeiros paulistas tomaram as primeiras inicia-
tivas visando à substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre. A elite de cafeicultores
paulistas adotou uma política oficial de incentivo à imigração europeia e fizeram as primeiras
experiências de introdução do trabalho assalariado nas lavouras.
Dois foram os sistemas usados no Brasil para desenvolver o trabalho dos imigrantes:
• Parceria: O sistema de parceria foi utilizado principalmente em meados do século 19.
Por meio desse sistema os fazendeiros cediam terras para os imigrantes plantarem.
Mas os imigrantes deveriam dividir os lucros com a venda do café e de outros produtos.
Os imigrantes não podiam deixar as fazendas enquanto não pagassem todas as dívidas.
• Colonato: No sistema de colonato, a remuneração podia ocorrer de duas formas: por ta-
refa ou por produção. Os imigrantes recebiam pequenos salários. Além do salário, os imi-
grantes podiam usar parte das terras para plantar alimentos para o consumo próprio.

Se o regime de colonato despertava o interesse e a preferência do imigrante, ele era tam-


bém muito vantajoso para os fazendeiros. De fato, os fazendeiros encontraram um meio ex-
cepcional para expandir a cafeicultura, com o mínimo de dispêndio.
Devido à existência de terras devolutas, ainda virgens e em boa quantidade, o seu preço
era relativamente baixo para as posses dos grandes fazendeiros, que as adquiriam com faci-
lidade. Para o seu desmatamento, contratavam trabalhadores brasileiros – os “camaradas”,
aos quais pagavam por empreita. Em seguida, os colonos eram aí introduzidos para formar o
cafezal, que, ao fim de quatro anos, já dava as primeiras colheitas. Como os colonos produ-
ziam os seus próprios meios de subsistência, a despesa, para o fazendeiro, era ínfima.
Com o tempo, surgiram os “empreiteiros do café”, que passaram a empresariar a forma-
ção do cafezal nessa mesma base.
Desse modo, os cafeicultores paulistas tornaram-se produtores de café e produtores de
fazendas de café. À medida que se multiplicavam as fazendas de café, as terras iam se valori-
zando, tornando-se cada vez mais inacessíveis às pessoas de baixa renda. Ao mesmo tempo,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

quanto mais fazendas eram criadas, mais trabalhadores eram necessários, o que, enfim, esti-
mulava ainda mais a imigração. Como resultado importante do processo, a entrada maciça de
imigrantes favoreceu a constituição do mercado de trabalho, sem o qual não há capitalismo.
Em consequência, no regime de colonato não era o fazendeiro quem pagava ao trabalha-
dor pela formação do cafezal. Era o trabalhador quem pagava com cafezal ao fazendeiro o
direito de usar as mesmas terras na produção de alimentos durante a fase da formação. Foi
assim que os fazendeiros multiplicaram a sua riqueza e, como pretendiam, mantiveram um
exército de homens despossuídos, aptos para trabalharem sob suas ordens.
A solução imigrantista, cujo êxito foi testemunhado pelos cafeicultores, não esteve restri-
ta à província de São Paulo. Entretanto, em outras regiões, incluindo a cafeicultura de Minas,
Rio de Janeiro e Paraná a transição para o trabalho assalariado teve por base trabalhadores
locais, brasileiros.

Questão 10 (FGV/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS – RJ/DOCENTE I/EDUCAÇÃO INFAN-


TIL E DO 1º AO 5º ANO DE ESCOLARIDADE/2019) Os fluxos imigratórios que chegaram ao
Brasil na Primeira República foram os mais expressivos do período que se estende do sé-
culo XIX ao XX: entre 1889 e 1930 ingressaram no país mais de 3,5 milhões de estrangeiros,
o que corresponde a 65% do total de imigrados entre 1822 e 1960. BIONDI, Luigi, Imigração,
https://cpdoc.fgv.br
A respeito do impacto dos fluxos imigratórios para a história social e econômica brasileira na
Primeira República, analise as afirmativas a seguir.
I – A  política imigratória seguiu a economia brasileira do período, agroexportadora e
com uma industrialização incipiente, razão pela qual predominou a inserção rural
dos imigrantes.
II – A inserção urbana dos imigrantes foi marcante nas Regiões Norte e Nordeste, onde
os estrangeiros contribuíram para a introdução de novas técnicas agrícolas e para a
mecanização da agricultura.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

III – A política imigratória procurava atender aos interesses da cafeicultura paulista que pre-
tendia resolver a escassez de mão de obra com a chegada de trabalhadores europeus.

Está correto o que se afirma em


a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Letra c.
Querido(a), apesar de banca enfatizar os período republicano, entenda que a imigração está
diretamente ligada ao ciclo do café iniciado no século XIX.
Afirmativa I: Correta.
Afirmativa II: Errada. Ora, a maioria dos imigrantes que vieram para o país no período eram de
classes menos favorecidas, muitos até fugindo de conflitos no continente europeu. Ademais,
a afirmativa é contraditória ao afirmar que a inserção de imigrantes se deu na região urbana
mas contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias no campo.
Afirmativa III: Errada.

A abolição da escravidão, as questões religiosa e militar

Prezado(a), a partir de 1870, a monarquia de D. Pedro II começou a definhar. Vamos então


analisar os três principais motivos para queda da monarquia:

A abolição da escravidão (Questão abolicionista):

Querido(a), a partir de 1831, as nações europeias influenciadas pelas ideias iluministas e


pela Revolução Francesa de 1789, começaram a pressionar a comunidade internacional pelo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

fim da escravidão. A Inglaterra, em especial, sendo berço da Revolução Industrial, entendia


a escravidão como contraditória à lógica do capitalismo: um escravo não consome e os in-
vestimentos em escravos poderiam ser deslocados para outras atividades econômicas de
interesse inglês.
A Lei Feijó, também conhecida como Lei de 7 de novembro de 1831 (data de sua promul-
gação), foi a primeira lei a proibir a importação de escravos no Brasil, além de declarar livres
todos os escravos trazidos para terras brasileiras a partir daquela data, com duas exceções:

Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam li-
vres. Excetuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço de embarcações pertencentes a país,
onde a escravidão é permitida, enquanto empregados no serviço das mesmas embarcações.
2º Os que fugirem do território, ou embarcação estrangeira, os quais serão entregues aos senhores
que os reclamarem, e reexportados para fora do Brasil.

A lei estabelecia multas aos traficantes, além de oferecer um prêmio em dinheiro a quem
denunciasse o tráfico:

Art. 2º Os importadores de escravos no Brasil incorrerão na pena corporal do art. 179 do Código


Criminal imposta aos que reduzem à escravidão pessoas livres, e na multa de 200$000 por cabeça
de cada um dos escravos importados.
Art. 5º Todo aquele, que der notícia, fornecer os meios de se apreender qualquer número de pesso-
as importadas como escravos, ou sem ter precedido denúncia ou mandado judicial, fizer qualquer
apreensão desta natureza, ou que perante o Juiz de Paz, ou qualquer autoridade local, der notícia
do desembarque de pessoas livres, como escravos, por tal maneira que sejam apreendidos, rece-
berá da Fazenda Pública a quantia de trinta mil réis por pessoa apreendida.

O governo brasileiro se esforçou por quase cinco anos para aplicá-la, mas depois passou
a ser “lei para inglês ver”. Ao contrário do que é afirmado de forma costumeira, a lei não foi
promulgada devido à pressão inglesa. Foi promulgada exatamente como resposta contrária à
pressão inglesa, exercida por meio de tratado: o Legislativo queria mostrar que não agia sobre
pressão do tratado com os ingleses e promulgou uma lei mais rigorosa que este. Somente
com a Lei Eusébio de Queirós, de 1850, o tráfico negreiro passou a ser efetivamente comba-
tido pelo Império Brasileiro.
Internamente, crescia o movimento abolicionista. Ao longo do Segundo Reinado, paulatina-
mente, leis foram sendo criadas devido a pressão interna e externa. Veja as leis abolicionistas:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Nome: Lei Feijó (Lei para inglês ver)


• Data: novembro de 1831
• O que previa: proibia o tráfico negreiro para o Brasil, declarando livres os escravos que
aqui chegassem e punindo severamente os importadores. Na prática, a lei foi uma mera
satisfação à pressão dos ingleses pelo fim da escravidão já que o governo não se em-
penhou em fiscalizar e punir. Isso só viria a acontecer de fato a partir de 1850 com a lei
Eusébio de Queirós.

Nome: Bill Aberdeen (Lei Inglesa)


• Data: 1845
• O que previa: o parlamento inglês aprovou uma lei que permitia aos navios britânicos ata-
carem navios brasileiros envolvidos com o tráfico de escravos em águas internacionais.

Nome: Lei Eusébio de Queirós


• Data: 4 de setembro de 1850
• O que previa: a lei proibia o tráfico negreiro transportado da África até o Brasil. Apesar
de sua importância, o tráfico ilegal continuou.

Nome: Lei do Ventre Livre


• Data: 28 de setembro de 1871
• O que previa: a lei declarava que os filhos de escravos nascidos a partir daquela data
eram livres. Na prática os nascidos desde então ficavam sob a tutela do senhor de en-
genho até os 21 anos.

Nome: Lei dos Sexagenários (ou Lei Saraiva-Cotegipe)


• Data: 28 de setembro de 1885
• O que previa: a lei estabelecia que os escravos com 60 anos ou mais eram livres. Entre-
tanto, poucos eram os que conseguiam chegar aos 60 anos. A liberdade de um escravo
idoso era um prêmio ao senhor de escravos que abandonava a responsabilidade de
alimentá-lo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Nome: Lei Áurea
• Data: 13 de maio de 1888
• O que prevê: a lei decreta o fim da escravidão no Brasil. Entretanto, não houve um pla-
nejamento sobre o que fazer com todos os libertos. Não se criou uma infraestrutura de
educação, moradia e emprego. Não forneceram nenhuma política social de inclusão.

Advém que, diante da pressão internacional pelo fim da escravidão, a própria aristocracia
rural começou a inflacionar o preço dos escravos na expectativa de que o governo pagasse
uma indenização quando a previsível abolição acontecesse.
Entretanto, o governo brasileiro libertou os escravos, mas não indenizou os proprietários.
Resultado: a aristocracia escravagista começou a sonegar tributos retirando o sustentáculo
financeiro do Império. Uma grave crise tomou conta do governo, já debilitada pelos altos gas-
tos com a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Do ponto de vista social, a abolição não resolveu o problema das desigualdades geradas
pela escravidão. Ocorre que o governo imperial e o governo republicano não criaram meca-
nismos para que a população liberta fosse absolvida pelo mercado de trabalho assalariado
ou tivesse condições de possuírem moradia. O  resultado pode ser visto ainda hoje, com a
população negra sendo maioria dos integrantes das classes sociais mais baixas, minoria nas
universidades públicas entre outros indicadores sociais.

Questão 11 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) Leia os fragmentos a seguir.
I – (…) Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assemblea Geral Decretou,
e Nós Queremos a Lei seguinte.
Art. 1º As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e as estrangeiras
encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriaes do Brasil, tendo
a seu bordo escravos (…), ou havendo-os desembarcado, serão apprehendidas pelas
Autoridades, ou pelos Navios de guerra brasileiros, e  consideradas importadoras de

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

escravos. Aquellas que não tiverem escravos a bordo, nem os houverem proximamente
desembarcado, porêm que se encontrarem com os signaes de se empregarem no trafico
de escravos, serão igualmente apprehendidas, e consideradas em tentativa de importa-
ção de escravos. (Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
II – (…) Faz saber a todos os Subditos do Império, que a Assembleia Geral Decretou, e Ella
Sanccionou a Lei seguinte: Art.  1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou
portos do Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se: 1º Os escravos matricu-
lados no serviço de embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permitida,
emquanto empregados no serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do
territorio, ou embarcação estrangeira, os quaes serão entregues aos senhores que os
reclamarem, e reexportados para fóra do Brazil. Para os casos da excepção n. 1º, na
visita da entrada se lavrará termo do numero dos escravos, com as declarações neces-
sarias para verificar a identidade dos mesmos, e fiscalisar-se na visita da sahida se a
embarcação leva aquelles, com que entrou. Os escravos, que forem achados depois da
sahida da embarcação, serão apprehendidos, e retidos até serem reexportados. (Cole-
ção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)

Os fragmentos I e II correspondem, respectivamente,


a) à Lei do Ventre Livre e ao Bill Aberdeen.
b) à Lei Eusébio de Queiroz e à Lei Feijó.
c) à Lei Saraiva-Cotegipe e à Lei Nabuco de Araújo.
d) à Lei Nabuco de Araújo e à Lei Eusébio de Queiroz.
e) ao Bill Aberdeen e à Lei Feijó.

Letra b.
Muito fácil! Listei, inclusive, os  parágrafos da Lei Feijó no corpo do texto sobre a Questão
Abolicionista. Tenha em mente que você deverá saber identificar cada uma das leis abolicio-
nistas. Na seção Mapas Mentais, encontrará uma tabela resumindo essas leis.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão Religiosa:

Meu(minha) querido(a), desde o início da colonização prevalecia o regime de Padroado.


A igreja era submetida à Coroa Portuguesa e, após a Independência, ao Imperador. Na prática,
o Estado poderia abrir paróquias e indicar bispos com a contrapartida de prover os “salários”
do clero.
Assim, D. Pedro II tinha autoridade para aprovar ou não uma ordem do Papa. Em 1872,
uma Bula Papal proibia a participação de membros ligados à maçonaria na vida religiosa da
Igreja. Acontece que D. Pedro II era maçom. Quando D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e
de Belém, resolveram seguir as ordens do Papa Pio IX, o imperador ordenou que fossem pre-
sos. Foram libertos em 1875, mas já estava feito o estrago a imagem do Império.
Hoje, meios de comunicação e redes sociais são utilizados por lideranças políticas para
propagar seus ideais e valores. No entanto, no século XIX, era a Igreja Católica a instituição res-
ponsável por “fazer propaganda” para a monarquia brasileira. Entretanto, diante da ruptura, todo
o clero da Igreja começou a fazer propaganda contrária a D. Pedro II, fazendo com que a popu-
lação criasse um sentimento de aversão ao imperador e tudo que a monarquia representava.
Para resumir: a ruptura com a Igreja fez com que o Império perdesse seu apoio ideológico.

Questão Militar:

Como vimos, a Guerra do Paraguai (1864-1870) foi o maior conflito armado internacional
ocorrido na América do Sul. O Paraguai foi destruído pela Tríplice Aliança, composta por Bra-
sil, Argentina e Uruguai.
A principal instituição brasileira responsável pela vitória na guerra foi o Exército. Contudo,
era a marinha quem recebia as maiores verbas e privilégios do governo. Isso despertou um
sentimento de despeito por parte do alto escalão do exército brasileiro.
Além disso, em 1883, aumentou a oposição entre governo e exército. Oficiais ficaram ex-
tremamente insatisfeitos em função do projeto de revisão da aposentadoria dos militares.
Soma-se a isso, a influência da Escola Militar, em que as ideias do positivismo de Auguste
Comte ganhavam adeptos. Sobre o positivismo, estudaremos seus detalhes mais adiante.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

De acordo com essa corrente filosófica, uma República forte, centralizada e orientada por
princípios racionais, representava o melhor dos sistemas de governo a ser seguido. Além da
Escola Militar, muitos chefes militares passaram a fazer campanha contra o Império através
de jornais.
Assim, diante dos boatos de que o visconde de Ouro Preto, chefe do gabinete de governo,
pretendia dissolver o Exército, nos dias 14 e 15 de novembro, um grupo de militares liderado
por Marechal Deodoro impôs o golpe a Dom Pedro II. Estava proclamada a República.
Durante o processo de tomada do poder, a população sequer entendeu o que estava acon-
tecendo, levando o ex-político e jornalista, Aristides Lobo, que “o povo assistiu àquilo bestiali-
zado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava, muitos acreditaram seriamente estar
vendo uma parada.”
Resumindo: O império, que já havia perdido seu sustentáculo ideológico e econômico,
agora perdia sua base de apoio militar.
A Republica proclamada em 1889, de início, foi governada por Militares, no que se conven-
cionou chamar de República de Espada (1889-1894). O governo dos marechais deu lugar ao
governo civil a partir de 1894, iniciando o que chamamos República Oligárquica. Mas isso é
assunto para nossa próxima aula.

1.5. As Manifestações Culturais; as Ciências, as Artes e a Literatura


no Período Imperial

A cultura brasileira durante o Império recebeu forte influência do Romantismo, movimento


cultural que surgiu na Europa, nas décadas finais do século XVIII, ganhando força e chegando
ao Brasil na primeira metade do século XIX. Portanto, grande parte dos artistas brasileiros
seguiu os princípios e modelos literários e estéticos do movimento romântico em suas áreas
de atuação.

O Romantismo é um movimento filosófico, cultural e artístico. Enfatizava o “eu”, a criativida-


de, a imaginação e o valor da Arte. O movimento se opõe ao Racionalismo e ao Empirismo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

do Iluminismo, representando a mudança do objetivo para o subjetivo. O universo empírico


do Iluminismo deixava pouco espaço para a liberdade e a criatividade do espírito humano.
A ênfase romântica na Arte e na imaginação é uma reação direta e crítica ao Empirismo. O Ro-
mantismo enfatizava fortes emoções como fonte da experiência estética. Era representado
de forma mais poderosa por meio das Artes visuais, da Música e da Literatura, mas possuía
também um ramo filosófico.

Principais temas e ideais românticos presentes na cultura brasileira do Segundo Reinado:


• Nacionalismo e ufanismo (valorização de temas ligados à história, natureza e cultura
brasileiras).
• Valorização dos sentimentos humanos.
• Abordagem de temas ligados a questões políticas e sociais.
• Liberdade de expressão.

Na pintura, o Romantismo se fundiu com o Realismo e o Simbolismo durante este perío-


do. Os principais temas retratados pelos pintores desta época foram: cultura e vida indígena,
personagens e fatos históricos, belezas da natureza do Brasil e tipos populares.
Entre os principais pintores deste período, podemos destacar: Pedro Américo, Debret, Vic-
tor Meirelles, Belmiro de Almeida, Rodolfo Amoedo e Rugendas.
No entanto, foi na Literatura que as características do Romantismo ganharam grande ex-
pressão. Os escritores românticos valorizaram os sentimentos humanos, buscaram enfatizar
as belezas naturais do Brasil, abordaram temas ligados aos problemas sociais e destacaram
o papel do índio como um dos principais elementos da cultura brasileira.
No campo da Literatura, podemos destacar os seguintes escritores brasileiros: Machado
de Assis, Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e
Castro Alves.
No campo teatral, podemos destacar as obras de dramaturgia de Joaquim José da França
Júnior e Martins Penas. Em suas obras (principalmente comédias e sátiras), buscaram mos-
trar de forma cômica os costumes da sociedade da época.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

O folclore brasileiro, temas dramáticos e populares foram enfatizados na música deste


período. As óperas de Carlos Gomes são o grande destaque. Porém, podemos citar também
as modinhas populares e as marchas de carnaval de Chiquinha Gonzaga. Vale lembrar tam-
bém as obras musicais do pianista e compositor carioca Ernesto Júlio de Nazareth.
D. Pedro II era um monarca instruído que incentivava as artes, a literatura, a ciência e a
tecnologia e tinha contatos internacionais extensivos nestas áreas. O  suporte principal da
ciência brasileira e do assento de seus primeiros laboratórios de pesquisa era o Museu Nacio-
nal do Brasil, no Rio de Janeiro, que sofreu um incêndio devastador em setembro de 2018. Foi
nessa cidade que começaram as associações de profissionais em sociedades e academias.
Com, por exemplo: a Sociedade de Medicina, de 1828, depois Academia Imperial de Medicina;
Sociedade Vellosiana, feita por naturalistas, que durou de 1851 a 1855, com reuniões nas de-
pendências no Museu Nacional; Reunião de engenheiros, a partir dos anos 1860, no Instituto
Politécnico Brasileiro.
Dom Pedro desenvolveu um interesse pessoal forte e selecionou e convidou muitas per-
sonalidades científicas europeias respeitáveis, tais como von Ihering e Goeldi, para trabalhar
no Brasil. E seus ministros e senadores assistiam frequentemente a conferências científicas
no museu. Lá, o primeiro laboratório de fisiologia foi fundado em 1880, sob direção de João
Baptista de Lacerda e Louis Couty.
Expedições do período:
• Henry Walter Bates (1848 a 1859)
• Alfred Wallace (1848 a 1852)
• Fritz Müller (1852)
• Expedição Thayer da Harvard University (1865 a 1866), com Louis Agassiz
• Expedições Morgan (1870 a 1878), com Charles Hatt e Orville Derby
• Hermann von Ihering (1880)
• Émil Goeldi (1880)

Há que se destacar também as discussões filosóficas travadas na Escola Militar, altamen-


te influenciadas pelo Positivismo. No Brasil, o positivismo político de Comte, renovado pela
carga moral utilitarista, influenciou a política praticada nos primeiros anos da Primeira Repú-
blica (1889-1930), devido às referências positivistas trazidas pelos militares e pelo primeiro
presidente, o marechal Manuel Deodoro da Fonseca.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

O positivismo é uma corrente teórica inspirada no ideal de progresso contínuo da humanida-


de. O pensamento positivista postula a existência de uma marcha contínua e progressiva e
que a humanidade tende a progredir constantemente. O progresso, que é uma constatação
histórica, deve ser sempre reforçado, de acordo com o que Auguste Comte, criador do positi-
vismo, chamou de Ciências Positivas. As Ciências Positivas teriam a sua mais forte expres-
são na Sociologia, ciência da qual Comte é considerado o fundador.

Estimado(a),
Chegamos novamente ao final de mais uma parte teórica. Faça os exercícios, estude o
resumo e os mapas mentais. Nos encontraremos novamente na nossa última aula sobre o
Brasil República.
Antes de me despedir, peço encarecidamente que avalie a aula! Insisto nisso porque, como
já disse, preciso do seu feedback para contínuo aprimoramento do nosso material.
Continue focado e motivado! Seu esforço é fundamental para alcançar sua meta.
A gente se encontra em breve.
Grande abraço!
Professor Daniel

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

RESUMO
Rebeliões Separatistas: visam a independência em relação a Portugal.
• Inconfidência Mineira 1789; Elitista, Escravista
• Conjuração Baiana 1798; Camadas populares, Abolicionista
• Insurreição Pernambucana de 1817. (A Insurreição Pernambucana 1645-1654 é a que
expulsou os holandeses.) Camadas populares, Abolicionista. Única que tomou o poder
de fato.

Período Joanino:
• A corte portuguesa se transferiu para o Brasil fugindo das tropas napoleônicas por ter
desobedecido o Bloqueio Continental imposto pela França.
• Dom João realizou concessões econômicas à Inglaterra, exemplificados pelos Trados
Comerciais de 1810.
• Dentre suas principais medidas, podemos listar:
• Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de
tribunais e ministérios.
• Estruturação econômica, com a fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda.
• Investimentos nas áreas de educação e cultura. Nestas duas áreas, podemos destacar
a criação de escolas de Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da Academia
Real de Belas Artes e da Imprensa Real.
• Investimentos voltados para o desenvolvimento industrial do Brasil. Neste sentido, po-
demos destacar a instalação de indústria de ferro em Minas Gerais e São Paulo.
• Elevação do Brasil, em 1815, a Reino Unido de Portugal e Algarves. Desta forma, o Bra-
sil deixou de ser (oficialmente) uma colônia. E, mais do que isso, se tornou sede do
Império Português. Grosso modo, é como se Portugal deixasse de ser metrópole e se
tornasse colônia do Brasil.
• Guerras contra a Guiana e a província Cisplatina (Uruguai)
• Voltou a Portugal devido a Revolução Liberal do Porto, ameaçado de perder o trono
português.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Independência: as pressões da corte portuguesa em Lisboa pela recolonização do Brasil


estimularam grupos separatistas culminando no dia do Fico e na proclamação da Indepen-
dência.
Primeiro Reinado, 1822-1831:
• Tratado de Paz e Aliança: reconhecimento da Independência por parte de Portugal em
troca do pagamento de uma indenização.
• Poder Moderador: fachada constitucionalista para que exercesse o poder absolutista.
• Confederação do Equador
• Guerras Cisplatinas
• Noite das Garrafadas

Período Regencial, 1831-1840:


• Regências: governos formados até a maioridade de D. Pedro II.
• Partidos: Restauradores, Moderados, Exaltados.
• Guarda Nacional
• Revoltas Regenciais: Balaiada, Cabanagem, Guerra dos Farrapos, Revolta dos Malês,
Sabinada.

II – Reinado:
• Golpe da Maioridade
• Partido Liberal x Partido Conservador
• Revolução Praieira
• Guerra do Paraguai
• Economia: café.
• Lei de Terras de 1850
• Crise da monarquia: Questões Religiosa, Abolicionista e Militar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

MAPAS MENTAIS

Inconfidência Mineira 1789 Conjuração Baiana 1798


Escravista Abolicionista
Elitista Popular

Primeiro Período
Reinado Regencial
1822 - 1831 1831 - 1840

Segundo
Reinado
1840 - 1889

Gastos com a Corte

Brasileiros x
Portugueses
Insurreição Pernambucana

Independência dos
EUA
1817

Revolução Francesa

Maçonaria

Seca de 1816

Independência das
Colônias Espanholas

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Confederação do Equador
Crise econômica
do Nordeste

1824 - Liberal
Autoritarismo de
D. Pedro

Influência
Portuguesa

Revolução Praieira
(1848 - 1850)

Causas Manisfesto ao Mundo

Latifúndio Federalismo; Voto livre e Universal; Fim do


Monopólio comercial Poder Moderador; Liberdade de imprensa;
português Nacionalização do comércio de varejo;
Êxodo Rural Reforma do Poder Judiciário; Fim da lei
Encarecimento dos alimentos do juro convencional; Fim do sistema
de recrutamento militar.

Tráfico
transatlântico
de escravos

Navios
Negreiros

Maior fluxo de Combatido pela


5 milhões de
chegada entre Inglaterra a
pessoas
1800 e 1850 partir de 1845

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

LEIS ABOLICIONISTA
“Lei para inglês ver” 1831 Proibia o Tráfico Negreiro para o Brasil.
Bill Aberdeen (Lei Inglesa) 1845 Permitia navios britânicos atacarem navios negreiros.
Eusébio de Queirós 1850 Proibiu de fato o tráfico negreiro para o Brasil.
Lei do Ventre Livre 1871 Libertava todo filho de escravo nascido a partir da data.
Lei do Sexagenário 1885 Libertava os escravos com mais de 60 anos.
Lei Áurea 1888 Assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão.

Questão Religiosa
Crise do Império

Questão Militar

Questão Abolicionista

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1 (FGV-SP/VESTIBULAR/PRIMEIRA FASE/2001) Leia as afirmações sobre a Sedi-
ção Baiana de 1798 e assinale a alternativa correta.
I – Conhecida como Conjuração Baiana ou dos Alfaiates, a Sedição de 1798, foi um movi-
mento social de caráter republicano e abolicionista.
II – Diferentemente da Conjuração Mineira, o movimento de 1798 teve apoio dos setores
mais explorados da sociedade colonial.
III – Entre as reivindicações dos sediciosos estavam o fim do domínio colonial, a separação
Igreja-Estado e a igualdade de direitos, sem distinção de cor ou de riqueza.
IV – Dos muitos processados, quatro foram enforcados. Entre eles, Manuel Faustino dos
Santos, de apenas 23 anos.
V – O movimento caracterizou-se pela distribuição de panfletos manuscritos na cidade de
Salvador.

a) apenas I, II e IV estão corretas;


b) apenas II, III e V estão corretas;
c) apenas III e V estão corretas;
d) apenas I, e IV estão corretas;
e) todas estão corretas.

Questão 2 (FGV-SP/VESTIBULAR/1995) A abertura dos portos, em 1808, que favoreceu os


proprietários rurais produtores de bens destinados à exportação,
a) revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia.
b) limitou o tráfico negreiro aos portos de Belém e São Luís, favorecendo a cultura do algodão.
c) produziu como efeito imediato uma aceleração do processo de industrialização, atendendo
aos reclamos dos ingleses.
d) ampliou o controle econômico metropolitano sobre a Colônia através da criação do “exclu-
sivo comercial”.
d) contrariou os interesses dos comerciantes portugueses e provocou grandes protestos no
Rio de Janeiro e em Lisboa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 3 (FGV) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou


uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de imple-
mentar as bases para a formação de um império luso-brasileiro na América. Das alternativas
abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino.
a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao
Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João.
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando
início a uma fase de livre-comércio.
c) Ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do impé-
rio passava do centro para a periferia.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias.
e) Ocorreu a Revolução Pernambucana de1817, que defendia o separatismo com o governo
republicano e a manutenção da escravidão.

Questão 4 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR – BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o


texto a seguir.
“Fixando-se os olhos no Brasil, contudo, percebe-se que a corrosão do Antigo Regime não o
destruiu completamente, marcando-se também por continuidades. Se o absolutismo, a so-
ciedade estamental, o fanatismo religioso, o poderio desmesurado dos clérigos e da Igreja,
o monopólio comercial e a sujeição de Lisboa tornaram-se página virada, o mesmo não se
deu com a escravidão, os valores aristocráticos e, em certa medida, o ‘capitalismo comercial’,
que tinha no tráfico negreiro uma de suas fontes. O mesmo se pode dizer a respeito da depen-
dência econômica, ainda que esta não se desse mais nos quadros do antigo sistema colonial,
mas, sim, sob a égide de uma potência capitalista, que desenvolvia uma política imperialista:
a Inglaterra.” VILLALTA, Luiz Carlos. O Brasil e a crise do Antigo Regime português. Rio de Ja-
neiro: Editora FGV, 2016, p. 236-237.
Considerando o processo de emancipação política do Brasil, assinale a afirmativa correta.
a) Realizou-se de modo pacífico e sem contestações violentas, com acentuado protagonismo
popular.
b) Manteve ileso o sistema político do período colonial, baseado no favorecimento e no per-
sonalismo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

c) Silenciou proposições dissidentes em favor da permanência da monarquia e da escravidão.


d) Assegurou uma política de inclusão social para os mestiços que, a partir de 1824, passa-
ram a exercer cidadania política.
e) Aprofundou as relações de dependência com a antiga metrópole até, pelo menos, a maio-
ridade de d. Pedro II.

Questão 5 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) As opções a seguir apresentam aspectos sociopolíticos estabelecidos pela Cons-
tituição de 1824, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Estabelecimento de um governo monárquico, hereditário e constitucional.
b) Fixação de duração temporária para os cargos da Câmara dos Deputados e vitalícia para
os do Senado.
c) Manutenção do catolicismo romano como religião oficial, com liberdade de culto particular
para outras religiões.
d) Criação de uma nobreza incapaz de legar seus títulos, concedidos pelo imperador.
e) Determinação de voto direto e censitário para a Câmara dos Deputados e indireto para o
Senado.

Questão 6 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) Relacione as reformas político-institucionais do período regencial com suas res-
pectivas funções.
1. Guarda Nacional
2. Código do Processo Criminal
3. Ato Adicional
4. Lei Interpretativa do Ato Adicional

 (  ) Instrumento usado para frear a autonomia das províncias, de acordo com os ideais con-
servadores.
 (  ) Instrumento forjado para ampliar o poder legislativo local, por meio da criação das As-
sembleias Provinciais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

 (  ) Instrumento estabelecido para manter a ordem interna, com potencial uso coercitivo
para repressão das revoltas.
 (  ) Instrumento utilizado para fortalecer os proprietários rurais provinciais, que elegiam a
autoridade judiciária do município.

Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.


a) 1 – 3 – 2 – 4.
b) 1 – 4 – 2 – 3.
c) 4 – 3 – 1 – 2.
d) 2 – 4 – 3 – 1.
e) 4 – 3 – 2 – 1.

Questão 7 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓRIA


2016) A famosa frase “Nada se assemelha mais a um ‘saquarema’ do que um ‘luzia’ no poder”,
atribuída ao político pernambucano Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti, testemu-
nha a convergência de interesses das elites que compunham os partidos políticos do Segun-
do Reinado. Entretanto, a historiografia assinala as especificidades de luzias e saquaremas.
A respeito das interpretações historiográficas do quadro partidário do Segundo Reinado, ana-
lise as afirmativas a seguir.
I – Para Caio Prado Júnior, as diferenças entre saquaremas e luzias podiam ser entendi-
das como disputas entre os interesses reacionários e progressistas da burguesia, sem
necessariamente se concretizarem em conflitos partidários.
II – Para José Murilo de Carvalho, a distinção entre saquaremas e luzias estava em suas
respectivas bases regionais: enquanto os primeiros tinham mais força entre os pro-
prietários rurais e os burocratas da Bahia e de Pernambuco, os segundos eram mais
fortes entre os proprietários rurais e os profissionais liberais de São Paulo, Minas Ge-
rais e Rio Grande do Sul.
III – Para Raimundo Faoro, saquaremas e luzias representavam as diferenças entre os con-
servadores ligados aos interesses agrários, em oposição aos liberais ligados à buro-
cracia e defensores do fortalecimento do poder central.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Questão 8 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016)
I – (…) é o ditador do Paraguai, Francisco Solano López, que vai renovar as pretensões de
Rosas, de formar no Prata um grande império, rival do Brasil. Para isso preparava-se
solícita, mas dissimuladamente; e só aguardava agora, um pretexto para entrar em
cena. POMBO, Rocha. História do Brasil. Revista e atualizada por Hélio Vianna São
Paulo: Melhoramentos, 1960
II – Ovelha negra – Tal é o Paraguai aos olhos da burguesia inglesa e de outras burguesias
europeias altamente desenvolvidas, e tal se torna, logo aos olhos de alguns cavalhei-
ros que, no Prata e no Brasil, traficam e comercializam com as potências Ultramar, sem
se preocuparem com outra coisa, a  não ser seus interesses mesquinhos e restritos
interesses de classe. POMER, Léon. América latina: seus aspectos, sua história, seus
problemas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1984, p. 12.
III – (…) para Solano López [a guerra] era a oportunidade de colocar o seu país como po-
tência regional e ter acesso ao mar pelo porto de Montevidéu, graças a uma aliança
com os blancos uruguaios e os federalistas argentinos representados por Urquiza.
DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Pau-
lo: Companhia das Letras, 2002, p. 96.

A respeito das diferentes interpretações da Guerra do Paraguai contidas nos trechos acima,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
 (  ) I e III associam os motivos da guerra à ação de indivíduos isolados, lançam estereótipos
sobre o Paraguai de Solano López e exaltam a ação do Brasil na guerra.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

 (  ) I e II problematizam os acontecimentos, consideram a influência do imperialismo bri-


tânico e caracterizam a singularidade política e econômica do Paraguai no contexto
americano.
 (  ) II e III inserem o conflito nas relações internacionais da segunda metade do século XIX,
em âmbito europeu e regional, e consideram os fatores estruturais, econômicos ou po-
líticos, envolvidos no conflito.

As afirmativas são, respectivamente,


a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.

Questão 9 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) As opções a seguir caracterizam corretamente o processo de expansão e moder-
nização da economia cafeeira, na segunda metade do século XIX, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) A Estrada União e Indústria foi a principal via de ligação entre as províncias do Rio de Ja-
neiro e Minas Gerais, na segunda metade do século XIX, facilitando o transporte de produtos
e passageiros, competindo com o sistema ferroviário.
b) A economia cafeeira ganhou impulso com a criação de um sistema ferroviário, na medida
em que essa inovação contribuiu para aumentar a capacidade logística de transporte do café,
reduzindo os custos finais de produção.
c) A produção de café do Vale do Paraíba fluminense usufruiu da construção da Estrada de
Ferro D. Pedro II, que conectava a Corte a São Paulo e Minas Gerais, facilitando o escoamento
do café produzido nessa região
d) A malha ferroviária em São Paulo combinou investimentos nacionais e estrangeiros, geran-
do uma rede de núcleos urbanos produtores e consumidores, que, por sua vez, contribuíram
para diversificar a economia do Oeste Paulista.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

e) O desenvolvimento da economia cafeeira no Oeste Paulista se beneficiou da ligação com o


litoral pela estrada de ferro de Santos a Jundiaí, estimulando o porto de Santos como centro
exportador.

Questão 10 (FGV/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS – RJ/DOCENTE I/EDUCAÇÃO INFANTIL


E DO 1º AO 5º ANO DE ESCOLARIDADE/2019) Os fluxos imigratórios que chegaram ao Brasil na
Primeira República foram os mais expressivos do período que se estende do século XIX ao XX:
entre 1889 e 1930 ingressaram no país mais de 3,5 milhões de estrangeiros, o que corresponde
a 65% do total de imigrados entre 1822 e 1960. BIONDI, Luigi, Imigração, https://cpdoc.fgv.br
A respeito do impacto dos fluxos imigratórios para a história social e econômica brasileira na
Primeira República, analise as afirmativas a seguir.
I – A política imigratória seguiu a economia brasileira do período, agroexportadora e com uma
industrialização incipiente, razão pela qual predominou a inserção rural dos imigrantes.
II – A inserção urbana dos imigrantes foi marcante nas Regiões Norte e Nordeste, onde
os estrangeiros contribuíram para a introdução de novas técnicas agrícolas e para a
mecanização da agricultura.
III – A política imigratória procurava atender aos interesses da cafeicultura paulista que pre-
tendia resolver a escassez de mão de obra com a chegada de trabalhadores europeus.

Está correto o que se afirma em


a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Questão 11 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-


RIA/2016) Leia os fragmentos a seguir.
I – (…) Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assemblea Geral Decretou,
e Nós Queremos a Lei seguinte.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Art.  1º As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e  as estrangei-


ras encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriaes do Brasil,
tendo a seu bordo escravos (…), ou havendo-os desembarcado, serão apprehendidas
pelas Autoridades, ou pelos Navios de guerra brasileiros, e consideradas importadoras
de escravos. Aquellas que não tiverem escravos a bordo, nem os houverem proxima-
mente desembarcado, porêm que se encontrarem com os signaes de se empregarem
no trafico de escravos, serão igualmente apprehendidas, e consideradas em tentativa
de importação de escravos. (Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol.
1 pt 1, p. 182.)
I – (…) Faz saber a todos os Subditos do Império, que a Assembleia Geral Decretou, e Ella
Sanccionou a Lei seguinte: Art.  1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou
portos do Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se: 1º Os escravos matricu-
lados no serviço de embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permitida,
emquanto empregados no serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do
territorio, ou embarcação estrangeira, os quaes serão entregues aos senhores que os
reclamarem, e reexportados para fóra do Brazil. Para os casos da excepção n. 1º, na
visita da entrada se lavrará termo do numero dos escravos, com as declarações neces-
sarias para verificar a identidade dos mesmos, e fiscalisar-se na visita da sahida se a
embarcação leva aquelles, com que entrou. Os escravos, que forem achados depois da
sahida da embarcação, serão apprehendidos, e retidos até serem reexportados. (Cole-
ção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)

Os fragmentos I e II correspondem, respectivamente,


a) à Lei do Ventre Livre e ao Bill Aberdeen.
b) à Lei Eusébio de Queiroz e à Lei Feijó.
c) à Lei Saraiva-Cotegipe e à Lei Nabuco de Araújo.
d) à Lei Nabuco de Araújo e à Lei Eusébio de Queiroz.
e) ao Bill Aberdeen e à Lei Feijó.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

QUESTÕES DE CONCURSOS
Questão 1 1. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR – BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019)
I –

Charge de Manuel de Araújo Porto Alegre de 1837

II – As primeiras caricaturas publicadas no Brasil apareceram (…) sob a forma de litogra-


fias avulsas vendidas em algumas lojas do Rio de Janeiro. Seu tema foi a contratação
do jornalista Justiniano José da Rocha (1812-1863), por um elevadíssimo salário, para
ser o editor do Correio Oficial. A caricatura retrata o mulato Justiniano todo ataviado,
recebendo de joelhos um saco de dinheiro. Em um formato que faz lembrar uma gran-
de cena teatral, essa primeira caricatura chamava a atenção para o fato de um homem
tido como íntegro ter vendido sua pena ao governo. “Honra tenho e probidade/ Que
mais quer d’ um redator?”, dizia um dos versinhos que acompanhavam a imagem.
LUSTOSA, Isabel. No país da piada pronta. Revista de História, 01/03/2009.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Com base na imagem e no texto, pode-se afirmar que, durante o período regencial (1831-
1840), a ampliação da imprensa favoreceu o(a)
a) aumento do racismo.
b) combate à corrupção.
c) ascensão do personalismo.
d) fortalecimento da esfera pública.
e) denegrimento dos mulatos.

Questão 2 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) Leia a notícia a seguir:


“E se alguém te dissesse que o Brasil está longe de ser um país multiétnico? – e que a Copa
do Mundo evidencia isto de uma maneira muito simples? Em um texto publicado na última
terça- feira no jornal inglês The Guardian, o repórter Felipe Araújo faz uma reflexão sobre a
torcida brasileira na Copa do Mundo: ‘Cobrindo a Copa do Mundo como jornalista me encon-
trei participando de um jogo similar ao ‘Onde Está Wally?’, o problema é que a pergunta agora
era mais séria: onde estão os negros? Passei por cinco cidades-sede até o momento e em
todas elas a pergunta para a resposta estava distante de ser respondida – eu até perdi lances
de gol enquanto procurava por negros nas torcidas.’” (Onde estão os negros? Texto do The
Guardian. Pragmatismo político [on-line], 4 jul. 2014.)
A reportagem publicada no jornal inglês abordou, com estranhamento, a flagrante discrepân-
cia entre o número de negros na população brasileira e a quantidade de negros presentes na
torcida brasileira nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014.
Desse ponto de vista, o campeonato futebolístico evidencia que o Brasil é um país racista,
porque a desproporção apontada é consequência histórica da
a) marginalização econômica da maioria da população negra.
b) restrição física ao ingresso de brasileiros negros nos estádios.
c) hostilidade de torcidas organizadas contra negros nas arquibancadas.
d) segregação étnica realizada nos meses anteriores à Copa.
e) cultura de cordialidade entre negros, vítimas de racismo, e  seus agressores brancos e
pardos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 3 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) A Constituição do Império do


Brasil, outorgada por D. Pedro I em 1824, inaugurou formalmente um sistema político-eleito-
ral que sofreu algumas alterações ao longo do período monárquico (1822-1889).
Assinale a opção que caracteriza corretamente uma dessas alterações.
a) 1834 – modificação da Constituição extinguiu o Poder Moderador, assegurando a indepen-
dência dos três poderes.
b) 1840 – interpretação parcial da Reforma Constitucional de 1834, ampliando a autonomia
dos legislativos provinciais.
c) 1847 – criação do cargo de Presidente do Conselho de Ministros, inaugurando o “parla-
mentarismo às avessas”.
d) 1855 – reforma eleitoral denominada “Lei dos Círculos”, extinguindo o voto distrital da
Constituição do Império.
e) 1881 – nova reforma eleitoral conhecida como “Lei Saraiva”, estendendo o direito de voto
aos analfabetos.

Questão 4 (FGV) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou


uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de imple-
mentar as bases para a formação de um império luso-brasileiro na América. Das alternativas
abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino.
a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao
Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João.
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando
início a uma fase de livre-comércio.
c) Ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do impé-
rio passava do centro para a periferia.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias.
e) Ocorreu a Revolução Pernambucana de1817, que defendia o separatismo com o governo
republicano e a manutenção da escravidão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 5 (FGV/VESTIBULAR/2013) A independência, porém, pregou uma peça nessas eli-


tes. Um ano após ser convocada, a Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o im-
perador designou um pequeno grupo para redigir uma Constituição “digna dele”, ou seja, que
lhe garantisse poderes semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação
do Poder Moderador (…) (Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)
Esse poder
a) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocan-
te à administração pública e a ação do Senado.
b) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte
dos deputados provinciais.
c) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de in-
terferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.
d) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia
política e econômica das províncias do Império.
e) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias,
nomear senadores e suspender magistrados.

Questão 6 (ESA/2013) A respeito da Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil Colônia em


1789, pode ser afirmado com correção que
a) a extinção da escravidão no Brasil era defendida pelo movimento inconfidente.
b) entre os projetos dos inconfidentes estava o fechamento dos engenhos e minas.
c) a Coroa Portuguesa propôs a anistia de todos os revoltosos e o perdão das dívidas em tro-
ca da rendição incondicional dos inconfidentes.
d) a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção aurífe-
ra e o aumento da cobrança de impostos.
e) as lideranças do movimento defendiam a extinção da propriedade privada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 7 (ESA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) Em 1798, surgiu na


Bahia um movimento rebelde conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates,
que contou com a participação das camadas sociais mais humildes. Esse movimento
a) pretendia fundar uma universidade e aproveitar as jazidas de ferro da região.
b) contava, no plano político, com elementos adeptos da monarquia constitucional.
c) defendia o estímulo à produção de couro e charque, principais produtos da Bahia.
d) foi o primeiro movimento de rebeldia no Brasil a questionar o Pacto Colonial.
e) defendia a abolição da escravatura e o aumento da remuneração dos soldados.

Questão 8 (ESA/2014) As lutas do período colonial são divididas em Revoltas Nativistas e


Revoltas Emancipacionistas. Entre essas últimas podemos incluir a
a) Revolta de Vila Rica.
b) Revolta de Palmares.
c) Revolta dos Alfaiates.
d) Revolta dos Mascates.
e) Revolta de Amador Bueno.

Questão 9 (ESA/1992) O movimento ocorrido no Brasil, no ano de 1789, e que recebeu in-
fluência das ideias iluministas da Revolução Francesa foi a:
a) Guerra dos Mascates
b) Guerra do Paraguai
c) Revolta de Felipe dos Santos
d) Inconfidência Mineira
e) Revolta de Beckmam

Questão 10 (ESA) Apesar de ligadas ao mesmo cenário político-econômico nacional e in-


ternacional, as conjurações Mineira e Baiana apresentaram algumas diferenças, tais como:
a) a Conjuração Mineira, ao contrário da Baiana, contou com a participação da Maçonaria.
b) a Conjuração Baiana, ao contrário da Mineira, contava com forte aparato policial-militar.
c) a Conjuração Mineira, ao contrário da Baiana, pleiteava a abolição da escravidão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

d) a Conjuração Baiana, ao contrário da Mineira, pretendia incentivar o estudo universitário


no Brasil.
e) a Conjuração Baiana ao contrário da Mineira, apresentou forte participação popular.

Questão 11 (ESPCEX) No início do século XIX, Napoleão Bonaparte ordenou a ocupação de


Portugal, motivando com isso a fuga da família real portuguesa para o Brasil. Esse evento
desencadeou primeiramente a(o)
a) Conjuração Baiana.
b) abdicação de D. Pedro I.
c) elevação do Brasil à categoria de reino Unidos a Portugal e Algarves.
d) introdução das ideias revolucionárias francesas no Brasil.
e) estabelecimento do pacto Colonial.

Questão 12 (ESPCEX/2012) Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição


como ‘chave mestra de toda organização política’. Estava acima dos demais poderes”. (CO-
TRIM, 2009)
O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder
a) Moderador.
b) Justificador.
c) Executivo.
d) Judiciário.
e) Legislativo.

Questão 13 (ESPCEx/2017) “… Caxias tinha visão certa de que pacificar é um esforço por
costurar… de concessões recíprocas, de vontade sincera, tudo voltado para a conciliação…
“ Neto, Jonas Correia em Revista Militar / Edição comemorativa do Bicentenário de Caxias,
2003, pág. 9.
O fragmento de texto acima ressalta uma das características marcantes de Luiz Alves de
Lima e Silva, o Duque de Caxias, evidenciada durante sua carreira militar: ser um pacificador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Das rebeliões listadas abaixo, ocorridas no Brasil durante os 1º e 2º Reinados, as que tiveram
participação efetiva de Caxias foram a
a) Revolta dos Malês; e Questão Religiosa.
b) Sabinada; e Guerra dos Farrapos.
c) Cabanagem; e Revolução Praieira.
d) Conjuração baiana; e Sabinada.
e) Balaiada; e Guerra dos Farrapos.

Questão 14 (ESPCEX/2010) “O exemplo […] britânico e o desejo de preservar politicamente o


monarca levaram à criação, em 1847, do cargo do Conselho de Ministros, escolhido pelo Im-
perador. Se o ministério (ou Conselho de Ministros) não possuísse maioria […], a Câmara seria
dissolvida, convocando-se novas eleições” (BARBEIRO; CANTELE; SCHNEEBERGER, 2007)
Esse sistema utilizado no Brasil, em parte do 2º Reinado, ficou conhecido como
a) Presidencialismo Monárquico.
b) Ditadura Monárquica.
c) Parlamentarismo Tradicional.
d) Parlamentarismo às avessas.
e) Autoritarismo Monárquico.

Questão 15 (ESPECEX/2010)“A Tarifa Alves Branco (decreto de 12 de Agosto de 1844), cria-


da por Manuel Alves Branco (2º Visconde de Caravelas), Ministro da Fazenda do gabinete
liberal que assumiu em 2 de fevereiro de 1844”. (KOSHIBA; PEREIRA, 2003)
ESTE DECRETO
a) reduzia os direitos alfandegários das mercadorias inglesas para 15% ad valorem.
b) barateava os custos para a importação de mercadorias estrangeiras.
c) extinguia as tarifas que favoreciam a Inglaterra e que prejudicavam o crescimento do setor
industrial brasileiro.
d) facilitava a exportação dos derivados da cana-de-açúcar, por deixá-los mais baratos no
mercado internacional.
e) pouco afetava a arrecadação do País, tendo em vista a pequena participação das tarifas
alfandegárias na composição da receita governamental.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 16 (ESPCEX/2009) Leia atentamente os itens abaixo.


I – Transformação do Paraguai na nação mais rica e industrializada da América do Sul.
II – Fortalecimento e modernização do Exército Brasileiro.
III – Transformação da instituição militar brasileira num instrumento de contestação ao
império escravista.
IV – Adoção, pelos integrantes da instituição militar brasileira, de postura favorável à ma-
nutenção da monarquia.
V – Diminuição da dívida externa brasileira.

Assinale a única alternativa em que todos os itens listam consequências da Guerra da Tríplice
Aliança contra o Paraguai.
a) I, IV
b) I, II
c) II e III
d) IV e V
e) II e V

Questão 17 (ESPCEX/2006) O fim do Império Brasileiro foi marcado por contestações ao re-
gime como, por exemplo, a campanha abolicionista e a campanha republicana. Paralelamen-
te, ocorreram duas outras causas da queda da monarquia: a relação Pedroado-Maçonaria e
as ideias criadas pelo francês Auguste Comte, corrente filosófica chamada de Positivismo.
Esses dois conjuntos geraram, respectivamente, a:
a) crise de sucessão do terceiro imperador e a censura dos livros de filosofia
b) perseguição às sociedades secretas e o Problema Servil
c) Corrente Nacionalista e a rejeição do Conde D’Eu como novo monarca
d) Questão Religiosa e a Questão Militar
e) crise do Beneplácito e a queda do Gabinete Liberal

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 18 (ESPCEX/2006) Na província do Rio Grande do Sul, durante o Segundo Reinado,


entre os anos de 1835 a 1845, ocorreu a mais longa revolução da história brasileira: a Revo-
lução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos. Vários são seus motivos,
dentre os quais destacamos o econômico, que foi ocasionado pela
a) crise da cana de açúcar nos territórios gaúchos
b) queda do preço da erva-mate no mercado internacional
c) exploração de jazidas em outros estados
d) taxação elevada do charque no mercado interno
e) baixa cotação da carne suína no mercado externo

Questão 19 (INÉDITA/2020) Em 1834, numa tentativa de harmonizar as diversas forças em


conflito no País, grupos políticos, como o dos moderados, promoveram uma reforma na Cons-
tituição do Império, mediante a promulgação do Ato Adicional. Observe os enunciados abaixo.
I – Criação do Conselho de Estado.
II – Criação das Assembleias Legislativas provinciais.
III – A regência deixava de ser trina para se tornar una.
IV – Fundação do Clube da Maioridade.

Assinale a opção em as afirmativas estão relacionadas ao Ato Adicional.


a) I e II
b) II e IV
c) II e III
d) I e IV
e) III e IV

Questão 20 (ESPCEX/2018) Quase duas décadas depois da Conjuração Baiana, durante a


estada da Família Real portuguesa no Brasil e o governo de D. João VI, ocorreu um levante
emancipacionista em Pernambuco que ficaria conhecido como Revolução Pernambucana.
Um dos motivos desta revolta foi

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

a) o fim do monopólio comercial de Portugal sobre a colônia.


b) a grande seca de 1816.
c) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves.
d) a liberação da atividade industrial no Brasil.
e) a cobrança forçada de impostos atrasados.

Questão 21 (ESPCEX/2019) Ideias republicanas estavam presentes entre os brasileiros há


tempos. No século XVIII, inspiraram movimentos contra o domínio português. Em 1870, um
grupo de políticos lançou, no Rio de Janeiro, o Manifesto Republicano. Os seguintes episó-
dios, ocorridos na segunda metade do século XIX, abalaram o Império Brasileiro. Consideran-
do os seguintes fatos:
I – Questão Militar.
II – Questão de Fronteiras.
III – Questão Religiosa.
IV – Questão da Cisplatina.
V – Questão Abolicionista.

Assinale abaixo a alternativa em que todas as proposições estão corretas no que se refere às
questões que contribuíram para o fim do período Imperial Brasileiro.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e V.
d) III, IV e V.
e) IV e V.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 22 (ESPCEx/2009) “A primeira medida tomada pelo regente D. João, ao chegar ao


Brasil, foi decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.” (SILVA, 1992)
Tal fato
a) significava, na prática, o fim do pacto colonial.
b) prejudicava a Inglaterra, que passaria a sofrer concorrência de outros países no comércio
com o Brasil.
c) contrariava, num primeiro momento, os interesses dos comerciantes brasileiros.
d) beneficiava a França, favorecida pela redução das tarifas alfandegárias nas relações
bilaterais.
e) criava condições igualitárias, quanto à tributação alfandegária, no comércio com Portugal
e com todas as demais nações.

Questão 23 (ESPCEX/2015) Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro
de Alcântara, iniciando-se no Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o
período imperial, a vida política do País passou a ser dominada pelos
a) liberais e conservadores.
b) conservadores e socialistas.
c) liberais e republicanos.
d) comunistas e republicanos.
e) liberais e anarquistas.

Questão 24 (ESPCEx/2012) “Os interesses na região platina levaram o Brasil a participar de


três guerras: contra Oribe e Rosas (presidentes do Uruguai e da Argentina, respectivamente),
contra Aguirre (do Uruguai) e a Guerra do Paraguai.” (COTRIM, 2009)
Sobre esse tema, leia as afirmações abaixo:
I – garantir o direito de navegação pelo rio da Prata, formado pela junção dos rios Paraná
e Uruguai;
II – garantir a permanência de Solano Lopes na presidência do Paraguai;
III – manter o Uruguai como província;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

IV – impedir que a Argentina anexasse o Uruguai;


V – conquistar uma saída para o Oceano Pacífico.

Assinale a única alternativa que apresenta todas as afirmações corretas sobre os objetivos
brasileiros nesses conflitos:
a) I e IV.
b) II, III e V.
c) II e III.
d) I, IV e V.
e) I e III.

Questão 25 (ESPCEx/2013) “O mais duradouro movimento rebelde do Império foi a Revolu-


ção Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina entre 1835-1845. […] Em
1836, após importantes vitórias sobre as tropas legalistas, os  farroupilhas proclamaram a
República Rio Grandense”. Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias, é en-
viado pelo Império para comandar as forças legalistas. A atuação de Caxias pacificou a região
já no ano de 1845.
Abaixo são listadas algumas medidas que poderiam ser utilizadas para solução do conflito:
I – Repressão violenta com prisão e fuzilamento de todos os líderes do movimento
farroupilha.
II – Aumento de taxas de importação do charque platino para tornar o similar rio-granden-
se-do-sul mais competitivo no mercado nacional.
III – Cerco impiedoso sobre as maiores cidades rebeladas provocando a morte de milhares
de civis, minando a moral do inimigo e levando os insurretos à rendição.
IV – Incorporação ao Exército Brasileiro de comandantes farroupilhas com os mesmos
postos que ocupavam nas tropas rebeldes.
V – Reconhecimento, pelo governo imperial, da liberdade dos escravos que lutaram na re-
volução como soldados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 94 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Na ocasião, Caxias propôs


a) todas as medidas acima listadas.
b) apenas as medidas I, II e III.
c) apenas as medidas I, III e IV.
d) apenas as medidas II, III e V.
e) apenas as medidas II, IV e V.

Questão 26 (ESPCEX/2011) Sobre a Proclamação da República, a  tradição historiográfica


relaciona três questões responsáveis pela queda da monarquia: a questão servil (escravidão),
a religiosa e a militar.
Leia atentamente os itens abaixo.
I – I – Segundo o regime de padroado, cabia ao imperador a escolha dos clérigos para os
cargos importantes da igreja.
II – A igreja afastou-se do governo imperial, após D. Pedro II ter ordenado aos padres afas-
tarem-se da maçonaria.
III – A Lei Saraiva-Cotegipe estabelecia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de
idade, tendo um alcance extremamente positivo na luta contra a escravidão no Brasil,
pois na prática colocava em liberdade imediata um grande contingente de escravos
que já tinham atingido a idade.
IV – Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel promulgou a Lei do Ventre Livre, declarando
extinta a escravidão no Brasil.
V – O Exército Brasileiro tomou consciência de sua importância após a guerra do Paraguai.

Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características corretas.


a) I, II e V.
b) II e IV.
c) III, IV e V.
d) II, III e IV.
e) I e V.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 95 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 27 (ESPCEX/2007) A participação do Exército Brasileiro, com respaldo em seu pres-


tígio, foi fundamental para a queda do Império e, consequentemente, para a proclamação da
República.
O fato que mais contribuiu para o aumento do prestígio militar, no final do Século XIX, foi a
a) Guerra da Tríplice Aliança.
b) Questão escravocrata.
c) Intervenção contra Aguirre.
d) Questão Christie.
e) Intervenção contra Rosas e Oribe.

Questão 28 (ESPCEX/2007) A Família Real Portuguesa, fugindo das tropas de Napoleão Bo-
naparte, trouxe para o Brasil uma corte parasitária, composta por 15.000 pessoas. Para cus-
teá-la, as despesas com o serviço público aumentaram e o governo, para compensar, criou
novos impostos, o  que gerou protestos organizados e um movimento armado de grandes
proporções.

Tal movimento foi a

a) Revolução Constitucionalista do Porto.

b) Revolução Pernambucana.

c) Conjuração Baiana.

d) Cabanagem.

e) Conjuração dos Alfaiates.

Questão 29 (ESPCEX/2007) Durante o Segundo Reinado no Brasil, surgiu em Pernambuco,

no ano de 1848, um movimento popular que uniu “pessoas de várias tendências, sobretudo

progressistas, inconformadas com o quadro político-social de sua província.” (BARBEIRO;

CANTELE; SCHNEEBERGER, 2005, p. 347).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 96 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Tal movimento é conhecido como a


a) Revolta dos Mascates.
b) Cabanagem.
c) Sabinada.
d) Revolução Praieira
e) Balaiada.

Questão 30 (ESPCEX/2008) De 1831 a 1840, o Brasil vivenciou um período (…) em que dife-
rentes grupos disputavam o poder. Como resultado, instalou-se um clima de grande instabili-
dade que propiciou a irrupção de conflitos em inúmeros pontos do país.” (KOSHIBA; PEREIRA,
2003) A cabanagem foi um dos conflitos ocorrido nesse período.
Assinale a alternativa que corresponde a tal conflito.
a) Ocorreu no atual estado do Rio Grande do Sul, liderado pelos criadores de gado das fron-
teiras com o Uruguai.
b) Foi planejado e contava com participantes que haviam tido experiências anteriores de com-
bates na África, e objetivava promover a independência de Salvador e do Recôncavo Baiano.
c) Foi um movimento conduzido por camadas populares do atual estado do Pará, que viviam
marginalizadas na Região Amazônica.
d) Foi uma rebelião contra o poder central, ocorrida na Bahia, e que contava com a camada
média da sociedade baiana.
e) Ocorreu no atual estado do Maranhão e foi conduzida por um grupo de vaqueiros que visa-
va combater os privilégios dos cidadãos de origem portuguesa e o absolutismo de D. Pedro.

Questão 31 (ESPCEX/2008) A Confederação do Equador, proclamada em 2 de julho de 1824,


por Manuel de Carvalho,
a) contou com a adesão dos estados da atual região Norte do Brasil.
b) adotava provisoriamente a Constituição dos Estados Unidos da América.
c) mostrava-se sintonizada com o poder central, representado por D. Pedro.
d) defendia a instituição de uma monarquia constitucional.
e) buscava a organização de um governo representativo e republicano.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 97 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 32 (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) A elevação do Bra-


sil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves foi uma medida tomada pelo Regente
D. João, com o objetivo
a) de aumentar seu poder pessoal, pois ele passou a dominar um Império que englobava as
colônias espanholas na América.
b) de unificar as Coroas de Portugal e Espanha, que era denominada pelos portugueses de
país de Algarves.
c) de melhorar a defesa do Brasil contra as constantes invasões de franceses e ingleses, que
saqueavam as nossas cidades litorâneas.
d) de obter o reconhecimento da dinastia de Bragança por parte do Congresso de Viena, reu-
nido na Europa e dirigido pelos países que derrotaram Napoleão.
e) de satisfazer a cobiça das elites brasileiras, que, com essa medida, tiveram acesso às mi-
nas de prata de Potosí, na Bolívia.

Questão 33 (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) No ano de 1817, na


Província de Pernambuco, deu-se uma revolta contra o governo de D. João VI que ficou co-
nhecida como
a) Revolução Liberal.
b) Cabanagem.
c) Confederação do Equador.
d) Revolta dos Alfaiates.
e) Revolução Pernambucana.

Questão 34 (ESSA/2011) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algar-


ves, em 1815, está ligada ao(à):
a) desejo de D. João de agradar os ingleses.
b) projeto de implantação do regime monárquico no país.
c) assinatura do Tratado de Fontenebleau com a Espanha.
d) ação das sociedades maçônicas estabelecidas no Rio de Janeiro.
e) necessidade de legitimar a representação de Portugal no Congresso de Viena.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 98 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 35 (ESSA/2015) Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal
e Algarves. Na prática:
a) foi a causa da Inconfidência Mineira.
b) nada significou para o Brasil.
c) provocou enorme satisfação em Portugal.
d) o Brasil volta à condição de colônia.
e) o Brasil adquiria autonomia administrativa.

Questão 36 (ESSA/2014) O Alvará de 1º de abril de 1808 revogou o Alvará de 1785 de D.


Maria I, que proibia a manufatura na colônia. O Brasil estava autorizado a desenvolver ma-
nufaturas. Contudo havia dois fatores que se tornaram um obstáculo ao desenvolvimento da
indústria brasileira, os quais eram o/a (os/as)
a) escravidão e concorrência inglesa.
b) interesses dos cafeicultores e pecuaristas.
c) interesses dos mineradores e dos produtores de açúcar.
d) concorrência holandesa e os interesses dos cafeicultores.
e) concorrência dos EUA e interesses dos produtores de café.

Questão 37 (ESSA/2013) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, deter-
minou que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios
foram a
a) Guiana Francesa e a França Antártica.
b) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.
c) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.
d) Guiana Inglesa e a França Antártica.
e) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.

Questão 38 (ESSA/2006) A independência Brasileira foi um processo liderado, em grande


parte, pelos setores sociais que mais se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais. Es-
ses setores eram formados pelo(s):

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 99 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

a) Profissionais liberais e trabalhadores urbanos.


b) Grandes proprietários de terra e grandes comerciantes
c) Alto clero e pequenos proprietários rurais.
d) Funcionários públicos e alto clero.
e) Farroupilhas e baixo clero.

Questão 39 (ESSA/2007) No dia 22 de janeiro de 1808, D. João chegou à Bahia. Seis dias
depois, cumpriu o que havia prometido aos ingleses ao:
a) Elevar o Brasil a categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.
b) Decretar o Bloqueio Continental contra a França.
c) Permitir a indústria no Brasil.
d) Decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
e) Decretar o Tratado de Tordesilhas.

Questão 40 (ESA) A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que pode ser ca-
racterizado como:
a) Ter contado coma participação de portugueses e espanhóis na luta contra holandeses.
b) Ter sido um movimento que não sofreu influência dos ideais de liberdade surgidos na Inde-
pendência dos Estados Unidos da América.
c) um movimento que provocou descontentamento entre os portugueses por causa da con-
tenção de despesas de D. João VI, que não concedeu privilégios aos próprios portugueses.
d) o único movimento em que os revoltosos não instalaram um governo provisório nem de-
fenderam o ideal republicano.
e) o movimento que contribuiu decisivamente no processo de independência política do Brasil.

Questão 41 (ESSA/1975) Forçado a sair de Portugal, ao chegar à Bahia, D. João assinou a


Carta Régia, pela qual:
a) elevou o Brasil à categoria de Reino Unido
b) mandou invadir a Guiana Francesa
c) abriu os portos brasileiros às nações amigas
d) revogou as restrições impostas às indústrias

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 100 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 42 (ESA/2016) A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos africanos, mui-
tos dos quais eram muçulmanos, ocorrido em 1835 na seguinte província:
a) Maranhão
b) Grão-Pará
c) Bahia
d) Pernambuco
e) Minas Gerais

Questão 43 (ESA/2016) O item da pauta de exportação brasileira do Segundo Reinado que


foi considerado um importante fator de modernização da economia foi:
a) O Tabaco.
b) O Café.
c) A Cana de Açúcar.
d) A Soja.
e) O Trigo

Questão 44 (ESA/2015) A primeira constituição do Brasil, de 1824, estabelecia uma orga-


nização do sistema político em quatro poderes. Além dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, havia o poder:
a) Absoluto.
b) Hierárquico.
c) Moderador.
d) Régio.
e) Patriarcal.

Questão 45 (ESA/2015) A Lei de Terras (1850) regulamentou questões relacionadas à pro-


priedade privada da terra e a mão de obra agrícola. Tal legislação atendeu aos interesses dos
grandes fazendeiros da região sudeste, que cultivavam:
a) cacau.
b) cana de açúcar.
c) soja.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 101 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

d) café.
e) algodão.

Questão 46 (ESA/2014) Em resposta ao ataque paraguaio à província de Corrientes, em


1865, foi assinado um tratado que deu origem à Tríplice Aliança. Os países que fizeram parte
desta Tríplice Aliança foram:
a) Argentina, Brasil e Chile.
b) Argentina, Brasil e Uruguai.
c) Brasil, Uruguai e Paraguai.
d) Brasil, Argentina e Chile.
e) Paraguai, Chile e Argentina.

Questão 47 (ESA/2013) Entre as causas da Guerra da Tríplice Aliança temos a (o):


a) disputa pela livre navegação na Bacia do Prata.
b) controle sobre as exportações de prata e estanho vindos da Bolívia.
c) interesse da Inglaterra em dominar o mercado de exportação de erva-mate.
d) desejo do presidente Solano Lopez em anexar o Uruguai.
e) apresamento do Navio Marquês de Olinda, que levava o presidente da província de São
Paulo.

Questão 48 (ESA/2012) Em 1831, durante o Período Regencial, em resposta às agitações


militares e populares, criou-se pelos moderados o (a)
a) Guarda Nacional.
b) Conselho de Estado.
c) Clube da Maioridade.
d) Regência Una de Feijó.
e) Código do Processo Criminal.

Questão 49 (ESA/2011) No dia 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou a primeira Consti-


tuição brasileira, que tinha como características o(a)
a) religião católica e voto universal.
b) Poder Moderador e Senado vitalício.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 102 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

c) liberdade administrativa às províncias e voto censitário.


d) magistrados nomeados pelo imperador e religião protestante.
e) voto extensivo às mulheres e Poder Moderador.

Questão 50 (ESA/2010) Em 1845, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen. Com relação a esse
ato é correto afirmar:
a) concedia à Inglaterra o direito de monopolizar o tráfico negreiro par o Brasil.
b) determinava a substituição da mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre.
c) era declarado legal o aprisionamento de qualquer navio negreiro, bem como o julgamento
dos traficantes pela marinha inglesa.
d) elevava violentamente as taxas alfandegárias sobre os produtos brasileiros.
e) visava à eliminação da concorrência que a agricultura escravista brasileira representava.

Questão 51 (ESA/2010) A decretação da cobrança da Tarifa Alves Branco (1844) levou o


governo Imperial a:
a) falência do Banco do Brasil.
b) um aumento da tributação sobre as importações
c) proibir o tráfico de escravos
d) decretar o fim do Tratado de Methuen.
e) incentivar as importações de produtos.

Questão 52 (ESA/2009) Um dos fatores que contribuiu para a abdicação de D. Pedro em


Abril de 1831:
a) A promulgação do Ato Adicional
b) O conflito entre brasileiros e portugueses no Rio de Janeiro, chamado de “Noite das Garrafadas”
c) Independência da Colônia Brasileira.
d) A criação da Assembleia Constituinte a qual reiterava o poder das mãos do lusitano Pedro I.
e) O poder Moderador exclusivo do Período Regencial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 103 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 53 (ESA/2008) Uma das principais causas da Revolução Farroupilha foram as(os):
a) precárias condições de vida dos ribeirinhos amazônicos.
b) problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos.
c) divergências entre senhores de engenho e escravos na Bahia.
d) péssimas condições de saneamento básico no Rio de Janeiro.
e) problemas de relacionamento entre membros do partido liberal paulista e a regência.

Questão 54 (ESA/2007) Sobre os partidos políticos que dominaram o cenário político brasi-
leiro na primeira metade do século XIX, é correto afirmar que:
a) o Partido Restaurador se extinguiu após a morte de D. Pedro I, em 1834.
b) os Liberais Exaltados defendiam o governo monárquico no Brasil e a centralização do poder.
c) o Partido Conservador era contrário ao ideário político liberalista – constituição e voto.
d) o Partido Brasileiro era favorável à abolição da escravatura.
e) os Liberais Moderados defendiam o federalismo.

Questão 55 (ESSA/1975) Exerceu grande influência na regência de D. Pedro, após o episódio


do Fico, o Patriarca da Independência:
a) José Clemente Pereira
b) Antônio Dias
c) Martin Francisco
d) José Bonifácio

Questão 56 (ESSA/1978) O partido político que, durante o início do Segundo Império pro-
pugnou por uma maior autonomia das províncias foi o:
a) Conservador
b) Timbira
c) Liberal
d) Republicano Paulista

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 104 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 57 (UFPR/TJ-SC/AGENTE DE PORTARIA E COMUNICAÇÃO/2005) Outorgar uma


Constituição significa que a mesma não é elaborada por uma Assembleia Constituinte, onde
os interesses do povo não estão assegurados. Portanto, ela assume características ditatoriais.
Dentre as Constituições abaixo relacionadas, assinale aquela que foi outorgada no Brasil:
a) 1891
b) 1934
c) 1946
d) 1824

Questão 58 (UFPR/TJ-SC/AGENTE DE PORTARIA E COMUNICAÇÃO/2005) O primeiro país a


reconhecer a independência brasileira, foi:
a) Estados Unidos da América do Norte
b) Inglaterra
c) Portugal
d) França

Questão 59 (UFPR/POLÍCIA CIVIL – PR/AUXILIAR DE ANATOMIA E NECROPSIA/2007) O pe-


ríodo de governo da Trina Provisória à Regência Una, de 1831 a 1840, foi marcado por impas-
ses, mudanças e rebeliões. Sobre esse período, considere as afirmativas a seguir:
1. A  oposição ao governo se organizou logo no início da Regência, com os monarquistas
reformistas, federalistas e republicanos (farroupilhas), pela esquerda, pedindo mudanças na
Constituição, e os conservadores brasileiros e portugueses (caramurus), pela direita, exigindo
a volta de D. Pedro I.
2. Em meio às manifestações de rua, motins, conspirações e levantes militares, o  governo
criou a Guarda Nacional, em substituição às antigas milícias e ordenanças, para atuar como
força policial no meio rural e como auxiliar do Exército, além de promulgar o Código de Pro-
cesso Criminal.
3. Após a abdicação de D. Pedro I, a situação política e o quadro partidário ficaram bastante
estáveis em todo o país, o que levou o governo regencial a preparar o caminho para a conso-
lidação do governo republicano.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 105 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

4. A  antecipação da maioridade de D. Pedro II, para que ele assumisse o trono aos quinze
anos, propiciou o recrudescimento das lutas e revoltas que ameaçavam o governo imperial.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Questão 60 (UFPR/VESTIBULAR/2.2017) A Guerra do Paraguai foi marcante para a história


dos países envolvidos. Sobre esse contexto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as
seguintes afirmativas:
I – ( ) Na Argentina, onde se abasteciam o Exército e a Marinha imperiais, a economia foi
dinamizada, o que enriqueceu muitos fazendeiros e comerciantes.
II – ( ) Em 01 de maio de 1865 foi assinado o Tratado da Tríplice Aliança, envolvendo Brasil,
Argentina e Uruguai, contra o governo do Paraguai.
III – ( ) O início da guerra foi marcado pela ofensiva paraguaia aos territórios uruguaio
(Montevidéu), argentino (Buenos Aires) e brasileiro (Goiás).
IV – ( ) A batalha do Riachuelo ocorreu em um trecho do rio Paraná, envolvendo embarca-
ções paraguaias que atacaram navios brasileiros.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.


a) V – V – V – F.
b) F – F – F – V.
c) F – V – V – F.
d) V – V – F – V.
e) V – F – F – V.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 106 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 61 (UFPR/TJ-SC/AUXILIAR DE COMARCA/2005) A abolição da escravatura e a imi-


gração relacionaram-se diretamente, pois o imigrante europeu foi responsável pela instituição
do trabalho livre e pelo desenvolvimento de vastas áreas do país, substituindo o trabalho escra-
vo. Assinale a alternativa que indica a que está relacionada a imigração europeia mais intensa:
a) Aos problemas decorrentes da crise do sistema escravista que vigorava no país.
b) Aos interesses de desenvolver a indústria do país, via trabalho livre.
c) À eliminação do caráter monocultor e exportador do país.
d) À expansão da atividade pecuarista no centro-sul do Brasil.

Questão 62 (UFPR/VESTIBULAR/2020) Em 1888, a  princesa Isabel, filha do imperador do


Brasil, Pedro 2º, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição […]. A  decisão veio após mais
de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para
o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho. (Amanda Rossi e Camilla Costa,
postado em 13 de maio de 2018 – BBC Brasil em São Paulo. Disponível em: https://www.bbc.
com/portuguese/brasil-44091469. Acesso em 25 de junho de 2019.)
De acordo com o trecho acima, considere as seguintes afirmativas:
1. A chamada “Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel, não pode ser vista como uma con-
cessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou
com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro.
2. No período imediato que sucedeu à abolição, os libertos puderam contar com medidas de
apoio na forma de distribuição de pequenos lotes de terra, tal como aconteceu nos Estados
Unidos após a Guerra Civil, com a chamada “Reconstrução”.
3. Escravizados e escravizadas receberam apoio de muitos setores da sociedade da época li-
gados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escrava e advogado autodidata,
um dos personagens mais célebres e atuantes, empenhando-se na libertação de centenas de
cativos e cativas.
4. Os segmentos da sociedade adeptos do regime escravista defendiam a “emancipação gra-
dual” e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desor-
ganização econômica e provocasse o caos social.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 107 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Questão 63 (AOCP/IBC/PROF. HISTÓRIA/2012) Nas décadas finais do Império, ocorreram


importantes transformações na economia brasileira, notadamente nos complexos açucareiro
e cafeeiro, os quais definiram a participação da produção brasileira no mercado mundial do
século XIX. A respeito da supremacia do complexo cafeeiro durante o final do Brasil imperial,
assinale a alternativa correta.
a) Antes de se estabelecer a hegemonia do complexo cafeeiro, o Brasil vivenciou uma econo-
mia pautada unicamente por uma economia de exportação de matéria-prima.
b) A economia diversificada que precedeu a cafeicultura alargou as fronteiras do país para
além do nordeste e permitiu o investimento para a lavoura do café.
c) A grande dificuldade de se conseguir investimentos para a lavoura do café era o fato da
economia açucareira ainda se encontrar em alta no mercado.
d) A mão de obra não foi problema para os cafeicultores, pois desde o início puderam contar
com a mão de obra assalariada de imigrantes europeus.
e) A introdução de trabalho livre na cafeicultura permitia aos cafeicultores obter lucros na
concorrência mundial propiciando preços baixos no mercado externo.

Questão 64 (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE FUNDÃO/PROF. DE HISTÓRIA/2014) O Po-


sitivismo, ciência sistematizada por Augusto Comte, no século XIX, está ligada diretamente à
qual dos eventos a seguir?
a) A Independência do Brasil, em 1822.
b) A abolição da escravidão, em 1888.
c) A Proclamação da República, em 1889.
d) A Revolta da Chibata, em 1910.
e) Ao Movimento Operário, em 1917.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 108 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

GABARITO
1. d 28. b 55. d
2. a 29. d 56. c
3. c 30. c 57. d
4. d 31. e 58. a
5. e 32. d 59. a
6. d 33. e 60. d
7. e 34. e 61. a
8. c 35. e 62. d
9. d 36. a 63. a
10. e 37. c 64. c
11. c 38. b
12. a 39. d
13. e 40. e
14. d 41. c
15. c 42. c
16. c 43. b
17. d 44. c
18. d 45. d
19. c 46. b
20. b 47. a
21. c 48. a
22. a 49. b
23. a 50. c
24. a 51. b
25. e 52. b
26. e 53. b
27. a 54. a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 109 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR – BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019)
I –

Charge de Manuel de Araújo Porto Alegre de 1837

II – As primeiras caricaturas publicadas no Brasil apareceram (…) sob a forma de litogra-


fias avulsas vendidas em algumas lojas do Rio de Janeiro. Seu tema foi a contratação
do jornalista Justiniano José da Rocha (1812-1863), por um elevadíssimo salário, para
ser o editor do Correio Oficial. A caricatura retrata o mulato Justiniano todo ataviado,
recebendo de joelhos um saco de dinheiro. Em um formato que faz lembrar uma gran-
de cena teatral, essa primeira caricatura chamava a atenção para o fato de um homem
tido como íntegro ter vendido sua pena ao governo. “Honra tenho e probidade/ Que
mais quer d’ um redator?”, dizia um dos versinhos que acompanhavam a imagem.
LUSTOSA, Isabel. No país da piada pronta. Revista de História, 01/03/2009.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 110 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Com base na imagem e no texto, pode-se afirmar que, durante o período regencial (1831-
1840), a ampliação da imprensa favoreceu o(a)
a) aumento do racismo.
b) combate à corrupção.
c) ascensão do personalismo.
d) fortalecimento da esfera pública.
e) denegrimento dos mulatos.

Letra d.
Querido(a), muito cuidado! Está questão é de interpretação de texto. A ampliação da imprensa
favoreceu sobremaneira o fortalecimento da esfera pública na medida em que aumentou o
acesso à informação sobre as políticas tomadas pelo governo brasileiro.

Questão 2 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) Leia a notícia a seguir:


“E se alguém te dissesse que o Brasil está longe de ser um país multiétnico? – e que a Copa
do Mundo evidencia isto de uma maneira muito simples? Em um texto publicado na última
terça- feira no jornal inglês The Guardian, o repórter Felipe Araújo faz uma reflexão sobre a
torcida brasileira na Copa do Mundo: ‘Cobrindo a Copa do Mundo como jornalista me encon-
trei participando de um jogo similar ao ‘Onde Está Wally?’, o problema é que a pergunta agora
era mais séria: onde estão os negros? Passei por cinco cidades-sede até o momento e em
todas elas a pergunta para a resposta estava distante de ser respondida – eu até perdi lances
de gol enquanto procurava por negros nas torcidas.’” (Onde estão os negros? Texto do The
Guardian. Pragmatismo político [on-line], 4 jul. 2014.)
A reportagem publicada no jornal inglês abordou, com estranhamento, a flagrante discrepân-
cia entre o número de negros na população brasileira e a quantidade de negros presentes na
torcida brasileira nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014.
Desse ponto de vista, o campeonato futebolístico evidencia que o Brasil é um país racista,
porque a desproporção apontada é consequência histórica da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 111 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

a) marginalização econômica da maioria da população negra.


b) restrição física ao ingresso de brasileiros negros nos estádios.
c) hostilidade de torcidas organizadas contra negros nas arquibancadas.
d) segregação étnica realizada nos meses anteriores à Copa.
e) cultura de cordialidade entre negros, vítimas de racismo, e  seus agressores brancos e
pardos.

Letra a.
Questão exige conhecimento acerca do processo da abolição da escravatura. Como vimos,
não houve uma política social para os ex-excravos após o fim da escravidão. Essas políticas
sociais somente surgiram em finais do século XX, com o programa Bolsa Família de Fernando
Henrique Cardoso e com o sistema de cotas, já no Governo Lula.

Questão 3 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) A Constituição do Império do


Brasil, outorgada por D. Pedro I em 1824, inaugurou formalmente um sistema político-eleito-
ral que sofreu algumas alterações ao longo do período monárquico (1822-1889).
Assinale a opção que caracteriza corretamente uma dessas alterações.
a) 1834 – modificação da Constituição extinguiu o Poder Moderador, assegurando a indepen-
dência dos três poderes.
b) 1840 – interpretação parcial da Reforma Constitucional de 1834, ampliando a autonomia
dos legislativos provinciais.
c) 1847 – criação do cargo de Presidente do Conselho de Ministros, inaugurando o “parla-
mentarismo às avessas”.
d) 1855 – reforma eleitoral denominada “Lei dos Círculos”, extinguindo o voto distrital da
Constituição do Império.
e) 1881 – nova reforma eleitoral conhecida como “Lei Saraiva”, estendendo o direito de voto
aos analfabetos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 112 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra c.
A partir de 1847 foi criado o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, de tal modo que
o Imperador era responsável por esta escolha. No parlamentarismo clássico, quem escolhe o
Primeiro Ministro é o legislativo através de eleições.

Questão 4 (FGV) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou


uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de imple-
mentar as bases para a formação de um império luso-brasileiro na América. Das alternativas
abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino.
a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao
Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João.
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando
início a uma fase de livre-comércio.
c) Ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do impé-
rio passava do centro para a periferia.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias.
e) Ocorreu a Revolução Pernambucana de1817, que defendia o separatismo com o governo
republicano e a manutenção da escravidão.

Letra d.
A abertura dos portos brasileiros não foi acompanhada pelo oferecimento de isenção impos-
tos a Inglaterra. Na verdade, os ingleses foram beneficiados com o pagamento de uma taxa
preferencial, menor em relação à de outros países que poderiam comercializar com o Brasil,
a partir dos Tratados Comerciais de 1810.

Questão 5 (FGV/VESTIBULAR/2013) A independência, porém, pregou uma peça nessas eli-


tes. Um ano após ser convocada, a Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o im-
perador designou um pequeno grupo para redigir uma Constituição “digna dele”, ou seja, que

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 113 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

lhe garantisse poderes semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação
do Poder Moderador (…) (Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)
Esse poder
a) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocan-
te à administração pública e a ação do Senado.
b) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte
dos deputados provinciais.
c) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de in-
terferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.
d) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia
política e econômica das províncias do Império.
e) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias,
nomear senadores e suspender magistrados.

Letra e.
O Poder Moderador, na prática, dava ao Imperador poderes absolutistas disfarçados de cons-
titucionais.

Questão 6 (ESA/2013) A respeito da Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil Colônia em


1789, pode ser afirmado com correção que
a) a extinção da escravidão no Brasil era defendida pelo movimento inconfidente.
b) entre os projetos dos inconfidentes estava o fechamento dos engenhos e minas.
c) a Coroa Portuguesa propôs a anistia de todos os revoltosos e o perdão das dívidas em tro-
ca da rendição incondicional dos inconfidentes.
d) a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção aurífe-
ra e o aumento da cobrança de impostos.
e) as lideranças do movimento defendiam a extinção da propriedade privada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 114 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra d.
O contexto histórico em que ocorreu a Inconfidência Mineira foi marcado, sobretudo, pela di-
minuição da produção aurífera (de ouro) e a crescente cobrança de impostos (o quinto, com
a declaração da “derrama”).

Questão 7 (ESA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) Em 1798, surgiu na


Bahia um movimento rebelde conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates,
que contou com a participação das camadas sociais mais humildes. Esse movimento
a) pretendia fundar uma universidade e aproveitar as jazidas de ferro da região.
b) contava, no plano político, com elementos adeptos da monarquia constitucional.
c) defendia o estímulo à produção de couro e charque, principais produtos da Bahia.
d) foi o primeiro movimento de rebeldia no Brasil a questionar o Pacto Colonial.
e) defendia a abolição da escravatura e o aumento da remuneração dos soldados.

Letra e.
Estas eram as principais causas da revolta, que contava com muitos escravos em suas fileiras.

Questão 8 (ESA/2014) As lutas do período colonial são divididas em Revoltas Nativistas e


Revoltas Emancipacionistas. Entre essas últimas podemos incluir a
a) Revolta de Vila Rica.
b) Revolta de Palmares.
c) Revolta dos Alfaiates.
d) Revolta dos Mascates.
e) Revolta de Amador Bueno.

Letra c.
A Revolta dos Alfaiates, também conhecida como Conjuração Baiana, foi a única revolta lista-
da na questão que, ao lado da Inconfidência Mineira e da Insurreição Pernambucana de 1817,
defendeu a emancipação do Brasil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 115 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 9 (ESA/1992) O movimento ocorrido no Brasil, no ano de 1789, e que recebeu in-
fluência das ideias iluministas da Revolução Francesa foi a:
a) Guerra dos Mascates
b) Guerra do Paraguai
c) Revolta de Felipe dos Santos
d) Inconfidência Mineira
e) Revolta de Beckmam

Letra d.
Dos movimentos listados, a Inconfidência Mineira foi a única influenciada pelo iluminismo,
além de ser a única ocorrida em 1789.

Questão 10 (ESA) Apesar de ligadas ao mesmo cenário político-econômico nacional e in-


ternacional, as conjurações Mineira e Baiana apresentaram algumas diferenças, tais como:
a) a Conjuração Mineira, ao contrário da Baiana, contou com a participação da Maçonaria.
b) a Conjuração Baiana, ao contrário da Mineira, contava com forte aparato policial-militar.
c) a Conjuração Mineira, ao contrário da Baiana, pleiteava a abolição da escravidão.
d) a Conjuração Baiana, ao contrário da Mineira, pretendia incentivar o estudo universitário
no Brasil.
e) a Conjuração Baiana ao contrário da Mineira, apresentou forte participação popular.

Letra e.
As principais diferenças entre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana são que a pri-
meira pretendia manter a escravidão e foi organizada pelas elites, enquanto a segunda foi
marcada pela intensa participação popular e visava à abolição da escravidão.

Questão 11 (ESPCEX) No início do século XIX, Napoleão Bonaparte ordenou a ocupação de


Portugal, motivando com isso a fuga da família real portuguesa para o Brasil. Esse evento
desencadeou primeiramente a(o)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 116 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

a) Conjuração Baiana.
b) abdicação de D. Pedro I.
c) elevação do Brasil à categoria de reino Unidos a Portugal e Algarves.
d) introdução das ideias revolucionárias francesas no Brasil.
e) estabelecimento do pacto Colonial.

Letra c.
Note que o enunciado da questão pede qual dos acontecimentos listados nas alternativas
ocorreu primeiro. Nesse sentido, a elevação do Brasil à categoria de Reino é a alternativa a ser
marcada. Ademais, a Conjuração Baiana ocorreu antes da chegada da família real ao Brasil
e, uma das primeiras medidas tomadas por D. João ao pisar em terras brasileiras, foi romper
com o pacto colonial através da Abertura dos Portos. Também, a introdução das ideias revo-
lucionárias francesas ocorreu antes da chega de D. João. Exemplo disso é a influência dos
ideais iluministas na Inconfidência Mineira e na Conjuração Baiana.

Questão 12 (ESPCEX/2012) Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição


como ‘chave mestra de toda organização política’. Estava acima dos demais poderes”. (CO-
TRIM, 2009)
O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder
a) Moderador.
b) Justificador.
c) Executivo.
d) Judiciário.
e) Legislativo.

Letra a.
O Poder Moderador foi uma estratégia de Dom Pedro para, na prática, exercer um poder abso-
lutista disfarçado de constitucional, tendo supremacia sobre os demais poderes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 117 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 13 (ESPCEx/2017) “… Caxias tinha visão certa de que pacificar é um esforço por
costurar… de concessões recíprocas, de vontade sincera, tudo voltado para a conciliação…
“ Neto, Jonas Correia em Revista Militar / Edição comemorativa do Bicentenário de Caxias,
2003, pág. 9.
O fragmento de texto acima ressalta uma das características marcantes de Luiz Alves de
Lima e Silva, o Duque de Caxias, evidenciada durante sua carreira militar: ser um pacificador.
Das rebeliões listadas abaixo, ocorridas no Brasil durante os 1º e 2º Reinados, as que tiveram
participação efetiva de Caxias foram a
a) Revolta dos Malês; e Questão Religiosa.
b) Sabinada; e Guerra dos Farrapos.
c) Cabanagem; e Revolução Praieira.
d) Conjuração baiana; e Sabinada.
e) Balaiada; e Guerra dos Farrapos.

Letra e.
Luís Alves de Lima e Silva, o Pacificador, participou ativamente na repressão de levantes se-
paratistas da Regência. Durante a Balaiada (1838-41), no Maranhão, a retomada da Vila de
Caxias rendeu-lhe o título de “Barão de Caxias”. Em 1845, Caxias foi destacado para coman-
dar as tropas na contenção da Farroupilha, encerrando o conflito com a assinatura do Tratado
Paz de Poncho Verde, por meio do qual a paz foi selada sem vencedores.

Questão 14 (ESPCEX/2010) “O exemplo […] britânico e o desejo de preservar politicamente o


monarca levaram à criação, em 1847, do cargo do Conselho de Ministros, escolhido pelo Im-
perador. Se o ministério (ou Conselho de Ministros) não possuísse maioria […], a Câmara seria
dissolvida, convocando-se novas eleições” (BARBEIRO; CANTELE; SCHNEEBERGER, 2007)
Esse sistema utilizado no Brasil, em parte do 2º Reinado, ficou conhecido como
a) Presidencialismo Monárquico.
b) Ditadura Monárquica.
c) Parlamentarismo Tradicional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 118 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

d) Parlamentarismo às avessas.
e) Autoritarismo Monárquico.

Letra d.
Chama-se parlamentarismo às avessas porque no parlamentarismo clássico é o legislativo
que escolhe do Primeiro Ministro. No caso brasileiro, era o imperador quem escolhia quem
ocuparia o caro no Conselho de Ministros.

Questão 15 (ESPCEX/2010)“A Tarifa Alves Branco (decreto de 12 de Agosto de 1844), criada


por Manuel Alves Branco (2º Visconde de Caravelas), Ministro da Fazenda do gabinete liberal
que assumiu em 2 de fevereiro de 1844”. (KOSHIBA; PEREIRA, 2003)
ESTE DECRETO
a) reduzia os direitos alfandegários das mercadorias inglesas para 15% ad valorem.
b) barateava os custos para a importação de mercadorias estrangeiras.
c) extinguia as tarifas que favoreciam a Inglaterra e que prejudicavam o crescimento do setor
industrial brasileiro.
d) facilitava a exportação dos derivados da cana-de-açúcar, por deixá-los mais baratos no
mercado internacional.
e) pouco afetava a arrecadação do País, tendo em vista a pequena participação das tarifas
alfandegárias na composição da receita governamental.

Letra c.
Se a mercadoria a ser tributada não tivesse nenhum concorrente semelhante no país, o im-
portador seria obrigado a pagar uma taxa de 30% sobre o valor do produto. Quando houvesse
produto de igual característica ou semelhante, essa mesma mercadoria importada poderia
sofrer uma cobrança que atingia até 60% do seu valor.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 119 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 16 (ESPCEX/2009) Leia atentamente os itens abaixo.


I – Transformação do Paraguai na nação mais rica e industrializada da América do Sul.
II – Fortalecimento e modernização do Exército Brasileiro.
III – Transformação da instituição militar brasileira num instrumento de contestação ao
império escravista.
IV – Adoção, pelos integrantes da instituição militar brasileira, de postura favorável à ma-
nutenção da monarquia.
V – Diminuição da dívida externa brasileira.

Assinale a única alternativa em que todos os itens listam consequências da Guerra da Tríplice
Aliança contra o Paraguai.
a) I, IV
b) I, II
c) II e III
d) IV e V
e) II e V

Letra c.
Afirmativa I: Errada. O Paraguai foi destruído pela Tríplice Aliança. Ele era desenvolvido antes
do conflito.
Afirmativa II: Certa. O exército brasileiro se fortaleceu após a Guerra do Paraguai.
Afirmativa III: Certa. Influenciados pelo positivismo, os militares do exército brasileiro inicia-
ram uma campanha pelo fim da monarquia.
Afirmativa IV: Errada. Ocorreu o contrário, com o exército combatendo o regime monárquico.
Afirmativa V: Errada. A Guerra do Paraguai exigiu que o governo brasileiro realizasse emprés-
timos. Portanto, houve sim um aumento do endividamento externo brasileiro.

Questão 17 (ESPCEX/2006) O fim do Império Brasileiro foi marcado por contestações ao re-
gime como, por exemplo, a campanha abolicionista e a campanha republicana. Paralelamen-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 120 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

te, ocorreram duas outras causas da queda da monarquia: a relação Pedroado-Maçonaria e


as ideias criadas pelo francês Auguste Comte, corrente filosófica chamada de Positivismo.
Esses dois conjuntos geraram, respectivamente, a:
a) crise de sucessão do terceiro imperador e a censura dos livros de filosofia
b) perseguição às sociedades secretas e o Problema Servil
c) Corrente Nacionalista e a rejeição do Conde D’Eu como novo monarca
d) Questão Religiosa e a Questão Militar
e) crise do Beneplácito e a queda do Gabinete Liberal

Letra d.
Esses dois elementos fazem parte da crise que gerou o isolamento político de D. Pedro II e a
consequente Proclamação da República.

Questão 18 (ESPCEX/2006) Na província do Rio Grande do Sul, durante o Segundo Reinado,


entre os anos de 1835 a 1845, ocorreu a mais longa revolução da história brasileira: a Revo-
lução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos. Vários são seus motivos,
dentre os quais destacamos o econômico, que foi ocasionado pela
a) crise da cana de açúcar nos territórios gaúchos
b) queda do preço da erva-mate no mercado internacional
c) exploração de jazidas em outros estados
d) taxação elevada do charque no mercado interno
e) baixa cotação da carne suína no mercado externo

Letra d.
Para se ter uma ideia, a carne uruguaia chegava mais barata no mercado brasileiro em função
dos impostos cobrados dos estancieiros do sul do Brasil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 121 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 19 (INÉDITA/2020) Em 1834, numa tentativa de harmonizar as diversas forças em


conflito no País, grupos políticos, como o dos moderados, promoveram uma reforma na Cons-
tituição do Império, mediante a promulgação do Ato Adicional. Observe os enunciados abaixo.
I – Criação do Conselho de Estado.
II – Criação das Assembleias Legislativas provinciais.
III – A regência deixava de ser trina para se tornar una.
IV – Fundação do Clube da Maioridade.

Assinale a opção em as afirmativas estão relacionadas ao Ato Adicional.


a) I e II
b) II e IV
c) II e III
d) I e IV
e) III e IV

Letra c.
O Ato Adicional de 1834 determinou o fim do conselho de estado, a criação das Assembleias
Legislativas provinciais, a adoção da Regência Uma, maior autonomia das províncias e a que
o Rio de Janeiro se tornaria um município neutro.

Questão 20 (ESPCEX/2018) Quase duas décadas depois da Conjuração Baiana, durante a


estada da Família Real portuguesa no Brasil e o governo de D. João VI, ocorreu um levante
emancipacionista em Pernambuco que ficaria conhecido como Revolução Pernambucana.
Um dos motivos desta revolta foi
a) o fim do monopólio comercial de Portugal sobre a colônia.
b) a grande seca de 1816.
c) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves.
d) a liberação da atividade industrial no Brasil.
e) a cobrança forçada de impostos atrasados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 122 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra b.
A grande seca de 1816 colocou os agricultores em difícil situação. Apesar disto, o governo
continuou exigindo o pagamento de impostos.

Questão 21 (ESPCEX/2019) Ideias republicanas estavam presentes entre os brasileiros há


tempos. No século XVIII, inspiraram movimentos contra o domínio português. Em 1870, um
grupo de políticos lançou, no Rio de Janeiro, o Manifesto Republicano. Os seguintes episó-
dios, ocorridos na segunda metade do século XIX, abalaram o Império Brasileiro. Consideran-
do os seguintes fatos:
I – Questão Militar.
II – Questão de Fronteiras.
III – Questão Religiosa.
IV – Questão da Cisplatina.
V – Questão Abolicionista.

Assinale abaixo a alternativa em que todas as proposições estão corretas no que se refere às
questões que contribuíram para o fim do período Imperial Brasileiro.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e V.
d) III, IV e V.
e) IV e V.

Letra c.
Lembre-se do mapa mental sobre a crise do Império. A monarquia perdeu o apoio ideológico
da igreja, o  apoio financeiro dos senhores de escravos que esperavam uma compensação
pela financeira pela abolição, e o apoio do exército, influenciado pelos ideais positivistas re-
publicanos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 123 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 22 (ESPCEx/2009) “A primeira medida tomada pelo regente D. João, ao chegar ao


Brasil, foi decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.” (SILVA, 1992)
Tal fato
a) significava, na prática, o fim do pacto colonial.
b) prejudicava a Inglaterra, que passaria a sofrer concorrência de outros países no comércio
com o Brasil.
c) contrariava, num primeiro momento, os interesses dos comerciantes brasileiros.
d) beneficiava a França, favorecida pela redução das tarifas alfandegárias nas relações
bilaterais.
e) criava condições igualitárias, quanto à tributação alfandegária, no comércio com Portugal
e com todas as demais nações.

Letra a.
Com a Abertura dos Portos de 1808, o Brasil deixou a obrigação de comercializar exclusiva-
mente com Portugal. Nesse sentido, significou o fim do Pacto Colonial.

Questão 23 (ESPCEX/2015) Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro
de Alcântara, iniciando-se no Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o
período imperial, a vida política do País passou a ser dominada pelos
a) liberais e conservadores.
b) conservadores e socialistas.
c) liberais e republicanos.
d) comunistas e republicanos.
e) liberais e anarquistas.

Letra a.
Lembre-se da afirmação que estudamos na parte teórica: Nada mais conservador do que um
liberal no poder. Esses foram os dois partidos políticos que predominaram durante o Segundo
Reinado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 124 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 24 (ESPCEx/2012) “Os interesses na região platina levaram o Brasil a participar de


três guerras: contra Oribe e Rosas (presidentes do Uruguai e da Argentina, respectivamente),
contra Aguirre (do Uruguai) e a Guerra do Paraguai.” (COTRIM, 2009)
Sobre esse tema, leia as afirmações abaixo:
I – garantir o direito de navegação pelo rio da Prata, formado pela junção dos rios Paraná
e Uruguai;
II – garantir a permanência de Solano Lopes na presidência do Paraguai;
III – manter o Uruguai como província;
IV – impedir que a Argentina anexasse o Uruguai;
V – conquistar uma saída para o Oceano Pacífico.

Assinale a única alternativa que apresenta todas as afirmações corretas sobre os objetivos
brasileiros nesses conflitos:
a) I e IV.
b) II, III e V.
c) II e III.
d) I, IV e V.
e) I e III.

Letra a.
Afirmativa I: Certa
Afirmativa II: Errada. O objetivo brasileiro era derrubar Solano Lopes do governo paraguaio.
Afirmativa III: Errada. O Uruguai já era independente (Guerra Cisplatina de 1825-1828) quando
ocorreram os conflitos listados no enunciado.
Afirmativa IV: Certa.
Afirmativa V: Errada. Ora, o  Brasil possui um vasto litoral banhado pelo Oceano Atlântico.
Quem tinha esse interesse era o Paraguai.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 125 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 25 (ESPCEx/2013) “O mais duradouro movimento rebelde do Império foi a Revolu-


ção Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina entre 1835-1845. […] Em
1836, após importantes vitórias sobre as tropas legalistas, os  farroupilhas proclamaram a
República Rio Grandense”. Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias, é en-
viado pelo Império para comandar as forças legalistas. A atuação de Caxias pacificou a região
já no ano de 1845.
Abaixo são listadas algumas medidas que poderiam ser utilizadas para solução do conflito:
I – Repressão violenta com prisão e fuzilamento de todos os líderes do movimento
farroupilha.
II – Aumento de taxas de importação do charque platino para tornar o similar rio-granden-
se-do-sul mais competitivo no mercado nacional.
III – Cerco impiedoso sobre as maiores cidades rebeladas provocando a morte de milhares
de civis, minando a moral do inimigo e levando os insurretos à rendição.
IV – Incorporação ao Exército Brasileiro de comandantes farroupilhas com os mesmos
postos que ocupavam nas tropas rebeldes.
V – Reconhecimento, pelo governo imperial, da liberdade dos escravos que lutaram na
revolução como soldados.

Na ocasião, Caxias propôs


a) todas as medidas acima listadas.
b) apenas as medidas I, II e III.
c) apenas as medidas I, III e IV.
d) apenas as medidas II, III e V.
e) apenas as medidas II, IV e V.

Letra e.
Lembre-se de que a Revolução Farroupilha foi a única das revoltas regenciais que terminou
com um acordo formal entre os revoltosos e o Império. Com essa informação já podemos
descartar as afirmativas I e III. Também é preciso que você se lembre do principal motivo do
início da revolta, os tributos sobre o charque produzido pelos estancieiros do sul que o torna-
va mais caro que a carne importada do Uruguai.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 126 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 26 (ESPCEX/2011) Sobre a Proclamação da República, a  tradição historiográfica


relaciona três questões responsáveis pela queda da monarquia: a questão servil (escravidão),
a religiosa e a militar.
Leia atentamente os itens abaixo.
I – Segundo o regime de padroado, cabia ao imperador a escolha dos clérigos para os
cargos importantes da igreja.
II – A igreja afastou-se do governo imperial, após D. Pedro II ter ordenado aos padres afas-
tarem-se da maçonaria.
III – A Lei Saraiva-Cotegipe estabelecia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de
idade, tendo um alcance extremamente positivo na luta contra a escravidão no Brasil,
pois na prática colocava em liberdade imediata um grande contingente de escravos
que já tinham atingido a idade.
IV – Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel promulgou a Lei do Ventre Livre, declarando
extinta a escravidão no Brasil.
V – O Exército Brasileiro tomou consciência de sua importância após a guerra do Paraguai.

Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características corretas.


a) I, II e V.
b) II e IV.
c) III, IV e V.
d) II, III e IV.
e) I e V.

Letra e.
Afirmativa I: Certa.
Afirmativa II: Errada. A igreja se afastou de D. Pedro II porque, sendo maçom, ele não aceitou
a proibição papal de que membros da maçonaria não poderiam participar de missas e outras
atividades da igreja.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 127 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Afirmativa III: Errada. Os efeitos da lei foram negativos pois os ex-excravos com mais de ses-
senta anos perderam seu sustento.
Afirmativa IV: Errada. A  princesa Isabel proclamou a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no
Brasil.
Afirmativa V: Certa.

Questão 27 (ESPCEX/2007) A participação do Exército Brasileiro, com respaldo em seu pres-


tígio, foi fundamental para a queda do Império e, consequentemente, para a proclamação da
República.
O fato que mais contribuiu para o aumento do prestígio militar, no final do Século XIX, foi a
a) Guerra da Tríplice Aliança.
b) Questão escravocrata.
c) Intervenção contra Aguirre.
d) Questão Christie.
e) Intervenção contra Rosas e Oribe.

Letra a.
Cuidado com a pegadinha da banca. Como vimos, com a Guerra do Paraguai, o exército bra-
sileiro alcançou maior prestígio e começou a questionar a monarquia, influenciado pelo posi-
tivismo. Preste atenção: a Guerra do Paraguai também é conhecida como Guerra da Tríplice
Aliança.

Questão 28 (ESPCEX/2007) A Família Real Portuguesa, fugindo das tropas de Napoleão Bo-
naparte, trouxe para o Brasil uma corte parasitária, composta por 15.000 pessoas. Para cus-
teá-la, as despesas com o serviço público aumentaram e o governo, para compensar, criou
novos impostos, o  que gerou protestos organizados e um movimento armado de grandes
proporções.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 128 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Tal movimento foi a
a) Revolução Constitucionalista do Porto.
b) Revolução Pernambucana.
c) Conjuração Baiana.
d) Cabanagem.
e) Conjuração dos Alfaiates.

Letra b.
a) Errada. A Revolução Constitucionalista do Porto – 1820 – exigia o retorno de D. João VI a
Portugal objetivando recolonizar o Brasil.
c) Errada. A conjuração Baiana – 1798 – ocorreu antes da chegada da corte portuguesa.
d) Errada. A Cabanagem aconteceu durante o período regencial.
e) Errada. A Conjuração dos Alfaiates é outro nome dado a Conjuração Baiana.

Questão 29 (ESPCEX/2007) Durante o Segundo Reinado no Brasil, surgiu em Pernambuco,


no ano de 1848, um movimento popular que uniu “pessoas de várias tendências, sobretudo
progressistas, inconformadas com o quadro político-social de sua província.” (BARBEIRO;
CANTELE; SCHNEEBERGER, 2005, p. 347).
Tal movimento é conhecido como a
a) Revolta dos Mascates.
b) Cabanagem.
c) Sabinada.
d) Revolução Praieira
e) Balaiada.

Letra d.
Atente-se para a data do enunciado: 1848. Assim, a única revolta que se identifica é a Revo-
lução Praieira. Na dúvida, consulte o mapa mental sobre o assunto.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 129 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 30 (ESPCEX/2008) De 1831 a 1840, o Brasil vivenciou um período (…) em que dife-

rentes grupos disputavam o poder. Como resultado, instalou-se um clima de grande instabili-

dade que propiciou a irrupção de conflitos em inúmeros pontos do país.” (KOSHIBA; PEREIRA,

2003) A cabanagem foi um dos conflitos ocorrido nesse período.

Assinale a alternativa que corresponde a tal conflito.

a) Ocorreu no atual estado do Rio Grande do Sul, liderado pelos criadores de gado das fron-

teiras com o Uruguai.

b) Foi planejado e contava com participantes que haviam tido experiências anteriores de com-

bates na África, e objetivava promover a independência de Salvador e do Recôncavo Baiano.

c) Foi um movimento conduzido por camadas populares do atual estado do Pará, que viviam
marginalizadas na Região Amazônica.

d) Foi uma rebelião contra o poder central, ocorrida na Bahia, e que contava com a camada

média da sociedade baiana.

e) Ocorreu no atual estado do Maranhão e foi conduzida por um grupo de vaqueiros que visa-

va combater os privilégios dos cidadãos de origem portuguesa e o absolutismo de D. Pedro.

Letra c.

Basta se lembrar que a Cabanagem aconteceu no Pará.

Questão 31 (ESPCEX/2008) A Confederação do Equador, proclamada em 2 de julho de 1824,


por Manuel de Carvalho,
a) contou com a adesão dos estados da atual região Norte do Brasil.
b) adotava provisoriamente a Constituição dos Estados Unidos da América.
c) mostrava-se sintonizada com o poder central, representado por D. Pedro.
d) defendia a instituição de uma monarquia constitucional.
e) buscava a organização de um governo representativo e republicano.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 130 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra e.
Influenciado pelos ideais iluministas, os revoltosos objetivavam implantar um regime repu-
blicano.

Questão 32 (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) A elevação do Bra-


sil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves foi uma medida tomada pelo Regente D.
João, com o objetivo
a) de aumentar seu poder pessoal, pois ele passou a dominar um Império que englobava as
colônias espanholas na América.
b) de unificar as Coroas de Portugal e Espanha, que era denominada pelos portugueses de
país de Algarves.
c) de melhorar a defesa do Brasil contra as constantes invasões de franceses e ingleses, que
saqueavam as nossas cidades litorâneas.
d) de obter o reconhecimento da dinastia de Bragança por parte do Congresso de Viena, reu-
nido na Europa e dirigido pelos países que derrotaram Napoleão.
e) de satisfazer a cobiça das elites brasileiras, que, com essa medida, tiveram acesso às mi-
nas de prata de Potosí, na Bolívia.

Letra d.
O Congresso de Viena não estava disposto a reconhecer uma dinastia que morava numa co-
lônia, por isso o regente D. João, para não precisar voltar para Portugal, a metrópole, elevou o
Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.

Questão 33 (ESSA/COMBATENTE/LOGÍSTICA-TÉCNICA/AVIAÇÃO/2011) No ano de 1817, na


Província de Pernambuco, deu-se uma revolta contra o governo de D. João VI que ficou co-
nhecida como
a) Revolução Liberal.
b) Cabanagem.
c) Confederação do Equador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 131 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

d) Revolta dos Alfaiates.


e) Revolução Pernambucana.

Letra e.
A Revolução Pernambucana (1817) serviu para dar início a uma revolta contra o governo de D.
João VI, que ficou conhecida como Revolução Pernambucana.

Questão 34 (ESSA/2011) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algar-


ves, em 1815, está ligada ao(à):
a) desejo de D. João de agradar os ingleses.
b) projeto de implantação do regime monárquico no país.
c) assinatura do Tratado de Fontenebleau com a Espanha.
d) ação das sociedades maçônicas estabelecidas no Rio de Janeiro.
e) necessidade de legitimar a representação de Portugal no Congresso de Viena.

Letra e.
A assertiva remete à necessidade de melhorar a representação de Portugal no Congresso de
Viena.

Questão 35 (ESSA/2015) Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal
e Algarves. Na prática:
a) foi a causa da Inconfidência Mineira.
b) nada significou para o Brasil.
c) provocou enorme satisfação em Portugal.
d) o Brasil volta à condição de colônia.
e) o Brasil adquiria autonomia administrativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 132 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra e.
Com a elevação à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, o Brasil passou a ser sede
do Império Português e adquiriu autonomia político-administrativa.

Questão 36 (ESSA/2014) O Alvará de 1º de abril de 1808 revogou o Alvará de 1785 de D.


Maria I, que proibia a manufatura na colônia. O Brasil estava autorizado a desenvolver ma-
nufaturas. Contudo havia dois fatores que se tornaram um obstáculo ao desenvolvimento da
indústria brasileira, os quais eram o/a (os/as)
a) escravidão e concorrência inglesa.
b) interesses dos cafeicultores e pecuaristas.
c) interesses dos mineradores e dos produtores de açúcar.
d) concorrência holandesa e os interesses dos cafeicultores.
e) concorrência dos EUA e interesses dos produtores de café.

Letra a.
O escravismo, por ser uma mão de obra não remunerada e não especializada e a concorrência
inglesa, por permitir a entrada de produtos mais baratos no Brasil, tornaram-se obstáculos ao
desenvolvimento da indústria brasileira.

Questão 37 (ESSA/2013) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, deter-
minou que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios
foram a
a) Guiana Francesa e a França Antártica.
b) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.
c) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.
d) Guiana Inglesa e a França Antártica.
e) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 133 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra c.

Como a França de Napoleão era inimiga do Brasil, D. João buscou tomar as terras americanas

que estavam sob controle francês.

Questão 38 (ESSA/2006) A independência Brasileira foi um processo liderado, em grande

parte, pelos setores sociais que mais se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais. Es-

ses setores eram formados pelo(s):

a) Profissionais liberais e trabalhadores urbanos.

b) Grandes proprietários de terra e grandes comerciantes

c) Alto clero e pequenos proprietários rurais.

d) Funcionários públicos e alto clero.

e) Farroupilhas e baixo clero.

Letra b.

Com a Independência, os latifundiários passaram a dominar a cena política do país e os gran-

des comerciantes passaram a controlar as impostações e exportações.

Questão 39 (ESSA/2007) No dia 22 de janeiro de 1808, D. João chegou à Bahia. Seis dias

depois, cumpriu o que havia prometido aos ingleses ao:

a) Elevar o Brasil a categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.

b) Decretar o Bloqueio Continental contra a França.

c) Permitir a indústria no Brasil.

d) Decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.

e) Decretar o Tratado de Tordesilhas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 134 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra d.
Com a abertura dos portos ocorreu o fim do Pacto Colonial (exclusividade do comércio da Co-
lônia por parte de Portugal), possibilitando que a Inglaterra pudesse participar da economia
da região.

Questão 40 (ESA) A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que pode ser ca-
racterizado como:
a) Ter contado coma participação de portugueses e espanhóis na luta contra holandeses.
b) Ter sido um movimento que não sofreu influência dos ideais de liberdade surgidos na Inde-
pendência dos Estados Unidos da América.
c) um movimento que provocou descontentamento entre os portugueses por causa da con-
tenção de despesas de D. João VI, que não concedeu privilégios aos próprios portugueses.
d) o único movimento em que os revoltosos não instalaram um governo provisório nem de-
fenderam o ideal republicano.
e) o movimento que contribuiu decisivamente no processo de independência política do Brasil.

Letra e.
A Insurreição Pernambucana influenciou o restante do país com suas ideias emancipacionistas.

Questão 41 (ESSA/1975) Forçado a sair de Portugal, ao chegar à Bahia, D. João assinou a


Carta Régia, pela qual:
a) elevou o Brasil à categoria de Reino Unido
b) mandou invadir a Guiana Francesa
c) abriu os portos brasileiros às nações amigas
d) revogou as restrições impostas às indústrias

Letra c.
A abertura dos portos foi uma necessidade da corte portuguesa, agora no Brasil, de conseguir
os produtos de consumo que tinham na Europa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 135 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 42 (ESA/2016) A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos africanos, mui-
tos dos quais eram muçulmanos, ocorrido em 1835 na seguinte província:
a) Maranhão
b) Grão-Pará
c) Bahia
d) Pernambuco
e) Minas Gerais

Letra c.
A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos africanos, muitos dos quais eram muçul-
manos, ocorrido em Salvador, Bahia, em janeiro de 1835.

Questão 43 (ESA/2016) O item da pauta de exportação brasileira do Segundo Reinado que


foi considerado um importante fator de modernização da economia foi:
a) O Tabaco.
b) O Café.
c) A Cana de Açúcar.
d) A Soja.
e) O Trigo

Letra b.
A exportação de Café foi responsável por dar estabilidade política e ser capaz de modernizar
a economia brasileira.

Questão 44 (ESA/2015) A primeira constituição do Brasil, de 1824, estabelecia uma orga-


nização do sistema político em quatro poderes. Além dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, havia o poder:
a) Absoluto.
b) Hierárquico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 136 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

c) Moderador.
d) Régio.
e) Patriarcal.

Letra c.
O quarto poder estabelecido pelo texto da Constituição de 1824 é o Moderador.

Questão 45 (ESA/2015) A Lei de Terras (1850) regulamentou questões relacionadas à pro-


priedade privada da terra e a mão de obra agrícola. Tal legislação atendeu aos interesses dos
grandes fazendeiros da região sudeste, que cultivavam:
a) cacau.
b) cana de açúcar.
c) soja.
d) café.
e) algodão.

Letra d.
O principal cultivo agrícola do país nesse contexto era o do café, cuja expansão suscitou a Lei
de Terras.

Questão 46 (ESA/2014) Em resposta ao ataque paraguaio à província de Corrientes, em


1865, foi assinado um tratado que deu origem à Tríplice Aliança. Os países que fizeram parte
desta Tríplice Aliança foram:
a) Argentina, Brasil e Chile.
b) Argentina, Brasil e Uruguai.
c) Brasil, Uruguai e Paraguai.
d) Brasil, Argentina e Chile.
e) Paraguai, Chile e Argentina.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 137 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra b.
No dia 1º de maio, em resposta ao ataque paraguaio a Corrientes, foi assinado um tratado
entre Brasil, Argentina e Uruguai que deu origem à Tríplice Aliança

Questão 47 (ESA/2013) Entre as causas da Guerra da Tríplice Aliança temos a (o):


a) disputa pela livre navegação na Bacia do Prata.
b) controle sobre as exportações de prata e estanho vindos da Bolívia.
c) interesse da Inglaterra em dominar o mercado de exportação de erva-mate.
d) desejo do presidente Solano Lopez em anexar o Uruguai.
e) apresamento do Navio Marquês de Olinda, que levava o presidente da província de São Paulo.

Letra a.
A Guerra do Paraguai (Tríplice Aliança) teve como causas o interesse do Presidente Solano
Lopez em obter uma saída para o mar e obter a liberdade de comércio na Bacia do Prata

Questão 48 (ESA/2012) Em 1831, durante o Período Regencial, em resposta às agitações


militares e populares, criou-se pelos moderados o (a)
a) Guarda Nacional.
b) Conselho de Estado.
c) Clube da Maioridade.
d) Regência Una de Feijó.
e) Código do Processo Criminal.

Letra a.
Para ser uma força repressiva e fiel da aristocracia rural para barrar as agitações, mantendo
a ordem pública.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 138 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 49 (ESA/2011) No dia 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou a primeira Consti-


tuição brasileira, que tinha como características o(a)
a) religião católica e voto universal.
b) Poder Moderador e Senado vitalício.
c) liberdade administrativa às províncias e voto censitário.
d) magistrados nomeados pelo imperador e religião protestante.
e) voto extensivo às mulheres e Poder Moderador.

Letra b.
Uma das características marcantes da Constituição de 1824 foi a criação de um quarto poder
considerado a chave do regime, ou seja, o Poder Moderador, privativo do imperador, e por ou-
tro lado a adoção de uma religião oficial, no caso a católica.

Questão 50 (ESA/2010) Em 1845, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen. Com relação a esse
ato é correto afirmar:
a) concedia à Inglaterra o direito de monopolizar o tráfico negreiro par o Brasil.
b) determinava a substituição da mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre.
c) era declarado legal o aprisionamento de qualquer navio negreiro, bem como o julgamento
dos traficantes pela marinha inglesa.
d) elevava violentamente as taxas alfandegárias sobre os produtos brasileiros.
e) visava à eliminação da concorrência que a agricultura escravista brasileira representava.

Letra c.
A Alternativa “c” está correta porque diante de tantas promessas não cumpridas, e principal-
mente em represália à tarifa Alves Branco (1844), que elevou as taxas alfandegárias no Brasil,
os ingleses instituíram o Bill Aberdeen, decreto através do qual a Inglaterra se outorgava o
direito de aprisionar qualquer navio negreiro, independentemente de sua bandeira, e julgar os
traficantes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 139 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 51 (ESA/2010) A decretação da cobrança da Tarifa Alves Branco (1844) levou o


governo Imperial a:
a) falência do Banco do Brasil.
b) um aumento da tributação sobre as importações
c) proibir o tráfico de escravos
d) decretar o fim do Tratado de Methuen.
e) incentivar as importações de produtos.

Letra b.
Decretada pelo Ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, a nova tarifa incidia sobre os pro-
dutos importados que antes era de 15% e passou a ser de 30%. Se o produto fosse fabricado
no Brasil a tarifa chegava a 60%.

Questão 52 (ESA/2009) Um dos fatores que contribuiu para a abdicação de D. Pedro em


Abril de 1831:
a) A promulgação do Ato Adicional
b) O conflito entre brasileiros e portugueses no Rio de Janeiro, chamado de “Noite das Garrafadas”
c) Independência da Colônia Brasileira.
d) A criação da Assembleia Constituinte a qual reiterava o poder das mãos do lusitano Pedro I.
e) O poder Moderador exclusivo do Período Regencial.

Letra b.
A “Noite das Garrafadas” foi um episódio em que portugueses, favoráveis a D. Pedro, e brasi-
leiros, contrários a D. Pedro, entraram em confronto utilizando garrafas, paus e pedras.

Questão 53 (ESA/2008) Uma das principais causas da Revolução Farroupilha foram as(os):
a) precárias condições de vida dos ribeirinhos amazônicos.
b) problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos.
c) divergências entre senhores de engenho e escravos na Bahia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 140 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

d) péssimas condições de saneamento básico no Rio de Janeiro.


e) problemas de relacionamento entre membros do partido liberal paulista e a regência.

Letra b.
Os estancieiros gaúchos, criadores de gado, estavam insatisfeitos com a cobrança de impos-
tos sobre o charque.

Questão 54 (ESA/2007) Sobre os partidos políticos que dominaram o cenário político brasi-
leiro na primeira metade do século XIX, é correto afirmar que:
a) o Partido Restaurador se extinguiu após a morte de D. Pedro I, em 1834.
b) os Liberais Exaltados defendiam o governo monárquico no Brasil e a centralização do poder.
c) o Partido Conservador era contrário ao ideário político liberalista – constituição e voto.
d) o Partido Brasileiro era favorável à abolição da escravatura.
e) os Liberais Moderados defendiam o federalismo.

Letra a.
A existência do partido Restaurador perdeu significado após a abdicação de D. Pedro, já que
pretendiam que o Brasil retornasse à condição de Colônia de Portugal.

Questão 55 (ESSA/1975) Exerceu grande influência na regência de D. Pedro, após o episódio


do Fico, o Patriarca da Independência:
a) José Clemente Pereira
b) Antônio Dias
c) Martin Francisco
d) José Bonifácio

Letra d.
José Bonifácio, influenciado pelos ideais iluministas, foi o grande influenciador de D. Pedro,
convencendo-o a Proclamar a Independência.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 141 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Questão 56 (ESSA/1978) O partido político que, durante o início do Segundo Império pro-
pugnou por uma maior autonomia das províncias foi o:
a) Conservador
b) Timbira
c) Liberal
d) Republicano Paulista

Letra c.
O partido liberal era favorável a menor intervenção estatal sobre as províncias.

Questão 57 (UFPR/TJ-SC/AGENTE DE PORTARIA E COMUNICAÇÃO/2005) Outorgar uma


Constituição significa que a mesma não é elaborada por uma Assembleia Constituinte, onde
os interesses do povo não estão assegurados. Portanto, ela assume características ditatoriais.
Dentre as Constituições abaixo relacionadas, assinale aquela que foi outorgada no Brasil:
a) 1891
b) 1934
c) 1946
d) 1824

Letra d.
Dom Pedro I, insatisfeito com o projeto Constitucional que lhe fora apresentado pela Assem-
bleia Constituinte, por considerar que esse projeto limitador de seus poderes, outorgou, impôs
uma constituição que lhe garantiria superioridade sobre as outras instituições através do
Poder Moderador.

Questão 58 (UFPR/TJ-SC/AGENTE DE PORTARIA E COMUNICAÇÃO/2005) O primeiro país a


reconhecer a independência brasileira, foi:
a) Estados Unidos da América do Norte
b) Inglaterra

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 142 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

c) Portugal
d) França

Letra a.
Os Estados Unidos, dentro de sua visão estratégica de influenciar o continente americano, foi
a primeira nação do planeta a reconhecer a independência do Brasil

Questão 59 (UFPR/POLÍCIA CIVIL – PR/AUXILIAR DE ANATOMIA E NECROPSIA/2007) O pe-


ríodo de governo da Trina Provisória à Regência Una, de 1831 a 1840, foi marcado por impas-
ses, mudanças e rebeliões. Sobre esse período, considere as afirmativas a seguir:
1. A  oposição ao governo se organizou logo no início da Regência, com os monarquistas
reformistas, federalistas e republicanos (farroupilhas), pela esquerda, pedindo mudanças na
Constituição, e os conservadores brasileiros e portugueses (caramurus), pela direita, exigindo
a volta de D. Pedro I.
2. Em meio às manifestações de rua, motins, conspirações e levantes militares, o  governo
criou a Guarda Nacional, em substituição às antigas milícias e ordenanças, para atuar como
força policial no meio rural e como auxiliar do Exército, além de promulgar o Código de Pro-
cesso Criminal.
3. Após a abdicação de D. Pedro I, a situação política e o quadro partidário ficaram bastante
estáveis em todo o país, o que levou o governo regencial a preparar o caminho para a conso-
lidação do governo republicano.
4. A  antecipação da maioridade de D. Pedro II, para que ele assumisse o trono aos quinze
anos, propiciou o recrudescimento das lutas e revoltas que ameaçavam o governo imperial.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 143 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra a.
Alternativa 1: Certa. A política no período regencial foi marcada pela divisão entre os liberais
exaltados (farroupilhas), o moderados (chimangos) e restauradores (caramurus).
Alternativa 2: Certa. A Guarda nacional foi criada para combater as revoltas regenciais.
Alternativa 3: Errada. Após a abdicação de Dom Pedro o que houve foi instabilidade política
e o surgimento de revoltas.
Alternativa 4: Errada. A antecipação da maioridade de Dom Pedro II foi para manter a monarquia.

Questão 60 (UFPR/VESTIBULAR/2.2017) A Guerra do Paraguai foi marcante para a história


dos países envolvidos. Sobre esse contexto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as
seguintes afirmativas:
I – ( ) Na Argentina, onde se abasteciam o Exército e a Marinha imperiais, a economia foi
dinamizada, o que enriqueceu muitos fazendeiros e comerciantes.
II – ( ) Em 01 de maio de 1865 foi assinado o Tratado da Tríplice Aliança, envolvendo Brasil,
Argentina e Uruguai, contra o governo do Paraguai.
III – ( ) O início da guerra foi marcado pela ofensiva paraguaia aos territórios uruguaio
(Montevidéu), argentino (Buenos Aires) e brasileiro (Goiás).
IV – ( ) A batalha do Riachuelo ocorreu em um trecho do rio Paraná, envolvendo embarca-
ções paraguaias que atacaram navios brasileiros.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.


a) V – V – V – F.
b) F – F – F – V.
c) F – V – V – F.
d) V – V – F – V.
e) V – F – F – V.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 144 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Letra d.
Alternativa I: Certa. Para abastecer o exército e marinha brasileiros, a Argentina foi obrigada
a dinamizar sua economia.
Alternativa II: Certa. O Tratado da Tríplice Aliança foi assinado em 1 de maior de 1865, visando
combater os avanços paraguaios.
Alternativa III: Errada. Não foi Goiás a região invadida por Solano Lopez, e sim o Mato Grosso.
Alternativa IV: Certa. A famosa batalha de Riachuelo ocorreu numa região do rio Paraná. É con-
siderada uma das maiores vitórias estratégicas das forças armadas brasileiras.

Questão 61 (UFPR/TJ-SC/AUXILIAR DE COMARCA/2005) A abolição da escravatura e a imi-


gração relacionaram-se diretamente, pois o imigrante europeu foi responsável pela instituição
do trabalho livre e pelo desenvolvimento de vastas áreas do país, substituindo o trabalho escra-
vo. Assinale a alternativa que indica a que está relacionada a imigração europeia mais intensa:
a) Aos problemas decorrentes da crise do sistema escravista que vigorava no país.
b) Aos interesses de desenvolver a indústria do país, via trabalho livre.
c) À eliminação do caráter monocultor e exportador do país.
d) À expansão da atividade pecuarista no centro-sul do Brasil.

Letra a.
Com o avanço do abolicionismo, houve a necessidade de mão de obra livre, buscada com a
imigração

Questão 62 (UFPR/VESTIBULAR/2020) Em 1888, a  princesa Isabel, filha do imperador do


Brasil, Pedro 2º, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição […]. A  decisão veio após mais
de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para
o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho. (Amanda Rossi e Camilla Costa,
postado em 13 de maio de 2018 – BBC Brasil em São Paulo. Disponível em: https://www.bbc.
com/portuguese/brasil-44091469. Acesso em 25 de junho de 2019.)
De acordo com o trecho acima, considere as seguintes afirmativas:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 145 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

1. A chamada “Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel, não pode ser vista como uma con-
cessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou
com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro.
2. No período imediato que sucedeu à abolição, os libertos puderam contar com medidas de
apoio na forma de distribuição de pequenos lotes de terra, tal como aconteceu nos Estados
Unidos após a Guerra Civil, com a chamada “Reconstrução”.
3. Escravizados e escravizadas receberam apoio de muitos setores da sociedade da época li-
gados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escrava e advogado autodidata,
um dos personagens mais célebres e atuantes, empenhando-se na libertação de centenas de
cativos e cativas.
4. Os segmentos da sociedade adeptos do regime escravista defendiam a “emancipação gra-
dual” e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desor-
ganização econômica e provocasse o caos social.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Letra d.
A afirmativa 2 é única errada. Um dos graves problemas pós abolição foi justamente a falta de
políticas públicas para garantir dignidade aos ex-escravos.

Questão 63 (AOCP/IBC/PROF. HISTÓRIA/2012) Nas décadas finais do Império, ocorreram


importantes transformações na economia brasileira, notadamente nos complexos açucareiro
e cafeeiro, os quais definiram a participação da produção brasileira no mercado mundial do
século XIX. A respeito da supremacia do complexo cafeeiro durante o final do Brasil imperial,
assinale a alternativa correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 146 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

a) Antes de se estabelecer a hegemonia do complexo cafeeiro, o Brasil vivenciou uma econo-


mia pautada unicamente por uma economia de exportação de matéria-prima.
b) A economia diversificada que precedeu a cafeicultura alargou as fronteiras do país para
além do nordeste e permitiu o investimento para a lavoura do café.
c) A grande dificuldade de se conseguir investimentos para a lavoura do café era o fato da
economia açucareira ainda se encontrar em alta no mercado.
d) A mão de obra não foi problema para os cafeicultores, pois desde o início puderam contar
com a mão de obra assalariada de imigrantes europeus.
e) A introdução de trabalho livre na cafeicultura permitia aos cafeicultores obter lucros na
concorrência mundial propiciando preços baixos no mercado externo.

Letra a.
Lembre-se, caro(a) aluno(a), de que a base da economia brasileira, desde o início da coloniza-
ção, visava o fornecimento de produtos primários, como foi o caso do açúcar.

Questão 64 (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE FUNDÃO/PROF. DE HISTÓRIA/2014) O Po-


sitivismo, ciência sistematizada por Augusto Comte, no século XIX, está ligada diretamente à
qual dos eventos a seguir?
a) A Independência do Brasil, em 1822.
b) A abolição da escravidão, em 1888.
c) A Proclamação da República, em 1889.
d) A Revolta da Chibata, em 1910.
e) Ao Movimento Operário, em 1917.

Letra c.
Como vimos, o positivismo foi uma corrente de pensamento que ganhou adeptos do exército
brasileiro durante o Segundo Reinado. Sua influência foi fundamental para que as forças ar-
madas encaminhassem a Proclamação da República.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 147 de 151
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo

Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como
professor concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 148 de 151
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 149 de 151
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 150 de 151
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Luis Fernando - 09385441523, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar