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Brasil Império
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Livro Eletrônico
HISTÓRIA
Brasil Império
Daniel Vasconcellos Araujo
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Daniel Vasconcellos Araujo
BRASIL IMPÉRIO
Olá, meu(minha) querido(a) aluno(a)! Seja muito bem-vindo(a)!
Dando sequência ao nosso curso, trataremos da História do Brasil Império. Veja os tópi-
cos do edital que serão analisados:
6. BRASIL IMPÉRIO
6.1. A crise do antigo sistema colonial e o processo de emancipação política do Brasil; o
reconhecimento internacional.
6.2. O processo político no Primeiro Reinado; as rebeliões provinciais; a abdicação de
D. Pedro I.
6.3. O centralismo político e os conflitos sociais do Período Regencial; a evolução políti-
co-administrativa do Segundo Reinado; a política externa e os conflitos latino-americanos do
século XIX.
6.4. A sociedade brasileira da fase imperial, o surto do café, as transformações econômi-
cas, a imigração, a abolição da escravidão, as questões religiosa e militar.
6.5. As manifestações culturais; as ciências, as artes e a literatura no período imperial.
Antes de seguirmos, peço novamente que avalie a aula anterior, caso ainda não o tenha
feito. Vamos a aula!
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1. Brasil Império
O Brasil Império se inicia com a Independência, em 7 de setembro de 1822, e se encerra
com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. No entanto, e já discutimos
isso, a FGV enxerga os eventos como um processo. Nesse sentido, elencou a crise do sistema
colonial que se iniciou ainda no século XVIII. Portanto, estudaremos desde os movimentos
emancipacionistas, passando pela chegada da família real ao país, para depois entrarmos
nos eventos que constituem o Brasil Imperial, com o desenrolar do Primeiro Reinado, do Perí-
odo Regencial e do Segundo Reinado.
Como disse, além da crise econômica gerada pela crise do açúcar e da mineração, os ecos
da Revolução Francesa influenciaram os colonos. Duas revoltas separatistas ocorreram an-
tes da chegada da Corte Portuguesa: a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
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Principais inconfidentes:
Tomás Antônio Gonzaga, escritor e poeta, depois de estudos jurídicos na Europa, tornou-
-se ouvidor (juiz) em Vila Rica.
Francisco de Paula Freire, tenente coronel e comandante do Regimento dos Dragões, tro-
pa militar de Minas Gerais, estava hierarquicamente logo abaixo do governador.
Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro.
Dotado de grandes habilidades, ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro e comerciante.
Foi o mais popular entre os conspiradores. Embora não tenha sido o idealizador do movimen-
to, teve papel importante na propagação das ideias revolucionárias junto ao povo.
Os Inconfidentes tinham uma série de propostas para a capitania de Minas Gerais, veja:
Romper com Portugal e adotar um regime republicano (a capital seria São João del Rei);
Criar indústrias;
Fundar uma universidade em Vila Rica;
Acabar com o monopólio comercial português;
Adotar o serviço militar obrigatório.
A bandeira do novo país seria um pavilhão que conteria a frase latina Libertas quae sera
tamen (Liberdade ainda que tardia). Mais tarde, um desenho semelhante e o lema seriam a
base para a criação da bandeira do Estado de Minas Gerais.
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A revolta deveria ter início no dia do derrama, que o governo programara para 1788 e aca-
bou suspendendo quando soube da conjuração. Entretanto, os planos dos inconfidentes fo-
ram frustrados porque três participantes da conspiração procuraram o governador, Visconde
de Barbacena, para delatar o movimento.
Foram eles: o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente coronel Basílio de Brito Malhei-
ro do Lago e o mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona.
Tiradentes, que viajava para o Rio de Janeiro com o objetivo de adquirir armas, foi preso
naquela cidade, no dia 10 de maio de 1789.
Após três anos sendo processado, todos os participantes foram perdoados ou condena-
dos ao degredo. Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril
de 1792, no campo de São Domingos, no Rio de Janeiro. Após o cumprimento da sentença,
o corpo foi esquartejado e ficou exposto à execração pública.
A Conjuração Baiana foi uma rebelião popular que ocorreu na Bahia, no dia 25 de agosto
de 1798, que pretendia libertar o Brasil de Portugal e atender as reivindicações das camadas
pobres da população. Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a agitação popular era
composta, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços
que exerciam as mais diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras.
Repercutia na Bahia o movimento chefiado pelo bravo negro Toussaint Louverture, no
Haiti, contra os colonizadores franceses – o primeiro grande levante de escravos bem su-
cedido na história. Aquelas mesmas ideias de república, liberdade e igualdade pregadas na
Revolução Francesa e na Conjuração Mineira agitavam agora a Bahia.
A população da cidade de Salvador, antiga capital do Brasil, vivendo em situação de penú-
ria, depois que a capital do Brasil colônia foi transferida para o Rio de Janeiro (1763), pregava
a necessidade de se fundar no Brasil uma “República Democrática” e uma sociedade onde
não houvesse diferenças sociais, onde todos fossem iguais, e onde houvesse “Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”.
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A Conjuração Baiana teve como principais líderes os alfaiates João de Deus e Faustino
dos Santos Lira, os soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas, homens pobres, de
cor e sem prestígio social, que estavam ligados aos movimentos da maçonaria.
As ideias políticas da “Revolução Francesa” continuavam a chegar ao Brasil, inclusive por
intermédio da maçonaria. A primeira loja maçônica, Cavaleiros da Luz, criada na Bahia, con-
tava com a participação de intelectuais, como José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu,
o cirurgião Cipriano Barata, o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo, o padre Francisco
Gomes, o “médico dos pobres” Cipriano Barata, o professor de latim Francisco Barreto e o
tenente Hermógenes Pantoja, que se reuniam para ler Voltaire, traduzir Rousseau e organizar
a conspiração.
No dia 12 de agosto de 1798, surgiram nos pontos de maior movimento de Salvador, vá-
rios papéis manuscritos, pregados nos muros, chamando a população à luta e proclamando
ideias de liberdade, igualdade, fraternidade e República, utilizando palavras como: “Animai-
-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que
todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos iguais”.
O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, soube através de uma
denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, que os conspiradores iriam se reunir no Campo
de Dique, no dia 25 de agosto. O clima de agitação se espalhava, a forca, um dos mais impor-
tantes símbolos do poder português, foi incendiada. Todos os padres que pregavam contra a
revolução eram ameaçados de morte.
A ação do governo foi rápida, o coronel Teotônio de Souza foi encarregado de surpreendê-
-los em flagrante. Com a aproximação das tropas do governo, muitas pessoas conseguiram
fugir. Reprimida a rebelião, as prisões sucederam-se e o movimento foi desarticulado. Foram
presos 49 pessoas, três eram mulheres, nove eram escravos, a grande maioria eram alfaiates,
barbeiros, soldados, bordadores e pequenos comerciantes.
Os principais envolvidos foram levados a julgamento. Um ano e dois meses depois, eram
condenados à morte por enforcamento e depois esquartejados: Luís Gonzaga das Virgens,
Lucas Dantas, João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira e intelectuais como Cipriano
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Barata que foram absolvidos. Os corpos esquartejados foram expostos em diversos locais da
cidade de Salvador.
Letra e.
A Conjuração Baiana foi um movimento emancipacionista influenciado pela Revolução Fran-
cesa na etapa radical da Convenção (1792-1794). Marcada pelo republicanismo de viés Ja-
cobinista, a sedição baiana guardou um forte conteúdo popular e reivindicou igualdade políti-
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co-formal entre os homens, além da supressão da mão de obra compulsória. Suas lideranças
(Manuel Faustino, Luís Gonzaga das Virgens, João de Deus) foram condenados à morte.
O Período Joanino
O chamado Período Joanino ocorreu entre os anos de 1808, com a chegada da Família Real
Portuguesa, e 1821. Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei europeu trans-
feriu seu reino para um país do continente americano. O edital elenca ainda mais o ano de 1822.
Meu(minha) caro(a), em 1808, a Família Real portuguesa, acompanhada de uma Corte
de aproximadamente 1500 pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas napoleônicas,
escoltada pela marinha britânica. Acontece que, na Europa, a França de Napoleão Bonaparte
havia imposto um Bloqueio Continental à Inglaterra, de modo que, nenhum país da Europa
Continental poderia comercializar com a Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido
exército francês. Como D. João, príncipe regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência,
Napoleão invadiu Lisboa. Isso teve impactos profundos na colônia.
Como consequência, tivemos a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o fim do
Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de Portugal), o aumento de
tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro.
Mesmo antes da vinda da corte portuguesa, já havia a pressão inglesa para o estabele-
cimento de novos acordos políticos e econômicos com o governo português. Os ingleses,
bastante prejudicados pelo Bloqueio Continental, tinham urgência na abertura de novos mer-
cados, sem o quê sua economia poderia sucumbir.
Os ingleses viam a América como uma espécie de compensação para as perdas euro-
peias e, assim, sentiam-se no direito de participar como “sócios preferenciais” dos negócios
portugueses.
D. João era pressionado pela Inglaterra, por intermédio de Lord Strangford, ex-embaixador
em Portugal e enviado ao Brasil para tratar da complementação dos negócios decididos ainda
na Europa. As negociações foram demoradas e difíceis, pois D. João sabia que as pretensões
inglesas iam prejudicar os interesses dos antigos colonizadores e dos comerciantes portu-
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gueses, e tentou minimizá-las. Mas diante da inflexibilidade dos ingleses, aqueles grupos
viram cair por terra seus antigos privilégios e monopólios.
Já no país, em 1808, uma das primeiras medidas tomadas por D. João foi a Abertura dos
Portos às Nações Amigas. Acontece que a corte portuguesa veio para o Brasil e pretendia
manter o mesmo estilo de vida que levava na Europa. Entretanto, lembre-se do Alvará de
1785, uma das causas da Inconfidência Mineira, que proibia a existência de manufaturas na
Colônia para obrigá-la a consumir os manufaturados portugueses. Entendeu a conexão? É
dessa falta de manufaturas que vem a necessidade de importação de tudo o que era consu-
mido pela corte.
Mesmo abolindo o Alvará de 1885, levaria tempo para que manufaturas se estabeleces-
sem e a abertura dos portos tonou a concorrência injusta na medida em que os produtos
ingleses, fabricados nas indústrias britânicas, tinham melhor qualidade e preço.
Como vimos, os principais beneficiados pela abertura dos portos foram os ingleses, vi-
sando também uma compensação pelo apoio aos portugueses na fuga de Lisboa.
A abertura dos portos (1808) representou o fim do pacto colonial, que obrigava a colônia a co-
mercializar apenas com Portugal. Ousamos dizer que representou o início do processo de inde-
pendência brasileiro, pois Portugal não teria mais o controle econômico da Colônia. Além disso,
os comerciantes portugueses de Lisboa e do Rio de Janeiro protestaram contra a medida.
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Letra e.
Ora, obviamente a Abertura dos Portos contrariava os interesses dos comerciantes portugue-
ses que monopolizavam a atividade.
Todavia, D. João precisou também tomar ações para organizar a Colônia, desde a cobran-
ça de impostos até o desenvolvimento da educação e cultura. Veja as principais medidas
tomadas por D. João:
• Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de
tribunais e ministérios.
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Meu(minha) querido(a), o período joanino também esteve marcado por intensos comba-
tes, que conferiram a essa época um tom bastante violento. Chegando em terras brasileiras,
o governante máximo português organizou suas forças no desenvolvimento de conflitos ao
sul e ao norte de nosso território. E quem era o inimigo de Portugal? A França de Napoleão
Bonaparte.
Na política externa, o objetivo principal de D. João era tomar a colônia francesa na Améri-
ca, a Guiana Francesa. Além da Guiana, as forças brasileiras também se voltaram para colô-
nia de sacramento (atual Uruguai), que também estava sob domínio francês já que Napoleão
invadiu a Espanha e passou a controlar todas as colônias espanholas.
Na região da Guiana Francesa, estabeleceu o envio de um destacamento vindo do Pará
sob o comando do tenente-coronel Manuel Marques com o apoio de uma esquadra inglesa
vinda pelo mar. O objetivo era invadir a região de colonização francesa como retaliação ao
processo de invasão das tropas napoleônicas a Portugal. Após sucessivos ataques, os por-
tugueses conquistaram a rendição do governo da Guiana em 12 de janeiro de 1809.
Tendo um possível ataque francês à região do Prata como pretexto, o governo de D. João
VI também executou uma intervenção no território hoje equivalente ao Uruguai. Vale des-
tacar a importância estratégica da região, já que a bacia do rio Prata era importante para o
transporte fluvial comercial e militar. As duas tentativas de domínio aconteceram em 1811 e
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1816, promovendo uma série de conflitos violentos e dispendiosos. Não por acaso, o governo
imperial resolveu elevar uma série de impostos com o objetivo de custear a empreitada. Em
julho de 1821, o Brasil conseguiu a anexação desse território que ganhou o nome de Província
da Cisplatina.
Do ponto de vista militar, essas ações pretendiam garantir que os exércitos franceses
não dominassem regiões do continente americano que fortalecessem as tropas de Napoleão
Bonaparte. Com isso, percebemos que o governo português tomou essas medidas como par-
te integrante de um projeto voltado contra a França Napoleônica. Contudo, o envolvimento
nesses conflitos não teve adesão popular e chegou a causar a insatisfação dos colonos que
bancavam os custos desses conflitos com os impostos.
Na Política Interna, D. João assistiu ao surgimento de partidos políticos. Vamos a eles:
• Partido Português: Composto por militares e comerciantes. Os membros do Partido
Português eram favoráveis à recolonização do Brasil, já que, no geral, beneficiavam-se
com a condição de colônia do país. Apesar de ser chamado de “Partido” e estar incluso
na categoria “Partidos políticos do Brasil”, o Partido Português não era efetivamente
um partido político, e sim uma corrente de opinião.
• Partido Brasileiro: Defendiam a Monarquia e a manutenção das conquistas de 1809 e
1815. O Partido Brasileiro foi formado por comerciantes e aristocracia rural do centro-
-sul e, apesar de não defender a separação de Portugal, este grupo defendia as con-
quistas econômicas e não acatava as ordens vindas das Cortes. Foi o Partido Brasileiro
que conseguiu convencer o Príncipe regente a permanecer no Brasil quando as Cortes
exigiram seu retorno a Portugal no episódio do Dia do Fico (9 de Janeiro de 1822).
• Liberais Radicais: Republicanos formados pelas camadas urbanas, professores, clero
e advogados, defendiam liberdade de comércio e a transação nas estruturas coloniais.
Foi um grupo político formado durante o período de regência de D. Pedro I em com D.
João VI de voltou a Portugal. Acontece que a Corte em Portugal pedia a recolonização
do Brasil para evitar intervenção dos ingleses na economia e finalizar com a autonomia
administrativa adquirida pelo Brasil. Os liberais radicais eram formados por jornalistas,
médicos, advogados, pequenos comerciantes, padres, população urbana e aristocratas
nordestinos não beneficiados pela política joanina. Este grupo desejava a independên-
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cia, reformas sociais e a estruturação de uma república, resultado de uma aliança entre
as elites periféricas, alijadas do poder central, com setores médios da sociedade. Defen-
diam um projeto liberal avançado incluindo a descentralização política expressa no fe-
deralismo e, na sua versão mais radical, era favorável a república e ao fim da escravidão.
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Com Recife dominada, os insurgentes criaram um governo provisório, republicano, que
abaixou impostos, aumentou o salário dos militares, aboliu impostos e decretou a liberdade
de imprensa. Estabeleceram a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Buscaram apoio de províncias, mas, sem apoio popular, não obtiveram respaldo.
D. João, receoso de que a revolta se propagasse, promoveu uma forte represália: Enviou
tropas que cercaram o Recife em embates violentos que duraram 75 dias. Os principais líderes
foram presos ou condenados à morte. O Padre João Ribeiro suicidou-se. O Vigário Tenório foi
enforcado, decepado, teve as suas mãos cortadas e o corpo arrastado pelas ruas do Recife.
A repressão de D. João continuou. A Capitania de Pernambuco foi dividida com a criação
da Comarca de Alagoas. Isso também representou uma recompensa aos proprietários rurais
da região que se mantiveram fiéis à Coroa.
Ainda que os revoltosos tenham conseguido se manter no poder por menos de três me-
ses, seu legado é importantíssimo: as ideias liberais e a violência da repressão de D. João
despertaram a revolta dos brasileiros que, cada vez mais, desejavam a independência da co-
lônia em relação a Portugal.
Querido(a), vamos recordar uma pequena parte de aulas anteriores. Isso é importante
para que perceba a influência de eventos internacionais no processo de Independência do
país. No ano de 1815, com o fim do Império Napoleônico e a prisão de Napoleão na ilha de
Santa Helena, os países do continente europeu inimigos de Napoleão reuniram-se no Con-
gresso de Viena para que fosse discutido o processo de reconstrução das bases do Antigo
Regime, abaladas pela Revolução Francesa. Foi nesse contexto que D. João optou pela per-
manência em solo brasileiro, mas elevou o Brasil ao status de Reino Unido, junto a Portugal
e Algarves. O Rio de Janeiro passou a ser então capital desse Reino Unido. Dessa maneira,
o Brasil deixava oficialmente de ser colônia.
Além disso, a Insurreição Pernambucana de 1817 foi um marco importante por ser um
movimento separatista que aconteceu já com a corte portuguesa no Brasil.
Solucionada a Revolução Pernambucana, D. João VI se vu pressionado a voltar a Portugal
graças à Revolução Liberal do Porto, um movimento militar iniciado em agosto de 1820 na
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cidade do Porto, no norte de Portugal, que se espalhou rapidamente para outras regiões do
país até chegar à capital, Lisboa. Nesse caminho, conquistou o apoio da burguesia, do clero,
da nobreza e do Exército, os mais importantes estratos sociais portugueses. Embora tenha
se passado na Europa, a Revolução de 1820 está intimamente ligada aos rumos da história
brasileira no século XIX.
Em 1820, Portugal se encontrava numa situação de crise econômica, política e social. Em
primeiro lugar porque, desde 1808, a Família Real não estava mais na metrópole, e, sim, no
Brasil, para onde tinha fugido das tropas francesas lideradas por Napoleão Bonaparte.
A abertura dos portos brasileiros, por exemplo, pôs fim ao monopólio comercial português
sobre o Brasil, que havia perdurado durante praticamente três séculos. Essa medida afetou
a economia lusitana e, em especial, a burguesia comercial do país, favorável ao restabeleci-
mento da ordem anterior.
A nobreza, por sua vez, havia perdido uma série de privilégios que possuía até então como
integrante da Corte portuguesa que, agora, não mais em Lisboa, mas sim, no Rio de Janeiro.
Quanto ao Exército, desde a transferência da Família Real para o Brasil, ficou sob o comando
do marechal inglês Beresford, a quem dom João VI confiou o governo português durante sua
ausência. Enfim, o cenário em Portugal naquele momento parecia contrastar com a suposta
prosperidade e importância do Brasil. Não é difícil, portanto, entender por que cada um desses
setores acabou apoiando o movimento de 1820.
Naquele mesmo ano, outras regiões da Europa (como Espanha, Grécia e a cidade de Ná-
poles) passaram por revoluções liberais. Sob influência desses movimentos, as Cortes por-
tuguesas também procuraram formar um governo liberal no país, subordinando a Coroa ao
Legislativo (isso é, criando uma monarquia constitucional), garantindo direitos aos cidadãos
portugueses e enfrentando a crise em que o país se encontrava.
Para atender ao último objetivo, as Cortes defendiam a volta imediata do rei para Portugal
e o restabelecimento do monopólio comercial sobre o Brasil. Havia, portanto, uma visível con-
tradição no movimento de 1820: se ele era liberal para os portugueses, em relação ao Brasil,
a revolução buscava nada mais do que retomada do colonialismo. Atender às propostas libe-
rais, portanto, significaria o retorno do Brasil à condição de colônia.
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Quando D. João retornou à Portugal, pressionado pela Revolução Liberal do Porto, deixou D.
Pedro, que tinha apenas 23 anos, como regente do Brasil. Várias medidas das cortes de Lisboa
buscam diminuir o poder do Príncipe-Regente e, desse modo, pôr fim à autonomia do Brasil.
Mas os portugueses não se deram por satisfeitos e exigiram o retorno de D. Pedro a Por-
tugal para “terminar seus estudos”. Na verdade, ainda acreditavam que poderiam recolonizar
o Brasil. Entretanto, em 9 de janeiro de 1822, um documento reuniu mais de 8.000 assinatu-
ras pedindo que D. Pedro não voltasse a Portugal. Esse episódio ficou conhecido como Dia
do Fico. Importante destacar que esse documento foi redigido por Cipriano Barata, um dos
envolvidos na Insurreição Pernambucana de 1817. Além disso, a aristocracia rural de passou
a apoiar a desobediência de D. Pedro para com Portugal.
Cedendo às pressões D. Pedro respondeu:
“Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo
que fico”.
Em algumas províncias brasileiras, os partidários dos portugueses não prestigiavam o
governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes, tentou
obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que ocu-
pavam o Campo de Santana.
Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses
demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até
então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. A princesa Dona Leopoldina seria
a regente durante a ausência do marido.
No mês de maio de 1822, o governo brasileiro estabeleceu que qualquer determinação
vinda de Portugal só poderia ser acatada após a aprovação de D. Pedro.
Na Bahia, desencadeava-se a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Em desespero,
as Cortes tomaram medidas radicais:
• declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no Brasil;
• o governo do príncipe foi declarado ilegal;
• o príncipe deveria regressar imediatamente a Portugal.
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Letra d.
A abertura dos portos brasileiros não foi acompanhada pelo oferecimento de isenção impos-
tos a Inglaterra. Na verdade, os ingleses foram beneficiados com o pagamento de uma taxa
preferencial, menor em relação à de outros países que poderiam comercializar com o Brasil,
a partir dos Tratados Comerciais de 1810.
O reconhecimento internacional
No plano internacional, para que o Brasil tivesse condições de estabelecer um Estado au-
tônomo e soberano, era indispensável que outras importantes nações reconhecessem a sua
independência. Já em 1824, buscando cumprir sua política de aproximação com as outras
nações americanas, os Estados Unidos foram a primeira nação a reconhecer o a independên-
cia do Brasil.
Apesar da importância de tal manifestação, o Brasil teria que fazer com que Portugal, na
condição de antiga metrópole, reconhecesse o surgimento da nova nação. Nesse instante,
a Inglaterra apareceu como intermediadora diplomática que viabilizou a assinatura de um
acordo. No dia 29 de agosto de 1825, o Tratado de Paz e Aliança finalmente oficializou o re-
conhecimento lusitano.
Tratado de Paz e Aliança: o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois mi-
lhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil. Além dis-
so, dom João VI, rei de Portugal, ainda preservaria o título de imperador do Brasil. Essa
última exigência, na verdade, manifestava o interesse que o monarca lusitano tinha em reu-
nificar os dois países em uma só coroa. O Brasil não tinha condições de pagar a pesada
indenização estabelecida pelo tratado de 1825. Nesse momento, os ingleses emprestaram
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os recursos que asseguraram o pagamento deste valor. Na verdade, o dinheiro nem chegou
a sair da própria Inglaterra, já que os portugueses tinham que pagar uma dívida equivalente
aos mesmos credores.
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e) Aprofundou as relações de dependência com a antiga metrópole até, pelo menos, a maio-
ridade de d. Pedro II.
Letra c.
A dificuldade desta questão é em função de ser de uma prova para professor de História.
Contudo, é possível resolvê-la com a interpretação do texto e análise do contexto. Como vi-
mos, durante o processo de emancipação política e formação do Império, ocorreram revoltas
contrárias à monarquia e ao centralismo político dado pela Constituição de 1824, em especial
contra o chamado Poder Moderador. Exemplo disto foi a Confederação do Equador, abafada
pelas forças de D. Pedro.
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Quando D. João VI voltou a Portugal, limpou todas as riquezas dos cofres do Banco do
Brasil (criado em 1808) deixando o país sem reservas para manutenção de toda a estrutura
do governo.
De imediato, o Imperador teve que enfrentar vários levantes militares em algumas provín-
cias que se mantinham fiéis a Portugal. Para tanto, chegou a contratar mercenários ingleses
que asseguraram o controle dos conflitos internos.
D. Pedro precisou elaborar uma constituição para o país e, para isso, convocou uma as-
sembleia constituinte. Entretanto, diante da limitação de seu poder pela constituição escri-
ta pela assembleia, D. Pedro dissolve a assembleia constituinte e outorga a nossa primeira
Constituição em 1824.
Sua característica mais marcante é a existência da Divisão dos Três Poderes (Executivo,
Legislativo, Judiciário) de Montesquieu submetidos ao Poder Moderador que era exercido
pelo Imperador. Em outras palavras, D. Pedro criou uma fachada constitucionalista para que
exercesse o poder absolutista. Sempre que houvesse divergência entre os três poderes, o Po-
der Moderador do Imperador era evocado, realizando sempre o desejo de D. Pedro.
Essa traição aos princípios constitucionalistas levou à eclosão de uma revolta contra o
governo: a Confederação do Equador.
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Letra e.
Cuidado com os detalhes: os senadores eram indicados pelo Imperador e não eleitos de
forma indireta.
As rebeliões provinciais
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cionista e republicana. Teve início em Pernambuco, mas, rapidamente, se espalhou por outras
províncias da região nordeste (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte)
Em Pernambuco, epicentro da revolução, ouve participação das elites regionais, intelectu-
ais e das camadas populares. Essa, talvez, sua característica mais marcante.
Querido(a), resumi o máximo possível as causas que levaram a eclosão do movimento:
• Situação socioeconômica do Nordeste: Em virtude da crise da economia açucareira e
dos aumentos de impostos;
• Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após
a independência;
• Insatisfação de Pernambuco com o governo: D. Pedro havia centralizado o poder po-
lítico com o Poder Moderador instituído na Constituição de 1824. O Autoritarismo de
D. Pedro chegou ao extremo: A elite de Pernambuco havia escolhido Manuel Carvalho
Pais de Andrade como governador para a província. Porém, em julho de 1824, D. Pedro
indicou Francisco Paes Barreto como governador de sua confiança para a província.
Esta divergência política deu início ao conflito.
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• Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Cons-
tituição de cunho liberal;
• Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo imperial;
• Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil;
O imperador decidiu organizar logo a repressão. Como não existia um exército organi-
zado, contratou o mercenário Lord Cochrane, que comandou as forças navais, e o brigadeiro
Francisco de Limas e Silva, que liderava as forças terrestres.
Em agosto de 1824 as forças do governo derrotam os revoltosos em Recife e Olinda. Nos
meses seguintes tomam também o Ceará.
Os revoltosos foram presos, condenados à morte ou conseguiram fugir. Frei Caneca foi
condenado à forca, mas acabou sendo fuzilado diante da recusa do carrasco em executar
a pena.
Apesar da derrota, D. Pedro acabou com sua imagem desgastada. Ora, usou de recursos
de tributos de brasileiros para massacrar brasileiros. O descontentamento com o imperador
foi crescente. A oposição encontrava no jornal Aurora Fluminense, de Evaristo Veiga, terreno
para divulgação de críticas ao governo, além de propagar ideias liberais.
Guerras Cisplatinas
Já lhe disse que a região da bacia do Rio Prata, na fronteira entre Brasil e Argentina, era de
grande importância estratégica no uso do transporte fluvial para o comércio.
• I – Guerra Cisplatina: Como vimos, em 1816 D. João mandou tropas invadirem Mon-
tevidéu e anexarem a região com o nome de Província Cisplatina. Na dúvida, revisite a
aula anterior.
• II – Guerra Cisplatina: Entre 1825-1828 Brasil e Argentina disputaram o controle da re-
gião. A população local não aceitava ser controlada por um país com língua e culturas
diferentes das deles. O Brasil foi derrotado e a região se tornou independente, batizada
pelo nome de Uruguai.
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A abdicação de D. Pedro I.
Os altos gastos com a Confederação do Equador e a Guerra Cisplatina criaram uma crise
econômica cuja solução proposta pelo governo foi o aumento de impostos. Isso gerou grande
descontentamento da população.
O imperador ainda passaria por uma acusação de assassinato antes de abdicar do trono.
No dia 21 de novembro de 1830, Libero Badaró, um jornalista de oposição, foi traiçoeiramente
executado. O episódio da Noite das Garrafadas (13 de março de 1831) em que brasileiros e
portugueses se confrontaram, revelou toda a insatisfação da população, levando D. Pedro a
abdicar do trono em favor de seu filho D. Pedro II. Como este tinha apenas cinco anos de ida-
de, institui-se no Brasil um Governo Regencial até que atingisse sua maioridade.
O Período Regencial (1831-1840) foi marcado por grande instabilidade política, com gran-
des manifestações contra a centralização política do Rio de Janeiro.
A pacificação do país só veio com o Golpe da Maioridade. Ocorrido em 1840, foi uma de-
cisão outorgada pelo parlamento brasileiro em que o príncipe herdeiro, aos 15 anos de idade,
se tornaria Imperador do Brasil. A decisão contrariava a constituição de 1824 e antecipou a
coroação em 3 anos.
Durante esse período o Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas.
A crise política ocorreu devido a disputa pelo controle do governo entre os seguintes grupos
políticos:
• Restauradores: defendiam a volta de D. Pedro I ao poder; caramurus
• Moderados: defendiam o voto só para os ricos e continuação da Monarquia; chimangos
• Exaltados: pretendiam realizar reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e
voto para todas as pessoas. farroupilhas ou jurujubas
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Durante a Regência Trina Permanente, foi instituído o Ato Adicional. Suas principais caracte-
rísticas foram a instituição da Regência Una e a maior autonomia das províncias, alterando
a Constituição de 1824. O Ato Adicional de 1834 foi uma medida legislativa tomada durante
a Regência Trina Permanente, contemplando os interesses dos grupos liberais, aumentando
a autonomia das províncias. O Ato Adicional foi uma tentativa de conter os conflitos entre
liberais e conservadores nas disputas pelo poder político central. Entretanto, em 1840, sob
o domínio do regente conservador Araújo Lima, foi instituída a Lei de Interpretação do Ato
Adicional. Segundo seus ditames, essa lei revogou o direito legislativo das províncias e esta-
beleceu que a Polícia Judiciária fosse controlada pelo Poder Executivo Central.
Outras medidas foram tomadas durante o Período Regencial. Destaque para o Código de
Processo Criminal promulgado pela lei de 29 de novembro de 1832, que tratou da organização
judiciária e da parte processual complementar ao Código Criminal de 1830, alterando inteira-
mente as formas do procedimento penal então vigentes, herdadas da codificação portuguesa.
Na prática, dava poder aos latifundiários para eleger os membros do judiciário para defender
seus interesses.
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Conflitos Sociais
Amigo(a), entenda que os movimentos sociais que ocorreram no Período Regencial, tive-
ram entre uma de suas causas, o vazio de poder, essa falta da autoridade de um monarca.
Isso fez com que as elites regionais, em várias regiões do país, se sentissem à vontade para
tentar mudar a ordem institucional nas suas áreas de influência.
Além disso, variadas circunstâncias, relacionadas à economia local ou à miséria da po-
pulação, fizeram com que houvesse uma mobilização no sentido de contestar a centralização
político-administrativa das regências, extremamente autoritárias.
Como tenho ciência das preferências da banca, elenco algumas revoltas mais cobradas
com um resumo suficiente para que gabarite as questões.
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A Guarda Nacional foi uma força militar organizada no Brasil em agosto de 1831, durante o
período regencial, e desmobilizada em setembro de 1922. Sua criação se deu por meio da lei
de 18 de agosto de 1831 que “cria as Guardas Nacionais e extingue os corpos de milícias,
guardas municipais e ordenanças”. Diz a referida lei, em seu art. 1º, que “As Guardas Nacio-
nais são criadas para defender a Constituição, a liberdade, Independência, e Integridade do
Império; para manter a obediência e a tranquilidade pública; e auxiliar o Exército de Linha
na defesa das fronteiras e costas”, tendo como fundamento o artigo 145 da Constituição de
1824: “Todos os Brasileiros são obrigados a pegar em armas, para sustentar a Independência,
e integridade do Império, e defendê-lo dos seus inimigos externos, ou internos”. Em setembro
de 1850, por meio da Lei n. 602, a Guarda Nacional foi reorganizada e manteve suas compe-
tências subordinadas ao Ministro da Justiça e aos presidentes de província. Em 1873, ocorreu
nova reforma que diminuiu a importância da instituição em relação ao Exército Brasileiro.
Com o advento da República, a Guarda Nacional foi transferida em 1892 para o Ministério da
Justiça e Negócios Interiores. Em 1918, passou a Guarda Nacional a ser subordinada ao Exér-
cito Brasileiro, sendo incorporada como exército de 2ª linha, acabando diluída.
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Para ilustrar o quanto o período regencial foi cheio de instabilidades políticas, listei as
principais revoltas. No entanto, tenha em mente que as revoltas que lhe expliquei acima são
as que deve se preocupar.
• Revolta do Lavradio, em Minas Gerais 1836.
• Balaiada, no Maranhão, 1838–1841.
• Cabanada, em Pernambuco, 1832-1835.
• Cabanagem, no Pará, 1835-1840.
• Carneiradas, em Pernambuco, 1834-1835.
• Federação do Guanais, na Bahia, 1832-1833.
• Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1835–1845.
• Insurreição do Crato, no Ceará, 1832.
• Mata-Maroto, na Bahia
• Motins em Pernambuco, de 1831 a 1834.
• Abrilada, de 1832.
• Setembrada, de 1831.
• Novembrada, de 1831.
• Revolta do Ano da Fumaça, em Minas Gerais, 1833
• Revolta de Carrancas, em Minas Gerais, 1833
• Revolta de Manuel Congo, no Rio de Janeiro
• Revolta dos Malês, na Bahia
• Rusgas, no Mato Grosso, 1834.
• Sabinada, na Bahia, 1837 – 1838.
• Setembrada, no Maranhão, em 1831.
Note que não foram poucas as revoltas no período. O país foi sacudido pela insatisfação
da população ante aos constantes aumentos de impostos e ao autoritarismo dos governos
regenciais, que indicavam governadores totalmente desvinculados das realidades regionais.
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( ) Instrumento usado para frear a autonomia das províncias, de acordo com os ideais con-
servadores.
( ) Instrumento forjado para ampliar o poder legislativo local, por meio da criação das As-
sembleias Provinciais.
( ) Instrumento estabelecido para manter a ordem interna, com potencial uso coercitivo
para repressão das revoltas.
( ) Instrumento utilizado para fortalecer os proprietários rurais provinciais, que elegiam a
autoridade judiciária do município.
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Letra c.
A Guarda Nacional era uma instituição de uso coercitivo da força para a manutenção da or-
dem. O Código de Processo Criminal dava poderes aos latifundiários, na medida em que po-
deriam eleger os representantes do judiciário para defesa de seus interesses. O Ato Adicional
de 1834 dava maior autonomia às províncias e a Lei Interpretativa do Ato Adicional retirava
essa autonomia concedida às províncias.
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Por causa da abdicação do seu pai, D. Pedro II sentiu a necessidade de mudar forma de
governo. Seguindo, assim, ao sistema que tem origem na Inglaterra, em 1847 é implantado o
parlamentarismo no Brasil.
Este sistema ficou conhecido como parlamentarismo às avessas dado que o Presidente
de Conselho, a partir de 1847, era escolhido de uma lista de tripla pelo imperador e não neces-
sariamente era o candidato mais votado, como na Inglaterra. O imperador também detinha o
Poder Moderador, mas este foi usado poucas vezes pelo soberano.
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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Letra d.
Afirmativa III: Errada. A afirmativa faz uma confusão, misturando interesses liberais com in-
teresses dos conservadores. Por exemplo, diz que os liberais eram favoráveis a maior cen-
tralização política. Como vimos, os liberais pretendiam maior autonomia para as províncias.
A Revolução Praieira
A Revolução Praieira foi uma revolta de cunho liberal e federalista que aconteceu na pro-
víncia de Pernambuco entre 1848 e 1850. Esta é foi a última revolta do Brasil Império. O nome
“praieira” é referência à sede do jornal Diário Novo, localizada na rua da Praia, onde liberais do
movimento (praieiros) comandavam suas ações.
Ela é tão importante para a historiografia que se insere no contexto da Primavera dos Po-
vos (Conjunto de Revoluções Liberais, Socialistas e Nacionalistas que ocorreram na Europa
em 1848.)
O Senado brasileiro era controlado, em 1848, pelo Partido Conservador. Assim, o senado
vetou a indicação do liberal pernambucano Antônio Chinchorro da Gama gerando a revolta
de grupos políticos liberais de Pernambuco, já insatisfeitos com a falta de autonomia política
das províncias e a centralização do poder do Império.
O movimento eclodiu em Olinda no dia 7 de novembro de 1848. O líder da revolta ficou a
cargo do general José Inácio de Abreu e Lima, do Capitão de Artilharia Pedro Ivo Veloso da
Silveira, do Tenente Coronel da Guarda Nacional Bernardo José da Câmara, futuro Barão de
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Palmares, do deputado liberal Joaquim Nunes Machado e do militante da ala radical do Par-
Herculano Ferreira Pena, governador nomeado por D. Pedro II, foi afastado e o processo
• Concentração latifundiária;
• O êxodo rural.
Os políticos liberais chegaram a tomar a cidade de Olinda com apoio das populações mais
• Federalismo;
• Liberdade de imprensa;
A Revolução Praieira foi derrotada em 1850. Os rebeldes que não foram mortos nos com-
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Política externa
Quanto à política externa, o Brasil, que, por sua extensão territorial, já usufruía de posição
privilegiada no continente sul-americano, procurou, ao longo do reinado do imperador Dom
Pedro II, desempenhar agressiva política a fim de evitar o fortalecimento de outras nações
que ameaçassem sua posição hegemônica. Além disso, procurou expressar sua vontade de
assumir uma posição “autônoma” em relação à Inglaterra.
Durante toda a primeira metade do século passado, a Inglaterra, importante produtora de
gêneros industrializados, buscava ampliar seu mercado consumidor. O país acreditava que
essa ampliação dependia da abolição do trabalho escravo no continente americano.
Portanto, desde a chegada de D. João VI ao Brasil – que foi auxiliada pela Coroa britânica
– as autoridades inglesas pressionavam o governo brasileiro a abolir a escravidão. Tal de-
manda se chocava com os interesses dos grandes proprietários rurais brasileiros. Os ingleses
acreditavam que a abolição deveria ocorrer de forma lenta e gradual: iniciaria pela extinção do
tráfico negreiro, principal meio de abastecimento de mão de obra escrava em uma população
cujo crescimento natural não era suficiente para a sua reposição.
Devido aos adiamentos da decisão do governo imperial, as autoridades britânicas resol-
veram intervir: decretaram a lei Bill Aberdeen, dispositivo que permitia aos ingleses aprisionar
navios que estivessem transportando africanos para o Brasil, apreender a carga e julgar a
tripulação por crime. Algumas apreensões foram feitas, o que abalou as relações entre Brasil
e Inglaterra.
Outro episódio marcante no relacionamento entre os dois países foi a chamada Questão
Christie. Em 1861, um navio inglês, o Príncipe de Gales, naufragou nas costas do Rio Grande
do Sul e sua carga foi pilhada por brasileiros. William Christie, representante inglês no Brasil,
exigiu uma indenização de 3.200 libras, o que desagradou o governo imperial.
Para agravar ainda mais a situação, pouco depois, três oficiais da marinha inglesa, à pai-
sana e completamente embriagados, foram presos pela polícia do Rio de Janeiro por provo-
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carem desordens. Christie exigiu a imediata libertação dos oficiais ingleses, além da punição
dos responsáveis pela prisão.
O imperador Dom Pedro II concordou, inicialmente, em arcar com a indenização pelo sa-
que do navio e também ordenou a libertação dos marinheiros ingleses, mas se recusou, ter-
minantemente, a punir as autoridades brasileiras, que, segundo ele, agiram corretamente ao
prender os arruaceiros.
Em represália à decisão do imperador, Christie ordenou o aprisionamento de cinco navios
brasileiros que se encontravam no Oceano Atlântico e os manteve como reféns até que a ati-
tude do governo brasileiro se alterasse. Em resposta à atitude do embaixador inglês, centenas
de pessoas se manifestaram nas ruas do Rio de Janeiro, insultando comerciantes ingleses
radicados na cidade.
Para arbitrar a questão diplomática envolvendo Brasil e Inglaterra, foi eleito o rei da Bélgica,
Leopoldo I, que se manifestou a favor das atitudes do imperador Dom Pedro II e aconselhou o
governo britânico a pedir desculpas ao Brasil, o que não ocorreu. Em 1863, as relações diplomá-
ticas entre os dois países foram rompidas, apesar da manutenção dos contatos econômicos.
Em 1865, porém, preocupada com a expansão paraguaia em território sul-americano,
a Inglaterra buscou uma reaproximação com o Brasil, e um representante inglês formalizou,
em nome do governo britânico, um pedido de desculpas a Dom Pedro II, reatando, assim,
as relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra.
Guerra do Prata
A Guerra contra Oribe e Rosas ou também conhecida como Guerra do Prata aconteceu
entre 1851 e 1852 na região do rio do Prata, um estuário criado pelos rios Paraná e Uruguai.
O Brasil já havia lutado anteriormente na Guerra da Cisplatina (1825-1828) contra as Provín-
cias Unidas do Rio da Prata que resultou na criação do Uruguai.
O primeiro personagem dessa guerra, que inclusive dá nome ao conflito, é Juan Manuel
de Rosas. Eleito o governador de Buenos Aires, uma das províncias mais ricas e populosas da
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Argentina, ainda contava com um importante porto na época. Seu governo era o de ditatorial,
caracterizado pela corrupção e resultando em uma emigração em massa de 14 mil opositores.
Os planos de Rosas eram audaciosos: queria recriar o antigo Vice-Reinado do Prata, que
abrangia territórios do Uruguai, Paraguai e Bolívia e garantir que a Argentina se tornasse a
principal potência da América do Sul.
Quanto ao Paraguai, Rosas logo resolveu este problema. Este país declarou sua indepen-
dência em 1811, mas nenhum outro o reconheceu. O ditador paraguaio José Gaspar Rodrí-
guez de Francia isolou o país, evitando contatos com o exterior e possíveis ações diplomá-
ticas. Quando este morreu, Carlos Antonio López o sucedeu e abriu as suas portas para a
Argentina assinando dois tratados. Porém, como o ditador Rosas não estava para brincadeira,
se recusou de reconhecer o Paraguai como independente e criou barreiras para o comércio
deste país.
O Uruguai, antiga província Cisplatina, enfrentava problemas políticos em decorrência de
suas eleições. De um lado, o candidato Fructuoso Rivera, do partido Colorado e, do outro, o res-
ponsável pela independência da Cisplatina, Juan Antonio Lavalleja, do partido Blanco. Rivera
num ato de desespero tomou o poder a força, num conflito que durou dois anos (1830-1832).
Depois de cumprir seu mandato até 1835, Manuel Oribe também do partido Blanco as-
sumiu o poder por alguns anos, já que renunciou em 1839 deixando o posto livre novamente
para Rivera.
O ditador argentino enviou um exército liderado por Lavalleja que não teve êxito. Rosas
então enviou outro exército com a ajuda de argentinos e de uruguaios liderados por Oribe.
Desta vez Rivera não teve tanta sorte e procurou exílio no Brasil, enquanto mais de trinta mil
pessoas eram mortas.
Mesmo com o Uruguai em suas mãos, Rosas queria mais e passou a atacar o Sul do Brasil.
O Brasil, cujo imperador era Dom Pedro II, teve que tomar as suas medidas. Mandou uma parte
do seu exército para o Sul e tinha como plano financiar os oponentes. Dom Pedro contava com
o apoio da Bolívia, Paraguai (sendo que o Brasil enfim reconheceu a sua independência), Uru-
guai (opositores internos) e com as duas províncias argentinas: Entre Rios e Corrientes.
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O exército brasileiro se armou para o confronto, uma parte ficou na fronteira para prote-
gê-la e outra foi para o Uruguai tirar Oribe do poder. No dia 19 de outubro de 1851, diante do
tamanho do exército que vinha ao seu encontro, Oribe se rendeu sem luta.
Então as forças armadas seguiram rumo a Argentina para tirar Rosas do poder. Chegam
próximo de Buenos Aires no dia 1º de fevereiro de 1852 e derrotam a primeira força rosis-
ta que encontram. Dois dias depois, ocorreu a Batalha de Monte Caseros, desta vez com o
exército argentino liderado pessoalmente por Rosas. Os aliados ganharam a disputa e Rosas
fugiu para o Reino Unido, sem que ninguém soubesse.
A Guerra Contra Oribe e Rosas foi importante para o Brasil, já que na época enfrentava-
-se a vontade do Rio Grande do Sul de se separar do país. Com sua participação efetiva nos
conflitos, o estado passou a integrar-se definitivamente ao Império Brasileiro. Ademais, ainda
provou a hegemonia do país e a sua estabilidade política e econômica.
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após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do
território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul. Mas, para atingi-
-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, Solano invadiu e tomou Corrientes, província
Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.
Decididos a acabar com as ameaças e o domínio do ditador Solano Lopes, Argentina, Bra-
sil e Uruguai uniram suas forças em 1º de maio de 1865, através do acordo conhecido como
Tríplice Aliança. A partir daí os três países lutaram juntos para deter o Paraguai, que foi ven-
cido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana.
Esta guerra durou seis anos. Contudo, já no terceiro ano, o Brasil viu-se em grande difi-
culdade no que se refere a organização das suas tropas pois, além do inimigo, os soldados
brasileiros tinham que lutar contra a falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as
epidemias de várias doenças contagiosas.
Diante deste quadro, Caxias foi novamente chamado, desta vez para liderar o exército bra-
sileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou inúmeras vitórias até chegar
a Assunção, no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo
Conde D`Eu (genro de D. Pedro II).
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Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso,
era um país independente das nações europeias. Para a Inglaterra, este país era um exemplo
que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente
dependentes do império inglês. Foi por isso que os ingleses ficaram ao lado dos países da
Tríplice Aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a In-
presidente do país conseguiu fugir. O genro do imperador, o Conde D’Eu, assumiu o comando
de Cerro Corá, na qual Solano López morreu. Por fim, no ano de 1870, a guerra chegou ao seu
mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento industrial e econômico.
Pelo contrário, passa até hoje por dificuldades políticas e econômicas. Cerca de 70% da po-
pulação paraguaia morreu durante o conflito, sendo que a maioria dos mortos eram homens.
Embora tenha saído vitorioso, o Brasil também sofreu grandes prejuízos financeiros com
o conflito. Os elevados gastos da guerra foram custeados com empréstimos estrangeiros, fa-
zendo com que aumentasse a dívida externa brasileira e sua dependência em relação a países
Com a guerra, o Exército brasileiro ficou fortalecido no aspecto bélico, pois ganhou expe-
de sua relevância institucional. Do ponto de vista político, o Exército brasileiro também saiu
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A respeito das diferentes interpretações da Guerra do Paraguai contidas nos trechos acima,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) I e III associam os motivos da guerra à ação de indivíduos isolados, lançam estereótipos
sobre o Paraguai de Solano López e exaltam a ação do Brasil na guerra.
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americano.
( ) II e III inserem o conflito nas relações internacionais da segunda metade do século XIX,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.
Letra e.
A afirmativa I faz uma descrição dos interesses econômicos do Paraguai e suas pretensões
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Ao longo do Período Imperial, a sociedade brasileira passou por muitas mudanças, como
a expansão da cafeicultura, o início da industrialização e a urbanização. Hábitos se sofistica-
ram e a desigualdade aumentou.
O desenvolvimento socioeconômico associado à expansão capitalista da cafeicultura
transformou o Brasil independente. Uma das principais mudanças foi o intenso processo de
urbanização, em especial durante o Segundo Reinado.
Nas cidades maiores, o comércio e os bancos se dinamizaram. As ruas eram cada vez
mais movimentadas, com escravos vendendo produtos e prestando pequenos serviços. Eram
os “escravos de ganho“, que dividiam os lucros com seu senhor e, muitas vezes, juntavam
dinheiro para comprar a liberdade através da compra de sua carta de alforria.
Surgiram novos ofícios, como afiador, carpinteiro, engomador, lustrador e empalhador.
Trabalhando na rua, o barbeiro, além de aparar cabelo e barba, também arrancava dentes e
aplicava sangrias. Nas primeiras manufaturas, os escravos urbanos trabalhavam ao lado de
negros libertos e de imigrantes europeus.
O desenvolvimento das cidades brasileiras ao longo do século XIX não se deu por igual.
Localizadas principalmente próximo ao litoral, as capitais das províncias passaram por uma
modernização mais intensa, impulsionada pelo crescimento industrial e pelas inovações tec-
nológicas. O transporte se agilizou, com a introdução do bonde; o telégrafo elétrico e o tele-
fone ampliaram as comunicações; a iluminação pública se tornou mais eficiente, com uso do
gás em vez do azeite e, já no fim do século XIX, com a eletricidade.
O fornecimento de água potável se ampliou, com a construção de novas bicas. Em me-
ados do século XIX, a água ainda não era levada até as casas. As cidades maiores tinham
bicas públicas e chafarizes, onde a população ia buscar água – o que deu origem a um novo
ofício: o de “aguadeiro”, pessoa que recolhia água para vender. No Rio de Janeiro, teve início
um sistema de distribuição urbana com carros-pipa.
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seda e rendas complementavam os trajes. Nos bailes, as jovens paulistas exibiam seus ves-
tidos desenhados em Paris.
Os homens da elite utilizavam grande quantidade de roupas de lã, vestidas por cima de
peças de algodão ou linho, adotando a moda europeia apesar das elevadas temperaturas do
Rio de Janeiro. Eram obrigatórios os coletes, as casacas à altura da cintura e as cartolas.
A vestimenta refletia o contraste social entre os membros da elite e as pessoas pobres do
povo, livres ou escravas.
Os habitantes das cidades e os moradores das fazendas – homens e mulheres de condi-
ção social mais simples – vestiam-se com roupas de algodão. Os homens tinham por hábito
usar camisa, calças e coletes; vez por outra, também vestiam paletó. Os sapatos eram uti-
lizados apenas na vila; no campo, era comum o uso de tamancos de madeira. As senhoras
usavam camisas enfeitadas com crochê, além de anáguas – que vinham por baixo das saias
ou vestidos.
O algodão era tingido com corantes naturais como o anil, o urucum e o campeche. Saias e
paletós feitos com chita cabocla ou baeta (tecido grosso e felpudo de algodão) eram estam-
pados em roxo para as senhoras idosas, e em rosa e vermelho para as mais moças. Aos do-
mingos, homens e mulheres usavam a roupa chamada “de ver Deus”, por ser mais bem con-
feccionada e somente usada para assistir às missas.
Os escravos, quando trabalhavam ao relento, cobriam-se com um timão, espécie de ca-
misola comprida confeccionada com um pano grosseiro de lã denominado burel – também
usado para fazer mantas e cobertores.
Os teares eram manuais, e os fios de algodão e lã provinham das próprias plantações e da
criação de ovelhas das fazendas.
O surto do café
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Iniciado seu cultivo já no final do século XVIII, nas terras do Vale do Paraíba, no Rio de
Janeiro, esta cultura foi seguindo para São Paulo e Minas Gerais, até descer e descobrir as
férteis terras de solo roxo do norte do Paraná, no final do século XIX, seja pelo consequente
esgotamento das terras no sudeste do País, seja pelo anseio natural dos fazendeiros em ex-
pandir suas plantações para mais a oeste de São Paulo.
A história do ciclo do café no Brasil começou com o contrabando de grãos da Guiana
Francesa. Quem introduziu o cultivo no país foi o Francisco de Melo Palheta, um militar luso-
-brasileiro. O café e seus derivados seriam os principais produtos brasileiros de exportação
durante quase 100 anos e seu ciclo ajudou no desenvolvimento do Brasil em diversos pris-
mas, com ênfase na urbanização dos grandes centros econômicos.
A maior parte do ciclo do café ocorreu na economia brasileira entre os anos de 1800 e
1930. Nota-se a importância do produto pela quantidade de tempo de predominou na econo-
mia brasileira. Compreendido entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, o Vale do Para-
íba tinha ótimas condições geográficas como regularidade de chuvas e clima adequado para
o cultivo do café. O Vale do Paraíba é formado, no lado paulista, por São José dos Campos,
Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Cruzeiro e Lorena. Após a concentração
inicial do ciclo do café naquela região, o grão também foi cultivado nas zonas de terra roxa do
interior do Paraná e de São Paulo.
Para escoar a produção, várias estradas férreas foram construídas. Nesse sentido, mere-
ce destaque a Estrada União e Indústria, a primeira da América Latina de rodagem macada-
mizada, construída em 1861.
Na época da expansão do ciclo do café, a vantagem do Brasil era possuir a maior parte
da oferta do produto para o mundo todo, controlando os preços e decidindo de que forma
iria atuar na economia internacional. Apesar disso, o crescimento da economia brasileira de-
pendia de maneira fundamental do aumento populacional dos países consumidores, em sua
maioria europeus. Desta forma, a oferta do café começa a se tornar muito superior do que a
demanda, o que indicava que uma diminuição dos preços ocorreria gradualmente.
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Outro fator que exerceu influência sobre a economia do café foi a crise de 1929 nos Esta-
dos Unidos. Se os preços já tendiam a cair, a crise fez com que a demanda internacional pelo
produto diminuísse ainda mais, o que forçou a baixa dos preços com maior rapidez. O gover-
no brasileiro não encontrava nenhuma solução para absorver os estoques, o que causou uma
quebra na economia cafeeira da época. Mas isso é assunto para a próxima aula.
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Letra a.
A Estrada União e Indústria foi a primeira estrada de rodagem pavimentada (“macadamiza-
da”) da América Latina. Buscava melhorar o escoamento da produção de café da região onde
se situa atualmente Juiz de Fora. Ligava Juiz de Fora a Petrópolis, e tinha 144 km de exten-
são, com doze estações de muda 1 um marco de pedra a cada 6 km. Foi inaugurada em 23 de
junho de 1861, quando ainda não havia ferrovia (que somente chegaria a Três Rios em 1867
e a Juiz de Fora em 1875). Sendo assim, não havia como competir com o sistema ferroviário.
As transformações econômicas
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O objetivo básico da Tarifa Alves Branco era melhorar a balança comercial brasileira, fa-
zendo com que o império arrecadasse mais dinheiro do que era dispensado com gastos. Só
que a implicação da tarifa foi bem além disso, a medida do Ministro Alves Branco acabou por
incentivar a produção industrial brasileira, já que os custos para substituição das importa-
ções pela instalação de pequenas fábricas eram bem mais atraentes.
É na vigência da Tarifa Alves Branco que se cria a estrutura necessária para os investi-
mentos do conhecido Barão de Mauá, o qual investiu em diversas inovações tecnológicas e
comerciais para o Brasil. A chamada Era Mauá foi interrompida e minada dentro do próprio
governo imperial brasileiro em função da existência de políticos atrelados aos interesses dos
ingleses que pressionaram até conseguir derrubar as taxas protecionistas e sucumbir o im-
pério ao capital inglês.
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, foi um importante banqueiro, industrial e
político brasileiro. Foi o pioneiro da industrialização no Brasil do século XIX, sendo responsá-
vel pela construção de grandes empreendimentos.
De origem humilde, Mauá veio jovem do Rio Grande Sul para o Rio de Janeiro. Trabalhou
em uma pequena loja em troca de abrigo e comida. Em 1825, conseguiu seu segundo empre-
go, na casa comercial do português Antônio Pereira de Almeida, de quem se tornou funcio-
nário de confiança ao passar dos anos e chegou ao posto de caixeiro em 1828. Continuou na
função até 1829, quando Antônio perdeu seus bens para o credor escocês Richard Carruthers.
Por indicação do ex-patrão, Mauá foi admitido como caixeiro da Companhia Inglesa Carru-
thers, especializada em importação e exportação. Exercendo suas funções aprendeu inglês,
contabilidade e técnicas comerciais, chegando ao posto de gerente.
Em 1836 se estabeleceu como sócio da companhia, batizada de Carruthers & Cia. Em
1839, Richard Carruthers voltou definitivamente para a Inglaterra e deixou Irineu no comando
dos negócios.
Com capital acumulado ao longo de seus anos de trabalho, Mauá adquiriu uma chácara
no Morro de Santa Teresa, onde tratava seus empregados como auxiliares e não negava abri-
go aos escravos foragidos. Em 1840 partiu em viagem para Inglaterra, onde teve contato com
a realidade capitalista e com as invenções da Revolução Industrial
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Em 1845, Mauá vendeu sua parte na sociedade e adquiriu uma fundição em Niterói. Cons-
truiu um estaleiro no local, iniciando a indústria naval brasileira. Seu patrimônio cresceu e ele
investiu em empreendimentos para modernização do Brasil. Nos anos seguintes, promoveu
o encanamento das águas do rio Maracanã na cidade do Rio de Janeiro em 1850. Em 1851
fundou a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro. Em 1852 fundou a Companhia
de Navegação a Vapor do Amazonas e a Companhia Fluminense de Transportes. Em 30 de
abril de 1854, nasceu a primeira ferrovia do país: a Companhia de Estrada de Ferro, ligando o
Porto Mauá na baía da Guanabara à encosta da Serra da Estrela. No mesmo dia Dom Pedro II
concedeu-lhe o título de “Barão de Mauá”.
O empreendedor também a inaugurou a Estrada de Ferro Dom Pedro II em 1858, atual
Central do Brasil; realizou a construção da estrada de ferro que liga Santos a Jundiaí e a insta-
lação de cabos telegráficos submarinos ligando o Brasil à Europa em 1874. No final da década
de 1850 fundou o Banco Mauá, MacGregor & Cia.
De posicionamento liberal e abolicionista, Mauá teve problemas com o Império devido aos
seus ideais. Seus negócios ficaram abalados pela legislação de taxação de importações que
foi implantada e em 1857 o seu estaleiro foi incendiado criminosamente. Seus empreendi-
mentos também sofreram consequências com a crise bancária de 1864.
Além de todas suas realizações e obras, Mauá foi deputado pelo Rio Grande do Sul, porém
renunciou em 1873 para cuidar apenas de seus negócios. Em 1874, foi intitulado “Visconde
de Mauá”.
Em 1875 o Banco Mauá foi encerrado, obrigando Mauá a vender grande parte de seu pa-
trimônio. Diabético e com a saúde debilitada, quitou todas as suas dívidas e trabalhou com o
comércio de café. Faleceu no dia 21 de outubro de 1889 em Petrópolis, Rio de Janeiro.
A imigração
Como vimos, num primeiro instante, o crescimento das exportações de café determinou
um impressionante aumento no tráfico negreiro. Contudo, na metade do século XIX, esse epi-
sódio se interrompeu com a proibição do tráfico negreiro.
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Além disso, havia grande influência cientificista sobre os pensadores brasileiro. Alguns
destes creditavam o atraso brasileiro à miscigenação. Assim, acreditavam que era necessário
“embranquecer” a população, trazendo imigrantes europeus de “gene superior”.
Nesse novo contexto, os prósperos fazendeiros paulistas tomaram as primeiras inicia-
tivas visando à substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre. A elite de cafeicultores
paulistas adotou uma política oficial de incentivo à imigração europeia e fizeram as primeiras
experiências de introdução do trabalho assalariado nas lavouras.
Dois foram os sistemas usados no Brasil para desenvolver o trabalho dos imigrantes:
• Parceria: O sistema de parceria foi utilizado principalmente em meados do século 19.
Por meio desse sistema os fazendeiros cediam terras para os imigrantes plantarem.
Mas os imigrantes deveriam dividir os lucros com a venda do café e de outros produtos.
Os imigrantes não podiam deixar as fazendas enquanto não pagassem todas as dívidas.
• Colonato: No sistema de colonato, a remuneração podia ocorrer de duas formas: por ta-
refa ou por produção. Os imigrantes recebiam pequenos salários. Além do salário, os imi-
grantes podiam usar parte das terras para plantar alimentos para o consumo próprio.
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quanto mais fazendas eram criadas, mais trabalhadores eram necessários, o que, enfim, esti-
mulava ainda mais a imigração. Como resultado importante do processo, a entrada maciça de
imigrantes favoreceu a constituição do mercado de trabalho, sem o qual não há capitalismo.
Em consequência, no regime de colonato não era o fazendeiro quem pagava ao trabalha-
dor pela formação do cafezal. Era o trabalhador quem pagava com cafezal ao fazendeiro o
direito de usar as mesmas terras na produção de alimentos durante a fase da formação. Foi
assim que os fazendeiros multiplicaram a sua riqueza e, como pretendiam, mantiveram um
exército de homens despossuídos, aptos para trabalharem sob suas ordens.
A solução imigrantista, cujo êxito foi testemunhado pelos cafeicultores, não esteve restri-
ta à província de São Paulo. Entretanto, em outras regiões, incluindo a cafeicultura de Minas,
Rio de Janeiro e Paraná a transição para o trabalho assalariado teve por base trabalhadores
locais, brasileiros.
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III – A política imigratória procurava atender aos interesses da cafeicultura paulista que pre-
tendia resolver a escassez de mão de obra com a chegada de trabalhadores europeus.
Letra c.
Querido(a), apesar de banca enfatizar os período republicano, entenda que a imigração está
diretamente ligada ao ciclo do café iniciado no século XIX.
Afirmativa I: Correta.
Afirmativa II: Errada. Ora, a maioria dos imigrantes que vieram para o país no período eram de
classes menos favorecidas, muitos até fugindo de conflitos no continente europeu. Ademais,
a afirmativa é contraditória ao afirmar que a inserção de imigrantes se deu na região urbana
mas contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias no campo.
Afirmativa III: Errada.
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Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam li-
vres. Excetuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço de embarcações pertencentes a país,
onde a escravidão é permitida, enquanto empregados no serviço das mesmas embarcações.
2º Os que fugirem do território, ou embarcação estrangeira, os quais serão entregues aos senhores
que os reclamarem, e reexportados para fora do Brasil.
A lei estabelecia multas aos traficantes, além de oferecer um prêmio em dinheiro a quem
denunciasse o tráfico:
O governo brasileiro se esforçou por quase cinco anos para aplicá-la, mas depois passou
a ser “lei para inglês ver”. Ao contrário do que é afirmado de forma costumeira, a lei não foi
promulgada devido à pressão inglesa. Foi promulgada exatamente como resposta contrária à
pressão inglesa, exercida por meio de tratado: o Legislativo queria mostrar que não agia sobre
pressão do tratado com os ingleses e promulgou uma lei mais rigorosa que este. Somente
com a Lei Eusébio de Queirós, de 1850, o tráfico negreiro passou a ser efetivamente comba-
tido pelo Império Brasileiro.
Internamente, crescia o movimento abolicionista. Ao longo do Segundo Reinado, paulatina-
mente, leis foram sendo criadas devido a pressão interna e externa. Veja as leis abolicionistas:
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Nome: Lei Áurea
• Data: 13 de maio de 1888
• O que prevê: a lei decreta o fim da escravidão no Brasil. Entretanto, não houve um pla-
nejamento sobre o que fazer com todos os libertos. Não se criou uma infraestrutura de
educação, moradia e emprego. Não forneceram nenhuma política social de inclusão.
Advém que, diante da pressão internacional pelo fim da escravidão, a própria aristocracia
rural começou a inflacionar o preço dos escravos na expectativa de que o governo pagasse
uma indenização quando a previsível abolição acontecesse.
Entretanto, o governo brasileiro libertou os escravos, mas não indenizou os proprietários.
Resultado: a aristocracia escravagista começou a sonegar tributos retirando o sustentáculo
financeiro do Império. Uma grave crise tomou conta do governo, já debilitada pelos altos gas-
tos com a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Do ponto de vista social, a abolição não resolveu o problema das desigualdades geradas
pela escravidão. Ocorre que o governo imperial e o governo republicano não criaram meca-
nismos para que a população liberta fosse absolvida pelo mercado de trabalho assalariado
ou tivesse condições de possuírem moradia. O resultado pode ser visto ainda hoje, com a
população negra sendo maioria dos integrantes das classes sociais mais baixas, minoria nas
universidades públicas entre outros indicadores sociais.
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escravos. Aquellas que não tiverem escravos a bordo, nem os houverem proximamente
desembarcado, porêm que se encontrarem com os signaes de se empregarem no trafico
de escravos, serão igualmente apprehendidas, e consideradas em tentativa de importa-
ção de escravos. (Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
II – (…) Faz saber a todos os Subditos do Império, que a Assembleia Geral Decretou, e Ella
Sanccionou a Lei seguinte: Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou
portos do Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se: 1º Os escravos matricu-
lados no serviço de embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permitida,
emquanto empregados no serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do
territorio, ou embarcação estrangeira, os quaes serão entregues aos senhores que os
reclamarem, e reexportados para fóra do Brazil. Para os casos da excepção n. 1º, na
visita da entrada se lavrará termo do numero dos escravos, com as declarações neces-
sarias para verificar a identidade dos mesmos, e fiscalisar-se na visita da sahida se a
embarcação leva aquelles, com que entrou. Os escravos, que forem achados depois da
sahida da embarcação, serão apprehendidos, e retidos até serem reexportados. (Cole-
ção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
Letra b.
Muito fácil! Listei, inclusive, os parágrafos da Lei Feijó no corpo do texto sobre a Questão
Abolicionista. Tenha em mente que você deverá saber identificar cada uma das leis abolicio-
nistas. Na seção Mapas Mentais, encontrará uma tabela resumindo essas leis.
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Questão Religiosa:
Questão Militar:
Como vimos, a Guerra do Paraguai (1864-1870) foi o maior conflito armado internacional
ocorrido na América do Sul. O Paraguai foi destruído pela Tríplice Aliança, composta por Bra-
sil, Argentina e Uruguai.
A principal instituição brasileira responsável pela vitória na guerra foi o Exército. Contudo,
era a marinha quem recebia as maiores verbas e privilégios do governo. Isso despertou um
sentimento de despeito por parte do alto escalão do exército brasileiro.
Além disso, em 1883, aumentou a oposição entre governo e exército. Oficiais ficaram ex-
tremamente insatisfeitos em função do projeto de revisão da aposentadoria dos militares.
Soma-se a isso, a influência da Escola Militar, em que as ideias do positivismo de Auguste
Comte ganhavam adeptos. Sobre o positivismo, estudaremos seus detalhes mais adiante.
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De acordo com essa corrente filosófica, uma República forte, centralizada e orientada por
princípios racionais, representava o melhor dos sistemas de governo a ser seguido. Além da
Escola Militar, muitos chefes militares passaram a fazer campanha contra o Império através
de jornais.
Assim, diante dos boatos de que o visconde de Ouro Preto, chefe do gabinete de governo,
pretendia dissolver o Exército, nos dias 14 e 15 de novembro, um grupo de militares liderado
por Marechal Deodoro impôs o golpe a Dom Pedro II. Estava proclamada a República.
Durante o processo de tomada do poder, a população sequer entendeu o que estava acon-
tecendo, levando o ex-político e jornalista, Aristides Lobo, que “o povo assistiu àquilo bestiali-
zado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava, muitos acreditaram seriamente estar
vendo uma parada.”
Resumindo: O império, que já havia perdido seu sustentáculo ideológico e econômico,
agora perdia sua base de apoio militar.
A Republica proclamada em 1889, de início, foi governada por Militares, no que se conven-
cionou chamar de República de Espada (1889-1894). O governo dos marechais deu lugar ao
governo civil a partir de 1894, iniciando o que chamamos República Oligárquica. Mas isso é
assunto para nossa próxima aula.
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Estimado(a),
Chegamos novamente ao final de mais uma parte teórica. Faça os exercícios, estude o
resumo e os mapas mentais. Nos encontraremos novamente na nossa última aula sobre o
Brasil República.
Antes de me despedir, peço encarecidamente que avalie a aula! Insisto nisso porque, como
já disse, preciso do seu feedback para contínuo aprimoramento do nosso material.
Continue focado e motivado! Seu esforço é fundamental para alcançar sua meta.
A gente se encontra em breve.
Grande abraço!
Professor Daniel
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RESUMO
Rebeliões Separatistas: visam a independência em relação a Portugal.
• Inconfidência Mineira 1789; Elitista, Escravista
• Conjuração Baiana 1798; Camadas populares, Abolicionista
• Insurreição Pernambucana de 1817. (A Insurreição Pernambucana 1645-1654 é a que
expulsou os holandeses.) Camadas populares, Abolicionista. Única que tomou o poder
de fato.
Período Joanino:
• A corte portuguesa se transferiu para o Brasil fugindo das tropas napoleônicas por ter
desobedecido o Bloqueio Continental imposto pela França.
• Dom João realizou concessões econômicas à Inglaterra, exemplificados pelos Trados
Comerciais de 1810.
• Dentre suas principais medidas, podemos listar:
• Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de
tribunais e ministérios.
• Estruturação econômica, com a fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda.
• Investimentos nas áreas de educação e cultura. Nestas duas áreas, podemos destacar
a criação de escolas de Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da Academia
Real de Belas Artes e da Imprensa Real.
• Investimentos voltados para o desenvolvimento industrial do Brasil. Neste sentido, po-
demos destacar a instalação de indústria de ferro em Minas Gerais e São Paulo.
• Elevação do Brasil, em 1815, a Reino Unido de Portugal e Algarves. Desta forma, o Bra-
sil deixou de ser (oficialmente) uma colônia. E, mais do que isso, se tornou sede do
Império Português. Grosso modo, é como se Portugal deixasse de ser metrópole e se
tornasse colônia do Brasil.
• Guerras contra a Guiana e a província Cisplatina (Uruguai)
• Voltou a Portugal devido a Revolução Liberal do Porto, ameaçado de perder o trono
português.
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II – Reinado:
• Golpe da Maioridade
• Partido Liberal x Partido Conservador
• Revolução Praieira
• Guerra do Paraguai
• Economia: café.
• Lei de Terras de 1850
• Crise da monarquia: Questões Religiosa, Abolicionista e Militar.
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MAPAS MENTAIS
Primeiro Período
Reinado Regencial
1822 - 1831 1831 - 1840
Segundo
Reinado
1840 - 1889
Brasileiros x
Portugueses
Insurreição Pernambucana
Independência dos
EUA
1817
Revolução Francesa
Maçonaria
Seca de 1816
Independência das
Colônias Espanholas
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Confederação do Equador
Crise econômica
do Nordeste
1824 - Liberal
Autoritarismo de
D. Pedro
Influência
Portuguesa
Revolução Praieira
(1848 - 1850)
Tráfico
transatlântico
de escravos
Navios
Negreiros
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LEIS ABOLICIONISTA
“Lei para inglês ver” 1831 Proibia o Tráfico Negreiro para o Brasil.
Bill Aberdeen (Lei Inglesa) 1845 Permitia navios britânicos atacarem navios negreiros.
Eusébio de Queirós 1850 Proibiu de fato o tráfico negreiro para o Brasil.
Lei do Ventre Livre 1871 Libertava todo filho de escravo nascido a partir da data.
Lei do Sexagenário 1885 Libertava os escravos com mais de 60 anos.
Lei Áurea 1888 Assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão.
Questão Religiosa
Crise do Império
Questão Militar
Questão Abolicionista
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( ) Instrumento usado para frear a autonomia das províncias, de acordo com os ideais con-
servadores.
( ) Instrumento forjado para ampliar o poder legislativo local, por meio da criação das As-
sembleias Provinciais.
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( ) Instrumento estabelecido para manter a ordem interna, com potencial uso coercitivo
para repressão das revoltas.
( ) Instrumento utilizado para fortalecer os proprietários rurais provinciais, que elegiam a
autoridade judiciária do município.
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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
A respeito das diferentes interpretações da Guerra do Paraguai contidas nos trechos acima,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) I e III associam os motivos da guerra à ação de indivíduos isolados, lançam estereótipos
sobre o Paraguai de Solano López e exaltam a ação do Brasil na guerra.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
Questão 1 1. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR – BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019)
I –
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Com base na imagem e no texto, pode-se afirmar que, durante o período regencial (1831-
1840), a ampliação da imprensa favoreceu o(a)
a) aumento do racismo.
b) combate à corrupção.
c) ascensão do personalismo.
d) fortalecimento da esfera pública.
e) denegrimento dos mulatos.
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Questão 9 (ESA/1992) O movimento ocorrido no Brasil, no ano de 1789, e que recebeu in-
fluência das ideias iluministas da Revolução Francesa foi a:
a) Guerra dos Mascates
b) Guerra do Paraguai
c) Revolta de Felipe dos Santos
d) Inconfidência Mineira
e) Revolta de Beckmam
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Questão 13 (ESPCEx/2017) “… Caxias tinha visão certa de que pacificar é um esforço por
costurar… de concessões recíprocas, de vontade sincera, tudo voltado para a conciliação…
“ Neto, Jonas Correia em Revista Militar / Edição comemorativa do Bicentenário de Caxias,
2003, pág. 9.
O fragmento de texto acima ressalta uma das características marcantes de Luiz Alves de
Lima e Silva, o Duque de Caxias, evidenciada durante sua carreira militar: ser um pacificador.
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Das rebeliões listadas abaixo, ocorridas no Brasil durante os 1º e 2º Reinados, as que tiveram
participação efetiva de Caxias foram a
a) Revolta dos Malês; e Questão Religiosa.
b) Sabinada; e Guerra dos Farrapos.
c) Cabanagem; e Revolução Praieira.
d) Conjuração baiana; e Sabinada.
e) Balaiada; e Guerra dos Farrapos.
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Assinale a única alternativa em que todos os itens listam consequências da Guerra da Tríplice
Aliança contra o Paraguai.
a) I, IV
b) I, II
c) II e III
d) IV e V
e) II e V
Questão 17 (ESPCEX/2006) O fim do Império Brasileiro foi marcado por contestações ao re-
gime como, por exemplo, a campanha abolicionista e a campanha republicana. Paralelamen-
te, ocorreram duas outras causas da queda da monarquia: a relação Pedroado-Maçonaria e
as ideias criadas pelo francês Auguste Comte, corrente filosófica chamada de Positivismo.
Esses dois conjuntos geraram, respectivamente, a:
a) crise de sucessão do terceiro imperador e a censura dos livros de filosofia
b) perseguição às sociedades secretas e o Problema Servil
c) Corrente Nacionalista e a rejeição do Conde D’Eu como novo monarca
d) Questão Religiosa e a Questão Militar
e) crise do Beneplácito e a queda do Gabinete Liberal
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Assinale abaixo a alternativa em que todas as proposições estão corretas no que se refere às
questões que contribuíram para o fim do período Imperial Brasileiro.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e V.
d) III, IV e V.
e) IV e V.
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Questão 23 (ESPCEX/2015) Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro
de Alcântara, iniciando-se no Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o
período imperial, a vida política do País passou a ser dominada pelos
a) liberais e conservadores.
b) conservadores e socialistas.
c) liberais e republicanos.
d) comunistas e republicanos.
e) liberais e anarquistas.
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Assinale a única alternativa que apresenta todas as afirmações corretas sobre os objetivos
brasileiros nesses conflitos:
a) I e IV.
b) II, III e V.
c) II e III.
d) I, IV e V.
e) I e III.
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Questão 28 (ESPCEX/2007) A Família Real Portuguesa, fugindo das tropas de Napoleão Bo-
naparte, trouxe para o Brasil uma corte parasitária, composta por 15.000 pessoas. Para cus-
teá-la, as despesas com o serviço público aumentaram e o governo, para compensar, criou
novos impostos, o que gerou protestos organizados e um movimento armado de grandes
proporções.
Tal movimento foi a
b) Revolução Pernambucana.
c) Conjuração Baiana.
d) Cabanagem.
no ano de 1848, um movimento popular que uniu “pessoas de várias tendências, sobretudo
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Questão 30 (ESPCEX/2008) De 1831 a 1840, o Brasil vivenciou um período (…) em que dife-
rentes grupos disputavam o poder. Como resultado, instalou-se um clima de grande instabili-
dade que propiciou a irrupção de conflitos em inúmeros pontos do país.” (KOSHIBA; PEREIRA,
2003) A cabanagem foi um dos conflitos ocorrido nesse período.
Assinale a alternativa que corresponde a tal conflito.
a) Ocorreu no atual estado do Rio Grande do Sul, liderado pelos criadores de gado das fron-
teiras com o Uruguai.
b) Foi planejado e contava com participantes que haviam tido experiências anteriores de com-
bates na África, e objetivava promover a independência de Salvador e do Recôncavo Baiano.
c) Foi um movimento conduzido por camadas populares do atual estado do Pará, que viviam
marginalizadas na Região Amazônica.
d) Foi uma rebelião contra o poder central, ocorrida na Bahia, e que contava com a camada
média da sociedade baiana.
e) Ocorreu no atual estado do Maranhão e foi conduzida por um grupo de vaqueiros que visa-
va combater os privilégios dos cidadãos de origem portuguesa e o absolutismo de D. Pedro.
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Questão 35 (ESSA/2015) Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal
e Algarves. Na prática:
a) foi a causa da Inconfidência Mineira.
b) nada significou para o Brasil.
c) provocou enorme satisfação em Portugal.
d) o Brasil volta à condição de colônia.
e) o Brasil adquiria autonomia administrativa.
Questão 37 (ESSA/2013) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, deter-
minou que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios
foram a
a) Guiana Francesa e a França Antártica.
b) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.
c) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.
d) Guiana Inglesa e a França Antártica.
e) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.
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Questão 39 (ESSA/2007) No dia 22 de janeiro de 1808, D. João chegou à Bahia. Seis dias
depois, cumpriu o que havia prometido aos ingleses ao:
a) Elevar o Brasil a categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.
b) Decretar o Bloqueio Continental contra a França.
c) Permitir a indústria no Brasil.
d) Decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
e) Decretar o Tratado de Tordesilhas.
Questão 40 (ESA) A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que pode ser ca-
racterizado como:
a) Ter contado coma participação de portugueses e espanhóis na luta contra holandeses.
b) Ter sido um movimento que não sofreu influência dos ideais de liberdade surgidos na Inde-
pendência dos Estados Unidos da América.
c) um movimento que provocou descontentamento entre os portugueses por causa da con-
tenção de despesas de D. João VI, que não concedeu privilégios aos próprios portugueses.
d) o único movimento em que os revoltosos não instalaram um governo provisório nem de-
fenderam o ideal republicano.
e) o movimento que contribuiu decisivamente no processo de independência política do Brasil.
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Questão 42 (ESA/2016) A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos africanos, mui-
tos dos quais eram muçulmanos, ocorrido em 1835 na seguinte província:
a) Maranhão
b) Grão-Pará
c) Bahia
d) Pernambuco
e) Minas Gerais
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d) café.
e) algodão.
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Questão 50 (ESA/2010) Em 1845, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen. Com relação a esse
ato é correto afirmar:
a) concedia à Inglaterra o direito de monopolizar o tráfico negreiro par o Brasil.
b) determinava a substituição da mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre.
c) era declarado legal o aprisionamento de qualquer navio negreiro, bem como o julgamento
dos traficantes pela marinha inglesa.
d) elevava violentamente as taxas alfandegárias sobre os produtos brasileiros.
e) visava à eliminação da concorrência que a agricultura escravista brasileira representava.
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Questão 53 (ESA/2008) Uma das principais causas da Revolução Farroupilha foram as(os):
a) precárias condições de vida dos ribeirinhos amazônicos.
b) problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos.
c) divergências entre senhores de engenho e escravos na Bahia.
d) péssimas condições de saneamento básico no Rio de Janeiro.
e) problemas de relacionamento entre membros do partido liberal paulista e a regência.
Questão 54 (ESA/2007) Sobre os partidos políticos que dominaram o cenário político brasi-
leiro na primeira metade do século XIX, é correto afirmar que:
a) o Partido Restaurador se extinguiu após a morte de D. Pedro I, em 1834.
b) os Liberais Exaltados defendiam o governo monárquico no Brasil e a centralização do poder.
c) o Partido Conservador era contrário ao ideário político liberalista – constituição e voto.
d) o Partido Brasileiro era favorável à abolição da escravatura.
e) os Liberais Moderados defendiam o federalismo.
Questão 56 (ESSA/1978) O partido político que, durante o início do Segundo Império pro-
pugnou por uma maior autonomia das províncias foi o:
a) Conservador
b) Timbira
c) Liberal
d) Republicano Paulista
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4. A antecipação da maioridade de D. Pedro II, para que ele assumisse o trono aos quinze
anos, propiciou o recrudescimento das lutas e revoltas que ameaçavam o governo imperial.
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GABARITO
1. d 28. b 55. d
2. a 29. d 56. c
3. c 30. c 57. d
4. d 31. e 58. a
5. e 32. d 59. a
6. d 33. e 60. d
7. e 34. e 61. a
8. c 35. e 62. d
9. d 36. a 63. a
10. e 37. c 64. c
11. c 38. b
12. a 39. d
13. e 40. e
14. d 41. c
15. c 42. c
16. c 43. b
17. d 44. c
18. d 45. d
19. c 46. b
20. b 47. a
21. c 48. a
22. a 49. b
23. a 50. c
24. a 51. b
25. e 52. b
26. e 53. b
27. a 54. a
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR – BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019)
I –
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Com base na imagem e no texto, pode-se afirmar que, durante o período regencial (1831-
1840), a ampliação da imprensa favoreceu o(a)
a) aumento do racismo.
b) combate à corrupção.
c) ascensão do personalismo.
d) fortalecimento da esfera pública.
e) denegrimento dos mulatos.
Letra d.
Querido(a), muito cuidado! Está questão é de interpretação de texto. A ampliação da imprensa
favoreceu sobremaneira o fortalecimento da esfera pública na medida em que aumentou o
acesso à informação sobre as políticas tomadas pelo governo brasileiro.
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Letra a.
Questão exige conhecimento acerca do processo da abolição da escravatura. Como vimos,
não houve uma política social para os ex-excravos após o fim da escravidão. Essas políticas
sociais somente surgiram em finais do século XX, com o programa Bolsa Família de Fernando
Henrique Cardoso e com o sistema de cotas, já no Governo Lula.
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Letra c.
A partir de 1847 foi criado o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, de tal modo que
o Imperador era responsável por esta escolha. No parlamentarismo clássico, quem escolhe o
Primeiro Ministro é o legislativo através de eleições.
Letra d.
A abertura dos portos brasileiros não foi acompanhada pelo oferecimento de isenção impos-
tos a Inglaterra. Na verdade, os ingleses foram beneficiados com o pagamento de uma taxa
preferencial, menor em relação à de outros países que poderiam comercializar com o Brasil,
a partir dos Tratados Comerciais de 1810.
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lhe garantisse poderes semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação
do Poder Moderador (…) (Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)
Esse poder
a) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocan-
te à administração pública e a ação do Senado.
b) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte
dos deputados provinciais.
c) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de in-
terferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.
d) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia
política e econômica das províncias do Império.
e) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias,
nomear senadores e suspender magistrados.
Letra e.
O Poder Moderador, na prática, dava ao Imperador poderes absolutistas disfarçados de cons-
titucionais.
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Letra d.
O contexto histórico em que ocorreu a Inconfidência Mineira foi marcado, sobretudo, pela di-
minuição da produção aurífera (de ouro) e a crescente cobrança de impostos (o quinto, com
a declaração da “derrama”).
Letra e.
Estas eram as principais causas da revolta, que contava com muitos escravos em suas fileiras.
Letra c.
A Revolta dos Alfaiates, também conhecida como Conjuração Baiana, foi a única revolta lista-
da na questão que, ao lado da Inconfidência Mineira e da Insurreição Pernambucana de 1817,
defendeu a emancipação do Brasil.
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Questão 9 (ESA/1992) O movimento ocorrido no Brasil, no ano de 1789, e que recebeu in-
fluência das ideias iluministas da Revolução Francesa foi a:
a) Guerra dos Mascates
b) Guerra do Paraguai
c) Revolta de Felipe dos Santos
d) Inconfidência Mineira
e) Revolta de Beckmam
Letra d.
Dos movimentos listados, a Inconfidência Mineira foi a única influenciada pelo iluminismo,
além de ser a única ocorrida em 1789.
Letra e.
As principais diferenças entre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana são que a pri-
meira pretendia manter a escravidão e foi organizada pelas elites, enquanto a segunda foi
marcada pela intensa participação popular e visava à abolição da escravidão.
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a) Conjuração Baiana.
b) abdicação de D. Pedro I.
c) elevação do Brasil à categoria de reino Unidos a Portugal e Algarves.
d) introdução das ideias revolucionárias francesas no Brasil.
e) estabelecimento do pacto Colonial.
Letra c.
Note que o enunciado da questão pede qual dos acontecimentos listados nas alternativas
ocorreu primeiro. Nesse sentido, a elevação do Brasil à categoria de Reino é a alternativa a ser
marcada. Ademais, a Conjuração Baiana ocorreu antes da chegada da família real ao Brasil
e, uma das primeiras medidas tomadas por D. João ao pisar em terras brasileiras, foi romper
com o pacto colonial através da Abertura dos Portos. Também, a introdução das ideias revo-
lucionárias francesas ocorreu antes da chega de D. João. Exemplo disso é a influência dos
ideais iluministas na Inconfidência Mineira e na Conjuração Baiana.
Letra a.
O Poder Moderador foi uma estratégia de Dom Pedro para, na prática, exercer um poder abso-
lutista disfarçado de constitucional, tendo supremacia sobre os demais poderes.
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Questão 13 (ESPCEx/2017) “… Caxias tinha visão certa de que pacificar é um esforço por
costurar… de concessões recíprocas, de vontade sincera, tudo voltado para a conciliação…
“ Neto, Jonas Correia em Revista Militar / Edição comemorativa do Bicentenário de Caxias,
2003, pág. 9.
O fragmento de texto acima ressalta uma das características marcantes de Luiz Alves de
Lima e Silva, o Duque de Caxias, evidenciada durante sua carreira militar: ser um pacificador.
Das rebeliões listadas abaixo, ocorridas no Brasil durante os 1º e 2º Reinados, as que tiveram
participação efetiva de Caxias foram a
a) Revolta dos Malês; e Questão Religiosa.
b) Sabinada; e Guerra dos Farrapos.
c) Cabanagem; e Revolução Praieira.
d) Conjuração baiana; e Sabinada.
e) Balaiada; e Guerra dos Farrapos.
Letra e.
Luís Alves de Lima e Silva, o Pacificador, participou ativamente na repressão de levantes se-
paratistas da Regência. Durante a Balaiada (1838-41), no Maranhão, a retomada da Vila de
Caxias rendeu-lhe o título de “Barão de Caxias”. Em 1845, Caxias foi destacado para coman-
dar as tropas na contenção da Farroupilha, encerrando o conflito com a assinatura do Tratado
Paz de Poncho Verde, por meio do qual a paz foi selada sem vencedores.
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d) Parlamentarismo às avessas.
e) Autoritarismo Monárquico.
Letra d.
Chama-se parlamentarismo às avessas porque no parlamentarismo clássico é o legislativo
que escolhe do Primeiro Ministro. No caso brasileiro, era o imperador quem escolhia quem
ocuparia o caro no Conselho de Ministros.
Letra c.
Se a mercadoria a ser tributada não tivesse nenhum concorrente semelhante no país, o im-
portador seria obrigado a pagar uma taxa de 30% sobre o valor do produto. Quando houvesse
produto de igual característica ou semelhante, essa mesma mercadoria importada poderia
sofrer uma cobrança que atingia até 60% do seu valor.
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Assinale a única alternativa em que todos os itens listam consequências da Guerra da Tríplice
Aliança contra o Paraguai.
a) I, IV
b) I, II
c) II e III
d) IV e V
e) II e V
Letra c.
Afirmativa I: Errada. O Paraguai foi destruído pela Tríplice Aliança. Ele era desenvolvido antes
do conflito.
Afirmativa II: Certa. O exército brasileiro se fortaleceu após a Guerra do Paraguai.
Afirmativa III: Certa. Influenciados pelo positivismo, os militares do exército brasileiro inicia-
ram uma campanha pelo fim da monarquia.
Afirmativa IV: Errada. Ocorreu o contrário, com o exército combatendo o regime monárquico.
Afirmativa V: Errada. A Guerra do Paraguai exigiu que o governo brasileiro realizasse emprés-
timos. Portanto, houve sim um aumento do endividamento externo brasileiro.
Questão 17 (ESPCEX/2006) O fim do Império Brasileiro foi marcado por contestações ao re-
gime como, por exemplo, a campanha abolicionista e a campanha republicana. Paralelamen-
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Letra d.
Esses dois elementos fazem parte da crise que gerou o isolamento político de D. Pedro II e a
consequente Proclamação da República.
Letra d.
Para se ter uma ideia, a carne uruguaia chegava mais barata no mercado brasileiro em função
dos impostos cobrados dos estancieiros do sul do Brasil.
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Letra c.
O Ato Adicional de 1834 determinou o fim do conselho de estado, a criação das Assembleias
Legislativas provinciais, a adoção da Regência Uma, maior autonomia das províncias e a que
o Rio de Janeiro se tornaria um município neutro.
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Letra b.
A grande seca de 1816 colocou os agricultores em difícil situação. Apesar disto, o governo
continuou exigindo o pagamento de impostos.
Assinale abaixo a alternativa em que todas as proposições estão corretas no que se refere às
questões que contribuíram para o fim do período Imperial Brasileiro.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e V.
d) III, IV e V.
e) IV e V.
Letra c.
Lembre-se do mapa mental sobre a crise do Império. A monarquia perdeu o apoio ideológico
da igreja, o apoio financeiro dos senhores de escravos que esperavam uma compensação
pela financeira pela abolição, e o apoio do exército, influenciado pelos ideais positivistas re-
publicanos.
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Letra a.
Com a Abertura dos Portos de 1808, o Brasil deixou a obrigação de comercializar exclusiva-
mente com Portugal. Nesse sentido, significou o fim do Pacto Colonial.
Questão 23 (ESPCEX/2015) Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro
de Alcântara, iniciando-se no Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o
período imperial, a vida política do País passou a ser dominada pelos
a) liberais e conservadores.
b) conservadores e socialistas.
c) liberais e republicanos.
d) comunistas e republicanos.
e) liberais e anarquistas.
Letra a.
Lembre-se da afirmação que estudamos na parte teórica: Nada mais conservador do que um
liberal no poder. Esses foram os dois partidos políticos que predominaram durante o Segundo
Reinado.
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Assinale a única alternativa que apresenta todas as afirmações corretas sobre os objetivos
brasileiros nesses conflitos:
a) I e IV.
b) II, III e V.
c) II e III.
d) I, IV e V.
e) I e III.
Letra a.
Afirmativa I: Certa
Afirmativa II: Errada. O objetivo brasileiro era derrubar Solano Lopes do governo paraguaio.
Afirmativa III: Errada. O Uruguai já era independente (Guerra Cisplatina de 1825-1828) quando
ocorreram os conflitos listados no enunciado.
Afirmativa IV: Certa.
Afirmativa V: Errada. Ora, o Brasil possui um vasto litoral banhado pelo Oceano Atlântico.
Quem tinha esse interesse era o Paraguai.
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Letra e.
Lembre-se de que a Revolução Farroupilha foi a única das revoltas regenciais que terminou
com um acordo formal entre os revoltosos e o Império. Com essa informação já podemos
descartar as afirmativas I e III. Também é preciso que você se lembre do principal motivo do
início da revolta, os tributos sobre o charque produzido pelos estancieiros do sul que o torna-
va mais caro que a carne importada do Uruguai.
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Letra e.
Afirmativa I: Certa.
Afirmativa II: Errada. A igreja se afastou de D. Pedro II porque, sendo maçom, ele não aceitou
a proibição papal de que membros da maçonaria não poderiam participar de missas e outras
atividades da igreja.
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Afirmativa III: Errada. Os efeitos da lei foram negativos pois os ex-excravos com mais de ses-
senta anos perderam seu sustento.
Afirmativa IV: Errada. A princesa Isabel proclamou a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no
Brasil.
Afirmativa V: Certa.
Letra a.
Cuidado com a pegadinha da banca. Como vimos, com a Guerra do Paraguai, o exército bra-
sileiro alcançou maior prestígio e começou a questionar a monarquia, influenciado pelo posi-
tivismo. Preste atenção: a Guerra do Paraguai também é conhecida como Guerra da Tríplice
Aliança.
Questão 28 (ESPCEX/2007) A Família Real Portuguesa, fugindo das tropas de Napoleão Bo-
naparte, trouxe para o Brasil uma corte parasitária, composta por 15.000 pessoas. Para cus-
teá-la, as despesas com o serviço público aumentaram e o governo, para compensar, criou
novos impostos, o que gerou protestos organizados e um movimento armado de grandes
proporções.
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Tal movimento foi a
a) Revolução Constitucionalista do Porto.
b) Revolução Pernambucana.
c) Conjuração Baiana.
d) Cabanagem.
e) Conjuração dos Alfaiates.
Letra b.
a) Errada. A Revolução Constitucionalista do Porto – 1820 – exigia o retorno de D. João VI a
Portugal objetivando recolonizar o Brasil.
c) Errada. A conjuração Baiana – 1798 – ocorreu antes da chegada da corte portuguesa.
d) Errada. A Cabanagem aconteceu durante o período regencial.
e) Errada. A Conjuração dos Alfaiates é outro nome dado a Conjuração Baiana.
Letra d.
Atente-se para a data do enunciado: 1848. Assim, a única revolta que se identifica é a Revo-
lução Praieira. Na dúvida, consulte o mapa mental sobre o assunto.
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Questão 30 (ESPCEX/2008) De 1831 a 1840, o Brasil vivenciou um período (…) em que dife-
rentes grupos disputavam o poder. Como resultado, instalou-se um clima de grande instabili-
dade que propiciou a irrupção de conflitos em inúmeros pontos do país.” (KOSHIBA; PEREIRA,
a) Ocorreu no atual estado do Rio Grande do Sul, liderado pelos criadores de gado das fron-
b) Foi planejado e contava com participantes que haviam tido experiências anteriores de com-
c) Foi um movimento conduzido por camadas populares do atual estado do Pará, que viviam
marginalizadas na Região Amazônica.
d) Foi uma rebelião contra o poder central, ocorrida na Bahia, e que contava com a camada
e) Ocorreu no atual estado do Maranhão e foi conduzida por um grupo de vaqueiros que visa-
Letra c.
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Letra e.
Influenciado pelos ideais iluministas, os revoltosos objetivavam implantar um regime repu-
blicano.
Letra d.
O Congresso de Viena não estava disposto a reconhecer uma dinastia que morava numa co-
lônia, por isso o regente D. João, para não precisar voltar para Portugal, a metrópole, elevou o
Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
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Letra e.
A Revolução Pernambucana (1817) serviu para dar início a uma revolta contra o governo de D.
João VI, que ficou conhecida como Revolução Pernambucana.
Letra e.
A assertiva remete à necessidade de melhorar a representação de Portugal no Congresso de
Viena.
Questão 35 (ESSA/2015) Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal
e Algarves. Na prática:
a) foi a causa da Inconfidência Mineira.
b) nada significou para o Brasil.
c) provocou enorme satisfação em Portugal.
d) o Brasil volta à condição de colônia.
e) o Brasil adquiria autonomia administrativa.
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Letra e.
Com a elevação à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, o Brasil passou a ser sede
do Império Português e adquiriu autonomia político-administrativa.
Letra a.
O escravismo, por ser uma mão de obra não remunerada e não especializada e a concorrência
inglesa, por permitir a entrada de produtos mais baratos no Brasil, tornaram-se obstáculos ao
desenvolvimento da indústria brasileira.
Questão 37 (ESSA/2013) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, deter-
minou que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios
foram a
a) Guiana Francesa e a França Antártica.
b) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.
c) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.
d) Guiana Inglesa e a França Antártica.
e) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.
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Letra c.
Como a França de Napoleão era inimiga do Brasil, D. João buscou tomar as terras americanas
parte, pelos setores sociais que mais se beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais. Es-
Letra b.
Questão 39 (ESSA/2007) No dia 22 de janeiro de 1808, D. João chegou à Bahia. Seis dias
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Letra d.
Com a abertura dos portos ocorreu o fim do Pacto Colonial (exclusividade do comércio da Co-
lônia por parte de Portugal), possibilitando que a Inglaterra pudesse participar da economia
da região.
Questão 40 (ESA) A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que pode ser ca-
racterizado como:
a) Ter contado coma participação de portugueses e espanhóis na luta contra holandeses.
b) Ter sido um movimento que não sofreu influência dos ideais de liberdade surgidos na Inde-
pendência dos Estados Unidos da América.
c) um movimento que provocou descontentamento entre os portugueses por causa da con-
tenção de despesas de D. João VI, que não concedeu privilégios aos próprios portugueses.
d) o único movimento em que os revoltosos não instalaram um governo provisório nem de-
fenderam o ideal republicano.
e) o movimento que contribuiu decisivamente no processo de independência política do Brasil.
Letra e.
A Insurreição Pernambucana influenciou o restante do país com suas ideias emancipacionistas.
Letra c.
A abertura dos portos foi uma necessidade da corte portuguesa, agora no Brasil, de conseguir
os produtos de consumo que tinham na Europa.
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Questão 42 (ESA/2016) A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos africanos, mui-
tos dos quais eram muçulmanos, ocorrido em 1835 na seguinte província:
a) Maranhão
b) Grão-Pará
c) Bahia
d) Pernambuco
e) Minas Gerais
Letra c.
A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos africanos, muitos dos quais eram muçul-
manos, ocorrido em Salvador, Bahia, em janeiro de 1835.
Letra b.
A exportação de Café foi responsável por dar estabilidade política e ser capaz de modernizar
a economia brasileira.
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c) Moderador.
d) Régio.
e) Patriarcal.
Letra c.
O quarto poder estabelecido pelo texto da Constituição de 1824 é o Moderador.
Letra d.
O principal cultivo agrícola do país nesse contexto era o do café, cuja expansão suscitou a Lei
de Terras.
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Letra b.
No dia 1º de maio, em resposta ao ataque paraguaio a Corrientes, foi assinado um tratado
entre Brasil, Argentina e Uruguai que deu origem à Tríplice Aliança
Letra a.
A Guerra do Paraguai (Tríplice Aliança) teve como causas o interesse do Presidente Solano
Lopez em obter uma saída para o mar e obter a liberdade de comércio na Bacia do Prata
Letra a.
Para ser uma força repressiva e fiel da aristocracia rural para barrar as agitações, mantendo
a ordem pública.
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Letra b.
Uma das características marcantes da Constituição de 1824 foi a criação de um quarto poder
considerado a chave do regime, ou seja, o Poder Moderador, privativo do imperador, e por ou-
tro lado a adoção de uma religião oficial, no caso a católica.
Questão 50 (ESA/2010) Em 1845, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen. Com relação a esse
ato é correto afirmar:
a) concedia à Inglaterra o direito de monopolizar o tráfico negreiro par o Brasil.
b) determinava a substituição da mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre.
c) era declarado legal o aprisionamento de qualquer navio negreiro, bem como o julgamento
dos traficantes pela marinha inglesa.
d) elevava violentamente as taxas alfandegárias sobre os produtos brasileiros.
e) visava à eliminação da concorrência que a agricultura escravista brasileira representava.
Letra c.
A Alternativa “c” está correta porque diante de tantas promessas não cumpridas, e principal-
mente em represália à tarifa Alves Branco (1844), que elevou as taxas alfandegárias no Brasil,
os ingleses instituíram o Bill Aberdeen, decreto através do qual a Inglaterra se outorgava o
direito de aprisionar qualquer navio negreiro, independentemente de sua bandeira, e julgar os
traficantes.
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Letra b.
Decretada pelo Ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, a nova tarifa incidia sobre os pro-
dutos importados que antes era de 15% e passou a ser de 30%. Se o produto fosse fabricado
no Brasil a tarifa chegava a 60%.
Letra b.
A “Noite das Garrafadas” foi um episódio em que portugueses, favoráveis a D. Pedro, e brasi-
leiros, contrários a D. Pedro, entraram em confronto utilizando garrafas, paus e pedras.
Questão 53 (ESA/2008) Uma das principais causas da Revolução Farroupilha foram as(os):
a) precárias condições de vida dos ribeirinhos amazônicos.
b) problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos.
c) divergências entre senhores de engenho e escravos na Bahia.
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Letra b.
Os estancieiros gaúchos, criadores de gado, estavam insatisfeitos com a cobrança de impos-
tos sobre o charque.
Questão 54 (ESA/2007) Sobre os partidos políticos que dominaram o cenário político brasi-
leiro na primeira metade do século XIX, é correto afirmar que:
a) o Partido Restaurador se extinguiu após a morte de D. Pedro I, em 1834.
b) os Liberais Exaltados defendiam o governo monárquico no Brasil e a centralização do poder.
c) o Partido Conservador era contrário ao ideário político liberalista – constituição e voto.
d) o Partido Brasileiro era favorável à abolição da escravatura.
e) os Liberais Moderados defendiam o federalismo.
Letra a.
A existência do partido Restaurador perdeu significado após a abdicação de D. Pedro, já que
pretendiam que o Brasil retornasse à condição de Colônia de Portugal.
Letra d.
José Bonifácio, influenciado pelos ideais iluministas, foi o grande influenciador de D. Pedro,
convencendo-o a Proclamar a Independência.
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Questão 56 (ESSA/1978) O partido político que, durante o início do Segundo Império pro-
pugnou por uma maior autonomia das províncias foi o:
a) Conservador
b) Timbira
c) Liberal
d) Republicano Paulista
Letra c.
O partido liberal era favorável a menor intervenção estatal sobre as províncias.
Letra d.
Dom Pedro I, insatisfeito com o projeto Constitucional que lhe fora apresentado pela Assem-
bleia Constituinte, por considerar que esse projeto limitador de seus poderes, outorgou, impôs
uma constituição que lhe garantiria superioridade sobre as outras instituições através do
Poder Moderador.
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c) Portugal
d) França
Letra a.
Os Estados Unidos, dentro de sua visão estratégica de influenciar o continente americano, foi
a primeira nação do planeta a reconhecer a independência do Brasil
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Letra a.
Alternativa 1: Certa. A política no período regencial foi marcada pela divisão entre os liberais
exaltados (farroupilhas), o moderados (chimangos) e restauradores (caramurus).
Alternativa 2: Certa. A Guarda nacional foi criada para combater as revoltas regenciais.
Alternativa 3: Errada. Após a abdicação de Dom Pedro o que houve foi instabilidade política
e o surgimento de revoltas.
Alternativa 4: Errada. A antecipação da maioridade de Dom Pedro II foi para manter a monarquia.
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Letra d.
Alternativa I: Certa. Para abastecer o exército e marinha brasileiros, a Argentina foi obrigada
a dinamizar sua economia.
Alternativa II: Certa. O Tratado da Tríplice Aliança foi assinado em 1 de maior de 1865, visando
combater os avanços paraguaios.
Alternativa III: Errada. Não foi Goiás a região invadida por Solano Lopez, e sim o Mato Grosso.
Alternativa IV: Certa. A famosa batalha de Riachuelo ocorreu numa região do rio Paraná. É con-
siderada uma das maiores vitórias estratégicas das forças armadas brasileiras.
Letra a.
Com o avanço do abolicionismo, houve a necessidade de mão de obra livre, buscada com a
imigração
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1. A chamada “Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel, não pode ser vista como uma con-
cessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou
com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro.
2. No período imediato que sucedeu à abolição, os libertos puderam contar com medidas de
apoio na forma de distribuição de pequenos lotes de terra, tal como aconteceu nos Estados
Unidos após a Guerra Civil, com a chamada “Reconstrução”.
3. Escravizados e escravizadas receberam apoio de muitos setores da sociedade da época li-
gados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escrava e advogado autodidata,
um dos personagens mais célebres e atuantes, empenhando-se na libertação de centenas de
cativos e cativas.
4. Os segmentos da sociedade adeptos do regime escravista defendiam a “emancipação gra-
dual” e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desor-
ganização econômica e provocasse o caos social.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Letra d.
A afirmativa 2 é única errada. Um dos graves problemas pós abolição foi justamente a falta de
políticas públicas para garantir dignidade aos ex-escravos.
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Letra a.
Lembre-se, caro(a) aluno(a), de que a base da economia brasileira, desde o início da coloniza-
ção, visava o fornecimento de produtos primários, como foi o caso do açúcar.
Letra c.
Como vimos, o positivismo foi uma corrente de pensamento que ganhou adeptos do exército
brasileiro durante o Segundo Reinado. Sua influência foi fundamental para que as forças ar-
madas encaminhassem a Proclamação da República.
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Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como
professor concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.
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