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A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A

EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

ANTECEDENTES não tinha caráter hereditário, possibilitando a centralização do poder


político do monarca.
Durante três séculos (XII-XIII-XIV), Portugal foi buscando um
A RECONQUISTA E A FORMAÇÃO DE
direcionamento mercantil na constituição de uma marinha real e na
PORTUGAL relação com o comércio do mediterrâneo.
A região que deu origem ao território de Portugal era dominada
na Antiguidade e no início da Idade Média por diversas tribos bárbaras,
REVOLUÇÃO DE AVIS (1383-1385)
que desde o século VI haviam se convertido ao cristianismo. No início
do século VIII, uma invasão árabe dominou boa parte da Península O último rei da dinastia de Borgonha, Fernando I, morre em 1383
Ibérica, reduzindo os domínios dos reinos cristãos na região. e cria uma tensão na realidade portuguesa. A primeira crise sucessória
de Portugal irá causar consequências no território ibérico.
Desde o ano de 711 (século VIII) a Península Ibérica estava sob o
domínio dos muçulmanos. Os cristãos, entretanto, mantiveram sob o Parte da nobreza defendia que o trono deveria ser concedido ao
controle a região das Astúrias (futuro reino de Leão), de onde partiram rei de Castela, o que poderia acabar com a autonomia portuguesa. A
para a Reconquista do território perdido. burguesia comercial marítima, preocupada na perda de autonomia do
território português, tomou a iniciativa de aliar-se a D. João, mestre de
O movimento de Reconquista tomou corpo a partir do século
Avis. Com o apoio da população, a alta burguesia portuguesa venceu
XI, com a formação dos reinos cristãos de Leão, Castela, Navarra e
os castelhanos e seus aliados na Batalha de Aljubarrota (1385) e com
Aragão.
isso Portugal conseguiu total autonomia frente à Espanha.
A constante mobilização para guerras e a estrutura do poder
português vinculado a uma aristocracia comercial, unida à burguesia,
reforçou o poder do rei como chefe militar e político, facilitando,
portanto, a centralização política, fundamental para o processo de
expansão marítima.

MERCANTILISMO: INTERVENÇÃO DO
ESTADO NA ECONOMIA
Com a Formação do Estado Português se inicia a realidade
Mercantilista em Portugal. O Estado português assume uma postura
de incentivador da economia portuguesa. Voltou seu olhar para a
atividade do comércio maritimo.
Assim, Portugal começou a gerar rendar com a arrecadação
alfandegária no comércio de produtos e obtendo recursos com a
exploração de monopólios régios, conhecidos como estancos.
Tal postura demonstra o Estado Português como o principal motor
desta economia mercantil, criando ferramentas para conduzir tal tipo
de realidade econômica.
Esse posicionamento intervencionista na economia recebeu o
nome de mercantilismo, numa extensão do poder absolutistas do rei,
o campo econômico passa também a ser controlado.
Para muitos historiadores, no auge do pensamento mercantil, a
teoria econômica se apresenta com cinco características, que são:
Adaptado de: SELLIER, J.; SELLIER, A. Atlas de los pueblos de Europa occidental. • Metalismo - acumulação de metais preciosos.
Madrid: Acento, 1998. p. 60. • Balança comercial favorável - exportar mais do que importar,
para sempre ter um lucro comercial.
Ainda no século XI o nobre francês Henrique de Borgonha se
destacou na luta contra os muçulmanos e recebeu como recompensa • Protecionismo - imposto sobre produtos manufaturados de
do rei de Leão e Castela o condado Portucalense. Seu filho Afonso outros estados, protegendo as Manufaturas nacionais.
Henriques libertou a região, proclamando-se rei de Portugal, em 1139. • Incentivo à Manufatura - incentivo a produção de bens
Portugal tem sua independência reconhecida em 1143 pelo rei de manufaturados no interior do Estado, para permitir a venda
Leão e Castela. de mercadorias de maior valor agregado.
Em Portugal, a luta contra os muçulmanos continuou, quando • Sistema Colonial - colônias que serviam como fornecedoras de
em 1249 ocorreu a conquista da região do Algarve no sul. Portugal matérias-primas e consumidoras de produtos manufaturados.
tornava-se, assim, o primeiro Estado europeu moderno. Detalhe Não podiam ter vínculo com outras nações, por isso temos a
importante é perceber que a doação terras feita à nobreza guerreira ideia de exclusivismo colonial (pacto colonial).

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MOTIVAÇÕES DA EXPANSÃO MARÍTIMA AS CONQUISTAS PORTUGUESAS


1415 – Conquista de Ceuta – entreposto no norte de África – 1º
FATORES Passo dado rumo a expansão marítima.
Um dos principais interesses da burguesia portuguesa, que ambicionava
1434 - Com incentivo de D. Henrique (1433 - 1460) (filho de D.
enriquecer por meio da atividade marítimo-comercial, eram as especiarias.
João) – Conquista do cabo Bojador – entrada de produtos como ouro
As especiarias eram produtos de grande valor no mercado europeu,
/ escravos /marfim.
principalmente temperos (cravo, canela, pimenta do reino, noz moscada,
etc), adquiridos no comércio com o Oriente. Entretanto, as cidades italianas 1445 – 1º feitoria em Argüim – feitorias - entrepostos comerciais
de Gênova e Veneza monopolizavam esse lucrativo comércio, controlando fortificados, que garante uma segura relação comercial dos
o tráfego marítimo-comercial pelo mar Mediterrâneo. portugueses com outros povos.
Encontrar um caminho alternativo para o Oriente tornou-se, 1460 – Morte de D. Henrique / assume Rei Afonso V (1460 - 1481)
portanto, fundamental para a burguesia mercantil portuguesa enriquecer. // Paralelo a conquista da Costa Africana – conquista de diversas ilhas
Nesse contexto, as Grandes Navegações aconteceram. do Atlântico – Ilha de Madeira (1419 /1425) // Açores (1439) // Cabo
Verde (1456) - serviu de modelo para a experiência colonial no Brasil
Dentre as motivações da expansão marítimo-comercial do século
pela introdução do sistema de Capitanias nesses arquipélagos.
XV, destacam-se:
1482 – Feitoria em São Jorge da Mina na Costa do Ouro, ato de
1) Interesse por riquezas e especiarias;
D. João II (1481-1495) – no reinado de D. João II.
2) Necessidade de novos mercados consumidores para as
1488 - Domínio do cabo das tormentas. (Cabo da Boa Esperança)
manufaturas europeias;
por Bartolomeu Dias – Também no período de D. João II a assinatura
3) Interesse dos grupos sociais - a expansão comercial aumentaria do Tratado de Tordesilhas com a Espanha.
os poderes do rei, manteria os luxos da nobreza e aumentaria
1498 – Chegada de Vasco da Gama a Índia, conquista da cidade de
os lucros da burguesia.
Calicute, durante o governo de D. Manuel, o Venturoso (1495 -1521).
4) Propagação da fé cristã - conquistar e converter povos não
1500 – 1ª Grande frota destinada a fazer comércio em larga
cristãos ao catolicismo tornou-se uma justificativa ideológica
escala com o Oriente, liderada por Pedro Álvares Cabral, que chegou
para a expansão marítima.
ao litoral do novo continente.
5) A Conquista de Constantinopla, em 1453 pelos turcos -
1507 – Portugueses alcançam Moçambique.
dificultava ainda mais o comércio de especiarias realizado pelo
Mar Mediterrâneo, acentuando a necessidade de busca por uma 1517 – Portugueses chegam em Macau.
nova rota para o Oriente; esse fato uniu os europeus (inclusive 1542 – Portugueses chegam no Japão.
genoveses e venezianos) em torno da expansão marítima. Com as rotas conhecidas Portugal domina o comércio de
especiarias em três pontos no Oriente: Goa (India), Ormuz (Oriente
FATORES PARA O PIONEIRISMO PORTUGUÊS Médio) e Málaca (Malásia). Ergue assim um imenso império
• Centralização política precoce; marítimo-comercial, com possessões banhadas por três oceanos
(Atlântico, Índico e Pacífico) e passou a controlar as rotas africanas
• Técnicas de navegação;
do ouro e da pimenta, das especiarias indianas e do pau brasil.
• Posição geográfica favorável;
• Burguesia mercantil próspera; A CONCORRÊNCIA ESPANHOLA
• Atuação do infante D. Henrique (Escola de Sagres) O pioneirismo português, seguido pelas iniciativas marítimas dos
espanhóis (descobertas da América por Cristóvão Colombo) colocaram
“Escola de Navegação – Escola de Sagres.” – Estudos Náuticos as duas nações em uma situação de disputas e reivindicações. Então,
liderados por D. Henrique, o navegador (1394 – 1460), que atrai para sua para acalmar os ânimos, o papa Alexandre VI tentou resolver a situação
casa navegadores, cosmógrafos, cartógrafos, mercadores que formaram por meio da Bula Intercoetera (1493), em que as colônias ultramarinas
conhecimento e auxiliaram a realização das navegações portuguesas. seriam divididas entre Portugal e Espanha, possibilitando a divisão
do mundo numa linha imaginária a 100 léguas a Oeste da Ilha de
Os portugueses aperfeiçoaram mapas, portulanos (documentos Cabo Verde (litoral africano). Como Portugal exigiu que as léguas
nos quais eram descritas as rotas marítimas), e adaptaram a bússola e o fossem ampliadas, para garantir a segurança da rota marítima para as
astrolábio às suas embarcações. Inventaram a Caravela, embarcações Índias, esse Tratado foi posteriormente modificado no ano seguinte.
que conseguiam aproveitar os ventos contrários, eram ligeiras e fáceis Assim, em comum acordo, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de
de manobrar. Tordesilhas (1494), que dividiria o mundo numa linha imaginária a 370
léguas a Oeste das ilhas de Cabo Verde.

Adaptado de: ARMENTO, B. et al. Across the centuries.


Adaptado de: ATLAS da história do mundo. São Paulo: Folha de S.Paulo, 1995. p. 163 Boston: Houghton Mifflin, 2003. p. 378.

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Consequências das Grandes Navegações: 04. (ESSA 2011) No século XV, o lucrativo comércio das especiarias
Dentre as principais consequências do processo de expansão - artigos de luxo - era praticamente monopolizado pelas cidades
marítimo-comercial, destacam-se: europeias de
1) o declínio das cidades italianas e a ascensão dos países a) Paris e Flandres.
banhados pelo oceano Atlântico, como Portugal e Espanha. b) Londres e Hamburgo.
2) construção de vastos impérios coloniais. c) Gênova e Veneza.
3) o início de um longo de globalização. d) Constantinopla e Berlim.
4) fortalecimento do poder absoluto dos Reis. e) Lisboa e Madri.
5) crescimento do volume e do valor do comércio internacional
6) o deslocamento do eixo comercial do Mar Mediterrâneo para 05. (MUNDO EDUCAÇÃO) O sistema de administração instituído por
o Oceano Atlântico. Portugal nas regiões que começou a ocupar logo nos anos iniciais de
sua expansão marítima foi
ESQUEMA:
a) a capitania.
PIONEIRISMO PORTUGUÊS CONQUISTAS ULTRAMARINAS b) a Real Casa de Exploração.
c) a feitoria.
- Primeiro Estado Moderno da - 1415 – Ceuta – Primeira
Europa- Revolução de Avis – Conquista Ultramarina. d) a intendência das Minas.
1385 e) a intendência da África.
- 1488 – Cabo das Tormentas
- Busca por especiarias contornado por Bartolomeu Dias
06. (BRASIL ESCOLA) A expansão marítima e comercial empreendida
Orientais, força a busca por – Cabo da Boa Esperança
pelos portugueses nos séculos XV e XVI está ligada
uma nova rota, fugindo da
rota do Mediterrâneo (Italiana) - 1498 – Chegada de Vasco da a) aos interesses mercantis voltados para as “especiarias” do Oriente,
gama às Índias. Caminho até as responsáveis, inclusive, pela não exploração do ouro e do marfim
- “Escola de Sagres” – D. especiarias ficou completo. Nova africanos encontrados ainda no século XV.
Henrique e a produção de rota aberta. b) à tradição marítima lusitana, direcionada ao “mar Oceano”
conhecimento náutico. (Atlântico) em busca de ilhas fabulosas e grandes tesouros.
c) à existência de planos meticulosos traçados pelos sábios da Escola
de Sagres, que previam poder alcançar o Oriente ao navegar para
EXERCÍCIOS DE
o Ocidente.

FIXAÇÃO d) a diversas casualidades que, aliadas aos conhecimentos


geográficos muçulmanos, permitiram avançar sempre para o Sul
e, assim, atingir as Índias.
e) ao caráter sistemático que assumiu a empresa mercantil,
01. (ESA 2009) Portugal foi o primeiro país a empreender as grandes
explorando o litoral africano, mas sempre em busca da
navegações no século XV. Assinale a única alternativa em que todas
“passagem” que levaria às Índias.
as informações são fatores que contribuíram para o pioneirismo
português nesse campo.
07. (BRASIL ESCOLA) Foi fator relevante para o pioneirismo português
a) Escola de Sagres e nobreza autônoma. na expansão marítima e comercial europeia dos séculos XV e XVI:
b) Mercantilismo e intensa utilização da Rota da Seda. a) a precoce centralização política, somada à existência de um grupo
c) Centralização administrativa e ausência de guerras. mercantil interessado na expansão e a presença de técnicos e
d) Fortalecimento do feudalismo e posição geográfica favorável. sábios, inclusive estrangeiros.
e) Guerra contra a Espanha e a Tomada de Constantinopla. b) a posição geográfica de Portugal – na entrada do Mediterrâneo,
voltado para o Atlântico e próximo do Norte da África –, sem a
02. (ESSA 2013) No final do século XIV, o único Estado centralizado qual, todas as demais vantagens seriam nulas.
e livre de guerras, o que lhe permitiu ser o pioneiro na expansão c) o poder da nobreza portuguesa, inibindo a influência retrógrada da
ultramarina, era o Igreja Católica, que combatia os avanços científicos e tecnológicos
a) espanhol. como intervenções pecaminosas nos domínios de Deus.
b) inglês. d) a descentralização político-administrativa do Estado português,
possibilitando a contribuição de cada setor público e social na
c) francês. organização estratégica da expansão marítima.
d) holandês. e) o interesse do clero português na expansão do cristianismo, que
e) português. fez da Igreja Católica o principal financiador das conquistas,
embora exigisse, em contrapartida, a presença constante da cruz.
03. (MUNDO EDUCAÇÃO) A conexão que o reino português estabeleceu
com reinos da costa atlântica do continente africano ao longo dos 08. (MACKENZIE) Observe o fragmento abaixo.
anos de expansão marítima possibilitou, entre outras coisas, ”As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a
a) a criação de capitanias hereditárias na costa oeste africana. segunda metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar-
b) o desenvolvimento da pecuária nas savanas africanas. se, contornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se
pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses
c) a intensiva prospecção de metais preciosos.
países de fábula presidissem as navegações do período henriquino,
d) o desenvolvimento do tráfico negreiro transatlântico. animada por objetivos estritamente mercantis. [...] Com a expedição
e) a montagem do sistema de engenhos de açúcar em Benin. de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino
[...]. Da mesma viagem procede o primeiro ouro em pó, ainda que
escasso, resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comércio se achava

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até então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os


barcos lusitanos, por volta de 1447.” EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
(Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses.)

Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima.


a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois,
por portugueses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos
01. (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere
por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo
as afirmações sobre a viagem de Pedro Álvares Cabral, que
Ocidente.
aportou no litoral brasileiro em abril de 1500, dando origem ao
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta “descobrimento do Brasil”.
para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as
I. A expedição foi um empreendimento estatal comandado
riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos.
e controlado pela Coroa Portuguesa, sem que houvesse
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse participação de investimentos privados na sua montagem e
para os portugueses algo cada vez mais realizável em razão dos execução.
avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o
II. A viagem de Cabral contou com o apoio da Igreja Católica, que
que, de fato, impulsionou as viagens do período.
desejava expandir o cristianismo para além da Europa; ademais,
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram o reconhecimento oficial da Igreja conferia legitimidade às
motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; novas conquistas.
secundariamente, contudo, dedicavam-se os portugueses ao
III. A escolha do comandante da esquadra portuguesa teve
comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana.
como principais critérios a competência e a experiência
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos profissional de Cabral, sinalizando o rompimento do Estado
técnicos na arte náutica permitiram aos portugueses chegar ao português com os privilégios aristocráticos na sua burocracia.
Oriente contornando o continente africano.
IV. A expedição tinha como objetivo final estabelecer rotas
comerciais de especiarias com o Oriente; a “descoberta do Brasil”,
09. (FAAP 1997) Em apenas uma alternativa é falsa a correspondência porém, estava entre os resultados possíveis, devido ao interesse
entre a data e o fato importante. Assinale-a. português em controlar a navegação no Atlântico Sul.
a) 1380 - Tárik, chefe muçulmano, invadiu a Península Ibérica. Estão corretas apenas as afirmativas:
b) 1385 - Batalha de Aljubarrota com a vitória dos portugueses contra a) I e II.
os espanhóis.
b) II e IV.
c) 1415 - Queda de Ceuta e início da expansão portuguesa.
c) I, II e III.
d) 1498 - Vasco da Gama chegou às Índias.
d) I, III e IV.
e) 1500 - A expedição de Cabral chegou às costas do Brasil.
e) II, III e IV.
10. (UFF 2012) Considerando o processo de expansão da Europa
moderna a partir dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que Portugal 02. (PUCRJ 2018) Observe o excerto.
e Espanha tiveram um papel predominante. Esse papel, entretanto, A Comissão de Património Mundial da UNESCO declarou, em
dependeu, em larga medida, de uma rede composta por interesses 08.07.2017, o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, norte de
políticos, inerentes à continuidade dos interesses feudais em Portugal; Angola, como Património Mundial da Humanidade.
intelectuais, associados ao desenvolvimento da imprensa, do [...]
hermetismo e da Astrologia no mundo ibérico; econômicos, vinculados
A candidatura de Angola destacava que o Reino do Congo estava
aos interesses italianos na Espanha, nos quais a presença de Colombo é
perfeitamente organizado quando da chegada dos portugueses, no
um exemplo; e sociais, vinculados ao poder do clero na Espanha.
século XV, uma das mais avançadas em África à data.
a) políticos, vinculados ao processo de fragmentação política
[...]
das monarquias absolutas ibéricas; sociais, associados ao
desenvolvimento de novos setores sociais, como a nobreza; Dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais
coloniais, decorrentes da política da Igreja Católica que via os República Democrática do Congo, República do Congo, Angola e
habitantes do Novo Mundo como o homem primitivo criado por Gabão, o Reino do Congo dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas,
Deus; e econômicos, presos aos interesses mouros na Espanha. palácios e residências. [...]
b) políticos, vinculados às práticas racistas que envolviam a atuação (Mbanza Congo declarada Património Mundial da Humanidade -
09.07.2017. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.
dos comerciantes ibéricos no Oriente; científicos, que viam na
expansão a negação das teorias heliocêntricas; econômicos, ligados Tendo como referência a notícia acima e os conhecimentos que você
ao processo de aumento do tráfico de negros para a Europa por possui, analise as afirmativas seguintes com relação à história do
meio de alianças com os Países Baixos; e religiosos, marcados pela antigo Reino do Congo.
ação ampliada da Inquisição.
I. O Reino do Congo foi um dos mais conhecidos reinos da região
c) políticos, associados ao modelo republicano desenvolvido no centro-ocidental da África. Fundado no final do século XIII,
Renascimento italiano; religiosos, decorrentes da vitória católica nos chegou a abranger parte dos atuais países de Angola, República
processos da Reconquista ibérica; econômicos, ligados ao movimento do Congo, República Democrática do Congo e Gabão.
geral de desenvolvimento do mercantilismo; e sociais, inerentes à
vitória do campo sobre a cidade no mundo ibérico. II. A partir do século XV ocorreram os primeiros contatos dos
portugueses com as autoridades políticas do Reino do Congo,
d) políticos, vinculados ao fortalecimento da centralização dos Estados transformando essa região em uma das maiores exportadoras de
ibéricos; econômicos, provenientes do avanço das atividades africanos escravizados para as Américas.
comerciais; religiosos, relacionados à importância do Papado na
Península Ibérica; e intelectuais, decorrentes dos avanços científicos III. A capital do Reino do Congo era Mbanza Congo ou São Salvador,
da Renascença que viram na expansão a realidade de suas teorias
sobre Geografia e Astronomia.

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como ficou conhecida após a conversão ao catolicismo do


manicongo (rei do Congo) e a construção da Catedral de São TEXTO PARA AS QUESTÕES 05 e 06.
Salvador do Congo.
As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de
IV. A organização política do Reino do Congo somente ocorreu após Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando
a chegada dos portugueses na região, quando estes influenciaram a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas,
a formação de uma “elite burocrática” que ajudava o manicongo os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam
(rei do Congo) a governar. pessoas que chegavam às praias, levando-as aos navios para serem
Estão corretas SOMENTE as afirmativas: vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses
a) II, III e IV. c) I, II e IV. e) I e III. povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados
inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser
b) I, II e III. d) I e II. justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos
encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos,
03. (CESGRANRIO) Acerca da expansão marítima comercial implementada mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos
pelo Reino Português, podemos afirmar que portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas
acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento. na vida além desta.
b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial
intra-africana.
05. (UNESP 2018) De acordo com o texto,
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a
a) a motivação da conquista europeia da África foi essencialmente
montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o
religiosa, destituída de caráter econômico.
mercado europeu.
b) os líderes políticos africanos apoiavam a catequização dos povos
d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio
nativos pelos conquistadores europeus.
de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a
conquista da Índia. c) os africanos aceitavam a escravização e não resistiam à presença
europeia no continente.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira,
após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos d) os povos africanos reconheciam a ação europeia no continente
africanos quanto nas praças brasileiras como uma cruzada religiosa e moral.
e) a escravização foi muitas vezes justificada pelos europeus como
04. (IFBA 2018) “Ao retornar a Lisboa [depois de tratar de negócios uma forma de redimir e salvar os africanos.
nas “Índias”], Vasco da Gama falou com o Conde de Vimioso que, ao
saber que os indianos exigiam ouro e prata em troca de seus produtos, 06. (UNESP 2018) O texto caracteriza
disse: ‘Então foram eles que nos descobriram!’”. a) o mercado atlântico de africanos escravizados em seu período de
(FONTANA, Josep. Introdução ao estudo da História Geral. maior intensidade e o controle do tráfico pelas Companhias de
São Paulo; EDUSC, 2000, p. 157.) Comércio.
b) o avanço gradual da presença europeia na África e a conformação
Acerca dessa afirmação feita pelo Conde de Vimioso, podemos de um modelo de exploração da natureza e do trabalho.
interpretar sobre o contexto da Expansão Marítima Europeia que c) as estratégias da colonização europeia e a sua busca por uma
a) ao falar que os indianos descobriram os europeus, o Conde de exploração sustentável do continente africano.
Vimioso queria dizer que, ao descobrir uma rota para as Índias, d) o caráter laico do Estado português e as suas ações diplomáticas
esperava-se que Portugal economizasse recursos, evitando todos junto aos reinos e às sociedades organizadas da África.
os transtornos fiscais por passar em terras estrangeiras em busca
de mercadorias. No entanto, na verdade, quem estava lucrando e) o pioneirismo português na expansão marítima e a concentração de
com aquilo eram os Indianos que “descobriram” uma forma de se sua atividade exploradora nas áreas centrais do continente africano.
beneficiarem da “descoberta” portuguesa, acumulando o ouro e 07. (UEFS 2018) O “coração” econômico da época, Veneza, tem
a prata portuguesa. cada vez mais dificuldades em assegurar a competitividade de seus
b) a Expansão Marítima Europeia se deu num contexto mais amplo produtos. Em 1504, os navios venezianos já quase não encontram
de crescente mercantilização de produtos entre Ásia, Europa e pimenta em Alexandria. As especiarias desta proveniência se
África e, nesse momento, os Europeus ainda cumpriam o papel revelam muito mais caras do que as que são encaminhadas da Índia
de revendedores de produtos comprados pela Europa. Depois da portuguesa: a pimenta embarcada pelos portugueses em Calicute é
expropriação da prata e ouro das Américas, os europeus fecharam- quarenta vezes menos onerosa do que a que transita por Alexandria.
se economicamente e conseguiram recursos para dominarem o (Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.)
comércio mundial de mercadorias.
O historiador descreve um processo de mudança comercial que é
c) revela o subdesenvolvimento do capitalismo europeu, que resultado da
dependia de empréstimos de ouro e prata para realizar o comércio
com outros territórios. a) vinculação marítima direta do mercado europeu com as regiões
fornecedoras de produtos orientais.
d) a prata e o ouro americanos já eram de conhecimento dos
Indianos, possuidores de maiores saberes de navegação e b) sofisticação dos hábitos de consumo das sociedades europeias
comércio que os portugueses, devido a sua relação com os povos com o crescimento das cidades.
muçulmanos, que, nesse período, haviam dominado muitos c) exploração pela burguesia europeia dos novos produtos
territórios, incluindo algumas terras da Península Ibérica. comestíveis encontrados na América.
e) o metalismo, como concepção econômica, fez de Portugal, d) divisão de territórios na Ásia e na África pelos Estados europeus
Espanha e outros Reinos detentores de colônias pioneiros na emergentes banhados pelo oceano Atlântico.
industrialização. e) falta de integração e de comunicação dos centros econômicos no
interior do continente europeu.

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08. (ENEM - LIBRAS 2017) Os cartógrafos portugueses teriam falseado ultramarina”, é correto afirmar que foi (foram) decisivo(a)(s)
as representações do Brasil nas cartas geográficas, fazendo concordar a) o comércio de ouro e escravos na costa da África.
o meridiano com os acidentes geográficos de forma a ressaltar uma
suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma b) a precoce centralização política de Portugal e a ausência de guerras.
grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era c) a luta contra os mouros no Marrocos.
visível nas primeiras descrições geográficas e mapas produzidos por d) a aliança política com o reino da Espanha.
Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), nas cartas de Diogo
e) as reformas pombalinas.
Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos mapas
de Bartolomeu Velho (1561).
02. (CN 2007) A chegada dos portugueses ao Brasil, além de ser o
(KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas
e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 - adaptado). resultado de um processo administrado pela Coroa Portuguesa no
século XV conjuntamente com a nobreza e a nascente burguesia,
De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos também
das representações cartográficas mencionadas era
a) auxiliou, entre outros aspectos, na consolidação e hegemonia
a) garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. portuguesa no Atlântico Sul.
b) demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. b) se transformou, de imediato, em uma alternativa mercantil ao
c) afastar as populações nativas do espaço demarcado. comércio português no Oriente.
d) respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. c) demonstrou que o desvio da esquadra de Cabral seguia a
mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias.
e) demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial.
d) foi o resultado de uma reação de Portugal diante da concorrência
09. (UEM 2017) Sobre o expansionismo ibérico, no século XV, é dos mercadores italianos no Atlântico Ocidental.
correto afirmar que:
e) tinha por objetivo reforçar a supremacia portuguesa no Pacífico
01) Portugal foi pioneiro na expansão ultramarina, pois tinha um grupo Oriental garantindo dessa forma o caminho para a Índia.
mercantil forte e enriquecido que dominava a tecnologia náutica.
02) Calicute, no Marrocos, foi a primeira cidade conquistada pelos 03. (ESSA 2012) O Tratado de Tordesilhas, assinado pelos reis ibéricos
portugueses na África. com a intervenção papal, representa
04) Na Espanha e em Portugal, as viagens ultramarinas eram a) o marco inicial da colonização portuguesa do Brasil.
organizadas pelos governos e por companhias de comércio
b) o fim da rivalidade entre portugueses e espanhóis na América.
com o objetivo de obter metais preciosos e produtos orientais,
particularmente as especiarias. Essa política ficou conhecida como c) a tomada de posse do Brasil pelos portugueses.
metalismo ou bulionismo. d) a demarcação dos direitos de exploração colonial dos ibéricos.
08) São características comuns das práticas mercantilistas adotadas e) o declínio do expansionismo espanhol.
pelos países europeus a intervenção do Estado na economia, a
busca da balança comercial favorável, o metalismo e a proteção 04. (ESSA 2011) O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre
alfandegária, visando o fortalecimento do Estado e o aumento da as Coroas de Portugal e Espanha, que pretendeu resolver as disputas
riqueza nacional. por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que
16) A Igreja Católica se pronunciou contra a expansão ultramarina, pois a) os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data
não julgava correta a catequização dos povos conquistados. de assinatura do Tratado, e as terras descobertas depois ficariam
com os portugueses.
10. (PUCRJ 2016) A respeito da ocupação holandesa dos territórios b) os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um
portugueses na América e na África, na primeira metade do século meridiano estabelecido a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.
XVII, assinale a alternativa INCORRETA.
c) a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as
a) A ocupação holandesa está relacionada à conjuntura política terras descobertas pelos portugueses e espanhóis nos quinze anos
da união das coroas de Espanha e Portugal (União Ibérica) e ao seguintes.
processo de independência dos Países Baixos.
d) Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas,
b) Nesta mesma época, os holandeses também invadiram e ocuparam para fazerem frente à ameaça colonialista da Inglaterra, da
territórios portugueses na África (Angola), com o objetivo de Holanda e da França.
controlar o fluxo de escravos negros para os engenhos de açúcar
da América portuguesa. e) portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as
religiões dos povos que habitassem as terras descobertas.
c) O período de administração de Maurício de Nassau foi marcado
pela reorganização urbanística do Recife, com a pavimentação de
05. (UDESC 2017) Apesar das conhecidas interferências provocadas
ruas e a construção de novas pontes.
pelos mais de 300 anos de contato, muitas vezes violento, com os
d) A administração de Nassau no Nordeste da América portuguesa povos europeus, até o início do século XIX, o Continente Africano
ficou caracterizada pela perseguição aos católicos e judeus, uma vez contava com poucos territórios sob domínio externo. A respeito do
que os holandeses professavam a religião protestante (calvinistas). Continente Africano no período que antecede o século XIX, assinale
e) Até a União Ibérica, os comerciantes holandeses eram os principais a alternativa correta.
distribuidores do açúcar português na Europa. a) Até o século XVII, as rotas comerciais, existentes nos reinos e
impérios africanos, eram exclusivamente externas. As riquezas
como tecidos, plantas medicinais e, especialmente, ouro, só
EXERCÍCIOS DE circulavam por via marítima.

COMBATE b) Até o século XVII, a imposição da condição de escravidão aos

c)
homens e às mulheres, na África, ocorria apenas entre os Iorubas.
Os reinos africanos contavam com práticas de auxílio mútuo que
garantiam crescimento e prosperidade. Eis porque inexistiam, até
01. (ESSA 2013) Entre os motivos que contribuíram para o pioneirismo
o século XIX, exércitos ou efetivos militares.
português no fenômeno histórico conhecido como “expansão

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A FORMAÇÃO DE PORTUGAL E A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

d) A língua preponderantemente falada no Continente Africano era 09. (ESPCEX 2010) Um conjunto de forças e motivos econômicos,
o Khoisan, proveniente da região Sul, a partir do século XV foi políticos e culturais impulsionou a expansão comercial e marítima
substituída pelas línguas francesa e portuguesa. europeia a partir do século XV, o que resultou, entre outras coisas, no
e) No século XV, o Continente Africano apresentava grande domínio da África, da Ásia e da América.
diversidade. Politicamente, organizava-se em inúmeros reinos e (Extraído SILVA, 1996)
impérios dentre os quais os de Songai, Monomotapa, Congo,
Daomé e o Ioruba. Grande parte destes povos recebia, direta O fato que marcou o início da expansão marítima portuguesa foi o (a)
ou indiretamente, influência da cultura árabe e da religião a) contorno do Cabo da Boa Esperança em 1488.
mulçumana.
b) conquista de Ceuta em 1415.
06. (ESA 2010) No contexto da expansão marítima, que levou os c) chegada à Calicute, Índia, em 1498.
europeus a encontrar a América, Portugal destacou-se como pioneiro d) ascensão ao trono português de uma nova dinastia, a de Avis,
das grandes navegações do século XV. Entre os muitos fatores que em 1385.
contribuíram para o pioneirismo português, destacam-se e) descobrimento do Brasil em 1500.
a) a associação Estado/Igreja e a centralização do poder.
b) a política mercantilista e a expulsão dos mouros da península 10. (ESPCEX 2008) Leia atentamente as afirmações abaixo.
Ibérica. I. Era um Estado politicamente centralizado e estável.
c) a centralização administrativa e a posição geográfica. II. Possuía o melhor e mais equipado exército europeu durante os
d) a ausência de guerras e a ascensão da nobreza fundiária. séculos XV e XVI.
e) a industrialização e a centralização do poder. III. Estava em uma posição geográfica favorável, entre o Atlântico e
o Mediterrâneo.
07. (ESPCEX 2017) No início do século XIV, a China era a maior IV. Contava com o apoio de uma burguesia mercantil favorável ao
potência mundial e empenhava-se intensamente na expansão projeto da navegação para o Oriente.
marítima e comercial, chegando à Índia, quase um século antes de V. Possuía contatos com comerciantes árabes e indianos realizados
Cabral. Os chineses estiveram no sul da África Oriental e no Mar durante as Cruzadas, por nobres portugueses.
Vermelho, enquanto os portugueses mal iniciavam sua exploração na
costa norte da África. Entretanto, antes de 1440, a expansão marítima Assinale a única alternativa em que todas as afirmações justificam o
chinesa estagnou. Aponte, dentre as opções abaixo, aquela que pioneirismo português no processo das Grandes Navegações.
apresenta a causa para o sucesso da exploração marítima portuguesa.
a) I e II. d) I, III e IV.
a) O fato de os portugueses não terem desenvolvido tecnologias
b) III e V. e) I, II e V.
relacionadas à navegação ultramarina não afetou suas ações
exploratórias. c) II, III e IV.
b) Em Portugal, a centralização monárquica só ocorreria no final
do século XIII, sendo este fato de pouca influência no processo RESOLUÇÃO EM VÍDEO
exploratório dos portugueses além-mar. Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
c) As finanças portuguesas não estavam estabilizadas e dificultaram de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
os investimentos necessários para os projetos relacionados
às navegações, o que fez com que D. Henrique procurasse
financiamento público com os soberanos espanhóis.
GABARITO
d) Portugal, apesar da guerra de emancipação política com a
Espanha, manteve a busca por conhecimento para a consecução EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
das grandes navegações. 01. C 04. C 07. A 10. E
e) Em Portugal, as explorações foram conduzidas com recursos de 02. E 05. C 08. C
empresas comerciais privadas e apoio governamental.
03. D 06. E 09. A
08. (ESPCEX 2015) As viagens mercantis e os descobrimentos de EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
rotas marítimas e de terras além-mar ocorridas no que conhecemos 01. B 04. A 07. A 10. D
por expansão europeia, mudou o mundo conhecido até então. Foram 02. B 05. E 08. A
etapas na conquista dos novos caminhos, rotas e descobrimentos os
03. A 06. B 09. SOMA:13
seguintes eventos:
EXERCÍCIOS DE COMBATE
1. Bartolomeu Dias atingiu a extremidade sul do continente africano,
nomeando-a de Cabo das Tormentas. 01. B 04. B 07. E 10. D
2. Fernão de Magalhães, português, deu início à primeira viagem ao 02. A 05. E 08. E
redor da Terra. 03. D 06. C 09. B
3. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
ANOTAÇÕES
4. Conquista de Ceuta pelos portugueses.
5. Cristóvão Colombo descobriu o que julgou ser o caminho para as
Índias, mas na verdade havia aportado em terras desconhecidas.
A sequência cronológica correta dos fatos listados é
a) 1, 2, 3, 4 e 5. d) 2, 4, 1, 5 e 3.
b) 3, 5, 4, 1 e 2. e) 4, 1, 5, 3 e 2.
c) 5, 2, 1, 4 e 3.

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ANOTAÇÕES

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