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Brasil Colônia
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
HISTÓRIA
Brasil Colônia
Daniel Vasconcellos Araujo
Brasil Colônia..................................................................................................................4
1. Brasil Colônia...............................................................................................................4
1.1. A Expansão Marítima Portuguesa e o Descobrimento do Brasil; o Reconhecimento
Geográfico e a Exploração do Pau-brasil; a Ameaça Externa e os Primórdios da
Colonização.....................................................................................................................5
1.2. A Organização Político-administrativa; a Expansão Territorial; os Tratados de
Limites........................................................................................................................... 11
1.3. A Agricultura de Exportação como Solução; a Presença Holandesa; a
Interiorização da Colonização; a Mineração e a Economia Colonial. . ...............................22
1.4. A Sociedade Colonial; os Indígenas e a Reação à Conquista; as Lutas dos Negros;
os Movimentos Nativistas.............................................................................................35
1.5. A Arte e a Literatura da Fase Colonial; a Ação Missionária e a Educação................ 61
Resumo......................................................................................................................... 72
Mapas Mentais.............................................................................................................. 74
Questões Comentadas em Aula. ....................................................................................78
Questões de Concurso.................................................................................................. 90
Gabarito....................................................................................................................... 115
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 116
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Brasil Colônia
Daniel Vasconcellos Araujo
Apresentação
Bem-vindo(a), aluno(a)! Vamos começar nossos estudos sobre a História do Brasil. O co-
nhecimento sobre essa temática é menos complexo, mas costuma ser cobrado. Antes de
seguirmos, peço novamente que avalie as aulas anteriores, caso ainda não o tenha feito.
Veja os conteúdos que trataremos nesta aula:
5. BRASIL COLÔNIA
5.1. A expansão marítima portuguesa e o descobrimento do Brasil; o reconhecimento ge-
ográfico e a exploração do pau-brasil; a ameaça externa e os primórdios da colonização.
5.2. A organização político-administrativa; a expansão territorial; os tratados de limites.
5.3. A agricultura de exportação como solução; a presença holandesa; a interiorização da
colonização; a mineração e a economia colonial.
5.4. A sociedade colonial; os indígenas e a reação à conquista; as lutas dos negros; os
movimentos nativistas.
5.5. A arte e a literatura da fase colonial; a ação missionária e a educação.
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BRASIL COLÔNIA
1. Brasil Colônia
Como vimos, Portugal foi pioneiro no processo das Grandes Navegações. Isso deu porque foi
o primeiro Estado a se centralizar e, geograficamente, estava de frente para o oceano Atlântico.
Economicamente, no século XIV, os estados Europeus estavam organizados em torno do
Mercantilismo. O mercantilismo é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas duran-
te o Capitalismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de mercadorias
e o lucro era, não em dinheiro, mas em espécie. Além disso, o objetivo das atividades comer-
ciais era o acúmulo de metais preciosos, entendendo que uma nação rica era aquela que tinha
mais reservas desses metais, o protecionismo do mercado e a balança comercial favorável.
Isto posto, a colonização portuguesa do Brasil se deu dentro da lógica mercantilista.
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arquipélago de Cabo Verde, portanto, tomou uma rota distante da costa africana. A rota usual
dos portugueses rumo à Índia era mais próxima da costa, mas o caminho distinto sugere que
eles tinham um roteiro diferente das demais expedições.
A rota da expedição de Cabral foi a seguinte:
• 9 de março: zarparam de Lisboa.
• 14 de março: passaram pelas Ilhas Canárias.
• 22 de março: passaram por Cabo Verde.
• 23 de março: desaparecimento da nau de Vasco Ataíde.
• 29 e 30 de março: adentraram a região de calmaria na zona equatorial.
• 10 de abril: passaram a 210 milhas de Fernando de Noronha.
• 18 de abril: estavam próximos da Baía de Todos os Santos.
• 21 de abril: avistaram sinais de aproximação de terra.
• 22 de abril: avistaram o Monte Pascoal.
O avistamento das terras, que aconteceu no dia 22 de abril de 1500, foi relatado por Pero
Vaz de Caminha, escrivão da expedição, da seguinte maneira:
No dia seguinte [22 de abril] – quarta-feira pela manhã – topamos aves a que os mesmos chamam
de fura-buchos. Neste mesmo dia, à hora de vésperas [entre 15h e 18h], avistamos terra! Primeira-
mente um grande monte, muito alto e redondo; depois outras serras mais baixas, da parte sul em
relação ao monte e, mais, terra chã. Com grandes arvoredos. Ao monte alto o Capitão deu o nome
de Monte Pascoal; e à terra, Terra de Vera Cruz.
Apesar de terem avistado no dia 22 de abril, foi só no dia seguinte que Cabral decidiu
enviar homens para a terra. Nesse momento ocorreram os primeiros contatos entre portu-
gueses e nativos. Em relato, Pero Vaz de Caminha afirmou que “eram pardos, todos nus, sem
coisa alguma que lhes cobrisse as suas vergonhas. Traziam nas mãos arcos e flechas”.
Essa primeira expedição que marcou os contatos iniciais entre portugueses e nativos foi
comandada por Nicolau Coelho. Ele e outros homens foram enviados para as margens da
praia, em um bote, para estabelecer uma relação com os indígenas. Esses contatos foram
pacíficos. Em uma outra passagem sobre os nativos, Pero Vaz de Caminha afirma que:
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A feição deles é parda, algo avermelhada; de bons rostos e bons narizes. Em geral são bem-feitos.
[…] Ambos […] traziam o lábio de baixo furado e metido nele um osso branco e realmente osso, do
comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como
um furador. Metem-nos pela parte de dentro do lábio, e a parte que fica entre o lábio e os dentes é
feita à roque de xadrez, ali encaixado de maneira a não prejudicar o falar, o comer e o beber.
O contato foi calmo, houve troca de presentes entre as duas partes e alguns dos indígenas
foram levados à embarcação onde estava o capitão-mor, Cabral, para que ele os conhecesse.
Foram-lhes dados alimentos e vinho, mas eles rejeitaram a comida e não gostaram do que
experimentaram, segundo o relato de Caminha.
Os portugueses seguiram mais alguns dias explorando a costa brasileira e, no dia 26
de abril, um domingo, celebraram a primeira missa no Brasil, realizada pelo frei Henrique de
Coimbra. Depois, os comandantes da expedição decidiram enviar uma embarcação para Por-
tugal com a notícia da descoberta da nova terra. Pero Vaz de Caminha também foi nomeado
para relatar, com detalhes, as novidades das terras encontradas.
No dia 2 de maio, a expedição de Cabral partiu do Brasil em direção à Índia. O rei portu-
guês, d. Manoel I, ficou sabendo da notícia do descobrimento da nova terra ainda em 1500.
Apesar disso, o Brasil ficou em segundo plano, uma vez que a prioridade portuguesa, naquele
momento, era continuar com o comércio na Índia.
Questão 1 (FGV/2019) Nas vésperas dos Descobrimentos e no próprio momento das via-
gens de Colombo, de Vasco da Gama e de Vespúcio, nenhuma das cinco representações da
Terra descritas por Crates, Aristóteles, Parmênides (as zonas), Lactâncio e Ptolomeu parece
prevalecer. Embora elas nos apareçam como absolutamente incompatíveis, as quatro primei-
ras tendem, com efeito, a conjugar-se para preservar o paradigma medieval de uma ecúmena
plana, colocada sobre uma esfera “cosmográfica”. RANDLES, RW.G.L Da Terra Plana ao Globo
Terrestre. Uma rápida mutação epistemológica (1450-1520). Lisboa: Gradiva, 1990, p. 35.
Ecúmena: área da Terra habitada pelos seres humanos.
Acerca das concepções sobre a Terra e da expansão marítima Europeia afirma-se:
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Letra d.
I. Errado. Contradiz o texto quando este afirma que os autores citados desenvolveram a ideia
de uma esfera “cosmográfica” para sustentar a Terra. Os pensadores mencionados não estão
elencados em ordem cronológica, à qual deveria ser a seguinte: Parmênides (530-460 a.C.),
Aristóteles (384-322 a.C.), Crates (365-285 a.C.), Ptolomeu (90-168) e Lactâncio (250-325).
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Nesse período, a ocupação territorial se limitou a feitorias: uma mistura de forte para de-
fesa do território e armazém. Mas por que isso?
Por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de
1500 e 1530?
O interesse português neste momento era o comércio com as Índias. Ademais, os por-
tugueses não encontraram na área colonial produtos lucrativos de imediato. À exceção do
pau-brasil, que seria extraído pelos indígenas.
Neste período a Metrópole realizou algumas expedições no litoral brasileiro, sem fins lu-
crativos ou colonizadores:
• Em 1501, sob o comando de Gaspar de Lemos, chegou uma expedição com o objetivo
de reconhecimento geográfico.
• Em 1503, uma nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho; prosseguiu o re-
conhecimento da nova terra. O navegador italiano Américo Vespúcio acompanhava as
duas expedições.
Além destas expedições de reconhecimento da nova terra, Portugal enviou outras duas
expedições (em 1516 e 1526) com objetivos militares. Foram as chamadas expedições guar-
da-costas, comandadas por Cristovão Jacques, com a missão de aprisionar navios franceses
e espanhóis, que praticavam o contrabando no litoral brasileiro.
Estas expedições contribuíram para a fixação em terras brasileiras dos primeiros povoa-
dores brancos: degredados, em sua maioria.
Como disse, Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como a hu-
manidade não havia passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O
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pau-brasil foi muito utilizado nas manufaturas têxteis para tingimento de tecidos. As conces-
sões para exploração eram dadas pela coroa e chamadas de estanco.
Para cortar a madeira e levar aos navios era necessária uma grande quantidade de mão
de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo:
troca de presentes, de artefatos e animais, que não existiam aqui, pelo trabalho dos índios.
Aqui, ainda não escravizaram os índios. A Coroa Portuguesa, pelo menos nesse primeiro mo-
mento, seguia à risca o ordenamento da igreja em não escravizar os nativos, considerados
almas puras do paraíso. O navegante português Cristóvão Jacques comandou as expedições
guarda-costas, realizadas entre os anos 1516 e 1520, visando a defesa do litoral da colônia.
Por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a partir dos
anos de 1530?
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Você já teve essa informação em aula anterior, mas voltemos a ela para que não tenha que
voltar lá:
Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Rei-
no de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas e
por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.
A Organização Político-administrativa
Querido(a) aluno(a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasileira e de-
cidiu povoá-la, explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir que outras nações
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tomassem o território colonial. Assim, Martin Afonso de Souza comandou a primeira expedi-
ção colonizadora do Brasil e fundou a Vila de São Vicente em 1532.
O problema é que a coroa portuguesa não tinha recursos financeiros para promover essa
empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando lo-
tes de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram assim as Capitanias Hereditárias.
Capitanias Hereditárias
As Capitanias Hereditárias foram faixas de terra que partiam do litoral para o interior até
a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias que eram
entregues para usufruto do Donatário. Importante destacar que o donatário não era dono da
terra, ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes.
No campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a Co-
roa Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e
repassar esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir
vilas e engenhos com o objetivo de povoar.
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• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da capitania
entre a Coroa e os Donatários.
O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois trans-
feria a responsabilidade da empresa de colonização para os fidalgos. Entretanto, os donatários
passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financeiros, a
distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos.
Diante dessas dificuldades, a maioria das capitanias não conseguiu vingar, desenvolver
sua economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções foram a Capitania de Per-
nambuco e a Capitania de São Vicente.
Governo Geral
Com o fracasso das Capitanias Hereditárias, em função da falta de recursos dos donatá-
rios para a empreender a colonização, a Coroa Portuguesa optou por modificar a estrutura de
organização política da Colônia. Nascia, assim, o Governo Geral. Importante destacar que as
Capitanias Hereditárias continuaram existindo, sendo extintas apenas em 1759 pelo Marquês
de Pombal, Primeiro Ministro Português.
O Governo Geral representou uma medida político-administrativa adotada pela Coroa Por-
tuguesa (Rei Dom João III), em 1548, a fim de centralizar, administrar, restabelecer o poder e
reforçar a colonização no período do Brasil Colônia, após o fracasso das capitanias hereditá-
rias. Tomé de Souza foi o primeiro governador-geral do Brasil, chegando em Salvador em 1549.
O governo geral era comandado pelo governador geral, que detinha grande autoridade,
possibilitando a criação de novos cargos políticos com o intuito de dividir as diversas tarefas:
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Questão 2 (FGV/2008) “...se V.A. não socorre a essas capitanias e costas do Brasil, ainda
que nós percamos a vida e fazendas, V.A. perderá o Brasil.” (Carta, de 1548, enviada ao rei de
Portugal, pelo capitão Luís de Góis, da capitania de São Vicente)
O documento:
a) mostra que São Paulo e São Vicente foram as duas únicas capitanias que não conseguiram
prosperar.
b) alerta a Coroa portuguesa a que mude com urgência a política, para não perder sua nova
colônia.
c) revela a disputa entre donatários, para convencer o Rei a enviar auxílio para suas respecti-
vas capitanias.
d) exagera o risco de invasão do território, quando não havia interesse estrangeiro de explorá-lo.
e) demonstra a incapacidade dos primeiros colonizadores de estabelecer atividade econômi-
ca no território.
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Letra b.
Eliminando alternativas esta questão fica fácil de resolver. O sistema de capitanias heredi-
tárias não surtiu o efeito esperado pela coroa portuguesa, fazendo com que houvesse uma
mudança no sistema de administração do território, com a criação do Governo Geral.
A Expansão Territorial
Durante o primeiro século da colonização, apenas um trecho do litoral brasileiro era ocu-
pado e efetivamente povoado, mesmo assim, de forma intermitente. Isso se explica pela con-
centração, nessa área da colônia, das únicas atividades lucrativas para a metrópole: a produ-
ção de açúcar e a extração do pau-brasil.
No século XVII, teve início a expansão territorial, interiorizando a colonização lusa, em que
se destacaram três figuras humanas: o bandeirante, organizando as expedições de apresa-
mento indígena e de prospecção mineral; o vaqueiro, ocupando as áreas de pastagens nor-
destinas e criando o gado, e, finalmente, o missionário, principalmente o jesuíta, envolvido na
catequese e na fundação das missões.
Bandeirantes
Os Bandeirantes empreenderam várias expedições. Reuniam indivíduos que iam aos ser-
tões coloniais com a intenção de capturar indígenas para uso como mão de obra escrava.
Nestas primeiras expedições, o armamento básico utilizado eram arco e flecha (mesmo po-
derio bélico de muitos indígenas que se intencionava capturar). Por conta de seus propósitos,
muitas bandeiras se constituíram como verdadeiras expedições de apresamento. No con-
texto da União Ibérica, (1580-1640), os bandeirantes ultrapassaram os limites do Tratado de
Tordesilhas (1494) e ampliaram os domínios portugueses na América.
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A União Ibérica (1580 a 1640) foi a unificação das Coroas espanhola e portuguesa a partir
da crise sucessória do trono português. Essa crise de sucessão decretou o fim da Dinastia
de Avis e coroou o rei Filipe II, da Espanha, como rei tanto de Portugal quanto da Espanha. O
rei de Portugal, D. Sebastião, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir contra os mouros no
Marrocos, em 1578. Como o rei não havia deixado herdeiros para sucedê-lo, quem assumiu foi
seu tio-avô, D. Henrique. No entanto, D. Henrique acabou morrendo dois anos depois e, como
também não possuía herdeiros diretos, assumiu Felipe II da Espanha, unificando as coroas.
Na segunda metade do século XVII, o contexto de crise econômica que assolou o Império
Português na Europa e suas possessões ultramarinas na América e na África foi desencade-
ado por uma série de investidas de outras nações. Colônias na África foram tomadas pelos
holandeses e o açúcar brasileiro enfrentava a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas.
Naquela situação, a Coroa portuguesa estimulou a procura por metais preciosos em suas
colônias. As bandeiras somaram-se a expedições oficiais financiadas pela própria Coroa de-
nominadas de Entradas.
Existiam três tipos de expedições:
• entradas eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa) que saiam do litoral em
direção ao interior do Brasil.
• Descidas foram expedições dos jesuítas do Pará que tinham criado na Amazônia um
sistema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indígena. Buscando índios para
estas aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedições fluviais, subindo o Tocan-
tins.
• Bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, principalmente
paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente rumo às regiões centro-oeste e sul do
Brasil. Em seguida, as principais bandeiras em Goiás.
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Missionários
A igreja Católica teve um papel de destaque na colonização americana. Várias ordens re-
ligiosas atuaram no Brasil: carmelitas, dominicanos, beneditinos e jesuítas.
A Companhia de Jesus, criada em 1534, por Inácio de Loyola, surgiu no contexto da
Contrarreforma e com o objetivo de consolidar e ampliar a fé católica pela catequese e pela
educação.
A ação catequista dos jesuítas na colônia gerou um intenso conflito com os colonos que
queriam escravizar os índios. A existência de um grande número de índios nas Missões atraía
a cobiça dos colonos, que destruíam as Missões e vendiam os índios como escravos.
A Companhia de Jesus, pela catequese, não tinha exatamente intensões humanitárias,
pois dominavam culturalmente os índios, facilitando sua submissão à colonização e impon-
do um novo modo de vida. O excedente de produção – realizado pelo trabalho indígena – era
comercializado pelos jesuítas. A catequização do índio fortaleceu e incentivou a escravidão
negra, pelo tráfico negreiro.
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Vaqueiros
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havendo, contudo, o emprego paralelo de escravos e dos indígenas oriundos das missões.
Voltada também para o abastecimento da região das Gerais, a pecuária gaúcha desenvolveu
a indústria do charque e a criação de gado bovino, muar, equino e ovino.
Há que se destacar também a construção de fortificações na bacia Amazônica ao longo
do século XVII, como meio de garantir a posse da região. Em 1616, por exemplo, iniciou-se a
construção do Forte do Presépio, primeira construção de Belém do Pará.
Letra d.
Muito fácil. Como vimos, os principais grupos que se destacaram na expansão territorial fo-
ram os missionários, bandeirantes e vaqueiros.
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Os Tratados de Limites
Os inacianos e os indígenas da região das missões não aceitaram a troca, e o resultado foi
a Guerra Guaranítica, em que espanhóis e portugueses destruíram as sete grandes missões
jesuíticas, onde se desenvolvia uma verdadeira civilização missioneira. Como resultado disso,
o Convênio de El Pardo (1761) anulava as decisões de Madri relacionadas ao Sul da América.
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Em 1777, para recuperar o território de Santa Catarina invadido por uma esquadra espa-
nhola, Portugal aceitou os termos do Tratado de Santo lldefonso, que outorgava à Espanha os
direitos de soberania sobre Sacramento e os Sete Povos das Missões.
Mesmo com as determinações que passavam para as mãos espanholas o Sul do Brasil,
colonos brasileiros ocuparam os Sete Povos, conquistando, a partir daí o território que cor-
responde atualmente ao estado do Rio Grande do Sul. A presença de brasileiros na região
provocou a assinatura do Tratado de Badajós, de 1801, reconhecendo definitivamente a incor-
poração daquela área aos domínios lusitanos.
TRATADOS DE LIMITES
Anulando a Bula Alexandrina, estabeleceu a divi-
Tratado de Tordesilhas – 1494 são do globo terrestre em dois hemisférios por um
meridiano localizado 370 léguas a Oeste das ilhas
de Cabo Verde.
Firmado entre Portugal e a França para estabele-
Primeiro Tratado de Utrecht – 1713 cer os limites entre os dois países na costa norte do
Brasil. Estas disposições serviram, quase dois sécu-
los após, para defender a posição brasileira na ques-
tão do Amapá.
Também entre Portugal e a Espanha, estabeleceu os
Tratado de Madri – 1750 limites entre as colônias dos dois, na América do Sul,
respeitando a ocupação realmente exercida nos ter-
ritórios e abandonando inteiramente a “linha de Tor-
desilhas”. (A Colônia de Sacramento passaria para
o domínio da Espanha). Com esse Tratado o Brasil
ganhou já um perfil próximo ao de que dispõe hoje.
Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em linhas
Tratado de Santo Ildefonso – 1777 gerais os limites estabelecidos pelo Tratado de
Madri, embora com prejuízo para Portugal no
extremo sul do Brasil.
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Letra e.
Com auxílio da tabela acima fica fácil né. Daí a necessidade de você memorizá-la.
Para se situar, antes de darmos sequência, entendo ser necessário que faça um pequeno
apontamento sobre o entendimento do que são os “Ciclos Econômicos da História do Bra-
sil”. Isso é importante para que consiga relacionar a atividade econômica do período com
os eventos sociais e políticos que se sucedem a longo do curso. Esse esquema é de grande
utilidade na resolução de questões sobre conflitos na Colônia, principalmente relacionadas
ao ciclo do açúcar e do ouro.
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Brasil Colônia
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Para colonizar era necessário estabelecer um meio de exploração. Nesse sentido, a ativi-
dade escolhida foi o cultivo da cana-de-açúcar.
Dentro da lógica mercantilista, era preciso estabelecer um produto de exploração e um
mercado consumidor para outros produtos trazidos da África e Europa. Assim, através do
comércio triangular, traziam escravos da África e mercadorias europeias e trocavam pelo me-
laço. Entregavam o melaço para os holandeses, que refinavam e distribuíam o açúcar no mer-
cado europeu.
O grande centro econômico da colônia portuguesa nos primeiros séculos da colonização
foi, sem sombras de dúvidas, Pernambuco. Tanto o foi, que a capital administrativa da Colônia
passou a ser Salvador, pela proximidade de Pernambuco. Para se ter uma ideia, quando a eco-
nomia açucareira entrou em decadência e surgiu a economia mineradora na região de Minas
Gerais, a capital administrativa da colônia passou a ser o Rio de Janeiro.
Mas por que o açúcar foi a atividade escolhida pelos portugueses?
• O preço do açúcar na Europa estava elevado;
• Os portugueses já tinham a experiência da atividade na Ásia;
• O clima e a terra fértil (solo de massapê) eram propícios.
Unidade Produtora:
• Casa Grande: residência do Senhor de Engenho e seus familiares.
• Senzala: onde viviam os escravos.
• Capela: demonstra a importância e a influência da igreja católica no processo de colo-
nização.
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• Canavial: latifúndio.
• Engenho: casa de moagem, casa de fervura, casa de purgar.
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Podemos, assim, apontar a concorrência holandesa como principal fator para a crise da
economia açucareira.
Apesar da crise que se seguiu, com a baixa dos preços do açúcar brasileiro no mercado
internacional, a produção e a exportação do açúcar continuaram como a principal atividade
econômica até o ápice do Ciclo do Ouro no século XVIII.
Acontece, meu(minha) querido(a), que, além de todos esses problemas enfrentados pela
atividade açucareira, ocorreram também uma sequência de eventos no século XIX que contri-
buíram para que a economia açucareira entrasse em decadência de vez, dando espaço a uma
nova aristocracia rural, a aristocracia do café.
Surgimento do açúcar de beterraba: com o Bloqueio Continental de Napoleão, no início
dos 1800, os navios ingleses carregados com açúcar brasileiro ficaram impedidos abastecer
a Europa. Os europeus então precisaram de uma alternativa para abastecer o mercado interno
Expansão da economia cafeeira: a expansão da economia cafeeira pode ser explicada
pela crise da produção cafeeira asiática, graças a pragas que tomaram as lavouras. Além
disso, a abundância de mão de obra escrava pôde ser deslocada do Nordeste para o Sudeste.
Ocorre que a economia cafeeira adotou o mesmo sistema de plantation (MEL) da cana. Com
a crise do açúcar, os senhores de escravos passaram a vender suas propriedades. Muitos
comerciantes que eram senhores de escravos em 1840 já não o eram mais em 1870.
Questão 5 (FGV/2014) Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente
engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem
e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais
próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com
água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e aparelha-
dos; ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco
número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente.
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p.69.
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O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse res-
peito é correto afirmar:
a) O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o
período colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e o
rio Parnaíba.
b) A produção de açúcar no Nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças à
implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
c) Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto nos
engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena.
d) Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de produção do açúcar, do plantio,
passando pela moagem, a purga, a secagem e até a embalagem.
e) A produção de açúcar no sistema de “plantation” ficou restrita aos domínios lusitanos das
Américas, durante a época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores locais e aos
comerciantes reinóis.
Letra d.
O texto deixa claro que nos engenhos reais (portanto, nos grandes engenhos) todas as etapas
da produção do açúcar eram feitas, porque tais engenhos contavam com “(...) todas as partes
de que se compõem e todas as oficinas (...)”. Logo, nesses engenhos ocorriam o plantio, a
moagem, a purga, a secagem e a embalagem.
A Presença Holandesa
Como vimos, até 1530, Portugal e Espanha reinaram absolutos pelos mares. A tecnologia
de navegação que levaram séculos para desenvolver, foi copiada em trinta anos por ingleses,
franceses e holandeses. Essas novas potências marítimas não reconheciam o Tratado de
Tordesilhas e passaram a tentar colonizar a costa brasileira. Exemplos disso foram:
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Os holandeses criaram uma empresa que seria responsável por recuperar o comércio do
açúcar invadindo o Nordeste brasileiro: a Companhia das Índias Ocidentais. Após serem der-
rotados em Salvador, tiveram a sorte de encontrar e saquear um navio espanhol carregado de
prata sul-americana! Com o capital, se prepararam para voltar ao Brasil, agora em Pernambu-
co, onde conseguiram triunfar. Os brasileiros e portugueses até tentaram montar uma resis-
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tência, no chamado Arraial do Bom Jesus, mas foram traídos por Domingos Calabar e caíram
diante das tropas holandesas.
Administração Holandesa
Em 1637 a, W.I.C. (Cia. Das Índias Ocidentais) enviou Maurício de Nassau para administrar
os negócios na Nova Holanda (Pernambuco).
Nassau governou percebendo que teria que atuar de forma pacífica com os senhores de
engenho. Ao invés de pressioná-los, proibiu a agiotagem praticada por agentes holandeses
e conseguiu empréstimos para os senhores de engenho. Como “mimo” ainda concedeu a
liberdade religiosa dos católicos. Ocorre que os Holandeses eram calvinistas (religião cristã
protestante) e costumavam impor seu credo em suas colônias. Ainda promoveu obras de ur-
banização no Recife.
Era um humanista, influenciado pelo Renascimento Cultural e, por isso, estimulou as ci-
ências e as artes. Construiu um observatório astronômico, criou o jardim botânico. Trouxe
grandes mestres da pintura flamenga como Albert Eckout e Frans Post. Convidou diversos
artistas e cientistas para um grande projeto que ele mesmo definiu como “exploração profun-
da e universal da terra”.
Entretanto, esses gastos com a colônia provocaram desavenças com a W.I.C. A Cia. Das
Índias Ocidentais era uma empresa que visava o lucro maximizado. Foi para isso que Nassau
foi chamado a governar. Por isso, em maio de 1644 Maurício de Nassau retorna a Holanda.
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Você se lembra que no “Pulo do Gato” anterior declarei todo o meu amor ao Maurício de
Nassau? Então. Se eu o admiro pelo que fez em Pernambuco, imaginem os que viveram isso!
Brincadeiras à parte, o fato é que o retorno de Maurício de Nassau à Europa foi seguido de
um acirramento das tensões religiosas em função da Reforma Protestante e da Contrarrefor-
ma Católica. Além disso, a W.I.C. decidiu cobrar os empréstimos realizados aos senhores de
engenho pelas mãos de Nassau e ainda aumentar os tributos.
Os conflitos começaram em maio de 1645. João Fernandes Vieira, um próspero senhor de en-
genho de Pernambuco, liderou o movimento com o importante auxílio de alguns africanos libertos
e de índios potiguares (estes liderados por Antônio Felipe Camarão, conhecido como Poti).
A Batalha do Monte Tabocas foi a principal batalha ocorrida no início do da Insurreição.
Os holandeses sofreram uma grande derrota. As notícias dessa vitória fizeram com que rece-
bessem apoio de tropas vindas da Bahia.
O relacionamento da Holanda com o Portugal era, no mínimo, interessante. Na Europa
apoiava os portugueses contra o domínio espanhol, ao mesmo tempo em que mantinha a
ocupação de colônias portuguesas na África e no Brasil.
Em 1648, Espanha e Holanda assinaram um tratado de paz. Por ele, todas as conquistas
do movimento de insurreição deveriam ser devolvidas aos holandeses. Isso causou ainda
mais indignação dos insurretos.
Em 19 de abril de 1648 e em 19 de fevereiro do ano seguinte aconteceram a Primeira e a
Segunda Batalha dos Guararapes.
A vitória das tropas da Insurreição abriu caminho para o retorno do domínio português na
região a partir de 1654. Também é considerada símbolo da fundação do Exército Brasileiro.
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Letra b.
Abençoado(a), essa não é difícil. Lembre-se do imbróglio envolvendo a unificação das coroas
Portuguesa e Espanhola (União Ibérica). Como a Espanha era inimiga da Holanda, proibiu a
colônias portuguesas sobre seu controle de comercializarem com os holandeses. Insatisfei-
tos com a perda do comércio lucrativo do açúcar, os holandeses decidiram invadir o Brasil.
Não se esqueça das principais características da presença holandesa, principalmente duran-
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A Interiorização da Colonização
A crise açucareira no Brasil impulsionou a busca por novas riquezas no interior. A procu-
ra por metais preciosos, pelo extrativismo vegetal na Amazônia e por mão de obra escrava
indígena foram alguns dos focos principais das expedições exploratórias intensificadas no
século XVII.
Além das Entradas, Bandeiras e Missões, outras atividades promoveram a interiorização
da colonização:
Mineração: atividade concentrada no interior, inclusive em áreas situadas além dos an-
tigos limites de Tordesilhas, como as minas de Goiás e Mato Grosso. A mineração nessas
áreas, principalmente em Minas Gerais, provocou nas primeiras décadas do século XVIII um
decréscimo populacional em Portugal em função do intenso povoamento dessas áreas mine-
radoras do interior.
Tropeirismo: era o comércio com vistas ao abastecimento das cidades mineradoras de Mi-
nas Gerais. Os tropeiros conduziam verdadeiras tropas de gado do Rio Grande do Sul até a
feira de Sorocaba, em São Paulo. Daí, os tropeiros partiam para os polos mineradores de Minas
Gerais. Além de venderem gado (vacum e muar principalmente) nessas áreas, os tropeiros tam-
bém transportavam e vendiam mantimentos no lombo do gado. Ao longo do “Caminho das Tro-
pas” surgiram vários entrepostos de comércio e pernoite dos tropeiros, os chamados “pousos
de tropa”, que deram origem a importantes povoados no interior de Santa Catarina e Paraná.
Pecuária: a exclusividade do litoral para as áreas açucareiras, conforme determinava a
Coroa no início da colonização, permitiu o desenvolvimento de fazendas pecuaristas no inte-
rior nordestino, principalmente durante a invasão holandesa, quando a expansão canavieira
eliminou o pasto de muitos engenhos. A expansão da pecuária para o interior de Pernambuco
seguiu a rota do Rio São Francisco até alcançar Minas Gerais no início do século XVIII, quando
a pecuária passou a abastecer muito mais as cidades mineradoras do que os engenhos.
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A Sociedade Colonial
Sociedade Açucareira
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Veja:
O topo da pirâmide social usufruía da riqueza gerada enquanto os escravos eram respon-
sáveis por toda a produção.
Algumas curiosidades ilustram bem como era o cotidiano do engenho de açúcar. Va-
mos a elas:
Existiam muito mais escravos do que moradores da Casa Grande. Além do açúcar, a cana
também foi utilizada como matéria-prima para outros produtos. A cachaça era um resíduo
descartado da produção do açúcar e usada pelos escravos para preparar a carne do cacha-
ço (macho) e da cachaça (fêmea), uma espécie de porco selvagem. Foi o porco o quem deu
nome à bebida.
Os senhores de engenho logo utilizaram da bebida para “acostumar” o escravo ao traba-
lho na lavoura. Logo nas primeiras horas do dia, já serviam dozes aos negros.
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Não era raro que o senhor de engenho tivesse relações com suas escravas. Apesar de
ocorrerem muitos estupros das “mercadorias”, haviam casos em que as escravas seduziam o
senhor de engenho visando um trabalho no interior da Casa Grande para fugir do sofrimento
da lavoura.
Sociedade Mineradora
O grande fluxo de pessoas na região das minas produzia uma estrutura social diferencia-
da. Dela faziam parte os setores mais ricos da população, chamados “grandes” da sociedade
– mineradores, fazendeiros, comerciantes e altos funcionários, encarregados da administra-
ção das Minas e indicados diretamente pela metrópole.
Compunham o contingente médio, em atividades profissionais diversas, os donos de ven-
das, mascates, artesãos (como alfaiates, carpinteiros, sapateiros) e tropeiros. E, ainda, pe-
quenos roceiros que, em terrenos reduzidos, entregavam-se à agricultura de subsistência.
Plantavam roças de milho, feijão, mandioca, algumas hortaliças e árvores frutíferas. Também
faziam parte deste grupo os faiscadores – indivíduos nômades que mineravam por conta
própria. Deslocavam-se conforme o esgotamento dos veios de ouro.
No final do século XVIII, essa camada social foi acrescida de elementos ligados aos nú-
cleos de criação de gado leiteiro, dando início à produção do queijo de Minas. Incluíam-se
também nessa camada intermediária os padres seculares. Na colônia, poucos membros do
clero ocupavam altos cargos como, por exemplo, o de bispo. Este morava na única cidade da
capitania: Mariana.
Diferente da organização social da sociedade açucareira, a sociedade mineradora se or-
ganizou com as seguintes características:
Burocrática: o poder se concentrava nas mãos dos funcionários da administração da Co-
roa Portuguesa, devido à necessidade de maior fiscalização da atividade aurífera. Lembre-se
de que, na sociedade açucareira, o poder era patriarcal.
Urbana: em função da própria atividade mineradora, o núcleo urbano surgiu no entrono da
extração, com o surgimento de atividades econômicas subsidiárias da primeira.
Mobilidade Social: enquanto na sociedade açucareira, os escravos sustentavam o senhor
de engenho e seus agregados, na sociedade mineradora havia a possibilidade de um escravo
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se tornar liberto e mesmo ascender-se como comerciante, tropeiro... Contudo, você deve ter o
cuidado de entender que essa mobilidade era limitada. Um escravo nunca se tornaria membro
da administração da coroa. Ademais, isso foi possível porque a pirâmide social da socieda-
de mineradora possuía várias classes, diferentemente da açucareira que era dividida apenas
entre escravos e senhores.
Por outro lado, crescia na capitania real o número de indivíduos sujeitos às ocupações
incertas. Vivendo na pobreza, na promiscuidade e muitas vezes no crime, não tinham posição
definida na sociedade mineradora. Esta camada causava constante inquietação aos gover-
nantes. Ela era geralmente composta por homens livres: alguns brancos, mestiços ou escra-
vos que haviam conseguido alforria.
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Letra e.
Todas as alternativas trazem informações corretas. A escravidão predominava; os senhores
de escravos, por terem atividades muito menores do que a lavoura açucareira, possuía menor
quantidade de escravos; era possível que os escravos conseguissem sua alforria. Ao final da
aula, verá um mapa mental destacando as características da sociedade mineradora (urbana,
burocrática e com certa mobilidade). Ele é chave para solucionar questões como essa.
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As aldeias eram formadas por ocas (cabanas), habitações coletivas que apresentavam
formas e dimensões variadas. Em geral, as ocas eram retangulares, com o comprimento va-
riando entre 40 m e 160 m e a largura entre 10 m e 16 m.
Abrigavam entre 85 e 140 moradores. Suas paredes eram de madeira trançada com cipó
e recobertas com sapé desde a cobertura. As várias aldeias se ligavam entre si através de
trilhas, que uniam também o litoral ao interior. Algumas eram muito extensas como a do Pe-
abiru, que unia a região da atual Assunção, no Paraguai, com o planalto de Piratininga, onde
se situa a cidade de São Paulo. Descobrimentos arqueológicos confirmam contatos entre os
tupis-guaranis e os incas do Peru: objetos de cobre dos Andes foram desenterrados em es-
cavações, no Rio Grande do Sul e no Estado de São Paulo.
De maneira objetiva, uma lista das características socioculturais desses povos:
• Seminômades: migravam de acordo com a necessidade de recursos mas, também, pra-
ticavam o cultivo rudimentar da mandioca.
• Ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. Importante destacar que pintura ru-
pestre é uma forma de comunicação artística, rústica, mas não pode ser classificada
como algum tipo de escrita.
• Sociedades Tribais.
• A propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada.
• Faziam queimadas controladas para abrir clareiras e descampados (coivara).
A catequização dos nativos era muito difícil porque se enfrentava a resistência dos índios.
É bom ressaltar que eles já possuíam sua crença. Os Caetés, por exemplo, realizavam rituais
antropofágicos em que praticavam o canibalismo na crença de que absorveriam as qualida-
des de seus inimigos. Ficaram conhecidos em relatos não comprovados por terem efetivado
esse ritual com Dom Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo brasileiro.
O estado português usou o argumento da Guerra Justa, para praticar a violência contra os
indígenas resistentes. No entanto, caso os nativos se convertessem, eram preservados.
A escravidão indígena no Brasil existiu principalmente no começo da colonização por-
tuguesa, minguando posteriormente pela preferência pelo escravo negro e por pressão dos
lucros do tráfico negreiro. Ela existiu, apesar dos esforços dos jesuítas contra sua prática.
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HISTÓRIA
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A principal fonte de mão de obra indígena escrava eram as entradas e bandeiras de apre-
samento, facilitadas pelas desavenças e guerras entre tribos indígenas brasileiras. Os locais
onde se aprisionavam os indígenas eram chamados de “casas de preamento”.
Entre as tribos indígenas que não eram canibais, mas praticavam a escravatura, os pa-
panases não tinham costume de matar os que os ofendiam, mas faziam deles escravos. Os
guaianás não comiam carne humana e faziam os prisioneiros escravos. Os tapuias também
faziam os cativos escravos.
Os cadiueus viviam do tributo e do saque que faziam às tribos suas vizinhas. A sua so-
ciedade era estratificada e a sua base era constituída por escravos, prisioneiros dos conflitos
com as tribos vizinhas. Os terenas, apesar de pagarem tributos aos cadiueus e serem seus
subordinados, também tinham a sua sociedade estratificada e a sua base também era cons-
tituída por escravos.
As constantes guerras intertribais entre os índios foram usadas pelos colonos portugue-
ses no estabelecimento de alianças que favoreciam tanto os interesses dos colonos como os
dos próprios índios. Os portugueses, com estas alianças, obtinham mão de obra através da
tradição tupi do cunhadismo, adquirindo “índios de corda” e um exército aliado poderoso.
A guerra constante entre as tribos e a inimizade entre os principais grupos foram aprovei-
tadas pelos europeus. Assim, os portugueses ficaram amigos dos tupiniquins, que eram os
grandes inimigos dos tamoios e dos tupinambás, os quais se tornaram aliados dos franceses,
que tentavam invadir o domínio dos portugueses. No sul do país, aconteceu a mesma coisa:
os grupos tupis se associaram aos portugueses, e os guaranis aos espanhóis. Na época do
descobrimento e colonização portugueses, a população indígena era calculada em 4,5 mi-
lhões no território brasileiro.
Os portugueses dividiam os índios em dois grupos: os “índios mansos” e os “índios bra-
vos”. Os índios “bravos” eram inimigos e faziam alianças com europeus inimigos: eram con-
siderados estrangeiros, justificando as chamadas “guerras justas”. Os índios “mansos” eram
os aliados dos portugueses, eram fundamentais para o fortalecimento dos portugueses, eram
vassalos do Rei de Portugal e defensores das fronteiras do Brasil português.
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Brasil Colônia
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Os índios aldeados não apenas participaram dos combates, como forneceram as armas
e a tática de guerra. A metáfora dos “muros” e “baluarte” usada pelos portugueses para de-
signar os índios aliados, significando proteção, foi repetida ao longo de toda época colonial.
A Coroa portuguesa concedia vários benefícios e honrarias às lideranças indígenas suas
aliadas, como a concessão de hábitos das ordens militares. Com o hábito da ordem militar, o
índio adquiria o título de “dom” e, frequentemente, uma tença, um rendimento dado pelo rei, e,
na hierarquia colonial, passava a ser um nobre vassalo do rei de Portugal.
A política indigenista levou à formação de uma elite colonial indígena com o intuito de
fortalecer as alianças e lealdade dos índios e a considerar os índios aliados à semelhança dos
colonos europeus.
Os índios que se destacavam pela lealdade passavam a ocupar cargos oficiais, como o de
juiz ou vereador, nas câmaras de algumas vilas e cidades do Brasil Colônia. Recebiam honras
e privilégios que os distinguiam dos outros colonos e faziam parte da “nobreza da terra”.
O cargo de governador dos índios, primeiramente atribuído a Filipe Camarão, um grande
guerreiro e hábil estrategista da tribo dos potiguares, tinha também, como função, organizar
os aldeamentos indígenas e o recrutamento dos terços dos índios, onde tinha servido como
capitão-mor.
Os índios não só guardavam as fronteiras como também controlavam os escravos africa-
nos, propensos a se insurgir ou fugir e se juntarem aos europeus inimigos dos portugueses.
Por serem exímios em seguirem pistas, os índios eram também contratados pelos proprietá-
rios de engenhos para capturar e resgatar escravos fugidos dos engenhos e fazendas. Nesse
processo também, auxiliavam os capitães do mato (negros ou mulatos livres) na captura de
escravos fugidos.
Além disso, a partir de um certo momento, a própria Igreja Católica passou, através prin-
cipalmente dos jesuítas, a fazer um trabalho de catequização junto aos índios, dificultando,
aos portugueses e seus filhos meio índios e tribos aliadas, a escravização dos índios aliados
dos franceses. Esta posição foi defendida pelos jesuítas no Brasil, que, por seu lado, também
tinham escravos, o que gerou conflitos com a população local interessada na escravatura,
culminando em conflito, na chamada “botada dos padres fora” em 1640.
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Nos séculos XVII e XVIII, a faixa esquerda do rio Amazonas transformou-se num espaço
de captura de indígenas para serem vendidos dentro e fora das Guianas por traficantes que
partiam de Caiena.
Escravidão indígena voluntária: Em 30 de julho de 1566, foi criada a lei que regulamentou pela
primeira vez a escravidão voluntária dos índios. Segundo essa lei, baixada por uma junta con-
vocada por Mem de Sá, “os índios só poderiam vender-se a si mesmos em caso de extrema
necessidade, sendo que todos os casos deveriam ser obrigatoriamente submetidos à autori-
dade para exame”.
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Letra c.
Em antropologia é muito usado o conceito de etnocentrismo. Quando se observa uma cultura
diferente, deve-se despir-se dos preconceitos. Quando se olha o outro do ponto de vista de
sua própria cultura, fatalmente caímos em julgamentos. Lembrando que a antropofagia car-
regada de simbolismo, pois acreditavam que absorviam as virtudes dos inimigos vítimas de
seu canibalismo.
Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos Portugueses nem foram eles os res-
ponsáveis por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos de tribos inimigas
capturavam negros para serem vendidos nas Feitorias do litoral africano. Mas, antes de se-
guirmos, preciso atentá-lo(a) para uma característica fundamental das economias europeias
que influenciou consideravelmente o Tráfico de Escravos. Estamos falando, novamente, do
Mercantilismo.
Os Portugueses realizavam o chamado comércio triangular: trocavam o açúcar brasileiro
por escravos africanos, traziam os escravos nos navios negreiros e trocavam por mais do
açúcar brasileiro. Trocavam manufaturados europeus por escravos e pelo açúcar etc.
O tráfico negreiro para o Brasil ocorreu do século XVI ao XIX. Tratava-se de uma migração
forçada de Africanos para o país que chegou a cerca de 5 milhões de pessoas. Comerciantes
africanos, brasileiros, portugueses, holandeses e ingleses dominavam a atividade.
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Dentro da lógica mercantilista, o escravo era uma mercadoria. Assim, embarcações vi-
nham das feitorias do litoral africano carregadas de pessoas escravizadas, como animais são
hoje transportados para o abate. Abaixo, uma ilustração da distribuição espacial dos escra-
vos nos porões dos navios negreiros. Observe:
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• Ciclo da Costa da Mina, hoje chamado Ciclo de Benim e Daomé (século XVIII – 1815):
traficou iorubás, jejes, minas, hauçás, tapas e bornus;
• Período de tráfico ilegal, reprimido pela Inglaterra (1815-1851). Para fugir à fiscaliza-
ção dos navios ingleses buscaram rotas alternativas ao tráfico tradicional do litoral
ocidental africano capturando escravos por exemplo em Moçambique.
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Quando obtinham sucesso na fuga, buscavam encontrar outros fugidos. Foi assim que
nasceram os quilombos.
Quilombo: a palavra possui etimologia banta referente a acampamentos de guerreiros na
mata. Em 1740, o Conselho Ultramarino de Portugal usou a definição em postagem ao rei:
“Toda habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que
não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”. Os quilombos foram uma resis-
tência de trincheira, em defesa de um território.
O Quilombo mais emblemático talvez seja o de Palmares, hoje localizado no atual estado
de Alagoas, em terras que pertenciam a Pernambuco.
De início, Palmares era um pequeno povoado com poucos quilombolas. Entretanto, o con-
flito com os holandeses acabou enfraquecendo a fiscalização e centenas de escravos fugiram
engrossando o contingente populacional. Principalmente entre 1630 e 1650 o crescimento do
número de habitantes foi vertiginoso.
Palmares, a terra das palmeiras, era formada por vários mocambos (núcleos de povoa-
mento), entre eles os principais foram: Subupira, Macaco e Zumbi. Com terra fértil, era cerca-
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da por alta cerca de pau a pique. Produziam a cultura de milho, mandioca, feijão e bananeiras.
Caçavam, pescavam e produziam artesanatos como cestos, cerâmicas, artigos de metalur-
gia. O excedente de produção era comercializado com vilarejos da redondeza.
Historiadores estimam que viviam cerca de 20 mil quilombolas em Palmares. Obviamente,
os senhores que perdiam suas “propriedades” não estavam dispostos a assumir este prejuí-
zo. Para se protegerem, os quilombolas criaram três guarnições com cerca de 200 guerreiros
para cada uma das três entradas.
O primeiro rei de Palmares foi Ganga Zumba, filho de uma princesa do Congo. Em 1678, o
governador de Pernambuco, Aires Souza e Castro selou um acordo com Ganga Zumba, de-
cretando a liberdade de todos os negros nascidos em Palmares. Esse foi o Acordo de Recife.
Alguns quilombolas não aceitaram os termos postos no acordo. É certo que havia uma
diferenciação de status entre os quilombolas. Aqueles que chegavam aos quilombos pelos
próprios meios eram mais prestigiados enquanto que os libertados por ações de guerrilha
eram desprivilegiados e colocados em trabalhos mais pesados. Assim, Ganga Zumba foi en-
venenado por opositores e Zumbi assumiu o controle de Palmares.
Zumbi não apoiou o Acordo do Recife e continuou recebendo escravos fugidos. A reação
da Coroa Portuguesa foi enérgica. Várias excursões militares foram realizadas até que, em
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1694, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho liderou as forças oficiais e destruiu Pal-
mares. Apensar de Zumbi e mais um pequeno grupo conseguirem fugir, em 20 de novembro
de 1679, foi morto, degolado e sua cabeça foi enviada até o Recife como troféu. Sua luta mar-
ca as comemorações do Dia da Consciência Negra.
Prezado(a) aluno(a), mais adiante voltaremos a tratar da escravidão africana quando dis-
cutiremos o movimento abolicionista.
Essa migração, somada a existência de povos nativos e à chegada dos europeus fez com
que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde comigo a misci-
genação básica da nossa cultura:
• Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos – na época colonial, quase sempre
branco e negra –, vem de mula;
• Cafuzo ou carafuzo ou caboclo: é resultado da união entre negro e índio;
• Mameluco: mestiço de branco e índio.
Algumas curiosidades ilustram bem como era o cotidiano do engenho de açúcar. Vamos
a elas:
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Existiam muito mais escravos do que moradores da Casa Grande. Além do açúcar, a cana
também foi utilizada como matéria-prima para outros produtos. A cachaça era um resíduo
descartado da produção do açúcar e usada pelos escravos para preparar a carne do cacha-
ço (macho) e da cachaça (fêmea), uma espécie de porco selvagem. Foi o porco o quem deu
nome à bebida.
Os senhores de engenho logo utilizaram da bebida para “acostumar” o escravo ao traba-
lho na lavoura. Logo nas primeiras horas do dia, já serviam dozes aos negros.
Não era raro que o senhor de engenho tivesse relações com suas escravas. Apesar de
ocorrerem muitos estupros das “mercadorias”, haviam casos em que as escravas seduziam o
senhor de engenho visando um trabalho no interior da Casa Grande para fugir do sofrimento
da lavoura.
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Letra a.
O tráfico de escravos da África também ocorreu para outras regiões do continente americano.
No entanto, a banca está pedindo a resposta com base no mapa. Assim, de fato, trata de um
comércio que envolvia o Brasil e a costa atlântica africana. Ademais, ainda não lhe apresentei
as leis abolicionistas. Uma delas, A Lei Eusébio de Queirós (Lei n. 581), promulgada dia 4 de
setembro de 1850, visava a proibição do tráfico de escravos. Apesar de oficialmente o tráfico
ser proibido, o tráfico ilegal continuou até a abolição em 1888.
Os Movimentos Nativistas
As rebeliões coloniais ou revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como causa prin-
cipal o descontentamento dos colonos brasileiros com as medidas tomadas pela coroa por-
tuguesa. Ocorreram entre o final do século XVII e início do XVIII. A maior parte destas revoltas
foi reprimida com violência pela coroa portuguesa, como forma de controlar seu domínio so-
bre a colônia brasileira.
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Principais causas:
• monopólio português do comércio de mercadorias.
• Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses.
• Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes.
• Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses.
• Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de
ouro realizada pelos colonos brasileiros.
• Exploração colonial praticada por Portugal.
• Rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil.
Rebeliões Nativistas: são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites
coloniais.
• Revolta dos Beckman de 1684;
• A Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
• A Revolta de Felipe dos Santos de 1720;
• A Guerra dos Mascates. 1710 e 1711.
Rebeliões Separatistas: visam a independência em relação a Portugal.
• Inconfidência Mineira 1789;
• Conjuração Baiana 1798;
• Insurreição Pernambucana de 1817. (A Insurreição Pernambucana 1645-1654 é a que
expulsou os holandeses.)
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A Revolta de Beckman foi uma rebelião nativista ocorrida na cidade de São Luís (estado do
Maranhão) em 1684. Foi causada pela insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais e
população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, instituída pela coroa portu-
guesa em 1682. Os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia, enquanto os pro-
prietários rurais contestavam os preços pelos quais a Companhia pagava por seus produtos.
O fato é que grande parte da população maranhense estava insatisfeita com a baixa
qualidade e altos preços cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela
Companhia na região. Outros produtos como trigo, bacalhau e vinho chegavam à região em
quantidade insuficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em péssimas condições
para o consumo.
Contudo, o principal problema foi a falta de mão de obra escrava na região. Os escravos
fornecidos pela Companhia eram insuficientes para as necessidades dos proprietários rurais.
Uma solução seria a escravização de indígenas, porém os jesuítas eram contrários.
Na noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprie-
tários rurais da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito
da Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da
região e tiraram do poder o governador.
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A corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e
colocar ordem na região. Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge
Sampaio foram condenados a forca.
A Revolta de Beckman foi mais um movimento nativista que mostra os conflitos de inte-
resses entre os colonos e a metrópole. Foi uma revolta que mostrou os problemas de mão de
obra e abastecimento na região do Maranhão. As ações da coroa portuguesa, que claramente
favoreciam Portugal e prejudicava os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes, motivos
de reações violentas dos colonos. Geralmente eram reprimidas com violência, pois a coroa
não abria mão da ordem e obediência em sua principal colônia.
Questão 10 (FGV/2016) Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador elei-
to por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assis-
tentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vos-
sas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora
assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que
por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alte-
rado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar
alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas
paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores
que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para
Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão.
2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.
O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela
a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam
para impedir a sua liberação.
b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da
Companhia de Comércio do Maranhão.
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c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob
a sua guarda.
d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holan-
deses na região.
e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os inte-
resses dos colonos maranhenses.
Letra b.
A questão remete à Revolta de Beckman que ocorreu no Maranhão no ano de 1684, liderada
pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman. O Maranhão era uma região muito pobre tendo
as “drogas do sertão” como o produto mais importante. Havia também a pequena lavoura
com mão de obra indígena o que desagradava aos jesuítas. Os conflitos entre colonos e pa-
dres jesuítas eram constantes. Para resolver estes problemas, a coroa portuguesa criou, em
1682, a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão visando incentivar a coloni-
zação da região. A Companhia vendia seus produtos a preço mais elevados e oferecia mui-
to pouco pelos produtos dos colonos como algodão, açúcar e madeira. Assim, os irmãos
Beckman ocuparam a cidade de São Luís expulsando os representantes da Companhia e os
padres jesuítas.
A Guerra dos Emboabas foi um conflito armado ocorrido na região das Minas Gerais
entre os anos de 1708 e 1709, envolvendo os bandeirantes paulistas e os emboabas (portu-
gueses e imigrantes de outras regiões do Brasil). O confronto tinha como causa principal a
disputa pela exploração das minas de ouro recém-descobertas na região das Minas Gerais.
Os paulistas queriam exclusividade na exploração da região, pois afirmavam que tinham
descoberto as minas.
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Os emboabas eram liderados pelo português Manuel Nunes Viana, enquanto os paulis-
tas eram comandados pelo bandeirante Borba Gato. O conflito mais importante e sangrento
ocorreu em novembro de 1708 no distrito de Ouro Preto. Os embobas dominaram a região das
minas e os paulistas se refugiaram na área do Rio das Mortes.
Como consequência, os paulistas foram derrotados e a Coroa Portuguesa criou a Capita-
nia de São Paulo e Minas de Ouro. Além disso, a cobrança do quinto (20%) foi regulamentada
e a Coroa Portuguesa assumiu a exploração de ouro na região das Minas Gerais.
Por outro lado, os bandeirantes paulistas, expulsos da região das Minas Gerais, foram
em busca de ouro nas regiões de Goiás e Mato Grosso, onde encontraram novas minas para
explorar.
Também conhecida como Revolta de Vila Rica, este movimento nativista ocorreu no ano
de 1720, na região das Minas Gerais, durante o período do Ciclo do Ouro.
A região de Minas Gerais produzia muito ouro no século XVIII. A coroa portuguesa aumen-
tou muito a cobrança de impostos na região. O quinto, por exemplo, era cobrado sobre todo
outro extraído (20% ficavam com Portugal). Esta cobrança ocorria nas Casas de Fundição.
Era proibida a circulação de ouro em pó ou em pepitas. Quem fosse pego desrespeitando as
leis portuguesas era preso e recebia uma grave punição (degredo para a África era a principal).
Os donos das minas estavam sendo prejudicados com as novas medidas da Coroa para
dificultar o contrabando do ouro em pó. A Coroa Portuguesa decidiu instalar quatro casas de
fundição, onde todo ouro deveria ser fundido e transformado em barras, com o selo do Reino
(nessa mesma ocasião era recolhido o imposto de cada cinco barras, uma ficava para a Coroa
portuguesa).
Assim, só poderia ser comercializado o ouro em barras com o selo real, acabando com o
contrabando paralelo do ouro em pó e consequentemente, com o lucro maior dos donos das
minas. Então, esses últimos organizaram essa revolta para acabar com as casas de fundição,
com os impostos e com o forte controle em cima do contrabando.
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Felipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro (dono de tropas de mulas para
transporte de mercadorias). Com seus discursos e ideias atraiu a atenção das camadas mais
populares e da classe média urbana de Vila Rica. Defendia o fim das Casas de Fundição e a
diminuição da fiscalização metropolitana.
A revolta durou quase um mês. Os revoltosos pegaram em armas e chegaram a ocupar
Vila Rica. Diante da situação tensa, o governador da região, Conde de Assumar, chamou os
revoltosos para negociar, solicitando que abandonassem as armas.
Após acalmar e fazer promessas aos revoltosos, o conde ordenou às tropas para que
invadissem a vila. Os líderes foram presos e suas casas incendiadas. Felipe dos Santos, con-
siderado líder, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.
Como consequências, a Coroa procurou limitar as vias de acesso às Minas e o escoamen-
to da produção, visando inibir o contrabando e a evasão fiscal. Para facilitar essa tarefa, foi
criada a Capitania de Minas Gerais, separada da Capitania de São Paulo.
Os revoltosos realizaram uma marcha até a sede do governo da capitania em Mariana, e
como o governador Conde de Assumar não tinha como barrar a força dos donos das minas,
ele prometeu que as casas de fundição não seriam instaladas e que o comércio local seria
livre de impostos. Os rebeldes voltaram então para Vila Rica, de onde haviam saído. Aprovei-
tando a trégua, o conde mandou prender os líderes do movimento, cujas casas foram incen-
diadas. Muitos deles foram deportados para Lisboa, mas Filipe do Santos foi condenado e
executado. Assim, essa revolta não conseguiu cumprir seus objetivos e foi facilmente sufo-
cada pelo governo.
Felipe dos Santos foi morto porque ele e sua tropa demoliram as casas de fundição. Por
seu caráter nativista e de protesto contra a política metropolitana, muitos historiadores con-
sideram este movimento como um embrião da Inconfidência Mineira (1789).
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HISTÓRIA
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entre o cuidado ante virtuais levantes escravos e efetivos levantes de poderosos; o mais sério
destes o celebrizaria como algoz: foi o conde de Assumar que, em 1720, mandou executar
Felipe dos Santos sem julgamento, sendo a seguir chamado a Lisboa e amargurado um lon-
go ostracismo. (Laura de Mello e Souza, Norma e conflito: aspectos da história de Minas no
século XVIII)
A morte de Felipe dos Santos esteve vinculada a
a) uma sublevação em Vila Rica, que envolveu vários grupos sociais, descontentes com a de-
cisão de levar todo ouro extraído para ser quintado nas Casas de Fundição.
b) um movimento popular que exigia a autonomia das Minas Gerais da capitania do Rio de
Janeiro e o imediato cancelamento das atividades da Companhia de Comércio do Brasil.
c) uma revolta denominada Guerra do Sertão, comandada por potentados locais, que não acei-
tavam as imposições colonialistas portuguesas, como a proibição do comércio com a Bahia.
d) uma insurreição comandada pela elite colonial, inspirada no sebastianismo, que defendia a
emancipação da região das Minas do restante da América portuguesa, com a criação de uma
nova monarquia.
e) uma rebelião, que contrapôs os paulistas – descobridores das minas e primeiros explora-
dores – e os chamados emboabas ou forasteiros – pessoas de outras regiões do Brasil, que
vieram atrás das riquezas de Minas.
Letra a.
A Revolta de Vila Rica ou Revolta de Filipe dos Santos foi uma sublevação colonial contra a
cobrança do quinto nas Casas de Fundição, o mais importante imposto do ouro. Líder da re-
volta, Filipe dos Santos foi morto, enforcado e esquartejado.
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HISTÓRIA
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residindo em Olinda, passavam por grandes dificuldades financeiras, mas mantinham o con-
trole político graças aos cargos que detinham na câmara municipal.
Do outro lado, Recife destoava do momento de crise. Desenvolveu-se uma intensa ativi-
dade econômica com os negócios dos mascates (comerciantes portugueses). A prosperidade
econômica desse grupo permitia que realizasse empréstimos com juros elevadíssimos aos
olindenses. Obviamente, cada vez mais Olinda era submetida à estrutura econômica de Recife.
As tensões entre os dois grupos se intensificaram quando a Coroa Portuguesa publicou a
Carta Régia de 1709. Por ela, Recife passou a ser vila independente, conquistando autonomia
política com relação à Olinda. Havia um grande receio por parte da aristocracia rural de Olinda
de que Recife se tornasse, além de centro econômico, o centro político de Pernambuco.
Podemos listar, de maneira objetiva, as causas da Guerra dos Mascates:
• Sentimento antilusitano alimentado pelos Olindenses;
• Disputa entre Olinda e Recife pelo controle político de Pernambuco;
• A Carta Régia de 1709. (Autonomia política de Recife).
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HISTÓRIA
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Enquanto o Renascimento estava em alta na Europa com a arte voltada para os ideais
clássicos, o Brasil estava sendo colonizado pelos portugueses. Nesse contexto, o foco artís-
tico era bem diferente. Na história da arte este período que se estende, aproximadamente, do
ano 1500 a 1822 ficou conhecido como Arte Colonial Brasileira.
A Arte Colonial Brasileira se expressou especialmente pela escultura, desenho, pintura
e arquitetura que eram utilizados principalmente na construção e ornamentação de igrejas,
conventos e mosteiros. Por meio de desenhos e pinturas desse período é possível conhecer o
cotidiano do país que estava sendo transformado. A igreja católica, que foi uma grande finan-
ciadora da arte na Europa, também investiu no Brasil trazendo para cá os Jesuítas responsá-
veis pela construção de grandiosas igrejas, repletas de ouro e esculturas de santos católicos.
Na arquitetura é possível destacar as primeiras construções logo após a chegada dos
portugueses no Brasil. Eram casas bastante simples feitas de madeira ou taipa e coberta por
palha. Com o passar do tempo começam a aparecer as capelas que compunham o centro
das pequenas vilas formadas pelos portugueses. O início da arquitetura religiosa no Brasil se
desenvolveu de forma sóbria e seguiu o estilo maneirista caracterizado pelas fachadas geo-
métricas, janelas simples e com decoração quase inexistente.
O estilo Barroco pode ser identificado no Brasil a partir do século XVII, estendendo-se para
os séculos posteriores, especialmente na arquitetura religiosa. Apesar desse estilo começar
a ser difundido no Brasil ainda com traços do Barroco europeu, aos poucos, foi ganhando
características singulares em cada região do país. O interior dessas igrejas se destaca so-
bretudo pelo requinte, com decoração baseada em anjos, pássaros, cachos de uvas e flores
tropicais, além de esculturas em pedra sabão ou madeira. A construção de naves poligonais e
plantas em elipses entrelaçadas também, são de origem desse período. Destacam-se nesse
período os artistas portugueses Manuel de Brito e Francisco Xavier de Brito.
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A escultura desse período, também está intimamente ligada a arte religiosa e serviu para
facilitar o doutrinamento católico além da decoração de igrejas.
Na escultura se evidencia a dramaticidade e teatralidade das expressões, o movimento
e exuberância das formas. Aleijadinho e Mestre Ataíde, na Região de Minas Gerais, são os
nomes que mais se destacam nesse cenário. A escultura do período colonial se sobressai
pelo estilo próprio que eliminou qualquer proximidade com a escultura Barroca europeia. As
obras eram feitas em pedra-sabão e madeiras e eram pintadas com cores fortes, comumente
douradas, além de serem ornamentadas com coroas de ouro e prata, olhos de vidro, dentes de
marfim, vestimentas de tecidos e cabelos reais.
A pintura também é de cunho religioso. Suas principais características cromáticas eram o
vermelho, o azul, o dourado e o branco e eram realizadas geralmente com tinta óleo ou tempera
sobre madeira ou tela. A perspectiva, também, era bastante usada na pintura do teto das igrejas.
A Arte Barroca (séc. XVII e XVIII) foi estabelecida como ideologia religiosa da Contrarrefor-
ma, como ideologia política na defesa do poder Absoluto do rei e como ideologia colonialista
na aculturação e controle dos povos colonizados. A própria região delineou o estilo Barroco,
dando-lhe características peculiares. Observe os exemplos da arte barroca:
Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes. Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco
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Os Sete Profetas do escultor Aleijadinho, Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
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Além das construções patrocinadas pela Igreja Católica e pelo Estado Português, muitas
irmandades leigas também construíram suas igrejas. Mais do que um templo de oração, era
também local de reuniões dos membros que, quando faleciam, eram enterrados em cemité-
rios no subsolo ou nos jardins. Para se ter uma ideia, existiram irmandades até de escravos
libertos em Minas Gerais.
I – “A visita dos anjos a Abraão”, gravura francesa de Michel Dermane, publicada em Paris
(1728-30) e imediatamente difundida na América portuguesa.
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II – “Abraão adora os três anjos”, pintura de Manuel da Costa Ataíde na Igreja de São Fran-
cisco de Assis de Ouro Preto, entre 1801 e 1812.
A partir das imagens e de seus respectivos contextos de produção, assinale a afirmativa que
descreve corretamente a relação entre o barroco na Europa e na América portuguesa.
a) O barroco europeu é um paradigma que foi transposto sem modificações para a América
portuguesa.
b) As matrizes do barroco europeu circulam na colônia, onde são reapropriadas com técnicas
e matérias-primas próprias.
c) O barroco brasileiro busca uma emancipação do modelo europeu, para forjar uma identi-
dade nacional.
d) O barroco mineiro baseia-se no repertório pictórico francês, para superar a matriz lusa.
e) A arte colonial brasileira imita os estilos formais do barroco europeu e replica suas te-
máticas.
Letra b.
A arte barroca no Brasil Colônia adaptou as técnicas e temáticas europeias e os adaptaram a
realidade local, utilizando de outras matérias-primas, como a pedra sabão.
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Literatura
A Era colonial da literatura brasileira começou em 1500 e vai até 1808. É dividida em Qui-
nhentismo, Seiscentismo ou Barroco e o Setecentismo ou Arcadismo. Recebe esse nome pois
nesse período o Brasil era colônia de Portugal.
Quinhentismo
Barroco ou Seiscentismo
O Barroco é o período que se estende entre 1601 e 1768. Tem início com a publicação do
poema Prosopopeia, de Bento Teixeira e termina com a fundação da Arcádia Ultramarina, em
Vila Rica, Minas Gerais.
O Barroco literário brasileiro desenvolve-se na Bahia, tendo como pano de fundo a eco-
nomia açucareira. Dois estilos literários que marcaram essa escola foram: o cultismo e o
conceptismo.
O primeiro utiliza uma linguagem muito rebuscada e, por isso, é também caracterizado
pelo ‘jogo de palavras’. Já o segundo, trabalha com a apresentação de conceitos, portanto, é
apontado como ‘jogo de ideias’. Um dos maiores representantes foi o poeta Gregório de Ma-
tos, conhecido como “boca do inferno”. Além dele, merece destaque o padre Antônio Viera e
seus Sermões.
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Arcadismo ou Setecentismo
O Arcadismo é o período que se estende e 1768 a 1808 e cujos autores estão intimamente
ligados ao movimento da Inconfidência, em Minas Gerais.
Agora, o pano de fundo é a economia ligada à exploração do ouro e das pedras preciosas.
Além disso, destaca-se o relevante papel desempenhado pela cidade de Vila Rica (Ouro Pre-
to). A simplicidade, a exaltação da natureza e os temas bucólicos são as principais caracte-
rísticas dessa escola literária.
No Brasil, esse movimento tem início com a publicação de “Obras Poéticas”, de Cláudio
Manuel da Costa, em 1768. Além dele, merece destaque o poeta Tomás Antônio Gonzaga e
sua obra “Marília de Dirceu” (1792).
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Letra b.
Esta questão envolve interpretação do texto. Além disso, é preciso se recordar das principais
características da literatura barroca.
A educação que foi desenvolvida no Brasil durante os três séculos de colonização era
restrita, inicialmente, a alguns filhos de colonos e a índios aldeados. Até meados do século
XVIII, as bases do que se ensinava na Colônia consistiam nos métodos da educação jesuítica.
Os missionários da Ordem fundada por Inácio de Loyola atuavam na conversão dos po-
vos nativos da América e eram herdeiros da escolástica tardia, que predominava na região da
Península Ibérica no início da Idade Moderna. Essa cultura foi levada aos colonos brasileiros.
A educação dos jesuítas centrava-se nos princípios da educação liberal da Idade Média,
na divisão dos ramos do conhecimento em duas classes: Trivum (Gramática, Retórica, Lógica
ou Dialética) e do Quadrivium(Astronomia, Geometria, Aritmética, Música). Entretanto, o que
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Letra e.
Querido(a), sei que ainda não estudamos os períodos imperial e republicano. No entanto, com
um pequeno exercício de lógica, é possível gabaritar a questão. No período colonial, como se
recorda, os jesuítas foram os principais responsáveis pela educação. Obviamente, a formação
de um sistema público de educação somente surgiu na metade do século XX.
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Querido(a) aluno(a), chegamos ao final de mais uma parte teórica. Seguimos estritamente
o que está listado no edital. Entenda que seguir a cronologia do edital favorece o seu entendi-
mento sobre se enxerga o processo histórico.
Na sequência, estude o resumo e os mapas mentais. Faça todos os exercícios com calma,
de preferência, agora! Insisto nisso porque a memorização dos conteúdos passa por três fa-
ses necessárias: o contato com o conteúdo, sua revisão e o exercício de fixação. Por isso, não
deixe de fazê-los. Ah, não se esqueça de avaliar a aula.
Na próxima aula trataremos do Brasil Imperial. Continue focado!
Abraço,
Professor Daniel.
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RESUMO
Sistema Colonial Português na América
• Até 1530: pré-colonização
• Após 1530: colonização de fato. Estabelecimento das Capitanias Hereditárias como
forma de terceirizar o empreendimento de ocupação do território. Com o fracasso das
Capitanias o governo português decidiu pela criação do Governo Geral, a fim de centra-
lizar o pode na Colônia.
Escravidão: a maior parte dos negros trazidos da África eram Bantos ou Sudaneses e
foram utilizados principalmente na atividade açucareira, mineradora e nas lavouras de café.
Resistência negra através de Quilombos.
Lavoura açucareira: grande contingente de mão de obra escrava sustentava a atividade
em péssimas condições de vida. As bases da economia açucareira eram a exportação e o
latifúndio rural.
Instituições eclesiásticas: visando aumentar a quantidade de fiéis, a igreja, através da
coroa portuguesa, promoveu a catequização dos nativos e enviou a irmandade jesuíta. As
relações de colaboração entre o estado português e a igreja podem ser exemplificados pelos
regimes de Beneplácito e do Padroado.
Atividade mineradora: a descoberta de ouro na região de Minas Gerais e, posteriormente,
em Goiás e Mato Grosso, fez surgir sociedades urbanas e aumentar o controle da metrópole
na colônia, inclusive transferindo a capital de Salvador para o Rio de janeiro, devido à proximi-
dade da região mineradora.
Invasões Estrangeiras: invasões holandesas na região Nordeste (Salvador em 1624 e Re-
cife em 1630). Invasões Francesas. Tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação da
França Antártica; e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a França Equinocial.
Expansão territorial: as bandeiras e entradas foram importantes movimentos de desbra-
vamento e ocupação do território da Colônia. As missões jesuítas também contribuíram para
a interiorização. Destaque também para as atividades subsidiárias da lavoura açucareira e
da mineração, como a pecuária que se desenvolveu a longos das margens dos rios na região
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Nordeste e nos campos da região sul. Além disso, foram celebrados importantes tratados de
fronteiras com nações europeias. Sobre esses tratados consulte os mapas mentais.
Reformas Pombalinas: o Marquês de Pombal, influenciado pelos ideais iluminas, foi o re-
presentante do despotismo esclarecido, promovendo reformas para o desenvolvimento racio-
nal da economia portuguesa. Expulsou os jesuítas do Brasil e criou a primeira universidade
leiga de Portugal. Aumentou a fiscalização sobre a colônia e a arrecadação de impostos.
Rebeliões Nativistas: são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites
coloniais.
• Revolta dos Beckman de 1684;
• a Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
• a Revolta de Felipe dos Santos de 1720;
• a Guerra dos Mascates. 1710 e 1711.
Arte e Literatura
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MAPAS MENTAIS
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TRATADOS DE LIMITES
Anulando a Bula Alexandrina, estabeleceu a divisão do globo
Tratado de Tordesilhas – 1494 terrestre em dois hemisférios por um meridiano localizado 370
léguas a Oeste das ilhas de Cabo Verde.
Firmado entre Portugal e a França para estabelecer os limites
Primeiro Tratado de Utrecht – 1713 entre os dois países na costa norte do Brasil. Estas disposições
serviram, quase dois séculos após, para defender a posição bra-
sileira na questão do Amapá.
Também entre Portugal e a Espanha, estabeleceu os limites entre
Tratado de Madri – 1750 as colônias dos dois, na América do Sul, respeitando a ocupação
realmente exercida nos territórios e abandonando inteiramente a
“linha de Tordesilhas”. (A Colônia de Sacramento passaria para
o domínio da Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um
perfil próximo ao de que dispõe hoje.
Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em linhas gerais os limi-
Tratado de Santo Ildefonso – 1777 tes estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuízo
para Portugal no extremo sul do Brasil.
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Revoltas Nativistas
Revolta dos Beckman Falta de mão de obra escrava. Contra a Compa-
(1684) nhia Geral do Comércio do Maranhão.
A Guerra dos Emboabas Disputa pela exploração do ouro entre Paulistas
(1708 e 1709) e “Emboabas”.
A Revolta de Felipe dos Santos Contra a criação das Casas de Fundição.
(1720)
A Guerra dos Mascates. Comerciantes do Recife contra os senhores de
(1710 e 1711) engenho de Olinda.
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Questão 2 (FGV/2008) “...se V.A. não socorre a essas capitanias e costas do Brasil, ainda
que nós percamos a vida e fazendas, V.A. perderá o Brasil.”
(Carta, de 1548, enviada ao rei de Portugal, pelo capitão Luís de Góis, da capitania de São Vicente)
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O documento:
a) mostra que São Paulo e São Vicente foram as duas únicas capitanias que não conseguiram
prosperar.
b) alerta a Coroa portuguesa a que mude com urgência a política, para não perder sua nova
colônia.
c) revela a disputa entre donatários, para convencer o Rei a enviar auxílio para suas respec-
tivas capitanias.
d) exagera o risco de invasão do território, quando não havia interesse estrangeiro de ex-
plorá-lo.
e) demonstra a incapacidade dos primeiros colonizadores de estabelecer atividade econômi-
ca no território.
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Questão 5 (FGV/2014) Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente
engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem
e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais
próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com
água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e aparelha-
dos; ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco
número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente. A
NTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p.69.
O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse res-
peito é correto afirmar:
a) O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o
período colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e o
rio Parnaíba.
b) A produção de açúcar no Nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças à
implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
c) Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto nos
engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena.
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Sobre a ocupação holandesa em parte da atual Região Nordeste, assinale a afirmativa correta.
a) Mostrou-se insustentável após a Restauração portuguesa, em função da aliança luso-
-britânica.
b) Era o resultado de conflitos de ordem global que envolviam holandeses, espanhóis e por-
tugueses.
c) Organizou-se de modo a dispensar o trabalho de africanos escravizados e de índios al-
deados.
d) Representou um momento de intolerância religiosa em relação a outras matrizes culturais.
e) Caracterizou-se pelo aumento dos índices de produção da lavoura a níveis inéditos para os
padrões portugueses.
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c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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Questão 10 (FGV/2016) Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador elei-
to por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assis-
tentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vos-
sas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora
assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que
por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alte-
rado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar
alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas
paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores
que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para
Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão.
2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.
O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela
a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam
para impedir a sua liberação.
b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da
Companhia de Comércio do Maranhão.
c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob
a sua guarda.
d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holan-
deses na região.
e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os inte-
resses dos colonos maranhenses.
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cutar Felipe dos Santos sem julgamento, sendo a seguir chamado a Lisboa e amargurado um
longo ostracismo.
(Laura de Mello e Souza, Norma e conflito: aspectos da história de Minas no século XVIII)
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A partir das imagens e de seus respectivos contextos de produção, assinale a afirmativa que
descreve corretamente a relação entre o barroco na Europa e na América portuguesa.
a) O barroco europeu é um paradigma que foi transposto sem modificações para a América
portuguesa.
b) As matrizes do barroco europeu circulam na colônia, onde são reapropriadas com técnicas
e matérias-primas próprias.
c) O barroco brasileiro busca uma emancipação do modelo europeu, para forjar uma identi-
dade nacional.
d) O barroco mineiro baseia-se no repertório pictórico francês, para superar a matriz lusa.
e) A arte colonial brasileira imita os estilos formais do barroco europeu e replica suas te-
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No texto, entre outras marcas do estilo de época que se convencionou chamar de Barroco,
encontra-se o
a) emprego predominante de vocabulário elevado, de extração erudita, majoritariamente com-
posto de palavras raras e preciosas.
b) estabelecimento de um jogo de oposições semânticas produzidas, no caso, pelo espelha-
mento mútuo do poeta e da Bahia.
c) uso intensivo da obscuridade semântica, conferindo ao texto caráter hermético e misterio-
so.
d) eu lírico dilacerado, tensionado por sua divisão entre a veneração dos bens terrenos e a
religiosidade exaltada, de caráter místico.
e) recurso ao tema do “fugere urbem” (fuga à cidade), como modo de criticar a sociedade
decadente da Bahia.
1) Período Colonial
2) Período Monárquico
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3) Período Republicano
( ) Numerosas escolas superiores foram criadas, mas a educação não era objeto de preo-
cupação do governo.
( ) Numerosos colégios foram fundados pelos jesuítas por todo o país.
( ) Numerosas reformas educacionais impulsionaram a formação de um sistema público
de ensino.
Assinale a opção que apresenta a relação correta, de cima para baixo.
a) 1 – 2 – 3
b) 3 – 2 – 1
c) 3 – 1 – 2
d) 2 – 3 – 1
e) 2 – 1 – 3
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 15 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019)
O quadro acima representa a visita dos três reis magos ao menino Jesus, em que o indígena
da costa brasileira é retratado como rei mago, inovando a tradicional cena do relato bíblico.
Sobre o projeto missionário português, assinale a afirmativa correta.
a) Incorporou os nativos, a fim de universalizar a religião cristã.
b) Segregou os indígenas, relegando sua evangelização a ordens religiosas.
c) Converteu os indígenas, a partir de uma visão multiculturalista.
d) Equiparou heresia e paganismo, para submeter os povos autóctones.
e) Negou a humanidade dos nativos, em função de suas crenças politeístas.
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Com base no mapa, sobre a evolução territorial da América portuguesa, assinale a afirma-
tiva correta.
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Com relação às invasões holandesas do século XVII, e com base na análise do frontispício,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) As invasões holandesas se inserem no quadro das relações internacionais entre os pa-
íses europeus, disputando o controle do comércio do açúcar.
( ) A capitulação holandesa, em 1654, imposta pelo poderio português, é objeto de propa-
ganda no frontispício mediante a sobreposição do escudo da Restauração a um mapa
que alude aos domínios do Império ultramarino português.
( ) A especificidade do conflito em terras coloniais, marcado pelo uso de emboscadas com
pequenos grupos, em constante movimento, está indicada na referência à “guerra bra-
sílica” no título da obra.
As afirmativas são, respectivamente,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e V.
e) F, F e V.
1) Cafuzo
2) Caboclo
3) Nissei
( ) Termo usado para denominar a descendência de ameríndios e brancos.
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Questão 21 (FGV/2017) O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico tendia
a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial: apesar das intenções aristocráticas da
nobreza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo
tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de créditos
e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde
o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o início do século XVIII, o tráfico
atlântico de escravos passou a ser controlado pelas comunidades mercantis locais (...).
João Fragoso et alii. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX), 1998.
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Questão 23 (FGV/2015)
[...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia negli-
genciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto
que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo de colo-
nização desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era
um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a redução dos custos
com a manutenção da força de trabalho escrava.
Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”, in Resende, m.e.l. e VILLALTA,
L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia
do Tempo, 2007, p. 323.
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Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das
Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que
a) os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses de-
vem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, cabendo aos re-
presentantes batavos, prioritariamente, impor o calvinismo nas regiões recém-conquistadas,
caso de Angola.
b) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências eu-
ropeias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras
entre essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias de comércio de
capital holandês.
c) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucarei-
ra, fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços
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fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o
domínio português.
d) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na Améri-
ca portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do Nordeste
açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta à influência
estrangeira.
e) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou uma
guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do continente
e obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se defender da ma-
rinha de guerra holandesa.
Questão 26 (FGV/2014) O trabalho escravo nas minas tinha singularidade, era uma realida-
de bem distinta das áreas agrícolas. O complexo meio social lhe permitia maior iniciativa e
mobilidade.
(Neusa Fernandes, A Inquisição em Minas Gerais no século XVIII. p. 66)
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com a concentração dos seus quase 350 engenhos de açúcar, domina a produção mundial de
açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha, quero provar que
a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes… sejam portu-
gueses, holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou católicos romanos e até
mesmo judeus.
Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas, fe-
cha agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas da
ordem de dezoito milhões de florins.
Moradores
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado.
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que
a) as bases religiosas da colonização holandesa no Nordeste brasileiro produziram uma or-
ganização administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento
com juros subsidiados e parcelas importantes do poder político aos grandes proprietários
católicos.
b) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente no coti-
diano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes da companhia
holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as demais religiões.
c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no Nordeste da América portuguesa trouxe
benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção, mas repro-
duziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor mercantil e não no produtivo.
d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da
lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações
inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.
e) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção açuca-
reira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre comércio, o
que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português em retomar a região
invadida pela Holanda.
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Questão 30 (FGV/SP) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que:
a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano;
b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agri-
cultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;
c) os índios brasileiros falavam todos a chamada “língua geral” tupi-guarani;
d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinha a pesca abundante
e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os “sambaquis”;
e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas cultu-
ras e nações.
Questão 31 (FGV/SP) “(...) assistimos no final do século XVII, após a descoberta das minas,
não a uma nova configuração da vila nem à ruptura brusca com o padrão anterior, ao con-
trário, à consolidação de todo um processo de expansão econômica, de mercantilização e de
concentração de poder nas mãos de uma elite local. A articulação com o núcleo mineratório
dinamizará este quadro mas não será, de forma alguma, responsável por sua existência.”
BLAJ, Ilana. A trama das tensões. São Paulo, Humanitas, 2002, p. 125.
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ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Esta composição de Paulo César Pinheiro imortalizada pela voz de Clara Nunes representa
um lamento em relação ao fato lamentável da escravidão no Brasil. Sobre esta assinale a
única alternativa INCORRETA:
a) A mão de obra escrava foi a base de sustentação da economia colonial e imperial.
b) A identificação de escravos como crioulos revelava a sua condição de nascido no Brasil,
diferente do africano que era o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
c) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pelo uso dos ín-
dios como mão de obra.
d) A escravidão africana teve início com a descoberta do ouro na primeira metade do século
XVIII na região, que hoje, chamamos de Minas Gerais.
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b) Somente após 1570, a produção açucareira atingiu seu ápice, suplantando a Ilha da Madei-
ra mantendo-se o maior produtor e exportador do mundo até o início do século XIX.
c) A economia açucareira encontra concorrência quando, apoiadas por Ingleses, algumas
ilhas das Antilhas passam a ser grandes concorrentes do açúcar brasileiro.
d) O açúcar proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, principalmente em Per-
nambuco e São Paulo, onde o sistema de capitanias obteve o maior êxito.
e) Os holandeses, comandados por Nassau, invadem o Nordeste brasileiro em 1630 e se ins-
talam na região mais próspera da economia açucareira brasileira.
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d) Minifúndios
e) Casas-grandes
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Com base nos conhecimentos sobre a escravidão, é correto afirmar que a imagem:
a) revela a fraternidade com que eram tratados os escravizados.
b) sintetiza a ausência de sofrimento dos escravizados.
c) confirma a civilidade no trato com os escravizados.
d) revela o cuidado com os direitos sociais dos escravizados.
e) representa a humilhação dos indivíduos escravizados.
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1) Os bandeirantes, em busca de índios para o trabalho em São Paulo, iniciaram suas ex-
pedições pelo sul do Brasil, inclusive arremetendo contra as Missões, onde viviam os
índios guaranis e os jesuítas.
2) A maior contribuição dos jesuítas no período colonial foi a transformação efetiva da
cultura original dos indígenas, tornando-os monogâmicos, trabalhadores disciplinados
e fiéis à Igreja Católica.
3) Os bandeirantes contribuíram para consolidar as fronteiras do Brasil, mas também
prenderam e mataram milhares de índios, o que provocou o despovoamento no interior
do país e o extermínio de alguns povos indígenas.
4) Os bandeirantes, depois de caçar e exterminar milhares de índios, passaram a procurar
ouro na região que seria logo chamada de Minas Gerais, cujo trabalho baseou-se na
utilização da mão de obra escrava oriunda da África.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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d) consistiu na invasão armada dos grupos indígenas aos assentamentos portugueses, com
a finalidade de capturar invasores para serem comidos ritualmente.
e) foram guerras de retaliação que os portugueses realizavam em territórios ocupados pelos
holandeses após serem atacados por eles.
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GABARITO
1. d 21. e 41. a
2. b 22. d 42. b
3. d 23. e 43. d
4. e 24. c 44. d
5. d 25. a 45. a
6. b 26. c 46. c
7. e 27. a 47. d
8. c 28. c 48. a
9. a 29. c 49. a
10. b 30. e 50. b
11. a 31. b 51. e
12. b 32. c 52. c
13. b 33. a 53. a
14. e 34. d 54. c
15. a 35. d 55. e
16. b 36. b 56. d
17. a 37. b 57. d
18. b 38. d 58. a
19. d 39. c 59. b
20. c 40. e 60. e
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GABARITO COMENTADO
Questão 15 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019)
O quadro acima representa a visita dos três reis magos ao menino Jesus, em que o indígena
da costa brasileira é retratado como rei mago, inovando a tradicional cena do relato bíblico.
Sobre o projeto missionário português, assinale a afirmativa correta.
a) Incorporou os nativos, a fim de universalizar a religião cristã.
b) Segregou os indígenas, relegando sua evangelização a ordens religiosas.
c) Converteu os indígenas, a partir de uma visão multiculturalista.
d) Equiparou heresia e paganismo, para submeter os povos autóctones.
e) Negou a humanidade dos nativos, em função de suas crenças politeístas.
Letra a.
Questão de interpretação e contextualização. Interpretação porque o indígena está incorpo-
rado ao universo cultural cristão da pintura. Contextualização porque você sabe do papel dos
jesuítas na evangelização e conversão dos nativos à fé católica.
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a) a ocupação de zonas centrais da Capitania de Mato Grosso, em torno das missões e fazen-
das dos jesuítas já existentes, que serviram de apoio para o comércio local.
b) a imigração de portugueses e bandeirantes para a Capitania de Mato Grosso e a fundação
de duas vilas, a Vila de Cuiabá e a Vila Bela da Santíssima Trindade.
c) a integração dos indígenas à sociedade colonial, mediante as oportunidades de trabalho
nos garimpos e pelo incremento na comercialização das drogas do sertão.
d) a instalação de casas de fundição, para controlar a circulação de ouro e de prata na região,
e a criação do Forte do Príncipe da Beira, para impedir o contrabando de metais preciosos.
e) a criação da Capitania de Mato Grosso e Cuiabá, em terras desmembradas da Capitania de
Minas Gerais, oferecendo sesmarias para os colonos, a fim de favorecer sua ocupação.
Letra b.
Querido(a), está questão é muito específica, voltada para um concurso que cobra conheci-
mentos sobre a colonização de Rondônia. Não encontrará em seu concurso uma questão
assim. No entanto, ela serve para você compreender o processo de interiorização do território
brasileiro.
a) Errada. A ocupação listada ocorreu nos séculos XVI e XVII.
b) Certa. Devido à descoberta do ouro, portugueses e bandeirantes fundaram vilas no Mato
Grosso e em Goiás. Lembre-se de que os paulistas saíram de Minas devido à derrota na Guer-
ra dos Emboabas.
c) Errada. A integração dos indígenas ocorreu com as missões dos padres jesuítas, séculos
XVI e XVII. Antes da chegada dos colonos eles já comercializavam as drogas do sertão.
d) Errada. A criação do Forte do Príncipe da Beira foi para fortificar e defender as fronteiras no
vale do Guaporé.
e) Errada. Foram desmembradas da capitania de MT e não de MG.
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Letra a.
Como meio de proteção da região amazônica, os portugueses construíram o Forte do Presé-
pio, primeira construção de Belém do Pará.
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Com base no mapa, sobre a evolução territorial da América portuguesa, assinale a afirmativa
correta.
a) A demarcação estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas se inseriu na disputa pelo controle
das rotas que garantiam o acesso às Índias: o périplo africano para Castela e a passagem
pelo Cabo da Boa Esperança para Portugal.
b) O Tratado de Madri revogou o de Tordesilhas e utilizou um novo conceito de fronteira, com
base na posse efetiva da terra e nos acidentes geográficos e naturais, incluindo parcelas do
território que as bandeiras haviam desbravado.
c) A consequência do Tratado de 1750 foi a renúncia, pela Espanha, à Colônia do Sacramento,
fundada no Rio da Prata e próxima a Montevidéu, em troca da definição do rio Uruguai como
fronteira oeste do Brasil com a Argentina.
d) Os Tratados de Madri e Santo Ildefonso tiveram como foco a ocupação da região amazôni-
ca e o controle do contrabando de ouro e da população indígena nesse território.
e) O Tratado de Santo Ildefonso ampliou as possessões lusas na América, em conformidade com
os territórios que haviam sido efetivamente ocupados pela Coroa portuguesa na bacia platina.
Letra b.
Celebrado entre Portugal e a Espanha, estabeleceu os limites entre as colônias dos dois, na
América do Sul, respeitando a ocupação realmente exercida nos territórios e abandonando
inteiramente a “linha de Tordesilhas”. (A Colônia de Sacramento passaria para o domínio da
Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil próximo ao de que dispõe hoje.
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Brasil Colônia
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Com relação às invasões holandesas do século XVII, e com base na análise do frontispício,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) As invasões holandesas se inserem no quadro das relações internacionais entre os pa-
íses europeus, disputando o controle do comércio do açúcar.
( ) A capitulação holandesa, em 1654, imposta pelo poderio português, é objeto de propa-
ganda no frontispício mediante a sobreposição do escudo da Restauração a um mapa
que alude aos domínios do Império ultramarino português.
( ) A especificidade do conflito em terras coloniais, marcado pelo uso de emboscadas com
pequenos grupos, em constante movimento, está indicada na referência à “guerra bra-
sílica” no título da obra.
As afirmativas são, respectivamente,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e V.
e) F, F e V.
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Brasil Colônia
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Letra d.
Todas as afirmativas estão corretas. Chamo sua atenção para o fato de que a terceira afir-
mativa pode lhe gerar dúvidas. No entanto, como as duas primeiras são relativamente fáceis
de se constatar que são verdadeiras, não há opção V, V, F. Infere-se, portanto, que a última
afirmativa é correta.
1) Cafuzo
2) Caboclo
3) Nissei
( ) Termo usado para denominar a descendência de ameríndios e brancos.
( ) Termo utilizado para designar a descendência de imigrantes japoneses.
( ) Termo usado para nomear os descendentes de negros africanos e ameríndios.
Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.
a) 1 – 3 – 2.
b) 1 – 2 – 3.
c) 2 – 3 – 1.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 2 – 1.
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Letra c.
Essa exige que você compreenda os vocábulos das miscigenações. Recorde: Mulato: resul-
tado da mistura de brancos e africanos – na época colonial, quase sempre branco e negra –,
vem de mula; cafuzo ou carafuzo ou caboclo: é resultado da união entre negro e índio; Ma-
meluco: mestiço de branco e índio.
Questão 21 (FGV/2017) O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico tendia
a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial: apesar das intenções aristocráticas da
nobreza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo
tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de créditos
e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde
o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o início do século XVIII, o tráfico
atlântico de escravos passou a ser controlado pelas comunidades mercantis locais (...).
João Fragoso et alii. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX), 1998.
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Letra e.
Como o texto ressalta, existiam na Colônia comerciantes de escravos que agiam sem a anu-
ência da Coroa Portuguesa. Esses comerciantes acabavam por ajudar a formar certa autono-
mia colonial e mercantil frente a Coroa.
Letra d.
A questão remete a agricultura durante o Brasil Colonial. Caracterizou-se pelo plantation, ou
seja, latifúndio, escravidão, monocultura e a economia visando o mercado externo. O açú-
car foi o principal produto e foi com ele que começou efetivamente a colonização do Brasil
com a implantação das Capitanias Hereditárias em 1534. No entanto, no final do século XVIII
com a crise da mineração, o algodão (produzido no Nordeste) ganhou destaque na pauta de
exportação do Brasil devido as guerras de independência dos Estados Unidos bem como a
Revolução Haitiana.
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Questão 23 (FGV/2015)
[...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia negli-
genciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto
que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo de colo-
nização desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era
um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a redução dos custos
com a manutenção da força de trabalho escrava.
Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”, in Resende, m.e.l. e VILLALTA,
L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia
do Tempo, 2007, p. 323.
Letra e.
Neste contexto ocorreu o “Plantation”, isto é, prevaleceu o trabalho escravo, o latifúndio, a
monocultura e a economia visava ao mercado externo. Apesar deste modelo de colonização,
outras atividades econômicas foram importantes como forma de reprodução da estrutura
social. A agricultura tinha sua função nesta engrenagem colonial no sentido de alimentar
a mão de obra. A pecuária, por sua vez, foi fundamental. O gado representava o alimento, o
transporte, o couro etc.
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Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das
Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que
a) os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses de-
vem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, cabendo aos re-
presentantes batavos, prioritariamente, impor o calvinismo nas regiões recém-conquistadas,
caso de Angola.
b) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências eu-
ropeias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras
entre essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias de comércio de
capital holandês.
c) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucarei-
ra, fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços
fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o
domínio português.
d) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na Améri-
ca portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do Nordeste
açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta à influência
estrangeira.
e) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou uma
guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do continente
e obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se defender da ma-
rinha de guerra holandesa.
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Letra c.
A questão remete ao conflito da dinastia Habsburgo (Espanha) que dominava boa parte da
Europa no século XVII contra a Holanda denominada Repúblicas das Províncias Unidas. O
historiador Charles Boxer afirmou que este conflito foi tão amplo que pode ser denominado de
Primeira Guerra Mundial considerando que no império de Filipe II Habsburgo o sol nunca se
põe (o império incorporava quase toda América Latina, Espanha, Portugal e boa parte da Itália
e Alemanha além das Filipinas). O conflito ocorreu porque a Holanda pertencia a Espanha e
por motivos religiosos e econômicos principalmente, a Holanda se emancipou em 1581. Daí
Filipe II, rei da Espanha e “dono do mundo” implantou um boicote econômico contra a Holan-
da. Esta reagiu e criou a Companhia das Índias Orientas e a Companhia das Índias Ocidentais
em 1621. Esta última visava invadir o Nordeste do Brasil para dominar a produção do açúcar.
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Letra a.
No período citado no texto (1625-1650), portugueses e holandeses disputavam o domínio dos
dois principais portos do Atlântico Sul: o litoral brasileiro e o litoral de Angola. Nesse sentido,
houve uma queda significativa do tráfico português de escravos, o que resultou numa fome
de cativos. Assim, o bandeirantismo de apresamento indígena foi incentivado na Colônia bra-
sileira para suprir a falta dos escravos.
Questão 26 (FGV/2014) O trabalho escravo nas minas tinha singularidade, era uma reali-
dade bem distinta das áreas agrícolas. O complexo meio social lhe permitia maior iniciativa
e mobilidade.
(Neusa Fernandes, A Inquisição em Minas Gerais no século XVIII. p. 66)
Letra c.
A organização social das minas permitia uma frouxidão na relação escrava, uma vez que os
cativos podiam trabalhar como faiscadores, artesãos ou trabalhadores liberais, o que aumen-
tou consideravelmente a compra de alforrias. Memorize o mapa mental sobre as característi-
cas da sociedade mineradora.
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Letra a.
As invasões holandesas no Nordeste – Bahia e Pernambuco – ocorreram no contexto das
“Guerras do Açúcar” entre Holanda e Espanha. A potência Ibérica controlava Portugal e suas
colônias e, como forma de retaliar os holandeses foi decretada a proibição do comércio de
açúcar brasileiro, representando grande prejuízo para os investidores holandeses.
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Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas, fe-
cha agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas da
ordem de dezoito milhões de florins.
Moradores
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado.
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que
a) as bases religiosas da colonização holandesa no Nordeste brasileiro produziram uma or-
ganização administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento
com juros subsidiados e parcelas importantes do poder político aos grandes proprietários
católicos.
b) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente no coti-
diano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes da companhia
holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as demais religiões.
c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no Nordeste da América portuguesa trouxe
benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção, mas repro-
duziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor mercantil e não no produtivo.
d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da
lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações
inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.
e) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção açuca-
reira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre comércio, o
que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português em retomar a região
invadida pela Holanda.
Letra c.
A presença holandesa no Brasil colonial, através do governo das Companhias das Índias Oci-
dentais, ajudou por desenvolver a capitania de Pernambuco, em especial na produção de açú-
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car. Mas a presença holandesa não modificou o panorama social da Colônia, beneficiando,
assim, as elites.
Letra c.
Querido(a), lembre-se do MEEL da economia açucareira.
Questão 30 (FGV/SP) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que:
a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano;
b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agri-
cultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;
c) os índios brasileiros falavam todos a chamada “língua geral” tupi-guarani;
d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinha a pesca abundante
e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os “sambaquis”;
e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas cultu-
ras e nações.
Letra e.
Eram vários povos com características culturais diferentes.
Questão 31 (FGV/SP) “(...) assistimos no final do século XVII, após a descoberta das minas,
não a uma nova configuração da vila nem à ruptura brusca com o padrão anterior, ao con-
trário, à consolidação de todo um processo de expansão econômica, de mercantilização e de
concentração de poder nas mãos de uma elite local. A articulação com o núcleo mineratório
dinamizará este quadro mas não será, de forma alguma, responsável por sua existência.”
BLAJ, Ilana. A trama das tensões. São Paulo, Humanitas, 2002, p. 125.
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Letra b.
Analisando o documento oferecido na questão, percebemos que a mineração somente ace-
lerou um processo de diversificação econômica que já acontecia antes da descoberta das
jazidas de metais e pedras preciosas. De tal modo, não podemos colocar a atividade minera-
dora como evento fundamental na criação de novos centros urbanos e na diversificação da
economia colonial. Como exemplo, o gabarito indica a cidade de São Paulo como um centro
urbano que já experimentava tal situação antes do desenvolvimento da mineração.
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Letra c.
Celebrado entre Portugal e a Espanha, estabeleceu os limites entre as colônias dos dois, na
América do Sul, respeitando a ocupação realmente exercida nos territórios e abandonando
inteiramente a “linha de Tordesilhas”. (A Colônia de Sacramento passaria para o domínio da
Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil próximo ao de que dispõe hoje.
Letra a.
Afirmativa I. Correta.
Afirmativa II. Correta.
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Afirmativa III. Errada. O ciclo da cana ocorreu no Nordeste no século XVI com os engenhos
escravistas. O ciclo do café ocorreu no Sudeste em meados do século XIX, na transição da
escravidão para a mão de obra livre. No ciclo do café ocorreu o processo de abolição da es-
cravidão e a imigração europeia
Afirmativa IV. Errada. A articulação entre América e África, descreve a produção canavieira
colonial.
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ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Esta composição de Paulo César Pinheiro imortalizada pela voz de Clara Nunes representa
um lamento em relação ao fato lamentável da escravidão no Brasil. Sobre esta assinale a
única alternativa INCORRETA:
a) A mão de obra escrava foi a base de sustentação da economia colonial e imperial.
b) A identificação de escravos como crioulos revelava a sua condição de nascido no Brasil,
diferente do africano que era o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
c) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pelo uso dos ín-
dios como mão de obra.
d) A escravidão africana teve início com a descoberta do ouro na primeira metade do século
XVIII na região, que hoje, chamamos de Minas Gerais.
Letra d.
Querido(a), essa é para gabaritar! Lembre-se do mapa mental sobre os ciclos econômicos.
Pela ordem cronológica: pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro, café. Também se lembre do MEL
(monocultura, escravidão, exportação, latifúndio) da economia açucareira. Agora basta um
mero exercício de lógica: a alternativa afirma que a escravidão começou com a descoberta do
ouro, no entanto, se o açúcar surgiu antes e utilizava da mão de obra escrava, a alternativa “d”
só pode estar errada.
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Letra d.
Como você há de se recordar, as únicas capitanias que prosperaram foram a de Pernambuco
e São Vicente (São Paulo) principalmente em razão da exploração da atividade açucareira.
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Letra b.
Tratado de Santo Ildefonso foi o acordo assinado em 1 de outubro de 1777 na cidade espa-
nhola de San Ildefonso, na província espanhola de Segóvia, na Comunidade Autónoma de
Castela e Leão, com o objetivo de encerrar a disputa entre Portugal e Espanha pela posse da
colônia sul-americana do Sacramento, situação que se prolongava desde a Paz de Utrecht e a
guerra de 1735-1737. O tratado foi intermediado pela Inglaterra e pela França, que tinham in-
teresses políticos internacionais na pacificação das relações entre Portugal e Espanha. Com
a assinatura do tratado, a rainha de Portugal, D. Maria I, e o rei da Espanha, Carlos III, prati-
camente revalidaram o Tratado de Madrid (1750) e concederam fundamento jurídico a uma
situação de fato: os espanhóis mantiveram a colônia e a região dos Sete Povos das Missões,
que depois passou a compor grande parte do estado do Rio Grande do Sul e do Uruguai; em
troca, reconheceram a soberania dos portugueses sobre a margem esquerda do rio da Prata,
cederam pequenas faixas fronteiriças para compensar as vantagens obtidas no sul e devol-
veram a ilha de Santa Catarina, ocupada poucos meses antes.
Letra b.
Essa é uma questão de interpretação da realidade. Você não pode associar o termo escra-
vo ao negro africano pelo simples fato de que ser negro não é igual à condição de escravo.
Escravo é termo corretamente atribuído a uma condição de trabalho. Outro detalhe é que, na
Grécia Antiga, de etnia ariana existia a escravidão por dívida.
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Letra d.
Esta questão, em particular, pode levar o candidato a entender que a alternativa a estaria
correta. Entretanto, a África não esteve isolada do comércio com outras regiões, realizando
interações com variados povos que atracavam seus navios no litoral. A alternativa correta
é a letra d, pois os portugueses somente conseguiram empreender o comércio de escravos
construindo feitorias e realizando acordos com chefes tribais locais.
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Letra c.
a) Errada. O primeiro engenho na colônia foi construído na Capitania de São Vicente.
b) Errada. Em 1880 a produção açucareira estava em crise desde a expulsão dos holandeses
que ofereceram concorrência com suas colônias nas Antilhas.
d) Errada. Pernambuco e São Vicente foram as Capitanias de maior sucesso na Colônia.
e) Errada. Não foram os espanhóis que invadiram o Nordeste, foram os holandeses. Além
disso, Nassau não participou da invasão e, sim, da administração.
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Letra e.
A
estrutura das Capitanias Hereditárias é o embrião da concentração fundiária existente no país.
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Letra a.
b) Errada. O sistema colonial se situa na Idade Moderna.
c) Errada. Ganha impulso com os descobrimentos.
d) Errada. A Metrópole decidia pela colonização de povoamento ou de exploração.
e) Errada. Existia sim concorrência entre as metrópoles pela maior arrecadação de metais
preciosos.
Letra b.
O Marquês de Pombal objetivava o aumento da fiscalização sobre a região mineradora com a
maior proximidade da Capital da colônia.
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Brasil Colônia
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Letra d.
Portugal não tinha interesse em colonizar o Brasil, inicialmente, porque não encontrara ouro.
As expedições buscavam reconhecer as terras e preservá-las do ataque de estrangeiros que
desrespeitavam o Tratado de Tordesilhas.
Letra d.
Salvador foi a primeira capital da colônia.
Letra a.
A atividade mineradora na colônia do Brasil favoreceu sobremaneira o desenvolvimento/for-
talecimento do mercado interno, aumentando as atividades subsidiárias da mineração, como
a pecuária e a agricultura.
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Letra c.
Cristóvão Jacques comandou as expedições guarda-costas, realizadas entre os anos 1516
e 1520.
Letra d.
A extração e comercialização de pau-brasil, pelo sistema de “estanco”, foi a primeira atividade
econômica desenvolvida pelos portugueses na colônia do Brasil entre os anos 1504-1530.
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Brasil Colônia
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d) produção de tabaco
e) manufatura têxtil.
Letra a.
A pecuária nasceu da necessidade de abastecimento da população envolvida nas atividades
principais da colônia: a agricultura da cana-de-açúcar, nos séculos XVI, e XVII, e a mineração,
no século XVIII.
Letra a.
Como vimos, essas foram as únicas Capitanias que vingara, principalmente em função do
plantio de cana-de-açúcar.
Letra b.
Querido(a), essa questão está muito mais para português do que para história. A banca quer
saber se você sabe a definição de latifúndio.
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Letra e.
No ano de 1530 chegou a primeira expedição colonizadora, chefiada por Martin Afonso de
Souza, com os objetivos de expulsar os estrangeiros, procurar ouro e outras riquezas e fundar
povoados para garantir a defesa do litoral. Essa expedição trazia sementes, instrumentos de
trabalho, animais domésticos e muitas pessoas, que deveriam construir suas casas, fazer
plantações, explorar riquezas, abrir estradas e aqui ficar morando. Em 1532, Martin Afonso de
Souza fundou a primeira vila no Brasil, que recebeu o nome de Vila São Vicente, no litoral do
atual Estado de São Paulo.
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HISTÓRIA
Brasil Colônia
Daniel Vasconcellos Araujo
Letra c.
Na lógica do Pacto Colonial (ou exclusivo colonial), encontramos a colônia ficando limitada
pelo fornecimento de matéria-prima para a Metrópole. Esta tem a responsabilidade de elabo-
rar a matéria-prima, transformando-a num produto manufaturado. A venda da manufatura,
que possui maior valor agregado, garantia o lucro para a Metrópole.
Letra a.
Forma do Estado viabilizar o acesso à terra no Brasil, gerando concentração fundiária. As
Cartas de Doação e a Carta Foral Foram leis que regularizavam a posse e os direitos dos
donatários sobre as Capitanias Hereditárias no início da colonização portuguesa no Brasil. A
Carta de Doação era o documento que comprovava a doação de uma Capitania Hereditária a
um donatário pela Coroa Portuguesa. A Carta Foral era o documento que regulamentava os
direitos e deveres dos donatários sobre a Capitania que recebiam. Dentre eles, a proibição de
revendê-la, a de explorar nela o pau-brasil. Caso fosse encontrado metal precioso, a maior
parte deles ficaria com a Coroa. Entre os direitos, ao donatário ficaria o de administrar, o de
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Brasil Colônia
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cuidar da justiça e de doar de sesmarias. Povoar, fundar vilas eram obrigações dos donatários
sobre as Capitanias Hereditárias.
Letra c.
Como vimos, foi a atividade açucareira que permitiu o sucesso das capitanias de São Vicente
e Pernambuco.
Com base nos conhecimentos sobre a escravidão, é correto afirmar que a imagem:
a) revela a fraternidade com que eram tratados os escravizados.
b) sintetiza a ausência de sofrimento dos escravizados.
c) confirma a civilidade no trato com os escravizados.
d) revela o cuidado com os direitos sociais dos escravizados.
e) representa a humilhação dos indivíduos escravizados.
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Brasil Colônia
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Letra e.
Questão de interpretação de fácil resolução. A foto mostra como a população negra escravi-
zada era humilhada.
Letra d.
Durante o primeiro ciclo econômico do Brasil, qual seja o ciclo do pau-brasil, a mão de obra
indígena foi utilizada na modalidade de escambo. Também é bom destacar que os nativos
não possuíam imunidade para várias doenças trazidas pelos portugueses.
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Com base no texto e nos conhecimentos sobre a expansão de territórios e a fixação de fron-
teiras no Brasil colonial, considere as afirmativas a seguir:
1) Os bandeirantes, em busca de índios para o trabalho em São Paulo, iniciaram suas ex-
pedições pelo sul do Brasil, inclusive arremetendo contra as Missões, onde viviam os
índios guaranis e os jesuítas.
2) A maior contribuição dos jesuítas no período colonial foi a transformação efetiva da
cultura original dos indígenas, tornando-os monogâmicos, trabalhadores disciplinados
e fiéis à Igreja Católica.
3) Os bandeirantes contribuíram para consolidar as fronteiras do Brasil, mas também
prenderam e mataram milhares de índios, o que provocou o despovoamento no interior
do país e o extermínio de alguns povos indígenas.
4) Os bandeirantes, depois de caçar e exterminar milhares de índios, passaram a procurar
ouro na região que seria logo chamada de Minas Gerais, cujo trabalho baseou-se na
utilização da mão de obra escrava oriunda da África.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Letra d.
Apesar da ação jesuíta, os indígenas não se tornaram trabalhadores disciplinados. Muitos até
trabalhavam nas missões, mas visando a subsistência e não nas lavouras de cana-de-açúcar.
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Letra a.
A guerra Justa foi um conceito criado pelos portugueses empregado para justificar a captura,
aprisionamento e escravização dos indígenas.
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Letra b.
Dentre as características da sociedade colonial brasileira mais marcante citamos a escravi-
dão africana, o latifúndio e o patriarcalismo, entre outras.
Letra e.
A afirmação é errada porque existiram sim conflitos na região mineradora. Entre eles, desta-
que para a Guerra dos Emboaba (1708/9) e a Revolta de Vila Rica ou Felipe dos Santos (1720).
Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como
professor concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.
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