Geografia Geral

Cartografia e espaço industrial

mundial
1
 SISTEMA COC DE ENSINO
Direção-Geral: Sandro Bonás
Direção Pedagógica: Zelci C. de Oliveira
Direção Editorial: Roger Trimer
Gerência Editorial: Osvaldo Govone
Ouvidoria: Regina Gimenes
Conselho Editorial: José Tadeu B.
Terra, Luiz Fernando Duarte, Osvaldo
Govone e Zelci C. de Oliveira

PRODUÇÃO EDITORIAL
Autoria: Homero Balera Borba
Editoria: Danilo C. Defina, Gilson G.
Bueno e Luiz C. S. Domingues
Coordenação Editorial: Luzia
H. Fávero F. López
Projeto gráfico e direção de arte:
Matheus C. Sisdeli
Preparação de originais: Marisa A. dos
Santos e Silva e Sebastião S. Rodrigues Neto
Iconografia e licenciamento de texto:
Marcela Pelizaro, Paula de Oliveira
Quirino e Cristian N. Zaramella
Diagramação: BFS bureau digital
Correções: Lidiane Alves Ribeiro
e Daniela Eugênio de Oliveira
Ilustração: BFS bureau digital
Revisão: Flávia P. Cruz, Flávio R. Santos,
José S. Lara, Leda G. de Almeida, Maria
Cecília R. D. B. Ribeiro, Milena C. Lotto
e Paula G. de Barros Rodrigues
Capa: LABCOM comunicação total
Conferência e Fechamento:
Edgar Martins de Oliveira

Rua General Celso de Mello Rezende, 301 – Tel.: (16) 3238·6300

CEP 14095-270 – Lagoinha – Ribeirão Preto-SP
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 CAPÍTULO 01 CARTOGRAFIA 7
Sumário 1. Introdução
2. Os mapas
7
7
3. Elementos dos mapas 8
4. Orientação pela rosa dos ventos 10
5. Projeções cartográficas 12
6. Anamorfoses 16
7. Tipos de mapas 16
8. Gráficos 17
9. Sensoriamento remoto 19
10. SIG e GPS 21

CAPÍTULO 02 OS SISTEMAS CAPITALISTA E SOCIALISTA 23

1. Introdução 23
2. Principais características 23
3. A economia de mercado 23
4. Crises do capitalismo 23
5. Etapas da evolução do capitalismo 24
6. Socialismo 27

CAPÍTULO 03 DESENVOLVIMENTO E
SUBDESENVOLVIMENTO 30
1. Introdução 30
2. Regionalização histórica do espaço mundial 30
3. O choque das civilizações e a economia no mundo 31
4. O mapa da desigualdade 32

CAPÍTULO 04 MODOS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL 34

1. Introdução 34
2. Taylorismo 34
3. Fordismo 34
4. Toyotismo 35
5. Volvismo 35

CAPÍTULO 05 INDUSTRIALIZAÇÃO PIONEIRA – EUROPA 37

1. Principais áreas industriais 37

CAPÍTULO 06 EUA – ECONOMIA 42

1. Introdução – EUA 42
2. Canadá 46
CAPÍTULO 07 JAPÃO E AUSTRÁLIA 48
1. Introdução-Japão 48
2. Caracterização do espaço territorial japonês 48
3. Industrialização 49
4. A reconstrução japonesa 49
5. Atividades econômicas 50
6. Produção de energia 52
7. Austrália 53

CAPÍTULO 08 ECONOMIA E DESECONOMIA DE AGLOMERAÇÃO

55
1. Introdução 55
2. As economias de aglomeração no mundo rico 55
3. A dispersão espacial das indústrias 57

CAPÍTULO 09 OS TECNOPOLOS 59
1. Introdução 59
2. Tecnopolos mundiais 59

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 63
GABARITO 153
Teoria
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

Capítulo 01 CARTOGRAFIA

1. Introdução
A cartografia é um conjunto de operações científicas, artísticas e técnicas produzidas a partir de resul-
tados de observações diretas ou de pesquisas, tendo em vista a elaboração de cartas, plantas, mapas e
outras representações da superfície terrestre. É também uma maneira de organização, apresentação,
comunicação e utilização da geoinformação nas formas visual ou
digital, que inclui todos os processos de preparação de dados,

©©©LatinStock / Bettmann / CORBIS

uso e estudo de todo e qualquer tipo de mapa. No Brasil, a car-
tografia teve seu desenvolvimento a partir da Segunda Grande
Guerra Mundial em função dos interesses militares. Instituições
como o atual Instituto Cartográfico da Aeronáutica (ICA), a Di-
retoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG) e a Diretoria de
Hidrografia e Navegação (DHN) foram as principais responsáveis
pela execução da cartografia sistemática do país, mapeando
todo o território nacional, em escalas de 1: 50 000 a 1: 250 000.
2. Os mapas
A necessidade de localizar-se, de deslocar-se por um território
e de estabelecer fronteiras fez o homem, ao longo da história,
elaborar representações da superfície terrestre que permitis-
sem alcançar tais objetivos. Com isso, por meio da matemática,
desenvolveu-se uma ciência chamada cartografia, que com o
passar do tempo evoluiu e aprimorou os mapas e as cartas geo-
gráficas utilizados para diversos fins até os dias atuais. Além dis- Mapa da Mesopotâmia. É o
so, a cartografia também se encarrega da análise e interpretação mapa mais antigo conhecido,
de gráficos e fluxogramas, bastante utilizados em diversas áreas foi encontrado na região da
quando se quer quantificar ou analisar a frequência de um de- Mesopotâmia e representa o
terminado fenômeno (natural, social ou econômico). Para che- mapa de Ga-Sur. Desenhado
gar à confecção dos mapas, os cartógrafos estudaram e elabo- por volta de 2 300 a.C., em um
raram normas e divisões no espaço terrestre a fim de estudá-lo. tablete de terracota, medindo
Entretanto, é importante lembrar que tais representações de- 7 centímetros, mostra o rio
pendem fundamentalmente da visão de quem as elabora, pois Eufrates cercado por montanhas.
embora existam recursos técnicos para isso, sempre haverá um
caráter ideológico (intencional) em qualquer forma de repre-
sentação, já que todo mapa não é uma cópia fiel da superfície terrestre. Observe os mapas abaixo.
PV-13-11

N N

0 5490 km 0 3660 km

Escala aprox. Escala aprox.

As projeções cilíndricas de Mercator e Peters referem-se ao mesmo espaço territorial,

mas enfocam aspectos distintos dele, como as formas e as áreas, respectivamente.

7
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

3. Elementos dos mapas A. Coordenadas geográfi cas

Além da representação gráfica, os mapas apre-
sentam alguns elementos fundamentais para
sua leitura e interpretação, tais como: título ou
tema, coordenadas geográficas ou orientação,
legenda, escala e tipo de projeção.
As coordenadas são referências que possibilitam
a localização, o dimensionamento e a orienta-
ção na área representada do mapa. São com-
postas pelos paralelos e pelos meridianos, ou
seja, a latitude e a longitude.

Meridiano de Greenwich

Hemisfério norte

Equador

Hemisfério sul Hemisfério Hemisfério

ocidental oriental

As linhas imaginárias do Equador e de Greenwich servem de

referência para os paralelos e os meridianos.

A partir dessas linhas imaginárias (Equador e Greenwich), e supondo a terra uma esfera perfeita,
criaram-se os paralelos e os meridianos, que, juntos, formam uma grade traçada sobre os mapas,
permitindo a localização de qualquer ponto sobre a superfície terrestre. Os paralelos são círculos
traçados a partir do Equador, variando seu diâmetro no sentido norte-sul. Cada paralelo possui
uma medida angular (graus) que pode chegar a, no máximo, 90° ao norte ou ao sul. Já os meri-
dianos são linhas que cruzam os paralelos e se ligam aos dois polos, podendo variar entre 0° e
180° para o hemisfério leste ou oeste e tendo como ponto de partida o meridiano de Greenwich.
Veja a figura abaixo.
Paralelo
50o de latitude norte
Meridiano
P. N. 30o de longitude leste
Latitude norte
AL
PRINCIP
e ud
Latit

PV-13-11

50o
Latitude sul 30o
EQUAD
OR
Longitu
O

d
DIAN

e
MERI

Longitude oeste Longitude leste

P.S.

Distância angular entre os paralelos (latitude) e os meridianos (longitude)

B. Legenda
A legenda de um mapa é de fundamental importância para a interpretação dos signos (símbolos) e con-
venções utilizados em sua confecção. Através dela, podemos ler os mapas, compreendendo-os melhor.

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 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

LOCALIDADE ALTIMETRIA

Curva de nível mestra

Área urbana

Curva de nível intermediária

Sede de Município
Porto cotado

Povoado
HIDROGRAFIA

Sede de propriedade rural Represa, Barragem

Igreja Curso d' água permanente

Escola REDE VIÁRIA

Estrada pavimentada
Cemitério
Estrada sem pavimento
Marca terrestre
Carrinho
LIMITE
Municipal Ferrovia

A legenda mostra o significado dos símbolos e convenções utilizados nos mapas.

C. Escala Com essa proporção, é possível, estabelecer as

seguintes relações matemáticas:
Outro elemento fundamental em um mapa é a
escala adotada, ou seja, a relação matemática
que demonstra qual é a proporção entre o mapa
e a realidade que se deseja representar, poden-
do ser reduzida ou ampliada. Basicamente exis-
tem dois tipos de escala, a numérica e a gráfica.
A escala numérica é uma expressão mate-
mática que estabelece a relação entre a dis-
tância gráfica (mapa) e a distância real (ter-
reno). Por exemplo, em um mapa de escala
de 1:1 000 000 ou 1/1 000 000, cada uni-
dade métrica no mapa corresponderá a um
PV-13-11
• Cálculo da medida real, conhecendo a
distância gráfica e a escala: D = E x d
Exemplo: a distância gráfica entre dois
pontos em um mapa é de 30 mm e a escala
é de 1: 500 000.
D = 500.000 X 30 = 15.000.000 mm ou
1.500.000 cm ou 15.000 m ou 15 km
• Cálculo da distância gráfica, conhecen-
do a medida real e a escala: d = D / E
Exemplo: a escala do mapa é de 1:

milhão de unidades no terreno, ou seja, um 500 000 e a medida real é de 32,5 km.
centímetro neste mapa corresponde verda- d = 32,5 km / 500.000
deiramente a um milhão de centímetros.
d = 3.250.000 cm / 500.000
d = 6,5 cm
E=d/D
• Cálculo da escala, conhecendo a medi-
da real e a distância no mapa: E = D/d
E = escala Exemplo: a medida real entre dois pon-
tos em um mapa é de 40 km e a distân-
d = distância gráfica (mapa) cia no mapa é de 8 cm.
E = 40 km / 8 cm
D = medida real (terreno)
E = 4.000.000 cm / 8 cm
E = 500.000

9
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

Ø Atenção!
Para convertermos as unidades métricas de acordo com a necessidade, utilizamos o sistema
métrico decimal, que são os múltiplos e os submúltiplos do metro. Veja abaixo:
1 0 0 0 0 0 0
Km – hm – dam – m – dm – cm – mm
Casas decimais

Exemplo: 1 km = 10 hm = 100 dam = 1.000 m = 10.000 dm = 100.000 cm = 1.000.000 mm

Já a escala gráfica é mostrada através de uma régua graduada de acordo com a unidade métrica
desejada.
Exemplo:
0 200 400 600 800 1.000
km

1 cm = 200 km no terreno
O grau de detalhamento (nível de informação) de um mapa está na razão direta da escala
adotada. Isso quer dizer que, dependendo do tamanho da área a ser mapeada, a escala terá
que ser maior ou menor. Quanto maior a escala, melhor e mais aprofundado o grau de infor-
mações que o mapa trará.
Dica!
Ø Como a escala pode ser expressa por uma fração, podemos dizer que, quanto menor o de-
nominador, maior será a escala e, quanto maior o denominador, menor a escala. Portanto, uma
escala de 1: 200 000 é maior que uma de 1: 1 000 000, por exemplo.

Dependendo da finalidade para a qual se deseja elaborar um mapa ou uma carta geográfica,
devemos empregar uma escala apropriada. Por exemplo, se vamos construir a planta de uma
casa, não há necessidade de utilizar-se de uma pequena escala, pois a área a ser representada
é pequena. Já para os mapas que abrangem áreas maiores, devemos utilizar, necessariamente,
a pequena escala.
4. Orientação pela rosa dos ventos
É importante lembrar que a orientação geográfica em função dos pontos cardeais, colaterais e
subcolaterais também é um meio eficaz de orientação. Serve para nos dar a direção a seguir, no
horizonte. Compõe-se dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.
N
PV-13-11

NNO NNE
NO NE

ONO ENE

O L

OSO ESE

SO SE
SSO SSE
S

Rosa dos ventos. São dezesseis pontos de referência para orientação sobre a superfície terrestre.

10
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01.
Observe os mapas a seguir.
UNIDADES POLÍTICO- Franco Mairiporã
Cajamar
ADMINISTRATIVAS da Rocha
Caieiras
Arujá
Trópico de Capricórnio
BRASIL Barueri Guarulhos
Itaquaquecetuba
Jandira Carapicuíba
Ferraz de Poá
Itapevi Vasconcelos
Mapa 1 – País Osasco
SP Cotia
Taboão S. Caetano
Mapa 3 – Municipio da Serra do Sul Suzano
N Embu S. André
Diadema Mauá
0 980 km
Ribeirão Pires
Mapa 2 – Estado Escala aprox. Itapecerica
da Serra
S. Bernardo R. Grande
do Campo da Serra

São Paulo Embu-Guaçu

Cubatão
N
Juquitiba N Santos
0 150 km S. Vicente
0 10 km Praia
Escala aprox. Itanhaém Grande

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. p. 99. Adaptado.
De acordo com a leitura e a interpretação dos mapas (1, 2 e 3), apresente e justifique o elemento
de representação cartográfica que permite:
a. visualizar a divisão político-administrativa de parte dos municípios do estado de São Paulo,
no mapa 3;
b. localizar a área representada no mapa 1, no hemisfério ocidental do globo.
Resolução
a. O elemento que permite a visualização é a escala, pois quanto maiorpor ela, maior será o
PV-13-11

detalhamento apresentado.
b. A localização é feita pelas coordenadas geográficas (latitude e longitude).

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 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

02. a. Em que hemisfério e continente encon-

Analise a figura adiante e responda às questões. tra-se a área mapeada?
b. A partir de que referências fornecidas
46º20’W

46º15’W
pelo mapa você localizou essa área?
x 730
23º30’s c. Dê duas características significativas
x 800 do rio principal ou do vale fluvial ob-
x 800 servadas na figura.
Ro
do
x 729 Resolução
via
a. Hemisfério do sul, continente americano
Rio
727 x Rio b. Pelas coordenadas geográficas
c. Rio de planície, meandrante (com muitas
Ferrovia
Rodovia
x 733 curvas)
N
753 x 734 x
23º35’s
46º20’W

46º15’W

A cartografia não pode se constituir em uma ciência, como é, por exemplo, a geografia, a geodésia e
a geologia, mas é, sem dúvida, um método científico que se destina a expressar fatos e fenômenos
observados na superfície da Terra, através de técnica própria. Uma carta topográfica, por exemplo,
explica, por via gráfica, isto é, com traços, pontos, figuras geométricas e cores, a configuração de
uma parte da superfície terrestre, tal como ela é, e dentro de uma precisão matemática, sempre
compatível com a escala. Da mesma maneira, a forma de projetar um mapa é de fundamental im-
portância para a compreensão dos fenômenos cartografados.
5. Projeções cartográficas
As projeções cartográficas são representações da superfície esférica da terra em um plano, por
meio da utilização dos paralelos e dos meridianos. O grande problema que se encontra para realizar
uma projeção é a forma da terra, que apesar de ser considerada uma esfera perfeita, na verdade
não o é.
A figura geométrica que representa o globo terrestre é a geoide, mas como ela é muito com-
plexa para a representação em um plano, os cartógrafos fazem suas projeções, utilizando uma
figura chamada elipsoide de revolução.

Ao se projetarem as imagens da superfície terrestre sobre o plano de um mapa, os cartógrafos

encontram outro problema: as distorções, pois toda vez que tentamos planificar a superfície
arredondada da terra, surgem distorções em área, forma ou distância. Tais distorções só não
PV-13-11

são perceptíveis em mapas de grande escala, como as plantas arquitetônicas onde a curvatura
terrestre não provoca grandes mudanças na projeção. As projeções podem ser classificadas
em conformes, equivalentes, equidistantes ou afiláticas (arbitrárias) e ainda, dependendo da
figura geométrica utilizada, em cilíndrica, cônica ou azimutal (plana).

A. Projeções cilíndricas
As projeções cilíndricas permitem a representação total do globo terrestre, sendo muito útil para a
confecção de planisférios ou mapas-múndi. Consiste em envolver imaginariamente o globo em um
cilindro, projetando sobre ele as imagens da superfície terrestre. Nessa projeção, os paralelos e
os meridianos são perpendiculares entre si (formam um ângulo reto). A figura do cilindro é tan-
gente à linha do Equador, fazendo com que as áreas mais próximas à essa linha imaginária fiquem
com um tamanho mais próximo da realidade. Quanto mais nos distanciamos do Equador, maiores
serão as distorções. Veja a ilustração.

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 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

0 5300 km
Escala aprox.

Projeção cilíndrica Cilindro desenvolvido

O plano da projeção é Os paralelos e os meridianos
um cilindro envolvendo são retos, paralelos e
a esfera terrestre. perpendiculares entre si.

Na projeção cilíndrica, paralelos e meridianos cruzam-se perpendicularmente.

Podemos ainda classificar as projeções cilíndricas em conformes ou equivalentes. As pro-

jeções conformes são aquelas nas quais os ângulos no mapa são iguais aos do globo.
Nesse tipo de projeção, consegue-se manter as formas dos continentes, oceanos e ilhas
como realmente são, mas ocorrem distorções nas áreas. O mapa-múndi de Gerhard Kramer
(Mercator), cartógrafo belga, é a mais conhecida projeção conforme até os dias atuais e,
quando foi elaborada no século XVI, representou um grande avanço para as navegações,
pois permitia o traçado das direções em linha reta, sobre o mapa.

0 6000 km
Escala aprox.
PV-13-11

A projeção de Mercator foi uma das primeiras criadas a partir das Grandes Navegações.
Exagera as áreas do hemisfério norte, por isso é chamada de eurocentrista.

Elaborada em uma época em que os europeus dominavam o mundo com a expansão comercial, a
projeção de Mercator apresenta um forte conteúdo ideológico, pois mostra o mundo europeu, das
médias e altas latitudes, no centro do mapa, e como as regiões próximas aos polos sofrem muita dis-
torção, também aparecem com um tamanho maior do que o real. Portanto, a representação do mun-
do com essa projeção é eurocêntrica, demonstrando uma visão de superioridade do mundo europeu.
Porém, existe uma projeção cilíndrica que se contrapõe à projeção eurocentrista de Mer-
cator, é a projeção de Arno Peters. Publicada pela primeira vez em 1973, tentava corrigir as
deformações do mapa de Mercator, propondo uma projeção cilíndrica equivalente. Nesse
tipo de projeção, as áreas no mapa-múndi são proporcionais às da terra, mas com distor-
ções nas suas formas. Peters, que era também historiador, acabou criando uma projeção

13
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

que dava destaque à área dos países subdesenvolvidos, que nesse período lutavam para
se autoafirmarem como nações independentes e que entendiam essa projeção como uma
materialização dos seus desejos. Observe o mapa abaixo.

0 4000 km
Escala aprox.

A projeção de Arno Peters procura corrigir as distorções de

Mercator. É uma projeção cilíndrica equivalente.

B. Projeções cônicas
A projeção cônica é utilizada, sobretudo, para a representação de países ou regiões de latitu-
des médias. Resulta da projeção de imagens da superfície terrestre sobre a superfície de um
cone, que depois é planificado. Apresenta paralelos circulares e meridianos radiais, ou seja,
em um mapa plano são retas que se originam de um único ponto. Essa projeção apresenta
distorções de forma e área.

PV-13-11

Projeção cônica Cone desenvolvido

O plano da projeção é um Os paralelos são círculos
cone envolvendo a esfera concêntricos e os meridianos
terrestre. retos convergem para o polo.

A projeção cônica é muito empregada para mapas regionais que não necessitam de pequenas escalas.

C. Projeções planas ou azimutais

Consistem na projeção da superfície da terra em um plano, tendo como referência um determi-
nado ponto. Muito empregadas na elaboração de mapas que pretendam dar destaque a uma
região ou lugar, que sempre aparecerá no centro do mapa. Possuem paralelos desenhados em
círculos concêntricos e meridianos em linhas retas. As formas e áreas deformam-se à medida

14
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

que se afastam do ponto central do mapa. Se uma dessas projeções for equidistante, é a melhor pro-
jeção para se medir distâncias exatas entre o lugar que foi tangenciado até qualquer parte da superfí-
cie. Quando o plano tangencia um dos polos, a chamamos essa projeção também de azimutal polar.

Projeção plana ou azimutal Plano tangente ao polo

O plano da projeção é um Os paralelos são círculos
plano tangente à espera concêntricos e os meridianos
terrestre. retos irradiam-se do polo.

A projeção plana é muito empregada para elaboração de mapas estratégicos, que

visam dar destaque para uma área específica da superfície terrestre.

0 5400 km
N Escala aprox.

0 7200 km
Escala aprox.
A projeção de Robinson apresenta uma
curvatura próxima aos polos e procura reduzir
as distorções graves das projeções cilíndricas.

D.2. Projeção de Goode

A projeção azimutal equidistante é a que Tem como objetivo mostrar a equivalência
PV-13-11

possibilita medidas lineares exatas entre o das massas continentais e oceânicas, por isso
ponto central do mapa e as áreas adjacentes. apresenta-se interrompida.
D. Projeções afi láti cas
Existem outras projeções menos usuais, mas
N
que aparecem frequentemente em atlas geo-
gráficos e livros. Veja: 0 6170 km
Escala aprox.
D.1. Projeção de Robinson
Apresenta menor grau de distorção, pois não
segue o padrão das projeções citadas ante-
riormente. É chamada de projeção cilíndrica
afilática ou arbitrária e é muito empregada A projeção de Goode procura
em ilustrações de atlas escolares, já que não mostrar as proporções de áreas entre
apresenta grandes distorções. os continentes e os oceanos.

15
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

D.3. Projeção de Mollweide 7. Tipos de mapas

Apresenta-se com formato elipsoidal, procu- Os mapas podem ser classificados em topo-
rando imitar o formato da Terra. Os paralelos gráficos ou de base e temáticos. Em um mapa
estão dispostos em linha reta e os meridianos topográfico, as informações procuram ser
em forma circular, unindo os polos. precisas ao máximo, permitindo conhecer,
além da localização exata de áreas urbanas e
agrícolas, de matas nativas, de vias de trans-
porte, de mananciais de água e de áreas de
N
atuação humana, as cotas altimétricas que
representam seu relevo. Esses mapas são a
0 6170 km base para a elaboração de outros tipos de
Escala aprox. mapas, os chamados mapas temáticos. Os
mapas topográficos são elaborados com o
uso de curvas de nível ou isoípsas, que são
Imprecisão de áreas e de formas linhas que unem pontos do relevo de igual
marcam essa projeção. altitude e, quando postas em um mapa, per-
6. Anamorfoses mitem sua interpretação em três dimensões.
Muitas vezes, para se valorizar um dado ou uma Quanto maior o espaçamento entre elas,
estatística, são feitas distorções propositais em com menor declividade o relevo se apresen-
um mapa, aumentando ou diminuindo a área ta e, quanto mais próximas estiverem, maior
de um país ou de um continente. A esse tipo
de mapa damos o nome de anamorfose. Veja o a declividade. A grande importância dos ma-
exemplo a seguir. pas topográficos está na análise de uma de-
terminada área quanto à sua possibilidade
de aproveitamento para as atividades huma-
nas, como a prática agrícola, a construção de
Agricultura
Diferentes formas
do Brasil
Familiar vias de transporte, a instalação de indústrias
Norte
Nordeste Sudeste
etc. Observe o mapa a seguir.
C. Oeste Sul

160
140
População Produção
120
Agrícola 100
80
60
40
20
PV-13-11

Densidade Número de
Veículos

160
120
100 140
80
PIB Mortalidade
Infantil
60
40
20

As anamorfoses não seguem nenhuma

regra cartográfica, pois a intenção é, com Através dos mapas topográficos,
a distorção, chamar a atenção para um podemos interpretar, avaliar e planejar
determinado aspecto que se quer representar. intervenções sobre a superfície terrestre.

16
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

Já os mapas temáticos são aqueles que apresentam informações sobre um fenômeno específico do
meio físico ou do meio social. Nesses mapas, a expressão altimétrica ou planimétrica tem menor im-
portância, pois os aspectos quantitativos ou qualitativos são mais importantes. Veja o exemplo abaixo.

Boa Vista
Amapá
Roraima 475.843
395.725 Macapá

Belém
Manaus São Luis
Parnaíba
Fortaleza
Amazonas Rio Grande do Norte
Maranhão
2.840.889 Pará Teresina Ceará 2.770.730
5.638.381 Natal
7.417.402
6.188.685 Paraíba
Piauí João Pessoa
Acre Pernambuco3.436.718
Palmas 2.840.969 Recife
Porto Velho 7.910.992
655.385 Rio Branco Maceió Alagoas
Tocantins 2.817.903
Rondônia Aracajú Sergipe
1.453.756 Mato Grosso 1.243.627 Bahia 1.779.622
2.498.150
13.066.764
Goiás Salvador
Cuiabá Brasília
Goiânia
Minas Gerais
Mato Grosso do Sul 17.835.488
2.075.275 Espírito Santo
Belo Horizonte
3.093.171
OCEANO Campo Grande Vitória
São Paulo
PACÍFICO 36.966.527 Rio de Janeiro
São Paulo 14.367.225
Paraná Rio de Janeiro OCEANO ATLÂNTICO
9.558.126
Curitiba
Santa Catarina
Estados mais populosos ou com muita gente 6.333.284 Florianópolis
(acima de 10 milhões de habitantes)
Rio Grande do Sul
Estados mais ou menos populosos ou com menos gente Porto Alegre
10.179.801 N
(2 milhões a 9.999.999 e habitantes)
Estados menos populosos ou com pouca gente
(abaixo de 2 milhões de habitantes) 0 100 200 300 400 500
Fonte: IBGE, CENSO 2000

Mapa temático com a distribuição da população brasileira pelos estados da federação

8. Gráficos Veja um exemplo.

PV-13-11

É comum a utilização de gráficos e infográfi- De onde vêm os latinos

cos quando se quer expressar ou comunicar Origem dos hispânicos – Em %
fenômenos do meio natural ou socioeconô-
mico. Eles se expressam de diversas manei- América
México – 66,1 Central e
ras e utilizam uma simbologia própria. Um
do Sul – 14,5
gráfico está geralmente baseado em dados
estatísticos quantitativos, que são transfe- Cuba – 4,0
ridos para um determinado tipo de repre-
sentação. Existem muitos tipos de gráficos,
como o de linhas, de colunas, de barras, de
setores, em forma de pizza etc. Existem tam- Outros – 6,4 Porto Rico – 9,0
bém os gráficos estatísticos, que têm, por
objetivo, criar uma visualização mais rápida Gráfico em setores mostrando a origem
de um determinado fenômeno. dos imigrantes nos EUA atualmente.

17
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

Existe também o gráfico cartesiano (eixo x e y), que é muito utilizado para representações de duas
variáveis em um espaço de tempo. Na geografia, por exemplo, ele é utilizado para representação
do comportamento térmico e pluviométrico de um determinado território.

mm Luziânia (GO) – Brasil Co mm Roma – Itália Co

375 29 375 22
350 28 350 21
325 27 325 20
300 26 300 19
275 25 275 18
250 24 250 17
225 23 225 16
200 22 200 15
175 21 175 14
150 20 150 13
125 19 125 12
100 18 100 11
75 17 75 10
50 16 50 9
25 15 25 8
0 14 0 7
J FM A M J J A S O N D J FM A M J J A S O N D

Os climogramas são muito empregados para a representação de características climáticas, como

a do clima tropical de Luziânia, no Brasil, e a do clima mediterrâneo de Roma, na Itália.

Também podemos utilizá-lo para a percepção da frequência em que certos fenômenos ocorrem
ao longo de um período de tempo. Observe:

130,0
122,4
Produção

100,3
81,2 82,4 82,8 96,7
76,0 73,8 78,9 76,5
68,2 68,3
57,8 47,0
43,9 Área
37,8 38,4 35,6 39,0 38,4 36,8 36,4 35,0 36,7 37,7 37,9 40,2
plantada
1990–91

91–92

92–93

93–94

94–95

95–96

96–97

97–98

98–99

99–00

00–01

01–02

02–03

2002–04

PV-13-11

Produção (milhões de toneladas) Área plantada (milhões de hectares)

Gráfico mostrando a evolução da produção e da área de

cultivo em um determinado período no Brasil.

18
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

9. Sensoriamento remoto gens que são utilizadas para mapeamentos e

Especialmente a partir das inovações tec-
nológicas que se iniciaram no decorrer do
século passado, a coleta e o processamento
de dados do espaço geográfico tornaram-se
mais eficientes e precisos. Os equipamentos
aerofotogramétricos, as imagens de radar e
de satélites, os mapas digitais e os sistemas
de posicionamento globais passaram a ser
muito empregados nas atividades cartográ-
ficas. A esse conjunto de técnicas realizadas
à distância damos o nome de sensoriamento
remoto. Elas permitem a captação de ima-
planos de ação sobre a superfície terrestre.
O grande avanço nessa área se deu durante
as grandes guerras mundiais em função dos
interesses militares. No início, as fotografias
aéreas eram as mais utilizadas com a finali-
dade de identificar pontos estratégicos. Os
aviões, com equipamentos acoplados ao seu
piso, sobrevoavam em velocidade constante
uma área, fotografando-a com filmes espe-
ciais que, depois de revelados, permitiam a
interpretação e a elaboração de mapas mais
precisos do lugar.

VIA SATÉLITE
Escala 1 : 250.000 – 1 : 100.000

AEROFOTOGRAMETRIA
Escala 1 : 25.000 – 1 : 10.000

SISTEMA ALTAVISÃO
Escala 1 : 5.000 – 1 : 2.500
PV-13-11

A fotografia aérea é um dos tipos de sensoriamento remoto. Pode ser realizada em diversas
escalas, dependendo do grau de aprofundamento de informações que se deseja.

19
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

linha de vôo

plano de
fotografias

altura do vôo
superposição longitudinal
(aprox. 60%)

PV-13-11

foto 2
foto 1

Em 1957, a ex-URSS lançava um satélite artificial, o Sputnik, dando início a uma nova fase de con-
quista espacial. Os EUA, em 1972, punham em órbita o satélite Landsat, que enviava para todo
o mundo imagens da superfície terrestre. Hoje, além dos satélites americanos e russos, vários
países mantêm satélites na órbita terrestre como o francês Spot, o sino-brasileiro CBERS ou o ERS
da agência europeia. As imagens dos satélites são convertidas em códigos numéricos e enviadas
para computadores na Terra, que os transformam em imagens ou mapas. Quando essas imagens
são analisadas ao longo de um período de tempo, permitem uma interpretação da evolução de
uma área do ponto de vista humano ou natural.

20
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

©1 Copyright © 1995-2006 CPTEC/INPE

Imagens de satélites. Na climatologia, por exemplo, elas são empregadas

para a previsão do tempo, como vemos nas imagens acima.

10. SIG e GPS

Um Sistema de Informação Geográfica (SIG ou GIS – Geographic Information System) é um conjunto
de informações espaciais que alimentam softwares que permitem e facilitam a análise, a gestão ou
a representação do espaço e dos
fenômenos que nele ocorrem.
Existem vários modelos de dados
aplicáveis em SIG (Sistemas de In-
formação Geográfica). Por exem-
plo, o SIG pode funcionar como
uma base de dados alfanuméri-
cos que se encontram associados
por um identificador comum aos
objetos gráficos de um mapa digi-
tal. Dessa forma, assinalando um
objeto pode-se saber o valor dos
seus atributos, e, ao mesmo tem-
po, selecionando um registro da
base de dados, é possível saber a
sua localização e apontá-la em um
mapa. Os modelos mais comuns
PV-13-11

em SIG são o matricial e o vetorial.

O matricial centra-se nas proprie-
dades do espaço, compartimen-
tando-o. Cada compartimento
equivale a um valor no sistema.
No caso do modelo de SIG veto-
rial, o foco das representações
Cobertura do sistema G.P.S
centra-se na precisão da localiza-
ção dos elementos no espaço (coordenadas). Os SIG permitem compatibilizar essas informações
provenientes de diversas fontes, como informação de sensores espaciais (satélites) e informação
recolhida com GPS ou obtida com os métodos tradicionais da topografia. Os campos de aplicação
dos Sistemas de Informação Geográfica são muito vastos; da cartografia a estudos de impacto am-
biental ou vigilância epidemiológica de doenças, da prospecção de recursos ao marketing.

21
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01. UFRS-RS Resolução

Os mapas a seguir expressam a visão de mun- A projeção de Peters mantém a forma dos
do de quem os construiu, possibilitando uma continentes, alterando os ângulos e dando
leitura ideológica. um aspecto alongado às regiões equatoriais,
Projeção de Peters o que coloca em evidência as regiões do Ter-
ceiro Mundo. A projeção de Mercator mantém
o ângulo, mas altera a forma dos continentes,
alargando as regiões de grande latitude, o que
coloca em evidência o Primeiro Mundo.
02. UFU-MG
No final do século XX e início do século XXI,
N vivenciamos grandes transformações técnicas
e científicas; aliadas a elas adquirimos grande
0 3660 km
rapidez na transmissão de informações, fa-
Escala aprox. cilmente evidenciada nos procedimentos de
aquisição e manipulação de dados. A carto-
grafia, que sempre contribuiu para uma maior
visualização das distribuições dos fenômenos
geográficos, também vem se utilizando destas
novas tecnologias. Os dados obtidos pelos sa-
télites da série Landsat, Spot, CBERS, IKONOS,
GOES, Meteosat vêm sendo muito utilizados
N por profissionais das mais diferentes áreas, es-
pecialmente por geógrafos.
0 6170 km
Escala aprox.
Cite cinco aplicações dos satélites menciona-
dos.
Resolução
Projeção de Mercator
Fiscalização de áreas estratégicas, previsões
Observe atentamente os mapas e explique
meteorológicas, mapeamentos, levantamento
duas das diferenças que essas projeções
de recursos naturais e análise de problemas
apresentam.
ambientais
PV-13-11

22
 Cartografia e espaço industrial mundial
Capítulo 02 OS SISTEMAS CAPITALISTA E SOCIALISTA
1. Introdução
Capitalismo é o nome que se dá ao modo de
produção desenvolvido a partir do mundo eu-
ropeu durante o Renascimento Comercial e
Urbano nos séculos XIII e XIV, na Baixa Idade
Média. Pequenos comerciantes e artesãos que
até então viviam à margem do sistema buscam
sua sobrevivência através do lucro e acúmulo
de riquezas. Viviam em pequenas cidades cha-
madas burgos e daí a origem de seu nome: os
burgueses. É nesse grupo que se firmam os ideais
embrionários do sistema capitalista como a
busca pelo lucro, a acumulação de riquezas e a
apropriação dos meios de produção.
2. Principais características
Podemos identificar, não levando em conside-
ração as particularidades de cada nação, algu-
mas características que identificam as socieda-
des capitalistas, tais como:
• Predomínio das propriedades privadas
ou particulares dos meios de produção:
todos os meios que permitem a gera-
ção de riquezas como as terras, as uni-
dades fabris, as propriedades urbanas,
as instituições financeiras e outras.
• O trabalho é assalariado: a forma de
remuneração está na lógica do capi-
talismo, paga-se pelo trabalho uma
remuneração inferior à riqueza gera-
da por ele. A diferença de valores fica
apropriada pelo capitalista.
• A economia é regida pelas leis de mer-
cado como a lei da oferta e da procura
PV-13-11
e a livre iniciativa. O preço estabelecido
para um bem depende da quantidade e
da procura que possui. É importante lem-
brar que há uma diferença entre preço e
valor. O valor está relacionado à utilidade
e empregabilidade de uma mercadoria
e o preço é o que o mercado determina,
muitas vezes atrelado ao marketing.
• O lucro é a principal meta da produção
econômica.
• A sociedade é bastante estratificada,
dividida em diversas classes sociais em
função do seu poder aquisitivo e dos
23
Geografia
bens. Pode-se, grosso modo, caracteri-
zar a sociedade em burgueses que são
donos dos meios de produção e prole-
tários que são os que vendem sua força
de trabalho em troca de um salário.
3. A economia de mercado
A economia de mercado, própria do sistema
capitalista, tem por princípio que em tudo
o que é produzido, ou pelo menos na maior
parte, a finalidade principal é a negociação
(compra e venda). Quem produz espera ven-
der sua mercadoria para que, com o lucro ob-
tido, possa comprar algo que não possui ou
não produz. Isso quer dizer que as mercado-
rias (produtos) são feitas para serem trocadas
umas pelas outras ou por uma moeda corren-
te. Portanto, mercadoria não é só um produto
final da produção, mas sim algo feito para ser
negociado. Isso quer dizer que os objetos ne-
gociados precisam ser, ou pelo menos parecer,
úteis para a sociedade. Por esse motivo, exis-
tem tantas estratégias de vendas, publicidade
e propagandas sobre os produtos, inclusive os
serviços. Em uma empresa capitalista, a meta
não é simplesmente garantir a reposição da
produção, mas sim acumular capitais.
4. Crises do capitalismo
A acumulação de capitais, prevista e desejada
no capitalismo, é um processo que envolve
dois momentos distintos: a produção e o co-
mércio. Às vezes esses momentos apresen-
tam-se com problemas ou não são cumpridos
totalmente. De modo simplificado, podemos
dizer que se um investidor aplica seu capital na
produção de uma determinada mercadoria e
não a vende, interromperá o ciclo de reprodu-
ção do capital e poderá provocar recessão ou
crises econômicas. Quando problemas como
esse se repetem com frequência e atingem
grande quantidade de empresas e em escala
planetária, temos uma crise do sistema todo.
Essas crises podem ter origem em fatos ex-
ternos e internos ao sistema. Por exemplo, as
causas externas, que não são produzidas pelo
funcionamento do sistema capitalista, estão
relacionadas ao fornecimento de matérias-
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

primas ou fontes de energia ou à falta de in- (OPEP) decidiram aumentar sistematicamente

fraestrutura logística que permita um bom seus preços no mercado internacional, geran-
funcionamento da produção e distribuição do dificuldades para a obtenção do produto
das mercadorias. Já as causas internas, que por parte dos países importadores.
são provocadas pelo próprio funcionamento

©©©Margaret Bourke-White / Reprodução

do capitalismo, estão relacionadas às quanti-
dades produzidas de uma mercadoria, à con-
corrência entre as empresas e à capacidade de
consumo de um determinado mercado.
A crise econômica de 1929, ocorrida a partir
dos EUA, afetou não só a economia local, como
também países que possuíam relações de de-
pendência comercial com aquele país, como o
Brasil, por exemplo. Naquele momento, o Bra-
sil possuía uma economia agroexportadora de
café e a crise norte-americana reduziu sensi-
velmente as vendas desse produto para o mer- Fila de trabalhadores em Nova York à espera
cado externo, trazendo graves repercussões de comida distribuída pelo governo. Atrás, em
para o país. Outro exemplo de uma crise do um outdoor, está a contradição nos dizeres:
sistema capitalista ocorreu nos anos de 1970, "O mais alto padrão de vida do mundo".
quando os países exportadores de petróleo

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 02.
Dê a principal característica do capitalismo Explique a lógica do capitalismo em relação à
quanto: questão étnica.
a. à economia; Resolução
b. à propriedade dos meios de produção;
c. aos partidos políticos. Utiliza-se da mão de obra segundo suas ne-
cessidades, não levando em conta o equilíbrio
Resolução étnico e favorecendo o poder econômico em
a. Economia de mercado detrimento das minorias. (ex: mexicanos nos
b. Propriedade privada EUA, norte-africanos na Europa, entre outro).
c. Pluripartidarismo
PV-13-11

5. Etapas da evolução do capitalismo

Podemos dividir, grosso modo, o desenvolvimento do capitalismo em três momentos: o capi-
talismo comercial ou pré-capitalismo, o industrial e o monopolista ou financeiro. O capitalismo
comercial inicia-se com a expansão ultramarina europeia, etapa em que a burguesia mercante
busca se fortalecer economicamente com o apoio dos recém-formados estados nacionais euro-
peus e estende-se do século XVI ao XVIII. Esses comerciantes, financiados por reis e nobres, ao
chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração cujo objetivo principal
era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Nesse contexto, podemos identificar as seguintes
características capitalistas: busca de lucros, uso de mão de obra escrava, moeda substituindo o
sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e a formação de

24
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

uma estrutura social de desigualdades. Essa colonialismo. Ao contrário do pré-capitalismo

etapa do desenvolvimento capitalista foi fun-
damental para uma acumulação primitiva de
capitais que financiou as etapas seguintes.
Em meados do século XVIII, a Europa passa
por novas transformações no que se refere
à produção. A Primeira Revolução Industrial,
iniciada na Inglaterra, traz profundas trans-
formações nos meios de produção com a in-
venção da máquina a vapor e o tear mecânico,
além do uso do carvão mineral como fonte de
energia. Os fabricantes, dessa forma, aumen-
taram suas margens de lucro, pois a produção
acontecia com maior rapidez, permitindo uma
oferta maior com preços mais baixos, elevan-
do as vendas. O acúmulo de riquezas passava
também a ser feito pela produção, isto é, pela
exploração da mão de obra em longas jorna-
das de trabalho. O capitalismo ganhava um
novo formato. Muitos países europeus, no sé-
culo XIX, começaram a incluir a Ásia e a África
dentro desse sistema, através da partilha de
suas terras (Congresso de Berlim). Esses dois
continentes foram explorados pelos europeus
dentro de um contexto conhecido como neo-
(mercantilismo), nessa fase o Estado não inter-
vinha na economia, que passava a funcionar
única e tão somente pelas regras de mercado.
Surgia, então, a doutrina do liberalismo eco-
nômico, defendida por economistas britânicos
como Adam Smith e David Ricardo. É nessa
época que outros países como os EUA, o Ca-
nadá, o Japão, a França, a Alemanha e a Itália
realizam suas revoluções industriais.
Uma das consequências do crescimento da
economia capitalista no século XIX é a crescen-
te concentração de capitais pelas empresas e
instituições financeiras (bancos, corretoras de
valores e atividades comerciais). O mercado
livre favoreceu a formação de grupos econô-
micos cada vez mais verticalizados, quer dizer,
aqueles que possuíam mais capitais, sempre
conseguiam sobrepor-se aos grupos menores
ou menos capitalizados. Nessa nova etapa,
que se estende pelo século XX, as fusões e in-
corporações começam a formar grandes mo-
nopólios e oligopólios. Empresas que até hoje
dominam diversos setores econômicos foram
fundadas nesse período. Veja abaixo:

Empresa Fundação País

General Motors 1916 EUA

Mitsubishi 1880 Japão

Fiat 1899 Itália

Coca-Cola 1886 EUA

Siemens 1847 Alemanha

PV-13-11

Grandes grupos econômicos do mundo capitalista

Um setor que passa a ter uma função importante como financiador da produção é o bancário,
muitas vezes incorporando indústrias ou criando bancos para lhe dar suporte financeiro. O
capital passa também a ter um valor especulativo e muitos capitalistas utilizam-no como forma
de gerar lucros. Pelos motivos apontados, chamamos essa fase de monopolista ou financeira.
Outra característica marcante é a divisão técnica da produção, em nível local ou internacional,
quer dizer, a especialização da produção, criando uma espécie de divisão de tarefas (divisão
do trabalho), o que é importante uma vez que proporciona aumento de produtividade e ge-
ração de lucros. Observe a seguir.

25
Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

Evolução da divisão internacional do trabalho (DIT)

Capitalismo comercial
Origem da DIT
metrópoles metais preciosos, colônias
(expansão marítima) especiarias, escravos, etc. (exploração)

Colonialismo

manufaturas

Capitalismo industrial – Financeiro (até a Segunda Guerra Mundial)

Origem da DIT
metrópoles produtos primários: colônias
(Revolução industrial) agrícolas, minerais e fósseis (exploração)

Imperialismo

produtos industrializados

Capitalismo financeiro (após a Segunda Guerra Mundial)

DIT clássica
países desenvolvidos produtos primários: países subdesenvolvidos
agrícolas, minerais e fósseis não-industrializados

produtos industrializados
capitais: investimentos e
empréstimos (pouco)

Nova DIT países

produtos primários: subdesenvolvidos
países desenvolvidos produtos industrializados industrializados
capitais: juros, royallities e lucros
PV-13-11

Globalização

produtos industrializados
(em geral, de tecnologia superior)
capitais: empréstimos, investimentos
produtivos e especulativos, tecnologia
MOREIRA, J. C.; SENE E. Geografia Ensino Médio. Editora Scipione, p. 195. Adaptado.

Ao longo da história do capitalismo mundial, os países passaram a desempenhar

funções distintas com a finalidade de sustentar seu funcionamento.

26
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. UERJ
No atual estágio de desenvolvimento do capitalismo mundial, a abundância de recursos e de
mão de obra não tem a mesma importância que possuía antes da revolução técnico-científica.
Apresente dois fatores importantes para a definição de novos padrões de localização industrial.
Resolução
Podemos citar:
• disponibilidade de mão de obra altamente qualificada;
• eficiente infraestrutura de transporte e comunicação;
• proximidade de centros de pesquisa e de tecnologia de ponta.
02.
Explique os fatores que regem a atual divisão internacional do trabalho no quadro formado pelas
fronteiras planetárias do capitalismo.
Resolução
Centro – países tecnológica e economicamente desenvolvidos
Periferia – países subdesenvolvidos
Semiperiferia – países subdesenvolvidos industria-lizados

6. Socialismo tas vezes chamado de Thomas Morus, grande

Inicialmente, é preciso discutir a vulgarização
do termo socialismo; afirmações de que os
comunistas lutam pelo socialismo ou que os
socialistas são anarquistas, e, daí por diante,
aparecem muito comumente. A história das
ideias socialistas possui algumas distinções
como a utopia socialista, a teoria marxista e o
socialismo posto em prática pela primeira vez
com a Revolução Russa.
humanista do Renascimento, canonizado pela
Igreja Católica em 1935, que, em seu livro in-
titulado Utopia, constrói uma sociedade ima-
ginária, ideal, sem propriedade privada, com
absoluta comunidade de bens e do solo, sem
antagonismos entre a cidade e o campo, sem
trabalho assalariado, sem gastos supérfluos e
luxos excessivos, com o Estado como órgão ad-
ministrador da produção.

A. A utopia socialista B. O socialismo científico

PV-13-11

Segundo os socialistas, os ideais libertários da Karl Marx e Friedrich Engels desenvolveram a

Revolução Francesa nunca foram alcançados.
No início do século XIX, muitos escritores e
intelectuais consideraram a industrialização
como a causa das maiores dificuldades e dos
maiores sofrimentos da sociedade. Socialis-
tas como o inglês Robert Owen e os franceses
Charles Fourier e o conde Saint-Simon apre-
sentaram várias ideias como forma de superar
as desigualdades trazidas pela industrializa-
ção. Como eram ideias apenas e não se basea-
vam em uma metodologia científica, tais pen-
sadores eram chamados de utópicos. Outro
pensador utópico foi sir Thomas Moore, mui-
teoria do socialismo científico, denominado
assim por não se apresentar mais como um
ideal somente, mas como uma necessidade
histórica que deriva da crise do capitalis-
mo. Em 1848, Marx e Engels lançam O Mani-
festo Comunista, que analisa a história como
o resultado da luta entre duas classes sociais
distintas e antagônicas – a burguesia, dona
dos meios de produção, e o proletariado, que
vendia sua força de trabalho como forma de
sobrevivência – e instiga o proletariado a se
unir para a tomada do poder político, tendo
como pano de fundo as injustiças sociais do

27
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial
capitalismo. Para Marx, um burguês pode tra-
balhar muito, mas sua riqueza não vem ape-
nas de seu trabalho, pois ele se apropria da
força de trabalho de seus empregados, que
recebem um salário equivalente a apenas
poucas horas do seu trabalho. Por exemplo,
um burguês emprega 500 trabalhadores em
uma indústria de calçados, cada um recebe
um salário de U$ 100 por mês e produz 100
pares de sapatos ao mês. Cada par é vendido
a U$ 10,00 e, no fim do mês, o empregado
gerou sozinho U$ 1.000,00. Descontando-
se o valor do salário e do material gasto na
produção, ainda sobrariam U$ 500,00, que é
apropriado pelo burguês. Esse valor é o que
Marx chamava de mais-valia, sendo, segun-
do ele, a base de todo o sistema capitalista.
Isso significa que a lógica do sistema capi-
talista é a exploração da mão de obra para
acumulação de riquezas.
O materialismo histórico, que é a ferramen-
ta- -chave usada por Marx para a criação da
teoria do socialismo científico, propõe que
toda a história é uma série de lutas entre a
classe dominante e a classe dominada (an-
tagonismo). O capitalismo, segundo Marx,
tem contradições que poderiam causar sua
própria destruição e então seria substituído
pelo socialismo, em que os trabalhadores
formariam uma sociedade mais justa e ba-
seada na propriedade coletiva dos meios de
produção.
Para se chegar ao socialismo, seria neces-
sária uma revolução social, para implantar
a ditadura do proletariado, que comporia
o elo de transição do capitalismo para o
socialismo. No socialismo, desaparece a
mais-valia, e o produto do trabalho social é
dividido pelos trabalhadores de acordo com
seu trabalho. O socialismo é a etapa de tran-
sição ao comunismo, que se caracteriza pelo
desaparecimento total do Estado e pelo alto
desenvolvimento das forças produtivas que
permite atender o princípio: "De cada um
segundo as suas capacidades, a cada um se-
gundo as suas necessidades".
C. O socialismo real
Diversos governos proclamaram-se socialis-
tas, como URSS, Cuba, China, Coreia do Nor-
28
te, Vietnã, Angola, Moçambique e os países
do Leste Europeu. O que mais se aproximou
do socialismo foi a URSS, que, com a Revo-
lução Russa de 1917, tornou-se o primeiro
país socialista da história. Contudo, devido
a diversos fatores, tais como a burocratiza-
ção do Estado, a ausência de liberdade sindi-
cal e política, a falta de participação popular
nas decisões do governo, podemos afirmar
que a prática divergiu da teoria. O socialis-
mo é caracterizado por uma sociedade sem
classes sociais e pelo processo gradativo de
desaparecimento do Estado, coisa que não
ocorreu na URSS. Após a burocratização, a
URSS viveu um regime de terror, fome e di-
tadura comandado por um dos mais cruéis
ditadores da história socialista: Josef Stalin.
Portanto, os países socialistas que foram se
formando desde então seguiam o mode-
lo criado pelos soviéticos e reproduziam a
mesma estrutura de poder e forma de ge-
renciamento que a da URSS. Essa diferença
para a teoria científica do socialismo pro-
duziu o que chamamos de socialismo real,
quer dizer, aquele que efetivamente foi posto
em prática.
C.1. Características do socialismo real
De modo geral, não levando em consideração
as particularidades de cada país, podemos
identificar algumas características marcantes
do socialismo real:
a. ausência de propriedades privadas;
b. coletivização das áreas agrícolas;
c. formação de uma burocracia estatal
PV-13-11
dirigente;
d. ausência de liberdade político partidária;
e. eleições indiretas em todos os níveis;
f. forte controle dos meios de comunica-
ção escritos e falados;
g. predominância de indústrias de base e
de bens de produção;
h. ausência de liberdade sindical;
i. menor diferença entre classes sociais;
j. o Estado é o maior agente econômico.
 Cartografia e espaço industrial mundial
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Por que não é correto o uso da expressão "so-
cialismo" para designar o regime que existiu
na URSS de 1917 a 1990? Que outras expres-
sões surgiram para denominá-lo?
Resolução
Porque o que existiu na URSS, embora chama-
do de socialismo, apresentava muitas diferen-
ças em relação ao socialismo científico ideali-
zado por Karl Marx e Friedrich Engels.
02. UERJ
O Globo, 24/10/95
Fidel Castro tornou-se uma figura in-
cômoda aos interesses norte-americanos na
América Latina. Seu carisma pessoal e seu
poder de comando foram fatores primor-
PV-13-11
29
Geografia
diais para que o socialismo em Cuba se
consolidasse e para que, mais recente-
mente, tivesse forças para implantar me-
didas que permitissem a Cuba suportar
os impactos socioeconômicos da desin-
tegração da URSS e do embargo econô-
mico norte-americano.
Essas medidas passam pela redução da de-
pendência da economia cubana ao seguinte
fator:
a. produção de cana-de-açúcar e de taba-
co com vistas ao mercado externo.
b. entrada de divisas e de valores cul-
turais estrangeiros decorrentes do
turismo.
c. refino e posterior exportação do pe-
tróleo importado de outras nações do
Caribe.
d. importação de produtos manufatura-
dos e de tecnologia dos antigos países
socialistas do leste asiático.
e. Todas corretas.
Resolução
Cuba, com o fim da URSS, precisou, para so-
breviver, promover mudanças econômicas
como a diversificação da sua economia, já que
não existia mais o auxílio soviético.
Resposta
A
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial
Capítulo 03 DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO
1. Introdução
Segundo o geógrafo francês Yves Lacoste, em
seu livro Geografia do subdesenvolvimento, de
1960, o termo origina-se de under development,
cunhado pelos políticos norte-americanos, após
a Segunda Grande Guerra Mundial, para se re-
ferir a um grupo de países que apresentava
condições socioeconômicas abaixo de um nível
aceitável. A ONU, entretanto, evita a utilização
do termo subdesenvolvido e costuma se referir a
eles como países em desenvolvimento. De qual-
quer forma, a condição de fraco desenvolvimen-
to econômico e social está presente na vida de
bilhões de habitantes no planeta, em especial na
África, Ásia e América Latina. O PNUD (Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento) de-
tecta uma série de problemas na estrutura po-
lítica e social desses países, além de economias
frágeis e dependentes.
Muitos ainda inserem-se na antiga divisão in-
ternacional do trabalho e são exportadores
de matérias-primas e de alimentos de baixo
valor agregado; a industrialização é restrita e
em diversos casos agravou o nível de depen-
dência externa, pois acentuou a necessidade
de importações maciças de tecnologias e capi-
tais, fazendo com que se endividassem a níveis
muito elevados.
Entretanto, é importante lembrar que esse
grupo de países não é homogêneo, permitin-
do classificá-los em países periféricos e semi-
periféricos. Por exemplo, o Brasil é um país
subdesenvolvido industrializado ou emergen-
te que possui uma economia mais forte e um
padrão de vida melhor que Ruanda, na África
Subsaariana, entre outros. Um equívoco mui-
to comum é a análise do grau de desenvolvi-
mento de um país pelos seus indicadores ma-
croeconômicos como o PIB, renda per capita,
produção industrial e produção de energia.
Veja um exemplo: na Ásia Ocidental, temos
países com elevados PIB e renda per capita
em função dos petrodólares obtidos no mer-
cado internacional, mas esse fato esconde a
realidade da má distribuição da renda, o que
pode levar a conclusões precipitadas, como
pensar que a qualidade de vida nesses países
é de alto padrão.
30
2. Regionalização histórica
do espaço mundial
O espaço geográfico mundial passou por dife-
rentes formas de divisão regional em função
dos momentos histórico, político e econômi-
co em que seus agentes se envolviam. Até a
Primeira Grande Guerra Mundial, os Estados-
nações eram classificados em potências im-
perialistas e suas colônias, ou seja, áreas mais
prósperas e outras onde predominava o atraso.
Até então, o domínio europeu era dissemina-
do como um processo civilizatório, necessário
para levar o desenvolvimento às regiões mais
pobres e carentes de cultura e modernização.
Porém, no final da Segunda Guerra, essas po-
tências europeias deixaram de ser o centro
econômico do capitalismo mundial e muitas
nações tornaram-se independentes politica-
mente, como é o caso das africanas e asiáticas.
Isso revelou ao mundo a existência de nações
muito pobres e carentes que passaram a ser
chamadas de subdesenvolvidas. Entretanto, o
início da Guerra Fria fez surgir uma nova deno-
minação para esse conjunto de países: o Ter-
ceiro Mundo. Essa regionalização considerava
como Primeiro Mundo os países capitalistas
desenvolvidos, como os europeus ociden-
tais, os EUA, o Canadá, o Japão, a Austrália e
a Nova Zelândia. O Segundo Mundo eram os
socialistas, como a URSS, os europeus orien-
tais, a China comunista, a Coreia do Norte e
Cuba. O Terceiro Mundo eram os países capi-
talistas subdesenvolvidos, como Brasil, Índia,
Egito, África do Sul, Argentina, Coreia do Sul
PV-13-11
e outros. Quando a Guerra Fria se extinguiu,
no final dos anos 1980, caiu em desuso, já que
muitos países socialistas entraram em colapso
e passaram gradualmente a aderir às regras do
capitalismo internacional.
Com o começo da Nova Ordem Mundial, a
partir dos anos 1990, a reordenação política
mundial obrigou os geógrafos a repensarem
essa regionalização. Fundamentalmente, o an-
tagonismo entre capitalismo e socialismo cede
lugar ao chamado conflito Norte-Sul, porque
muitos países, independentemente de ainda
adotarem o socialismo ou o capitalismo, apre-
sentavam características muito semelhantes.
 Cartografia e espaço industrial mundial
Mesmo assim, essa forma de reagrupar os pa-
íses quanto ao seu nível de desenvolvimento
possui extrema generalização, pois inclui pa-
íses como Ruanda, Brasil e Bangladesh num
Europa
Norte Estados Unidos Ocidental
Sul
África
OCEANO América
PACÍFCO Latina
N ATLÂNTICO
0 1.565 km
Linha divisória entre o Norte
desenvolvido e o Sul subdesenvolvido
Principais polos da economia mundial
nos dias atuais
Divisão regional na Nova Ordem Mundial. Observe a Europa
Oriental e a Rússia classificadas como áreas ricas.
3. O choque das civilizações
e a economia no mundo
Depois dos atentados do onze de setembro nos
EUA e da doutrina Bush, iniciou-se na mídia in-
ternacional o que alguns cientistas políticos
têm chamado de choque das civilizações.
As diferenças culturais seriam as principais
causas desse embate (civilização oriental x
PV-13-11
civilização ocidental). Como sabemos, desde
as cruzadas, o mundo ocidental tenta sobre-
por-se ao oriental, especialmente os euro-
peus que consideravam o mundo oriental
um obstáculo à sua prosperidade econômi-
ca. Então, na verdade, existem outros fatores
que se interpõem nessa questão, sobretudo
os de ordem econômica e política. Vejamos outros menos favorecidos historicamente e
alguns exemplos: Após a ação militar no
Iraque pelas forças anglo-americanas, que
determinou o fim da ditadura de Saddam
Hussein, a tentativa frustrada de criar um
governo pró-ocidental não deu resultado, a
ponto de os soldados americanos e ingleses
31
Geografia
mesmo grupo: o Sul pobre. E, ao mesmo
tempo, agrupa países como a Rússia, a Grécia
e os EUA, também muito diferentes economi-
camente, no grupo dos países do Norte ricos.
Europa Oriental
Japão
OCEANO
PACÍFCO
OCEANO
Oceania
ÍNDICO
No
rte
Sul
Área de influência dos EUA
Área de influência da União Europeia
Área de influência do Japão
sofrerem com atentados e rebeldias contra
sua presença no país. Em 2011, a ANP (Au-
toridade Nacional Palestina) pediu, através
de seu presidente Mohamoud Abbas, que a
ONU reconhecesse um estado palestino no
Oriente Médio, o que foi prontamente ne-
gado pelos EUA por uma questão política e
não cultural. Percebe-se, então, que os fato-
res econômicos e políticos são decisivos nas
tomadas de decisões. Mais recentemente,
baseada na ideia de uma economia cada vez
mais globalizada, toma forma a proposição
de que alguns países mais prósperos e for-
tes possuem grande capacidade de nego-
ciação e influência político-econômica no
mundo; são os chamados países centrais, e
com piores condições de vida chamados de
periféricos. Entre eles, existe um grupo que
conseguiu alcançar uma posição intermediá-
ria quanto ao seu crescimento econômico e
industrial; são os semiperiféricos ou emer-
gentes, como se refere a eles a ONU.
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

4. O mapa da desigualdade traremos dados curiosos, mesmo entre os

No final de 1996, numa brilhante matéria as-
sinada por Adriana Wilner, a revista brasileira
Carta Capital publicou “A cartografia da de-
sigualdade”, a partir de números publicados
pelo Banco JP Morgan, sobre dados financei-
ros do ano de 1995. Nesse mapa, Octávio de
Barros redesenhou o mapa-múndi: alterou o
tamanho real de 22 países, deu-lhes contornos
proporcionais ao seu “peso econômico” e des-
prezou suas áreas geográficas naturais. Assim,
países como EUA, Japão, Alemanha, França,
Itália, Reino Unido (reunião de Inglaterra, País
de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) apare-
cem hipertrofiados pelo controle e domínio
que exercem na economia mundial. Regiões e
até continentes inteiros praticamente desapa-
recem, como é o caso da África, do mundo ára-
be e de grandes porções da Ásia. Na América
Latina, só aparecem, pela ordem, Brasil, Mé-
xico e Argentina. Se fossem incluídos outros
países europeus, os territórios do hemisfério
sul apareceriam ainda menores, a não ser com
os assinalados: Brasil, México, Argentina, Áfri-
ca do Sul e Austrália. A imagem é chocante,
pois caracteriza visualmente quem é quem na
economia mundial, resultando que a maioria,
simplesmente, inexiste. Apenas para fazermos
um exercício mental de comparação entre o
mapa modificado e as áreas originais, encon-
“gigantes”. Os EUA são, entre todos esses pa-
íses, os únicos a possuirem proporções conti-
nentais. O Japão, que é a terceira economia
mundial, tem um território quase trinta vezes
menor. No Canadá caberiam, folgadamente,
duzentas Holandas. O mais dramático, contu-
do, é verificarmos que a grande maioria dos
seres humanos está excluída do banquete da
prosperidade. O continente africano e o sul
da Ásia concentram o maior grau de pobreza
da Terra.
Já foi dito que se pode medir a resistência de
uma corrente pelo seu elo mais frágil. Nesses
termos, e contrariando a onda de triunfalis-
mo que varre o mundo, o melhor a se fazer,
para julgar o atual estágio de desenvolvimento
humano, não é nos apegarmos às glamorosas
imagens de felizes consumidores nos shopping
centers de Miami, Nova York, Paris, Frankfurt,
Barcelona, Osaka, Amsterdã e outras cidades
opulentas, mas, sim, observarmos desolado-
ras imagens, dantescas às vezes, das centenas
de milhares de africanos tangidos pelo deses-
pero de genocídios, massacrados pela fome
devastadora, e fixá-las em nossa retina como
uma advertência: tais como as fotografias
belas e dramáticas de Sebastião Salgado, em
suma, o outro lado do Mundo que o Mundo
teima em não ver.

O mapa da miséria
Percentual da população que vive com menos de US$ 1,25 por dia
África subsaariana Subcontinente indiano Oceania Sudeste asiático Extremo Oriente
1997 64 1997 55 1997 37 1997 36 1997 38
2007 58 2007 38 2007 35 2007 17 2007 11
PV-13-11

2008 64 2008 44 2008 38 2008 21 2008 13

Região dos Balcãs Oriente Médio América Latina e Caribe Norte da África Europa
1997 20 1997 9 1997 13 1997 6 1997 4
2007 11 2007 10 2007 7 2007 3 2007 0,1
2008 13 2008 25 2008 8 2008 3 2008 0,2

20%
Desnutrição 17% Metas do milênio:
nos países em 16% Em 2000, 191 países-membros da ONU, entre os
quais o Brasil, assumiram o compromisso de erradicar
desenvolvimento
a extrema pobreza e a fome até 2015.
1990-1992 2004-2006 2008

África Subsaariana, Índia, Sudeste Asiático, Oceania e Oriente Médio estão entre
as regiões mais pobres do planeta. Adaptado de O Globo, 26/08/2010.

32
 Cartografia e espaço industrial mundial
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Indique 5 fatores sociais ou econômicos que
demonstram a condição de subdesenvolvi-
mento da América Latina.
Resolução
Elevado grau de analfabetismo, Índice de mor-
talidade infantil alto, dependência econômica
e tecnológica, baixo grau de modernização
agrícola e elevada concentração de população
nas faixas etárias mais baixas
PV-13-11
33
Geografia
02. Unesp
Depois da Segunda Grande Guerra Mundial,
uma série de empresas com sede em países
desenvolvidos passaram a abrir filiais de suas
indústrias nos países subdesenvolvidos. Que
condições favoráveis os países subdesenvolvi-
dos ofereciam?
Resolução
Matérias-primas abundantes e de baixo
custo, subsídios, mão de obra abundante,
existência em alguns desses países de boa
infraestrutura de transportes e mercado
consumidor em expansão
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

Capítulo 04 MODOS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL

1. Introdução

©©©ROGER_VIOLLET / AFP
O modo de produção em uma sociedade é
formado pela conjugação de suas forças pro-
dutivas e das relações de produção existentes.
Ao longo da história da humanidade, existiram
diversos modos de produção, como o escravis-
ta durante o colonialismo na América, o feudal
na Europa medieval e o modo de produção
capitalista. Nesse último, na fase industrial, a
partir do século XVIII, pode-se falar em modo
de produção industrial.
Forças produtivas: conjunto de técnicas,
conhecimentos e objetos desenvolvidos por
uma sociedade.
Relações de produção: normas e regras
que regulam a produção.

Podemos identificar nesse modo de produção

industrial alguns modelos como os que se-
guem abaixo.
2. Taylorismo
Taylorismo ou administração científica foi o
modelo de administração criado pelo enge-
nheiro Frederick Winslow Taylor (1856-1915),
nos EUA. Propunha definir princípios científicos
para a administração das empresas. Tinha como
meta resolver os problemas que resultavam das
relações entre os operários e os empreende-
dores, modificando as relações humanas den-
tro da empresa: o bom operário não discute
as ordens, nem as instruções, faz o que lhe é
determinado. Sua metodologia baseava-se na
análise do trabalho e no estudo dos tempos e
Fundador da administração científica, Taylor
inspirou novos modelos de administração
empresarial com base em métodos empíricos.
3. Fordismo
Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford
Motor Company nos EUA, colocou em prática
nas suas indústrias o que se convencionou cha-
mar de fordismo, que se caracteriza por ser um
modo de produção pela introdução da produ-
ção em série, sendo um aperfeiçoamento do
taylorismo. As chamadas linhas de montagem,
nas quais os veículos a serem produzidos eram
colocados em esteiras rolantes e cada operário
PV-13-11

movimentos: objetivava a eliminação de movi-
mentos inúteis, para que o operário executasse
de forma mais simples e rápida a sua função,
estabelecendo um tempo médio. Somava-se a
isso uma divisão do trabalho e especialização
do operário, incentivos salariais e prêmios por
produtividade, a busca pelo conforto do ope-
rário e o ambiente físico de trabalho, por se-
rem essenciais para o ganho de produtividade,
padronização e uniformidade para reduzir os
custos. A empresa era vista como um sistema
fechado, isto é, os indivíduos não recebiam in-
fluências externas. O sistema fechado é mecâ-
nico, programável e previsível.
realizava uma etapa da produção, faziam com
que a produção necessitasse de altos investi-
mentos e grandes instalações. Isso permitiu
que Ford produzisse mais de dois milhões de
carros por ano durante a década de 1920. O veí-
culo pioneiro de Ford no processo de produção
fordista foi o mítico Ford Modelo T, que ficou
conhecido no Brasil como "Ford Bigode".
O fordismo teve seu ápice no período poste-
rior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas
de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na
história do capitalismo como os anos doura-
dos e seus princípios fundamentais eram a

34
 Cartografia e espaço industrial mundial
produção e o consumo em massa. A crise so-
frida pelos Estados Unidos na década de 1970
foi considerada uma crise do próprio modelo,
que apresentava queda da produtividade e das
margens de lucros. A partir da década de 1980,
esboçou-se nos países industrializados um novo
padrão de desenvolvimento denominado pós-
fordismo ou modelo flexível (toyotismo), base-
ado na tecnologia da informação.
©©©Wikimedia
Linha de montagem fordista. Produção
e consumo em massa eram os
princípios dessa lógica industrial.
4. Toyotismo
O toyotismo é um modo de organização da pro-
dução industrial que se desenvolveu a partir da
mundialização do capitalismo, na década de
1980. Surgiu no Japão, após a Segunda Guerra
Mundial, mas só a partir da crise capitalista da
década de 1970 (crise do petróleo) é que ganhou
dimensão internacional. O Japão foi o berço des-
se processo, pois apresentava características di-
ferentes dos EUA, com capitais e matérias-primas
escassos e um mercado consumidor limitado,
portanto, o modelo fordista era incompatível.
Então, para que a recuperação econômica fosse
possível, a solução foi a produção de produtos
voltados para o mercado externo, de modo a
PV-13-11
gerar divisas tanto para a obtenção de maté-
rias-primas e alimentos, quanto para importar
os equipamentos e bens de capital necessários
para a reconstrução do país e para o desenvol-
vimento da própria industrialização. A ideia que
surgiu nas indústrias da Toyota através de Eiji
Toyoda, seu fundador, baseava-se na mecaniza-
ção flexível, uma dinâmica oposta à rígida auto-
mação fordista, e, por se basear na mecanização
flexível e na produção para mercados externos,
a mão de obra não podia ser especializada em
uma única tarefa. Para atingir esse objetivo, o
Estado japonês investiu na educação e na quali-
ficação da sua população.
35
Geografia
Outro aspecto importante foi a implantação de
um controle de qualidade total, através de treina-
mento, fazendo com que todos tivessem a me-
lhor qualificação possível no trabalho. Também
faz parte do toyotismo o sistema Just in time,
que se caracteriza pela minimização dos estoques
necessários à produção, com um planejamento
de produção muito preciso. Como indicado pelo
próprio nome, o objetivo final seria produzir um
bem no exato momento em que é requerido.
A partir de meados da década de 1970, as em-
presas toyotistas assumiriam a supremacia pro-
dutiva e econômica, principalmente pela sua
sistemática produtiva que consistia em produzir
bens que consumissem pouca energia e maté-
ria-prima, ao contrário do padrão norte-ame-
ricano. Com o choque do petróleo e a conse-
quente queda no padrão de consumo, os países
passaram a demandar uma série de produtos
que não tinham capacidade, e, a princípio, nem
interesse em produzir, o que favoreceu o ce-
nário para as empresas japonesas toyotistas.
A razão para esse fato é que, devido à crise, o
aumento da produtividade, embora continuas-
se importante, perdeu espaço para fatores tais
como a qualidade e a diversidade de produtos
para melhor atendimento dos consumidores.
5. Volvismo
O volvismo foi criado por Emti Chavanmco,
engenheiro indiano da Volvo, nos anos 1960.
Caracterizou-se pelo elevado grau de informa-
tização e automação e mão de obra altamente
qualificada. O volvismo surgiu como resultado
de diversas inovações tecnológicas , com par-
ticularidade da participação constante dos tra-
balhadores através dos sindicatos nas decisões
a serem tomadas. Além dos sindicatos fortes,
o alto grau de automação das fábricas no país
fez com que desde há tempos os operários re-
jeitassem serem vistos como secundários na
produção. Isso gerou mudanças estruturais;
nesse sentido, no volvismo, o operário tinha
um papel completamente diferente daquele
que tinha no fordismo-taylorismo e até mesmo
no toyotismo. Eram os trabalhadores que dita-
vam o ritmo das máquinas, conheciam todas
as etapas da produção, eram constantemente
reciclados e participavam, através dos sindica-
tos, de decisões no processo de montagem da
planta da fábrica (o que os comprometia ainda
mais com o sucesso de novos projetos).
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01. Unicamp-SP Resolução

Por volta de 1928, Henry Ford queria a. 1870-1910 – Extrativismo a partir de espé-
o império da borracha sob o domínio ame- cies nativas com baixa produtividade
ricano. Como sabia do malogro das expe-
b. Desconhecimentos das características na-
riências de seu amigo Thomas Edison no
turais: clima superúmido, solos pobres, doen-
sentido de plantar seringueiras nos Estados
ças tropicais
Unidos, decidiu plantá-las na Amazônia,
sua região de origem. Organizar seringais 02.
homogêneos, distribuídos simetricamente Compare, quanto aos métodos de produção, o
no solo original era a tarefa. Plantadas, flo- fordismo, o toyotismo e o volvismo.
resceram com exuberância durante um certo
tempo. Entretanto, o milhão de pés de serin- Resolução
gueiras começou a definhar sob o sol. Na O fordismo propõe a especialização e o con-
Amazônia, triunfava o desordenado da selva trole rigoroso da produção; no toyotismo, a
contra a disciplina do exército de seringal. produção é flexível em função das necessida-
Em 1946, Ford retira-se da Amazônia. des do mercado, e o volvismo pede a partici-
MOOG, Vianna. Bandeirantes e Pioneiros – paralelos entre pação de todos os segmentos produtivos na
duas culturas, Rio de Janeiro: Delta, 1966. Adaptado. elaboração das metas industriais.
a. Qual foi o período áureo da produção da
borracha na região Norte do Brasil e quais
as razões do declínio dessa produção?
b. Explique, do ponto de vista das condi-
ções naturais, o fracasso das planta-
ções dos seringais homogêneos de Mr.
Ford na Amazônia.

PV-13-11

36
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

Capítulo 05 INDUSTRIALIZAÇÃO PIONEIRA – EUROPA

1. Principais áreas industriais milhões de habitantes (2010) e quatro eixos
urbano-industriais de enorme importância:
As atividades industriais europeias modernas,
iniciadas com a Primeira Revolução Industrial, 01. Eixo Reno-Ruhr: estende-se do sudo-
são bem diversificadas, abrangendo desde o este da Alemanha, região de Stuttgart,
setor de base até o de bens intermediários e até o vale do Ruhr, onde estão as maio-
de consumo. Porém, ao longo das condicio- res cidades industriais da Alemanha:
nantes históricas, alguns países se destacaram. Bonn, Colônia, Dusseldorf, Dortmund,
Essen. É a maior e mais importante re-
A. Alemanha gião industrial da Europa.
É a maior e mais importante região urbano- 02. Eixo do Norte: envolve cidades tradicio-
industrial da Europa e uma das principais do nalmente portuárias e mercantis, como
mundo, compreendendo um mercado de 82,3 Hannover, Hamburgo, Kiel e Bremen.

Mar Báltico
Kiel
Mar do Norte
Rostock
Hamburgo

Bremen
POLÔNIA

PAÍSES Hannover Berlim

Ems Magdeburgo
BAIXOS Calbe Eisenhuttenstadt
Salzgitter Elba
Dortmund Cottbus
Duisburg Stassfurt
Weser Leipzig
Leuna
BÉLGICA Colônia Dresden
Erfurt
Iena Karlmarxstadt
Bonn
Coblença
Mosela Frankfurt Meno
Mainz
LUX
Mannhein Nuremberg
REPÚBLICA TCHECA

Karlsruhe
Reno
FRANÇA Stuttgart Danúbio
PV-13-11

* autor esse símbolo não Munique

consta no mapa
N
obrigado ÁUSTRIA

Potássio Linhito Indústria química

Sal Carvão Ind. mecânica e elétrica

Ferro Petróleo e gás natural Construção naval

Cobre * Urânio Indústria têxtil

Zinco e chumbo Siderurgia Regiões mais industrializadas

A Alemanha, após reconstruir-se do desastre da Segunda Grande Guerra, tornou-se,

com o apoio dos EUA, a maior potência industrial europeia da atualidade.

37
 Geografia
03. Região de Munique: importante área in-
dustrial química e mecânica no sul do país.
04. Eixo Berlim-Leipzig-Dresden: é a con-
glomeração industrial obsoleta da an-
tiga Alemanha Oriental. Passa, atual-
mente, por profunda reestruturação e
modernização, após a reunificação, em
1990, com elevados investimentos es-
tatais e da iniciativa privada.
B. Reino Unido
A Inglaterra foi o berço da Revolução In-
dustrial, no século XVIII, e praticamente
dominou a economia mundial até o final
da Primeira Guerra, sendo posteriormente
suplantada pela crescente influência dos
EUA. O Reino Unido (cuja capital é Londres)
é um Estado formado por quatro unidades
distintas: Inglaterra, Escócia, País de Gales
e Irlanda do Norte. Após a Segunda Guerra
Mundial, o Reino Unido perdeu seu imenso
império colonial que lhe garantia um vasto
mercado para seus produtos industrializa-
dos, matérias-primas, alimentos e excelen-
tes retornos financeiros. Apesar de manter
OCEANO
PACÍFICO
Glasgow
Belfast
Liverpool
Southampton
Plymouth
Indústria química
Indústria mecânica
Indústria eletrônica
Indústria têxtil
Reino Unido, de berço da Revolução Industrial a país secundário no cenário mundial
Cartografia e espaço industrial mundial
certa hegemonia financeira sobre suas anti-
gas colônias, até hoje associadas à antiga me-
trópole pelo Commonwealth (Comunidade
Britânica das Nações), não foi possível evitar
a decadência crônica e a crise industrial do
país que, até 1950, ainda era a segunda eco-
nomia mundial. O desinvestimento sofrido
pelo país nos anos 1960 e a não renovação
tecnológica nos anos 1970 levaram o Reino
Unido à obsolescência industrial, sendo su-
perada pela concorrência japonesa e alemã.
Nos anos 1980 e 1990, a política neoliberal,
implantada durante os governos de Marga-
reth Thatcher e John Major, levou o país a
uma falsa prosperidade, sustentada pelos
investimentos externos no país e mantida
pela política monetarista de juros elevados
e pela ampla privatização. Atualmente, o
país ainda enfrenta um quadro recessivo e
a decadência industrial nos setores tradicio-
nais, havendo, no entanto, crescimento em
alguns setores, como o alimentício (do qual
o Reino Unido possui grande parte das maio-
res empresas da União Europeia), além da
petroquímica e do mercado financeiro, que
é o mais importante da Europa.
Mar do Norte
Leith
Newcastle
Middlesborough
Leeds
Hull
Manchester
PV-13-11
Birmingham
Bristol Londres
Canal da Mancha N
Indústria siderúrgica
Indústria automobilística
Indústria naval
Grandes regiões industriais
38
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

C. Itália principais cidades industriais, Milão, Turim e

Pelas condições naturais mais favoráveis e
pela tradição manufatureira e comercial, des-
de o final da Idade Média, a prosperidade ita-
liana concentra-se no norte do país, na bacia
do rio Pó. As cidades italianas que foram prós-
peras no comércio durante o Renascimento
logo passaram do artesanato para a indústria,
firmando-se, definitivamente, após a unifica-
ção do país (1861). A indústria italiana está
quase toda concentrada na porção norte do
país, na planície do rio Pó. Essa região con-
centra 66% da mão de obra industrial, 70%
da indústria química e 80% da indústria me-
cânica, além de gerar 90% da energia. As três
Gênova, formam o chamado triângulo indus-
trial norte-itálico. Milão é o centro industrial
e financeiro mais importante da Itália e um
dos mais importantes da UE. Turim destaca-se
por concentrar a indústria mecânica e auto-
mobilística, pois sedia a Fiat. Gênova é o mais
importante porto italiano, recebendo maté-
rias-primas escassas no país e abrigando um
importante setor de construção naval. O sul
da península itálica é tradicionalmente apon-
tado como uma das regiões menos desenvol-
vidas da Europa Ocidental, sendo chamado
de região de mezzogiorno (meio-dia), numa
referência ao clima ensolarado dessa área.

Zinco e chumbo

Ferro
Biella Milão Bérgamo
Siderurgia
Trieste
Veneza Indústria têxtil
Turim Porto
Gênova Marghera Indústria automobilística
Florença
Le Spezja Ravena
Construção naval
Livorno
Ancona
Piombino Larderello Ind. mecânica e elétrica

MAR Termi Grandes concentrações industriais

MEDITERRÂNEO
Roma
Latina
Garigliano
Bari

S Bagnoli
Brindisi
Nápoles Tarento
PV-13-11

Cagliari

Gás natural Usina hidrelétrica Messina

Palermo
Petróleo Central geotérmica
S S Catânia
Refinaria de petróleo Central nuclear S Augusta N
Gela
Carvão Indústria química Siracusa

A Península Itálica, apresenta concentração industrial no norte em função do potencial hidrelétrico,

proximidade de outros mercados europeus e disponibilidade de sistemas de transporte e mão de obra.

39
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

D. França entre a França e a Alemanha e uma

Segundo país na Europa e no mundo a realizar
a modernização industrial após a tomada de po-
der pela burguesia na Revolução Francesa. Pos-
sui grande carência de energia elétrica, o que o
obrigou a utilizar em larga escala as fontes atô-
micas. Apresenta alguns eixos urbano-industriais
de maior destaque, como os que se seguem.
01. A bacia Parisiense (Ile de France): é a
mais antiga e completa região industrial
francesa, destacando-se pelos ramos
automobilísticos, químico, farmacêuti-
co, aeronáutico, petroquímico e têxtil
(Bacia do Sena). É onde se localizam os
principais tecnopolos do país.
02. A região de Lyon: destaca-se pela in-
dústria de alta tecnologia aeronáutica,
mecânica, de alumínio e automobilísti-
ca (Vale do Ródano-Marselha).
03. A região da Alsácia-Lorena (Eixo
Nancy-Estrasburgo): tradicional região
siderúrgica (foi ponto de discórdia
das causas de três guerras: a Franco-
Prussiana e as duas mundiais), rica em
carvão e ferro e responsável por 60%
da produção de aço na França.
04. A região do norte: tradicional região da
indústria têxtil, também se destaca pe-
las indústrias siderúrgicas, mecânicas,
químicas e de construção naval (na ci-
dade de Dunkerque).
05. O sul (vale do Ródano): a industrialização
do sul da França é o resultado dos esfor-
ços do governo francês para a desconcen-
tração industrial do país. Destacam-se vá-
rias metrópoles regionais que receberam
grandes investimentos estatais. Além de
Lyon, sobressaem-se também:
–Toulouse e Bordeaux: indústria aeronáutica;
–Bayonne: indústria do alumínio e aeronáutica
(região basca);
–Marselha e Nice: construção naval e aero-
náutica, indústria química e do alumínio.

INGLATERRA
Dunkerque
Bruxelas
Lille ALEMANHA
BÉLGICA
Le Havre
OCEANO Caen Rouen LUXEMBURGO
ATLÂNTICO Reims
Rennes Paris
St. Nazaire Le Mans Lorena
Orléans Nancy Estrasburgo
Nantes Dijon Mulhouse
Tours
Grande região de
Sochaux
construções mecânicas
La Rochelle Bourges
SUÍÇA
PV-13-11

Siderurgia Limoges
Clermont Ferrand Lyon
Metalurgia do alumínio
Bordeaux St. Etienne
Indústria automobilística
Grenoble
ITÁLIA
Indústria aeronáutica Bayonne
Toulouse
Construção naval
Marselha Toulon
Construções mecânicas
ESPANHA
Indústria química
MAR
N CÓRSEGA
Indústria têxtil MEDITERRÂNEO

40
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01. ACAFE- SC 02. FUVEST-SP

Em relação à economia da Europa Ocidental, No mapa a seguir, destacam-se três regiões
pode-se afirmar que: européias onde:
a. a elevada industrialização coloca esta
região em condições de competir em
nível de igualdade com outros pólos
econômicos mundiais.
b. a região do Ruhr, na Alemanha, é rica
em petróleo, o que explica o predomí-
nio do transporte rodoviário.
c. a indústria inglesa, pioneira na Revolu-
ção Industrial, ainda permanece como
a mais dinâmica da Europa.
d. a Guerra Fria que dividiu a Europa em
duas áreas de influência retardou o de-
senvolvimento dos países Mediterrâneos. a. ocorrem movimentos separatistas.
e. o atraso tecnológico da produção b. estão localizados os mais importantes
agrícola francesa obrigou o país a abrir portos europeus.
totalmente o seu mercado aos produ-
tos importados. c. são registrados os menores IDH da
União Européia.
Resolução d. foram suspensos pela OMC os subsí-
A Europa Ocidental se destaca por sua indus- dios agrícolas.
tria antiga e bem desenvolvida, com um dos e. ocorre o maior fluxo de imigrantes da
maiores parques industriais do planeta. África Setentrional e da Ásia de Sudeste.
Resposta Resolução
A Em destaque no mapa apresentado encon-
tramos os países de menor IDH do continente
europeu.
Resposta
C
PV-13-11

41
 Geografia
Capítulo 06 EUA – ECONOMIA
1. Introdução – EUA
Desde o início do século XX, os EUA ocupam o pri-
meiro lugar entre as maiores economias mundiais.
Vários fatores contribuíram para que isso aconte-
cesse, como, por exemplo, a forma de ocupação
não predatória a que o país esteve submetido du-
rante a sua colonização, as grandes reservas natu-
rais disponíveis, a formação de um amplo mercado
consumidor interno e externo, o grande número de
imigrantes que recebeu e a influência econômica
de diversas regiões do mundo capitalista.
A participação americana nas duas grandes
guerras mundiais também foi um fator impor-
tante, pois durante estes períodos foi o grande
fornecedor de armas e suprimentos para os pa-
íses beligerantes. Com o fim da Segunda Guerra
Mundial e o acordo de Bretton Woods, o dólar
americano passou a ter grande estabilidade e
tornou-se a moeda de troca em nível interna-
cional, fazendo com que muitos países tivessem
interesse em estabelecer relações comerciais
com o país com a finalidade de captá-los para
formar suas reservas cambiais. Com isso, os
EUA passaram a controlar diversos setores da
economia internacional, inclusive em algumas
delas exercendo forte controle monopolista
através de suas empresas e instituições finan-
ceiras. Atualmente, com o fim da Guerra Fria e
ento
cram
R. Sa
o
R. S
rad
. Jo
Col
Rio
aqu
im
OCEANO
PACÍFICO
N MÉXICO
0 408 km
Fruticultura irrigada
Pecuária extensiva
Corn belt (milho, às vezes soja e suínos)
Culturas costeiras tropicais
(cana-de-açúcar e laranja)
Belts agrícolas dos EUA. Agropecuária moderna e de alta produtividade
Cartografia e espaço industrial mundial
a multipolarização das relações econômicas, o
país recebe maior concorrência comercial dos
países europeus e também do bloco asiático,
especialmente Japão, China e Tigres Asiáticos.
A. Agropecuária
A agropecuária nos EUA caracteriza-se pelo
elevado grau de mecanização, alta produtivi-
dade e maciço emprego de insumos e tecno-
logia agrícola. A região das planícies centrais
é a área mais importante, onde se configura-
ram os grandes cinturões agrícolas (belts), for-
mados por grandes latifúndios produtores de
trigo, milho e algodão. O trigo é cultivado ao
norte na fronteira com o Canadá (trigo de pri-
mavera) e no centro (trigo de inverno); o milho
desenvolve-se em uma região ao sul das áreas
produtoras de leite nos grandes lagos e o al-
godão domina a paisagem na porção sul das
planícies, já nas proximidades do golfo do Mé-
xico. Além dessa importante região agrícola,
destaca-se também a Flórida com culturas tro-
picais (cana e laranja), a Califórnia com a pro-
dução irrigada de frutas e legumes e a região
dos Grandes Lagos com a pecuária intensiva
para a produção de leite. Na metade oeste do
território, é praticada a pecuária de corte em
grandes áreas de pastagens devido aos climas
árido e semiárido predominantes na região.
CANADÁ
Grandes Lagos
R io
Mis
s
sou
he
lac
ri
Ap
os
d
as t
res
Flo
ipi
PV-13-11
Rio Mississ
OCEANO
ATLÂNTICO
Golfo do
México
Wheat belt (trigo de primavera ao norte
e de inverno ao sul)
Cotton belt (algodão, às vezes tabaco)
Dairy belt (leite)
Green belt (frutas, legumes e cereais)
42
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

B. Atividade industrial Hudson. Por ser uma região de desenvolvimento

A atividade industrial nos EUA concentrou-se
inicialmente na porção nordeste do seu ter-
ritório por motivos históricos (colonização) e
por fatores naturais, como a disponibilidade
de fontes de energia (carvão mineral) e de reser-
vas minerais como o minério de ferro. Os setores
de maior expressão são o siderúrgico, desenvol-
vido nas cidades de Pittsburgh, Búfalo, Cleveland
e Chicago, o automobilístico em Detroit e o de
química, na região de Nova York e no vale do rio
antigo, recebeu a denominação de Austin belt ou
manufacturing belt.
Com o processo de desconcentração indus-
trial, muitas indústrias estão se deslocando
para o sul, sudeste e oeste do território (sun
belt), principalmente para os estados do Texas,
Flórida, Califórnia e Washington, atraídas pela
proximidade com a bacia do Pacífico, pela fle-
xibilização das relações trabalhistas e pela pre-
sença de grandes centros de pesquisa.

CANADÁ Lago
Seattle Superior
Lago
Portland Minneapolis Huron Lago
Billings St. Paul Ontário
Lago Boston
Michigan Lago
Detroit Erie Nova York
San Francisco Cleveland Filadélfia
Salt Lake City Chicago Pittsburgh
Denver Baltimore
Los Angeles Kansas City
Wichita St. Louis Louisville Norfolk
Memphis
Phoenix OCEANO
Birminghan ATLÂNTICO
Dallas Atlanta
Baton Charleston
OCEANO Rouge
PACÍFICO Houston New Orleans Tampa
MÉXICO
Golfo
Regiões tradicionais intensamente Indústria petroquímica
industrializadas do México
Indústria automobilística
Regiões novas intensamente
industrializadas (tecnologia de ponta) Indústria aeronáutica
Siderurgia Indústria naval N

Eletrometalurgia Material bélico

0 373 746 1119
Indústria têxtil Material ferroviário km

Sun Belt Máquinas agrícolas

PV-13-11

Distribuição espacial das atividades industriais nos EUA

C. A crise da maior economia taxas baixas de juros nos financiamentos. Em

capitalista mundial
Os EUA vêm passando por uma séria crise
econômica que deu seus primeiros sinais de
recessão no mercado imobiliário, que estava
tendo uma fase de expansão acelerada des-
de 2001. Os juros do banco central americano
vinham caindo para que a economia se recu-
perasse, e o setor imobiliário se aproveitou
desse momento de juros baixos para crescer.
A demanda por imóveis aumentou, devido às
2003, por exemplo, os juros do banco central
chegaram a cair para 1% ao ano. Em 2005, o
aquecimento no mercado imobiliário já esta-
va avançado; comprar uma casa ou até mais
se tornou um bom negócio, na expectativa de
que a valorização dos imóveis gerasse grandes
lucros. As empresas financeiras especializa-
das no mercado imobiliário, para aproveitar o
bom momento do mercado, passaram a aten-
der os segmentos sociais de baixa renda. Esse
tipo de financiamento tem uma qualidade

43
 Geografia
mais baixa, ou seja, o risco de não ser pago
é maior, mas oferece uma taxa de retorno
mais alta, a fim de compensar esse risco. Em
busca de rendimentos maiores, gestores de
fundos e bancos compram esses títulos de
financiamentos das instituições que fizeram
o primeiro empréstimo e permitem que uma
nova quantia em dinheiro seja emprestada,
antes mesmo de o primeiro empréstimo ser
pago. Também interessado em lucrar, um se-
gundo gestor pode comprar o título adquiri-
do pelo primeiro, e assim por diante, geran-
do uma cadeia de venda de títulos. Porém,
se o financiado não consegue pagar sua dívi-
da inicial, ele dá início a um ciclo de inadim-
plência por parte dos compradores dos títu-
los e todo o mercado passa a ter medo de
emprestar e comprar esses empréstimos,
o que termina por gerar uma retração de
crédito. Após atingir um pico em 2006, os
preços dos imóveis, no entanto, passaram a
cair: os juros do banco central, que vinham
subindo desde 2004, encareceram o crédito
e afastaram compradores; com isso, a oferta
começa a superar a demanda e, desde en-
tão, o que se viu foi uma espiral descenden-
te no valor dos imóveis. Com os juros altos, a
inadimplência aumenta e o temor de novos
calotes faz o crédito sofrer uma desacelera-
ção expressiva no país como um todo, de-
saquecendo a maior economia do planeta.
Com menos dinheiro disponível, menos se
compra, menos as empresas lucram e me-
nos pessoas são contratadas. No mundo da
globalização financeira, créditos gerados
nos EUA podem ser convertidos em ativos
que vão render juros para investidores na
Europa e outras partes do mundo, por isso o
pessimismo influencia os mercados globais.
Bancos como Citigroup, UBS e Bear Stearns
tiveram prejuízos bilionários decorrentes da
crise.
O governo agiu no início com a aprovação de
um pacote de US$ 168 bilhões de estímulo,
que incluiu o envio de cheques de restituição
de impostos a milhões de norte-americanos.
O temor era de que o país pudesse cair em
recessão. Desde então, a ajuda do governo se
tornou mais frequente, o que aumentou con-
sideravelmente os seus já elevados custos. O
passo mais recente na série de medidas do
governo dos EUA foi um pacote de até US$
Cartografia e espaço industrial mundial
700 bilhões para comprar títulos hipotecários
de risco, enxugando esses papéis de risco do
mercado.
D. Aspectos demográficos
Os EUA são o terceiro país mais populoso do
planeta, superado apenas pela China e pela
Índia. O crescimento demográfico america-
no foi muito rápido, pois até o século XVIII
havia apenas quatro milhões de habitantes;
um século após, chegou a 63 milhões e, até
o final do século XX, havia alcançado a mar-
ca de 290 milhões. As causas desse grande
crescimento estão associadas ao elevado
crescimento vegetativo nos séculos XIX e XX
e ao expressivo número de imigrantes que
adentraram ao país.
A maior parte da população dos EUA é urbana e
encontra-se concentrada na região dos grandes
lagos, na Flórida, no Texas e no oeste, especial-
mente na Califórnia. A diferença entre essas áreas
é que, no nordeste, o povoamento é antigo e, no
sul e oeste, mais recente. Essa região de povoa-
mento mais recente é chamada de Sun Belt.
Quanto à imigração, calcula-se que foram mais
de 70 milhões entre meados do século XIX
até os dias de hoje. A maioria desses imigran-
tes era atraída pela perspectiva de aquisição
de terras, prosperidade material e melhoria
das condições de vida. Eles tiveram um papel
fundamental na formação do atual território
norte-americano no que diz respeito à cons-
tituição de novas fronteiras, à expansão eco-
nômica pela formação de um mercado consu-
midor interno e à disponibilidade de mão de
obra.
O problema é que nos dias atuais os imigran-
PV-13-11
tes não brancos possuem um ritmo de cres-
cimento demográfico muito superior ao dos
brancos, o que têm gerado preocupações
por parte dos WASP (White-Anglo saxons and
protestants), que se consideram os verdadei-
ros cidadãos norte-americanos, e até mesmo
por parte do governo, que têm recrudescido
a fiscalização e as leis para deter a imigração
clandestina.
Atualmente, na composição étnica destacam-se
os brancos de origem europeia, negros, his-
pânicos, asiáticos e uma pequena parcela de
população ameríndia.
44
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Assinale (V) verdadeiro ou (F) falso nas afirmativas a seguir:

N Oceano Glacial Ártico

ALASCA
Limite do Permafrost
(EUA)
Baía de
Hudson
Edmonton

Vancouver Calgary Winnipeg

ESTADOS UNIDOS Grandes Lagos Montreal

Toronto
0 1.500 3.000 Oceano
Atlântico
Região industrial Fachada marítima ativa Chumbo e zinco
Policultura e pecuária leiteira Fluxo transfronteira Cobre
Cultivo de cereais (trigo) Fluxo marítimo Ferro
Cereais e pecuária São Lourenço-Grandes Lagos Níquel
Hidrelétrica Ouro
Terras não cultivadas Indústria de papel Petróleo e gás
Urânio

Atlas Geográfico – Graça Maria Lemos Ferreira

Atividades econômicas canadenses concentradas no sul e no sudeste.

Economia fortemente ligada ao vizinho do sul.

a. ( ) O sun belt localiza-se na costa do e. ( ) A cultura do milho ocupa duas áre-
Pacífico. as distintas: uma que produz no inver-
b. ( ) A sociedade de consumo baseia-se no e outra na primavera.
em valores culturais e éticos. Resolução
c. ( ) A região sul dos Estados Unidos foi a. V d. F
PV-13-11

colonizada através da exploração.

b. V e. F
d. ( ) O Canadá, apesar da proximida-
de com os Estados Unidos, apresenta c. V
grande independência deste país.

02. FGV
Em 1940, os estados do litoral do Pacífico: Califórnia, Oregon e Washington, tinham juntos somente 9
milhões de habitantes, no entanto, em 1992, somavam 32 milhões e atualmente são mais de 40 mi-
lhões. A explicação desse grande salto populacional, em pouco mais de 60 anos, deve-se:
a. ao desenvolvimento de regiões industriais em torno das cidades de Phoenix e de Seattle
para atender aos crescentes mercados consumidores asiáticos, no pós-guerra.
b. à urbanização provocada pela produção de frutas semelhantes às tropicais de alta qualida-
de para atender ao sofisticado mercado interno norte-americano.

45
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

c. à expansão contínua do povoamento de leste para o oeste, sobretudo após a Segunda Guer-
ra Mundial, somente interrompida pelos altos cumes das Cadeias Costeiras e das Montanhas
Rochosas.
d. ao grande desenvolvimento da indústria pesqueira, exportando para os mercados dos países
mais populosos da Ásia que tradicionalmente se alimentam de frutos do mar e de peixes.
e. à oferta de grande número de empregos com a criação de um polo geopolítico e industrial,
iniciado com a instalação da indústria bélica e de alta tecnologia.
Resolução
E

2. Canadá
O Canadá é um país pouco populoso e pou-
co povoado. Além disso, 90% de seu efetivo
populacional está concentrado na porção sul
de seu território (fronteira com os EUA). O
rigor climático do norte funciona como um
elemento repulsivo para a ocupação huma-
na. O país foi colonizado por ingleses e fran-
ceses, sendo os descendentes dos britânicos
os mais numerosos na atualidade (65%). Os
habitantes de origem francesa perfazem um
total de 30%, enquanto os nativos e imigran-
tes completam o restante do quadro demo-
gráfico canadense.
A única província onde os franco-canadenses
são maioria é a do Quebec, o que já motivou
movimentos separatistas que desejavam auto-
nomia política para esta província. Dois plebis-
citos já foram realizados sobre o seu possível
separatismo e em ambos a ideia foi rejeitada.
Como se não bastasse a dicotomia franco-
britânica, os movimentos pró-autonomia do
Quebec estimularam outras dissidências no
país. Os povos autóctones (esquimós) têm
reivindicado autonomia para as mais de duas
mil reservas em territórios do norte do país,
principalmente após terem sido descobertas
rio sobre o desenvolvimento humano, esteve
sempre entre os que apresentaram melhor
IDH. Possui elevado nível de desenvolvimento
tecnocientífico, grande volume de produção
agropecuária, industrial e elevado padrão de
vida. Porém, é um país com forte dependência
de capitais externos, sobretudo dos EUA. No
início do século XX, atraídos pela abundância
de recursos naturais e energéticos, baixos im-
postos e legislação flexível para remessa de
lucros para o exterior, muitos investimentos
dos EUA começaram a direcionar-se para o
território canadense, o que fez com que o país
crescesse rápida e economicamente.
O setor primário canadense é bastante desen-
volvido e o país se destaca pela grande pro-
dução de trigo, milho, cevada, aveia e centeio;
apesar disso, o setor representa apenas 4%
do seu PIB. As áreas cultivadas não ultrapas-
sam 10% do território e estão concentradas na
porção sul, ao longo da fronteira com os EUA,
onde o clima temperado é menos rigoroso. No
setor extrativista, o destaque fica por conta da
madeira e dos recursos do subsolo. O Canadá
é o maior produtor mundial de papel e celu-
lose e, no extrativismo mineral, destacam-se
PV-13-11

grandes reservas minerais, como o petróleo,
nessas regiões.
Em 1999, o governo canadense criou um novo
território federal que foi chamado de nuna-
vut, que embora esteja sujeito à autoridade
do governo federal, é dirigido por um governo
territorial nativo. A formação desse território
foi resultado de uma série de acordos entre o
governo e representantes dos inuits, como são
chamados os esquimós.
A. A economia canadense
O Canadá é hoje um dos países mais ricos
do mundo e, segundo a ONU, em seu relató-
os minérios de ferro, ouro, prata, cobre, zinco,
chumbo e urânio.
Na atividade industrial, além da produção de
papel e celulose, destacam-se a metalurgia,
siderurgia, química, eletrônica, automobilís-
tica, naval e alimentar. A maior concentração
do setor está na porção sudeste, especialmen-
te nas províncias de Quebec e Ontário. Outra
área que merece destaque é a Colúmbia britâ-
nica, que se destaca pela metalurgia de cobre
e chumbo na cidade de Vancouver. A região
também é um importante centro pesqueiro,
onde se localiza o principal porto do Pacífico
no Canadá.

46
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

140° 120° 100° 80° 60°

Parceiros comerciais Canadá – Parte da produção mundial
OCEANO
Outros Japão
UE GLACIAL Trigo
ÁRTICO Urânio

EUA Níquel

ALASCA Pasta de
60° madeira
(EUA) %0 20 40 60 80 100

Baía de
Hudson

Edmonton
Vancouver Winnipeg
OCEANO
40°
PACÍFICO Montreal
ESTADOS Grandes
Lagos OCEANO N
UNIDOS Toronto
ATLÂNTICO

Região industrial Florestas Chumbo e zinco Níquel Petróleo e gás

Policultura e pecuária leiteira Terras não-cultivadas Cobre Ouro Urânio
Cultura extensiva de trigo Zona de pesca Ferro Hidrelétrica
Indústrias de papel

Atividades econômicas canadenses concentradas no sul e no sudeste.

Economia fortemente ligada ao vizinho do sul.

EXERCÍCIO RESOLVIDO
01. Mack-SP b. regiões industriais, florestas, agropecu-
O mapa caracteriza o uso solo do Canadá. Em ária e terras improdutivas.
I, II, III e IV. c. agropecuária, regiões industriais, ter-
ras improdutivas e zonas de pesca.
PV-13-11

d. regiões industriais, agropecuária, ter-

ras improdutivas e florestas.
e. agropecuária, regiões industriais, flo-
restas e terras improdutivas
Resolução
Na área I temos o espaço agropecuário cana-
dense (Prairie).
Na área II temos a concentração industrial
(Grandes Lagos).
Na área III temos a floresta Boreal.
a. agropecuária, regiões industriais, flo-
Na área IV temos as áreas improdutivas (Gran-
restas e zonas de pesca.
de Norte).

47
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

Capítulo 07 JAPÃO E AUSTRÁLIA

1. Introdução-Japão
Na atualidade, é a terceira maior economia mundial, superada apenas pelos EUA e pela China. Apesar
de sua limitação territorial, apoiou-se fortemente no mercado capitalista internacional para se reerguer
após a derrota na Segunda Grande Guerra Mundial.
2. Caracterização do espaço territorial japonês
Este arquipélago é formado por cerca de 4.000 ilhas, situado no Extremo Oriente, de intensa
atividade sísmica e vulcânica, com um território diminuto (377.000 km2) e clima predominante-
mente temperado no norte e subtropical no sul. Seu relevo é muito acidentado, o que dificulta a
ocupação do interior, mas favorece a manutenção de áreas naturais nativas.

MAR

s
rila
RÚSSIA DE

u
Is. K
OKHOTSK
I. Etorofu

I. Kunashiri

CHINA
I. Hokkaido
40°

MAR
DO
COREIA JAPÃO
DO NORTE
Tóquio
JAPÃO
COREIA
DO SUL
I. Honshu
PV-13-11

I. Shikoku 30°

I. Kiushu

MAR DA
CHINA ORIENTAL OCEANO
PACÍFICO
kyuu

N
Ry

Estreito da Coréia
I. Okinawa 0 585 km
Is .

SIMIELLI, Maria E. Geoatlas. São Paulo: Ática, 1997. Adaptado.

O arquipélago japonês, totalmente localizado na zona temperada norte.

48
 Cartografia e espaço industrial mundial
3. Industrialização
Durante grande parte da sua formação históri-
ca, o país esteve mergulhado em um isolamen-
to, com pouca ou nenhuma ligação com o mun-
do ocidental. No século XII, a força militar dos
xoguns e de sua aristocracia, os samurais, fez
com que o país proibisse o cristianismo (século
XVII) e fechasse as portas para os estrangeiros.
Somente no século XIX, sob forte pressão dos
EUA, que viam no Japão uma possibilidade de
domínio no Pacífico, é que o país se rendeu e
permitiu a retomada de poder pelo imperador,
com o compromisso de haver uma abertura.
Na segunda metade do século XIX, o país
abriu os portos para o comércio externo com
o início da dinastia Meiji; através do imperador
Mitsuhito ocorreu o fim do período feudal e do
poder dos xogunatos. Em seguida, o imperador
decretaria uma série de leis que favoreceriam
o desenvolvimento econômico do país, como,
por exemplo, escolaridade obrigatória, estímu-
lo ao planejamento familiar e criação dos zai-
batsus (empresas de base familiar amparadas
pelo governo). Tais medidas levaram o país
a formar uma mão de obra especializada, um
mercado consumidor interno e grandes empre-
sas que elevariam o comércio externo do país.
No final do século XIX e na primeira metade do
XX, o Japão já se constituía na maior potência
economia da Ásia, porém a grande dependên-
cia em relação à matéria-prima e a fontes de
energia levou o país a tomar ações imperialistas
com seus vizinhos asiáticos, chegando a confli-
tos com a Rússia e a China, além de várias inter-
venções militares no Sudeste Asiático.
As afinidades geopolíticas e ideológicas leva-
ram o país, em 1940, a se aliar com a Alema-
PV-13-11
nha e com a Itália, países já em conflito na Eu-
ropa, formando então os chamados países do
eixo, Roma-Berlim-Tóquio. Em dezembro de
1941, os japoneses realizaram o ataque aé-
reo à base militar norte-americana de Pearl
Harbor, no arquipélago do Havaí, obrigando
os EUA a entrarem no conflito.
Com a derrota do eixo na Segunda Grande
Guerra, os japoneses foram obrigados a uma
rendição incondicional e a fazer uma série de
concessões aos aliados, especialmente aos
EUA. O país perdeu todas as suas possessões
no Pacífico, foi obrigado a realizar uma refor-
ma agrária, ficou proibido de possuir exércitos
49
Geografia
e, até os anos 1950, ficou sob a proteção mi-
litar norte-americana, com a criação de uma
constituição e um sistema de governo nos
moldes ocidentais (hoje o Japão é uma monar-
quia parlamentarista) e a instalação de diver-
sas bases militares dos EUA em seu território.
4. A reconstrução japonesa
Após a Segunda Grande Guerra, o Japão pas-
sou por um processo de reorganização da sua
produção econômica, o que ficou conhecido
como milagre japonês. Além das imposições
feitas pelos EUA, o país empreendeu grande
esforço interno para se recuperar dos prejuí-
zos causados pela guerra.
Na base dessa recuperação econômica está a
grande disponibilidade de mão de obra quali-
ficada, a injeção de capitais norte-americanos
através do plano Macnamara ou Colombo
(2,5 bilhões de dólares) e a política de desva-
lorização cambial do yene que estimulava as
exportações. É importante lembrar que, no
pós-guerra, o Japão foi transformado no maior
aliado dos EUA no Pacífico e que, durante a
Guerra Fria, o país foi grande fornecedor de
equipamentos e materiais bélicos para a guer-
ra da Coreia (1950-1953) e do Vietnã (1960-
1975), permitindo grande acúmulo de capitais
pela atividade industrial.
Como resultado dessas intervenções político-
econômicas, o país reconstruiu-se rapidamen-
te e passou a ocupar um lugar de destaque en-
tre as grandes potências mundiais. Na década
de 1960, o país já era a terceira maior potência
econômica, superado apenas pelos EUA e pela
Alemanha e, na década de 1980, assumia a se-
gunda colocação, posição que mantêm até os
dias atuais. Porém, o grande sucesso econômi-
co japonês, levou-o próximo a uma profunda
crise no início dos anos 1990. O grande resul-
tado obtido nas décadas anteriores provocou
euforia nos investidores, que enxergavam na
economia japonesa uma grande possibilidade
de obtenção de lucros altos e imediatos. Em
função disso, houve excessiva valorização das
ações na bolsa de valores e supervalorização
do espaço territorial urbano japonês, visto
que era visto como uma grande fonte de lu-
cros, criando uma enorme bolha especulativa,
isto é, existia um valor fictício dos imóveis e
das ações que não correspondia ao volume de
recursos realmente em circulação.
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

Essa bolha especulativa estourou no início da dade industrial e serviços. Apesar disso, a agro-
década de 1990, quando se percebeu que não pecuária japonesa possui um lugar de destaque
existiam capitais suficientes para financiar tal quando se pensa no abastecimento interno. A
crescimento. Com isso, o valor das ações e dos grande limitação imposta pelo território de rele-
imóveis reduziu-se substancialmente, gerando vo acidentado e fragmentado não impede que o
a primeira grande crise econômica japonesa país produza a maior parte dos gêneros agrícolas
após a reconstrução. O setor bancário que ha- de primeira necessidade, como o trigo e o arroz.
via feito muitos empréstimos, acreditando na
possibilidade de obtenção de grandes lucros, Ao norte do arquipélago, a corrente marítima
repentinamente começou a não receber dos fria chamada Oya Shivo, conjuntamente à posi-
devedores e, ao mesmo tempo, não fazia mais ção geográfica do país, determina a existência de
empréstimos; diversas indústrias e grupos fi- áreas com climas temperados, que são aprovei-
nanceiros faliram, levando o país a um período tados para a produção de trigo e cereais. No sul
recessivo. O mercado interno, até então muito im- e sudeste, outra corrente marítima, a Kuro Shivo,
portante para girar a roda da economia, começou em conjunto com o clima de monções, determi-
a temer pela sua estabilidade e reduziu esponta- na a existência de áreas com climas mais brandos
neamente o consumo, o que acabou dificultando do tipo subtropical, que são aproveitadas para a
a retomada do crescimento econômico. No início produção de arroz, laranja, chá e amoras. A ativi-
do ano 2000, o governo japonês tomou medidas dade agrícola é feita em pequenas propriedades
para estimular o consumo interno, reduzindo ju- com o uso de técnicas e sistemas agrícolas inten-
ros e favorecendo empréstimos de longo prazo sivos, o que lhe rendeu o nome de agricultura
com a finalidade de reaquecer a economia. de jardinagem. O país produz aproximadamente
78% dos produtos agrícolas que consome, sendo
5. Atividades econômicas os cereais, o consumo de peixes, frutos do mar e
A economia japonesa assenta-se sobre os seto- algas a base alimentar da população. A pecuária
res secundário e terciário, ou seja, o país produz é limitada pela falta de espaço, tornando o Japão
suas riquezas principalmente a partir da ativi- um grande importador de carnes.

Hokkaido
RÚSSIA Hokkaido

CHINA Monção
MAR
de inverno
DO
JAPÃO
MAR
38º DO JAPÃO Honshu
OYA SHIVO

Honshu
COREIA
PV-13-11

OCEANO
Shikoku PACÍFICO
Monção Kyushu
OCEANO
o PACÍFICO
de verão Shiv
Kuro Shikoku
N
N
Kyushu
Monção de inverno Corrente quente Chuvas anuais Climas Frio Subtropical
1m 2m
Monção de verão Corrente fria Temperado oceânico Tropical

A ação das correntes marinhas e das monções é importante para a

determinação do clima japonês e para a prática agrícola.

50
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

A. Distribuição espacial das indústrias
As primeiras unidades fabris no Japão surgiram
na segunda metade do século XIX, notadamen-
te aquelas ligadas ao setor têxtil, que se apro-
veitavam da grande quantidade de matérias-
primas, como a seda e o algodão. Porém, no
início do século XX, devido ao expansionismo
militar, as indústrias pesadas, como as siderur-
gias, metalurgias e mecânicas, começaram a ser
implantadas no país.
A carência em recursos minerais e energéticos
levou o governo a procurar compensar as im-
portações cada vez maiores com volumes cres-
centes de exportação de manufaturados, políti-
ca existente desde o final do século XIX, e que
caracteriza o país até os dias atuais. Portanto, a
necessidade de estar voltado para o mercado
externo e a configuração territorial em arquipé-
lago explicam a localização dos grandes centros
industriais do país sempre próximos ao litoral.
As quatro principais ilhas (Hokkaido, Honshu,
Shikoku e Kyushu) são as que apresentam as
maiores aglomerações urbano-industriais. No
sudeste da ilha de Honshu, a maior megalópole
do mundo, chamada de Tokkaido, abriga grande
diversidade industrial e pós-industrial. Nessa re-
gião, destacam-se as cidades de Tóquio, Osaka,
Nagoya, Yokohama, Kobe, Quioto, Kitakyushu e
Fukuoka.
Atualmente, o Japão é responsável por gran-
de parcela do comércio mundial de bens de
consumo, como relógios, máquinas fotográfi-
cas, celulares, carros, motos, computadores,
aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, além
dos de alta tecnologia ligados ao setor da robó-
tica, microeletrônica, química fina e informática.

Centro industrial e de decisão Wakkanai

Industrialização mais difusa
Espaço pouco industrializado
Tecnopolo Kushiro
Maiores polos urbanos e industriais Sapporo
Limite da megalópole
Hakodate
Grandes portos de pesca
Grandes portos comerciais
40° N
Hachinohe
ELABORAÇÃO: SIMIELLI, 2000, com dados de SOLONEL, 1998
e Agostini, 1998.ã2000, M. E. Simielli.

Sendai
Nigata OCEANO
PACÍFICO

Tóquio
Nagoya
Hiroshima Osaka
PV-13-11

Kitakyushu Importações: energia,

matérias-primas e
Nagasaki produtos manufatutrados
Kagoshima
Exportações: veículos, produtos N
manufaturados, materiais eletrônicos 140° N
e máquinas industriais

Atividades econômicas japonesas

As principais regiões industriais do Japão podem ser agrupadas em torno dos grandes centros
urbanos:
– Região de Tóquio – Iokohama – Possui refinarias, estaleiros navais, siderúrgicas e indústrias químicas,
além de numerosas indústrias leves e, particularmente, de fiação e tecelagem da seda.

51
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

– Região Osaka-Kobe-Kioto – Também apre-
senta siderurgia e estaleiros navais, tendo uma
importante indústria têxtil (algodão).
– Região de Nagoya – Sobressai na produção
de tecidos e máquinas têxteis.
– Região do norte de Kyushu – Apresenta gran-
de concentração de metalurgias.
6. Produção de energia
Não existem poços de petróleo no Japão e as
escassas reservas de fontes naturais são insu-
ficientes para abastecer toda a energia consu-
mida pelos 127,71 milhões de japoneses que
vivem no país. Isso explica a importância da
energia nuclear na política energética nacio-
nal. Existem, atualmente, 52 usinas nucleares
gerando energia. Cinco estão em construção
e muitas outras estão em projeto. Elas consti-
tuem a principal fonte de produção de energia
no Japão. Em termos de quantidade, o Japão
só fica atrás dos Estados Unidos e da França.
Apesar dos riscos que elas acarretam e o curto
tempo de vida, as usinas nucleares ainda são
uma saída para a geração de uma energia mais
limpa, com menos emissão de gases que pro-
vocam o efeito estufa.
O grande problema é que o arquipélago é fre-
quentemente sacudido por abalos sísmicos de
grande magnitude, que podem gerar muita
destruição direta ou provocar tsunamis igual-
mente devastadores. O fato ocorrido em 2010,
no nordeste do país, na usina de Fukushima,
serviu para criar um alerta para os possíveis
problemas com vazamentos radioativos das
usinas nucleares.

Onde estão Hokkaido

MAR
DO
JAPÃO

Myagi
Nigata
Ishikawa
Fukushima
Fukui Ibaraki
Shimane

Fukuoka Shizuoka OCEANO

Osaka
PACÍFICO
Shime
Existem 52 usinas em funcionamento, 5 em
PV-13-11

construção e 6 em projeto N
Kagoshima

O Japão apresenta grande dependência das usinas nucleares para a geração de energia elétrica.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
A Era Meiji (1868-1912) representou para o Japão uma série de grandes mudanças sociopolítico-eco-
nômicas. Com relação a essas grandes transformações, assinale a única opção correta:
a. Implantou-se o poder dos xoguns, que eram senhores feudais interessados no fortalecimento
da figura do Imperador como chefe de Estado.

52
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

b. Reestruturaram-se as Forças Armadas, 02.

de acordo com padrões ocidentais, vi- É incorreto afirmar sobre o Japão que:
sando ao futuro expansionismo na Ásia a. são altos os investimentos com a defe-
de Sudeste e no Pacífico. sa do país, que procura, desta forma,
c. Criaram-se condições para a formação uma proteção para evitar o que ocor-
dos zaibatsus, isto é, dos grandes mono- reu na Segunda Guerra Mundial.
pólios pertencentes a antigos clãs feu- b. o país é muito pobre em recursos natu-
dais e ao capital norte-americano. rais, necessitando importar quase toda
d. foi aprovada uma Constituição, em a matéria-prima que utiliza.
1889, que aboliria os poderes Legislati- c. os rios japoneses são impróprios para
vo, Executivo e Judiciário e os entregaria a navegação, pois são curtos e torren-
aos samurais do Imperador. ciais, formando cascatas.
e. Houve a contratação de técnicos eu- d. existe uma grande desigualdade na
ropeus para reestruturar a indústria repartição da população, que vive con-
de tecidos, já existente no país desde centrada, em sua maior parte, nos 28%
o século XVIII, nas cidades de Kyoto e do território de planície.
Tóquio. e. o excesso de indústrias em uma área de
reduzido tamanho faz com que o país
Resolução enfrente o grave problema da poluição.
B Resolução
A
7. Austrália
Com 7,7 milhões de km2 e 21,7 milhões de habitantes, a Austrália é o país mais importante da Oce-
ania. É cortada ao centro pelo trópico de Capricórnio, o que lhe confere uma característica peculiar
no que diz respeito às suas condições climato-botânicas. É dividida político-administrativamente
em seis estados – Austrália meridional, Austrália ocidental, Nova Gales do Sul, Queensland, Vitória
e Tasmânia – e dois territórios – o do norte e o de Canberra (onde está a capital federal).

OCEANO ÍNDICO Darwin

Cairns
Townsville
Port Hedland
Dampier Alice Springs Mackay
Gladstone
Lake Eyre
Brisbane
PV-13-11

Perth Newcastle
Fremantle Adelaide Sidney
Canberra
N OCEANO ÍNDICO Melbourne
Launceston
0 200 400 600 800 1000 Tasmania
Hobart

www.wikimedia.org
Os principais centros urbano-industriais localizam-se na porção
oriental e em especial no sudeste do país.

A. Aspectos econômicos
Com cerca de 21,7 milhões de habitantes, a Austrália é um dos países menos povoados do planeta
(2,8 hab./km2). A maior parte da população está concentrada no sudeste, onde os climas são mais
amenos e o desenvolvimento econômico mais forte. O índice de urbanização do país é elevado, cerca

53
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

de 90%, e as principais cidades são Sydney, Mel- As grandes possibilidades minerais, de fontes
bourne, Adelaide, Perth, Brisbane, Newcastle e de energia e mão de obra qualificada, favore-
Canberra. ceram e ampliaram as possibilidades de cres-
O povoamento do país contou apenas com cimento industrial.
povos de origem europeia, o que determina Apesar do desenvolvimento industrial, a Aus-
uma grande participação do elemento branco trália continua sendo uma grande exporta-
na estrutura de sua população (95%). A popu- dora de lã, cereais, carne e frutas. A pecuária
lação de origem aborígene, bastante dizima- ovina está disseminada por vastas extensões
da durante a colonização, responde pelos 5% do território, enquanto a bovina leiteira con-
restantes. centra-se na porção sudeste do país. O setor
de mineração também merece destaque, es-
A economia da Austrália se manteve por pecialmente pela proximidade com o Japão,
muito tempo ligada ao setor de exportação maior consumidor dos produtos minerais,
de produtos agropecuários; porém, após a como carvão e ferro, da Austrália.
Segunda Grande Guerra Mundial, as dificul-
dades de se obterem produtos importados A atividade industrial está concentrada tam-
incentivaram o desenvolvimento industrial. bém no sudeste, especialmente em torno das
cidades de Sydney, Melbourne e Brisbane.
Austrália: agropecuária Recursos Minerais e Energéticos na Austrália

Darwin
OCEANO
ÍNDICO U
r ne
Ca QUEENSLAND
Cairns
Fe TERRITÓRIO Mount Isa
Townsville
Port. Hedland DO
NORTE M
Fe
AUSTRÁLIA
U
Fe Alice Springs
OCIDENTAL
Fe M
Fe
AUSTRÁLIA
Brisbane MERIDIONAL
Kalgoorlie Brisbane
M Fe Fe
U Broken Hill
S

Lã Perth
Whyalla
M NOVA GALES Newcastle
S DO SUL
Lã Sydney
e S Albany
Adelaide Sydney
r n os VITÓRIA
Port Kembia

T rig o C a e ij ig a S
u te Melbourne
N Lã Q n N
Melbourne a
o M Fe

0 200 400 600 800 1000

Trig 0 200 400 600 800 1000 Tasmânia
M

Fe Ferro Chumbo, zinco, prata Petróleo

Bauxita M Metalurgia Refinaria de petróleo

Trigo Cana-de-açúcar Ouro S Siderurgia Hidreletricidade
Culturas mediterrâneas Criação de bovinos U Urânio Carvão Regiões industriais

Culturas tropicais Criação de ovinos Cobre

PV-13-11

A Austrália é grande exportadora A potencialidade mineral e energética

de produtos agropecuários. favoreceram a industrialização após
a Segunda grande guerra.

EXERCÍCIO RESOLVIDO
01.
Analise a afirmação seguinte: "A tendência atual da Austrália é tornar-se um novo país asiático".
Resolução
O território australiano possui grande mineral e sua agropecuária produz excedentes exportáveis.
Os principais mercados para absorção desses produtos encontram-se no continente asiático, com
destaque para o Japão, Coréia do Sul e China, uma vez que seu antigo parceiro comercial, o Reino
Unido, está a uma distância muito maior, inviabilizando esse comércio.

54
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

Capítulo 08 ECONOMIA E DESECONOMIA DE AGLOMERAÇÃO

1. Introdução Na Europa, berço da Revolução Industrial,

as indústrias concentravam-se próximas às
As economias de aglomeração são aquelas que
reservas de carvão mineral e recursos mi-
levam à concentração, na mesma região, de
nerais, como é o caso da bacia de Londres,
atividades econômicas diferentes, motivadas
do vale do Reno-Ruhr na Alemanha, a Alsá-
por fatores locacionais como: disponibilidade
cia e Lorena na França, entre outras. Nos
de mão de obra e fontes de energia, infraes-
EUA, na costa leste, formava-se o maior polo
trutura de transportes e comunicações, mer-
urbano-industrial do mundo, em função da
cado consumidor e possibilidade de abasteci-
presença das reservas de carvão nos Montes
mento de matérias-primas. Por exemplo, as
Apalaches, de minério de ferro ao sul dos
atividades industriais, em sua evolução histó-
Grandes Lagos, além de eficientes meios de
rica, tanto em países desenvolvidos como nos
transportes, mão de obra e mercado con-
subdesenvolvidos, desenvolveram-se, inicial-
sumidor. Nessas regiões situam-se redes de
mente, concentradas espacialmente. Então
produtores e consumidores, fornecedores
a formação de economias de aglomeração
de bens e serviços, instituições que criam e
relaciona-se a variáveis naturais, geográficas,
adicionam valor tais como distritos ou polos
culturais e institucionais. O setor de atividade
industriais, clusters e redes, que privilegiam
e a intensidade com que os fatores (capital,
e possibilitam a introdução de novos produ-
trabalho e tecnologia) são utilizados e po-
tos e processos na economia.
tencializados vão determinar a dinâmica do
crescimento e do desenvolvimento de uma Clusters são concentrações espaciais de
região. Entretanto, desde a segunda metade empresas em determinado setor de ativi-
do século XX, as melhorias dos sistemas de dade e suas atividades complementares.
circulação e comunicação, a hipertrofia urba- Estas podem ser, por exemplo, fornecedor
na e a terceira revolução industrial têm pro- de insumos especiais, como componen-
vocado uma dispersão espacial das atividades tes, máquinas, serviços ou provedores de
secundárias para centros de porte médio que infraestrutura especializada. Em geral, os
disponham de infraestrutura adequada, pro- clusters também se expandem em direção
vocando uma desaceleração do crescimento aos canais de distribuição e clientes e se-
dos grandes centros, ao que chamamos de cundariamente em direção aos fabricantes
deseconomia de aglomeração. de produtos complementares e empresas
de setores afins. Muitos clusters incluem
2. As economias de ainda instituições governamentais como
PV-13-11

aglomeração no mundo rico universidades, entidades normativas e

associações comerciais. Essas instituições
Até o início do século XX, os países ricos oferecem treinamento, informação, pes-
do hemisfério norte detinham praticamen- quisa e apoio técnico.
te a exclusividade na produção industrial.

55
Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

Indústria

CANADÁ
Seattle
Portland
Grandes Lagos
SILICON FOREST
Salt Lake City Boston
Detroit
Salt Lake City Chicago Nova York
San Francisco Denver
SOFTWARE VALLEY Pittsburgh Baltimore
SILICON VALLEY SILICON St. Louis Norfolk
MOUNTAIN Wichita RESEARCH
Los Angeles Phoenix
TRIANGLE PARK
El Paso Atlanta
Dallas Cabo
OCEANO SILICON PRAIRIE
New Orleans Canaveral
PACÍFICO San Antonio Houston
MÉXICO SILICON BEACH
Golfo do México
Manufacturing Belt Indústria petroquímica Miami
dinamizado por indústrias de ponta
Indústria automobilística
Dinamismo industrial recente OCEANO
do Sun Belt e do Oeste Indústria aeronáutica ATLÂNTICO
Indústria montadora norte-americana N
Indústria aeroespacial (Nasa)
Mão de obra mexicana Indústria têxtil 0 373 746 1119
Fluxo de investimentos dos Estados Unidos Siderurgia km

Centro industrial Tecnopolos

Organização do Espaço
Vancouver
CANADÁ
Seattle Quebec
Grandes
Lagos Montreal

Mineapolis Toronto
Boston
Detroit
San Francisco Chicago Pittsburg Nova York
Denver
CALIFORNIA Washington
Cincinnat
PV-13-11

St. Louis
Los Angeles
Wichita
Phoenix
Tijuana Atlanta
OCEANO Dallas
Ciudad Juárez TEXAS
PACÍFICO Houston New Orleans

MÉXICO
Centro polos de decisão e Golfo do México
A megalópole Miami
Espaço integrado com dinamismo Celeiro agrícola:
transfronteira OCEANO
periferia muito integrada ao centro
Interface marítima Sun Belt: ATLÂNTICO
N
Fluxo de população, capitais espaço dinâmico e atrativo
e atividades (deslocalização) Sun Belt:
novos espaços motores 0 373 746 1119
Metrópole mundial (principal)
Oeste: espaço pouco povoado. km
Metrópole mundial Dinamismo localizado.
Grandes centros dinâmicos

56
 Cartografia e espaço industrial mundial
3. A dispersão espacial das indústrias
As atividades industriais começaram a se
dispersar pelo mundo a partir da primeira
metade do século XX, com o crescimento e o
fortalecimento das transnacionais, que gra-
dativamente vão se fixando nas bordas do
sistema capitalista, em busca de maiores lu-
cros e redução dos seus custos de produção.
Países latino-americanos, asiáticos e até al-
guns africanos industrializaram nesse con-
texto. Evidentemente, algumas diferenças
regionais precisam ser consideradas, como
a política de substituição das importações
na América Latina e a constituição das pla-
taformas de exportação no sul e no Sudeste
Asiático. A lógica da formação dessas novas
economias industriais segue o exemplo do
que ocorreu nos países centrais, ou seja, a
formação e a concentração espacial das ati-
vidades urbano-industriais.
Nesse período, as chances de sucesso
dos empreendimentos estavam sempre
numa grande metrópole. Ali estavam
concentrados os consumidores mais en-
dinheirados, os investimentos em infraes-
trutura e também as grandes empresas,
em torno das quais um rol de pequenos
negócios se estruturava.
Então, em nível mundial, tivemos um proces-
so de dispersão das atividades industriais,
que passaram a não ser mais exclusividade
dos países ricos. Entretanto, houve um se-
PV-13-11
57
Geografia
gundo momento de dispersão espacial das
atividades, desta vez internamente, tam-
bém buscando obter vantagens econômicas:
as empresas deslocam-se para novas áreas,
implantando outros processos de produção
industrial e mudando a geografia dessas
regiões. Hoje, ao contrário da fase inicial,
cidades de porte médio tornaram-se gran-
des atrativos para os investidores, passando
longe das grandes metrópoles, que se de-
senvolvem lentamente ou estão estagnadas.
Nas últimas décadas, o crescimento econô-
mico dessas áreas tem sido superior ao das
grandes metrópoles. Trata-se do fenômeno
da deseconomia de aglomeração, que trans-
fere atividades econômicas, principalmente
a indústria, para regiões menos concorridas,
favorecendo seu crescimento.
Em países centrais, as transformações eco-
nômicas e sociais das últimas décadas leva-
ram ao desmantelamento de poderosos cen-
tros industriais, como, por exemplo: Detroit
e Chicago, nos Estados Unidos; Liverpool,
no Reino Unido; e, recentemente, Osaka, no
Japão. Criaram novos arranjos produtivos,
possibilitando o surgimento ou fortaleci-
mento de novos espaços de produção que
promoveram desenvolvimento nas regiões
onde se estabeleceram e passaram a ser mo-
delos. A reestruturação produtiva, além de
estar associada ao surgimento de novos ar-
ranjos, viria acompanhada de deslocamento
do centro dinâmico, com novas formas de
articulação entre as empresas e destas com
o espaço urbano.
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. UFJF-MG As mais valiosas
Observe a imagem abaixo, que apresenta um
cluster. Marca Valor (em US$ bilhões)

1. Coca-Cola 71,8

2. IBM 69,9
Fábrica de pás do rotor Fábrica de Mecatrônica
Fábrica de geradores
Fibra de vidro 3. Microsoft 59,1
rolamentos

Resina epoxi
motor e caixa redutora
de controle de azimute
4. Google 55,3
e endurecedor
pinturas
5. GE 42,8
componentes fundidos
Madeira de balsa
e espuma moldadas
e recortadas
componentes de aço 6. McDonald´s 35,5
Secções de torres de aço:
Torres de betão
7. Intel 35,2
pré - fabricadas
Montagem de aerogeradores:
- agregados 8. Apple 33,5
- areia
- cascalho
9. Disney 29,0
CIMPOR
10. HP 28,4
Fábrica de mecatrônica Transporte e logística:
componentes
de aço 11. Toyota 27,7
transformadores
12. Mercedes 27,4
Fundações:

13. Cisco 25,3

fundações

aditivos 14. Nokia 25,1

Disponível em: <http://www.eneop.pt/subcanais_n1.asp?id_ 15. BMW 24,5

subcanal_n1=159&id_canal=105>. Acesso em: 10 set. 2011.
Interbrands
Os clusters surgiram após a Segunda Guerra a. entre as quinze empresas mais valiosas
Mundial devido à: do mundo, cinco são montadoras de
a. desconcentração industrial. veículos de passeio.
b. proximidade da matéria-prima. b. todas as empresas mais valiosas des-
c. produção de energia nuclear. tacadas na tabela são de tecnologia da
informação.
d. adoção de métodos fordistas.
c. entre as dez empresas mais valiosas
e. implantação das cibercidades. do mundo, seis são do setor de entre-
PV-13-11

Resolução tenimento.
d. as montadoras de veículos de passeio
Os clusters, que são concentrações espaciais destacadas na tabela possuem as suas
de empresas de um determinado setor de ati- sedes no Japão.
vidade e seus fornecedores, expandiram após
a Segunda Guerra Mundial em decorrência da e. as dez empresas mais valiosas do mundo
desconcentração industrial. possuem as suas sedes nos Estados Unidos.
Resposta Resolução
A Na tabela apresentada pela questão, as dez
primeiras empresas em valor têm sede nos
02. UniSEB-SP Estados Unidos.
Analise a tabela. Resposta
Por meio dos dados da tabela, pode-se infe- E
rir que:

58
 Cartografia e espaço industrial mundial
Capítulo 09 OS TECNOPOLOS
1. Introdução
Tecnopolos são centros de produção tecnoló-
gica que apresentam, num mesmo lugar, diver-
sas atividades de pesquisa e desenvolvimento,
como institutos de pesquisa, empresas e uni-
versidades, muitas vezes com interdependência
entre elas. Os tecnopolos concentram grande
quantidade de mão de obra qualificada, como
pesquisadores e professores universitários com
alto grau de qualificação, assim como a presen-
ça de um expressivo mercado consumidor.
Vinculados à terceira revolução indus-
trial, os tecnopolos representam hoje o
que as grandes regiões industriais repre-
sentaram na primeira revolução indus-
trial: a inovação tecnológica.
2. Tecnopolos mundiais
O primeiro tecnopolo desenvolveu-se nos EUA,
em uma parceria entre a Stanford University e
a Intel, para a criação de um polo de desenvol-
vimento tecnológico nas áreas de computação
e informática que ficou conhecido com o nome
de vale do Silício. O Estado da Califórnia, co-
nhecido pelas pesquisas militares e de comuni-
cações, com instalações da NASA, laboratórios
da Bell, a Lockheed e a Fairchild Semiconduc-
tor, foi o escolhido também para a produção de
softwares e hardwares. Destacam-se na região:
Intel, IBM, Apple Inc., Cisco, Microsoft, AMD,
Xerox, Lockheed e Boeing, dentre outras em-
presas de informática, computação, robótica,
PV-13-11
de material bélico e aeroespacial.
Rapidamente, diversos polos semelhantes fo-
ram instalados em outros lugares do mundo,
especialmente na Europa e no Japão, geral-
mente com forte apoio de seus governos. Em
muitos países, os tecnopolos foram planeja-
dos pelo Estado, incluindo vários centros de
pesquisa e desenvolvimento de tecnologias
de ponta em áreas distintas, como é o caso
do principal tecnopolo japonês: Tsukuba, que
reúne, na mesma cidade, a agência Nacional
Espacial do Japão (Nasda), o instituto Nacional
de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada
(AIST) e a universidade de Tsukuba.
59
Geografia
www.wikimedia.com
Tsukuba Center, no Japão. Produção
de conhecimento e tecnologia para
desenvolver novas formas de produção.
Na Europa, destacam-se os tecnopolos existen-
tes na França, como o Sophie Antipolis, criado
próximo a Nice, a partir dos anos 1970, ou o tec-
nopolo de Edimburgo, ligado à universidade de
Edimburgo, na Escócia. Em Portugal, destaca-se
o tecnopolo da Ilha da Madeira, que reúne cen-
tros de pesquisa em biotecnologia e nanotec-
nologia, e o Taguspark, voltado para a área de
tecnologia de computação e informática.
Uma lógica semelhante à dos modernos tec-
nopolos foi desenvolvida na ex-URSS, quando o
governo soviético passou a reunir, nos mesmos
centros de pesquisa e desenvolvimento, cien-
tistas e indústrias, para gerar simultaneamente
economia de escala e de aglomeração. Estes
polos tecnológicos tinham objetivos priorita-
riamente militares ou aeroespaciais, reunindo
pesquisadores e envolvendo os principais cen-
tros de desenvolvimento de tecnologia de pon-
ta na ex-URSS. A principal diferença desses cen-
tros de pesquisa e desenvolvimento soviéticos
para os tecnopolos típicos existentes em outros
países é que, geralmente, os polos tecnológicos
soviéticos eram altamente especializados em
um único tipo de tecnologia, produto ou servi-
ço, tinham baixo grau de integração com outros
centros mundiais e, geralmente, produziam os
protótipos dos produtos no mesmo laboratório
ou centro em que este era desenvolvido. Tam-
bém na China vêm-se desenvolvendo grandes
 Geografia
centros de pesquisas para sustentar seu forte
crescimento industrial e econômico nos setores
naval, químico, aeroespacial, siderúrgico, de te-
lecomunicações e bélico.
Ascensão chinesa
Projeção de investimento em P&D*
40
30
20
10
0
2009 2010 2011
EUA Japão China
Battelle Memorial Institute, revista "R&D".
*como % do total mundial
O forte crescimento econômico chinês tem
feito com que o país tenha cada vez maiores
investimentos em pesquisas e tecnologia,
superando na atualidade o Japão.
A. Tecnopolos no Brasil
No Brasil, os tecnopolos também estão dire-
tamente ligados a processos de desenvolvi-
mento envolvendo governo, universidades
e empresas, com destaque especial para os
incentivos do Estado a favor do desenvolvi-
mento tecnológico. Por isso, os poucos tec-
nopolos do país estão intimamente ligados a
grandes universidades públicas ou a centros
estatais de pesquisa.
Alguns dos mais importantes tecnopolos brasi-
leiros estão no interior do estado de São Pau-
lo, como é o caso do maior deles, que ficou
conhecido como "Vale do Silício brasileiro", lo-
calizado em Campinas, reunindo unidades de
pesquisa, laboratórios da Unicamp, do Centro
de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomu-
nicações da Pontifícia Universidade Católica,
o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, o
Instituto de Pesquisas Renato Archer, uma uni-
dade da Embrapa, dentre outros institutos e
centros de pesquisa. O tecnopolo de Campinas
reúne, ainda, empresas como IBM, Lucent, Sa-
Cartografia e espaço industrial mundial
msung, Nortel, Compaq, Motorola, Dell, Fair-
child, Huawei, 3M, Texas Instruments, Celesti-
ca, Solectron e Bosch, além de vários parques
industriais de empresas de alta tecnologia nas
áreas de microeletrônica, computação, sof-
tware e telecomunicações.
Outro importante tecnopolo é a cidade de
São Carlos, cujo parque tecnológico reúne
importantes universidades, como a USP, a
Universidade Federal de São Carlos, um cen-
tro de pesquisas da Embrapa, além de diver-
sas fundações e centros de pesquisa, como o
CEAT (Centro Empresarial de Alta Tecnologia),
o Cetesc (Centro de Inovação Tecnológica), o
Cedin (centro de desenvolvimento de indús-
trias nascentes) e o parque Eco Tecnológico
Damha. A cidade conta com unidades in-
dustriais da Volkswagen, Faber-Castell, Elec-
trolux, Tecumseh, Opto Eletrônica, Sixtron
Company, Symetrix Corporation e o Centro
Tecnológico da TAM.
O maior polo tecnológico na área aeronáuti-
ca e espacial do Brasil está na cidade de São
José dos Campos, cidade considerada "tec-
nopolo aeroespacial brasileiro". Este tecno-
polo nasceu em torno da cooperação entre
o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA),
o Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA) e
o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), Instituto de Aeronáutica e Espaço,
posteriormente integrados aos centros de
pesquisa da Embraer e da Avibrás, assim
como às instalações da Agência Espacial Bra-
sileira localizada na cidade. Outras empresas
de produtos e serviços para aeronáutica fo-
ram instaladas na cidade. Recentemente, o
PV-13-11
ITA criou o primeiro mestrado profissional
em turbinas a gás do país, integrando indús-
tria aeronáutica e centros de pesquisa. Estes
tecnopolos, somados aos centros de pesqui-
sa e laboratórios das demais universidades
públicas da região, fazem com que o interior
do estado de São Paulo represente um quar-
to da produção científica do país.
Outros tecnopolos de destaque no Brasil
incluem o Vale do software de Blumenau e
o Parque Tecnológico do Vale do rio dos Si-
nos, no Rio Grande do sul, que está em pro-
cesso de implantação.
60
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

Falta de mão de obra

Posições do Brasil no ranking mundial de inovação por categorias
Colocação

Gastos Qualidade
empresariais dos centros
EMP&D de pesquisa

Capacidade Colaboração Disponibilidade

de inovação universidade-
indústria e engenheiros

28° 29° 34° 41° 60°

(*) Entre 132 países

Relatório global de competitividade. Banco Mundial 2011.

O Brasil, apesar do crescimento econômico, ainda carece de

investimentos na qualificação de mão de obra.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
PV-13-11

01. ENEM
A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais que afeta-
ram os trabalhadores e sua organização. O uso de novas tecnologias trouxe a diminuição do
trabalho necessário que se traduz na economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que,
com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer a diminuição dos coletivos
operários e uma mudança na organização dos processos de trabalho.
Revista Eletrônica de Geografia Y Ciências Sociales.
Universidad de Barcelona. Nº 170(9), 1 ago. 2004.

A utilização de novas tecnologias tem causado inúmeras alterações no mundo do trabalho. Essas
mudanças são observadas em um modelo de produção caracterizado
a. pelo uso intensivo do trabalho manual para desenvolver produtos autênticos e personalizados.
b. pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de trabalho no setor industrial.

61
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial
c. pela participação ativa das empresas e
dos próprios trabalhadores no proces-
so de qualificação laboral.
d. pelo aumento na oferta de vagas para
trabalhadores especializados em fun-
ções repetitivas.
e. pela manutenção de estoques de larga
escala em função da alta produtividade.
Resolução
Atualmente, ocorre em vários segmentos pro-
dutivos (ex: empresas de informática), par-
ticipação efetiva dos trabalhadores, junto as
empresas, com o objetivo de melhorar a quali-
ficação do processo de trabalho.
Resposta
C Resolução
02. UNIOESTE-SP
É possível indicar a indústria como um dos
principais agentes de produção do espaço geo-
gráfico. Sobre o processo de desenvolvimento
das indústrias, assinale a alternativa incorreta.
a. A Primeira Revolução Industrial, inicia-
da na Inglaterra, representou um mo-
mento importante, no qual foi intensifi-
cada a mecanização e foi introduzida a
produção em série.
b. A localização das novas regiões indus-
triais, chamadas de tecnopolos, não
são definidas pela proximidade das
matérias-primas e sim pela proximida-
de de importantes centros de pesquisa
e ensino universitários.
62
c. A passagem da Primeira para a Segun-
da Revolução Industrial foi o marco da
introdução do petróleo enquanto prin-
cipal fonte de energia e do desenvolvi-
mento da indústria automobilística.
d. A Terceira Revolução Industrial é também
chamada de revolução técnico-científica
e é marcada pelo desenvolvimento da in-
formática, robótica, telecomunicações e
microeletrônica, tendo se iniciado, entre
outros países, no Japão.
e. A industrialização tardia é caracterís-
tica dos países desenvolvidos, entre
eles os EUA e a Inglaterra, que se des-
tacaram no século XX como grandes
potências mundiais.
A Inglaterra é a pioneira no processo industrial
(1ª Revolução Industrial) e os EUA, engajaram-
se na 2ª Revolução Industrial (séc. XIX), por-
tanto, não apresentam industrialização tardia.
Resposta
E
PV-13-11
Exercícios Propostos
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

Capítulo 01
01. Vunesp É o mapa mais antigo que sobreviveu até
Observe o planisfério. hoje, foi encontrado na região da Meso-
potâmia e representa o mapa de Ga-Sur.
150º 120º 90º 60º 30º 0º 30º 60º 90º 120º 150º 180º
Desenhado por volta de 2 300 a.C., em um
75º
tablete de argila cozida, medindo 7 centí-
60º
metros, tão pequeno que cabe na palma da
mão, ele representa o rio Eufrates cercado
45º
30º
1 por montanhas.
15º OLIVEIRA, Ceurio. Cartografia Histórica, 2000. Adaptado.
0º
2
15º
30º
A indicação do mapa e o texto demonstram
45º
que essa região histórica e geográfica está,
60º
N hoje, localizada:
0 4.050 km a. no Egito.
75º
b. no Iraque.
VASCONCELLOS, Regina; ALVES FILHO, P. A. Atlas
geográfico ilustrado e comentado, 1999. Adaptado. c. na Arábia Saudita.
d. no Nepal.
As coordenadas geográficas (latitudes e longi-
tudes) dos pontos 1 e 2, indicados no planisfé- e. no Irã.
rio, são, respectivamente: 03. Vunesp modificada
a. 30° L e 0°; 0° e 40° O
Suponha a seguinte situação hipotética: um
b. 30° N e 0°; 0° e 60° O barco está no oceano Atlântico, exatamente
c. 0° e 30° N; 60° S e 0° no ponto que corresponde à intersecção de
d. 30° N e 30° O; 60° S e 60° O duas linhas imaginárias: a linha do Equador e
o meridiano de Greenwich.
e. 30° S e 30° O; 60° N e 60° L
02. Vunesp
Observe a figura.
Mapa da Mesopotâmia

N
PV-13-14

Em relação à posição desse barco, é correto

afirmar que:
a. encontra-se no hemisfério oriental.
©©©LatinStock / Bettmann / CORBIS

b. está na costa oriental da África e oci-

dental da América do Sul.
c. possui 0° de latitude e 0° de longitude.
d. está a leste da América do Sul e a oeste
da América do Norte.
e. está localizado em altas latitudes e
longitudes.

65
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

04. Fuvest-SP
Analise a figura a seguir.
O mapa do Brasil em diferentes escalas

Escala 1:170 000 000 Escala 1:120 000 000 Escala 1:60 000 000

COELHO, Marcos A. Geografia geral: o espaço natural e socioeconômico. São Paulo. Ed. Moderna, 1992, p.302. Adaptado

Tomando-se como base a figura, que mostra o Brasil em três escalas diferentes, é incorreto
afirmar que:
a. quanto menor for a escala, maior será o tamanho do mapa e, consequentemente, maior
será a riqueza de detalhes.
b. quanto maior for a escala, maior será o tamanho do mapa e, consequentemente, maior
será a riqueza de detalhes.
c. quanto menor for a escala, menor será o tamanho do mapa e, consequentemente, menor
será a riqueza de detalhes.
d. quanto maior for a escala, melhor será a observação dos detalhes.
e. a escala é um dos elementos fundamentais da cartografia dos mapas.

05.
Observe o mapa a seguir. ram encontrados, é correto afirmar que esse
lugar se situa:
a. na parte meridional da Europa e ao
norte do trópico de Câncer.
PV-13-14

b. na costa ocidental da América do Norte

e ao sul do Círculo Polar Ártico.
c. nas proximidades do Círculo Polar
Antártico e ao sul do trópico de
Capricórnio.
N
d. no oceano Pacífico, a leste de Greenwich
e ao norte da linha do Equador.
Por hipótese, suponha que destroços de um e. nas proximidades do Círculo Polar
avião tenham sido encontrados nas seguintes Ártico e a oeste do meridiano de
coordenadas geográficas: 68° de latitude norte Greenwich.
e 20° de longitude oeste. Com base nas indi-
cações do local onde os destroços do avião fo-

66
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

06. UERJ 07. UEL-PR

Figura 1 Figura 2 Observe a figura a seguir.

13 km 13 km

N N
300 km
1:10 000 1:50 000

MOREIRA, João Carlos e SENE; Eustáquio de.

3.500 km
Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico
e globalização. São Paulo: Scipione, 2004. FURLAN, S. Â. Técnicas de biogeografia. In VENTURI,
L. A. B. (org). Praticando grografia: técnicas de campo
e laboratório em geografia e análise ambiental.
A escala cartográfica é utilizada para esta- São Paulo: Oficina do Texto, 2005. p. 99-130
belecer uma correspondência entre as di-
mensões do terreno e as da representação. A figura expressa uma técnica de análise es-
pacial vital para o estabelecimento da análise
As figuras 1 e 2 apresentam, em diferentes geográfica e diz respeito a:
escalas, recortes do espaço carioca. Indique a. diferentes topografias de um mapa.
a figura cuja escala cartográfica é maior e b. diferentes estratigrafias paisagísticas.
aquela na qual uma rua com 2 quilômetros
de extensão seria representada com o ta- c. diferentes quilometragens rodadas.
manho de 4 centímetros, justificando cada d. diferentes escalas espaciais.
indicação. e. diferentes perfis longitudinais.

08. UFG-GO
Observe o mapa a seguir.
SOL
18:00 horas

Itaguara
44º30’W
Mateus
Lemes Florestal

Iguape Juatuba
Rio Manso
Esmeraldas
São Joaquim
das Bicas Betim
PV-13-14

Mário Capim
Campos Branco
Sarzedo
Contagem Pedro
Brumadinho Ribeirão Leopoldo Matozinhos
Ibirité 44ºW
das Neves São José
da Lapa
Belo Confins
Horizonte Vespasiano Baldim
Lagoa
N Nova Lima Santa
Santa Luzia
Sabará
Capital Raposos
Rio Acima
Sede de munícipio
Taquaraçu Jaboticatubas
Escala de Minas
0 15 km
Caeté 43º30’W
Nova União

20ºS 19º30’S
SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2003. p. 114. Adaptado.

67
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

A leitura e a interpretação do mapa, por meio Partindo dessas informações, calcule a escala da
da análise da rede geográfica e dos pontos de planta, utilizando a fórmula e/E = u/U, em que:
referência, indicam que o município de Sabará e/E = escala ou razão escolhida, sendo e = 1;
localiza-se: U = unidades medidas no terreno;
u = unidades que devem ser colocadas no pa-
a. ao norte de Belo Horizonte e ao sul de pel para representar U.
Caeté. A escala da planta é:
b. a oeste de Nova Lima e a leste de Santa a. 1: 16 000
Luzia. b. 1: 10 500
c. a leste de Belo Horizonte e a oeste de c. 1: 15 000
Caeté. d. 1: 25 000
e. 1: 5 000
d. a oeste de Raposos e a leste de Santa
Luzia. 11.
Considere um mapa a ser usado em sala de aula
e. ao sul de Raposos e ao sul de Taquaraçu para representar diferentes temas geográficos.
de Minas. Assinale a alternativa que relaciona, correta-
09. mente, a escala, a área mapeada e o exemplo.
Sobre um mapa com escala 1:750 000, um geó- Área
Escala Exemplo
grafo demarca uma reserva florestal com o forma- mapeada
to de um quadrado, apresentando 8 cm de lado. a. 1: 5 000 Grande Brasil
A área da reserva florestal medirá, na realidade:
a. 3,6 km2 Parque do
b. 1: 500 000 Pequena ibirapuera, em
b. 36 km2 São Paulo
c. 360 km2
c. 1: 150 000 000 Grande Planisfério
d. 3.600 km2
e. 36.000 km2 Praça da Sé, em
d. 1: 250 000 Pequena
São Paulo
10.
Esse é um recorte de parte da planta da cidade e. 1: 100 000 Grande Região Sudeste
de São Paulo, onde foi traçado um segmento 12. UFC-CE
de reta AB com 0,11 m. A distância real entre Em relação a escalas dos mapas:
esses dois pontos é de 1.760 m.
a. Calcule a distância real entre duas ci-
dades, cuja distância em linha reta é de
aproximadamente 9 cm, em um mapa
A construído na escala de 1/1 000 000.
b. Considerando três mapas construídos
no mesmo tamanho, que representam o
PV-13-14

bairro central de Fortaleza, o estado do

Ceará e o Nordeste brasileiro, indique
o mapa de menor escala e o de maior
escala.
c. Considerando os mapas referidos no
item anterior, indique em qual deles
pode-se representar:
1. a posição da capital do estado da
Bahia e do Ceará;
2. ruas, avenidas, praças e edificações
importantes;
3. a distância entre a capital do Ceará e
B
do Piauí;
4. o detalhamento da divisão regional
VASCONCELOS, Regina; ALVES FILHO, Ailton P. Atlas
geográfico ilustrado e comentado, 1999. Adaptado.
estadual.

68
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

13. UFPel-RS
O cultivo da videira e a produção de vinho desenvolveram-se na terra gaúcha desde a chegada
dos imigrantes italianos, nas últimas décadas do século XIX. A expansão atual do mercado para os
vinhos gaúchos leva os seus produtores à uma procura por inovações tecnológicas, com o objeti-
vo de melhorar a qualidade do seu produto e, assim, competir com os vinhos finos estrangeiros.
O mapa a seguir, adaptado de original elaborado pela geógrafa Ivanira Falcadi e pelo agrônomo
Jorge Tonietto, é um detalhado estudo da região onde são produzidos mais de noventa por cento
dos vinhos nacionais.

29 °S Cotiporã Nova Roma Flores

do Sul Nova
Pádua da Cunha
São Valentim
do Sul Rio das
Antas

Bento
Santa Gonçalves
Tereza
Monte Belo
do Sul Farroupilha Caxias
do Sul
Área de cultivo de videira
Cantinas Garibaldi N
Capelas
51°30' W
Acidentes geográficos

Com base nas informações anteriores e em seus conhecimentos, é correto afirmar que:

a. a especialização vitivinícola substituiu a policultura, principalmente em Bento Gonçalves

e Garibaldi, e aparece cartografada, com escala 1: 100, no mapa topográfico acima, que
mostra detalhes do relevo da região.
b. a figura acima é um mapa temático e um instrumento de marketing, uma vez que seleciona
um tema de interesse do usuário, bem como divulga a região vinícola da Serra Gaúcha.
PV-13-14

c. o mapa, pelo seu detalhamento, é a própria realidade da agroindústria vinícola gaúcha,

demonstrando a origem colonial da organização desse espaço regional.
d. o mapa é uma representação gráfica global que utiliza uma linguagem visual e simbólica
para transmitir diversas informações, como a mudança funcional da cidade de Caxias do
Sul de polo agrícola para polo industrial.
e. a função temática e topógrafa do mapa adaptado, que utiliza uma escala pequena,
apresenta informações que configuram a expansão do mercado de vinhos da Serra
Gaúcha.

69
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

14. 16. PUC-RS

Para indicar a localização de casas comer- Responder à questão com base nos mapas.
ciais e edificações antigas em uma área de
250.000 m2, de uma metrópole como São Mapa 1
Paulo (SP), as plantas mais adequadas estão
na escala:
a. 1: 500 000
b. 1: 250 000
c. 1: 5 000
d. 1: 50 000
e. 1: 100 000 Mapa 2
N
15. UFSCar-SP
O esquema representa a área total de duas Escala 1:80 000 000

propriedades rurais, A e B, nas quais se pratica

o cultivo do mesmo tipo de produto. N

Escala 1:160 000 000

O mapa mais adequado para apresentar as

informações referentes à atividade indus-
trial no Brasil é:

a. o mapa 1, pois está representado

Propriedade A Propriedade B numa escala menor que o 2, o que
Escala: 1:20 000 Escala: 1:50 000 torna as informações mais claras.
b. o mapa 2, pois um centímetro na re-
Legenda: = 500 pés plantados presentação compreende a um quilô-
metro do espaço real.
Com base nesse esquema, pode-se afirmar que: c. o mapa 1, pois está representado
a. as duas propriedades têm, na realida- numa escala maior que o 2, o que fa-
de, a mesma dimensão em m£. vorece uma maior quantidade de in-
b. o cálculo da escala de A foi feito em m£ formações.
e da escala de B em hectare.
d. o mapa 2, por ter uma escala maior
PV-13-14

c. a propriedade B tem menor número de do que o 1, permitindo, assim, mais

pés plantados por hectare.
d. as duas propriedades têm o mesmo nú-
mero de pés plantados.
e. as duas propriedades têm o mesmo nú-
mero de pés plantados por hectare.
informações.
e. o mapa 2, que, por ter uma escala
menor do que o 1, facilitando a leitu-
ra das informações.

70
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

17. II. As dimensões dos elementos represen-

Analise a figura a seguir e responda às questões. tados nas figuras 1, 2 e 3 ficam, nesta
ordem, cada vez menores e a área de
abrangência da representação carto-
46º20’W

46º15’W
gráfica é cada vez maior.
x 730
23º30’s III. As três figuras possuem a mesma esca-
x 800 la cartográfica, pois as dimensões das
x 800 quadrículas permanecem constantes.
x 729
Ro
do
via
Quais estão corretas?
Rio a. Apenas I
727 x
b. Apenas lI
Ferrovia
Rodovia
x 733
c. Apenas I e III
N
d. Apenas II e III
x 753 x 734
23º35’s
e. I, II e III
46º20’W

46º15’W

19.
Os mapas podem mostrar algo mais do que
a. Em que hemisfério e continente encon- apenas a posição do lugar, isto é, podem fazer
tra-se a área mapeada? mais do que responder à questão "onde?".
b. A partir de que referências fornecidas Figura 1
pelo mapa você localizou essa área? Pontos Linhas Áreas
c. Dê duas características significativas do
rio principal ou do vale fluvial observa-
das na figura.
18. UFRS-RS
Observe as figuras a seguir, que correspondem
a uma sequencia de representações cartográ-
ficas de um prédio de uma escola em um bair- Figura 2
ro qualquer. Símbolos Linhas Áreas
Figura 1 Figura 2 Figura 3
PV-13-14

Figura 3
Áreas livres Casas Árvores Escola Ruas
Pontos Linhas Áreas
SIMIELLI, M. E. Primeiros mapas. São Paulo: Ática, 1993.

Com base nas figuras 1, 2 e 3 e nos fundamen-

tos da cartografia, são feitas as seguintes afir-
mações.
I. A projeção cartográfica utilizada nas
três figuras informa o número de redu-
COELHO, Marcos A. e TERRA, Lygia. Geografia
ções que a superfície real sofreu para geral – o espaço natural e socioeconômico.
ser representada. São Paulo: Moderna, 2001. p. 24.

71
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

Considerando as figuras, assinale verdadeira I.

(V) ou falsa (F) nas afirmativas a seguir.
(  ) A utilização dos símbolos represen-
tados na figura 1 permite visualizar o
aspecto ordenado, caracterizando rela-
ções de ordem dos fenômenos geográ-
ficos. II.
(  ) O uso dos símbolos representados
na figura 2 permite visualizar o aspecto
qualitativo, caracterizando relações de III.
diversidade dos fenômenos geográficos.
(  ) O emprego dos símbolos repre-
sentados na figura 3 permite visualizar
o aspecto quantitativo, caracterizando
relações de proporcionalidade dos fe-
nômenos geográficos.
A sequência correta é:
a. V – V – V
b. V – F – V
c. F – V – F
IV.
d. F – F – V
e. V – F – F
20. PUC-MG
Considerando-se a escala de 1:25 000 e a gra-
de formada em quadrículas de 1cm × 1cm, a
área do polígono representado abaixo é de:
5

4 V.
3

1 Com base no texto apresentado, nas projeções

cartográficas e em seus conhecimentos, assi-
0 1 2 3 4 5
nale a alternativa correta.
a. 875.000 m 2
a. Nenhuma das projeções é correta, pois não
b. 250.000 m2 representam a Terra em sua forma circular.
PV-13-14

c. 87 km2 b. Todas as representações estão corretas.

d. 125 km2
21.
Existe um grande problema na cartografia: é
impossível representar a superfície esferoidal
da terra num plano sem deformações. Devido
a isso, durante séculos, o homem vem tentan-
do achar uma forma, uma fórmula ou um meio
de tornar a representação da Terra o mais ve-
rossímil possível, mas é impossível agradar a
todos. Nenhuma projeção, por mais perfeita
que possa parecer, é definitiva, livre de defor-
mações ou de descontinuidades. Considere as
projeções cartográficas a seguir.
As técnicas e o critério para a represen-
tação da superfície curva da Terra é que
são diferentes.
c. Estarão erradas todas aquelas que não
respeitarem conceitos elementares em
cartografia, como o norte na parte de
cima e a superfície terrestre contínua.
d. São obviamente incorretas ou impreci-
sas as projeções interrompidas e exces-
sivamente geometrizadas.
e. As projeções apresentadas são: I. Eckert,
II. Goode, III. Winkel, IV. Peters e V. Mer-
cator.

72
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

22.
As representações cartográficas a seguir são anamorfoses geográficas. Uma anamorfose geográ-
fica representa a superfície dos países em áreas proporcionais a uma determinada quantidade.
Canadá Islândia Noruega Coreia
Reino Dinamarca Rússia do Sul
Unido
Alemanha Turquia China Japão
Estados
Suíça Filipinas
Unidos França Índia
Itália Cingapura
Arábia Saudita
Indonésia
Austrália
Espanha Egito
México
Porto Rico
Peru Brasil África
Argentina do Sul

Reino Unido Alemanha

Canadá
Estados Rússia
Unidos França
China Japão
Itália
México

Venezuela Egito Paquistão

Bangladesh
Brasil Índia
Nigéria Filipinas

Argentina Indonésia

SIMIELLE, M.E. Geoatlas, 2007.

As anamorfoses apresentadas representam, respectivamente:

a. o número de turistas recebidos e o produto nacional bruto.
b. o produto interno bruto e a população absoluta.
c. a população e o número de turistas recebidos.
d. a população ativa na agricultura e o produto nacional bruto.
PV-13-14

e. a população e a população ativa na agricultura.

23.
Observe o mapa a seguir. Como se denomina a representação cartográ-
fica apresentada?
a. Projeção azimutal
b. Projeção de Peters
c. Anamorfose
d. Carta sinóptica
Produção de energia N e. Projeção de Mollweide.
Consumo de energia

73
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

24. UEM 08. Os Sistemas de Informação Geográfi-

Sobre os mapas e as tecnologias modernas apli- ca (SIGs) são resultantes da utilização
cadas à cartografia, assinale o que for correto. conjunta de mapas digitais, crescen-
temente elaborados com base em
01. Os mapas primitivos eram gravados em imagens de satélite e com o auxílio do
pedra ou argila. Depois, passaram a ser GPS e de bancos de dados georrefe-
desenhados em couro, pergaminho ou renciados. Esses sistemas computado-
papiro. Com a invenção da imprensa, co- rizados permitem coletar, armazenar,
meçaram a ser impressos em papel. Hoje, processar, recuperar, correlacionar e
são produzidos em computador e podem analisar diversas informações sobre o
ser analisados diretamente na tela. espaço geográfico.
02. Para a representação da realidade em
A soma das corretas é __________
um mapa, é necessário estabelecer uma
correspondência entre as dimensões do 25.
terreno e as do papel. Essa correspondên- Analise o mapa anamórfico.
cia é chamada de escala. Dessa maneira,
num mapa com escala de 1:25 000 (um
por 25 mil) significa dizer que a realidade
foi reduzida 25 mil vezes para ser repre-
sentada no papel.
04. Com a intensificação das mudanças rea-
lizadas no espaço geográfico, tais como
construções de novas estradas, surgimen-
to de novos loteamentos em áreas urba-
nas e rurais, alternância e mudança de
Disponível em:<w.w.w.worldmapper.org.>.
culturas em espaços agrícolas, houve ne-
cessidade de se realizarem atualizações Explique essa representação cartográfca e
contínuas nos mapas. O ramo da carto- mencione dois exemplos de regiões geográ-
grafia responsável por essas atualizações fcas mundiais com as maiores e dois com as
é conhecido como projeção cartográfica. menores taxas de mortalidade infantil.

26. Vunesp
Observe a figura composta pelas diversas imagens de satélite que mostram o mundo à noite.

PV-13-14

Incêndios
Labaredas de gás nos campos petrolíferos
Frota de navios pesqueiros N

Luzes das cidades

Al Gore. Uma verdade inconveniente, 2006. Adaptado

Com base na figura, identifique quatro ações humanas no espaço terrestre, indicando as regiões
afetadas.

74
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

27. ENEM 28.

Observe a projeção da carta topográfica abaixo.
0
10
m
30 20m
40 m
50m m

metros

50
40
30
20
10
0

Assinale a alternativa incorreta.

a. A equidistância das curvas de nível é de
10 metros.
O desenho do artista uruguaio Joaquín Torres-
-García trabalha com uma representação dife- b. A aproximação das linhas indica de maior
rente da usual da América Latina. Em artigo declividade do terreno.
publicado em 1941, em que apresenta a ima- c. A maior cota altimétrica é de 50 metros.
gem e trata do assunto, Joaquín afirma:
Quem e com que interesse dita o d. A maior isóbara é de 50 metros.
que é o norte e o sul? Defendo a chama- e. O afastamento das linhas indica topogra-
da Escola do sul por que, na realidade, fia menos íngreme.
nosso norte é o Sul. Não deve haver nor-
29.
te, senão em oposição ao nosso sul. Por
isso colocamos o mapa ao revés, desde Observe as figuras a seguir.
já, e então teremos a justa ideia de nos-
sa posição, e não como querem no resto
do mundo. A ponta da América assina- 380
360

la insistentemente o sul, nosso norte.

380

TORRES-GARCÍA, J. Universalismo
constructivo. Buenos Aires: Poseidón,
1941. Adaptado.
0

y
52

C
0

x A B
54

0
50

480 460
0
44

420
O referido autor, no texto e na imagem aci-
PV-13-14

Escala
380
ma: 36
0 400
0 500 m

a. privilegiou a visão dos colonizadores

da América. Figura 1
b. questionou as noções eurocêntricas
sobre o mundo. (m)

c. resgatou a imagem da América como 560

centro do mundo. 540

520
500
d. defendeu a Doutrina Monroe expres- 480
460
sa no lema “América para os ameri- 440
420
canos”. 400
380
x A B C y (Km)
e. propôs que o sul fosse chamado de
norte e vice-versa. Figura 2

75
 Geografia
As figuras anteriores apresentam dois tipos
de representação do relevo. A análise dessa
representação orienta o uso e a ocupação do
espaço. Tendo-as como referência:
a. identifique o tipo de representação
do relevo utilizado em cada uma das
figuras;
b. identifique, entre as áreas A, B e C des-
tacadas nas figuras, a área propícia à
realização da agricultura mecanizada
e explique por que essa área é a mais
adequada para essa atividade e como
esse aspecto pode ser observado nas
figuras apresentadas.
30. PUC-MG
Comparando-se as retas representadas pelos
pontos A-B e C-D, é incorreto afirmar que:
78 12
A B
78 10
C
N
D levo, apresenta potencial para o uso
78 08
a. o gradiente topográfico é menor no
segmento A-B.
b. a declividade da vertente é mais acen-
tuada no segmento C-D.
c. os tamanhos dos segmentos das ver-
tentes A-B e C-D são semelhantes.
d. a vertente A-B apresenta orientação
norte-sul.
31. PUC-MG
Analise o mapa topográfico da figura 1, em
que estão representados os principais ele-
mentos do relevo de um trecho do território
brasileiro.
76
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Analise, agora, a proposta de zoneamento
ambiental da figura 2 para essa mesma área,
elaborada por uma equipe de especialistas
em planejamento territorial.
800
700
60
0
21º00’ 21º00’
Curva de nível (em metros)
600
Rede hidrográfica
N
0 2km
45º00’
N
21º00’
Zona X
Zona Y
Zona Z
Zona W
0 2km
45º00’
Com base na análise do mapa topográfico e
da proposta de zoneamento corresponden-
te, é incorreto afirmar que a zona ambiental:
a. W, devido às características de seu re-
agrícola, com destaque para os cultivos
anuais que empregam mecanização.
b. X, por se estender pelas margens de
rios e abranger nascentes e áreas ad-
jacentes, tem sua proteção assegurada
PV-13-14
pela legislação ambiental brasileira.
c. Y, em razão de sua topografia relativa-
mente plana e da proximidade de cur-
sos de água, apresenta potencialidade
para prática de agricultura irrigada.
d. Z, graças à declividade suave e à ausên-
cia de risco associado a cheias de rios,
revela potencial para implantação de
equipamentos urbanos.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

32. do século XIX e retomada por Arno Peters

a partir da metade do século seguinte, cujo
A representação cartográfica a seguir atendeu
contexto político-econômico fortemente o
aos anseios dos Estados subdesenvolvidos que
influenciou para o desenvolvimento desse
se tornaram independentes após a Segunda
mapa.
Guerra Mundial .
Assinale a alternativa cuja característica cor-
responde ao mapa de Gall-Peters:
a. Corresponde a uma projeção do tipo
cônica, que distorce as áreas situadas
nas baixas latitudes e torna mais fiel
a representação das regiões de média
e elevada latitude.
b. Peters, que retomou a elaboração
N dessa projeção durante o período da
Guerra Fria, procurou ressaltar no
mapa, a partir da representação das
Esse mapa foi desenhado segundo a projeção dimensões das áreas, a superioridade
de: dos Estados Unidos sobre as demais
porções do globo.
a. Peters.
c. Trata-se de uma projeção equivalente
b. Mercator. que objetiva representar um retrato
c. Mollweide. mais ou menos fiel do tamanho das
áreas, o que faz a África e a América
d. Robinson. do Sul ganharem mais destaque do
e. Goode. que quando representadas na proje-
ção de Mercator.
33. PUC-PR
d. É uma projeção cuja principal quali-
Observe com atenção o mapa a seguir. dade está no respeito às formas dos
continentes, procurando representá-
las com fidelidade, ao contrário das
áreas que são mostradas de maneira
desigual, sendo maiores próximas aos
polos e reduzidas na faixa intertropi-
cal.
e. A disposição perpendicular da rede
PV-13-14

de paralelos e meridianos nesse

N mapa revela que a projeção de Gall-
-Peters é do tipo azimutal ou polar.
34. Unicamp-SP
Mapa da projeção de Gall-Peters, em Geografia O sistema de projeção do mapa a seguir foi
do Brasil de José William Vesentini
criado por Mercator em 1569 com o objetivo
O planisfério foi elaborado cartograficamen- de facilitar as navegações marítimas. Obser-
te por meio da projeção de Gall-Peters, con- ve o mapa e faça o que se pede.
cebida inicialmente por James Gall no final

77
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

Sobre esse tipo de projeção, podemos afir-

Círculo Polar Ártico mar que:
a. representa as áreas de latitudes mé-
dias e a conservação das formas e dos
Trópico de Câncer
ângulos continentais.
Equador
Trópico de Capricórnio Rota A b. mostra um mundo igual para as pes-
Rota B soas e as nações, apresentando um
Rota C conteúdo político e social.
Círculo Polar Antártico
c. conserva as formas das massas e a
N
proporcionalidade dos diversos con-
tinentes.
MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: geografia geral e do d. representa distâncias e direções exatas
Brasil". São Paulo: Editora Ática, 2002. p. 446. Adaptado. a partir de um centro, revelando, dessa
forma, um conteúdo geopolítico.
a. Segundo a projeção de Mercator, em 36.
quais porções da Terra representadas
Responder à questão com base no gráfico, que
no mapa não ocorre distorção e onde representa parte das coordenadas geográficas.
a distorção é mais acentuada?
1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o
1o
b. A projeção de Mercator é um exemplo
A
do grande desenvolvimento da carto- 2o
grafia no século XVI. A que contexto 3o B
C
histórico e econômico está associado 4 o

esse desenvolvimento da cartografia? 5o

c. O mapa indica três possibilidades de 6o
N

rotas marítimas entre Montevidéu 7 o

(Uruguai) e Cidade do Cabo (África do

Sul). Identifique qual das três rotas é A direção do ponto C em relação ao ponto A é:
a menor. Justifique sua resposta. a. sul-sudoeste.
35. UFRN b. oeste.
c. sudeste.
As figuras a seguir foram construídas utili-
d. leste-sudeste.
zando-se a projeção do tipo azimutal equi-
distante. e. sudoeste.
37. Fatec-SP
ÁFRICA
Com relação ao mapa a seguir:
EUROPA ICA
ÉR
AM
PV-13-14

ÁSIA Mapa-múndi: projeção de Peters

r
ado

EUROPA
r
ado
Equ

AM
Equ

É
Pearl Harbor RICA ÁFRICA ÁSIA
Délhi
OCEANIA OCEANIA ANTÁRTIDA

SENE, E. de; MOREIRA, J. C. Geografia geral OCEANIA AMÉRICA DO SUL

e do Brasil: espaço geográfico e globalização.
ÁFRICA
São Paulo: Scipione, 2003. p. 446.

AMÉRICA DO NORTE
ÁSIA
EUROPA

78
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
a. O erro está no fato de ele ser apre-
sentado de modo invertido, pois a An-
tártida está colocada ao norte e Eu-
ropa e Ásia, ao sul da Terra, fato que
invalida a projeção de Peters.
b. Nenhum dado está correto, pois, com
a projeção de Peters, a Europa apare-
ce proporcionalmente menor do que
realmente é em relação aos demais
continentes.
c. A forma do traçado dos continentes
está mantida, mas o erro está no fato
de o mapa ser apresentado de modo
invertido, resultado da projeção de
Peters.
d. A proporção entre as áreas dos conti-
nentes corresponde à realidade, ape-
sar de comprometer as suas formas,
resultado da projeção de Peters.
e. Todos os dados são fiéis à realidade:
a proporção entre as áreas, a forma
dos continentes e a distância entre
todos os pontos da superfície terres-
tre.
38.
Com base em seus conhecimentos sobre pro-
jeções cartográficas e analisando a que foi uti-
lizada no mapa a seguir, você pode inferir que
se trata da projeção:
Polo de decisão
Esboço do "centro" mundial
Relação de dominância
PV-13-14
Equador
79
Geografia
a. de Mercator, adequada para estabelecer
a direção das rotas comerciais marítimas.
b. polar, adequada para representações
geoestratégicas e geopolíticas.
c. de Peters, adequada para representar a
área dos continentes, sem deformações.
d. cilíndrica, adequada para a representa-
ção centrada nas regiões polares.
e. cônica, adequada para representar as
regiões de latitudes médias.
39. Fuvest-SP
Considerando-se basicamente as característi-
cas topográficas na análise da figura a seguir,
podemos afirmar que:
A 47º45’W B
20º15’
Sul
0 5 km
a. no setor A, a amplitude e a declividade
são muito baixas, agravando a torren-
cialidade dos rios.
b. no setor B, a declividade e a amplitude
são muito elevadas, contribuindo para
a menor torrencialidade dos rios.
c. o setor A apresenta menor declividade,
sendo mais favorável à mecanização da
agricultura.
d. ambos os setores oferecem atrativos
semelhantes à mecanização da agri-
cultura, pois as variações de amplitu-
de e declividade são pouco significa-
tivas.
e. ambos os setores apresentam dificul-
dades semelhantes à mecanização da
agricultura, pois as amplitudes e decli-
vidades são extremamente altas.
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

40. Com base na análise dos gráficos e em seus

conhecimentos sobre as regiões brasileiras, é
Observe os gráficos a seguir. incorreto afirmar:
a. A ocupação da região Sul se deu com
a presença de colonos europeus, prin-
Norte Nordeste
cipalmente alemães e italianos, que,
2% 15% 4% inicialmente, enfrentaram dificuldades
44% de adaptação e exerceram atividades
54% econômicas diferenciadas das demais
98% 96% 22% regiões, o que concorreu para a exis-
tência de paisagens culturais diversas.
31% 34%
b. A predominância de mães de origem
Pai Mãe Pai Mãe genética ameríndia, na região Norte,
tem raízes históricas no Período Colo-
Sudeste Sul nial, quando um pequeno número de
4% 12% homens brancos gerou filhos em gran-
34% de número de mulheres índias.
24%
c. O percentual de pais de origem gené-
96% 33% 100% tica europeia, na região Sul, excluiu a
64%
possibilidade de formação de setores
33%
mestiços na sociedade regional, visto
Pai Mãe Pai Mãe que sua preferência por mulheres bran-
cas impediu o cruzamento interétnico.
Qualquer que seja a região, a origem paterna d. As colunas indicadoras da origem étnica
na árvore genealógica dos brasileiros brancos das mães, nas regiões Nordeste e Su-
é predominantemente europeia. Já a mater- deste, mostram a predominância afro-
na se reparte entre ancestrais europeus, descendente na população da região
índios e negros. Nordeste e o relativo equilíbrio entre mes-
tiços afrodescendentes e ameríndios, no
Origem Genética
Sudeste.
Europeia Ameríndia
e. A distribuição étnica do país registra a
Africana Japonesa e coreana concentração diferenciada de afrodes-
cendentes, índios e brancos, nas diver-
sas regiões, apesar da predominância
genética de pais europeus na formação
do povo brasileiro.
PV-13-14

80
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Capítulo 02
41.
Observe as proposições concernentes à eco-
nomia mundial:
( ) O principal problema do mundo atu-
al é o relacionado ao empobrecimento
acelerado dos povos do hemisfério Sul,
em contraste com o enriquecimento do
hemisfério Norte.
( ) A política econômica da antiga União
Soviética pode ser resumida em dois
grandes princípios que são aplicados
pelo regime socialista: coletivização e
planificação.
( ) O capitalismo competitivo ou liberal,
típico do século XIX, era caracterizado
pela concorrência entre as inúmeras
pequenas e médias empresas e pela
pouca atuação do Estado na economia.
( ) Em todos os países chamados capita-
listas, inexiste a participação do Estado
na economia; as propriedades são sem-
pre individuais.
( ) Os países capitalistas desenvolvidos
normalmente exportam produtos ma-
nufaturados e importam produtos pri-
mários.
42.
Que relações se estabeleceram entre os países
latino-americanos e os países de capitalismo
desenvolvido?
43.
A Nova Ordem Econômica Mundial já não se
caracteriza pela competição ideológica entre
capitalismo e socialismo. Qual é, então, sua
PV-13-14
principal característica?
44.
Em relação aos sistemas econômicos, capita-
lismo e socialismo, não é correto afirmar:
a. A economia capitalista está sempre vol-
tada para a venda de produtos e servi-
ços, isto é, para o mercado.
b. Países como o Brasil e os Estados Uni-
dos possuem economia planificada.
c. Apenas no século XX foram instalados
governos socialistas.
81
Geografia
d. O princípio básico do capitalismo é a
propriedade privada e os meios de pro-
dução.
e. A escassez de produtos essenciais foi
um dos fatores da intensa crise que
ocasionou a desintegração da URSS, no
final de 1991.
45. PUCCamp-SP
"Hoje, a expectativa de vida no Harlem é menor
do que a de um país como Bangladesh... As po-
líticas de impostos do governo, na atualidade,
transformaram os Estados Unidos em uma na-
ção em que os 4% mais ricos (3,8 milhões e suas
famílias) ganharam tanto quanto 51% dos traba-
lhadores mais pobres (49,2 milhões e suas famí-
lias)." O texto extraído e adaptado de um jornal
de São Paulo mostra fatos da situação social dos
Estados Unidos, em que:
a. a política neoliberal vem tomando medi-
das que têm como princípios fundamen-
tais a menor presença do Estado, o maior
peso do mercado e a menor carga tribu-
tária na vida da população.
b. o liberalismo, afirmado pelo "salve-se
quem puder", faz o capitalismo concor-
rencial voltar à tona, faz pequenas em-
presas desaparecerem e faz do desequi-
líbrio social uma questão revolucionária.
c. as medidas socializantes, que sempre
coexistiram no interior do capitalismo
e que, de certa forma, promoviam um
melhor padrão de vida para todos, vêm
paulatinamente desaparecendo.
d. a tendência que se verifica é a de que
os problemas econômicos agravem-se,
enquanto Bangladesh pode resolvê-los a
curto prazo.
e. as consequências dos projetos políticos
dos últimos governos, que devastaram
a economia neoliberalista, provocaram
uma tendência de reversão desse quadro
com o novo governo do país.
46.
Explique como a ética protestante favoreceu o
desenvolvimento e o fortalecimento do capi-
talismo nos Estados Unidos.
 Geografia
47. UFBA
O motor do século e do capitalismo
I. O petróleo é o segundo maior ne-
gócio do mundo. O primeiro é a indústria
automobilística.
II. Mais da metade da energia consu-
mida no mundo vem do petróleo.
III. Os americanos usam um de cada
quatro barris produzidos.
IV. Mantido o atual volume de reser-
vas, produção e consumo, o mundo teria
petróleo para mais 43 anos.
V. Há mais de 2.000 produtos feitos
à base de petróleo, como plástico, isopor
e acrílico. A cada cinco anos, cinco novos
produtos são desenvolvidos.
PETRY, p. 34 – adaptação
A análise do texto anterior e os conhecimen-
tos sobre os problemas econômicos atuais per-
mitem concluir:
01. As afirmativas I e II podem ser compro-
vadas historicamente, nos acontecimen-
tos dos anos 70 do século XX, quando a
crise do petróleo influiu negativamente
no equilíbrio das relações internacio-
nais, na produção dos países industriali-
zados e no desenvolvimento das econo-
mias emergentes.
02. Considerando-se a afirmativa II, é pos-
sível dela excluir o caso brasileiro, visto
que a utilização do álcool combustível
permite maior autonomia ao país, pe-
rante às flutuações e crises da energia
petrolífera.
04. A afirmativa III explica o empenho norte-
americano em atrair as forças ocidentais
para participarem da Guerra do Golfo,
considerando-se a concentração das re-
servas petrolíferas nessa área.
08. As afirmativas IV e V indicam a existên-
cia de uma verdadeira "civilização do pe-
tróleo", dependente dos seus derivados
e despreparada para substituí-lo a curto
prazo e para preservar o meio ambiente.
16. Todas as afirmativas sugerem a exis-
tência de uma política de cooperação
mundial, visando ao uso equilibrado do
petróleo pelas nações desenvolvidas e
pelas nações em desenvolvimento.
A soma das corretas é_______
48.
Explique os fatores que regem a atual divisão
internacional do trabalho no quadro formado
pelas fronteiras planetárias do capitalismo.
82
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
49.
Nas últimas décadas, no Brasil, foram criadas
condições para um rápido desenvolvimento do
capitalismo. Grandes quantidades de capitais
nacionais e estrangeiros foram aplicadas em vá-
rios setores da produção, em busca de grandes
e imediatas margens de lucros. O desempenho
da economia colocou o país entre as oito maio-
res "potências" econômicas do mundo. Em con-
trapartida, a maior parte da população brasilei-
ra vive em condições de subdesenvolvimento.
Assinale a alternativa correta para caracterizar
a situação da maioria da população brasileira.
a. Analfabetismo e altas taxas de natalidade
b. Baixos salários e grande número de
pessoas pobres subempregadas e de-
sempregadas nas cidades
c. Altas rendas per capita e baixíssimas
taxas de mortalidade infantil
d. Equilibrada distribuição de renda entre
as diferentes regiões brasileiras
e. As alternativas a e b são corretas
50.
"O capitalismo pode não ter inventado
a cidade, mas indiscutivelmente inventou
a cidade grande. Criou, particularmente, a
metrópole e a megalópole."
SENE, E. & MOREIRA, J.C. Geografia geral e
do Brasil: espaço geográfico e globalização.
São Paulo: Ed. Scipione, 1998. p.308.
A megalópole é um fenômeno urbano, decor-
rente da:
a. conurbação de bairros e centro da cida-
de, que ocorre nas faixas litorâneas dos
países capitalistas desenvolvidos.
b. conurbação de dois ou mais bairros,
que se dá na fase mais avançada do ca-
PV-13-14
pitalismo financeiro.
c. conurbação de duas ou mais metrópo-
les, típica do capitalismo financeiro e
monopolista.
d. macrocefalia, característico das gran-
des cidades nos países subdesenvolvi-
dos capitalistas.
e. aglomeração urbana, verificada no iní-
cio do capitalismo industrial.
51.
Quando a questão a considerar trata dos impac-
tos ambientais provocados pela intervenção do
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
homem na natureza, sendo esta entendida ape-
nas como fonte de lucros, é correto afirmar que:
a. o "ecocapitalismo" ou "capitalismo ver-
de", proposta de modelo de desenvol-
vimento dos anos 1980, garantia um
aproveitamento mais intenso de maté-
rias-primas não renováveis.
b. o período técnico-científico do capitalis-
mo favoreceu a busca de soluções para
os impactos ambientais, no desenvolvi-
mento das sociedades de consumo.
c. a exploração dos recursos naturais não
renováveis e a orientação dos investi-
mentos em regiões como a da Amazônia
atendem a um modelo ecologicamente
sustentável.
d. a concepção de desenvolvimento sus-
tentável surgiu em Estocolmo, em 1972,
para conciliar posições a favor do "desen-
volvimento a qualquer custo".
e. as sociedades sustentáveis baseiam-se
na igualdade econômica, na justiça social,
na preservação da integridade ecológica
e na conservação da diversidade cultural.
52.
As recentes mudanças verificadas na China têm
como base:
a. a introdução progressiva do capitalismo
com a manutenção de um sistema políti-
co autoritário e centralizador, próprio do
socialismo.
b. a modernização das práticas agropecuá-
rias dominantes na maior parte do inte-
rior do país.
c. a elevação do PIB per capita, criando
um mercado consumidor com mais de
1 bilhão de pessoas e com alto poder de
compra.
d. a completa abertura econômica e política
PV-13-14
provocada pelo fim do regime comunista.
e. a formação de uma união aduaneira com
o Japão que permite o livre trânsito de
capitais e mercadorias entre os dois pa-
íses.
53.
Considerando o chamado "capitalismo global"
ou processo de "globalização" da economia,
analise as seguintes afirmativas.
I. As empresas transnacionais passam a
decompor o processo produtivo (pro-
dução, circulação, distribuição e consu-
mo) em escala mundial.
83
Geografia
II. Todos os países, regiões e cidades do
mundo se beneficiam igualmente da
globalização da economia.
III. A aplicação do capital, a tecnologia, o
uso da mão de obra, o planejamento da
produção e vendas e, finalmente, o ma-
rketing são praticados em escala global.
Assinale a alternativa correta.
a. I e II são verdadeiras.
b. I e III são verdadeiras.
c. II e III são verdadeiras.
d. Apenas I é verdadeira.
e. Apenas II é verdadeira.
54.
Ruínas do império:
"Transição" ao capitalismo na verda-
de é uma "grande depressão".
Folha de S. Paulo, 19/09/99
Um estudo realizado pela ONU mostra o de-
clínio da ex-URSS. Dentre as razões para essa
situação, podemos citar o(a):
I. desmantelamento do aparato estatal
que propiciou o aumento da contraven-
ção e da economia informal;
II. colapso do sistema de saúde e de edu-
cação que levou ao empobrecimento
da população;
III. liberalização imediata e indiscriminada
dos preços que gerou uma economia
hiperinflacionária.
É (são) verdadeira(s) a(s) afirmativa(s):
a. I, apenas.
b. I e II, apenas.
c. I e III, apenas.
d. II e III, apenas.
e. I, II e III.
55.
Diferencie os sistemas político-econômicos do
capitalismo e do socialismo quanto à:
a. economia;
b. propriedade dos meios de produção;
c. partidos políticos.
56.
Analise as proposições e responda:
I. Nas décadas de 50 e 60 ocorreram, no
Leste Europeu, movimentos que ques-
tionavam a ausência de democracia, o
 Geografia
monopólio do poder político nas mãos
dos partidos comunistas; a ditadura do
Estado, controlando inclusive os sindi-
catos; e a rigorosa censura aos meios
de comunicação.
II. As revoltas no Hungria, em 1956, e
na Tchecoslováquia, em 1968, foram
movimentos iniciados por operários,
estudantes e intelectuais, que depois
conseguiram a participação de seus
governantes, promovendo importantes
mudanças no regime adotado por seus
países.
Está(ão) correta(s):
a. I e II.
b. apenas a I.
c. apenas a II.
d. as duas estão incorretas.
57. PUCCamp-SP
Em função do quadro das grandes transforma-
ções ocorridas no mundo a partir do final dos
anos 80:
a. aponta-se para novos programas de re-
construção que, à semelhança do Plano
Marshall, tenderiam a instalar projetos
especiais com vistas a obter a prosperi-
dade econômica nas áreas pobres do Sul.
b. questiona-se a validade da expressão
Terceiro Mundo para designar os países
pobres, pois, com o final da Guerra Fria,
deixou de existir a tradicional divisão
de Primeiro e de Segundo Mundo.
c. promove-se um realinhamento dos
principais países devedores no sentido
de implantar ajustes econômicos, capa-
zes de promover melhoria qualitativa
do padrão de vida e ampliação do mer-
cado interno destas nações.
d. estabelece-se um novo período de
prosperidade econômica generalizada
nos países industrializados, que se tra-
duz pelo crescimento da produção e
queda do desemprego.
e. acentua-se a tendência à universali-
zação das instituições democráticas,
ampliando-se os índices de desenvolvi-
mento humano.
84
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
58. Fuvest-SP
"A terra, o subsolo, as águas, as florestas, as
fábricas, as minas de carvão e de minérios, as
estradas de ferro, os transportes por água e
por ar, os bancos, as grandes empresas agrí-
colas organizadas pelo Estado, assim como as
empresas municipais e a massa fundamental
das habitações nas cidades e as aglomerações
industriais, são propriedades do Estado, quer
dizer, de todo o povo."
É artigo da Constituição:
a. do Brasil.
b. da República Federal Alemã.
c. da Suécia.
d. dos Estados Unidos.
e. da União Soviética.
59. Fuvest-SP
Explique a formação da Otan e do Pacto de
Varsóvia no contexto politico-militar que se
seguiu à Segunda Guerra Mundial.
60. UERJ
CUBA JÁ RECEBE OS EUROS DOS
TURISTAS
O euro começou a circular em Va-
radero, o balneário turístico mais impor-
tante de Cuba, onde a empresa Transtur
anunciou que os serviços de táxi e aluguel
de automóveis já podem ser pagos com a
moeda.
Gazeta Mercantil, 12/05/2002
TENSÃO ENTRE FIDEL
E WASHINGTON
A viagem de Jimmy Carter acontece
PV-13-14
num dos momentos mais tensos das rela-
ções entre EUA e Cuba nos últimos anos.
No dia 6 de maio, durante um pronuncia-
mento em Washington, o subsecretário de
Estado para Controle de Armas e Segu-
rança Nacional americano, John Bolton,
incluiu Cuba na lista de países que apoiam
o terrorismo.
Jornal do Brasil, 12/05/2002
As duas notícias revelam atitudes distintas
com relação a Cuba. Do lado da União Euro-
peia, há a valorização do turismo e do comér-
cio; do lado dos EUA, desconfiança e tentativa
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
de controle. A dificuldade dos governos norte-
-americanos em lidar com o regime cubano
decorre do fato de que este tem sido visto
como:
a. um polo de fundamentalismo religioso
na América Central.
b. uma exceção política no espaço de do-
minação norte-americana.
c. um posto avançado das tecnologias al-
ternativas na região do Caribe.
d. um aliado ideológico da União Euro-
peia no contexto latino-americano.
61.
A Revolução Tecnológica das últimas décadas
acelerou a velocidade de transmissão da in-
formação e modificou as noções de próximo e
distante. Essas mudanças influem nas estraté-
gias de localização das indústrias.
A alternativa que indica corretamente os fato-
res que atuam na localização dos estabeleci-
mentos industriais da “nova economia” é:
a. a proximidade das fontes de matérias
primas industriais e do abastecimento
energético;
b. a existência da logística de circulação e
o acesso às redes de informações;
c. a proximidade das agências de notícias
e das instituições de coleta de dados;
d. a oferta de mão-de-obra e a facilidade
de acesso aos mercados de consumo;
e. a garantia dos investimentos especula-
tivos e a densidade das redes de trans-
porte.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Texto I
O desenvolvimento não é um meca-
nismo cego que age por si. O padrão de
PV-13-14
progresso dominante descreve a trajetória
da sociedade contemporânea em busca
dos fins tidos como desejáveis, fins que
os modelos de produção e de consumo ex-
pressam. É preciso, portanto, rediscutir os
sentidos. Nos marcos do que se entende
predominantemente por desenvolvimen-
to, aceita-se rever as quantidades (menos
energia, menos água, mais eficiência, mais
tecnologia), mas pouco as qualidades: que
desenvolvimento, para que e para quem?
LEROY, Jean Pierre. Encruzilhadas do desenvolvimento.
O Impacto sobre o meio ambiente. Le Monde
Diplomatique Brasil. jul. 2008, p.9.
85
Geografia
62. UEL-PR
A situação apontada no texto remete a proble-
mas no uso dos recursos naturais. Com base
no texto, no enunciado e nos conhecimentos
sobre o desenvolvimento capitalista, conside-
re as afirmativas a seguir.
I. O desenvolvimento do capitalismo in-
dustrial baseou-se no uso de fontes de
energia limpa como principal elemento
para a realização da produção.
II. Elementos da natureza, como madeira
e minérios, serviram para estruturar
mecanismos coloniais de dominação.
III. No mundo atual, a consciência ecológi-
ca e a reciclagem de materiais são insu-
ficientes para deter o consumo desen-
freado dos recursos naturais.
IV. O capitalismo é racional no espaço de
cada unidade produtiva e anárquico no
plano social, pois o capitalista contem-
pla apenas o seu interesse individual.
Assinale a alternativa correta.
a. Somente as afirmativas I e II são corretas.
b. Somente as afirmativas I e III são corretas.
c. Somente as afirmativas III e IV são corre-
tas.
d. Somente as afirmativas I, II e IV são cor-
retas.
e. Somente as afirmativas II, III e IV são
corretas.
63. UFG-GO
Nas últimas décadas do século XX, a intensifi-
cação do uso de alta tecnologia induziu uma
nova lógica de localização industrial. Os atuais
espaços industriais caracterizam-se pela capaci-
dade organizacional e tecnológica de distribuir o
processo produtivo em diferentes localidades. A
espacialização do processo produtivo revela que
a. os novos espaços industriais organi-
zam-se em torno de fluxos de informa-
ção que reúnem e distribuem, ao mes-
mo tempo, as fases da produção.
b. as novas indústrias foram instaladas
considerando-se a abundância de mão-
de-obra e a proximidade do mercado
consumidor.
c. a criação de espaços industriais, nos
países do Terceiro Mundo, foi promovi-
 Geografia
da pelas políticas estatais de incentivo
ao consumo dos países centrais.
d. as empresas instalaram unidades pro-
dutivas em alguns países de industriali-
zação tardia, incentivadas pela política
de substituição de importações.
e. os atuais espaços industriais, espalha-
dos pelo Globo, utilizam muita força de
trabalho qualificada e poucos trabalha-
dores semiqualificados.
64. Fatec-SP
Especialistas indicam que, no século XXI, existe
a tendência de crescimento do comércio e cir-
culação de mercadorias entre:
a. os países da América Latina, grandes
exportadores de produtos minerais e
agropecuários, e os países da Ásia, que
se tornaram grandes consumidores de
matérias-primas industriais e alimen-
tos.
b. a União Europeia e os países da África
Subsaariana, como resultado da ajuda
dos países europeus para redução da
fome e miséria no continente africano,
o que resultou no crescimento da eco-
nomia.
c. as ilhas Estados da Oceania, que se tor-
naram paraísos fiscais a partir da déca-
da de 1990, e os Estados Unidos, cujas
empresas têm buscado novas áreas de
investimentos com mão de obra barata
e baixos impostos.
d. os países andinos e da América Central,
como efeito secundário da participação
dos países destas regiões na Associação
de Livre Comércio das Américas (Alca),
liderada pelo Brasil e pelos Estados Uni-
dos.
e. os países desenvolvidos, em razão das
políticas protecionistas praticadas pe-
los países subdesenvolvidos, que as uti-
lizam para incentivar as indústrias e a
produção agrícola nacionais.
65.
A rígida divisão do trabalho do taylorismo e a
procura de mão de obra barata e de mercados
nacionais estão cedendo lugar às novas neces-
sidades industriais do capitalismo, detectadas,
a partir da década de 1970, nos países do Nor-
86
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
te. A figura a seguir ilustra essa nova maneira
de produzir, que privilegia:
Empresas Alianças
japonesas
7
americanas
europeias 6
a. as alianças empresariais, restritas ao in-
terior de blocos regionais, e disputam a
hegemonia sobre mercados supranacio-
nais.
b. a economia de redes transnacionais, mul-
tiplicando as trocas entre o mundo da
tecnologia, das indústrias e dos serviços.
c. a ação de multinacionais que, competin-
do pelo domínio da tecnologia, colocam
os mercados nacionais acima dos impera-
tivos da globalização.
d. o papel da mídia, padronizando as infor-
mações e criando a necessidade de con-
sumo de novos produtos industriais.
e. a modernização da linha de montagem
do fordismo, possibilitando complexa
ampliação da produção e do consumo
em massa.
66. UECE
PV-13-14
Tomando-se os indicadores econômicos e so-
ciais entre os países, logo veremos que no He-
misfério Norte estão os países mais ricos, en-
quanto no Sul predominam os países pobres
ou subdesenvolvidos. Marque o que melhor
explica esta realidade mundial.
a. O desenvolvimento mundial do capita-
lismo sempre gerou desigualdade ou
um desenvolvimento desigual.
b. No Norte, o clima temperado favorece
maior produtividade do trabalho e a
geração de maior riqueza.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
c. Os países setentrionais já passaram
pela situação de subdesenvolvimento e
superaram essa fase com muito esforço
e trabalho, o que não ocorre no Hemis-
fério meridional.
d. O país subdesenvolvido é exatamente
o oposto do desenvolvido, em todos os
aspectos.
e. O capitalismo nem sempre foi assim,
uma vez que no passado o sul era mui-
to mais rico que o norte.
67. Unicamp-SP
A necessidade de mercados cada vez
mais extensos para seus produtos impele a
burguesia para todo o globo terrestre. Ela
deve estabelecer-se em toda parte(…).
Através da exploração do mercado
mundial, a burguesia deu caráter cos-
mopolita à produção e ao consumo de
todos os países. Em lugar das velhas ne-
cessidades, satisfeitas pela produção na-
cional, surgem necessidades novas que,
para serem satisfeitas, exigem produtos
das terras e dos climas mais distantes
(…). Em lugar da antiga auto-suficiência
e do antigo isolamento local e nacional,
desenvolve-se em todas as direções um
intercâmbio universal, uma universal in-
terdependência das nações.
Karl Marx e Friedrich Engels. Manifesto
do Partido Comunista, 1848
Escrito em 1848, esse texto continua atual.
Justifique a atualidade dessas idéias, caracte-
rizando a atual fase de desenvolvimento do
capitalismo.
68. UNIRIO
PV-13-14
Com relação ao fenômeno da globalização,
que caracteriza as mudanças em curso na ge-
ografia do mundo contemporâneo, é correto
afirmar que:
a. É seletivo, envolvendo diferenciada-
mente as classes e grupos sociais e se
dá sobretudo no campo das relações
econômicas.
b. Como o nome indica, tem uma dimen-
são universal, vindo desde as origens
do capitalismo, atingindo todos os po-
vos do planeta.
87
Geografia
c. É oposto da chamada fragmentação,
pois esta envolve o espaço dos excluí-
dos e daqueles que se negam a partici-
par do capitalismo.
d. É exclusivamente de caráter político-
cultural e se expandiu com a hegemo-
nia dos Estados Unidos do planeta.
e. Acelera o fortalecimento dos Estados-
Nações, bem como nos nacionalismos
e regionalismos.
69.
As sensações provocadas nos passageiros,
dentro de um carrinho, durante o trajeto em
uma montanha-russa, podem ser associadas
a determinadas transformações históricas,
como se observa no texto:
A primeira é a da ascensão contínua,
metódica e persistente. Essa fase pode re-
presentar o período que vai, mais ou me-
nos, do século XVI até meados do século
XIX. A segunda é a fase em que, num re-
pente, nos precipitamos numa queda ver-
tiginosa, perdendo as referências do espa-
ço, das circunstâncias que nos cercam e
até o controle das faculdades conscientes.
Isso aconteceu por volta de 1870. Nunca
é demais lembrar que esse foi o momen-
to no qual surgiram os parques de diver-
sões e sua mais espetacular atração, a
montanha-russa, é claro. A terceira fase,
na nossa imagem da montanha-russa, é a
do “loop”, a síncope final e definitiva, o
clímax da aceleração precipitada. A esca-
la das mudanças desencadeadas, a partir
desse momento, é de uma tal magnitude
que faz os dois momentos anteriores pare-
cerem projeções em câmara lenta.
N. Sevcenko, No loop da montanha-russa, 2009. Adaptado.
Explique duas das fases históricas menciona-
das no texto.
70.
Na Rússia, nas últimas eleições, os candidatos
neocomunistas têm tido expressiva votação.
Esse fato reflete:
a. a insegurança gerada no interior da CEI
pelo ingresso da Rússia na OTAN.
b. o fracasso da prática política norte-
americana de fazer fortes investimen-
tos na Rússia.
 Geografia
c. a insatisfação de setores da população
com a situação social após a abertura
para o capitalismo.
d. a reação popular contra a militarização
do regime, após o golpe de 1991.
e. os protestos contra a política comercial
deficitária entre ela e o Japão.
f. (Upe) Observe com atenção o organo-
grama a seguir:
71. UPE
Observe com atenção o organograma a seguir:
SISTEMA
CAPITALISTA
KEYNESIANISMO
NEOLIBERALISMO
a. O organograma acima exibe duas ver-
sões distintas do sistema capitalista,
planejadas em diferentes épocas, in-
trínsecas à economia de mercado, con-
tudo diferenciadas por características
marcadas por oposições conjuntas. So-
bre elas, analise os itens a seguir:
I. O keynesianismo defende a ampla in-
tervenção do Estado na economia,
enquanto o neoliberalismo aceita uma
intervenção mínima do Estado na eco-
nomia.
II. O keynesianismo é favorável ao aumen-
to de gastos públicos, enquanto o neo-
liberalismo estimula o Estado de bem-
estar social.
III. O keynesianismo propõe a geração de
empregos por intermédio da receita
pública, enquanto o neoliberalismo de-
fende a abertura econômica dos países.
IV. O keynesianismo critica o pensamento
econômico clássico, enquanto o Neo-
liberalismo busca aplicar os princípios
do liberalismo clássico.
V. O keynesianismo critica o princípio da
“mão invisível”, enquanto o neolibera-
lismo critica a privatização de estatais.
88
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Apenas está correto o que se afirma em:
a. I.
b. III.
c. I e II.
d. I, III e IV.
e. I, II, III e V.
72.
O Plano Marshall contribuiu de forma decisiva
para:
a. a implantação do capitalismo nas anti-
gas repúblicas da ex-URSS.
b. a reconstrução do capitalismo europeu
após a Segunda Guerra Mundial.
c. O processo de paz no Oriente Médio.
d. o desenvolvimento industrial dos "Ti-
gres Asiáticos".
e. a redução dos arsenais nucleares da
Otan.
73.
Quanto às questões relativas ao desenvolvi-
mento do capitalismo e do subdesenvolvimen-
to, julgue os itens adiante:
I. Antes da internacionalização do capita-
lismo iniciada na Europa, no século XVI,
a diferença de poder entre os países não
era mensurada pelos termos econômicos
de desenvolvidos e subdesenvolvidos.
II. O capitalismo unificou a humanidade, o
espaço mundial e criou uma diferença
entre áreas centrais ou desenvolvidas e
periféricas ou subdesenvolvidas.
Subdesenvolvimento é apenas uma situação
de atraso econômico, podendo ser mensurado
pelo valor da renda per capita.
PV-13-14
Assinale:
a. se for correta apenas a afirmativa I.
b. se forem corretas apenas as afirmativas I
e II.
c. se forem corretas apenas as afirmativas I
e III.
d. se forem corretas apenas as afirmativas
II e III.
e. se forem corretas as afirmativas I, II e III.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
74.
“... A penetração do capitalismo na
agropecuária liberou grandes contingen-
tes de mão de obra, seja pela mecanização
das atividades, seja pela concentração da
propriedade da terra. Esse pessoal migrou
para as cidades (êxodo rural), que não se
aparelharam o suficiente em termos de
infraestrutura urbana... Multiplicam-se
as favelas e cortiços, o transporte é in-
suficiente e a indústria não acompanha o
ritmo de crescimento urbano. Mesmo as-
sim, a agropecuária é de grande peso na
economia que está articulada a um setor
terciário bastante diversificado.”
As características apresentadas aplicam-se
melhor às regiões:
a. Norte e Sudeste.
b. Sudeste e Sul.
c. Norte e Centro-Oeste.
d. Sul e Norte.
e. Nordeste e Centro-Oeste.
75. UnB-DF
A formação de um mercado comum na região do
Cone Sul da América, Mercosul, obedece aos di-
tames do capitalismo globalizado. Acerca desse
tema, julgue os itens que se seguem.
01. O uso de novas tecnologias na produção
industrial e agrícola é mais disseminado
nos países desenvolvidos, tornando a
produção latino-americana não competi-
tiva no mercado internacional.
02. Com a formação da União Europeia (UE)
e do Acordo Norte-Americano de Livre
Comércio (Nafta), a economia da região
geográfica da América do Sul ficou na
dependência de um desses dois blocos
econômicos para realizar suas transações
PV-13-14
financeiras no mercado internacional.
03. O Mercosul foi criado para incentivar a
exportação de matéria-prima, demanda-
da em grande quantidade pelo mercado
mundial, gerando, assim, maior renda
para os países-membros.
04. A formação de blocos econômicos regio-
nais, tais como a UE, o NAFTA e o Mer-
cosul, deu-se devido ao que se denomina
uma verdadeira guerra comercial pelo
controle dos principais mercados consu-
midores do planeta, agora livres da Guer-
ra Fria.
A soma das corretas é _______
89
Geografia
76. UFPR
“A globalização ora em curso está
para o atual período científico-tecnológi-
co do capitalismo como o colonialismo
esteve para sua etapa comercial ou o im-
perialismo para o final da fase industrial e
início da fase financeira. Trata-se de uma
expansão que visa aumentar mercados e,
portanto, lucros, que é o que de fato move
os capitais produtivos ou especulativos,
na arena do mercado.”
Modificado de SENE, E. de e MOREIRA, J.C.,
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL. São Paulo, 1998, p. 64
Sobre as manifestações características da glo-
balização, é correto afirmar:
01. A redefinição das relações políticas,
econômicas e culturais entre os países
modifica o papel e o significado das
fronteiras nacionais.
02. A globalização aumentou a força/influ-
ência do Estado-Nação como poder re-
gulador da vida econômica e social dos
países.
04. A nova divisão internacional do traba-
lho permite que grandes conglome-
rados empresariais passem a exercer
uma dominação crescente no setor in-
dustrial e de serviços.
08. Em virtude do processo de globaliza-
ção, as grandes corporações passam a
ter maior mobilidade espacial e uma
maior capacidade competitiva.
16. É cada vez menor a cooperação inter-
nacional entre governos, instituições
não-governamentais e indivíduos, dado
o crescente isolamento das nações.
32. É crescente a interligação e interdepen-
dência dos mercados financeiros em
escala mundial.
A soma das corretas é _______
77. Unicamp-SP
Até o século XX, o capitalismo ope-
rava por meio da inclusão dos trabalha-
dores. Hoje, ele opera pela exclusão.
Adaptado da introdução de Marilena
Chauí ao livro de Paul Lafargue,
O direito à preguiça. São Paulo: Hucitec/Unesp, 1999.
a. Explique como ocorre atualmente a ex-
clusão de trabalhadores nas sociedades
capitalistas.
b. Nas grandes cidades, há utilizações es-
pecíficas do espaço público por parte
dos trabalhadores excluídos do empre-
go formal. Cite uma delas.
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

78. UFV-MG NAISBITT, John. Macrotendências: dez novas

orientações que transformam as novas vidas.
O quadro a seguir mostra o aumento do nú- Tradução. Lisboa: Presença, 1988. p.269.
mero de pessoas em cinco regiões do mundo
que, no período, passaram a viver com menos II. (...) a televisão é ela mesma um pro-
de um dólar por dia. duto do capitalismo avançado e, como
tal, tem de ser vista no contexto da pro-
Pessoas que vivem com menos moção de uma cultura do consumismo.
de um dólar por dia Isso dirige a nossa atenção para a pro-
dução de necessidades e desejos, para
1998 a mobilização do desejo e da fantasia,
1987 1998
(milhões de
(%) (%) para a política da distração como parte
pessoas)
do impulso para manter nos mercados
América Latina e de consumo uma demanda capaz de
22,0 23,5 110
Caribe conservar a lucratividade da produção
capitalista.
África HARVEY, David. Condição pós-moderna. Tradução.
38,5 39,1 219
Subsaariana São Paulo: Loyola, 1994. p.63-4.
Oriente Médio 4,7 4,1 11

Sul asiático 45,4 43,1 52 A virada do milênio é marcada por grande ve-
locidade no processo de transformações tec-
Leste asiático 28,8 26,8 446 nológicas da atual sociedade capitalista, do
Fonte: Banco Mundial, relatório 1998. qual a televisão a cabo faz parte. Com base nos
textos e da imagem, pode-se depreender que
O agravamento da miséria nessas regiões está a TV a cabo:
diretamente associado à hegemonia de qual a. está inserida no contexto do desenvol-
modelo econômico? vimento do capitalismo, que cria, cons-
a. Neoliberalismo tantemente, necessidades do consumo
b. Keynesianismo e procura diminuir as distâncias como
c. Socialismo burocrático forma de abarcar o mercado global.
d. Social-democracia b. divulga as culturas locais, ao contem-
e. Capitalismo de Estado plar as múltiplas visões existentes na
79. PUCCamp-SP sociedade mundial, impedindo o pro-
cesso de massificação cultural.
Leia o texto e observe a figura.
c. proporciona condições para a aproxi-
I. A televisão por cabo faz parte da estru-
mação dos povos, tornando o consumo
tura da sociedade de escolha múltipla.
mundial padronizado e no atendimen-
PV-13-14

(...) O sistema por cabo funciona como

um supermercado. Compra os progra-
mas e os serviços de muitas fontes,
que são então colocadas nos canais
do sistema. Por uma quota mensal, os
assinantes individuais encomendam os
programas e os serviços que lhes inte-
ressam. O sistema (...) fornece toda a
programação de televisão local, (...) de
cidades vizinhas e de (...) redes de te-
levisão mais distantes cuja emissão é
captada via satélite.
to aos desejos dos consumidores.
d. é um importante meio de comunicação
de massas, ao promover uma política
global de diversão e lazer, fundamental
na produtividade do trabalhador.
e. é um veículo importante de divulgação
dos produtos e serviços do capitalismo,
uma vez que os indivíduos têm liberda-
de de acesso aos canais como têm livre
acesso ao supermercado.

90
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
80. UEL-PR
Apesar da resistência, que teve mo-
mentos brilhantes, a colonização destruiu
as formas autênticas de vida desses países,
fraturou seu equilíbrio cultural e material
e instalou uma relação de dependência na
qual o capitalismo europeu, integrado a
uma economia e comércio mundiais, sa-
queou, através de suas companhias de
mineração, mercantis e financeiras, os
recursos da África e obrigou seus povos a
trabalhar, não para si próprios, mas para
o desenvolvimento europeu.
Enciclopédia do mundo contemporâneo. São
Paulo: Publifolha; Rio de Janeiro: Editora
Terceiro Milênio, 1999, p. 100.
A história das antigas colônias européias trou-
xe conseqüências diversas para os países hoje
considerados de Terceiro Mundo, em especial
no continente africano.
PV-13-14
91
Geografia
Sobre o tema, é correto afirmar:
a. A colonização européia implementou
políticas de recuperação ambiental
para o continente africano.
b. Com a independência das antigas colô-
nias africanas, as economias locais tor-
naram-se autônomas e bem-sucedidas.
c. A experiência socialista de países como
Angola, Moçambique e Guiné-Bissau
propiciou condições de vida semelhan-
tes às de países do Primeiro Mundo.
d. Fronteiras políticas estabelecidas no
período de colonização, reunindo po-
vos inimigos com idiomas e costumes
diferentes, continuam sendo um dos
maiores problemas africanos.
e. Com a retirada dos colonizadores euro-
peus, cessaram as guerras e guerrilhas
no continente africano.
 Geografia
Capítulo 03
81.
O processo tardio de industrialização verifica-
do após a Segunda Guerra Mundial promoveu:
a. uma divisão territorial do trabalho ba-
seada na troca desigual de commodities.
b. a reunião de líderes de países pobres
contra o capital internacional.
c. uma articulação produtiva entre nú-
cleos de países centrais e de países po-
bres.
d. a atuação decisiva de países periféricos
no Conselho de Segurança da ONU.
e. uma frente de países ricos que atuou
pela libertação colonial dos povos.
82.
A costa oeste dos Estados Unidos da América
apresenta:
a. polos tecnológicos na região conhecida
como Vale do Silício, que combina uni-
versidades e empresas.
b. grande presença de mão de obra mi-
grante, devido à proximidade com a
fronteira mexicana.
c. mais possibilidade de furacões que a
costa leste, devido à presença de falhas
geológicas.
d. densidade populacional menor na par-
te sul em relação à parte norte, em ra-
zão das temperaturas mais baixas.
e. produção de laranja orgânica em larga
escala, competindo com a produção
brasileira.
83.
... Somos países potencialmente ricos
e temos possibiidades de uma vida digna.
Mas o único potencial que nos dão direito
de desenvolver é o subdesenvolvimento.
ESQUÍVEL, Adolfo P. (argentino) –
Prêmio Nobel da paz de 1980.
92
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Da leitura do texto é possível concluir que o
autor:
a. sugere que a situação de pobreza dos
países do Terceiro Mundo depende do
desenvolvimento de técnicas para ex-
plorar as riquezas nacionais.
b. refere-se a uma realidade particular
dos países da América Latina e, portan-
to, não há como generalizar o conteúdo
do texto para outras áreas do mundo.
c. é determinista ao considerar que os
países subdesenvolvidos não têm con-
dições de atingir o desenvolvimento
econômico.
d. refere-se a uma situação anterior à glo-
balização, sendo que, hoje, os países
subdesenvolvidos já têm autonomia
para buscar seu próprio desenvolvi-
mento.
e. sugere que a situação de subdesenvol-
vimento tem origens externas, geral-
mente, associadas à dependência eco-
nômica e tecnológica.
84. Unesp
Em 1990, as maiores taxas de crescimento na-
tural da população ocorriam no oeste e no leste
da África (3,0%) e na América Latina (2,1%). De
acordo com a tendência geral apresentada pe-
los diversos países, é verdadeiro afirmar que:
a. as taxas de crescimento natural da po-
pulação independem do nível de de-
senvolvimento econômico do país.
b. quanto maior for o nível de desenvolvi-
PV-13-14
mento de um país, maior será a taxa do
crescimento natural de sua população.
c. quanto maior for o nível de desenvol-
vimento de um país, mais elevada será
a taxa de natalidade de sua população.
d. a taxa de crescimento natural da popu-
lação tende a diminuir com o desenvol-
vimento econômico.
e. quanto maior for o nível de desen-
volvimento de um país, maior será a
tendência de aumento do número de
filhos por família.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
85. Fuvest
"Hoje, a civilização só parece pro-
gredir onde existe um clima estimulante.
Uma civilização de primeira categoria
pode ser transportada de um lugar para
outro, mas só poderá crescer com vigor
onde o clima der energia aos homens.”
Huntington, 1915
Na atualidade, considerando as linhas de
pensamento geográfico mais modernas, a
afirmação contida no texto pode ser:
a. confirmada em numerosas áreas de
colonização europeia da África que
não conseguiram se desenvolver em
virtude dos climas áridos e semiári-
dos.
b. contestada em sua essência, pois não
são exclusivamente as condições na-
turais que justificam o grau de desen-
volvimento de uma região.
c. confirmada em sua essência, pois em
várias áreas da África e da América
Latina as condições climáticas adver-
sas retardaram o progresso.
d. contestada, pois não é o clima, mas o
meio natural como um todo, o prin-
cipal fator responsável pelo fraco de-
senvolvimento econômico de várias
partes do mundo, a exemplo do Saha-
el africano.
e. confirmada na Ásia das Monções,
onde a forte concentração de chuvas
num só período do ano impediu que
as influências da colonização euro-
peia promovessem o desenvolvimen-
PV-13-14
to da região.
86.
Pesquisas da Organização Mundial de Saúde
(OMS), realizadas na década de 1980, revelaram
que 97% da população dos países industrializa-
dos têm acesso à água tratada, enquanto apenas
35% da população dos países em desenvolvi-
mento têm este benefício. Os gráficos represen-
tam índices de mortalidade infantil, (I), e acesso
à água tratada, (II), em alguns países.
93
Geografia
Índice de mortalidade Acesso à água
infantil (%) tratada (%)
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
Afeganistão
Serra Leoa
Mali
Etiópia
Haiti
Zimbábue
México
Tailândia
Argentina
EUA
França
I II
Mortalidade infantil e percentagem da população com
acesso à água tratada – 1982. UNICEF, State of the
World's Children, 1984, conforme publicado em Willim
U. Chandler. Investing in children, Worlwatch Paper
64 (Washington, DC: Worldwatch Institute, 1985)
a. Descreva as tendências observadas nos
gráficos I e II.
b. Com base nos dados, agrupe os países
relacionados em duas grandes catego-
rias, caracterizando-as.
87.
"O desenvolvimento trouxe ao mesmo tempo
demandas acrescidas de energia tanto nos deri-
vados de petróleo como no campo elétrico. Isso
repercutiu de modo distinto nos três países, con-
siderando o seu desigual abastecimento interno
de recursos energéticos. Com 90% de geração de
energia elétrica de origem térmica e insuficiente
produção nacional para responder a maiores de-
mandas, o país A emergiu com fortes pressões
sobre a sua balança comercial, mas o país B
viu-se submetido a pressões muito mais in-
tensas devido à incipiente extração interna de
combustíveis, em que pese a proeminência de
fontes hidrelétricas. O país C conseguiu um re-
lativo equilíbrio ao combinar jazidas próprias
de hidrocarbonetos (dispondo de excedentes
exportáveis) com o aproveitamento de recur-
sos hídricos, que pesariam favoravelmente
para um impulso industrializador sustentado."
O texto trata do desenvolvimento industrial de
três países latino-americanos. São eles respec-
tivamente:
a. Peru, Colômbia e Uruguai.
b. Argentina, Brasil e México.
c. Cuba, Chile e Guatemala.
d. Brasil, Bolívia e Paraguai.
e. Costa Rica, México e Panamá.
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

88. 91. Fatec-SP

Explique por que as áreas de clima tropical Analise a tabela adiante onde está indicada a
transformaram-se, na sua maioria, em regiões porcentagem do Produto Interno Bruto destina-
subdesenvolvidas? do para pesquisa em 1989 nos seguintes países:
89. Japão 3,04
O fim do mundo bipolarizado e da Guerra
Fria não significou a eliminação dos conflitos Ex-URSS 3,00
e tensões internacionais. Atualmente, os con- Alemanha 2,88
frontos se revestem mais de um conteúdo
comercial, tecnológico e financeiro do que Suíça 2,86
político-ideológico. Na denominada Nova Or-
EUA 2,82
dem Mundial, três grandes polos controlam a
riqueza e o desenvolvimento técnico-científico Suécia 2,76
deste final de século.
França 2,32
a. Considerando os três polos que estão
comandando a globalização da econo- Holanda 2,26
mia mundial, explique as consequên-
cias para os interesses nacionais. Grã-Bretanha 2,20
b. Como esta Nova Ordem Multipolar in- Tchecoslováquia 2,00
fluenciou a atuação da Organização das
Nações Unidas (ONU) e o Grupo dos Suplemento World Media, Folha de S. Paulo, 27/12/91
Sete países mais ricos? O investimento em pesquisa está intimamente
90. relacionado com o desenvolvimento da ciência e
Relacione os chamados Tigres Asiáticos com da tecnologia que, por sua vez, constitui-se em
os itens a seguir. um dos indicadores do poder industrial, econô-
mico e político dos países. Com base nas infor-
01. Indonésia, Índia, Laos e China mações mostradas, assinale a alternativa correta.
02. Área sob a influência de capitais japo- a. O Japão, o maior investidor em pesqui-
neses sa, não tem seu investimento traduzi-
03. Subdesenvolvimento com base indus- do em poder econômico, pois todas as
trial suas indústrias estão instaladas fora do
04. Área sob influência de capitais norte- território do país.
americanos b. O total de investimentos em pesquisa
feito pelo conjunto dos países da Europa
05. Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura e Ocidental ultrapassa o dos EUA e o do
Hong-Kong. Japão, colocando a região como um dos
PV-13-14

06. Subdesenvolvimento com base agrária grandes blocos de poder no mundo.

07. Área de influência dos capitais ingleses c. Os EUA são os maiores investidores em
pesquisa, o que explica a sua posição de
08. Desenvolvimento autocentrado país de maior poder político e desenvol-
09. Vietnã, Irã, Afeganistão e Paquistão vimento econômico-industrial.
d. A ex-URSS tem no seu alto investimen-
Na caracterização dos chamados Tigres Asiáti- to em pesquisa a explicação das trans-
cos, os itens pertinentes são: formações acontecidas na política e na
a. 1, 6 e 7. economia que levaram ao fim do socia-
b. 5, 6 e 7. lismo real.
e. Entre os que mais investem em pesquisa
c. 4, 8 e 9. visando ao desenvolvimento industrial
d. 2, 3 e 9. está presente a Tchecoslováquia, país
e. 2, 3 e 5. integrante da Comunidade Econômica
Europeia.

94
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
92.
Considere o texto apresentado a seguir.
"Na Amazônia, as madeireiras abrem
brechas enormes na vegetação. Espaços
de pastagens homogêneas substituem a
mata. Culturas agrícolas de mercado se
espalham extensivamente sobre antigas
áreas florestadas. A vegetação original
não se regenera e a erosão pluvial age de
forma destruidora."
Assinale a alternativa que exprime o conteúdo
do texto.
a. A coexistência da floresta com as ativi-
dades produtivas tem representado um
dos obstáculos ao desenvolvimento da
Amazônia.
b. O ecossistema amazônico, muito resis-
tente, tem impedido a ocupação efe-
tiva de seu espaço e tornado a região
pouco atraente aos investimentos.
c. A rápida ocupação empresarial e capi-
talista, na Amazônia, tem provocado
interferências profundas e irreversíveis
no meio amazônico.
d. As condições ambientais ligadas ao cli-
ma quente e muito úmido têm acentu-
ado a dificuldade de ocupação perma-
nente da Amazônia.
e. O aumento do número de pequenas e
médias propriedades para o desenvol-
vimento de atividades produtivas na
Amazônia tem representado verdadei-
ros desastres ecológicos.
93. UFSC
O termo subdesenvolvimento surgiu na dé-
cada de 1940, no seio de organismos interna-
PV-13-14
cionais, como a ONU e a Unesco e designava
os países que apresentavam altas taxas de
mortalidade, salários baixos, má distribuição
de renda, alimentação precária, dentre outras
características. Assinale a proposição correta
que contém países subdesenvolvidos da Amé-
rica Latina e da África.
01. Nicarágua, Peru, Coreia do Sul e Irã
02. Guatemala, Argentina, Suécia e Turquia
04. Bolívia, Honduras, Israel e Polônia
08. México, Paraguai, Egito e África do Sul
16. Colômbia, Costa Rica, Senegal e Aus-
trália
95
Geografia
94.
"O silêncio sobre a fome é fruto de
nossa cultura ocidental: os interesses, os
preconceitos de ordem moral ou política
e econômica de nossa civilização fizeram
da fome um tema proibido."
Esse texto escrito por Josué de Castro faz re-
ferência:
a. ao romance Grande sertão: veredas.
b. à obra Geografia do medo.
c. ao subdesenvolvimento.
d. ao romance Os sertões.
e. ao romance A bagaceira.
95.
Algumas das restrições impostas pela natureza
ao desenvolvimento de atividades econômicas
em várias extensões do globo terrestre vêm
sendo superadas, com mais intensidade, no
século atual. Que aspectos da natureza podem
ser modificados e que técnicas podem ser usa-
das para que se torne viável a prática da agri-
cultura?
96.
Após a Revolução Industrial, intensificaram-se as
agressões ao meio ambiente, provocadas pelo
desenvolvimento capitalista e pelas transfor-
mações produzidas pela sociedade moderna.
Sobre essas transformações é correto afirmar:
01. As chamadas "sociedades de consumo"
utilizam maior quantidade de recursos
naturais, portanto poluem mais.
02. A poluição das águas dos rios diminuiu
consideravelmente a industrialização,
pois aumentou a produção de biode-
gradáveis.
04. Os congestionamentos de veículos, a
carência de áreas verdes e o excesso
de informações visuais nas cidades não
são problemas ambientais urbanos.
08. Efeito estufa é o nome dado ao aumen-
to da umidade do ar provocada pela
evaporação dos esgotos ao ar livre,
aquecidos pela irradiação solar.
16. A poluição atmosférica caracteriza-se
pela presença de gases tóxicos e não
por partículas sólidas no ar.
A soma das corretas é _______
 Geografia
97.
O subdesenvolvimento de um país não é de-
terminado por nenhum desses indicadores
isoladamente, mas sim pela presença de vá-
rios deles. É o caso do Brasil, que é tido como
uma nação subdesenvolvida. A seguir estão
listados alguns de nossos problemas:
I. Altos índices de desnutrição – O Brasil é
um país duramente atingido pela fome.
Dados do IBGE, divulgados pelo Endef
(Estudo Nacional de Despesa Familiar),
indicam que a população brasileira
apresenta ainda sérios problemas com
relação à desnutrição.
II. Grande desigualdade quanto à distri-
buição de rendas.
III. Problemas sanitários agudos – O Brasil,
segundo estimativas da Unesco, tem
cerca de um médico para cada grupo
de 1.000 habitantes, o que é muito
pouco. Além disso, em todos os muni-
cípios brasileiros grande parcela da po-
pulação não tem acesso a água potável,
rede de esgotos e luz elétrica.
a. Apenas a I está correta.
b. Apenas a II está correta.
c. Apenas a III está correta.
d. Todas estão corretas.
e. Todas estão erradas.
98.
Sobre o surto de urbanização que se verifica
no mundo é correto afirmar que:
a. é verificado com a mesma intensidade
nos países desenvolvidos e subdesen-
volvidos.
b. é provocado em todo o mundo pelos
altos índices de natalidade.
c. é um fenômeno característico dos paí-
ses industrializados europeus.
d. é mais intenso nos países subdesenvol-
vidos tendo como causa o êxodo rural.
e. é mais intenso nos países desenvolvi-
dos devido ao desenvolvimento indus-
trial.
99.
"As condições de miséria, atraso e
subdesenvolvimento do continente negro
resultam do sistema de exploração colo-
nialista introduzido pelos europeus”.
Carlos Contini
96
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Uma série de características, embora com va-
riações de intensidade, é comum às nações
africanas. Sob o ponto de vista da unidade na-
cional, assinale a herança mais pesada legada
pelos europeus a esses povos:
a. Essas nações apresentam uma econo-
mia voltada para a exportação de pro-
dutos minerais ou de gêneros de plan-
tations.
b. A presença de uma superpopulação
relativa acarreta a migração para a
Europa, sobretudo para as antigas
metrópoles.
c. As fronteiras arbitrárias impostas jun-
tam grupos étnicos diversos ou dividem
populações de mesma cultura.
d. Sistemas políticos permanentes e não
democráticos infrigem frequentemen-
te os direitos humanos.
e. Nessas nações, observam-seausência
de industrialização, precário nível edu-
cacional e pouca mão de obra de nível
técnico.
100. PUC-SP
Leia o trecho da entrevista a seguir.
Pergunta: A mundialização não é
uma ameaça deste lado da África?
Resposta: A mundialização é antes de
tudo uma sorte para as empresas privadas,
porque pode arrastá-las para o ato. Elas
serão obrigadas a melhorar sua produti-
vidade para ganhar mercados e não per-
der os que já têm. Elas terão que fazer tal
como as empresas americanas e asiáticas.
Nós devemos nos bater para aumentar a
competitividade de nossas economias, or-
PV-13-14
ganizar nossos mercados (...), num quadro
de integração regional. As vantagens que
tudo isso confere é um mercado regional
mais amplo para as empresas (...)
Boni Yayi, presidente do Banco Oeste-
-Africano de Desenvolvimento. ln Jornal
Le Soleil, 07/07/1996, Senegal.
Como se pode observar, uma visão positiva da
globalização (mundialização) está presente em
várias partes do mundo. Considerando as difi-
culdades da África para que essa perspectiva
se concretize, leia com atenção as afirmações
e assinale a alternativa que contém aquelas
que estão corretas.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
01. De modo geral, os países africanos
possuem Estados herdados do Período
Colonial. Sua estrutura não é adequada
para constituir países livres e indepen-
dentes. Esse fato se complica, pois os
Estados não possuem técnicos especia-
lizados, em número suficiente, na ge-
rência de uma economia moderna.
02. Os países africanos dispõem, geralmen-
te, de pouca mão de obra qualificada
para a moderna economia exigida pela
globalização. Os sistemas escolares bá-
sicos e superiores são precários e de
pouco alcance social e territorial.
03. Os Estados-nações africanos são cons-
truções estranhas à complexidade étni-
ca, cultural e territorial preexistentes.
Herança da colonização europeia, con-
PV-13-14
97
Geografia
tribuem para um quadro de instabilida-
de política, conflitos-regionais, separa-
tismos e guerras civis.
04. A África vive assolada por crises de
fome, doenças endêmicas e generali-
zação de epidemias, reforçando a baixa
expectativa de vida e a alta mortalida-
de, em especial a infantil. Esse quadro
está associado à desarticulação dos
modos de vida tradicionais e à fragili-
dade das estruturas modernas implan-
tadas.
a. As afirmativas 2 e 3 estão corretas.
b. As afirmativas 1, 3 e 4 estão corretas.
c. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 estão corretas.
d. As afirmativas 1, 2 e 4 estão corretas.
e. As afirmativas 2, 3 e 4 estão corretas.
 Geografia
Capítulo 04
101.
As inovações tecnológicas permeiam a evo-
lução da sociedade humana e, consequente-
mente, do espaço geográfico. Entre elas, des-
tacam-se os sistemas de produção industrial e
de organização do trabalho, que coexistem na
atualidade com objetivo comum de aumentar
a produtividade para a ampliação dos lucros.
Nesse contexto, as empresas vêm adaptan-
do o seu ritmo de produção às demandas do
mercado, evitando o desperdício, investindo
em tecnologia de ponta e automação e ter-
ceirizando o processo produtivo para firmas
médias e pequenas, que passam a orbitar em
torno da corporação.
Esse modelo de organização da produção e do
trabalho é denominado:
a. fordismo.
b. dumping.
c. taylorismo.
d. holding.
e. just-in-time.
102.
Refletindo sobre os tipos de indústrias e
os modelos de desenvolvimento, assinale a
afirmativa que contém a aplicação conceitual
errada.
a. O uso do conceito bens de consumo
duráveis está cada vez mais contradi-
tório, uma vez que o mundo capitalista
tem tornado os produtos das indústrias
leves cada vez mais descartáveis, visan-
do à reposição cada vez mais rápida.
b. Nos países centrais, as indústrias pe-
sadas e leves desenvolveram-se simul-
taneamente, ao passo que, nos países
emergentes periféricos capitalistas, as
indústrias de bens de consumo se de-
senvolveram mais e antes do que as de
bens de produção.
c. Os primeiros tipos de produtos fabri-
cados pelas indústrias leves na histó-
ria – no início da Revolução Industrial
– foram os bens de consumo duráveis;
no entanto, durante a Guerra Fria, o
mundo entrou no período da Segunda
98
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Revolução Industrial, quando surgiram
os motores a combustão interna e ele-
tricidade, possibilitando a produção de
bens de consumo não duráveis.
d. O Brasil é um exemplo de país cujo mo-
delo de industrialização baseou-se na
substituição de importações, uma vez
que as indústrias surgiram priorizando
o abastecimento do mercado interno.
e. Ainda hoje, a imensa maioria dos países
do planeta é classificada como depen-
dente tecnológica, com pouca partici-
pação do setor secundário da econo-
mia na composição de seu PIB.
103.
Considere a relação entre a industrialização e
o desenvolvimento tecnológico e faça o que se
pede.
a. Qual é a diferença, na atualidade, en-
tre "países desenvolvidos" e "países
subdesenvolvidos"?
b. Cite três ramos industriais da chamada
nova revolução tecnológica.
c. Por que países como o Brasil apresen-
tam dificuldades em avançar no desen-
volvimento de ramos industriais de alta
tecnologia?
104.
Desde o seu advento até os dias de hoje, a ati-
vidade industrial passou por várias transforma-
ções e teve várias etapas ou fases. São caracte-
rísticas da Segunda Revolução Industrial:
a. a liderança dos Estados Unidos, o pe-
PV-13-14
tróleo como principal fonte de energia
e a indústria automobilística.
b. a liderança inglesa, o predomínio da má-
quina a vapor e as indústrias têxteis.
c. a disputa pela liderança entre Japão, Es-
tados Unidos e Europa Ocidental, a ro-
bótica, a informática e a biotecnologia.
d. a dispersão espacial da indústria e a
utilização de várias fontes de energia
como a nuclear, a solar e a eólica.
e. uso do carvão mineral como a principal
fonte de energia, o taylorismo e o for-
dismo.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
105.
As novas formas de organização da produção
industrial foram chamadas por alguns autores
de pós-fordismo, para diferenciá-las da produ-
ção fordista.
a. Apresente dois aspectos do processo
industrial fordista e dois do pós-fordista.
b. Caracterize o espaço industrial no for-
dismo e no pós-fordismo.
106.
De modo geral, o período de 1965 a
1973 tornou cada vez mais evidente a in-
capacidade do fordismo e do keynesianis-
mo de conter as contradições inerentes ao
capitalismo. Essas dificuldades podem ser
apreendidas por uma palavra: rigidez. Ri-
gidez dos investimentos de capital fixo de
larga escala e de longo prazo em sistemas de
produção em massa; rigidez nos mercados,
na alocação e nos contratos de trabalho; ri-
gidez dos compromissos do Estado. Por isso
mesmo a nova ordem era flexibilizar.
HARVEY, David, Condição pós-moderna. Adaptado.
Assinale a alternativa que não indica correta-
mente o que foi flexibilizado.
a. A localização dos processos produtivos
b. Os estoques de matérias-primas e de
produtos acabados
c. O controle das grandes sobre as peque-
nas e médias empresas
d. Os produtos e os padrões de consumo
e. Os processos e os contratos de trabalho
PV-13-14
107.
Como resposta à crise do fordismo,
as empresas passaram a introduzir equipa-
mentos tecnologicamente cada vez mais
avançados e novos métodos de organização
da produção, como o toyotismo. As várias
mudanças implantadas no sistema produtivo
e nas relações de trabalho, particularmente
nos países desenvolvidos, ficaram conheci-
das como produção flexível e serviram para
dar continuidade à acumulação capitalista.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia
para o ensino médio: geografia geral e do Brasil.
São Paulo: Scipione, 2002. p. 293. Adaptado.
99
Geografia
Assinale a(s) proposição(ões) correta(s) quan-
to ao assunto abordado no texto mostrado.
01. O desemprego conjuntural é provoca-
do apenas pelo desenvolvimento de
novas tecnologias, que extinguem mui-
tos postos de trabalho.
02. O toyotismo propunha a intensificação
da divisão do trabalho, fracionando as
etapas do processo produtivo.
04. O desenvolvimento da produção flexí-
vel tem gerado novos processos produ-
tivos. A palavra de ordem passa a ser
competitividade.
08. A redução de estoques e a racionaliza-
ção do fluxo de insumos nas fábricas
reduzem os custos porque diminuem o
volume de capital imobilizado em esto-
ques.
16. A padronização das peças e a fabrica-
ção de um único produto em grande
escala são alguns dos princípios funda-
mentais do fordismo.
32. Com a atual divisão internacional do tra-
balho, os trabalhadores necessitam, cada
vez mais, garantir a sua empregabilidade.
A soma das proposições corretas é igual a ______
108.
Com a emergência da Terceira Revolução in-
dustrial e da reestruturação do capitalismo,
nas últimas décadas do século passado, além
da ruptura do modelo industrial e tecnológi-
co, eram questionadas também as relações
econômicas, sociais e políticas definidas pelo
padrão de industrialização fordista.
Sobre a reestruturação do capitalismo com as
consequências sobre a organização do traba-
lho não é correto afirmar:
a. Reverteu o longo período de alinha-
mento da relação capital/trabalho, re-
lativamente favorável ao segundo.
b. Admitiu as regulações governamentais
protecionistas que engessaram o mer-
cado de trabalho e aumentaram a com-
petitividade.
c. Golpeou a organização sindical que, na
defensiva, perdeu parte do seu poder
de representação e enfrentamento.
d. Alterou o processo produtivo e o traba-
lho envolvido na produção, acentuando
a exclusão econômica e social.
e. Afetou o mundo do trabalho ao mudar as
relações no processo produtivo, a divisão
do trabalho e as negociações coletivas.
 Geografia
109.
No atual estágio de desenvolvimento do capi-
talismo mundial, a abundância de recursos e
de mão de obra não tem a mesma importância
que possuía antes da revolução técnico-cien-
tífica.
Apresente dois fatores importantes para a defi-
nição de novos padrões de localização industrial.
110. UFF
"Graças ao guanxi (conexões de um
clã), o sistema econômico tornou-se global
na China", afirma o senhor Charlie, pode-
roso patriarca do clã Chan, que controla
as finanças de um banco em Hong Kong,
enquanto os filhos dirigem empresas em
Formosa e os sobrinhos, em Shenzen (sul
da China). Os produtos fabricados por es-
sas empresas serão adquiridos e revendi-
dos pelos primos Chan em Pequim.
Jornal do Brasil. Adaptado.
O texto ilustra uma geografia originada na
antiga estrutura de clãs ligada à expansão do
capitalismo em grande parte da Ásia Oriental.
Com base no texto e conhecendo outras carac-
terísticas desse processo, é correto afirmar:
a. A expansão do capitalismo no Extremo
Oriente, que hoje é líder em cresci-
mento no mundo, deve-se, fundamen-
talmente, aos investimentos a "fundo
perdido" feitos pelos EUA após a Se-
gunda Guerra Mundial, principalmente
às famílias japonesas de longa tradição
comercial.
b. Ao contrário do que muitas vezes se
difunde, o papel do Estado foi fun-
damental no crescimento capitalista
do Japão, dos Tigres Asiáticos e, mais
ainda, da China, onde, ao lado de ex-
pressivo controle estatal, destacam-se
importantes empresas com fortes la-
ços familiares.
c. A expansão recente do capitalismo
na Ásia Oriental decorre da cultura
confuciana que preza a disciplina e o
respeito à hierarquia familiar, sendo
sua principal base financeira – vincu-
lada às máfias de grandes famílias (ou
guanxi) centradas em Hong-Kong.
d. O capitalismo que se implantou no
Extremo Oriente, especialmente após
100
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
a Segunda Guerra Mundial, nos Tigres
Asiáticos, a partir dos anos 1960 e, na
China, após os anos 1980 é, na ver-
dade, um "socialismo de mercado",
dado o peso do papel familiar e co-
munitário das empresas.
e. Redes familiares, como a citada no
texto, são características apenas do
capitalismo implantado na China, em
Formosa e em Hong Kong, já que so-
mente estes países estiveram sob o
regime socialista baseado nas comu-
nas familiares implantadas por Mao
Tsé-tung.
111. UERJ
Quando os auditores do Ministério do Traba-
lho entraram na casa de paredes descascadas
num bairro residencial da capital paulista, pa-
recia improvável que dali sairiam peças costu-
radas para uma das maiores redes de varejo
do país. Não fossem as etiquetas da loja co-
ladas aos casacos, seria difícil acreditar que,
através de uma empresa terceirizada, a rede
pagava 20 centavos por peça a imigrantes bo-
livianos que costuravam das 8 da manhã às 10
da noite.
Os 16 trabalhadores suavam em dois cômodos
sem janelas de 6 metros quadrados cada um.
Costurando casacos da marca da rede, havia
dois menores de idade e dois jovens que com-
pletaram 18 anos na oficina.
Adaptado de Época, 04/04/2011
A comparação entre modelos produtivos per-
mite compreender a organização do modo de
produção capitalista a cada momento de sua
história. Contudo, é comum verificar a coexis-
PV-13-14
tência de características de modelos produti-
vos de épocas diferentes.
Na situação descrita na reportagem, identifi-
ca-se o seguinte par de características de mo-
delos distintos do capitalismo:
a. organização fabril do taylorismo – legis-
lação social fordista
b. nível de tecnologia do neofordismo –
perfil artesanal manchesteriano
c. estratégia empresarial do toyotismo –
relação de trabalho pré-fordista
d. regulação estatal do pós-fordismo – pa-
drão técnico sistêmico-flexível
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
112. UFPR
Comparando os dois textos a seguir, aborde as
implicações dos conceitos de flexibilidade, in-
ternacionalização e terceirização.
Texto 1:
A Inditex, um dos maiores grupos de distri-
buição de moda em nível mundial, conta com
mais de 5.000 lojas em 77 países na Europa,
América, Ásia e África. Para além da Zara, a
maior das suas cadeias comerciais, a Inditex
conta com outros formatos: Pull&Bear, Mas-
simo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Zara
Home e Uterqüe. O seu singular modelo de
gestão, baseado na inovação e na flexibilidade,
e a sua forma de entender a moda [...] permi-
tiram-lhe uma expansão internacional rápida
e uma excelente aceitação dos seus diferentes
conceitos comerciais.
Disponível em: <http://www.joinfashioninditex.
com/joinfashion>. Acesso em: 22/08/2011.
Texto 2:
“Fiscais do Ministério do Trabalho flagra-
ram fornecedores da marca de roupas Zara
explorando bolivianos em condições análo-
gas à escravidão em três confecções no Es-
tado de São Paulo. De acordo com a SRTE/
SP (Superintendência Regional do Trabalho
e Emprego de São Paulo), três fornecedoras
foram alvo da investigação – duas na capi-
tal paulista e uma em Americana (127 km
de SP). As duas oficinas da capital – de pro-
priedade de bolivianos, mas que, segundo
a SRTE, eram de responsabilidade da Zara
– tinham, ao todo, 15 funcionários e foram
fechadas pela SRTE. Os 15 trabalhadores re-
ceberam uma indenização conjunta no valor
PV-13-14
de R$ 140 mil. Em uma das oficinas, os fis-
cais chegaram a encontrar uma adolescente
de 14 anos trabalhando. Ela só podia sair da
oficina, que também servia como moradia,
após autorização da chefia do local.”
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
mercado/961047-zara-reconhece-trabalho-irregular-em-
3-confeccoes-de-sp.shtml>. Acesso em: 22/08/2011.
113. Unimontes-MG
A tecnologia possibilitou à indústria flexibilizar
sua produção. No contexto da globalização, a
produção flexível tornou-se prática comum no
processo produtivo.
101
Geografia
São características da flexibilização da produ-
ção e dos processos produtivos, exceto:
a. a produção concentrada em um único
local, para reduzir custos com transpor-
te.
b. os produtos adequados e direcionados
para mercados consumidores determi-
nados.
c. a redução de estoques, usando o mé-
todo de produção de acordo com a de-
manda.
d. os operários polivalentes que realizam
tarefas em diferentes etapas do proces-
so de produção.
114. G1-Campos
FORD E SEUS 25 “SISTEMISTAS” PRODUZEM
UM CARRO A CADA 80 SEGUNDOS
Todos querem conhecer o modelo de produção
já diferente daquele que o próprio fundador da
companhia, Henry Ford, pai da linha de monta-
gem, inventou há um século. Cinco anos depois
da instalação da fábrica, a invenção foi renova-
da, com opção de atrair os principais fornece-
dores para perto da linha de montagem.
A flexibilidade do método permitiu à empresa
ultrapassar a capacidade da fábrica, feita para
produzir 250.000 automóveis por ano. São 912
veículos por dia – um a cada 80 segundos – em
três turnos de jornadas de 42 horas semanais,
executadas por 8.500 trabalhadores. Os da
Ford somam 3.800. O restante é dos 25 forne-
cedores que dividem o mesmo espaço.
Adaptado de Valor Econômico. In: Coleção
Cadernos de EJA: Tecnologia e Trabalho.
Ministério da Educação, 2007, p. 35.
A fábrica da Ford, responsável pela produ-
ção dos modelos Fiesta hatch, Fiesta sedã e
Ecosport, localizada na cidade de Camaçari,
na Bahia, expressa o atual modelo produtivo
pelo
qual a indústria automobilística e outros seg-
mentos industriais estão organizados. Sobre
esse modelo produtivo, as características que
o definem, no tocante à produção e à organi-
zação do espaço, são respectivamente:
a. produção e trabalho flexíveis – grandes
estoques de materiais e mercadorias
no espaço fabril.
 Geografia
b. produção com base no sistema just in
time – proximidade das fontes de ma-
téria-prima.
c. produção padronizada e em massa – lo-
calização das unidades industriais nos
grandes centros urbanos.
d. terceirização de atividades produtivas –
maior articulação do espaço local com
outras escalas geográficas.
115. UFMS
A partir do estabelecimento da indústria como
novo ramo de atividade econômica, níveis di-
ferenciados de tecnologia foram empregados
no processo fabril. De acordo com o nível tec-
nológico e a função que cada segmento fabril
desempenha na economia das atuais socieda-
des capitalistas, a indústria pode assumir dife-
rentes classificações. Em relação à classifica-
ção das indústrias, é correto afirmar:
01. Indústrias de tecnologia de ponta são
aquelas que produzem recursos tec-
nológicos altamente sofisticados, re-
sultantes da aplicação imediata das
descobertas científicas no processo de
produção. São exemplos de indústrias
de tecnologia de ponta: as de informá-
tica, de produtos eletrônicos, a aeroes-
pacial e as de biotecnologia.
02. Indústrias tradicionais são aquelas que
primeiro se instalaram em uma região.
Servem de base para outras indústrias,
fornecendo-lhes matérias-primas já
processadas. Utilizam equipamentos
pesados e pouca mão de obra, consi-
derando o elevado grau de automação
dos equipamentos. São exemplos de
indústrias tradicionais: as siderúrgicas,
as cimenteiras, as metalúrgicas e as ce-
râmicas.
04. Indústrias de bens de produção são
aquelas que produzem mercadorias
para o consumo da população. Empre-
gam muita mão-de-obra e pouca tec-
nologia e atuam em mercados altamen-
te competitivos em nível regional. São
exemplos de indústrias de bens de pro-
dução: indústrias alimentícias, indústrias
moveleiras e indústrias farmacêuticas.
08. Indústrias de bens intermediários são
aquelas que produzem máquinas e
102
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
equipamentos que serão utilizados em
outros segmentos da indústria e em di-
versos setores da economia. São exem-
plos de indústrias de bens intermediá-
rios: indústria mecânica e indústria de
autopeças.
16. Indústrias de bens de consumo são aque-
las que fabricam bens que são consu-
midos pela população em geral. Estão
divididas em bens de consumo duráveis
e bens de consumo não duráveis. Entre
as indústrias de bens de consumo durá-
veis, estão: as indústrias de produção de
eletrodomésticos e a indústria automobi-
lística. Entre as indústrias de bens de con-
sumo não duráveis, estão: as tecelagens,
as de confecções, as de produtos alimen-
tares, as de perfumaria e medicamentos.
A soma é ______
116. ENEM
A evolução do processo de transformação de
matérias-primas em produtos acabados ocor-
reu em três estágios: artesanato, manufatura e
maquinofatura. Um desses estágios foi o arte-
sanato, em que se:
a. trabalhava conforme o ritmo das máqui-
nas e de maneira padronizada.
b. trabalhava geralmente sem o uso de
máquinas e de modo diferente do mo-
delo de produção em série.
c. empregavam fontes de energia abun-
dantes para o funcionamento das má-
quinas.
d. realizava parte da produção por cada
operário, com uso de máquinas e traba-
lho assalariado.
e. faziam interferências do processo pro-
PV-13-14
dutivo por técnicos e gerentes com vis-
tas a determinar o ritmo de produção.
117. PUC-MG
No mundo capitalista, a industrialização contem-
porânea apresenta uma certa dispersão do pro-
cesso produtivo em áreas que oferecem maiores
vantagens econômicas. Entre os reflexos dessa
realidade nos países periféricos, assinale a afir-
mação incorreta.
a. Ocorre implantação de avanços tecnoló-
gicos e expansão da produção em países
periféricos, como estratégias instituídas
pelo modelo industrial vigente, para am-
pliar seus mercados.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
b. Existe incentivo ao consumo dos produ-
tos disponibilizados pela indústria mo-
derna, alterando hábitos culturais nos
países periféricos e atendendo ao siste-
ma de capital mundial.
c. Há discrepância entre o setor público
dos países periféricos, com pouca capa-
cidade de investimento, e o da iniciativa
privada internacional e/ou nacional, que
investe, cresce e se globaliza em diver-
sos setores.
d. Há uma ordem pré-estabelecida para o
acesso a uma vida mais digna, favoreci-
da pela expansão do processo de produ-
ção em países periféricos.
118.
Analise os seguintes itens:
I. Robotização da produção.
II. Especialização e qualificação da mão-
-de-obra.
III. Colonização da África e América Latina
para suprimento das necessidades de
novos mercados e matérias-primas.
IV. Emprego do petróleo e da eletricidade
como fontes de energia.
V. Introdução de novos materiais: fibra
óptica e cerâmica.
Os itens correspondentes à Terceira Revolução
Industrial são apenas:
a. I e III.
b. III e IV.
c. I, II e V.
d. II, IV e V.
119. UFScar-SP
Durante quase trinta anos, desde
o final da Segunda Guerra Mundial até
PV-13-14
1973, a economia capitalista mundial se
desenvolveu a taxas historicamente altas,
inéditas para tão longo período.
GORENDER Jacob. Estratégias dos Estados
nacionais diante do processo de globalização.
In: Estudos avançados. São Paulo: IEA-USP,
Série Internacional, no 32, jun/2001, p. 2.
Assinale a alternativa que apresenta caracte-
rísticas do período assinalado no texto.
a. Predomínio da ordem multipolar, com
ascensão do Japão e da Alemanha à con-
dição de nações centrais do sistema.
103
Geografia
b. Forte desenvolvimento tecnológico,
com ênfase para as indústrias química
e naval e exploração de fontes energé-
ticas, como o carvão.
c. Predomínio da produção e do trabalho
baseados no sistema taylorista-fordis-
ta, com produção em massa e sepa-
ração entre concepção e execução do
trabalho.
d. Adoção do liberalismo como doutrina
econômica, com a introdução da políti-
ca do bem-estar social nos países euro-
peus e nos Estados Unidos.
e. Divisão Internacional do Trabalho, se-
gundo a qual países periféricos colo-
niais exportavam matérias-primas e os
países centrais, produtos industriais.
120.
As indústrias multinacionais, que invadiram to-
das as partes do mundo especialmente a partir
do final da Segunda Grande Guerra, estão entre
os principais responsáveis pela atual interliga-
ção dos polos econômicos do mundo, conhe-
cida como globalização, e pela chamada revo-
lução técnico-científica ou Terceira Revolução
Industrial. O sistema just-in-time é uma das
principais características do atual mercado
de consumo, que exige constantes modifica-
ções nos produtos e criação de novos modelos.
O just-in-time trata especificamente:
a. do controle de qualidade dos produtos
desde a produção até a embalagem.
b. da eliminação de estoques, fornecendo
a mercadoria no momento e quantida-
de certos.
c. da produção de manufaturados em
grande escala em sistemas integrados
de fabricação.
d. da racionalização das atividades mine-
radoras, particularmente no Terceiro
Mundo onde costumam ser artesanais
e cíclicas.
e. da melhoria da mão de obra, especialmen-
te no caso da indústria automobilística.
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

Capítulo 05
121. Fuvest-SP países da União Europeia receberam cerca de
A economia do mundo ocidental evolui no 820 mil imigrantes, mas estima-se que existam
sentido da formação de grandes blocos eco- cerca de 3 milhões de clandestinos no continente.
nômicos como a União Europeia. Descreva em Considerando o mapa e os dados apresenta-
linhas gerais a formação desse bloco. dos, são feitas as seguintes afirmações:
I. A grande maioria dos imigrantes, que
122. Fuvest-SP
chegam para se fixar na Europa Oci-
Entre os cinco países europeus relacionados a dental, é originária da América Latina,
seguir, assinale aquele cujas características es- já que os Estados Unidos dificultaram a
tão apresentadas de forma correta. entrada de imigrantes em seu espaço.
a. Polônia – país da Europa Central, de cli- II. Os países europeus que mais recebem
ma frio, grande exportador de minérios imigrantes vivem uma situação contra-
de ferro e manganês ditória, pois necessitam de mão de obra
b. Bélgica – país altamente industrializado, barata para movimentar sua economia,
caracterizado por clima frio continental mas, ao mesmo tempo, criam uma sé-
rie de aparatos legais e ideológicos para
c. Suíça – país de relevo montanhoso e rejeitar o imigrante.
economia baseada na monocultura de III. A maior parte dos imigrantes que chegam
exportação à Europa dedica-se a atividades especia-
d. Dinamarca – país escandinavo, de clima lizadas e amplia o mercado consumidor,
temperado, importante exportador de trigo países para onde imigram.
e. Espanha – país planáltico banhado pelo Está correto o que se afirma em:
Mediterrâneo, com forte participação
do turismo na economia a. I, apenas.
b. II, apenas.
123. c. I e II, apenas.
Analise o mapa da Europa, apresentado a seguir. d. I e III, apenas.
e. II e III, apenas.
Círculo Polar
Ártico 124.
Leia o excerto abaixo e faça o que se pede.
Mar A atividade vulcânica é comum em regiões
5,5%
Báltico geologicamente instáveis. Na Europa, essas
regiões concentram-se no sul e sudeste do
Mar do 5% continente, mas recentemente a atividade
Norte vulcânica tem acontecido ao norte e, o que é
PV-13-14

5% 4% pior, os gases e partículas sólidas espalham-se

9% pelos céus europeus. O texto faz referência à
atividade na:
10%
6% a. Islândia.
3%
b. Noruega.
5%
c. Finlândia.
5%
d. Dinamarca.
Mar Mediterrâneo
e. Escócia.
N

0 360 km 125. Unicamp-SP

Belfast, a cidade onde a influência
britânica é visivelmente dominante (...).
A Europa é uma das principais áreas receptoras
As lojas estão sempre abertas e cheias,
de imigrantes na atualidade. No ano 2000, os

104
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
mas nas ruas os soldados britânicos con-
trolam a ordem do passeio público com
carros blindados e metralhadoras (...).
Folha de S. Paulo
a. O texto mostrado refere-se a que terri-
tórios de influência britânica?
b. Identifique as causas que conferem ao
espaço urbano de Belfast as caracterís-
ticas descritas no texto.
126.
Com o fim da Guerra Fria nos anos 1990, a re-
gião representada no mapa passou por fortes
conflitos que propiciaram a formação de no-
vos Estados nacionais no Leste Europeu.
ÁUSTRIA
HUNGRIA
ESLOVÊNIA
CROÁCIA ROMÊNIA
BÓSNIA-
HERZEGÓVINA
IUGOSLÁVIA
Mar
ITÁLIA Adriático
MACEDÔNIA
Escala ALBÂNIA
0 68 136 204
km GRÉCIA
Indique a alternativa que contém os motivos
para esses conflitos bem como o nome do país
que formava a região .
a. Ideal sérvio de construir a "Grande
Sérvia", que seria independente da
Tchecoslováquia.
b. Rivalidades étnicas, religiosas, históri-
cas, culturais e territoriais entre os po-
PV-13-14
vos da antiga Iugoslávia.
c. Antiga oposição política entre sérvios e
croatas na Romênia.
d. Ideias separatistas reforçadas pela
glasnost e pela perestroica entre os
povos das repúblicas componentes da
antiga União Soviética.
e. Dominação estrangeira entre búlgaros
da antiga Iugoslávia. Desde o início dos
anos 1990, a área assinalada no mapa
tem sido palco de sangrenta guerra ci-
vil.
Geografia
127.
A expressão euro, recentemente empregada,
refere-se, respectivamente:
a. à moeda Europeia adotada por países
da União Europeia.
b. ao tratado de Maastricht.
c. à comunidade Europeia.
d. aos países do Leste Europeu.
e. à moeda Europeia durante o cenário bi-
polar da Guerra Fria.
128.
A ideia da Europa como uma unidade política
e econômica tem, pelo menos, um século de
existência, mas foi apenas a partir da assina-
tura do Tratado de Roma, em 1957, que essa
proposta começou a se consolidar. De acordo
com o cumprimento desse tratado, qual alter-
nativa está correta:
a. Apenas facilitou e aumentou suas im-
portações e exportações e impediu
BULGÁRIA maior subordinação da Europa aos Es-
tados Unidos.
N b. Garantiu a livre circulação de mercado-
rias, serviços e pessoas entre os seus
membros, eliminando ou não os obs-
táculos alfandegários, que impediam o
livre comércio.
c. Criou um mercado comum para o car-
vão, o ferro e o aço por meio de acor-
dos relativos aos preços e às taxas de
transporte entre os países-membros.
d. Reforçou a integração europeia com a
união monetária (moeda única) e um
sistema único de defesa
e. Exigiu que os Estados da União Europeia
colocassem em prática o "pacto de es-
tabilidade e crescimento". Em relação
ao recebimento de novos membros,
indicou que apenas Polônia, Hungria e
República Tcheca tinham chances reais
de serem admitidas entre 2002 e 2005.
129.
Referindo-se à União Europeia, é incorreto
afirmar que:
a. permite a livre circulação de cidadãos
europeus entre os países-membros do
bloco.
105
 Geografia
b. expandiu seu território, a partir de
maio de 2004, com a inclusão de dez
novos países.
c. apresenta grande volume de importa-
ções, perdendo apenas para os Estados
Unidos.
d. caracteriza-se pela adoção de uma
moeda única, o euro, para todos os
países-membros do bloco.
e. a sede do Parlamento Europeu fica na
cidade de Estrasburgo na França.
130.
A União Europeia responde por um mercado de
mais de 600 milhões de habitantes com uma
renda per capita média de quase US$ 15.000.
É o maior bloco econômico da atualidade. Em-
bora com tão expressivos indicadores, um dos
principais problemas enfrentados pela Comu-
nidade Europeia é:
a. o ressurgimento de políticas neocolo-
nialistas entre alguns de seus membros
(como Inglaterra e França), que procuram
novos espaços sobretudo na África.
b. a elevada soma de investimentos em
equipamentos militares por parte de
alguns países (como França e Itália)
que inibem avanços em tecnologia de
ponta.
c. a volta de antigas questões sobre
fronteiras que foram abandonadas
no pós-guerra e, hoje, gerem proble-
mas diplomáticos (Bélgica-Holanda e
Dinamarca-Alemanha).
d. o grande hiato econômico que ainda
existe entre seus membros ricos (poe
exemplo, Alemanha) e os membros
menos favorecidos (PIIGS).
e. a não aceitação do Tratado de Maastricht
por países que, embora pertencen-
tes à Comunidade, não querem ab-
dicar de sua identidade nacional (por
exemplo, Bélgica e Espanha).
131.
Tornou-se independente em abril de 1992. O
reconhecimento internacional não a poupou
de uma violenta guerra étnica. Os conflitos
entre muçulmanos (44% da população, divi-
dida em duas áreas nas fronteiras noroeste
e leste), sérvios (33%) e croatas (17%) su-
106
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
gerem a cantonização como alternativa de
paz, mas isso também gera incerteza sobre
o futuro do país. Identifique o país de que
se fala.
a. Bósnia-Herzegóvina
b. Armênia
c. Turquia
d. Ilha de Capri
e. Macedônia
132.
A Alemanha, país que demonstrou ao mundo
uma grande capacidade de recuperação eco-
nômica após seu envolvimento na Segunda
Grande Guerra, ocupa privilegiada posição ge-
ográfica e política na Europa.
Com base nessas informações e em seus co-
nhecimentos, analise as afirmativas sobre a
Alemanha.
I. Foi um país derrotado em duas guer-
ras mundiais, dividido por cerca de
quarenta anos em Alemanha Ocidental
e Oriental. Esses países funcionaram
como pivôs do equilíbrio geopolítico
europeu durante a Guerra Fria.
II. Completou sua integração após a que-
da do Muro de Berlim em 1989, quando
eliminou todas as disparidades entre o
oeste e o leste, bem como quaisquer
problemas de ajustamento e adaptação
entre os alemães orientais e ocidentais.
III. Possui uma das maiores concentrações
industriais na confluência dos rios Reno
e Ruhr, que reúne cidades como Colô-
nia, Essen e Dortmund, com destaque
para indústrias siderúrgicas, mecânicas
PV-13-14
e químicas.
IV. Atualmente tem como nova Chanceler
Ângela Merkel, primeira mulher a as-
sumir o cargo, eleita pelo Parlamento.
Ela substituiu Gerhard Schroder como
chefe de governo.
V. Conhecida como a locomotiva da Euro-
pa por sua força industrial e financeira,
venceu, atualmente, todas as suas difi-
culdades econômicas com a revitaliza-
ção da economia e com reformas tra-
balhistas empreendidas.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Estão corretas apenas as afirmativas:
a. III, II e V.
b. I, III e IV.
c. II, III e IV.
d. II, IV e V.
e. I, III e V.
133.
A Itália é marcada pela disparidade de desen-
volvimento econômico e social entre norte e
o sul. A principal área de concentração indus-
trial italiana, responsável por grande parte da
produção industrial do país, é o Vale do Pó, no
norte, uma extensa planície cortada de oeste
para leste pelo rio Pó.
Com relação ao processo de industrialização
da Itália, assinale a alternativa incorreta.
a. A rapidez da industrialização italiana
deu-se com a participação direta e efe-
tiva do Estado, que facilitou o processo
por meio de medidas de estímulo fiscal
e criação de infraestrutura.
b. Os mais importantes polos urbano-
-industriais da Itália, como Milão, Turim
e Gênova, destacam-se pela produção
diversificada, representadas pelos se-
tores: siderúrgico, químico, petroquí-
mico, automobilístico e outros.
c. No período pós-guerra, o acelerado de-
senvolvimento industrial italiano ocor-
reu devido à existência de abundantes
recursos naturais presentes em todo
seu território.
d. A entrada maciça de capitais estrangei-
ros, na forma de investimentos diretos
e indiretos, e de divisas, geradas pelo
PV-13-14
turismo, são fatores que contribuíram
para o desenvolvimento industrial ita-
liano.
e. O sul italiano é conhecido pelo nome
de Mezzogiorno.
134. Udesc
Em relação à localização das indústrias italia-
nas, é correto afirmar:
a. Existe uma concentração no norte do
país decorrente do Renascimento co-
mercial e urbano, que facilitou a con-
centração de capitais e o aumento da
população urbana.
107
Geografia
b. Desenvolveu-se, sobretudo nos arre-
dores de Roma, em função do enorme
crescimento da cidade e do porto de
Roma.
c. Concentrou-se na região de Nápoles,
que agrupa também boa parte do turis-
mo e da produção de gás natural, usa-
do pelas indústrias.
d. A indústria italiana se localiza nas regi-
ões da Sicília e da Sardenha, em função
da facilidade de comércio, mão de obra
e matérias-primas.
e. O sul da Itália é mais industrializado,
contrastando com o Norte, mais agríco-
la e menos densamente povoado.
135. UFRJ
Os avanços tecnológicos nos meios de trans-
porte e os grandes adensamentos urbanos
alteraram as relações espaço-tempo. Hoje em
dia, nem sempre o meio de transporte mais
veloz é aquele que minimiza o tempo de deslo-
camento entre os centros urbanos. Por exem-
plo: a distância entre Paris e Lyon é de cerca
de 550 km. O tempo médio de deslocamento
entre as áreas centrais das duas cidades é de
2 horas quando se utiliza o trem de alta velo-
cidade e de 3 horas quando a viagem é feita
de avião.
Explique por que, em relação ao uso do avião,
o trem de alta velocidade permite uma redu-
ção no tempo médio de deslocamento entre
grandes cidades como Paris e Lyon.
136. G1-ifce
A Itália ocupa uma das penínsulas da Europa
Meridional. Considerando-se os elementos de
sua geografia, é correto afirmar que:
a. o acelerado desenvolvimento industrial
italiano ocorreu devido à existência de
abundantes recursos naturais presen-
tes em todo seu território.
b. os italianos estão seguindo o mesmo
caminho dos britânicos, que não assu-
miram o euro como moeda e se retira-
ram da União Europeia, como meio de
manter sua soberania.
c. no norte da Itália, localizam-se os mais
importantes polos urbano-industriais,
como Milão, Turim e Gênova, que se
destacam pela produção diversificada
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

como os setores siderúrgico, químico, 140. Vunesp

petroquímico e automobilístico. Após a Segunda Guerra Mundial, a ex-Alema-
d. na região norte da Itália, predomina um nha Ocidental recuperou-se em curto espaço
clima do tipo mediterrâneo, com inver- de tempo, transformando-se na mais impor-
nos úmidos e temperaturas amenas. tante potência econômica da Europa. Assinale
e. a planície do rio Pó apresenta grande a alternativa que mais corretamente explica as
concentração industrial, baseada na causas do crescimento da economia alemã.
abundância de matéria-prima, topo- a. Abundância de recursos minerais,
grafia acidentada e sistemas agrários ajuda financeira dos Estados Unidos,
modernos. criação do Mercado Comum Europeu,
137. G1 agricultura itinerante, grande fluxo mi-
gratório.
Qual é a importância econômica do Vale do
Ruhr na Alemanha? b. Existência de mão de obra qualifica-
da, reforma agrária, infraestrutura de
138. Mackenzie-SP transportes, criação do Mercado Co-
As despesas decorrentes da Segunda Guerra mum Europeu, altas taxas de popula-
Mundial, o esgotamento das jazidas de carvão ção rural.
e a perda das colônias afro-asiáticas explicam c. Combustíveis fósseis, qualificação da
a relativa estagnação econômica: mão de obra, densa rede de transpor-
a. da Espanha. tes, recursos do Plano Marshall, partici-
b. da Alemanha. pação no Mercado Comum Europeu.
c. da Itália. d. Densa rede hidroviária, investimentos
em pesquisa científica e tecnológica,
d. da França. qualificação da mão de obra, altas taxas
e. do Reino Unido. de natalidade.
139. Mackenzie-SP e. Carvão de excelente qualidade, petró-
Este país europeu, berço do capitalismo e da leo em abundância, mão de obra quali-
Revolução Industrial, manteve sua hegemonia ficada, tradição industrial, altos índices
econômica até o início do século XX. Identifi- de desmatamento.
que-o.
a. Alemanha.
b. Reino Unido.
c. França.
d. Itália.
e. Suíça.
PV-13-14

108
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Capítulo 06
141.
As extensas áreas de agricultura mecanizada
nos Estados Unidos se associam:
a. aos terrenos alagados da Flórida, com
climas subtropicais úmidos e solos alu-
viais arenosos.
b. às encostas orientais das montanhas
Rochosas, com clima temperado conti-
nental e solos pouco férteis.
c. ao vale do rio São Lourenço, com clima
temperado oceânico e solos férteis.
d. aos planaltos da bacia do Colorado com
climas semiáridos e solos de baixa fer-
tilidade.
e. aos terrenos planos da bacia do
Mississipi-Missouri, com clima tempe-
rado continental e solos de boa fertilidade.
142.
Observe o mapa dos Estados Unidos.
2 b. apenas os itens II, III e V.
1 c. apenas os itens I e IV.
N e. apenas os itens III e V.
3
Assinale a alternativa que indica, respectiva-
mente, o nome do rio assinalado pelo número 1
PV-13-14
e as atividades econômicas predominantes nos
espaços assinalados pelos números 2 e 3.
a. Grande; pecuária intensiva de gado lei-
teiro; "cotton belts"
b. Mississippi; culturas tropicais de cana,
cítricos, arroz; pecuária extensiva
c. Colúmbia; "corn belts"; policultura
d. Tennessee; pecuária extensiva em es-
tâncias e grandes propriedades; agri-
cultura irrigada de frutas e legumes
e. Colorado; agricultura irrigada de frutas
e legumes; culturas tropicais de cana,
cítricos e arroz
109
Geografia
143.
Vários são os fatores que contribuíram para
que os Estados Unidos atingissem um elevado
nível de desenvolvimento científico, tecnológi-
co e industrial, dentre os quais:
I. a independência da dominação inglesa
em 1776;
II. a abundância de matérias-primas em
seu território (petróleo, carvão mine-
ral, minério de ferro, zinco, ouro, cobre
e muitos outros);
III. o espírito inovador, empresarial, cientí-
fico e técnico do seu povo;
IV. as guerras e os tratados militares;
V. a formação de áreas de influência em
todo o mundo, com o objetivo de ga-
rantir mercado de consumo para seus
produtos e serviços e assegurar fontes
de abastecimento de matérias-primas.
Estão corretos:
a. todos os itens.
d. apenas os itens I, II e III.
144.
Em setembro de 2001, ocorreram trágicos
atentados terroristas contra os Estados Unidos
(em Nova York e em Washington) e as auto-
ridades norte-americanas culparam o grupo
terrorista Al Qaeda por esses atos. A principal
base e os campos de treinamento desse grupo
terrorista situavam-se:
a. no Iraque.
b. no Afeganistão.
c. no Irã.
d. na Líbia.
e. nos Estados Unidos.
 Geografia
145.
Estados Unidos da América: potência global!
Analise as afirmativas a seguir sobre os sinais
evidentes da influência exercida pelos Estados
Unidos:
I. O dólar permanece como a moeda de
referência para as transações financei-
ras.
II. Alguns produtos símbolos – como a
coca-cola – marcam sua presença na
geografia do consumo.
III. As cadeias de televisão, a difusão das
imagens do cinema e as redes de difu-
são de notícias são vetores de sua cul-
tura.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a. II, somente.
b. I e II, somente.
c. I e III, somente.
d. II e III, somente.
e. I, II e III.
146.
N te – as responsabilidades pela regulação
No mapa estão localizadas áreas dos Estados
Unidos, que provêm das 13 colônias britânicas
do século XVIII, assim como de áreas posterior-
mente ocupadas. Assinale a alternativa que, no
século atual, apresenta uma característica co-
mum a todas as áreas indicadas no mapa.
a. Grande produção de frutas
b. Concentração de siderúrgicas e de in-
dústrias de montagem de veículos
c. Grande número de indústrias tradicionais
d. Concentração de petroquímicas
e. Centros de tecnologia de ponta chama-
dos tecnopolos
110
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
147.
Observe o mapa a seguir. A área hachurada
corresponde, grosso modo:
N
a. ao domínio morfoestrutural das mon-
tanhas Rochosas.
b. à área de climas glaciais.
c. à área das maiores reservas de alumí-
nio e tungstênio do planeta.
d. à região industrial antiga.
e. à região de intensa pecuária extensiva.
148.
A nova doutrina de segurança nor-
te-americana altera drasticamente o or-
denamento político iniciado com o fim
da Segunda Guerra Mundial e define
(...) um estilo de exercício hegemônico
fronteiriço à coerção (...). Com a dispo-
sição de usar a força de forma unilateral
e preventiva, os Estados Unidos tentam
transformar sua soberania em valor ab-
soluto, marginalizando os países com
quem dividiam – ainda que formalmen-
sistêmica mundial.
DUPAS, G. A nova doutrina de segurança
PV-13-14
internacional dos Estados Unidos e os impasses
na governabilidade global. In: SANTOS, T. et alii.
(org.) Os impasses da globalização – hegemonia
e contra-hegemonia. São Paulo: Loyola, 2003.
Brasil vai gastar mais em portos para
garantir segurança dos EUA
Washington. O Brasil terá de gas-
tar milhões de dólares para garantir a
segurança dos americanos nos EUA. A
campanha antiterrorismo do presidente
George W. Bush vai obrigar o gover-
no brasileiro a equipar seus dois prin-
cipais portos – o de Santos e o do Rio
– com aparelhos capazes de detectar
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
se cargas destinadas ao Tio Sam estão
contaminadas com produtos químicos
ou biológicos ou, se em meio a elas,
foram também empacotadas armas de
destruição em massa. Todo o trabalho
será monitorado por agentes america-
nos que passariam a residir no país.
(...) Trata-se da chamada "política de
extensão de fronteiras", com a qual o
presidente Bush passou a considerar
que os pontos de saída de outros paí-
ses passaram a fazer parte limítrofe do
território americano.
PASSOS, J. M. O Globo, 8/9/2003. Adaptado
A correlação entre estes textos evidencia que
o novo papel assumido pelos Estados Unidos
na ordem mundial de poder é expresso, prin-
cipalmente:
a. pela ampliação da importância dos blo-
cos econômicos sob a sua hegemonia.
b. pela subordinação territorial das demais
nações às suas decisões estratégicas.
c. pela imposição aos países aliados de
gastos elevados com reforma adminis-
trativa.
d. pelo combate ao terrorismo globali-
zado com a formação de pactos entre
países amigos.
149.
A industrialização norte-americana co-
meçou no nordeste do país e se espalhou
pela região dos Grandes Lagos, com setores
como o siderúrgico, o naval e o automo-
bilístico. Esse foi, durante muito tempo, o
PV-13-14
padrão espacial predominante nos Estados
Unidos. Contudo, com a revolução técnico-
-científica e informacional, novos padrões
de distribuição industrial foram produzi-
dos, gerando um processo de descentrali-
zação e de reorganização territorial da ati-
vidade produtiva. Considerando o processo
descrito, responda ao que se pede.
a. Quais tipos de indústrias caracterizam
o novo padrão industrial americano?
b. Onde se localizam essas indústrias e
quais fatores justificam tal localização?
111
Geografia
150.
É um estado norte-americano cujo relevo
apresenta grandes altitudes e possui quase
metade de sua área coberta por gelos eternos.
No curto verão, musgos e liquens reaparecem
após o degelo, cobrindo extensas áreas de
pastagens. Exportação de madeira, extração
mineral de ouro, prata e chumbo, pesca de
salmão e trutas e exploração petrolífera são as
principais atividades econômicas desse espa-
ço, cuja descrição corresponde ao:
a. Oregon.
b. Ohio.
c. Wyoming.
d. Alasca.
e. Colorado.
151.
Assinale a alternativa que contempla as prin-
cipais características do Vale do Silício (Silicon
Valley), nos EUA.
a. Formado pela erosão glacial, consti-
tui-se numa área de preservação per-
manente onde se destacam as faias,
sequoias e bétulas, espécies típicas da
floresta boreal.
b. É uma das principais áreas de extração
mineral, sobretudo de silício, cobre e
ferro, altamente prejudicada pela de-
gradação do meio ambiente.
c. Também conhecido por cinturão agrí-
cola (belt's), constitui-se na principal
área produtora de cereais dos EUA, so-
bretudo de milho e trigo, além da pecuá-
ria intensiva.
d. Localizado no nordeste dos EUA,
constitui-se numa área de antiga con-
centração industrial, destacando-se as
indústrias de bens de produção pela
abundância de matérias-primas, ener-
gia e mão de obra e pela facilidade de
transporte.
e. Localizado no oeste dos EUA, próximo
a importantes centros de pesquisa, for-
ma um complexo industrial com desta-
que para os ramos típicos da Terceira
Revolução Industrial.
 Geografia
152.
Leia com atenção o texto.
Tradicionalmente, tem-se analisado a
diversidade regional dos Estados Unidos a
partir de quatro grandes conjuntos (Norte,
Sul, Meio-Oeste e Oeste) definidos numa
perspectiva histórica, em que se valorizam o
povoamento original e as paisagens herdadas.
A esta abordagem tradicional acrescentamos
outra regionalização que privilegia a abertura
da potência americana para o exterior. Traba-
lhando com a ideia de interfaces, definimos
as três que marcam a nova regionalização dos
Estados Unidos: a do Atlântico, a do Caribe e
a do Pacífico, às quais se contrapõe uma dia-
gonal interior.
RUA, João in Estados Unidos, crise e recuperação da
potência mundial. Niterói, RJ: EDUFF, 1998. Adaptado.
Diagonal interior
Crescente periférico
N que obrigou o deslocamento da popu-
Com relação às regiões propostas pelo texto,
podemos afirmar:
Interface 1 – Esteve orientada para os merca-
dos europeus até finais do século XVIII, quan-
do, através dos Grandes Lagos, voltou-se para
o interior; ainda hoje, o papel dirigente das
grandes metrópoles dessa região permanece
dominante; apresenta constante declínio rela-
tivo, e mesmo absoluto, em termos de setores
como os do aço e das indústrias têxteis, além
de declínio populacional.
Interface 2 – Na costa oeste, encontram-se
as metrópoles californianas com desempe-
nho excepcional como ponto de convergência
dos fluxos de homens e de capitais entre Ásia,
América Latina e América do Norte.
Interface 3 – Definida pelos espaços imensos e
pouco povoados, é fortemente marcada pelo
peso das atividades agrícolas e ressente-se, não
da ausência de cidades, mas da inexistência de
uma rede urbana nitidamente hierarquizada;
funciona como uma imensa área de ligação en-
tre o nordeste e o crescente periférico.
112
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativas(s) relacio-
nada(s) com a(s) interface(s):
a. 1.
b. 1 e 2.
c. 1 e 3.
d. 2 e 3.
e. 1, 2 e 3.
153.
A tradicional região industrial dos Grandes La-
gos, nos Estados Unidos, teve como principais
fatores para o seu desenvolvimento, entre ou-
tros:
a. a existência de importantes centros de
pesquisas e a localização de terminais
ferroviários procedentes do Pacífico.
b. a presença de entroncamentos de
transportes aéreos, facilitando o esco-
amento da produção por todo o país.
c. a proximidade a matérias-primas como
o ferro e o carvão e a existência de im-
portante rede de transportes.
d. a modernização das atividades rurais,
lação para os centros industriais.
e. a aglomeração de instituições financei-
ras, alimentando recursos para a ex-
pansão das atividades.
154.
A respeito dos Estados Unidos e de seu papel
na Nova Ordem Mundial, é correto afirmar
que o país:
a. instituiu uma nova relação de depen-
dência com os países periféricos com
PV-13-14
o do fornecimento de matérias-primas.
b. consolidou sua liderança econômica
com a criação de um bloco comercial
com a Europa.
c. construiu um bloco com os países da
Ásia Oriental para manter seu controle
econômico sobre o Japão.
d. fortaleceu sua hegemonia político-mili-
tar em relação à Europa e ao Japão.
e. estabeleceu uma aliança militar com a
Rússia para exercer sua hegemonia po-
lítica nos Bálcãs.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

155.
Assinale a alternativa incorreta sobre as características da industrialização dos Estados Unidos.
a. A integração das empresas domina a estrutura das indústrias em todos os aspectos.
b. A automação, largamente disseminada, permite a economia de mão de obra.
c. A crescente especialização da mão de obra condiciona economia de tempo e racionalização.
d. A formação das linhas de montagem é responsável pela produção em massa e permite bara-
tear os custos.
e. A concentração da produção numa única região facilita o escoamento para o consumo interno
e para a exportação.
156. Vunesp
O mapa espacializa a área do golfo do México.
Phoenix Atlanta
Memphis
Mexicali Dallas

Nova Orleans
Houston
Golf

MÉXICO
o da

Torreón Miami
Cali

Monterrey Golfo
fó
rnia

Durango do México

Guadalajara Leon Mérida

Cidade do
N México

SIMIELLI, Maria E. M. Geoatlas, 2009. Adaptado.

Cite o evento que ocorreu em abril de 2010 e trouxe problemas ambientais sem precedentes na
região do golfo do México. Apresente três consequências resultantes deste fato.
157. Vunesp
Analise o mapa
A grande migração transatlântica,
final do século XIX e início do século XX
ESCANDINÁVIA

CANADÁ IRLANDA RÚSSIA

PV-13-14

GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
Boston FRANÇA AÚSTRIA-
Detroit ESPANHA -HUNGRIA
Chicago Nova York PORTUGAL ITÁLIA
São ESTADOS
Francisco UNIDOS

JAPÃO
CHINA

N Número de migrantes

17.500.000

Proporções de imigrantes BRASIL

5.000.000
na população
1881-1890*(%) Rio de Janeiro 2.000.000
São Paulo menos de
Argentina 22 500 000
Cuba 12
Estados 9 Buenos Aires Polos e regiões
Unidos imigratórias
Canadá 8 ARGENTINA
Brasil 7
*exceto Cuba (1901-1910)

113
 Geografia
Analise as cinco afirmações feitas a respeito
do tema estampado no mapa.
I. Durante esse período, a América Cen-
tral se transformou numa importante
região imigratória.
II. O Japão e a China também participa-
ram desse período, com expressivo
contingente populacional se deslocan-
do para a América do Sul.
III. O maior contingente migratório se des-
locou para os Estados Unidos, saindo
principalmente da Grã-Bretanha e da
Itália.
IV. O fim gradual da escravidão no conti-
nente americano e a demanda por mão
de obra para substituir os escravos, as-
sociada à primeira revolução dos trans-
portes, constituíram elementos que
estimularam e intensificaram o fluxo
migratório europeu.
V. No final do século XIX, muitos europeus
emigraram em direção ao continente
americano para fugir das crises agríco-
las, da pobreza e das perseguições.
Estão corretas apenas as afirmações:
a. I, II e III.
b. II e V.
c. III, IV e V.
d. I, III, IV e V.
e. II, III, IV e V.
158.
A indústria cultural norte-americana teve
enorme influência na vida social e cultural do
Brasil e de toda a América Latina. Uma das
mais importantes dessas influências esteve re-
presentada pela coluna de heróis e super-he-
róis, tais como: Flash Gordon, Jim das Selvas,
Mandrake, Zorro, Fantasma, Tarzan, Super-
-Homem, Capitão América, Batman, Homem
de Borracha, Capitão Marvel e muitos ou-
tros. Juntamente com os personagens de Walt
Disney, que chegaram ao Brasil na década de
1940, a “invasão” desses personagens assina-
lou o novo contexto socioeconômico, político
e cultural da nação brasileira.
114
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Tendo em vista as principais características so-
cioespaciais do Brasil nesse contexto, assinale
a afirmativa incorreta.
a. O país estava se industrializando e for-
mava-se paulatinamente uma indústria
cultural, que se difundia a partir da re-
gião Sudeste.
b. A difusão do american way of life im-
pulsionou o consumo de mercadorias,
o que interferiu no processo de instala-
ção de indústrias de bens de consumo.
c. Em razão da Guerra Fria, uma das es-
tratégias da indústria cultural norte-
-americana foi a conquista de novos
parceiros políticos e econômicos.
d. O elevado crescimento das cidades
na região Sudeste, associado ao au-
mento da pobreza, impossibilitou a
expansão da indústria cultural nas
principais cidades desta região.
e. Os elevados investimentos em in-
fraestrutura, com vistas a integrar o
território a partir da Segunda Guerra,
possibilitaram a difusão das ideias e
produtos norte-americanos.
159.
Uma família deixa suas terras, pois
o pai pediu dinheiro emprestado ao ban-
co e agora o banco lhe toma as terras. A
companhia das terras quer nelas tratores
em vez de pequenas famílias. Se um trator
produzisse compridos sulcos em nossas
próprias terras, nós gostaríamos do trator,
como gostávamos das terras quando ain-
da eram nossas. Mas esse trator faz duas
coisas diferentes: traça sulcos nas terras e
PV-13-14
expulsa-nos delas. Quase não há diferença
entre esse trator e um tanque de guerra.
Ambos expulsam os homens que lhes bar-
ram o caminho, intimidando-os, ferindo-os.
STEINBECK, John. As vinhas da Ira, 1972. Adaptado.)
O trecho acima está relacionado com:
a. a “Marcha para o Oeste”, quando os
pequenos produtores rurais do leste
foram atraídos para o meio-oeste.
b. o período posterior à Segunda Guerra
Mundial, quando a crise econômica
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
destruiu a sociedade de consumo dos
Estados Unidos.
c. a fase correspondente à Grande De-
pressão, que atingiu os Estados Unidos
como consequência da crise de 1929.
d. a Depressão de 1873, provocada pelo
aumento da produção industrial e pela
maior necessidade de mercados consu-
midores.
e. uma crise cíclica do capitalismo, marca-
da pelo colapso do sistema financeiro
e pela subprodução de gêneros alimen-
tícios.
160.
Leia um excerto do discurso do presidente dos
EUA, proferido em 31/8/2010:
Boa noite!
Quisera hoje lhes falar sobre o fim da
nossa missão de combate no Iraque, os de-
safios de segurança que ainda enfrentamos
e a necessidade de reconstruir nossa nação
aqui em casa. Sei que esta ocasião histórica
acontece em momentos de grande inseguran-
ça para muitos estadunidenses. Já faz quase
uma década que estamos em guerra. Estamos
suportando uma recessão longa e penosa. E
às vezes em meio a estas tormentas, o futuro
que estamos tentando construir para a nossa
nação, um futuro de paz e prosperidade du-
radouras parece estar fora do nosso alcan-
ce. Mas este momento histórico deve servir
como lembrete a todos os estadunidenses de
que o futuro está em nossas mãos se avan-
çarmos com confiança e determinação. E
também deve servir como uma mensagem ao
mundo de que os Estados Unidos da América
PV-13-14
têm a intenção de manter e garantir sua lide-
rança neste jovem século. Deste gabinete, há
sete anos e meio, o presidente Bush anunciou
o início de operações militares no Iraque.
Muito mudou desde essa noite. Uma guerra
para desarmar um Estado se converteu em
uma luta contra a insurgência. O terrorismo
e a luta sectária ameaçaram destroçar o Ira-
que. Milhares de estadunidenses perderam
a vida, dezenas de milhares foram feridos.
Nossas relações exteriores se viram afetadas.
Foi posta à prova a unidade nacional. Estas
são as águas tormentosas que encontramos
no curso de uma das guerras mais longas dos
115
Geografia
Estado Unidos. Entretanto, tem havido uma
constante nessas marés variáveis.  Em todo
momento, os homens e mulheres que vestem
o uniforme dos Estados Unidos prestaram
serviços com valentia e determinação. Como
comandante em chefe, sinto orgulho pelos
serviços prestados. Como todos os estaduni-
denses, admiro seu sacrifício e os sacrifícios
de seus familiares. Os estadunidenses que
prestaram serviços no Iraque completaram to-
das as missões que lhes foram encarregadas.
Analisando o discurso, conclui-se que:
a. os EUA abandonaram o Iraque à pró-
pria sorte, após verem frustradas suas
tentativas de democratização do país.
b. apesar da longa duração da interven-
ção no Iraque, os EUA perderam pou-
cos militares.
c. apesar dos reveses, os EUA vão procu-
rar manter a liderança política do mun-
do ocidental.
d. a invasão do Iraque trouxe a admiração
de seus principais aliados do mundo
ocidental.
e. a utilização do gentílico estadunidense
é inapropriada, pois o correto é utilizar
o termo norte-americano.
161. UFTM-MG
Considere as seguintes afirmações sobre a po-
pulação dos Estados Unidos:
I. A população branca foi a que mais cres-
ceu nesta última década.
II. Os negros representam o segundo gru-
po étnico do país, espalhando-se por
todo o território estadunidense.
III. A maior parte da população hispânica
do país concentra-se ao norte, na fron-
teira com o Canadá.
IV. Na última década a população asiáti-
ca no país cresceu em mais de 100%,
concentrando-se principalmente na Ca-
lifórnia.
V. Atualmente, 1 em cada 5 norte-ameri-
canos não pode ser classificado como
branco, proporção que deve se ampliar
no futuro.
 Geografia
Estão corretas somente:
a. I, II e III
b. II, III e V
c. I, IV e V
d. I, III e IV
e. II, IV e V
162. ENEM
Na democracia estadunidense, os cidadãos
são incluídos na sociedade pelo exercício ple-
no dos direitos políticos e também pela ideia
geral de direito de propriedade. Compete ao
governo garantir que esse direito não seja
violado. Como consequência, mesmo aqueles
que possuem uma pequena propriedade sen-
tem-se cidadãos de pleno direito.
Na tradição política dos EUA, uma forma de
incluir socialmente os cidadãos é:
a. submeter o indivíduo à proteção do go-
verno.
b. hierarquizar os indivíduos segundo
suas posses.
c. estimular a formação de propriedades
comunais.
d. vincular democracia e possibilidades
econômicas individuais.
e. defender a obrigação de que todos os
indivíduos tenham propriedades.
163.
Leia o texto com atenção:
O Canadá segundo os norte-americanos
Com o Canadá, tudo limpo. Até porque, a
maioria dos americanos acredita piamente
que o Canadá faz parte dos Estados Unidos.
Falam a mesma língua, até, e sem aquele
sotaque pernóstico dos ingleses. E para te-
lefonar você não precisa nem colocar o có-
digo na frente do número, só os três dígitos
da cidade, mais o número chamado – um
interurbano, enfim. E vejam só as contribui-
ções que o Canadá já deu à cultura america-
na: Joni Mitchell, Neil Young, Michel J. Fox,
John Candy, James Cameron e hóquei, que
maravilha! Ah, sim, tem aquela história de
Quebec e aquele povo que fala francês. Mas
Quebec fica na Europa, não fica?
BAHIANA, Ana Maria. América de A a Z – quase tudo
o que você precisa saber para sobreviver ao sonho
americano. Rio de janeiro: Objetiva, 1994. p. 19-20.
116
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
O texto caracteriza-se pela ironia, que,
quando não é bem interpretada, pode pa-
recer uma afirmativa. Apresente os dois
problemas canadenses, um econômico e
outro político, citados de forma irônica pela
autora.
164.
Assinale a opção que não identifica as carac-
terísticas da formação geográfica das regiões
do Canadá.
a. No vale do São Lourenço e nos Grandes
Lagos, encontram-se as grandes me-
trópoles, que têm na energia elétrica
abundante dos Grandes Lagos, no car-
vão dos Apalaches e no ferro da penín-
sula do Labrador os recursos necessá-
rios ao seu desenvolvimento.
b. As províncias marítimas se destacam pela
policultura e por indústrias de papel; en-
tretanto, sua mais importante atividade
econômica é a indústria pesqueira, favo-
recida pela Corrente do Labrador.
c. As grandes planícies centrais são áreas
de grandes propriedades, intensa me-
canização e bem servidas de transpor-
te ferroviário, que escoa a importante
produção do trigo canadense.
d. A Colúmbia Britânica, região de alta
densidade demográfica e de clima
temperado continental, tem o relevo
acidentado, o que permite grande pro-
dução de hidroenergia.
e. o Grande Norte, região com a mais re-
duzida densidade demográfica e clima
polar, subpolar e frio continental, apre-
senta atividades ligadas ao extrativismo
PV-13-14
da floresta.
165. UFR-RJ
Leia o texto a seguir e responda:
CAI NÚMERO DE BRANCOS NAS
MAIORES CIDADES AMERICANAS
Eles são maioria só em 52 das 100
maiores cidades, enquanto em 1990 eram
em 70.
ERIC SCHMITT. The New York Ti-
mes. Washington.
Pela primeira vez, em quase meta-
de das cem maiores cidades dos Estados
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
Unidos há mais negros, hispânicos, asi-
áticos e outras minorias do que brancos,
segundo análise dos números do último
censo. Enquanto a população das cidades
que apresentaram o crescimento mais rá-
pido do país, como Las Vegas e Phoenix,
aumentou em todas as raças e etnias, a
grande maioria das cidades americanas –
71 entre as 100 maiores – perdeu habitan-
tes brancos. Como resultado, brancos não
hispânicos são agora minoria no total da
população dos cem maiores centros urba-
nos do país.
Enquanto os brancos deixavam
muitos núcleos urbanos para ir morar
nos bairros afastados ou além deles, as
maiores cidades americanas ganharam
3,8 milhões de habitantes hispânicos, o
que representa um aumento de 43% em
relação a uma década atrás. A combinação
de fuga dos brancos dos centros urbanos
e do influxo de hispânicos, em particular,
evidencia até que ponto a imigração e as
altas taxas de natalidade entre os nascidos
no exterior estão modificando o caráter
das cidades, fomentando um renascimen-
to em alguns centros urbanos e obrigando
os líderes civis a tomar decisões difíceis
sobre como lidar com uma coletividade
em rápido processo de mudança. "Isso
mostra a volatilidade e a complexidade
das mudanças nos Estados Unidos hoje
em dia", disse Bruce Katz, diretor do Cen-
tro de Política Urbana e Metropolitana da
Brookings Institution daqui. "Quem fica e
quem deixa as cidades têm enormes im-
plicações econômicas para a força fiscal,
vitalidade econômica e influência política
PV-13-14
das cidades." Muitas dessas descobertas
estão contidas em uma análise preliminar
elaborada pelo centro de política urbana
da Brookings, que oferece algumas das
provas mais detalhadas até agora da diver-
sidade crescente nas cidades do país, com
grandes implicações para as autoridades
municipais. Por exemplo, as bases tributá-
rias das cidades podem estar encolhendo.
O Estado de S. Paulo, 2/4/01.
Apresente duas razões para a grande partici-
pação de imigrantes latino-americanos no mo-
saico étnico dos Estados Unidos.
117
Geografia
166. UERJ
Nos últimos doze meses, a taxa de desemprego
de fevereiro também foi a mais alta. O pico an-
terior ocorreu em outubro do ano passado, mês
seguinte aos atentados terroristas aos EUA.
EM ALTA
Em % 19,1
18,3
17,3 17,3
Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev
2001 2002
Dieese.
Adaptado de Jornal do Brasil, 28/03/2002.
O gráfico indica a variação do desemprego, du-
rante o período assinalado, e estabelece uma
relação entre a dinâmica do desemprego na Re-
gião Metropolitana de São Paulo e os atentados
terroristas de setembro nos EUA. Isso sugere
uma possível relação entre os dois processos,
num contexto de economia globalizada.
Os EUA têm enorme influência econômica no
restante do mundo, fundamentalmente, porque:
a. exportam armas e veículos de guerra
para os países periféricos.
b. importam bens manufaturados das áreas
metropolitanas do hemisfério sul.
c. centralizam parte significativa do comér-
cio e dos fluxos de capital no mundo.
d. distribuem ajuda humanitária para as
economias emergentes do Terceiro Mun-
do.
167.
Sobre a economia do Canadá, podemos afirmar:
I. É fortemente dependente dos Estados
Unidos em relação ao fluxo de capitais,
tecnologia e mercadorias.
II. Muito prejudicada pela Segunda Guerra
Mundial e fracamente industrializada,
equilibra a sua balança comercial com
exportações de gêneros alimentícios.
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

III. Dinâmica e forte, tem na produção de 170. UFMG

papel e celulose uma posição de desta-
que que o coloca como o maior produ- Observe os dados a seguir, referentes ao Nafta.
tor mundial do gênero.
Produto
IV. Tem no alumínio seu grande destaque Interno População PIB per
na área metalúrgica, embora a matéria- País Bruto (em (em milhões capita (em
-prima (bauxita) necessite ser quase bilhões de de hab.) dólar)
que totalmente importada da Jamaica dólares)
e do Suriname.
V. Não utiliza técnicas modernas na agro- Estados
8.708,870 272,878 31.914
pecuária, o que faz com que essa ativi- Unidos
dade se torne altamente improdutiva.
Canadá 612,049 30,604 19.998
São corretas as afirmativas:
a. I, II e IV.
b. I, III e IV. México 474,951 97,425 4.875
c. I, IV e V. Banco Mundial. Relatório sobre o
d. II, IV e V. desenvolvimento mundial 2000/2001.
e. III, IV e V.
168. O Nafta corresponde a um acordo que, entre
outras atribuições:
Observe o mapa. a. torna legal a livre circulação de mercado-
rias e cidadãos mexicanos para os Esta-
dos Unidos.
b. prevê a abolição progressiva das tarifas
alfandegárias entre os países-membros e
1 a criação de uma zona de livre comércio.
c. consolida a integração de parceiros mui-
to semelhantes em termos políticos, eco-
nômicos e demográficos.
N d. realiza investimentos industriais em dife-
rentes áreas do México, reduzindo assim
0 340 km os contrastes regionais e sociais desse
país.
Utilizando seus conhecimentos geográficos, 171.
faça o que se pede.
Os diversos setores da economia vêm apresen-
a. Identifique o país indicado com o nú- tando mudanças significativas a partir das últi-
mero 1 e explique a distribuição espa- mas décadas do século XX. Nos Estados Unidos
cial de sua população. e Canadá, por exemplo, essas mudanças podem
b. Do ponto de vista do povoamento e da
PV-13-14

ser observadas nos dados do quadro a seguir.

linguística, quais são as principais di-
ferenças apresentadas pela província População ocupada por setores de
destacada no mapa? atividades – 1970 a 1997 (%)
169.
Países Canadá Estados Unidos
É o principal produto agrícola canadense, pro-
duzido especialmente no sul, onde o rigor cli- Setores
mático é menor. Trata-se do(a): 1970 1980 1997 1970 1980 1997
Anos
a. trigo de primavera.
b. trigo de inverno. Primário 7,6 5,4 3,9 4,5 3,6 2,7

c. milho híbrido. Secundário 30,9 28,5 23,2 34,4 30,5 23,9

d. batata. Terciário 61,4 66 73 61,1 65,9 73,4
e. algodão. Adaptado de L´État du Monde, 1995 e 1999.

118
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

Com base na análise dos dados fornecidos, cite Assinale a alternativa que destaca correta-
dois fatores que influenciaram a mobilidade da mente os recursos naturais importantes para
população ocupada e explique por que tais fato- o fortalecimento da economia do Canadá no
res contribuíram para a ocorrência das mudanças. século XX.
172. a. I, II, III e V
Nesta região, favorecida pela presença da flo- b. I, II, IV e V
resta, de reservas minerais e do grande poten- c. I, III, IV e VI
cial hidrelétrico, concentra-se a maior parte da d. II, III, V e VI
população e da atividade industrial do Canadá. e. III, IV, V e VI
Trata-se:
175.
a. da Colúmbia Britânica.
Canadá, China, Brasil, Estados Unidos e Rússia
b. das províncias atlânticas.
são os cinco maiores produtores mundiais de
c. do sudeste. hidreletricidade.
d. das pradarias. As características comuns a esses países são:
e. do Grande Norte. I. elevada extensão territorial;
173. UFRS II. elevadas populações absolutas;
Assinale a alternativa que completa correta- III. elevadas densidades populacionais na
mente as lacunas do texto abaixo. totalidade de seus territórios;
Atualmente, cresce cada vez mais o número IV. presença de desníveis topográficos em
de grupos separatistas que lutam pela inde- seus territórios, compreendendo pla-
pendência de certas regiões dentro de um naltos e planícies;
país. Em virtude de diferentes processos de V. existência de importantes bacias hidro-
colonização protagonizados por _______, as gráficas.
tendências separatistas são atuantes no(a)
_______, onde _______, de maioria francesa, A alternativa que contém corretamente as ca-
reivindica uma posição independente. racterísticas é:
a. ingleses e franceses – Canadá – Quebec a. I, II e III.
b. ingleses e franceses – Canadá – Ontário b. I, II e V.
c. espanhóis e bascos – Espanha – País c. II, III e IV.
Basco
d. ingleses e espanhóis – Espanha – Gi- d. III, IV e V.
braltar e. I, IV e V.
e. norte-americanos e franceses – Canadá 176.
– Quebec
PV-13-14

O vale do Rio São Lourenço liga uma importan-

174. te área industrial do Canadá ao Atlântico Norte,
Leia os itens a seguir. permitindo o escoamento da produção econô-
mica. A região em questão corresponde ao:
I. Vegetação de tundra
a. sudeste.
II. Vegetação de taiga
b. nordeste.
III. Recursos hídricos
c. sul.
IV. Latossolos
d. centro-oeste.
V. Petróleo
e. norte.
VI. Carvão

119
 Geografia
177. UFSM-RS
Folha de S. Paulo, 23 de setembro, 2004. Especial. p. A12.
O mapa mostra quantos são e onde vivem os
brasileiros nos Estados Unidos.
Sobre esses brasileiros e sobre as regiões para
onde se dirigem, assinale verdadeira (V) ou fal-
sa (F) nas afirmativas a seguir.
( ) Os estados de Nova Iorque, Massa-
chusetts e Nova Jersei integram o nor-
deste dos Estados Unidos, que abrange
os mais antigos polos industriais do país,
vivendo aí a maior parte dos brasileiros.
( ) Os estados de Massachusetts e Nova
Iorque, além das indústrias tradicionais,
também abrigam indústrias eletrônicas
de alta tecnologia.
( ) Os brasileiros que vivem na Flórida se
constituem em um importante reforço
quanto à mão de obra empregada no
nordeste e Grandes Lagos.
( ) No oeste, encontram-se importantes
concentrações de indústrias de alta tec-
nologia que formam, nas proximidades
de São Francisco, na Califórnia, o Vale do
Silício.
A sequência correta é:
a. V - F - F - V.
b. F - F - F - V.
c. V - V - F - V.
d. V - V - V - F.
e. F - F - V - V.
178. UFOP-MG
Sobre os Estados Unidos, assinale a alternativa
incorreta.
a. A maior parte da produção agrícola
destina-se ao mercado externo.
b. A Califórnia é a principal área agrícola
do oeste.
120
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
c. Detroit é o maior centro da indústria
automobilística.
d. O relevo montanhoso e o clima seco
são dois fatores que explicam o vazio
populacional do oeste americano.
e. O Texas é um estado sulino cujo o terri-
tório pertenceu ao México.
179.
Recentemente, os chefes políticos de Estados
Unidos, Japão, França, Alemanha, Grã-Breta-
nha, Itália e Canadá discutiram em Lyon (Fran-
ça) os riscos e as chances para a economia
mundial. Esses países constituem:
a. os polos da Nova Ordem Mundial.
b. o grupo dos países mais ricos do mun-
do – o G7.
c. os únicos países que formam o FMI.
d. os polos das novas regiões geoeconô-
micas ou mercados comuns.
e. os países do conselho fixo de segurança
da ONU.
180. FUVEST-SP
SPANGLISH
O diário “El País” de 02/10/2000 pu-
blicou uma entrevista com Ilan Stavans,
escritor e filólogo mexicano, autor do pri-
meiro dicionário de spanglish, uma língua
com origens nos subúrbios hispânicos de
Miami, Los Angeles e Nova Iorque. Com
cerca de 6000 palavras, esta língua nas-
ceu do choque do Espanhol com o Inglês
e é, segundo aquele filólogo, “uma nova
maneira de ser hispânico nos Estados Uni-
dos”. A entrevista termina com uma lista
PV-13-14
de algumas palavras a incluir no dicio-
nário; por ex., culísimo = muito frio (do
inglês cool).
Lexicon, Vocabulário de Filosofia. Disponível em:
<http://ocanto. esenviseu.net/lexs.htm>.
Com base no texto,
a. explique qual é o fenômeno geográfico
responsável por essa fusão de línguas,
nos EUA.
b. cite e explique uma consequência pos-
sível desse fenômeno geográfico.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
181. Mackenzie-SP
O mapa caracteriza o uso do solo do Canadá.
Em I, II, III e IV, temos corretamente:
I
II
III
IV
N las sociedades, se transformam em recursos.
a. agropecuária, regiões industriais, flo-
restas e zonas de pesca.
b. regiões industriais, florestas, agropecu-
ária e terras improdutivas.
c. agropecuária, regiões industriais, ter-
ras improdutivas e zonas de pesca.
d. regiões industriais, agropecuária, ter-
ras improdutivas e florestas.
e. agropecuária, regiões industriais, flo-
restas e terras improdutivas.
182. Unipar-PR
No continente americano, o Canadá se des-
taca pelos seus aspectos singulares. País de
grande extensão territorial e população pe-
quena, possui um dos mais elevados índices
PV-13-14
de bem-estar social do mundo. Com relação à
população canadense, podemos afirmar cor-
retamente:
a. é essencialmente rural, pois a econo-
mia do país depende basicamente da
exportação de produtos agrícolas.
b. praticamente 90% da população se
concentra na extensa faixa de terras
que faz fronteira com os EUA.
c. menos de 1/3 da população possui ida-
de superior a 20 anos.
121
Geografia
d. metade da população é composta por
descendentes de negros trazidos du-
rante a colonização.
e. o país não possui vazios demográficos
em função da distribuição regular da
população.
183. Unicamp-SP
O Canadá pode ser visto como um apêndice
dos Estados Unidos. De acordo com o antro-
pólogo Darcy Ribeiro, os latino-americanos o
vêem como uma província escondida por de-
trás dos EUA. A partir das afirmações anterio-
res, caracterize as relações econômicas esta-
belecidas entre os dois países.
184. Unirio-RJ
O espaço natural é formado por um conjunto
de elementos que, ao serem aproveitados pe-
Assim sendo, em relação à região do Canadá
em destaque no mapa a seguir, pode-se afir-
mar corretamente que:
ALASCA
(EUA)
PACÍFICO
CANADÁ
OCEANO
N EUA OCEANO
ATLÂNTICO
a. se refere às grandes florestas homogê-
neas da taiga canadense, cujo aprovei-
tamento favorece o desenvolvimento da
indústria de papel e celulose nesse país.
b. é a zona por excelência das pradarias
centrais, tradicionalmente ocupadas pela
pecuária de corte e pela pecuária leiteira.
c. representa o grande domínio da floresta
temperada, já bastante devastada, como
resultado da grande expansão urbana
nessa região, principalmente em sua par-
te central.
 Geografia
d. abrange a região de tundra, que, ape-
sar de refletir o rigor do clima local, fa-
vorece, por ser rasteira, a formação de
amplas pastagens naturais.
e. abrange a faixa de tundra, que, ao favo-
recer a produção de papel, contribuiu
para transformar o Canadá num dos
maiores exportadores desse produto.
185. UEL-PR
Este país está entre os maiores pro-
dutores e exportadores mundiais de trigo,
embora apresente menos de 5% de seu ter-
ritório utilizado para a agricultura devido
a uma série de dificuldades ambientais. A
cerealicultura praticada é muito eficiente,
com intensa mecanização e pequena mão
de obra.
O texto refere-se:
a. aos Estados Unidos.
b. ao Canadá.
c. à China.
d. à Rússia.
e. à Ucrânia.
186. Mackenzie-SP
O NAFTA, criado em 1992, tem parceiros com
desiguais características econômicas e demo-
gráficas. O Canadá, um dos seus membros,
procura através desse acordo:
a. ampliar sua penetração no poderoso
mercado de consumo dos Estados Uni-
dos.
b. vencer a influência que os americanos
têm sobre a economia dos países do
Caribe.
c. ganhar melhores condições de expor-
tação dentro do mercado latino-ame-
ricano.
d. equilibrar as relações econômicas com
o México que são totalmente monopo-
lizadas pelo mercado dos outros países
latinos.
e. aumentar sua exportação de manufa-
turados, pois oferece preços melhores
que aqueles comercializados em todo o
mercado americano.
122
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
187. Unaerp-SP
Sua população está concentrada ao longo de
sua fronteira meridional, principalmente no
sudeste, em torno dos Grandes Lagos e ao
longo do Vale do Rio São Lourenço. A distri-
buição irregular da rarefeita população deve-
-se aos rigores do clima polar e temperado frio
predominantes, respectivamente, ao Norte e
no Centro do país. A cerealicultura praticada é
muito eficiente, com pequena mão de obra e
intensa mecanização.
O país descrito no texto é:
a. Noruega.
b. Suécia.
c. Canadá.
d. Finlândia.
e. Islândia.
188. FGV
Responda a questão com base no mapa apre-
sentado a seguir.
CANADÁ
ESTADOS UNIDOS
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
A área delimitada no mapa transformou-se em
importante região geoeconômica do Canadá
PV-13-14
e dos Estados Unidos, devido à interação de
vários fatores históricos e também à presença
dos Grandes Lagos. Sobre o desenvolvimento
econômico da região e a relação com os lagos,
é verdadeiro afirmar que:
a. por sua grande extensão, os lagos con-
tribuem para amenizar o rigor climático
da região, permitindo que as águas se
congelem apenas superficialmente no
inverno, apesar de a região ser invadida
pela massa de ar polar ártica durante o
ano todo.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
b. formados pelo recuo das geleiras du-
rante o quaternário, constituiu-se em
verdadeiro complexo flúvio-lacustre
para o transporte de grandes tonela-
gens de carga, sobretudo quando os re-
feridos países tornaram-se industriais.
c. formados pelo recuo das geleiras cons-
tituíram um imenso corpo de águas
que umidificou a atmosfera regional,
permitindo o cultivo de grãos em quan-
tidades suficientes para o mercado in-
terno e externo.
d. na História do Canadá e dos Estados
Unidos, os primeiros imigrantes ocupa-
ram, no século XVII, as margens desses
lagos, tornando suas terras produtivas
e oferecendo alimentos e matérias-
-primas para as atividades industriais
instaladas nos séculos seguintes.
e. nos Estados Unidos formou-se prin-
cipalmente uma área industrial, en-
quanto no Canadá constituiu-se em im-
portante região de produção agrícola,
estabelecendo-se uma complementari-
dade entre os dois países.
189.
A área em destaque no mapa do Canadá é
ocupada:
a. pelo cultivo de cereais.
PV-13-14
b. pela pecuária extensiva.
c. por cultivos variados.
d. por florestas boreais.
e. pela pecuária intensiva.
190. UFPE
O Canadá teve forjadas a Geografia e a História,
basicamente, ao longo dos 570 km do vale do
rio São Lourenço, onde se situam algumas das
mais importantes cidades daquele país, como
Quebec, Ottawa, Toronto e Montreal. Com re-
lação a este país da América do Norte, é correto
afirmar que seu principal problema geopolítico:
123
Geografia
a. são os conflitos étnicos verificados na
parte meridional do país.
b. são os conflitos de migrantes canadenses
com autoridades de fronteira dos Estados
Unidos, ao sul.
c. são as tentativas de separatismo, por par-
te de uma das mais importantes regiões,
a província de Quebec.
d. é a diferença de idiomas e de etnias exis-
tentes no país.
e. é a ocorrência de grandes depósitos de
ferro e carvão mineral, que despertaram
a cobiça de grandes multinacionais dos
Estados Unidos e da Europa.
191. Unicamp-SP
Considerando o território norte-americano após
a Segunda Guerra Mundial, o chamado Sunbelt,
que abrange os estados da Califórnia, Arizona,
Texas, Novo México, Luisiana e Flórida, se desta-
cou pelo dinamismo de sua economia.
a. Aponte as principais características eco-
nômicas do Sunbelt americano.
b. Indique duas características da agricultu-
ra norte-americana moderna.
192. Udesc
O México e os Estados Unidos são vizinhos com
problemas. Sobre esta relação de vizinhança, é
correto afirmar, exceto:
a. O México foi uma das primeiras vítimas
do nascente imperialismo norte-ameri-
cano do século XIX. Explorando as insta-
bilidades internas do México, os Estados
Unidos conquistaram 1 milhão de km² de
territórios originalmente mexicanos. Es-
ses territórios correspondem aos atuais
estados do Texas, Arizona, Novo México
e Califórnia.
b. Os problemas existentes entre México e
Estados Unidos foram resolvidos recente-
mente com a eleição de Barack Obama,
que flexibilizou, por meio de leis, a entra-
da dos mexicanos nos Estados Unidos.
c. A maioria dos norte-americanos tende a
menosprezar, ser indiferente ou simples-
mente ignorar os ressentimentos históri-
cos mexicanos. A imagem passada pelo
cinema norte-americano a respeito dos
mexicanos é geralmente depreciativa.
 Geografia
d. O México pode se tornar um problema
geopolítico para os Estados Unidos, se
as falhas políticas e econômicas do re-
gime mexicano acirrarem os sentimen-
tos antinorte-americanos.
e. Os mexicanos buscam postos de traba-
lho nos Estados Unidos, o que aumenta
muito o fluxo migratório legal e ilegal
para o país americano.
193. UFC-CE
São as principais características do Vale do Silí-
cio, nos Estados Unidos:
a. localizado no oeste dos Estados Unidos,
próximo a importantes centros de pes-
quisa, forma um complexo industrial
com destaque para os ramos típicos da
Terceira Revolução Industrial.
b. também conhecido por cinturão (belt),
constitui-se na principal área produtora
de cereais dos Estados Unidos, sobre-
tudo de milho e trigo, além de pecuária
intensiva.
c. formado por erosão glacial, constitui-
-se numa área de preservação perma-
nente, onde se destacam as faias, as
sequoias e as bétulas, espécies típicas
da floresta boreal.
d. localizado no nordeste dos Estados Uni-
dos, constitui-se numa área de antiga
concentração industrial, destacando-se
as indústrias de bens de produção pela
abundância de matérias-primas, ener-
gia e mão de obra e pela facilidade de
transporte.
e. é uma das principais áreas de extração
mineral, sobretudo de silício, cobre e
ferro, altamente prejudicada pela de-
gradação do meio ambiente.
194. Udesc
O novo rearranjo, ou a nova ordem mundial,
tem imprimido uma série de modificações
ao mundo contemporâneo. Uma dessas mu-
danças é a aglomeração de alguns países em
blocos. Sobre os blocos econômicos, pode-se
afirmar:
a. Alca significa Área de Livre Comércio
das Américas e envolve somente os pa-
íses do Mercosul.
124
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
b. A Alca é a união do Nafta com o Mer-
cosul, para fazer frente aos avanços da
Comunidade Europeia.
c. Fazem parte do Tratado de Livre Co-
mércio da América do Norte – Nafta – o
Canadá, o México e os Estados Unidos.
d. Os EUA recusaram-se a fazer parte do
Mercosul, pois amargam o maior défi-
cit da balança comercial de sua história,
algo em torno de US$ 200 bilhões.
e. A Alca é uma proposta de Fidel Castro
no sentido de criar uma área de livre
comércio do Alasca à Terra do Fogo.
195. IFSP
Um dia chuvoso em Tijuana
Em janeiro de 2005, Juana Tapia
perdeu suas duas filhas para uma enchente
repentina que atingiu Tijuana, uma cidade
mexicana localizada na fronteira com os
EUA. Os Tapia são catadores de papel na
cidade. Tempestades de inverno são temi-
das em Tijuana porque grande parte dos
habitantes mora em casas precárias ergui-
das nas encostas de morros erodidos.
A cidade sustenta-se como plata-
forma manufatureira das gigantes maqui-
ladoras, que estão localizadas em parques
industriais modernos e bem planejados,
indistinguíveis de seus equivalentes ao
norte da fronteira, com amplas ruas pavi-
mentadas e um bom sistema de drenagem
pluvial. Os bairros operários de Tijuana,
por outro lado, terão de esperar décadas
por uma urbanização decente. Embora pa-
guem impostos municipais irrisórios, as
maquiladoras consomem a maior parte do
orçamento da cidade. Em outras palavras,
a classe trabalhadora de Tijuana subsidia
PV-13-14
as opulentas empresas no México.
A verdadeira história do “desastre
global” tem pouco a ver com falhas geo-
lógicas ou tempestades cataclísmicas.
Ele se refere às condições sociais
em que os pobres hoje residem. Há cerca
de 1 bilhão de favelados no mundo, um
número que duplicará até 2020. É a crise
habitacional global, não as placas tectôni-
cas ou o El Niño, que determina a senten-
ça de morte dos miseráveis.
DAVIS, Mike. Apologia dos bárbaros. São Paulo:
Boitempo, 2008, pp. 209-11. Adaptado.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
A respeito das chamadas plataformas indus-
triais maquiladoras, foram feitas as afirmativas
a seguir. Verifique a sua validade.
I. São zonas industriais situadas principal-
mente no norte do México, formadas
principalmente por fábricas, comércios
e serviços de capital nacional mexica-
no.
II. As maquiladoras importam máquinas
e matérias-primas livres de impostos e
fabricam peças ou produtos com baixos
custos, os quais serão exportados para
as indústrias norte-americanas, sob a
bandeira do Nafta.
III. As fábricas dessa zona especial pagam
salários elevados, o que tem gerado
um grande desenvolvimento social em
Tijuana, atraindo migrações de todo o
México e até mesmo dos EUA.
São afirmativas válidas:
a. I, II e III.
b. I e II, apenas.
c. I e III, apenas.
d. II e III apenas.
e. II, apenas.
196. UFPR
A fronteira do México com os Estados Unidos
tem protagonizado distintos processos de na-
tureza social, econômica e espacial. Sobre essa
realidade, considere as seguintes afirmativas:
01. Observa-se um intenso processo migra-
tório ilegal do México com destino aos
Estados Unidos, desencadeando ações
radicais por parte do governo ameri-
cano, como a construção de um muro
PV-13-14
para marcar a fronteira e dificultar o
ingresso de migrantes clandestinos nos
EUA.
02. Há uma importante relação industrial
entre os dois países, sobretudo por
meio da ação das maquiladoras, indús-
trias americanas instaladas do lado me-
xicano que se aproveitam de isenções
tarifárias, importam componentes dos
Estados Unidos, executam a montagem
dos produtos utilizando-se do baixo
custo da mão de obra mexicana e ex-
125
Geografia
portam os produtos acabados para os
EUA, com preços normalmente abaixo
daqueles praticados pelas indústrias
que produzem em território america-
no.
03. Os problemas existentes entre ambos
os países podem ser atribuídos à se-
paração física estabelecida por essa
fronteira: o México compõe a América
Central e os Estados Unidos a América
do Norte.
04. A importância da fronteira entre EUA
e México em relação à migração e ao
processo de localização das maquila-
doras se justifica pelo fato de as maio-
res cidades mexicanas estarem locali-
zadas na região de fronteira, inclusive
a capital, Cidade do México.
05. As remessas de dólares que os imi-
grantes fazem para suas famílias no
país de origem contribuem com ex-
pressiva parcela da economia mexica-
na.
Assinale a alternativa correta.
a. Somente as afirmativas 1 e 3 são ver-
dadeiras.
b. Somente as afirmativas 2 e 4 são ver-
dadeiras.
c. Somente as afirmativas 3 e 4 são ver-
dadeiras
d. Somente as afirmativas 2, 3 e 5 são
verdadeiras.
e. Somente as afirmativas 1, 2 e 5 são
verdadeiras.
197. Mackenzie-SP
Estados Unidos da América
IV
III
N
I
II
 Geografia Cartografia e Espaço Industrial Mundial

No mapa dado, a área demarcada e as cidades 199. ENEM

assinaladas I, II, III e por IV, de grande impor-
tância econômica, são, respectivamente: Aumento de produtividade
a. Ranching Belt – Miami, Dallas, São Nos últimos 60 anos, verificou-se
Francisco e Los Angeles. grande aumento da produtividade agrícola
b. Dry Farming – Nova Orleans, Miami, nos Estados Unidos da América (EUA).
São Francisco e Seattle. Isso se deveu a diversos fatores, tais como
expansão do uso de fertilizantes e pestici-
c. Manufacturing Belt – Miami, Nova Or-
das, biotecnologia e maquinário especiali-
leans, Los Angeles e São Francisco.
zado. O gráfico a seguir apresenta dados
d. Sun Belt – Miami, Houston, Los Angeles referentes à agricultura desse país, no pe-
e São Francisco. ríodo compreendido entre 1948 e 2004.
e. Green Belt – Miami, Dallas, Seattle e
São Francisco. 200
198. PUC-RS produtividade total
175 da agricultura
Considere a leitura do mapa dos Estados uni- dos EUA
150
dos da América e as afirmativas.
125
mudanças desde 1948 (%)

custos de
100 material

75

50
despesas
de capital
25

0 uso da terra
OCEANO OCEANO
ATLÂNTICO – 25
PACÍFICO custos de
Golfo do – 50
México mão de obra
N
– 75
1950 1960 1970 1980 1990 2000
Sobre a área assinalada no mapa, conectada ano
como Sun Belt, afirma-se:
Scientific American Brasil, jun/2007,
I. Nela predomina a indústria tradicional,
p.19 (com adaptações).
que ainda emprega mão de obra nume-
rosa. Com base nas informações anteriores, pode-
II. É uma área estratégica de comércio, pois -se considerar fator relevante para o aumento
PV-13-14

está situada junto aos Grandes Lagos. da produtividade na agricultura estaduniden-

III. Compreende um conjunto de núcleos se, no período de 1948 a 2004,
industriais resultantes da política de des- a. o aumento do uso da terra.
centralização da indústria estadunidense.
b. a redução dos custos de material.
IV. Nesta área está situado o Silicon Valley.
c. a redução do uso de agrotóxicos.
Estão corretas apenas as afirmativas
d. o aumento da oferta de empregos.
( ) I, II e IV.
e. o aumento do uso de tecnologias.
( ) I, II e III.
( ) I e IV.
( ) II e III.
( ) III e IV.

126
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
200. Mackenzie-SP
Sobre a economia dos Estados Unidos é incor-
reto afirmar:
a. As grandes extensões de solos férteis,
a maior parte do relevo de topografia
plana e o clima temperado favorece
a agricultura na porção central, que
se caracteriza pelo emprego maciço da
mecanização e pela baixa utilização de
mão de obra.
b. A região das Planícies Centrais é divi-
dida em cinturões de cultivo, onde a
agricultura é altamente especializada,
com alta produtividade.
PV-13-14
127
Geografia
c. A atividade industrial, tradicionalmen-
te concentrada na região Nordeste e
em torno dos Grandes Lagos, benefi-
ciou-se da riqueza mineral e energética
da região.
d. Atualmente verifica-se uma descentra-
lização industrial, em direção à Costa
Oeste (indústrias de alta tecnologia)
e à região do Golfo (indústria petrolífe-
ra).
e. Apesar da grande dependência de car-
vão e petróleo e, em menor grau, de
minerais metálicos, o país ainda é
responsável pela maior produção in-
dustrial do mundo.
 Geografia
Capítulo 07
201.
Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão en-
trou em um novo período de recuperação da
economia e da industrialização. São fatores res-
ponsáveis por essa recuperação, exceto:
a. o ressurgimento de grandes empresas
ou de grupos industriais com uso cres-
cente de tecnologias avançadas.
b. a não existência de gastos militares.
c. o isolamento em relação aos Estados
Unidos, país responsável pelas bombas
atômicas que causaram a derrota dos
japoneses na Segunda Guerra Mundial.
d. o grande mercado interno e de alto po-
der aquisitivo.
e. o grande oferta e abundância de mão de
obra após a guerra, além da capacidade
técnica e disciplinar do povo japonês.
202.
(...) O Japão está sendo ameaçado por uma
nova epidemia, que provoca cerca de 10 mil
vítimas fatais por ano, disse o The independence,
no dia 30 de agosto (1998). A terrível doença
não é aids, mas sim Karoshi que significa 'ex-
cesso de trabalho'.
(...) Médicos japoneses dizem que o estresse
provocado por longa jornada de trabalho vem
causando um número crescente de mortes por
problemas cardíacos (...)"
PASSINE, Elza Yasuko. Japão: que país
é este? Belo Horizonte: Lê, 1998. p.103.
Tendo como base as informações do trecho
mostrado e sabendo que, no Japão, existe gran-
de integração entre o trabalhador e os objetivos
traçados pela empresa, é falsa a opção:
a. Os valores éticos antigos que eram pas-
sados de geração a geração não existem
mais no Japão; por conta disso, as em-
presas acabam explorando muito os tra-
balhadores, mesmo contra sua vontade.
b. Algumas empresas têm semana de sete
dias, limitando o descanso apenas aos
feriados.
c. Considerando a ética do trabalho desen-
volvida na sociedade japonesa, quando
o trabalhador fica doente, ele pede
férias para não prejudicar a "sua" em-
presa.
128
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
d. Essa integração trabalhador-empresa
ajuda a explicar o desenvolvimento eco-
nômico do Japão, mas, por outro lado,
tem causado desgastes físicos e emocio-
nais ao trabalhador.
e. O trabalhador japonês sente a obrigação
moral, seja pela empresa seja pátria ou
país, de "produzir a maior quantidade em
menor tempo."
203.
A política trabalhista no país se apoia, entre ou-
tros, nos seguintes aspectos: é comum os filhos
terem emprego garantido na empresa em que o
pai trabalha; cada empresa procura ter seu pró-
prio sindicato, que inclui tanto os trabalhadores
quanto os dirigentes; as empresas recrutam os
jovens para o trabalho, assim que eles concluem
seus cursos em universidades ou em outras es-
colas; uma vez contratados, geralmente perma-
necem na mesma empresa até se aposentar. O
país a que o texto se refere é:
a. a Holanda. d. a China.
b. a Suécia. e. o Japão.
c. Cuba.
204. FEPECS-DF
PV-13-14
Imagem da capital do Japão destruída pelos
norte-americanos na Segunda Guerra Mundial
O Japão moderno e competitivo de hoje emer-
giu literalmente dos escombros da guerra a
partir de um amplo conjunto de medidas.
Assinale a opção que não apresenta uma me-
dida adotada para a recuperação econômica
do Japão, após a Segunda Guerra Mundial.
a. Educação competitiva e valorizada
como meio de galgar melhores empre-
gos e postos de trabalho.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
b. Poupança estimulada como forma de
obtenção de recursos por parte do Esta-
do e do sistema financeiro.
c. Investimentos de vultosos capitais nor-
te-americanos como forma de conter a
“ameaça vermelha” no pós guerra.
d. Política expansionista, possibilitando o
domínio de territórios com grande quan-
tidade de recursos naturais.
e. Filosofia confuciana, que exalta menos o
homem como indivíduo e mais como ser
social e coletivo, dando um agudo senso
de interesse nacional.
205. UFMS
Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão pas-
sou por uma fase de crescimento econômico política industrial do Japão.
extraordinário, chegando a apresentar taxas
de crescimento médio de 14,6% no período de
1966-1970. No início dos anos 1990, a economia
japonesa perdeu fôlego, apresentando baixo facilitou a entrada dos produtos japone-
crescimento em alguns anos e recessão em ou-
tros. O crescimento do PIB japonês, em 1993, foi
de menos 0,53% e, em 1998, de menos 2,5%.
Assinale a(s) proposição(ões) que indica(m) fato-
res que explicam o crescimento pós-guerra e o
declínio na década de 1990.
01. Crescimento, propiciado pelo final da Se-
gunda Guerra Mundial, das economias
dos países vitoriosos, entre eles o Japão,
que se beneficiou de sua aproximação
com os Aliados. A crise econômica japo-
206.
A posição do Japão no mundo
saldo positivo
saldo negativo
equilíbrio
PV-13-14
EUROPA
ORIENTE JAPÃO
MÉDIO
ÁFRICA
ÁSIA
Equador
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
0 5000
ATLÂNTICO
km
CERUTI, Danielle e Serge. Histoire – Géographie. Paris: Hachette, 1998. p. 236. Adaptado.
Geografia
nesa está associada ao desprestígio de
seus produtos no mercado internacional.
02. Participação do Estado, aliado aos
grandes conglomerados empresariais
na conquista de mercados externos.
A população japonesa nos anos 90 do
século XX, em razão da crise financeira
do país, diminuiu o consumo e passou a
poupar, aumentando exageradamente a
taxa de poupança interna.
04. Utilização das Forças Armadas na con-
quista de mercados na Ásia – Ingerência
dos EUA no sentido de barrar o cresci-
mento da economia japonesa, com a
criação de grupos de países contrários à
08. Associação com os países asiáticos, for-
mando o Bloco Econômico da Ásia, o que
ses nos mercados americano e europeu.
A falta de matéria-prima para a manuten-
ção do crescimento da indústria japonesa
levou à queda do crescimento e à migra-
ção de japoneses para países ocidentais
nos anos 1990.
16. Combinação eficiente de livre mercado
com planejamento estatal – Estouro da
bolha especulativa, construída nos anos
1970 e 1980, provocando a falência de
empresas e bancos.
comércio exterior
investimentos diretos
ajuda pública ao
desenvolvimento
AMÉRICA
DO NORTE
AMÉRICA
OCEANO LATINA
PACÍFICO
OCEANIA N
129
 Geografia
Com base nas informações contidas no mapa
e em seus conhecimentos sobre a temática
abordada, pode-se fazer a seguinte leitura do
panorama das relações econômicas japonesas
na década de 1990:
a. O Japão foi um dos principais responsá-
veis pelo crescimento da economia em
vários países asiáticos, na qualidade de
grande investidor, exportador e impor-
tador de mercadorias da região.
b. As trocas comerciais japonesas com a
América do Norte foram insignifican-
tes, reflexo das dificuldades impostas
ao comércio exterior com o funciona-
mento do Nafta.
c. A América Latina foi um dos principais
destinos dos investimentos japoneses,
interessado em matérias-primas abun-
dantes, além de mão de obra barata e
pouco qualificada.
d. A Europa foi a principal parceira comer-
cial japonesa, fruto da abertura econô-
mica em razão da constituição da União
Europeia, com a livre circulação de mer-
cadorias e pessoas.
e. A África foi um dos continentes mais
beneficiados pelas transferências de re-
cursos do Japão com finalidades huma-
nitárias e/ou em programas de desen-
volvimento econômico para a região.
207.
Esse espaço particular condicionou a formação
de um determinado tipo de povoamento. O
isolamento contribuiu para a formação de um
povo singular, portador de uma língua singular
(...). A insularidade contribuiu para que as ilhas
sofressem mudanças mais rápidas e profundas
do que aquelas observadas nos países conti-
nentais, cuja evolução foi mais lenta (...)".
PITTE, J.R. Geografia. São Paulo:
FTD, 1998. p. 52. Adaptado.
Assinale a alternativa que indica o país descri-
to.
a. Austrália
b. China
c. Japão
d. Grécia
e. Coreia do Norte
130
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
208. UFPR
Para acompanhar o desenvolvimento
tecnológico ocidental, o Estado japonês
investiu na instalação de fábricas nos se-
tores em que o capital privado não tinha
condições de atuar. Mais tarde, algumas
dessas indústrias foram vendidas a baixo
preço a empresários particulares. Surgi-
ram assim os zaibatsu, verdadeiros mo-
nopólios privados que se desenvolveram
muito no período entreguerras devido às
inúmeras vantagens e privilégios asse-
gurados pelo Estado. De 1955 a 1973, o
crescimento industrial japonês foi maior
que o dos Estados Unidos e o da Europa
Ocidental, o que demonstra a eficácia da
participação do Estado na reorganização
industrial ocorrida no pós-guerra.
VESENTINI, J. W.; VLACH, V. Geografia crítica.
18. ed. São Paulo: Ática, 1997. v. 3, p.187-189.
Sobre a industrialização japonesa, é correto
afirmar:
01. Assim como nos Estados Unidos e na
Europa, os estágios iniciais da industria-
lização japonesa foram possibilitados
pela disponibilidade de carvão e ferro,
minérios que hoje estão esgotados no
país devido à exploração intensiva.
02. Os setores em que o Estado japonês
teve de intervir mais intensamente
para alavancar a industrialização fo-
ram aqueles que compõem a chamada
"indústria pesada", principalmente si-
derurgia, construção naval e petroquí-
mica.
04. Graças à ação diligente do Estado e à
PV-13-14
importância simbólica da natureza na
cultura nacional, o Japão logrou indus-
trializar-se sem comprometer a quali-
dade de vida com poluição sonora ou
do ar.
08. O trecho citado descreve com proprie-
dade algumas características básicas do
"modelo japonês" de desenvolvimento,
mas não leva em conta a profunda crise
que esse modelo vem experimentan-
do desde o início dos anos 1990, com
estagnação econômica e aumento do
desemprego.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
16. Ao contrário de países como Estados
Unidos e Inglaterra, cujas empresas
industriais transferem fábricas para
países subdesenvolvidos a fim de tirar
proveito dos baixos salários ali vigen-
tes, o "modelo japonês" tem a virtude
de manter a competitividade industrial
mesmo pagando altos salários, sem
necessidade de transferir parte de sua
produção para países menos desenvol-
vidos.
209.
Folha de S. Paulo
Em junho deste ano, o governo japonês reco-
nheceu que o país mergulhou na recessão.
Como causa desse processo podemos citar a:
I. crise asiática, onde empresas japone-
sas instaladas nos "tigres" amargaram
prejuízos e bancos do Japão viram com-
prometidos empréstimos feitos a paí-
ses asiáticos;
II. falta de dinamismo do mercado inter-
no japonês, que possui altos índices de
PV-13-14
consumo interno;
III. concorrência da economia norte-ame-
ricana, que recuperou sua capacidade
de inovação com a revolução tecno-
científica.
É(São) verdadeira(s) a(s) afirmativa(s):
a. I apenas.
b. I e II apenas.
c. I e III apenas.
d. II e III apenas.
e. I, II e III.
131
Geografia
210.
Considerando apenas fatores geográficos, o Ja-
pão não deveria ser uma das mais poderosas
nações do mundo. Em menos de um século –
depois que Matthew Perry aportou na Baía de
Tóquio pela segunda vez, em 1854 –, o Japão
transformou-se de um Estado isolado e pratica-
mente medieval, feudal, em uma superpotên-
cia econômica moderna e inovadora. De fato, o
Japão é pequeno. Faltam-lhe recursos naturais
importantes. A maior parte do país, é monta-
nhosa. As florestas, consideradas sagradas, co-
brem quase dois terços do país, por isso estão
mais presentes nesse país do que em qualquer
outra nação industrializada. Apenas 15% do seu
território podem ser aproveitados para a agri-
cultura. Situado no anel de fogo do Pacífico, o
Japão está sujeito a violentos terremotos, erup-
ções vulcânicas e tsunamis, ondas devastadoras
gigantescas, causadas por maremotos.
Com o auxílio do texto, julgue os itens seguintes.
01. No Pacífico, o Japão centraliza uma vas-
ta área de influência, constituindo-se
em um polo econômico.
02. O comércio exterior é um dos pilares da
economia japonesa.
03. Registram-se na história relações igua-
litárias e pacíficas, de intercâmbio dos
japoneses com outros povos asiáticos,
o que facilitou a sua industrialização
mesmo sem contar com grandes fontes
de recursos naturais.
04. O "anel de fogo do Pacífico", referido
no texto, diz respeito a uma faixa de
instabilidade por ser o limite entre pla-
cas tectônicas.
211.
Caracterize a distribuição espacial da popula-
ção do Japão.
212.
O Japão teria tudo para ser apenas
mais um arquipélago do oceano Pacífico,
compondo um arco montanhoso e vulcâ-
nico, não fossem alguns traços que lhe
conferem uma individualização em seu
contexto socioespacial.
LIMA, Ivaldo (1998). A inserção do Japão na Nova
Ordem Mundial. In: Haesbaert (org.). Globalização e
fragmentação no mundo contemporâneo. EDUFF.)
 Geografia
O texto sugere que há características específicas
na geografia do Japão. Dentre essas caracterís-
ticas, destaca-se a:
a. condição de maior potência financeira
e tecnológica asiática.
b. instabilidade geológica marcada por
vulcanismos e terremotos.
c. elevada densidade demográfica ao lon-
go das planícies costeiras.
d. dieta nacional incorporando expressivo
consumo de arroz.
e. adversidade climática provocada pelo
regime monçônico.
213.
Analise o gráfico apresentado abaixo.
Principais exportações japonesas (em %)
Máquinas e
equipamentos
Veículos
Prod. siderúrgicos
Prod. químicos
Outros
A leitura do gráfico permite afirmar que o Japão:
a. é o principal país exportador de auto-
móveis do mundo.
b. apresenta uma balança comercial su-
peravitária.
c. mantém a liderança no comércio mun-
dial.
d. sofre, atualmente, grande concorrência
dos Tigres Asiáticos.
e. tem nos produtos industriais a base de
suas exportações.
214.
Assinale a alternativa incorreta sobre a econo-
mia do Japão.
a. A modernização agrícola é retratada
pela pequena porcentagem de mão de
obra empregada no setor.
b. A escassez de terras agrícolas, provoca-
da pela montanhosidade e pelo alto ín-
dice de preservação florestal, constitui
um sério problema.
c. O progressivo aumento do consumo de
produtos de origem animal transformou a
pecuária na segunda atividade agrária, em
área ocupada e em valor da produção.
132
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
d. Predominam as grandes e médias pro-
priedades, com mão de obra assalaria-
da e alto nível técnico.
e. A indústria pesqueira, desenvolvida com
técnicas sofisticadas, garante ao país a
primeira posição mundial no setor.
215.
Mesmo contrariando algumas expectativas, o
Japão cresceu e seu poderio internacional é
bastante grande. Sobre a situação socioeconô-
mica do Japão e seu processo de crescimento
é incorreto afirmar:
a. O arranque industrial do Japão provo-
cou déficit na balança comercial dos
EUA, que, nos últimos anos, importam
muito mais daquele país do que expor-
tam para lá.
b. A construção de grandes complexos
industriais-portuários no Japão está as-
sociada não só às características do seu
espaço natural, mas também à sua de-
pendência de importação de matérias-
-primas e fontes de energia.
c. As intensas relações entre as três gran-
des metrópoles japonesas – Tóquio,
Osaka e Nagoya – resultaram na maior
concentração urbana do mundo, for-
mando uma verdadeira megalópole.
d. Apesar das melhorias salariais e dos al-
tos níveis de consumo alcançados nos
últimos anos, o crescimento da indús-
tria japonesa foi impulsionado pela ex-
ploração dos trabalhadores que, além
de receberem baixos salários, cum-
priam um elevado número de horas
de trabalho.
PV-13-14
e. Diferentemente do que ocorreu nos
EUA, no Japão a intervenção do Estado
na economia é praticamente nula, por
isso cada empresa faz a sua política par-
ticular de investimentos, pesquisa etc.
216.
O milagre japonês de desenvolvimento ba-
seia-se em vários fatores, dentre os quais o da
orientação da indústria japonesa em trabalhar
cada vez mais com valores agregados maiores.
Assim, "1 tonelada de satélite" custa 200 ve-
zes mais do que "1 tonelada de automóvel" e
20.000 vezes mais do que "1 tonelada de na-
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial Geografia

vio cargueiro". Com base nesse princípio, o go- 03. Hong Kong, colônia britânica localizada
verno japonês estimulou, nas últimas décadas, em território chinês, valeu-se de seu
a(o): superpovoamento, para criar indústrias
a. substituição dos materiais que equipam com base em mão de obra facilmente
os navios cargueiros, buscando ampliar disponível e barata, e de sua localização
a margem de lucro dos armadores japo- costeira, para efetuar a distribuição dos
neses. bens produzidos.
b. reaparelhamento dos estaleiros, infor- 04. Localizada na ponta da península Mon-
matizando-os e aumentando, também, o gólica, a ilha de Cingapura especializou-se
valor agregado dos navios. no setor quaternário da economia.
c. sucateamento da indústria naval e os 218.
investimentos maciços em "chips" para Para responder a esta questão, considere as
computadores que vão equipar satélites. pirâmides etárias e as afirmações apresenta-
d. investimento decrescente na indústria das a seguir.
automotiva e naval e investimento cres- Pirâmide da população japonesa
cente na astronáutica, robótica e na in- (1920-1989)
dústria de brinquedos.
Idade 1920 1989
e. deslocamento crescente de instalações 90
industriais de baixo valor agregado para Homem Mulher Homem Mulher
80
fora do Japão, sobretudo para os Tigres 70
Asiáticos. 60
50
217. UnB-DF 40
Até cerca de vinte anos atrás, o Japão domina- 30
va, de forma soberana, a geografia industrial 20
do sudeste da Ásia. Todavia, nas duas últimas 10
décadas, surgiram competidores, em escala 0
6 4 2 0 2 4 6 (%) 4 2 0 2 4 (%)
ainda reduzida, à sua hegemonia econômica:
Coreia do Sul, Formosa (Taiwan), Hong Kong e Instituto de Problemas da População.
Cingapura. Esses Estados possuem vantagens Ministério da Saúde e Bem-Estar; agência de
de cunho geográfico que os auxiliaram a se administração e coordenação – Japão.
colocar em posições econômicas privilegiadas. I. A pirâmide de 1920 se assemelha à do
Julgue os itens a seguir, relativos a esses Brasil atual.
Estados. II. No período anterior à Segunda Guer-
01. A Coreia do Sul, situada em uma penín- ra Mundial, era elevado o número de
sula que faceia o Japão e possuidora de crianças no Japão.
grandes centros industriais (fabricando III. A pirâmide de 1989 indica redução das
PV-13-14

desde automóveis a pianos, compu- taxas de natalidade.

tadores e calculadoras), e a Coreia do
Norte (produtora de equipamentos pe- IV. A porcentagem de população adulta
sados) teriam, juntas, melhores condi- permaneceu estável entre 1920 e 1989.
ções de competir com o Japão, graças à V. A expectativa de vida não se alterou en-
diversificação da produção e à facilida- tre 1920 e 1989.
de de escoamento dos produtos para o Estão corretas somente:
mercado internacional. a. I, II e III.
02. Formosa, um gigante industrial localizado
em uma ilha, produz bens que necessi- b. I, II e IV.
tam de importações maciças de matéria- c. I, III e V.
-prima de origem chinesa e que são dis- d. II, IV e V.
tribuídos ao mercado internacional por
e. III, IV e V.
intermédio da frota mercante da China.

133
 Geografia
219. Mackenzie
Arrasado na Segunda Guerra Mundial, o Japão
reconstruiu a sua economia contando com o bai-
xo custo da sua força de trabalho e também:
a. aplicando vultosos capitais na China para,
em troca, receber apoio comercial.
b. apoiando-se numa política exportadora
com a subvalorização do iene.
c. no ressurgimento de sua antiga política
imperialista, responsável pelo cresci-
mento industrial.
d. alargando as suas fronteiras de integra-
ção com a Coreia, fornecedora direta
de matéria-prima.
e. intensificando suas pesquisas na desco-
berta de minerais, os quais foram res-
ponsáveis pelo aumento da produção.
220.
Após a Segunda Guerra Mundial, este país co-
nheceu um extraordinário crescimento econô-
mico, marcando avanços na produção indus-
trial, na organização de gigantescas empresas
transnacionais e no crescimento de sua renda
per capita. O texto se aplica:
a. aos Países Baixos, local de exíguo territó-
rio, mas de grande produtividade agríco-
la, com ampla participação do Estado na
vida econômica e ensino superior obri-
gatório para toda a população.
b. à Alemanha de grande riqueza mineraló-
gica, com autossuficiência em petróleo
e com estrutura urbano-industrial bas-
tante concentrada em torno de Berlim.
c. ao Japão, país que recebeu maciço in-
vestimento inicial de capitais america-
nos e apresenta um custo relativamente
baixo de mão de obra muito produtiva e
disciplinada.
d. à Bélgica, que apresentava importante
tradição cultural-urbana, mão de obra alta-
mente qualificada e tem um grande percen-
tual de seu território ocupado pela produ-
ção de matérias-primas e alimentos.
e. à França, que, embora envolvido na
Segunda Guerra, não sofreu invasões
em seu território, tendo condições de
se refazer do ponto de vista econômi-
co e de organizar melhor os serviços e
instituições.
134
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
221. UFES
A população da Nova Zelândia é de 4 milhões
de habitantes; os maoris são 15% dela; 8 em
cada 10 maoris vivem em áreas urbanas. Entre
1994 e 1998, houve um aumento de 60% no
número de maoris com formação universitá-
ria; há maoris nos ministérios, no Parlamento,
entre o empresariado, nas repartições públi-
cas, dando aulas nas escolas e em qualquer
outro segmento da sociedade neozelandesa.
O texto acima se refere aos sinais do processo
de integração da população maori à socieda-
de neozelandesa. A população nativa foi, por
mais de um século, dominada pelos ingleses
em nome da superioridade cultural. A ideia de
cultura superior está associada ao fenômeno
denominado:
a. etnocentrismo.
b. imperialismo.
c. nacionalismo.
d. tradicionalismo.
e. sionismo.
222. FEI
Sobre a Austrália e sua organização política, é
incorreto afirmar que:
a. está ligada à Inglaterra pela
Commonwealth Britânica.
b. tem como chefe de Estado a rainha Eli-
zabeth II.
c. é uma monarquia parlamentarista.
d. apesar de ser um país independente,
seu primeiro-ministro é o mesmo que
o da Inglaterra.
e. foi uma colônia inglesa e tornou-se in-
PV-13-14
dependente no século XX.
223. UFG
A Austrália, sede dos últimos Jogos Olímpicos
do século XX, faz parte da Oceania, o continen-
te chamado de "Novíssimo Mundo", por ter
sido o espaço mais recentemente conquistado
pelos europeus.
São fatores que caracterizam a Oceania:
( ) a presença, ainda hoje, de povos subor-
dinados às potências mundiais, como
os das possessões norte-americanas,
francesas e inglesas.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
( ) a heterogeneidade econômica, marca-
da pela presença de dois países ricos –
Austrália e Nova Zelândia –, ao lado dos
demais, extremamente pobres.
( ) a homogeneidade linguística e cultural,
fruto da ocupação francesa em todo o
continente.
( ) a existência de uma exótica fauna de
marsupiais, típica do continente.
224. UFU-MG
A Austrália foi sede dos jogos olímpicos em
2000. Assinale a alternativa que identifica as
principais características geográficas desse país.
a. Os nativos australianos foram pratica-
mente dizimados com a ocupação eu-
ropeia, e os que restaram se encontram
hoje totalmente assimilados à cultura
dos brancos.
b. Possui população rural reduzida, cen-
tros urbanos concentrados no sudeste
do país, com base econômica derivada
dos produtos agropecuários e da mine-
ração.
c. Possui 40% do seu território recoberto
por florestas tropicais e importantes
indústrias de produtos manufaturados.
d. A maior parte do território é constituí-
da por desertos, predominando popu-
lação rural com economia baseada em
recursos primários.
225. UFPE
A Austrália apresenta, dentre outras, as se-
guintes características geográficas, exceto:
a. a maior parte da população economi-
camente ativa do país exerce atividades
PV-13-14
no setor primário.
b. no interior do país são encontradas im-
portantes reservas de carvão mineral e
minério de ferro.
c. a Austrália é um país industrializado,
onde se destacam as indústrias side-
rúrgicas, alimentícias e de material de
transporte.
d. a imigração para a Austrália se intensi-
ficou após a Segunda Guerra Mundial,
com a chegada ao país de grandes con-
tingentes de europeus.
135
Geografia
e. a maior parte do território australiano
é dominada por um clima seco, mas no
sudeste do país é encontrado um clima
subtropical.
226. Unirio-RJ
Assinale a afirmação incorreta sobre a Ocea-
nia e os países que formam esse continente.
a. O setor agropecuário na Austrália apre-
senta elevada participação nas expor-
tações, e a pecuária constitui uma das
principais fontes de riquezas.
b. A Austrália possui uma das mais baixas
densidades demográficas do mundo e
sua população concentra-se no litoral e
nas regiões mais úmidas.
c. A agropecuária na Nova Zelândia ocupa
grande parte de seu território; é uma
atividade muito importante economi-
camente, responsável por grande parte
das exportações de produtos industriais.
d. Ao todo, a Oceania é formada por qua-
tro grandes ilhas: a maior, que repre-
senta o território australiano, três ilhas
menores, que formam o arquipélago da
Nova Zelândia, e a ilha da Tasmânia, que
constituiu um país independente.
e. Durante o processo de ocupação da
Nova Zelândia pelos ingleses, a popula-
ção nativa teve suas terras usurpadas e
grande parte de sua população dizima-
da. Hoje a população é predominante-
mente branca.
227. Cesgranrio-RJ
A posição da Austrália, em relação às rotas de
navegação, foi um dos motivos que retardaram
a incorporação de seu território ao horizon-
te geográfico europeu. Sua ocupação só viria
a ocorrer de modo efetivo a partir do século
XVIII e seria marcada pela influência de fatores
naturais, o que pode ser constatado pela:
a. descoberta de jazidas de ouro que atra-
íram milhares de imigrantes a partir de
1850.
b. existência de forte atividade madeirei-
ra, nas áreas de vastas florestas de co-
níferas, na porção oeste do país.
c. implantação de lavouras de exporta-
ção de cana-de-açúcar e cacau, devi-
do à abundância de água, em todo o
território.
 Geografia
d. ocorrência, no centro do país, de solos
tropicais de alto potencial de aproveita-
mento para o cultivo de trigo.
e. característica montanhosa do relevo,
o que impediu a integração da rede de
transportes no sentido norte-sul.
228. Unicamp-SP
"O imenso território australiano (...)
configura uma vasta fronteira para o capi-
talismo japonês."
Rogério Haesbaert, Blocos internacionais de poder.
Considerando a afirmação anterior, caracterize
as relações comerciais entre esses dois países,
identificando os interesses japoneses na Aus-
trália.
229.
Os climas australianos apresentam-se predo-
minantemente secos e quentes devido princi-
palmente à (ao):
a. posição geográfica.
b. litoral recortado.
c. clima de monções.
d. anticiclones tropicais.
e. corrente quente de Darling.
230.
O Canadá e a Austrália são países desenvol-
vidos e suas grandes extensões territoriais os
colocam em destaque no cenário mundial. En-
tretanto, ambos apresentam como problema:
a. serem antigas colônias britânicas, atre-
ladas ao Commonwealth (Comunidade
Britânica das Nações), o que dificulta o
comércio com outros blocos econômi-
cos.
b. o fato de serem tradicionalmente paí-
ses de emigração, sobretudo em dire-
ção aos Estados Unidos, que aceitam li-
vremente imigrantes, desde que sejam
mão de obra especializada.
c. apresentarem em seus territórios áreas
anecumênicas.
d. a inexistência de terras férteis, devido
às suas posições latitudinais.
e. a industrialização recente, transfor-
mando-os em países periféricos do sis-
tema capitalista internacional.
136
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
231. CFTMG
Observe o cartaz abaixo, escrito em japonês e
português, divulgado no Japão.
A tradução “(...) é proibido dormir embaixo da
ponte de cidade japonesa” não evidencia:
a. a demissão em massa dos decasséguis
pelas montadoras de equipamentos
eletroeletrônicos do país.
b. a ausência generalizada de dispositivos
legais que protegem o trabalhador es-
trangeiro nos países asiáticos.
c. o aumento do numero de sem-teto nas
grandes cidades dinamizadas pelo capi-
talismo financeiro-informacional.
d. a falta de moradia adequada aos imi-
grantes ilegais, atingidos pela hiper-
trofia do setor terciário da economia
nacional.
232. UECE
A posição do Japão no sistema mundial vem
assumindo notável proeminência, com especial
destaque no período que se segue à Segunda
Guerra Mundial. Isto significa dizer que a presen-
ça japonesa pelo mundo afora se traduz, mais
explicitamente, pela crescente conquista de fa-
tias do mercado internacional. Marque a opção
falsa a respeito da realidade japonesa.
a. O Japão teria tudo para ser apenas mais
um arquipélago do oceano Pacífico, com-
pondo um arco montanhoso e vulcânico,
não fossem alguns traços que lhe confe-
rem uma individualização em seu contex-
to socioespacial, ligada a seu caráter de
potência industrial; sua capacidade de in-
corporar inovações ocidentais, partindo
por vias autônomas para uma revolução
PV-13-14
tecnológica e uma interpenetração entre
tradição e modernidade que permite fa-
lar numa “versão japonesa” de desenvol-
vimento.
b. Apesar do destaque no desenvolvimento
econômico, o Japão enfrenta grandes ad-
versidades naturais, reveladas pela gran-
de distância que separa a costa japonesa
do setor continental mais próximo; pelas
dificuldades climáticas vinculadas a um
regime monçônico e por uma instabili-
dade geológica expressiva.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
c. A história econômica japonesa é mar-
cada por dois momentos cruciais: o pri-
meiro deles reporta-se à Restauração
ou Revolução Meiji, ainda no século
XIX, e o segundo está ligado ao período
do “Milagre” Japonês, já depois da Se-
gunda Guerra Mundial.
d. O processo de modernização no Japão,
gerador de uma realidade urbano-in-
dustrial, desenvolveu a produtividade
de todos os setores da economia, com
destaque para a indústria de alta tecno-
logia e para a agricultura moderna de
frutas, responsáveis pela exportação
dos produtos japoneses mais consu-
midos nos mercados europeu e norte-
-americano.
233. UFR-RJ
Fim da 2a Guerra Mundial – Bomba atômica:
sessenta anos de terror nuclear
Destruídas por bombas, Hiroshima e Nagasaki
hoje lideram luta contra essas armas
Domingo, 31 de julho de 2005 – O Globo
Gilberto Scofield Jr., enviado especial Hiroshima, Japão
Shizuko Abe tinha 18 anos no dia 6
de agosto de 1945 e, como todos os jo-
vens japoneses durante a Segunda Guerra
Mundial, ela havia abandonado os estudos
para se dedicar ao esforço de guerra. Era
um dia claro e quente de verão e, às 8 ho-
ras, Shizuko e seus colegas iniciavam a
derrubada de parte das casas de madeira
do centro de Hiroshima para tentar criar
um cordão de isolamento anti-incêndio
no caso de um bombardeio incendiário
aéreo. Àquela altura, ninguém imaginava
PV-13-14
que Hiroshima seria o laboratório de outro
tipo de bombardeio, muito mais devasta-
dor e letal, para o qual os abrigos anti-
incêndio foram inúteis.
Hiroshima, Japão. Passear pelas ruas
de Hiroshima hoje – 60 anos depois da tra-
gédia que matou 140 mil pessoas e deixou
cicatrizes eternas em outros 60 mil, numa
população de 400 mil – é nunca esquecer
o passado. Apesar de rica e moderna com
1,1 milhão de habitantes circulando em
bem cuidadas ruas e avenidas, os monu-
mentos às vítimas do terror atômico estão
em todos os lugares.
137
Geografia
O Japão sustentou, nos anos 30 do
século XX, um projeto expansionista que
procurava atenuar as consequências da
crise de 1929 sobre sua economia. Sob o
argumento de “coprosperidade no Pacífi-
co” ele previa a mobilização de recursos
das áreas ocupadas para realimentar o
complexo industrial-militar que se fortale-
cia internamente. A expansão imperialista
japonesa iria esbarrar na presença norte-
-americana, assim o conflito se tornou
previsível. Ele vai terminar na tragédia de
Hiroshima e Nagasaki.
Relacione a expansão imperialista japonesa,
ocorrida na primeira metade do século XX,
com os recursos naturais existentes no país.
234. UFRR
O alto preço da terra eleva expo-
nencialmente os custos de produção da
agricultura japonesa, que só sobrevive à
custa de vultosos subsídios. No Japão, os
agricultores competem ferozmente com a
indústria por cada palmo de terreno, e os
investimentos em infraestrutura são one-
rados pelo alto custo das desapropriações.
Adaptado de: MAGNOLl, D.; ARAÚJO, R. A
nova geografia: estudos de geografia geral.
São Paulo: Moderna, 1991, p. 150.
Acerca disso, considere as seguintes afirmati-
vas:
I. O relevo montanhoso, a condição insu-
lar do país e a elevada população japo-
nesa são causas da escassez de terre-
nos mencionada.
II. As elevadas taxas de fecundidade pró-
prias das zonas rurais fazem multiplicar
a população em torno da megalópole
de Tóquio, contribuindo para a escassez
de terrenos.
III. A política de subsídios agrícolas prati-
cada pelo governo japonês tem custos
indiretos bastante elevados, devido ao
território exíguo e muito povoado.
IV. A alta concentração fundiária do país
é uma das causas do problema des-
crito, já que os latifúndios são pouco
produtivos e demandam grandes ex-
tensões de terra para a produção de
alímentos.
 Geografia
a. Somente as afirmativas I e III são verda-
deiras.
b. Somente as afirmativas III e IV são ver-
dadeiras.
c. Somente as afirmativas II e III são ver-
dadeiras.
d. Somente as afirmativas I e IV são verda-
deiras
e. Somente as afirmativas II e IV são ver-
dadeiras
235. FGV-SP
O Japão é um país pequeno, localizado em ar-
quipélago montanhoso, com poucos recursos
naturais e cerca de 125 milhões de habitantes.
Em meados do século XIX, era, ainda, um país
feudal, mas, a partir de 1868, iniciou seu pro-
cesso de modernização. Viveu a primeira me-
tade do século XX envolvido em conflitos mili-
tares (com os russos no Extremo Oriente, com
a Coreia, com a China e, depois, na Segunda
Guerra Mundial).
a. Analise os fatores que possibilitaram
ao Japão tornar-se a segunda potência
econômica mundial.
b. Por que esse país não ocupa posição
equivalente na geopolítica atual?
236. UFPA
Entre as alternativas a seguir, a que não cor-
responde à realidade do Japão no contexto
dos blocos regionais é:
a. O Japão aparece efetivamente como
competidor industrial dos EUA nos
anos de 1940.
b. O Japão aparece como importante cen-
tro de produção tecnológica.
c. O Japão aparece como potência mun-
dial e como um país de economia já
consolidada desde 1960.
d. O Japão aparece exercendo influência
em grande parte do Sudeste Asiático.
e. O Japão aparece como produtor poten-
cial de armamentos.
237. UPE
Vários foram os fatores responsáveis pela ex-
pressiva reconstrução do Japão após a derrota
sofrida por este país asiático na Segunda Guer-
ra Mundial. Identifique-os.
138
Cartografia e Espaço Industrial Mundial
00. A posição geopolítica estratégica do
país o transformou num “parceiro” im-
portante dos Estados Unidos para con-
ter o avanço do comunismo na região.
01. A proibição de investir em forças mili-
tares de ataque, imposta pelos Estados
Unidos, acabou resultando em maiores
investimentos do país em relação à me-
lhoria da infraestrutura nacional.
02. O apoio oferecido pelo Japão ao Viet-
nam do Norte atraiu maior investimen-
to dos Estados Unidos, sobretudo na
indústria naval.
03. A URSS, para neutralizar a influência
dos Estados Unidos, investiu fortemen-
te na indústria de eletrodomésticos e,
posteriormente, na mineração de car-
vão.
04. O Japão, que possuía um mercado in-
terno reduzido, apostou nas exporta-
ções, sobretudo para o mercado norte-
-americano, impulsionando, assim, o
crescimento industrial.
238. UFRN
A Segunda Guerra foi um fato marcante para a
sociedade mundial. Dentre os acontecimentos
desse período, destacam-se a participação e
a derrota do Japão, que lhe custaram a perda
dos territórios conquistados, desde o século
XIX, e a destruição da economia do país. Ape-
sar de tal situação, entre 1945 (final da guerra)
e a década de 1980, o Japão vivenciou uma re-
estruturação que o elevou à segunda posição
entre as maiores economias do mundo.
Dentre os fatores que favoreceram a reestru-
turação econômica desse país, destaca-se:
PV-13-14
a. a formação de uma poupança interna,
que permitiu o direcionamento de no-
vos investimentos sociais e industriais
pelo Estado.
b. a política econômica voltada para es-
timular a importação de tecnologias e
produtos, visando à ampliação do mer-
cado de consumo.
c. o desenvolvimento da indústria bélica,
como forma de torná-lo uma potência
militar na região do Pacífico.
d. o investimento do capital europeu, ob-
jetivando frear a influência do socialis-
mo na região do Pacífico.
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
239. Mackenzie-SP
Assinale a alternativa incorreta sobre a econo-
mia do Japão.
a. Um dos maiores problemas do país é a
escassez de terras cultiváveis, que cor-
respondem a apenas 15% do território.
b. A atividade rural, bastante mecanizada,
ocupa cerca de 7% da mão de obra.
c. A maior parte do espaço agrário é ocu-
pada pela pecuária.
d. A atividade industrial depende, quase
que totalmente, da importação de ma-
térias-primas e de fontes de energia.
e. A maior parte das regiões industriais
localiza-se na porção centro-sul, no
chamado Cinturão do Pacífico.
PV-13-14
139
Geografia
240. Mackenzie-SP
São medidas adotadas pelo Japão, após a Se-
gunda Guerra Mundial, período do “milagre
japonês”, que o colocaram numa posição privi-
legiada no cenário econômico mundial, exceto:
a. a utilização de mão de obra abundante,
barata e com capacitação técnica.
b. o retorno do Zaibatsu, com os monopó-
lios de famílias tradicionais ou conglo-
merados econômicos.
c. a intensa espionagem industrial, desen-
volvendo a política do copiar para aper-
feiçoar e, se possível, miniaturizar.
d. os maciços investimentos estatais em
educação e, juntamente à iniciativa pri-
vada, em pesquisa e desenvolvimento
tecnológico.
e. a prioridade dada à exportação de pro-
dutos primários, permitindo a acumula-
ção de capitais para a industrialização.
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

CAPÍTULO 08
241. d. formação de estoque, aumentando a
Entre os fatores locacionais mais importantes lucratividade das empresas.
para a atividade industrial em fins do século e. todas as anteriores.
XVIII está a(o): 243.
a. presença de carvão mineral. Observe o quadro a seguir.
b. existência de aeroportos e portos ma-
rítimos. Importantes invenções dos séculos XIX e XX
c. concorrência internacional.
Invenções Ano Inventores
d. proximidade com as reservas de petróleo.
e. presença de usinas nucleares. Alexander Graham Bell
Telefone 1876 (escocês, residente no
242. UERJ/UENF Canadá e nos EUA)
O capitalismo já conta com mais de dois sécu-
Gottlieb Daimler
los de história e, de acordo com alguns estu- Carro 1886
(alemão)
diosos, vive-se hoje um modelo pós-fordista
ou toyotista desse sistema econômico. Guglielmo Marconi
Rádio 1896
(italiano)
Observe o anúncio publicitário:
Irmãos Wright (norte-
1903 -americanos): “Flyer 1”
Avião
1906 Alberto Santos Dumont
(brasileiro): “14 Bis”

Marinha dos E.U.A.

e Universidade de
Computador 1945
Harvard: “Harvard
Mark 1”

Comunidade científica
Satélite 1957
da URSS: “Sputnik”

Comunidade científica
Internet 1969
dos EUA.: “Arpanet”

Adaptado de BOMENY, Helena e outros.

PV-13-14

Tempos modernos, tempos de sociologia.

São Paulo: Editora do Brasil, 2010.

As invenções apresentadas no quadro afeta-

Uma estratégia própria do capitalismo pós-
-fordista presente neste anúncio é:
a. concentração de capital, viabilizando a
automação fabril.
b. terceirização da produção, massifican-
do o consumo de bens.
c. flexibilização da indústria, permitindo a
produção por demanda.
ram o mundo contemporâneo, em especial,
no que se refere à circulação de ideias, pes-
soas e mercadorias. Em conjunto, essas in-
venções tiveram efeito principalmente sobre
a ampliação da:
a. intervenção estatal.
b. integração territorial.
c. distribuição da riqueza.
d. mobilidade ocupacional.
e. iniciativa privada.

140
 Cartografia e espaço industrial mundial
244. PUC-Campinas-SP
O capitalismo do século XIX tropeçou
de desastre em desastre nas bolsas de valo-
res e nos investimentos empresariais irra-
cionais. Após a Segunda Guerra Mundial,
essa desordem foi de algum modo posta sob
controle na maioria das economias avança-
das: sindicatos fortes, garantias trabalhistas
e empresas de grande escala combinaram-
se e produziram uma era, de mais ou menos
trinta anos, de relativa estabilidade.
Adaptado de SENNETT, Richard. A corrosão do
caráter: as consequências pessoais do trabalho no
novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2010.
A estabilidade mencionada no texto foi pro-
porcionada pela condição socioeconômica e
pelo modelo de organização do Estado iden-
tificados em:
a. implantação dos sistemas de crédito –
moderno.
b. estruturação dos impérios coloniais –
corporativista.
c. organização das redes produtivas glo-
bais – autocrático.
d. formação das sociedades de consumo
de massa – de bem-estar social.
245. UEL
Analise a figura a seguir.
PV-13-14
HARDING, Robert. A televisão. In: HOBSBAWM,
Eric. Era dos Extremos: o breve século XX, 1914-
1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Com base na fotografia e nos conhecimentos
sobre as transformações sociais ocorridas nos
países ocidentais a partir da década de 1950, é
correto afirmar:
141
Geografia
a. Os meios de comunicação de massa,
como a televisão, reforçaram a convi-
vência e o lazer dos diferentes grupos
sociais nos espaços públicos.
b. O modelo da família nuclear ocidental
clássica, o casal casado com filhos, forta-
leceu-se com a revolução provocada pela
introdução da tecnologia doméstica, que
determinou uma convivência harmonio-
sa entre os seus membros.
c. A aquisição de eletrodomésticos, até
mesmo pelas famílias mais pobres, re-
forçou a dominação masculina sobre a
mulher no espaço doméstico, tornan-
do-a um apêndice do marido e da casa.
d. O espaço doméstico e, consequen-
temente, a sociabilidade familiar
foram alterados em razão da intro-
dução dos aparelhos eletroeletrôni-
cos nos lares, tais como televisão e
geladeira.
e. A cultura consumista e individualista e
a introdução de aparelhos tecnológicos
domésticos foram determinantes para a
estabilização das relações entre os sexos
e as gerações.
246. UDESC
Sobre a localização das indústrias, pode-se
afirmar que:
I. nos Estados Unidos, assim como na
China, as áreas mais industrializadas
estão localizadas na porção Leste;
II. no Brasil, as áreas mais industrializadas
se localizam na vertente Atlântica;
III. na Itália, a região mais industrializada
fica no norte do país, contrastando com
o sul, que é mais agrícola;
IV. na França, na Inglaterra e na Alemanha
existem indústrias distribuídas por todo
o território nacional, mas se encontram
mais indústrias nas confluências dos
rios Ruhr e Reno, na Alemanha, no nor-
te da França e no sul da Inglaterra;
V. são fatores de localização industrial: a
proximidade com fontes de matéria-
-prima, com o mercado consumidor e
com fontes de energia; a mão de obra
abundante e a existência de rede de
transportes.
 Geografia
Assinale a alternativa correta.
a. Somente as afirmativas II e IV são ver-
dadeiras.
b. Somente as afirmativas I, II e V são ver-
dadeiras.
c. Somente as afirmativas I e III são ver-
dadeiras.
d. Somente as afirmativas IV e V são ver-
dadeiras.
e. Todas as afirmativas são verdadeiras.
247. b. que a DIT clássica sempre beneficiou a
A metrópole de Bangalore, com mais
de quatro milhões de habitantes, tornou-
se referência mundial em alta tecnologia.
É um Vale do Silício que cresceu, graças
aos incentivos fiscais governamentais que
atraíram as multinacionais. Outro motivo
é a mão de obra barata e altamente quali-
ficada. O país tem tradição no ensino de
ciências exatas, possuindo 1.800 institui-
ções de ensino de tecnologia, que formam,
a cada ano, 70.000 profissionais para tra-
balhar no desenvolvimento de softwares.
Outro fator que contribui para o cresci-
mento vertiginoso de Bangalore é a língua
inglesa. Hoje, a indústria de informática
movimenta 10 bilhões de dólares. Isso
num país que tem metade da população
miserável. Nas ruas de trânsito caótico de
Bangalore, circulam engenheiros bem-su-
cedidos da indústria de computação e mal-
trapilhos, pedintes de esmolas. Ao lado de
sedes de empresas multinacionais, veem-
se vielas esburacadas e sujas.
O que vem ocorrendo hoje na metrópole de
Bangalore, na Índia, é o que chamamos de:
a. economia de aglomeração.
b. deseconomia de aglomeração.
c. terciarização da economia.
d. hipertrofia do setor primário.
e. formação de agrovilas.
248. direitos sociais dos trabalhadores.
Leia o texto a seguir.
Há dois lados na Divisão Internacio-
nal do Trabalho: um, em que alguns países
se especializaram em ganhar e, outro, em
que se especializaram em perder. Nossa
comarca do mundo, que hoje chamamos
Cartografia e espaço industrial mundial
de América Latina, foi precoce: especiali-
zou-se em perder, desde os remotos tem-
pos em que os europeus do Renascimento
se abalançaram pelo mar e fincaram os
dentes em sua garganta.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América
Latina, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
Com base no texto, podemos considerar:
a. que a América Latina está prosperando
e a evidência são os BRICS.
América Latina.
c. que a América Latina tornou-se subde-
senvolvida em função da exploração
que sofreu.
d. que os EUA são os responsáveis pela
exploração da América Latina.
e. que a DIT provoca uma distribuição ho-
mogênea da riqueza.
249.
A revolução técnico-científica e informacio-
nal produzida no século XX, a qual se estende
aos nossos dias, trouxe profundas mudanças
aos sistemas de produção e às relações de
trabalho, que incidem diretamente sobre a
organização do espaço geográfico. Acerca
das novas formas de relações de trabalho, é
possível afirmar que:
a. nos países desenvolvidos, com o gran-
de avanço tecnológico, o desemprego
foi reduzido e os sindicatos foram for-
talecidos, respondendo aos interes-
ses trabalhistas.
b. o sistema de flexibilização da produ-
PV-13-14
ção (modelo toyotista), que acarretou
mudanças nas relações de trabalho,
aplica-se apenas à indústria japonesa.
c. o regime de trabalho permanente nas
empresas industriais e de serviços
ampliou-se, e foram fortalecidos os
d. a terceirização tem sido usada pelas
empresas como uma das formas de
flexibilização das relações de trabalho.
e. a substituição progressiva do trabalho
humano pelo informatizado foi restri-
ta aos setores agrário e industrial.
142
 Cartografia e espaço industrial mundial
250.
Em 1940, os Estados norte-americanos do
litoral do Pacífico – Califórnia, Oregon e Wa-
shington – tinham juntos somente 9 milhões
de habitantes. No entanto, em 1992, somavam
32 milhões. A explicação desse grande salto
populacional, em pouco mais de 50 anos é:
a. o desenvolvimento de regiões indus-
triais em torno das cidades de Phoenix
e de Seattle para atender aos crescentes
mercados consumidores asiáticos, no
pós-Guerra.
b. a urbanização provocada pela produção
de frutas semelhantes às tropicais de
alta qualidade para atender ao sofisti-
cado mercado interno norte-americano.
c. a expansão contínua do povoamento de
leste para o oeste, sobretudo após a Se-
gunda Guerra Mundial, somente inter-
rompida pelos altos cumes das Cadeias
Costeiras e das Montanhas Rochosas.
d. o grande desenvolvimento da indústria
pesqueira, exportando para os merca-
dos dos países mais populosos da Ásia,
que tradicionalmente se alimentam de
frutos do mar e de peixes.
e. a oferta de grande número de empregos
com a criação de polos geopolíticos e
industriais iniciados com a instalação de
indústrias de alta tecnologia.
251. UFJF-MG
No plebiscito realizado em 30 de outubro
de 1995, 50,5% dos eleitores canadenses fo-
ram contra a transformação da província de
Quebec em um novo país. O Canadá poderia
mudar radicalmente suas feições geopolíticas
com a emancipação de Quebec.
GROELÂNDIA
(DINAMARCA)
PV-13-14
ALASCA (EUA)
Território
Yukon
Território Nunavut
ColúmbiaNoroeste
Britânica
Alberta Manitoba
Saskatchewan
CANADA
Ontário
O Canadá "Francês" (Quebec)
Área onde está concentrada
cerca de 90% da população canadense ESTADOS UNIDOS
Fonte: MAGNOLI, Demétrio at alii. Panorama
do Mundo. v 2, São Paulo, Scipione, 1996
Geografia
Sobre essas mudanças podemos afirmar, EX-
CETO:
a. diminuição da população em, aproxi-
madamente, 1/4;
b. na província de Quebec estão localiza-
das as duas cidades mais importantes
do Canadá: Quebec e Montreal (esta
última a atual capital do país);
c. a província de Quebec tem cerca de
10% de seu território sobre o vale do
São Lourenço, importante via fluvial,
não só para o Canadá como para os
EUA;
d. Quebec tem grande parte de seu terri-
tório sobre o Escudo Canadense, onde
estão grandes jazidas minerais;
e. as províncias do leste ficarão separadas
do restante do território canadense.
252. Puc-Campinas-SP
As crises econômicas dos anos 1970 e 1980 re-
velaram a transformação na dinâmica espacial
dos Estados Unidos: o peso demográfico do
nordeste caiu de 46 para 40% entre 1950/1980
e seu peso industrial de 68% para 48%. O "Ma-
nufacturing Belt" perdeu sua substância em
benefício do sul e oeste norte-americano. Esse
rearranjo espacial nos Estados Unidos foi devi-
do, entre outros fatores:
a. à procura de novas bases energéticas
(petróleo no Golfo do México e na Ca-
lifórnia), à descentralização estratégica
e ao interesse pela região do Pacífico.
b. à maior facilidade de recrutar mão de
obra imigrante (mexicanos, cubanos e
asiáticos), à reestruturação fundiária
nas Planícies Centrais e à ampliação da
zona de influência econômica norte-
-americana.
c. à redução das grandes áreas monoculto-
ras (os belts do meio oeste e sul), à pre-
sença de estados que facilitam o contro-
le sindical e à forte intervenção federal.
Newfoundland d. ao surgimento de uma nova megalópole
& Labrador (São Francisco-Los Angeles), à moderni-
zação do parque siderúrgico e ao deslo-
Quebec
Nova
Brunswick camento das principais rotas marítimas
Nova para o Pacífico.
Escócia
e. à necessidade de reduzir as diferenças
N regionais, à privatização da infraestrutu-
ra básica (energia e ferrovias) e à forma-
ção de zonas de livre comércio.
143
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

253. ESPM-SP c. Taiwan e Japão

Sobre o espaço industrial norte-americano, d. Coreia do Sul e Coreia do Norte
podemos afirmar: e. Indonésia e Malásia
2 256.
Considerando-se alguns dos países do grupo
1 classificado, na atualidade, como emergente,
é incorreto afirmar que:
4 a. a China vem direcionando o setor de
bens de consumo duráveis para o aten-
3 dimento da demanda de seu mercado
interno, em detrimento das exportações.
b. a Índia, embora com um elevado per-
a. A região 1, o "manufacturing belt", centual da população abaixo da linha
convive atualmente com um forte da pobreza, tem-se destacado pela ex-
aquecimento econômico, atraindo portação de mão de obra qualificada
para seu espaço indústrias de outras e de tecnologia de ponta no setor de
localidades. informática.
b. Devido à concentração de petróleo, c. a Rússia contrapõe sua condição de
configurou-se forte indústria siderúrgi- membro do grupo de países mais de-
ca junto à região 4. senvolvidos do mundo – o G-8 – a um
c. É no sudoeste norte-americano, junto desempenho econômico típico de paí-
à região 3, que temos o maior centro ses emergentes.
informático do mundo, o Vale do Silício. d. o México vem alcançando rápido cres-
d. A indústria da aviação e militar está con- cimento industrial ao adotar um mode-
centrada no noroeste, junto à região 2. lo de zonas francas, onde se instalaram
as empresas maquiladoras de países
e. O "sun belt", com forte ocorrência da norte-americanos.
biotecnologia, ocorre junto à região 1.
257.
254.
A respeito do processo de industrialização dos
O processo pelo qual as indústrias disper- países subdesenvolvidos, podemos afirmar que:
sam-se pelo espaço geográfico, buscando
a. em seu conjunto, o chamado "Terceiro
as melhores alternativas econômicas para a Mundo" baseou seu crescimento in-
execução das suas atividades, sendo os custos dustrial no setor de bens de produção.
de produção determinantes para sua fixação, é
b. os países conhecidos como Tigres Asiá-
conhecido como: ticos se industrializaram a partir da dé-
PV-13-14

a. deseconomia de aglomeração. cada de 1960, baseando seu parque in-

b. economia de escala. dustrial em plataformas de exportação.
c. sociedade de consumo. c. Arábia Saudita, Bolívia e África do Sul
são países não industrializados, cuja
d. produção em série. economia se baseia na exportação de
e. mecanicismo. produtos primários.
255. d. China, Vietnã, Camboja, Laos e Birmâ-
nia são países industrializados na déca-
Em relação às superpotências comerciais, da de 1980, especializados na produção
quais são as novas potências asiáticas domi- de microcomponentes eletrônicos.
nantes no comércio mundial? e. Brasil, México e Formosa são nações
a. China e Novos Países Industrializados que se industrializaram após a Segunda
(NICs) Guerra Mundial, baseadas no processo
de substituição de importações.
b. Japão e China

144
 Cartografia e espaço industrial mundial Geografia

258. e. a maior presença ocorre nos países

Capitalização financeira das 500 principais
África do Sul, Japão, Índia e Brasil, que
empresas multinacionais, 2008 compõem o BRICs.
259. UFTM
Localização da sede
Durante a Guerra Fria, o modelo de industriali-
zação adotado em alguns países subdesenvol-
vidos, como os então chamados NICs (Newly
Industrializing Countries), a exemplo da Coreia
do Sul e de Taiwan, é conhecido como:
a. substituição de importações.
b. plataformas de exportação.
c. processamento pesado.
d. zonas francas de importação.
e. holding periférica.
260.
9.583
Capitalização financeira O crescimento econômico global tem sido, em
1.743
(em bilhões de dólares) 500 grande parte, sustentado pelo crescimento dos
20 países "gigantes" do mundo: China e Índia. O
rápido crescimento econômico desses países
Maiores valores está produzindo os seguintes efeitos, exceto:
(em bilhões de US$)
a. uma grande massa populacional está
Estados Unidos 9.583 França 1.753 emergindo da chamada linha da pobre-
Reino Unido 1.743 Japão 1.601
China 1.962 Alemanha 1.201 za e tornando-se novos consumidores.
b. as diferenças sociais têm sido reduzidas
Marie-Françoise Durand et al. Atlas da em ambos os países, em face à rapidez
mundialização: compreender o espaço mundial do crescimento e ao modelo econômi-
contemporâneo, 2009. Adaptado.
co adotado.
A partir da observação da distribuição das c. essas gigantescas economias globais
multinacionais no espaço terrestre, pode-se estão emergindo como um novo pa-
afirmar que: drão de desenvolvimento, em que o ta-
manho das economias é proporcional
a. o continente americano apresenta uma às disparidades regionais internas.
distribuição equilibrada de localização
das sedes das 500 maiores empresas d. o poderio econômico desses países po-
multinacionais. derá promover um rearranjo das zonas
PV-13-14

de influência de poder global.

b. a estratégia utilizada para localização
das sedes é a redução das desigualda-
des mundiais.
c. as sedes das empresas multinacionais
concentram-se nos países desenvolvi-
dos, do chamado Norte.
d. as empresas multinacionais estão pre-
sentes homogeneamente em todos os
hemisférios.

145
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

CAPÍTULO 09
261.
Observe a tira a seguir.

Tudo bem, Estou vindo O professor disse que, Legal! Quem se formar nesses
Lúcio? do curso de no século XXI, quem não tais cursos de informática vai
informática! souber mexer com ser elevado a mão de obra
computador vai ser barata!
um escravo!

O Globo, Rio de Janeiro, 5 maio 2004.

A tira revela uma grande transformação que
vem ocorrendo na sociedade contemporânea.
Essa transformação tem como eixo central o
uso da informática e vem sendo denominada
por alguns autores como terceira revolução
industrial.
Com relação às características da terceira
revolução industrial, assinale a afirmativa
incorreta.
a. Ocorreu a intensificação do uso de
microprocessadores em máquinas e
equipamentos, tornando-os mais po-
tentes, flexíveis e poupadores de mão
de obra.
b. Os processos produtivos passaram a
privilegiar a pesquisa e a informação
no desenvolvimento de novos pro-
dutos, tornando-os cada vez mais
sofisticados.
c. A utilização de modernas tecnologias
262.
Observe as seguintes afirmações a respeito do
atraso tecnológico de um país:
I. Recusa dos meios acadêmicos em de-
senvolver pesquisas tecnológicas de
uso imediato.
II. Falta de mais investimento público em
ensino e pesquisa.
III. Pouco interesse do empresariado na-
cional em investir no desenvolvimento
de novas tecnologias.
IV. Escasso suporte externo de tecnologia
de ponta por parte das empresas multi-
nacionais aqui instaladas.
V. Falta de pesquisadores qualificados.
Indique a alternativa correta.
a. II, IV e V. d. I, IV e V.
b. I, II e III. e. I e V.
PV-13-14

de informação promoveu o aumento c. II, III e IV.

da produtividade econômica e, conse-
quentemente, melhor distribuição da
renda nos países pobres.
d. Surgiram espaços produtivos especiali-
zados na produção de alta tecnologia,
chamados de tecnopolos, como é o
caso do Vale do Silício, nos EUA.
e. Ocorreu a descentralização espacial
da produção, distanciando a fábrica
da unidade de pesquisa e desenvol-
vimento (P&D) dos produtos, modi-
ficando a Divisão Internacional do
Trabalho.
263.
Sobre os grandes eixos do comércio mundial,
assinale a alternativa incorreta.
a. Entre as áreas subdesenvolvidas, o co-
mércio mais significativo é verificado
entre a América Latina e a África.
b. O comércio entre as zonas subdesen-
volvidas é muito pequeno.
c. O comércio mundial está estruturado em
torno de três grandes eixos, constituídos
por Estados Unidos, Europa e Japão.

146
 Cartografia e espaço industrial mundial
d. O Japão surge como a grande potên-
cia comercial do Pacífico, funcionando
como foco de um triângulo comercial
dirigido para os Estados Unidos e a
Ásia continental.
e. Os Estados Unidos apresentam um co-
mércio multidirecional.
264.
A região do "Sun Belt", nos EUA, tem-se carac-
terizado por acelerado crescimento econômi-
co, grandes obras de infraestrutura, instalação
de centros de desenvolvimento tecnológico e
fantástica expansão do turismo, entre outros
aspectos. Exemplos de áreas que apresentam
estas características são:
a. São Francisco – indústria da informáti-
ca e centros de pesquisa – e Houston
– indústria petrolífera, biotecnologia e
tecnologia de ponta.
b. Seattle – indústria aeronáutica a infor-
mática – e Portland – produção de alu-
mínio e indústria bélica.
c. Boston – indústria de informática e
centro aeroespacial – e São Francisco
– indústria da informática e centros de
pesquisa.
d. Atlanta – indústrias têxteis, químicas e
de defesa – e Portland – produção de
alumínio e indústria bélica.
e. Seattle – indústria aeronáutica e infor-
mática – e Houston – indústria petrolífe-
ra, biotecnologia e tecnologia de ponta.
265.
Um polo de inovação tecnológica pode ser de-
finido em função de sua capacidade criativa de
PV-13-14
reciclagem e de difusão de tecnologia de ponta.
Tecnopolo é a denominação atribuída à cidade
que reúne as principais características de um
polo de inovação tecnológica. Assinale a alter-
nativa que apresenta três cidades paulistas que,
na atualidade, reúnem tais características.
a. Santos, Sorocaba e Taubaté.
b. São Carlos, São José dos Campos e
Campinas.
c. Limeira, São Carlos e Ribeirão Preto.
d. Santo André, São José do Rio Preto e
Presidente Prudente.
e. São José dos Campos, Lorena e Campinas.
147
Geografia
266.
A difusão mundial do modo de produção ca-
pitalista, consolidada especialmente pelas
multinacionais após a Segunda Guerra, e o
acelerado ritmo das inovações tecnológicas,
sobretudo no setor da informática, têm:
a. proporcionado uma gradual redução
dos desníveis socioeconômicos encon-
trados entre o Norte desenvolvido e o
Sul subdesenvolvido.
b. contribuído para a terceirização de
inúmeras atividades nos novos países
industriais, que veem, nesse processo,
uma nova possibilidade de estabiliza-
ção econômica.
c. permitido que países sem tradição em
pesquisas científicas desenvolvam ati-
vidades pioneiras no setor de tecnolo-
gia de ponta.
d. acelerado a criação de políticas econô-
micas e sociais pelos Estados nacionais
cada vez mais preocupados com os
efeitos negativos da internacionaliza-
ção da economia.
e. tornado cada vez mais obsoleta a base
política e econômica vigente há algumas
décadas, que era baseada no Estado na-
cional e nas políticas protecionistas.
267.
O processo de reestruturação produtiva do ca-
pital e do trabalho no mundo contribui para
uma nova divisão internacional do trabalho.
Identifique a opção correta que caracteriza
essa nova divisão.
a. Compreende países subdesenvolvidos
em fase intensa de crescimento econô-
mico e social.
b. Compreende países altamente indus-
trializados, parcialmente industrializa-
dos e os que formam os enclaves eco-
nômicos ou zonas francas.
c. Compreende principalmente países
que formavam a ex-União Soviética, a
China e os Estados Unidos.
d. Compreende países industrializados,
com tecnologia de ponta e países de
baixa capacidade tecnológica.
e. Compreende países emergentes, asso-
ciados a uma nova ordem econômica
comandada pela Europa e pelo Japão.
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

268. 269.
O desenvolvimento da ciência, da tecnologia Observe o quadro a seguir.
e da economia estabeleceu, em relação aos
espaços geográficos nacionais e internacio-
As maiores empresas globais
nais, grandes paradoxos. Sobre esses para- de telecomunicações
doxos e suas consequências, é possível afir-
mar, de modo correto, que: Receita (US$
Empresa País de origem
a. apesar do aumento crescente da ra- bilhões)
pidez e da segurança dos transportes
NTT Japão 84,1
para longas distâncias, é decrescente
o desenvolvimento no turismo nacio- At & T EUA 46,1
nal e internacional, em decorrência
da instabilidade política e econômica Deutsche
Alemanha 29,6
mundial. Telekom
b. a realidade virtual, "vivida" através
British Telecom Grã-Bretanha 22,7
de instrumentos eletrônicos e cons-
truída a partir de valores idealizados,
Italia Telecom Itália 18,4
contrapõe-se a paisagens reais, às ve-
zes degradadas e inseguras, isolando Bell South EUA 17,8
os homens em locais fechados e de-
sativando os locais de encontros e de GTE EUA 17,3
eventos de massa nas cidades.
c. a descoberta de vacinas e medica- MCI EUA 15,2
mentos para prevenção e cura de
doenças infecciosas e degenerativas Sprint EUA 13,5
beneficiou os países ricos que os de-
senvolveram, enquanto os países po- International Communications Union (conforme
bres permaneceram à margem dos Magnoli, D. e outros. "Visões do Mundo 2" - Moderna)
benefícios gerados pelos modernos
avanços da medicina preventiva e O avanço tecnológico e do papel representado
curativa. pelas telecomunicações são marcas significati-
vas da "era da globalização". A respeito dessa
d. a intensa exploração dos recursos relação, confira as seguintes afirmações:
naturais, possibilitada pela ciência
e pelo uso de tecnologia de ponta, I. O mundo globalizado, sobretudo após
1990, tem diminuído as diferenças en-
acelerou o desenvolvimento econô-
PV-13-14

tre países desenvolvidos e países sub-

mico de algumas regiões do planeta,
enquanto os seus efeitos poluentes e
predatórios repercutiram sobre toda
a Terra.
e. apesar do intenso processo de glo-
balização da economia mundial, os
países desenvolvidos e os países sub-
desenvolvidos constituem realidades
independentes entre si, repetindo-se
este modelo de isolamento cultural e
de comunicação entre lugares de di-
ferentes níveis de desenvolvimento
dentro de um mesmo estado ou país.
desenvolvidos, no que se refere à sua
importância econômica, ao desenvol-
vimento das pesquisas e da tecnologia
de ponta e à qualidade de vida de suas
populações.
II. Muitas das grandes empresas de te-
lefonia cresceram ainda mais nesse
período da globalização (após 1990),
devido aos processos de privatização
que ocorreram na América Latina e
em outras regiões do mundo, bem
como pelas fusões de empresas e de
seus capitais.

148
 Cartografia e espaço industrial mundial
III. As maiores empresas globais do setor de
telefonia têm a sua origem nos países de-
senvolvidos e integrantes do G8 – o gru-
po dos oito mais ricos países do mundo.
IV. A velocidade com que circulam as
informações, as conexões e depen-
dências entre as bolsas de valores e o
acirramento da concorrência entre as
empresas, algumas das características
da globalização, estão diretamente re-
lacionadas à revolução dos meios de
comunicação.
Estão corretas:
a. I, II e IV.
b. I e III.
c. apenas I e II.
d. II, III e IV.
e. apenas II e IV.
270. UFSCar-SP
O que chamo de a mais nova divisão
internacional do trabalho está disposta em
quatro posições diferentes na economia in-
formacional/global: produtores de alto valor
com base no trabalho informacional; produ-
tores de grande volume baseado no trabalho
de mais baixo custo; produtores de matérias-
-primas que se baseiam em recursos natu-
rais; e os produtores redundantes, reduzidos
ao trabalho desvalorizado (...) A questão
crucial é que estas posições diferentes não
coincidem com os países. São organizadas
em redes e fluxos, utilizando a infraestrutura
tecnológica da economia informacional (...)
Manuel Castells, A sociedade em rede.
Considerando as informações contidas no
PV-13-14
trecho e as alterações no espaço geográfico
a partir da revolução informacional, é correto
afirmar que:
a. a nova divisão internacional do traba-
lho é uma reprodução da clássica divi-
são, pois há espaços geográficos de alto
valor informacional (países centrais) e
outros de trabalho desvalorizado (paí-
ses da periferia).
b. o desenvolvimento tecnológico na área
de informação, ao reorganizar os fluxos
de capital e de pessoas, criou uma rede
hierarquizada e cristalizada de novos
países informatizados.
149
Geografia
c. as "cidades globais" Nova York, Otawa
e Rio de Janeiro são espaços geográfi-
cos exclusivos dos produtores de alto
valor do trabalho informacional, repre-
sentando, portanto, os ícones da nova
divisão internacional do trabalho.
d. as quatro posições descritas podem
ocorrer simultaneamente num mesmo
país, visto que a nova divisão internacio-
nal do trabalho não ocorre entre países,
mas entre agentes econômicos organi-
zados em sistemas de redes e fluxos.
e. estão excluídos da nova divisão inter-
nacional do trabalho os países de eco-
nomia dependente, porque não são ca-
pazes de produzir tecnologia de ponta,
o que os impede de participar do siste-
ma de redes e fluxos.
271.
São exemplos de centros de excelência na pro-
dução de tecnologia e desenvolvimento de
pesquisas mundiais o(a):
a. Sophie Antipolis em Nice na França, o
Vale do Silício na Califórnia nos EUA e
Tsukuba no Japão.
b. Sophie Antipolis em Nice na França,
o Vale do Silício na Flórida nos EUA e
Tsukuba no Japão.
c. Vale do São Lourenço no Canadá,
Tsukuba no Japão e a cidade de Pretó-
ria, em Ruanda.
d. Vale do São Lourenço no México, o Vale
do Paraíba no Brasil e a região de Moscou.
e. Todas as anteriores.
272.
Observe o mapa a seguir.
N
Com base em seus conhecimentos sobre a
geografia política e a ordem política e econô-
mica que se estabeleceu após o fim da Guerra
Fria, bem como as diversas formas de classifi-
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial
cação que se seguiram, assinale a alternativa
que apresenta a denominação mais adequada
para os países destacados.
a. Países desenvolvidos
b. Países do Norte
c. Civilização Ocidental
d. Países germânicos e anglo-saxões
e. Primeiro Mundo
273. Unesp
Pelas características geográficas, o Japão tem
sérias dificuldades para suprir suas necessida-
des de energia e matérias-primas industriais.
Esta realidade fez com que o país procurasse
desenvolver, sobretudo:
a. produção de carvão vegetal junto às
usinas siderúrgicas.
b. agroindústrias localizadas na zona rural.
c. grandes usinas siderúrgicas localizadas
próximas às jazidas minerais.
d. grandes reservatórios para produção
de energia hidrelétrica nas proximida-
des dos centros industriais.
e. indústrias de tecnologia avançada,
como eletrônica, óptica e informática,
em novos polos industriais.
274. UFRR
As trocas comerciais de produtos industria-
lizados, de tecnologia e de capital na forma
de empréstimos e investimentos dos países
desenvolvidos por matéria-prima; lucros das
transnacionais, pagamentos de juros e royal-
ties dos países subdesenvolvidos são caracte-
rísticas da:
a. balança comercial favorável.
b. nova divisão internacional do trabalho.
c. zona econômica especial.
d. área de livre comércio.
e. relação entre metrópoles e megaló-
pole.
275. UFU-MG
A Índia possui aproximadamente 3,3 milhões
de Km2. É formada por vinte e seis estados e
territórios onde habitam mais de um bilhão de
pessoas, 16,6% da população mundial. No país,
existem dezesseis línguas regionais e mais 1.600
dialetos reconhecidos pela Constituição. A Índia
150
compõe-se de quatro regiões geográficas: a Cor-
dilheira do Himalaia, a Planície Indo-Gangética,
o Planalto do Decã e o deserto de Thar. Apresen-
ta, ainda, três estações climáticas definidas pe-
las monções: a estação quente, a das monções e
a denominada localmente de fresca.
Caxemira
(Zona de litígio)
Nova
Deserto Délhi Himalaia
de Thar
Planície Rio Ganges
Indo-Gangética
Kolkata
Mumbai Planalto
do Decã
Chennai
Sri Lanka
GANERI, Anita. Explorando a Índia. Trad. M. Vilela.
São Paulo: Ática, 2002. (Suplemento de atividades)
Com base nas informações apresentadas, mar-
que a alternativa que não condiz com a com-
plexa realidade indiana.
a. No contexto econômico atual, a Índia
tem-se destacado mundialmente pelo
seu desenvolvimento em setores de
tecnologia avançada (energia nuclear,
satélites artificiais) e de informática, que
se desenvolveram em polos industriais
como Mumbai, Délhi e Bangalore.
b. Tendo superado o problema do cres-
cimento demográfico e o da expansão
populacional das cidades, a Índia tem
apresentado um grande desenvolvi-
PV-13-14
mento promovido pela estatização eco-
nômica e pela liberalização comercial.
c. O país apresenta graves problemas so-
ciais e culturais, tais como: precárias
condições de habitação e saneamento
básico, fome e desnutrição, elevada
taxa de desemprego, grande desigual-
dade na distribuição de renda, alta taxa
de mortalidade infantil e baixa expecta-
tiva de vida.
d. Nos últimos anos, a produção agrícola
da Índia aumentou muito, porém ocor-
reu a substituição de grande parte das
 Cartografia e espaço industrial mundial
culturas alimentares pelas de exporta-
ção, ocasionando graves consequên-
cias para a alimentação da população
indiana.
276.
A terceira revolução industrial e a
globalização vão criar novas oportunida-
des, mas serão empregos para a elite. Os
dias de oferta de empregos em massa aca-
baram. Jamais veremos milhares e milha-
res de trabalhadores saindo das fábricas
depois de um dia de trabalho.
Jeremy Rifkin, autor do livro "O fim dos
empregos" - Folha de S. Paulo, 25 / 8 / 97.
Considerando o texto, responda:
a. identifique as atuais tendências de ab-
sorção da mão de obra pelo mercado
de trabalho;
b. explique por que essas tendências
ocorrem.
277. UECE
Com a Terceira Revolução Industrial, a nova
divisão do trabalho estabelece uma classifica-
ção dos países segundo o domínio de cada um
sobre:
a. as matérias-primas.
b. as indústrias de bens duráveis.
c. as fontes de energia.
d. o conhecimento técnico-científico.
e. os meios de transportes.
278. UFV
A industrialização nos países do chamado
mundo rico, os países capitalistas economi-
camente desenvolvidos, entrou, nas últimas
PV-13-14
décadas do século XX, em uma fase conhecida
como Terceira Revolução Industrial. No que se
refere à utilização de fontes de energia para
a produção econômica nessa nova fase de in-
dustrialização, é correto afirmar que:
a. o carvão mineral é a principal fonte de
energia da atualidade, em função da
importância das máquinas a vapor.
b. a única fonte de energia da atualidade
é a nuclear, por causa da importância
da indústria automobilística.
151
Geografia
c. a utilização de qualquer fonte de ener-
gia tende a ser abandonada, a despeito
da atual importância do petróleo, a fim
de se evitarem danos ambientais.
d. a utilização de fontes de energia re-
nováveis e menos poluidoras tende a
prevalecer, apesar de ser ainda muito
grande a importância do petróleo para
o desenvolvimento industrial.
e. a utilização do carvão vegetal tende a
tornar-se predominante, pois é hoje
cada vez maior a consciência da neces-
sidade de proteger o meio ambiente.
279.
O modelo industrial centrado nas indústrias
petroquímicas e automobilísticas, que predo-
minou durante quase todo o século XX, vem
perdendo terreno para novos setores, como o
da informática, o da robótica, o da biotecnolo-
gia e de outros, caracterizando a passagem da
segunda para a terceira revolução industrial.
Assinale a informação que não corresponde a
esse processo.
a. A liderança norte-americana foi que-
brada: Europa Ocidental e Japão dis-
putam a hegemonia mundial em con-
dições de igualdade com os Estados
Unidos.
b. O mundo está cada vez mais integra-
do com o avanço técnico-científico-in-
formacional, mas crescem também as
desigualdades socioeconômicas inter-
nacionais.
c. A formação profissional em cursos téc-
nicos de nível médio continua a ser
essencial para os novos profissionais,
tendo em vista o avanço e a maior utili-
zação da ciência e da tecnologia.
d. A mão de obra qualificada, com eleva-
do nível de escolaridade, passa a ser
mais importante do que os recursos
naturais, a extensão do território ou o
número de habitantes.
e. O surgimento de progressivas mudan-
ças nos métodos de produção e de tra-
balho, no consumo e nas relações entre
as empresas e os consumidores torna
as atividades mais criativas.
 Geografia Cartografia e espaço industrial mundial

280. UFRN b. colocou os países da América Anglo-

A revolução técnico-científica (ou terceira re-
volução industrial) está centrada na articula-
ção entre informática, robótica, biotecnologia
e telecomunicações.
Essa revolução contribuiu para o surgimento
de uma nova divisão internacional do traba-
lho, que:
a. reafirmou os países da América Latina e
da África na condição de principais ex-
portadores de matérias-primas e com-
pradores de tecnologia.
-Saxônica e da Ásia na condição de he-
gemônicos produtores de novas tecno-
logias.
c. tornou os países asiáticos exportadores
de produtos eletroeletrônicos.
d. transformou os países europeus em
compradores de tecnologia aeroespa-
cial.

PV-13-14

152
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial
GABARITO/RESOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Capítulo 08
01. B 03. C 05. E
02. B 04. A
06. Figura 1 – O menor deno-
minador da escala indica que a
área original foi menos reduzi-
da do que na figura 2.
Figura 2 – Na escala de 1:50 000,
1 centímetro no mapa corres-
ponde a 0,5 quilômetro na re-
alidade. Logo, 4 centímetros na
representação equivalem aos 2
quilômetros de extensão.
A escala é uma proporção entre
o tamanho do mapa e a realida-
de. A escala de 1: 10 000 significa
que cada 1 cm no mapa equivale
a 10 000 cm no terreno, portan-
to é uma escala maior que a de
1:50 000. Na figura dois de escala
1: 50 000, convertendo centíme-
tros em km, pode-se verificar que
cada 1 cm no mapa equivale a
0,5 km, portanto 4 cm equiva-
lem a 2 km.
07. D 09. D 11. B
08. C 10. A
12. a. D = d/E, onde:
D = distância real; d = distância
no mapa;
E = Escala (1/1 000.000).
PV-13-14
D = 9 cm/(1/1.000.000) onde,
D = 9 cm x 1 000.000 cm =
= 9 000.000 cm, portanto,
D = 90 km
b. Mapa de menor esca-
la: representa o Nordeste brasi-
leiro.
Mapa de maior escala: represen-
ta o bairro central de Fortaleza.
c. A posição das capitais
dos estados da Bahia e do Ce-
ará: mapa que representa o
Nordeste brasileiro.
R: Geografia
Ruas, avenidas, praças e edi- 29. a. Figura 1 – Carta topo-
ficações importantes: mapa gráfica
que representa o bairro cen- Figura 2 – Perfil topo-
tral de Fortaleza. gráfico
A distância entre as capitais b. A área propícia à reali-
do Ceará e do Piauí: mapa que zação da agricultura mecanizada
representa o Nordeste brasi- é a C, pois o relevo é mais plano
leiro. que nas demais. Este aspecto
é observado mediante a maior
Detalhamento da divisão re-
distância entre as curvas de nível
gional estadual: mapa que
(carta topográfica), nessa área,
representa o estado do Ceará.
e a menor declividade (perfil
13. B 15. C topográfico). O fato de ser pla-
14. C 16. C na facilita a ação das máquinas
possibilitando mais rapidez e efi-
17. a. Hemisfério do Sul, ciência.
continente americano
b. Variações de latitude 30. D 32. A
e longitude 31. A 33. C
c. Rio de planície, mean-
drante 34. a. Na projeção de Merca-
tor, as menores distorções ocor-
Pelas coordenadas, é possível rem próximas ao Equador; as
identificar o hemisfério e o maiores distorções localizam-se
continente. O rio que aparece nas áreas próximas do polo.
no mapa apresenta muitas cur- b. Esse tipo de cartografia
vas, chamadas de meandros. está associado ao desenvolvi-
mento das navegações, quando
18. B 20. A 22. B as descobertas de novas áreas, o
19. A 21. B 23. C surgimento de colônias e a cres-
cente circulação de mercadorias
24. 11 (01 + 02 + 08) demandavam mapas melhores
25. A anamorfose evidencia e mais precisos, que exigiram
nos países africanos e asiáticos novas técnicas de orientação,
os maiores índices de morta- mais corretas e detalhadas.
lidade infantil do mundo. As c. Trata-se da rota C. A
áreas de menores índices apa- projeção de Mercator é cilíndri-
recem na Europa e na América ca e o globo projetado no cilin-
Anglo- -Saxônica. dro tende a distorcer as áreas
polares e a esconder o fato de
26. urbanização: costa leste que a Terra foi aberta em "go-
dos Estados Unidos e Europa mos" esticados no sentido les-
Ocidental te-oeste. Na rota C, num globo
verdadeiro, com o "gomo" dimi-
desmatamento: região tropi- nuído ("encolhido"), a distância
cal da África e Indonésia é menor.
extração mineral (petróleo) no 35. D 38. B
Golfo Pérsico 36. E 39. C
pesca: no litoral japonês 37. D 40. C
27. B
28. D
153
 Geografia R: Cartografia e Espaço Industrial Mundial

Capítulo 09 60. B 62. E 64. A mo em diferentes países e no

61. B 63. A 65. B rompimento do frágil equilí-
41. V V V F V brio que havia entre as nações
42. Forte dependência eco- 66. A europeias, que redundou na
nômica e tecnológica. 67. O texto de Marx e Engels Primeira Guerra Mundial. Esse
43. Disputas econômicas en- demonstra-se atual pois sinali- processo de crise burguesa e
tre países e blocos econômicos za a globalização da economia. capitalista foi acompanhado
por mercados consumidores. A atualidade do texto pode ser pelas duas grandes crises – de-
verificada nos últimos anos: o pressões – vividas pelo capita-
44. B capitalismo entrou numa fase lismo (1873 e 1929), e pela Re-
45. A de globalização ou mundiali- volução comunista na Rússia,
questionando todo o sistema e
46. Era favorável ao lucro (li- zação plena, praticamente sem o domínio da burguesia.
beralismo), pois não condena- oposição do socialismo; além
va a usura como o catolicismo disso, necessitou superar as Por fim, a terceira fase (loop) é
o fazia. barreiras nacionais para man- o atual momento, iniciado nos
ter ou mesmo ampliar as taxas anos 80 do século XX, marca-
47. 13 (01 + 04 + 08) de lucros, o que foi viabilizado, do pelos avanços tecnológi-
48. Centro – países tecnológi- em parte, pela intensificação cos, em velocidadevertiginosa,
ca e economicamente desen- do desenvolvimento dos meios o que faz com que todos os
volvidos. de comunicação e transporte, avanços ocorridos em momen-
com base nos avanços tecno- tos anteriores pareçam "len-
Periferia – países subdesenvol-
lógicos da Terceira Revolução tos", e que são acompanhados
vidos
Industrial, que continuam a pela decomposição do "bloco
Semiperiferia – países subde- favorecer os países tradicional- socialista" e, portanto, pela
senvolvidos industrializados mente dominantes e a burgue- concepção de vitória do siste-
49. E 51. E 53. B sia em geral. ma capitalista, ao mesmo tem-
po em que a globalização e a
50. C 52. A 54. E 68. A informatização se encarregam
55. a. Capitalismo – econo- 69. A primeira fase ("ascen- de romper barreiras econômi-
mia de mercado são contínua") corresponderia cas.
ao processo de formação do
Socialismo – econo- 70. C 73. B
sistema capitalista, época de
mia planificada acumulação primitiva de capi- 71. D 74. B
b. Capitalismo – proprie- tais nos países centrais / me-
dade privada 72. B 75. V, F, F, V
tropolitanos europeus, e, con-
Socialismo – proprie- sequentemente, de ascensão 76. 45 (01 + 04 + 08 + 32 )
dade estatal da camada burguesa, que se 77. a. A adoção de tecno-
c. Capitalismo – pluri- consolidou no século XIX, com logias de ponta nas linhas de
PV-13-14

partidarismo o controle político sobre os Es- produção e nos setores de

Socialismo – partido tados Nacionais. prestação de serviços exige
único, sem democracia A segunda fase ("queda verti- maior qualificação da popu-
ginosa") corresponde ao mo- lação economicamente ativa
56. B e, conseqüentemente, uma
mento das unificações "tar-
57. B dias" de Itália e Alemanha, parcela expressiva é excluída,
58. E marcado por conflitos milita- ocasionando a expansão das
atividades informais.
59. Blocos militares ligados às res que envolveram diversos
b. Podemos citar, na ex-
superpotências bipolares no povos e nações. Essas guerras pansão da informalidade nas
conflito da Guerra Fria. colocaram em cheque o domí-
nio da classe burguesa, ques- grandes cidades, a ocupação
Otan – bloco ocidental, EUA. dos espaços públicos (praças,
tionado por interesses nacio- viadutos etc.) e a forte presen-
Pacto de Varsóvia – bloco nais específicos, percebidos no ça dos camelôs.
oriental, URSS. fortalecimento do nacionalis-

154
 Cartografia e Espaço Industrial Mundial R: Geografia

Obs. – Poderia ainda Capítulo 11 peças, controle simplificado,

ser citada a proliferação dos maior dinamismo.
transportes alternativos (clan- 101. E 106. C
destinos). 102. C
107. 60 (04 + 08 + 16 + 32)
78. A 79. A 80. D 103. a. O que diferencia os
108. B
"países desenvolvidos" dos
109. 64. Alguns fatores:
Capítulo 10 "subdesenvolvidos" é o fato de
os primeiros apresentarem pro- – Disponibilidade de
81. C 83. E
dução industrial dotada de mo- mão de obra altamente quali-
82. A 84. D dernas tecnologias, enquanto, ficada
85. B nos segundos, a industrializa- – Eficiente infraestrutura
ção é incompleta e dependen- de transporte e comunicação
86. a. Quanto menor for o te, em geral utilizando tecnolo-
– Proximidade de cen-
acesso à água, maior será a gias obsoletas ou importadas.
tros de pesquisa e de tecnolo-
mortalidade infantil em países
b. Biotecnologia, mi- gia de ponta
subdesenvolvidos.
croinformática, telecomunica- 110. B
b. Desenvolvidos – EUA e
França ções e química fina.
111. C
Subdesenvolvidos – c. Falta de recursos finan-
112. Flexidade, internacionali-
Afeganistão, Serra Leoa, Mali, ceiros suficientes para avançar zação e terceirização são ter-
Etiópia, Haiti, Zimbábue, Mé- no desenvolvimento de ramos mos usualmente associados ao
xico, Tailândia e Argentina. industriais de alta tecnologia,
que está entre as mais caras da contexto da globalização e da
87. B atualidade e, por isso, é con- Terceira Revolução Industrial,
88. Porque foram áreas de trolada pelas três nações que que substitui a produção for-
exploração colonial dos países comandam a economia mun- dista pelo modelo pós-fordista
desenvolvidos. dial (Estados Unidos, Japão e ou de acumulação flexível,
Alemanha). Com pouco capital gerando transformações nas
89. a. EUA, Japão e União relações trabalhistas e nos si-
para investir em pesquisa e de-
Europeia com desenvolvimen- temas de produção.
senvolvimento, as nações sub-
to econômico e manutenção
desenvolvidas industrializadas Enquanto o fordismo é marca-
de suas áreas de influência.
são incapazes de acompanhar do pela rigidez no processo do
b. Reorganização do pa- o ritmo do desenvolvimento
trabalho e da produção, o pós-
pel de grandes potências no tecnológico de países de ponta,
-fordismo implanta o conceito
auxílio aos países subdesen- contentando-se em desenvolver
de flexibilidade no trabalho, na
volvidos. alguns tipos de tecnologia mais produção e no consumo, cujas
90. E 92. C 94. C simples, ligadas ainda a revolu- implicações podem ser obser-
ções tecnológicas anteriores. vados no texto 2, que salienta
91. B 93. 08 a subcontratação, gerando o
PV-13-14

104. A
95. Calagem para a correção
105. a. Fordista: produção em
do ph do solo linha de montagem, em série,
Irrigação para compensar a falta tarefas repetitivas, produção em
de umidade do solo, permitindo massa. Pós-fordista: produção re-
o cultivo em áreas desérticas. gulada por tarefas diárias, pouco
estoque, diversificação, terceiri-
Adubação e fertilização do solo zação em altos níveis.
para aumentar sua produtivi-
b. Fordista: grandes fá-
dade.
bricas, almoxarifados gigan-
96. Soma (01) tescos exigindo processos de
controle complexos.
97. D 99. C
Pós-fordismo: desconcentração
98. D 100. C espacial, entregas diárias de
aspecto escravista da relação
e a terceirização da produção,
definida como a decomposi-
ção do processo produtivo.
No texto 1, essa flexibilidade
aplicada à produção caracteri-
za a mobilidade geográfica dos
investimentos ou a internacio-
nalização dos fluxos de capitais
– produtivos e especulativos –
em forma de empresas que se
estabelecem em diversos paí-
ses, intensificando a circulação
global de capitais.

155
 Geografia R: Cartografia e Espaço Industrial Mundial

113. A 114. D rados nos aeroportos do que e exercem, pelo seu estilo de
115. 25 (01 + 08 + 16) nas estações de trem. vida, forte influência sobre as
populações latino-americanas
116. B 118. C 120. B 136. C que buscam nos EUA melhores
117. D 119. C 137. É onde se concentram as condições de vida em razão do
principais indústrias siderúrgi- grande dinamismo da econo-
Capítulo 12 cas e mecânicas. mia americana.
121. A União Europeia teve 138. E 139. B 140. C 166. C 167. B
sua origem no pós-Segunda Capítulo 13 168. a. Trata-se do Canadá,
Guerra quando seis países da cuja população fica muito con-
Europa Ocidental (França, Ale- 141. E 145. E
centrada na parte sul e sudeste.
manha, Itália, Bélgica, Holanda 142. E 146. E b. O mapa indica a pro-
e Luxemburgo) fundaram, em 143. A 147. D víncia de Quebec, de coloniza-
1957, o MCE ou CEE. Daí em ção e língua francesas.
diante, outros países foram 144. B 148. B
aderindo ao bloco, que se for- 149. a. Tecnologia de ponta, 169. A 170. B
talecia. Já nos anos 1990, o tra- informática, associados ao pro- 171. Urbanização – desenvol-
tado de Maastricht inaugurou cesso de acumulação flexível. vimento de atividades nos se-
a União Europeia, que conta tores secundário e terciário,
b. Ao longo da costa oes-
hoje com 27 países-membros, te com destaque para a Califór- demanda de mão de obra,
moeda e parlamento únicos. mecanização do campo – libe-
nia, na bacia do Pacífico, área ração de mão de obra.
122. E 123. B 124. A portadora grande potencial
comercial com a Ásia. 172. C 176. A
125. a. Ulster, Irlanda do Norte
b. Distúrbios e atentados 150. D 152. B 154. D 173. A 177. C
causados pelo IRA no conflito 151. E 153. C 155. E 174. D 178. A
entre católicos separatistas e 156. O vazamento em uma 175. E 179. B
protestantes unionistas. bomba de exploração de pe- 180. a. O fenômeno geográfi-
126. B 129. D 132. B tróleo, próxima a New Orleans, co responsável por essa fusão
que demorou meses para es- é o intenso fluxo migratório in-
127. A 130. D 133. C
tancar, provocou uma grande ternacional para os EUA.
128. B 131. A 134. A mancha de óleo no golfo Pér-
b. Entre as consequên-
135. O uso do trem de alta ve- sico. As consequências foram: cias possíveis, podemos des-
locidade permite a redução no mortandade elevada de peixes tacar:
tempo de deslocamento entre e aves, criticas ao governo pela 1. O aumento do desem-
grandes cidades, como Paris e lentidão no socorro e quebra prego e da informalidade prin-
Lyon, uma vez que as estações da produção na região. cipalmente nos setores econô-
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de trem estão comumente si- 157. E 160. C micos de mão de obra menos
tuadas no centro dessas cida- 158. D 161. E qualificada e mais barata.
des, enquanto os aeroportos 2. Aumento do dina-
se encontram, frequentemen- 159. C 162. D
mismo econômico a partir de
te, em áreas afastadas, o que 163. duas situações: o crescimento
reduz o tempo de desloca- do mercado interno e a re-
mento. A localização central – Dependência de investimen-
messa de divisas para o país
das estações de trem também tos americanos de origem do imigrante.
favorece o adensamento de – Separatismo étnico da pro-
conexões com a rede de trans- víncia de Quebec 3. Possíveis alterações
porte urbano, tais como ôni- 164. D no quadro político-eleitoral
bus e metrô. Finalmente, os do país, devido à maior par-
procedimentos de embarque e 165. Os EUA localizam-se mais ticipação numérica dos imi-
desembarque são mais demo- próximos da América Latina grantes.

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 Cartografia e Espaço Industrial Mundial R: Geografia

4. O crescimento da 192. B 195. E 198. E 235. a. Na Era Meiji (1867-

xenofobia da população na- 193. A 196. E 199. E 1912), o país se modernizou,
cional em relação aos estran- concentraram-se os recursos
geiros, por enxergá-los como 194. C 197. D 200. E e foi realizada a Revolução In-
concorrentes diretos às pou- dustrial. A partir da Segunda
cas vagas de empregos e por
Capítulo 14 Grande Guerra, o país derrota-
responsabilizá-los pela queda 201. C 203. E 205. A do e destruído transforma-se
na qualidade de vida. 202. A 204. D 206. C na segunda potência econô-
mica mundial em menos de
181. E 207. 10 (02 + 08) trinta anos. Entre os vários e
182. B 208. E importantes fatores que leva-
ram ao "milagre econômico
183. O Canadá tem grande 209. V, V, F, V japonês", destacam-se a ajuda
parte de sua economia asso- econômica e financeira norte-
210. A população concentra--
ciada aos EUA e recebe grande -americana (o Plano Marshall);
se nas áreas litorâneas, em ra-
parte dos seus investimentos a mão de obra numerosa e ba-
zão de o Japão ser um arquipé-
deste país. rata; o elevado investimento
lago vulcânico e montanhoso.
184. A em educação, ciência e tecno-
211. A 219. C logia; a importante presença
185. B 187. C 189. D do Estado como regulador e
212. E 220. C
186. A 188. B 190. C orientador da economia, como
213. D 221. A incentivador da poupança in-
191. a. O Sun Belt destaca-se terna e investidor em infraes-
222. D
por várias atividades econômi- 214. E trutura; e também a presença
cas: produtos agrícolas tropicais 215. E 223. V, V, F, V
dos zaibatsus, grandes conglo-
(laranja, arroz, cana-de-açúcar), 216. V, F, V, F 224. B merados industriais e financei-
indústria petrolífera (extração ros de capital nacional.
e refino – Texas e Califórnia), 217. A 225. A
pecuária de corte, indústria ae- 218. B 226. D b. A estrutura de poder
roespacial (Houston), indústrias que se impôs a partir da Segun-
de tecnologia ligadas à Terceira 227. A da Grande Guerra foi delinea-
Revolução Industrial, concen- 228. Vasto território – recursos da pelos países vitoriosos (EUA,
tradas no Vale do Sílicio (ex.: naturais estratégicos, espaço Reino Unido, URSS e França),
Apple, Google, HP, Intel, Face- agrícola, mão de obra especia- deixando em segundo plano e
book, Yahoo!, entre outras). numa posição subalterna as po-
lizada. tências derrotadas (Alemanha,
b. Podemos destacar 229. A Japão e Itália). Tais países, em-
como característica marcante bora hoje se constituam em po-
da agricultura dos Estados Uni- 230. C tências econômicas, lutam para
dos o elevado grau de tecnifi- 231. A ganhar projeção geopolítica, e
cação, o que contribui para a 232. D
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dois deles (Alemanha e Japão)

elevada produção e produtivi- pleiteiam um assento perma-
dade, com pequena utilização 233. O Japão tem um subsolo nente no Conselho de Seguran-
de mão de obra; outro fator pobre em recursos naturais. ça da ONU.
que merece destaque é a es- Sua política imperialista pro-
trutura empresarial, voltada curava mobilizar, nas áreas 236. A
para o fornecimento de com- ocupadas, recursos minerais e 237. V, V, F, F, V
modities para várias regiões energéticos para sustentar seu
do mundo, configurando uma projeto de potência asiática. 238. A
das características do agrone- A necessidade de obter recur- 239. C
gócio. Nos últimos anos, cres- sos naturais para sustentar sua 240. E
ceu acentuadamente o setor indústria impeliu o Japão ao
da agroenergia, com destaque processo expansionista.
para a produção de etanol de- 234. A
rivado do milho.

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 Geografia R: Cartografia e Espaço Industrial Mundial

CAPÍTULO 08 CAPÍTULO 09 276. a. Atualmente, os postos

241. A 251. B 261. C 269. D de trabalho surgem nas áreas
altamente qualificadas, geran-
242. C 252. A 262. C 270. D do profissionais especializados
243. D 253. D 263. A 271. A tanto em países desenvolvidos
quanto em países subdesen-
244. D 254. A 264. A 272. C
volvidos. O desemprego, em
245. D 255. A 265. B 273. E contrapartida, atinge em mas-
246. E 256. A 266. E 274. B sa a população não capacitada
ou pouco capacitada.
247. A 257. B 267. B 275. B b. A globalização eco-
248. C 258. C 268. D nômica acaba impondo uma
249. D 259. A acirrada competitividade, com
redução de custos. Em conse-
250. E 260. B quência, a robotização e a infor-
mática acabam dispensando os
trabalhadores braçais e exigindo
sempre maior qualificação.
277. D 279. C
278. D 280. A

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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES

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