Você está na página 1de 68

HISTÓRIA DO

BRASIL
Caderno de Questões – FCC

Livro Eletrônico
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

Sumário
Caderno de Questões FCC............................................................................................................................................3
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Questões de Concurso...................................................................................................................................................5
Gabarito................................................................................................................................................................................31
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................32

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

CADERNO DE QUESTÕES FCC


Apresentação
Olá querido(a)!
Seja novamente muito bem-vindo!
Depois de esmiuçarmos a História do Brasil e a História da Bahia, chegou o momento de
você treinar a resolução de questões da Fundação Carlos Chagas, banca que organiza o certa-
me para o cargo de Soldado da Polícia Militar do Estado da Bahia.
Lembre-se de que analisamos os conteúdos elencados seguindo estritamente os tópicos
do edital. Recorde comigo os conteúdos que foram trabalhados:
História do Brasil – Parte I

• 1. Descobrimento do Brasil (1500).


• 2. Brasil Colônia (1530-1815): Capitanias Hereditárias, Economia, Extrativismo Vegetal,
Extrativismo Mineral, Pecuária, Escravidão, Organização Político-Administrativa, Expan-
são Territorial.
• 3. Independência do Brasil (1822): a Nomeação do Príncipe Regente D. Pedro I, Dia do
Fico, Reconhecimento da Independência do Brasil.
• 4. Primeiro Reinado (1822-1831).
• 5. Segundo Reinado (1831-1840).

História do Brasil – Parte II

• 6. Primeira República (1889-1930): o Primeiro Governo Provisório, Assembleia Consti-


tuinte, Presidência de Deodoro da Fonseca, a Política dos Governadores, o Coronelismo,
Movimentos Tenentistas, Coluna Prestes, Revolta da Armada.
• 7. Revolução de 1930.
• 8. Era Vargas (1930-1945).
• 9. Os Presidentes do Brasil de 1964 à atualidade.

História da Bahia

• 10. História da Bahia.


• 11. Independência da Bahia.
• 12. Revolta de Canudos.
• 13. Revolta dos Malês.
• 14. Conjuração Baiana.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

• 15. Sabinada.

Concurseiro(a), atente-se para a metodologia de cobrança da banca. Tente observar a for-


ma como o examinador apresenta informações nas alternativas. Expressões excludentes (so-
mente, único, exclusivo...) normalmente são erradas. Tenha atenção também para contextua-
lização do evento histórico dos enunciados, isso é de fundamental importância para que não
caia em “pegadinhas” que relacionam períodos históricos diferentes.
Algumas questões possuem um grau de dificuldade maior, por se tratarem de concursos
para cargos do judiciário e específicas para professores de História. Melhor assim, quanto
maior o grau de dificuldade no treino, maior também será sua capacidade de “leitura” do que a
banca quer de você. Também destaco que pesquisei e inseri questões da FCC mais recentes e
coerentes com o conteúdo das aulas.
Antes de seguir, esteja com as aulas de nosso curso em fácil acesso para tirar alguma
dúvida que possa surgir. Ademais, todas as questões estão comentadas. Se ainda assim tiver
alguma dificuldade ou incerteza, sinta-se à vontade para me chamar no fórum de dúvidas.
Ah, não deixe de avaliar as aulas anteriores, caso ainda não o tenha feito. Avalie também
este caderno de exercícios. Sua opinião é de fundamental importância para que continue pro-
duzindo materiais que atendam às suas expectativas e necessidades.
Tenha foco e disciplina que os frutos do seu esforço darão belos frutos.
Abraço,
Professor Daniel Vasconcellos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Uma das formas de ocupação do território
baiano se deu por meio das entradas. Essas expedições
a) aconteciam, no século XVI, com o aval da Coroa, para viabilizar a instalação das Capitanias
e garantir o abastecimento de mão de obra, mas foram regulamentadas localmente, no século
seguinte, de modo que se restringissem ao mapeamento e delimitação das fronteiras.
b) ocorreram durante o século XVI e início do XVII, contribuindo para a ocupação do interior do
território e o aprisionamento de índios para a exploração de sua força de trabalho; sendo ainda
empreendidas mesmo após a chegada das primeiras levas de escravos africanos.
c) objetivavam explorar o território a fim de identificar possíveis focos de minérios; eram or-
ganizadas localmente e de forma independente pelos colonos, sendo por isso, extintas pelo
Governo Geral em meados do século XVI.
d) foram especialmente abundantes no século XVIII; ocorriam em represália a ataques indíge-
nas e contavam com o apoio dos jesuítas, no contexto da chamada Guerra Justa, resultando,
concomitantemente, na fundação de fortalezas e vilas.
e) resultaram em práticas costumeiras de extermínio indígena, como as “guerras aos bárba-
ros”, obrigando o Governo Geral a formular leis de proteção aos mesmos, por pressão da Igreja
Católica, e a substituir oficialmente as entradas pelas bandeiras no início do século XVII.

002. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Considere os dois excertos a seguir:


I – (...) as sociedades de estamentos, em geral, apresentam uma mobilidade mínima, tanto ho-
rizontal quanto vertical. A sociedade colonial, ao contrário, configura uma sociedade estamen-
tal com grande mobilidade, e é essa conjunção surpreendente e mesmo paradoxal de clivagem
com movimentação que marca a sua originalidade. (NOVAIS, Fernando. “Condições da priva-
cidade na colônia”. In: MELLO e SOUZA, Laura (org). História da vida privada no Brasil, v. I: co-
tidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 30)
II – (...) cristalizaram-se na América Portuguesa múltiplas manifestações de religiosidade pri-
vada. A abundante diversidade (...) explica-se antes de mais nada, pela multiplicidade dos esto-
ques culturais presentes desde os primórdios da conquista e ocupação do Novo Mundo, onde
centenas de etnias indígenas e africanas prestavam culto a panteões os mais diversos. (MOTT,
Luiz. Cotidiano e vivência religiosa: entre a capela e o calundu. In: MELLO e SOUZA, Laura (org.)
História da vida privada no Brasil, v. I: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São
Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 220)
A sociedade baiana no período colonial compartilha as características enfatizadas nos trechos
acima. Os trechos I e II, referem-se, respectivamente, a
a) equilibrada democracia social; e a cristalização de manifestações étnico-religiosas.
b) relativa mobilidade social; e a densa formação de estoque cultural por meio da conquista.
c) grande clivagem cultural; e a forte religiosidade no âmbito da vida privada.
d) configuração estamental horizontal e vertical; e a singular unidade identitária.
e) combinação ambígua de clivagem e mobilidade sociais; e a diversidade de cultos e crenças.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

003. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Considere as afirmações abaixo acerca dos


mecanismos de mobilidade social na Bahia, durante o período colonial:
I – O acesso a cargos e recompensas, associado a maior facilidade para a obtenção de terras e
escravos, foram fatores fundamentais para a consolidação do patrimônio da elite colonial baiana.
II – Por compra ou por casamento com a filha de um senhor era possível um comerciante
português tornar-se um senhor-de-engenho, mas era indispensável ter dinheiro, boa conduta e
“sangue puro”, ou seja, não ter sangue de “mouro”, judeu ou negro.
III – Em conjunturas de guerra, os líderes indígenas negociavam suas alianças em troca de be-
nefícios que iam além de ganho material, abrindo espaço para uma ascensão social ilimitada.
IV – Os escravos desenvolveram diversas estratégias de sobrevivência e resistência, dentre as
quais a constituição de pecúlio para a compra de suas alforrias.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I e II.

004. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) O Estado brasileiro, no período após


a independência e antes da proclamação da República, tinha como características políticas
a) a disputa constante de poder entre um partido conservador, monarquista, e outro liberal,
republicano, e problemas legais de indefinição das fronteiras no sul do território brasileiro.
b) a existência de um exército nacional forte, responsável por anexações de territórios originais
da América Hispânica, e oferta de ensino público e universal.
c) a ausência de separação entre Igreja e Estado, e a vigência do Código Manuelino como
lei geral do Brasil.
d) a sucessão de governos parlamentares, sob tutela monárquica, que buscaram assegurar a ma-
nutenção do trabalho escravo, e a ocupação de cargos políticos por representantes da maçonaria.
e) o vínculo formal com Portugal, uma vez que não se tratava de um estado soberano e sim de
“Reino Unido”, e a tradição do voto censitário nas eleições municipais.

005. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) No dia 29 de março de 1549, o fidalgo portu-


guês Tomé de Souza desembarcou na Baía de Todos os Santos, no Porto da Barra, iniciando a
implantação do Governo Geral na Colônia. A partir daí,
a) foi implementado um auxílio do governador aos povos indígenas, que tiveram proteção das
autoridades régias contra a escravização promovida pelos colonos, ficando legalizada a proibi-
ção dessa prática em solo baiano.
b) ficou estabelecido o fim das Capitanias Hereditárias, especialmente após o trágico episódio
ocorrido com o donatário da capitania da Baía de Todos os Santos, Francisco Pereira Coutinho,
morto pelos Tupinambás em Vila Velha, em 1546, em um ritual antropofágico.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

c) passou a ser construída a Cidade do São Salvador, que foi projetada pelo construtor Luís
Dias para funcionar como sede do Governo Geral na América lusitana, com prédios imponen-
tes construídos na Cidade Baixa, devido ao fácil acesso ao mar.
d) houve a implantação de um sistema centralizado de poder, por meio do qual o Governador
Geral, situado na Cidade do São Salvador, passava a fiscalizar e organizar a Colônia, sendo
auxiliado pelo Provedor-Mor, Ouvidor-Mor e Capitão-Mor.
e) chegaram padres Jesuítas que foram os mais importantes missionários na atuação reli-
giosa na Bahia, priorizando a formação educacional dos nativos e permitindo aos autóctones
autonomia para permanecer com suas crenças e costumes.

006. (FCC/TRT 5ª REGIÃO – BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2013)


A ocupação da região da Chapada Diamantina, inicialmente habitada pelos índios Maracás, re-
monta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, por volta de 1700, quando foi en-
contrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos bandei-
rantes e exploradores. Em 1844, a colonização é impulsionada pela descoberta de diamantes
valiosos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se
espalham pelas vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza. A atividade agropecuária
tomba diante da opulência do garimpo.
Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São
mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como
o tamanduá-bandeira. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do
séc. XX, atua como órgão protetor de toda essa exuberância.
(Adaptado de: www.bahia.com.br)

Considerando-se o contexto, há relação de causa e consequência, respectivamente, entre:


a) A exploração de minérios e o declínio da atividade pecuária.
b) A descoberta de diamantes nos arredores do Mucugê e a chegada dos bandeirantes.
c) A chegada dos jesuítas e a aceleração da atividade agropecuária.
d) A ocupação da Chapada Diamantina pelos Maracás e a descoberta do ouro na região.
e) O enriquecimento das vilas e a preservação da biodiversidade na região.

007. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Acerca das atividades econômicas e as di-


nâmicas mercantis na Bahia colonial, é correto afirmar:
a) A dinâmica do comércio transatlântico, ampliada pelo tráfico de escravos de Angola para
a Bahia, contou com a participação de agentes de negócios, homens envolvidos diretamente
com o comércio de mercadorias.
b) A política econômica da cidade de Salvador a colocou em uma posição central no interior do
Império Português, tendo sido a capital da colônia até 1863, ano em que foi feita a transferên-
cia para a cidade do Rio de Janeiro.
c) O açúcar, principal gênero de exportação da economia baiana, era produzido em um vasto comple-
xo socioeconômico sob um regime de mão de obra formado predominantemente por homens livres.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

d) O tabaco, único produto colonial que combinava a produção em grande escala com a importação
do produto beneficiado, era cultivado por grandes produtores, senhores de homens e terras.
e) A mandioca, utilizada para o fabrico da farinha, era a lavoura de subsistência mais ampla-
mente cultivada nas capitanias de Ilhéus e Porto Seguro, e a farinha um componente indispen-
sável do regime alimentar baiano.

008. (FCC/SAEB/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) Segundo pesquisas históricas sobre a


escravidão, nos primeiros quatro meses de 1852, de um total de 1660 escravos chegados ao Rio
de Janeiro e vindos de outras partes do Brasil, 1376 eram oriundos dos portos da chamada região
Norte do Império (que abarcava, à época, o atual Nordeste), sendo 691 provenientes da Bahia.
(Dados adaptados de: MOURA, Clóvis (org.). Dicionário da Escravidão no Brasil. Edusp, 2005, p. 396)

Entre as causas do crescimento do tráfico interprovincial, no período mencionado e com as


características descritas acima, estão
a) a repressão ao tráfico internacional pela Lei Eusébio de Queiróz, a abundância de escravos
na Bahia, destino importante na rota do tráfico internacional, e o crescimento da economia
cafeeira no Sudeste.
b) a crise da produção canavieira na costa litorânea nordestina, a resistência africana aos tra-
ficantes e o baixo preço do escravo oriundo da Bahia.
c) o excedente de mão de obra em algumas províncias, como a Bahia, a facilidade da navegação
de cabotagem e a necessidade de braços para expansão das ferrovias no eixo Rio-São Paulo.
d) o controle exercido pela Inglaterra após a Lei Bill Aberdeen, a mudança do eixo econômico,
do nordeste para o sudeste, com a recente descoberta de ouro, e o aumento da procura por
escravos urbanos existentes na Bahia.
e) o cumprimento da Lei Feijó, que proibia a compra de escravos ultramar, o interesse do governo
imperial em diminuir a população negra baiana e o surgimento de engenhos na região sudeste.

009. (FCC/SEC/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) Considere abaixo o trecho do Hino


da Inconfidência Baiana.
Igualdade e liberdade / No sacrário da Razão / ao lado da Sã Justiça / Preenchem meu coração /
(...) Se este dogma for seguido (...) e assim que florescido / tem na América a Nação / Assim flutue
o pendão dos franceses / que a imitaram / depois que afoitos, entraram / no sacrário da Razão.
(Apud MOURA, Clóvis. Dicionário da Escravidão Negra no Brasil. Edusp, 2004, p. 205)

O trecho revela as seguintes influências da chamada Inconfidência Baiana (1798), também


conhecida como Conjuração Baiana e Revolta dos Búzios:
a) o Império Napoleônico e o positivismo, escola que cultuava a ciência como Razão universal.
b) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, e a Justiça praticada pela Maçonaria,
como exemplos da defesa da igualdade em nome da Razão.
c) a Revolução Francesa e o iluminismo, corrente que cultuava a Razão como valor universal.
d) a Revolução Pernambucana e o nacionalismo como exemplos de libertação racional dos
povos contra a escravidão e o colonialismo.
e) o liberalismo e a religião calvinista, crença que considerava Deus como símbolo da
Justiça e da Razão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

010. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Considere os seguintes trechos:


[…] dos fins de 1793 para começo de 1794, até julho, agosto-setembro de 1797, atuou na Cida-
de do Salvador um pequeno grupo de “homens de consideração”, brasileiros que repudiavam a
exploração colonial e sentiam atração pela França das ideias democrático-burguesas […].
[…] homens livres, mas socialmente discriminados, mulatos, soldados, artesãos, ex-escravos
e descendentes de escravos, conceberam a ideia de uma república que garantisse igualdade.
São eles que estão falando em levante em 1798.
(TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Sedição Intentada na Bahia em 1798: A Conspiração dos Alfaiates.
São Paulo, Pioneira; Brasília, INL, 1975, p. 95-96)

O autor faz uma análise da Conjuração Baiana de 1798, também conhecida como Revolta dos
Búzios, indicando que existiram duas fases do movimento. Nesse sentido,
a) o mestre alfaiate, João de Deus do Nascimento, foi um rebelde que representou os grupos
identificados às duas fases do movimento, pois era pardo, letrado e com uma posição social
de destaque nos fins do século XVIII.
b) os “homens de consideração” eram brancos letrados que protagonizaram a primeira fase do
movimento rebelde, encampando uma luta explícita pela liberdade e igualdade social na Bahia.
c) as ideias democrático-burguesas defendidas pelos “homens de consideração”, em apoio ao
catolicismo e à monarquia, ficaram conhecidas neste contexto baiano como as “francesias”.
d) o cirurgião prático e lavrador, Cipriano José Barata de Almeida, foi um legítimo representante
do grupo que protagonizou a segunda fase do movimento rebelde baiano de 1798.
e) a condição social e racial influenciou a condenação dos homens que foram mortos na Praça
da Piedade, em 8 de novembro de 1799, após a segunda fase do levante.

011. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Em 2 de julho de 1823, a Bahia celebrou


mais um triunfo nas lutas em prol da independência do Brasil, em um processo que envolveu
pronunciamentos, articulações, aclamações e batalhas. Muitos indivíduos combateram pela
libertação, da qual nem todos usufruíram plenamente. Sobre esse episódio,
a) a Batalha de Itaparica, em 7 de janeiro de 1823, foi liderada pela negra Maria Filipa, que
incendiou navios lusitanos, conseguindo com essa proeza mais uma vitória para os baianos,
sendo por isso alforriada junto com os escravizados da Ilha “Intrépida e Denodada”.
b) o Dois de Julho representou o processo de lutas na Bahia em prol da liberdade político-e-
conômica que se almejava no período, não contemplando a liberdade social, pois os negros
escravizados não se tornaram cidadãos após o vitorioso desfecho.
c) a chegada do brigadeiro Ignácio Madeira de Melo foi um reforço para os habitantes de Salva-
dor, que tiveram que pegar em armas para lutar contra o jugo português em fevereiro de 1822,
vencendo as batalhas sob a liderança da sóror Joana Angélica.
d) a Batalha de Pirajá, ocorrida em 8 de novembro de 1822, foi um revés na campanha do Exér-
cito Libertador, pois os baianos sofreram uma dura derrota para as tropas lusitanas, devido às
ações do cabo corneteiro Luís Lopes.
e) a batalha em Cachoeira ocorreu em 25 de junho de 1822, quando os baianos venceram os
lusos e aclamaram Pedro I como regente do Brasil, seguindo-se um ciclo de vitórias finalizado
com a batalha de Dois de Julho, na capital, selando definitivamente a independência.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

012. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) O episódio conhecido como a Revolta dos Malês
a) contou com a participação de irmandades católicas e ordens terceiras, organizações religiosas
leigas que atuavam na estratégia de ajuda coletiva e fortalecimento político dos seus integrantes.
b) foi organizado por africanos muçulmanos de diferentes etnias, com protagonismo de nagôs
e hauçás, em um momento de expansão do islamismo, a força religiosa hegemônica na Bahia.
c) pautou-se por bandeiras radicais que previam a abolição da escravidão como sistema de trabalho,
a criação de uma república na Bahia e o fim das clivagens sociais entre escravos e libertos.
d) representou uma conquista importante para os escravos urbanos, pois os rebeldes conse-
guiram revogar a postura municipal que os obrigava a usar uma chapa de identificação.
e) expressou a solidariedade entre africanos, revelando laços étnicos e religiosos que serviram
de combustível à rebelião, desafiando o sistema escravista.

013. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Fenômenos sociais como a Revolta de Canu-


dos e o Cangaço, no Nordeste, são explicados historicamente por diversos fatores, tais como
a) miséria e descaso do poder público com as populações sertanejas, expostas à intensa vio-
lência de diversas ordens e atraídas por movimentos que prometiam condições de vida dife-
rentes e/ou a sensação de proteção.
b) seca prolongada, a exploração do trabalho e a falta de perspectiva de futuro, motivos que
levavam os sertanejos a lutarem por uma sociedade igualitária e democrática, objetivo das
ações de ambos os movimentos.
c) falência do coronelismo, em um momento em que esse tipo de poder era obrigado a ceder
espaço às forças federais republicanas, que desestruturaram as elites locais e o sistema de
apadrinhamento então vigente.
d) crise econômica e política provocada pela queda do preço do açúcar no mercado interna-
cional, acompanhada de migrações para o norte e da fuga de famílias inteiras que passaram a
integrar bandos e comunidades religiosas, em busca de subsistência.
e) crescente politização da população de baixar renda após as revoltas ocorridas durante o
Segundo Reinado, repercutindo em levantes contra o Império, contra o mandonismo local e
contra o catolicismo.

014. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) A Revolta de Carrancas e a Revolta


dos Malês foram, respectivamente:
a) uma revolta de fazendeiros falidos de Minas Gerais contra a lei que proibia o tráfico de escravos
e uma revolta da população urbana de Salvador a favor do fim do tráfico, em meados do século XIX.
b) uma insurreição de alforriados no Rio de Janeiro pelo direito de retornarem à África e uma
rebelião de escravizados muçulmanos, na Bahia, em defesa da liberdade religiosa, ambas da-
tadas do começo do século XIX.
c) uma rebelião de escravizados e quilombolas, no interior de São Paulo, e uma revolta de “es-
cravos de ganho” em Salvador, ambas na década de 1840, que contribuíram para a abolição do
tráfico interno de escravos alguns anos depois.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

d) uma revolta que ocorreu na província de Minas Gerais e outra que ocorreu na Bahia como
expressões da resistência dos escravizados, ambas na década de 1830, marcadas por violên-
cia e forte repressão das autoridades.
e) uma rebelião urbana de escravizados ligados à atividade mineradora, em Vila Rica, e uma
revolta rural de escravizados que trabalhavam em engenhos de cana-de-açúcar, no Recôncavo
Baiano, ambas ocorridas na década de 1870.

015. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Considere o texto abaixo:


Negro da Guiné e gentio da Guiné foram as primeiras designações utilizadas para marcar a
origem dos escravos africanos chegados à Bahia no século XVI. Mais do que um registro de
procedência, estas expressões queriam significar a condição mesma de escravo na linguagem
corrente da época. Seu uso se generalizara em Portugal, desde o final do século, quando o trá-
fico de escravos começou a se transformar na mais potente empresa comercial daquele país.
A multiplicidade cultural da África passava a ser ignorada pelos portugueses na razão direta
em que o caráter de mercadoria se incorporava ao conjunto da população.
(OLIVEIRA, Maria Inês Côrtes de. Quem eram os “Negros da Guiné”? A origem dos africanos na Bahia. Salvador,
Revista Afro/Ásia, 19/20, 1997, p. 37)

De acordo com a autora,


a) as designações “Negro da Guiné” e “gentio da Guiné” identificavam os crioulos trazidos para
os engenhos de cana do Recôncavo, região de maior rentabilidade comercial para os lusos.
b) os primeiros escravizados que desembarcaram na Bahia após o sequestro no continente
africano foram oriundos da Costa Oriental da África, onde havia homogeneidade de povos.
c) o termo “Negro da Guiné” representa uma visão pluralista, usada pelos comerciantes de es-
cravos para identificar os nativos africanos.
d) os escravos traficados para Bahia foram classificados a partir de uma visão homogeneiza-
dora, que desprezava a multiplicidade dos povos africanos.
e) o “gentio da Guiné” era o escravizado, que ao chegar em solo baiano, passava a ser identificado
por seus traços culturais, preservando-se o nome original do povo africano ao qual pertencia.

016. (FCC/SAEB/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) O processo de separação política


entre Brasil e Portugal teve contornos específicos na Bahia, uma vez que ali ocorreu
a) um enfrentamento entre os grupos nativistas de proprietários rurais e os comerciantes por-
tugueses, que se transformou em uma guerra separatista que visava proclamar a república na
Bahia e separá-la do Império do Brasil.
b) uma violenta rebelião popular, seguida do acordo entre os grupos nativistas e os portugue-
ses apoiados por D. Pedro I, com o objetivo de pacificar e reunificar a Bahia sob o comando das
Cortes Portuguesas.
c) uma guerra civil de grandes proporções, que dividiu, de um lado, os grandes proprietários
que contavam com apoio do Rei de Portugal, e, de outro, homens livres pobres, com apoio das
Cortes Portuguesas e dos jacobinos franceses.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

d) um conflito armado entre grupos locais, apoiados por tropas enviadas por D. Pedro I, e as
tropas portuguesas, que visavam impedir a consolidação da independência da América Portu-
guesa, sob o controle do Rio de Janeiro.
e) uma revolta da população negra liderada por escravos muçulmanos que lutavam por aboli-
ção e não aceitavam a religião católica como religião oficial do novo Império do Brasil.

017. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) As lutas pela independência na Bahia foram


revestidas de acirradas polarizações políticas e tensões sociais. Um episódio que evidencia as
forças militares envolvidas e parte do impacto social resultante desses conflitos é
a) a formação da Junta Conciliatória e de Defesa, representando a união entre constituciona-
listas e republicanos contra as forças do império brasileiro, que deflagrou a guerra, com ampla
participação popular, na qual teve destaque a militar Maria Quitéria de Jesus.
b) o cerco à cidade de Salvador, sitiada durante aproximadamente um ano por tropas brasi-
leiras que buscavam expulsar o exército português que ali se instalara, resultando em grande
desabastecimento de víveres e sofrimento da população.
c) a ocupação da Vila de Cachoeira por forças portuguesas, momento culminante da guerra
civil entre as tropas monarquistas e independentistas, que levou à alforria coletiva de milhares
de cativos, a fim de que esses integrassem, como soldados, as tropas brasileiras.
d) a rendição das tropas portuguesas encabeçadas por Pierre Labatut, após os ataques con-
tundentes das tropas brasileiras, sob o comando de Thomas Cochrane, que, na batalha de
Pirajá, arrasou o centro velho de Salvador e deixou milhares de mortos.
e) a tomada do forte de São Pedro, com vitória das tropas portuguesas sobre as constitucio-
nalistas, acompanhada por ações violentas pela cidade, como a invasão do convento da Lapa,
na qual foi morta a soror Joana Angélica, hoje considerada mártir da independência da Bahia.

018. (FCC/PM-BA/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2012) No processo da Independência do


Brasil, a Bahia
a) recusou a autonomia da Assembleia Legislativa local, concedida por Pedro I.
b) liderou o movimento republicano da Confederação do Equador.
c) acatou as determinações das Cortes de Lisboa que exigiam a volta de Pedro I.
d) lutou contra as tropas portuguesas, expulsando-as em 2 de julho de 1823.
e) combateu ao lado das tropas portuguesas que defendiam a recolonização do Brasil.

019. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) A Revolta dos Búzios:


a) ganhou rápida difusão por meio de panfletos distribuídos à população e do apoio de grande
parte da imprensa à causa independentista e abolicionista, resultando em motim com ampla
adesão de militares baianos, que resistiram belicamente até serem completamente derrotados.
b) pautou-se por bandeiras liberais, dentre as quais a abertura dos portos, a diminuição de
impostos, a ampliação do direito à cidadania; tendo sido conduzida por soldados e alfaiates
negros, inspirados pela Independência das Treze Colônias inglesas e a conquista do fim da
escravidão obtida nesse episódio.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

c) iniciou-se em reuniões integradas por intelectuais e membros da elite baiana, como Cipriano Ba-
rata, que pregava a independência do Brasil nos mesmos moldes da Inconfidência Mineira, e foi
rapidamente disseminada entre a população escravizada, que a revestiu de uma pauta mais radical.
d) foi organizada pela loja maçônica denominada Cavaleiros da Luz, em nome da igualdade
racial e social, da democracia e dos fins dos privilégios da elite letrada, tendo sido rapidamente
reprimida com a imputação da pena capital ao conjunto dos líderes e simpatizantes.
e) contou com participação de escravizados, bem como profissionais liberais e militares de
baixa patente, e pregava o fim da escravidão e a formação de uma República Bahiense, em
parte inspirada nos ideais da Revolução Francesa e na experiência da Revolução Haitiana.

020. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Considere o texto a seguir, publicado em um


jornal baiano em 1905:
“Estamos na Costa da África? É o que se torna necessário ser averiguado pela polícia, porquan-
to se lá não estamos também de lá não nos separam grande distância os nossos costumes
negreiros. E a prova é que, fechando ouvidos a repetidas queixas da imprensa e de particulares,
a polícia consente que dentro da cidade, porque é no outeiro que o vulgo denominou de ‘Cucuí’,
descendentes vadios de negros selvagens façam candomblés, todos os dias, à noite principal-
mente, incomodando com um bate-bate dos pecados o sono tranquilo da população. Já lá se
foram os tempos dos ‘feitiço’ e dos ‘candomblés’, e porque atravessamos um século de largo
progresso e ampla civilização, apelamos para a energia e a boa vontade, ainda não desmenti-
das, do sr. (...) subcomissário de polícia, certos de que s.s. porá ponto final na folia macabra
dos negros desocupados do ‘Cucuí’.”
Jornal A ORDEM. 21 out. 1905. p. 1, Apud SANTOS, Edmar Ferreira. O poder dos candomblés: perseguição e
resistência no Recôncavo da Bahia. Salvador: EDUFBA, 2009. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bits-
tream/ufba/179/1/O%20poder%20dos%20candombles.pdf. Acesso em: 11 de julho de 2016

A partir da leitura do texto acima, é correto afirmar que o autor desse texto
a) considera que a prática do candomblé representa um incômodo aos trabalhadores por ocor-
rer durante a noite, afirmando ainda que seus praticantes eram descendentes de negros va-
dios, por isso marginalizados pelo resto da população.
b) usa expressões como “folia macabra” e “bate bate dos pecados” para denunciar a prática do
candomblé como uma seita pecaminosa, localizada em um lugar específico da cidade, a ser
combatida pela polícia e pela Igreja.
c) reclama que a prática do candomblé deva ser investigada para que se verifique a autenti-
cidade das matrizes africanas desses “costumes negreiros”, assumidos em seu texto como
“nossos” mas supostamente originários da Costa da África.
d) associa a prática do candomblé à vadiagem, apelando para um discurso celebrativo da or-
dem e do progresso e acusando a polícia de ser tolerante com esse costume que ameaçava a
“população”, da qual os negros, em seu texto, parecem excluídos.
e) sugere que o candomblé é uma manifestação de selvageria ultrapassada, praticamente ex-
tinta uma vez que vem sendo combatida pela imprensa com êxito, de modo que “já lá se foram
os tempos dos feitiço’ e dos ‘candomblés’.”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

021. (FCC/DPE – BA/2016) “(...) logo após tomar todas as medidas necessárias para a extin-
ção definitiva do tráfico, a Bahia passou da posição de importador à condição de exportador
de escravos. Dessa forma, negros a todo preço seriam deslocados do norte para o sul já nos
primeiros anos da década de 1850, num movimento contínuo, e que, apesar de altos e baixos,
só se encerraria na década de 1880”
(SILVA, Ricardo Tadeu Caires. A participação da Bahia no tráfico interprovincial de escravos (1851-1881). p. 2. In:
3º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Universidade Federal de Santa Catarina, 2007. Disponí-
vel em: http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos3/ricardo%20tadeu.pdf Acesso em: 10 de
julho de 2016)

Para compreensão histórica do fenômeno descrito acima, devem ser considerados os seguin-
tes fatores:
I – A alta do preço do café, no mercado mundial, que impulsionou sua produção no sudeste e
a demanda por mão
de obra escrava, de difícil aquisição via tráfico internacional a partir de 1850.
II – O impacto da Guerra de Secessão norte-americana, que prejudicou as exportações do al-
godão produzido no
nordeste e obrigou os proprietários a se desfazerem de parte de seus contingentes de escravos.
III – A importância da Bahia no tráfico atlântico, província onde os traficantes resistiram mes-
mo após a extinção do
tráfico, com certo apoio das autoridades locais.
IV – A pujança econômica da produção canavieira, que atraiu investimentos na modernização
dos engenhos, processo que resultou na dispensa de mão de obra.
Está correto APENAS o que se afirma em:
a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I e II.

022. (FCC/PREFEITURA DE SALVADOR – BA/GUARDA MUNICIPAL/2008) Entre os anos de


1821 e 1823 ocorreram vários conflitos armados na Bahia, especialmente em Salvador, resul-
tando em muitos mortos e feridos. Esses conflitos tiveram como causa
a) a revolta popular encabeçada por Maria Quitéria de Jesus Medeiros contra esquadras ingle-
sas que invadiram Salvador para tentar garantir o controle de Portugal sobre a região.
b) a chamada conjuração baiana, momento em que a população humilde e a classe média se insur-
giram, lideradas por Cipriano Barata, para reivindicar o fim da dominação de Portugal sobre o Brasil.
c) o movimento republicano e abolicionista, alimentado pelo partido republicano baiano que
conquistara o apoio de marinheiros e soldados para enfrentar as tropas da Corte Portuguesa.
d) o antilusitanismo da elite baiana, que não aceitava que o país fosse governado por um mem-
bro da Corte Portuguesa e, com apoio de Pernambuco, financiou uma guerra para derrubar a
monarquia no Brasil.
e) a luta dos chamados “patriotas”, setores da sociedade e do governo baiano favoráveis à
independência, contra forças portuguesas lideradas por Inácio Luís Madeira de Melo, concen-
tradas em Salvador.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

023. (FCC/SEE-MG/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA/2012) Leia o texto abaixo.


O nobre metal (...) provocou um afluxo formidável de gente, não só da metrópole como das
capitanias vizinhas. (...) Em 1709, era 30 mil o número das pessoas ocupadas em atividades
mineradoras, agrícolas e comerciais, sem falar nos escravos vindos da África e das zonas
açucareiras em retração. Com os olhos voltados para o ouro, (...) pode-se imaginar a fome que
assolou essa população.
(Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal,
2004. p. 41-42)

Segundo o texto, está correto afirmar que a sociedade mineradora


a) assemelhava-se à sociedade formada em torno da produção do açúcar, ambas marcadas
pela diversidade das atividades econômicas e intensa mobilidade social.
b) caracterizou-se pela ausência de dinamismo e poucos conflitos entre os colonos e o gover-
no português, desinteressado por esse tipo de atividade econômica.
c) provocou intenso deslocamento populacional, motivado pelo ouro de aluvião e atividades
econômicas paralelas à mineração, como a agricultura e o comércio.
d) contou com uma produção artística precária, desprovida de religiosidade e marcada por
valores e princípios tradicionais da cultura portuguesa.

024. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE ARTES/2022) Considere a imagem abaixo.

A imagem circulou pela rede como meme a partir de um acontecimento político: a remoção
de uma estátua que homenageava uma personagem histórica importante para a da cidade
de Bristol, na Inglaterra. A imagem, composta por dois momentos de uma narrativa, mostra
em um primeiro momento parte da população da cidade arrastando a estátua para jogá-la no
fundo do rio e, em um segundo momento, a reação expressiva e receosa de uma segunda es-
tátua, que homenageia uma personagem histórica importante para a cidade de São Paulo. A
associação entre os dois monumentos se explica por conta de ambas serem
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) obras de um mesmo artista, Victor Brecheret, o que indica que a reação da segunda estátua
denota reprovação e surpresa pela falta de reconhecimento de seu mérito estético.
b) homenagens à mesma personagem histórica, Edward Colston, traficante de escravos do sé-
culo XVII, o que indica que a reação da segunda estátua é de identificação por sua semelhança
com o primeiro monumento.
c) homenagens a figuras historicamente ligadas à escravização de seres humanos, sendo a
primeira a Edward Colston e a segunda a Borba Gato, o que indica que a reação desta última
seria de temor quanto a ter um destino similar à primeira.
d) homenagens a figuras historicamente ligadas a atividades comerciais em geral, sendo a
primeira a Edward Colston e a segunda a Fernão Dias, o que indica que a reação desta última
seria de temor quanto a ter um destino similar à primeira.
e) homenagens a figuras historicamente ligadas aos movimentos abolicionistas, sendo a pri-
meira a Edward Colston e a segunda a Fernão Dias, o que indica que a reação desta última seria
de temor quanto a ter um destino similar à primeira.

025. (FCC/SAEB/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) São características da atuação dos


Jesuítas no Brasil colonial:
a) a vida em mosteiros com rígida disciplina interna; o empenho na educação cristã, abarcando
a alfabetização de indígenas e africanos; a criação e administração de Universidades católicas.
b) o estabelecimento de missões em regiões com potencial de exploração econômica, como
as drogas do sertão; a defesa dos indígenas ante os ataques dos bandeirantes; a formação da
elite colonial segundo princípios iluministas.
c) a expansão das fronteiras do território português; a conversão de judeus ao cristianismo segundo
as leis inquisitoriais; a pacificação dos conflitos intertribais, sob a justificativa da Guerra Justa.
d) a mobilidade dentro do território; a preocupação com a conversão dos indígenas ao catoli-
cismo; o estabelecimento de colégios em várias cidades da Colônia, como o Colégio da Bahia.
e) a pregação e a manutenção da fé cristã entre os colonizadores; o combate à escravidão,
sobretudo a de negros; e o cultivo e exportação da cana-de-açúcar nas missões.

026. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR – HISTÓRIA/2016) A Revolução Francesa colocou em che-


que os alicerces políticos do Antigo Regime, e sua repercussão além das fronteiras nacionais
pode ser percebida
a) em várias lutas pela independência na América de colonização ibérica, incluindo revoltas
coloniais como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
b) na adoção, pela maioria dos países europeus, do lema liberdade, igualdade e fraternidade
em suas constituições republicanas formuladas no final do século XVIII.
c) na Declaração de Independência dos Estados Unidos, que se inspirou na experiência france-
sa e reproduziu os Direitos do Homem e do Cidadão.
d) na extinção do absolutismo monárquico e de outras formas de autoritarismo governamental
na história europeia subsequente.
e) em revoluções posteriores que se ampararam ideologicamente nos ideais iluministas, caso
da Revolução Haitiana, da Revolução do Porto e da Revolução de Outubro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

027. (FCC/SEE-MG/2012) Observe o mapa

O mapa e o conhecimento histórico permitem afirmar que a Revolução Pernambucana de 1817


reveste-se de grande importância, pois, entre outras razões,
a) defendia que a transposição para o Brasil dos princípios socialistas de liberdade e
igualdade implicava na demolição do sistema colonial e a extinção da opressão que pesa-
va sobre os escravos negros.
b) foi uma revolta armada, de caráter liberal, que conseguiu se expandir por várias províncias e
buscou apoio internacional dos Estados Unidos e da Inglaterra.
c) é considerada a mais expressiva revolta na história da colônia, bem como a mais ampla,
ousada e profunda, uma vez que propunha o rompimento dos laços com Portugal e Inglaterra.
d) reduziu a escombros não só o sistema colonial, mas também a escravidão, o sistema la-
tifundiário e a economia agroexportadora, permitindo a passagem do Brasil da condição de
colônia à de nação independente.

028. (FCC/SEPLAG/POLÍCIA MILITAR/MG/PROFESSOR – HISTÓRIA/2012) Logo ao chegar, du-


rante sua breve estada na Bahia, D. João decretou a abertura dos portos do Brasil às nações amigas
(28 de janeiro de 1808). Mesmo sabendo-se que naquele momento a expressão “nações amigas”
era equivalente à Inglaterra, o ato punha fim a trezentos anos de sistema colonial.
(Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p.122)

O texto permite concluir que Dom João, ao decretar a abertura dos portos,
a) criou o Estado brasileiro e garantiu a unidade do país.
b) reforçou a relação de dependência com a metrópole.
c) acelerou o processo de Independência do Brasil.
d) impediu a consolidação da autonomia provincial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

029. (FCC/AL-PB/ASSISTENTE LEGISLATIVO/2013)


(...) as fugas individuais e coletivas, o suicídio, o assassinato dos senhores e colonos, a destrui-
ção das fazendas de gado e das plantações dos colonos, o estupro, o furto de alimentos como
farinha e milho, o casamento com o não indígena, e até a ressignificação dos valores cristãos
para os aspectos relacionados às suas respectivas culturas.
(Jean Paul Gouveia Meira e Juciene Ricarte Apolinário. História Indígena no Sertão da Capitania Real da Paraíba
no Século XVIII. Campina Grande: Cadernos do LEME, jan./jun. 2010, v. 2, n. 1. p. 90)

Considerando a História Colonial da Paraíba, o texto identifica


a) as inúmeras práticas indígenas de resistência à colonização portuguesa, no Sertão da Paraíba.
b) as práticas dos indígenas que contribuíram para seu desaparecimento do sertão paraibano.
c) algumas das faces do caráter dos indígenas, “ferozes guerreiros selvagens”, do Sertão da Paraíba
d) as formas de hostilidade dos indígenas do sertão, despossuídos de valores e princípios civilizados.
e) alguns aspectos da cultura das populações que viviam no litoral, na época da conquista da Paraíba.

030. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) O Movimento Abolicionista foi resul-


tado de uma grande mobilização social pelo fim da escravidão no Império do Brasil, e pode ser
caracterizado como um movimento
a) constituído por várias classes e grupos sociais, presente em várias regiões do Império, com
a participação de republicanos e monarquistas, que combinou ações pacíficas, luta parlamen-
tar e promoção de rebeliões em massa de escravos.
b) concentrado no Rio de Janeiro e em São Paulo, composto majoritariamente por negros li-
bertos e trabalhadores livres pobres, favoráveis à descentralização política do Império, ao voto
universal e ao rompimento com a dinastia portuguesa dos Bragança.
c) conduzido por fazendeiros paulistas liberais e militares positivistas contrários à escravidão,
pois a consideravam responsável pelo atraso econômico brasileiro e um obstáculo para o bran-
queamento gradual da população.
d) integrado por libertos, quilombolas e escravos, liderados unicamente por intelectuais negros
republicanos que militavam na imprensa e defendiam a abolição e a reforma agrária para a
plena inserção do negro na sociedade, como cidadão.
e) organizado por intelectuais católicos e padres progressistas, sob a liderança da Princesa
Isabel, que defendia uma transição gradual para o trabalho livre, a vinda de imigrantes euro-
peus e condenava a escravidão por motivos de consciência e moral cristã.

031. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO – ÁREA REDAÇÃO PARLAMENTAR/2018)

A denominada política dos governadores


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) desestabilizou o poder dos coronéis, principalmente no Nordeste, além de reduzir o chama-


do voto de cabresto e as fraudes nas eleições.
b) garantiu aos governos estaduais desenvolver políticas sociais e econômicas voltadas à au-
tonomia dos grupos locais,
c) fortaleceu o poder Legislativo que passou a neutralizar as forças políticas hegemônicas dos
estados mais ricos da federação.
d) representou uma estratégia de troca de apoio político entre as oligarquias estaduais e o
governo central, fortalecendo o poder executivo.
e) promoveu o diálogo e as negociações entre grupos oligárquicos que, durante o período mo-
nárquico, promoveram sérios conflitos.

032. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) Conforme o Decreto no 22.621, de 5/4/1933, a Assembleia Consti-
tuinte que iria debater a nova Constituição brasileira deveria ser composta por 214 deputados
eleitos na forma da lei eleitoral vigente desde 1932, e mais 40 representantes classistas eleitos
pelos sindicatos legalmente reconhecidos pelo Ministério do Trabalho. Esta composição pode
ser compreendida como fruto da convivência
a) da concepção oligárquica, que valorizava um sistema eleitoral herdado da Primeira Repúbli-
ca, e de uma perspectiva socialista de participação popular, baseada na eleição de represen-
tantes dos partidos estaduais e de delegados escolhidos por sindicatos operários.
b) dos princípios da democracia, entre os quais figurava a representação do indivíduo pelo voto
concedido aos candidatos a deputados, e do poder político da maçonaria, que determinava
aqueles que seriam os representantes correspondentes em cada classe profissional.
c) dos princípios do fascismo, como a defesa da estatização da representação popular por in-
termédio de um partido único, e da concepção anarco-sindicalista, que estabelecia o princípio
do voto coletivo para escolha de delegados sindicais.
d) da concepção liberal, que estabelecia o princípio de representação do indivíduo pelo voto,
e do princípio corporativista que entendia a sociedade como um corpo composto majoritaria-
mente por grupos ligados ao mundo do trabalho e da produção econômica.
e) da concepção republicana, que postulava a escolha da constituição e a representação do in-
divíduo por meio de eleições diretas, e do princípio keynesiano que entendia a sociedade como
um organismo livre composto por indivíduos autorrepresentados.

033. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) As políticas desenvolvimentistas dos


anos 1950, levadas a cabo sobretudo nos governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubits-
chek, acabaram por gerar dois efeitos colaterais em termos socioeconômicos, perceptíveis
entre o fim dos anos 1950 e a década de 1960, tais como:
a) a crise do agronegócio monopolista, por causa da política de financiamento ao pequeno
produtor, e a favelização da periferia das grandes cidades, acompanhando a instalação de
grandes parques industriais.
b) a erradicação do analfabetismo, resultante de políticas nacionais de alfabetização, e a urba-
nização do Centro-Oeste, em virtude da abertura de estradas e núcleos de povoamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

c) o aumento dos índices de pobreza causado pela superexploração dos trabalhadores, e a dimi-
nuição da classe operária, uma vez que foram efetivados projetos de empreendedorismo rural.
d) o incremento de impostos e tributos, devido aos custos demandados para se construir Brasília, e a
devastação da Amazônia setentrional com vistas à ocupação demográfica e à exploração agrícola.
e) a intensificação da desigualdade inter-regional, causada pela concentração de investimentos no
centro-sul, e o aumento da migração interna, principalmente do Nordeste para o Sudeste do país.

034. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Expedidos entre 1964 e 1969, os atos Institucionais, regulamentados por atos complementa-
res, conferiam aos militares plenos poderes: fechar as Casas Legislativas, cassar mandatos
eletivos, demitir funcionários, suspender direitos políticos e aposentar e punir magistrados e
militares, entre outros. Diante disso,
a) ficaram estabelecidas eleições indiretas para governador e vice-governador, conforme
o Ato Institucional no 4.
b) o Congresso foi fechado pelo primeiro presidente militar, general Humberto de Alencar Cas-
telo Branco, com o Ato Institucional no 2.
c) foi apresentada a primeira lista de deputados federais cassados com a edição do Ato Institu-
cional no 5.
d) foram extintos todos os partidos políticos então existentes, pelo Ato Institucional no 2.
e) tiveram seus direitos políticos cassados os ex-presidentes João Goulart e Jânio Quadros,
em decorrência do Ato Institucional n. 2.

035. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Na história das lutas pelos direitos


humanos e pela igualdade racial no Brasil, o Movimento Negro Unificado teve importante papel
e foi um movimento social
a) inspirado em valores religiosos e humanistas, e integrado por afrodescendentes brasileiros,
defensores da ideologia da mestiçagem e do nacionalismo negro presente em outros movi-
mentos, como os Panteras Negras, nos anos 1960.
b) composto por militantes brancos e negros de esquerda, ligados ao Partido Comunista Bra-
sileiro, contra o apartheid racial defendido pelo regime militar.
c) idealizado em 1988, no clima de redemocratização e composto por jovens afrodescendentes
das periferias brasileiras que denunciavam o racismo e se baseavam no movimento hip hop.
d) criado por intelectuais e universitários negros, nos anos 1940, depois da queda do Esta-
do Novo, período em que Getúlio Vargas havia proibido a Frente Negra Brasileira, acusada
de ser comunista e subversiva.
e) fundado no final dos anos 1970, por militantes negros de esquerda, engajados no combate
ao racismo estrutural da sociedade brasileira e ao autoritarismo do regime militar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

036. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


A partir de meados da década de 1970, o combate ao regime militar acentuou-se, envolvendo
políticos da oposição e diversos setores da sociedade civil no rumo da retomada democrática.
Em 1978, o Ato Institucional no 5 foi revogado, e em agosto de 1979, foi sancionada a Lei da
Anistia, após manifestações populares em comícios, passeatas e atos públicos. O desgaste
do regime militar era visível, e as forças da oposição política, formando uma frente supraparti-
dária, apresentaram, em 1983, um projeto que mobilizou novamente a sociedade: a campanha
pelas “Diretas Já”, para mudar as regras da sucessão do general João Batista Figueiredo, com
a Emenda Dante de Oliveira. Votada em 26 de abril de 1984, sob forte clima de tensão, pois a
base de apoio político à ditadura ainda não se esfacelara, a Emenda
a) foi aprovada e, por isso, em 1985, Tancredo Neves foi eleito por voto popular.
b) recebeu votos contrários do PDT, que anteriormente a apoiara.
c) foi aprovada e, em seguida, vetada pelo presidente Figueiredo.
d) obteve número insignificante de votos dos deputados presentes.
e) foi rejeitada, pois não obteve a maioria necessária de dois terços dos votos.

037. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) Observe a charge abaixo.

O contexto de publicação desta charge foi marcado pela promulgação de uma nova constituição que
a) trazia, ideologicamente, medidas próximas às constituições de países socialistas, e que não
foram implementadas em função das heranças da Guerra Fria.
b) fortalecia bandeiras sindicalistas dos direitos sociais plenos, mas foram barradas pelo Con-
gresso Nacional, cuja maioria de deputados era conhecida como “entulho autoritário”.
c) prometia garantir a todos os brasileiros direitos sociais universais, que não foram cumpridos
devido a velhos conflitos entre liberais e socialistas.
d) consagrava os princípios da democracia e dos direitos sociais universais, em um momento
de crise econômica que dificultava a plena realização destes princípios.
e) era fortemente questionada pelos militares e pela grande imprensa, apesar da mobilização
popular pela aprovação do anteprojeto da Constituição.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

038. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Considere o texto a seguir:


Para implementar estas mudanças, o segundo governo republicano contou com uma série
de intervenções violentas das autoridades constituídas. Policiais derrubaram cortiços, já pre-
nunciando uma série de medidas, que alguns anos depois caracterizariam o autoritarismo do
“bota-abaixo” do governo Rodrigues Alves.
(SANTOS, Myriam S. A prisão dos ébrios, capoeiras e vagabundos no Início da era republicana. Revista TOPOI, v.
5, n. 8, jan.-jun. 2004, pp. 138-169)

O trecho acima está relacionado a uma das mais importantes revoltas sociais ocorridas no Rio
de Janeiro no início da República no Brasil, denominada Revolta
a) da Chibata, uma reação à violência policial que acompanhou as medidas saneadoras e mo-
dernizantes que marcaram a reforma urbana da capital.
b) da Vacina, protagonizada por grupos populares em reação às intervenções executadas pelo “bota-
-abaixo” e à imposição de medidas drásticas e, por vezes, violentas para vacinar a população pobre.
c) da Armada, que opôs a Marinha ao Exército, liderada por marinheiros negros que eram con-
tra as medidas antipopulares e a imposição de uma ditadura militar.
d) do Vintém, liderada por jovens cadetes da Escola Militar, inspirados pelo positivismo, com o
objetivo de implantar uma ditadura republicana modernizante.
e) do Bota-Abaixo, liderada por grupos monárquicos e católicos conservadores que se aprovei-
taram da insatisfação popular para tentar derrubar a jovem República.

039. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Considere o trecho da Constituição


Política do Império do Brasil, outorgada em 25 de março de 1824, por D. Pedro I:
TÍTULO 5: Do Imperador
CAPÍTULO 1: Do Poder Moderador
Art. 98: O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao
Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemen-
te vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio e harmonia dos mais Poderes Políticos.
Art. 99: A Pessoa do Imperador é inviolável, e sagrada: Ele não está sujeito a responsabili-
dade alguma.
(Disponível em: http://www.planalto.gov.br)

De acordo com essa Constituição, o Imperador passava a


a) zelar pelo Poder Executivo, que deveria moderar os outros poderes políticos (Legislativo e
Judiciário) e reagir a qualquer ameaça que recaísse sobre a independência nacional.
b) assumir o cargo de Chefe Supremo da Nação e, como tal, garantir o equilíbrio e a harmonia entre
todos os poderes que regiam o império: o Moderador, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
c) ocupar um cargo sagrado, por isso era escolhido pelos outros poderes para exercer o Poder
Moderador, ainda que estivesse sujeito à aprovação da Nação que representava.
d) honrar a condição de Primeiro Representante da Assembleia Nacional, responsável pelo
cumprimento da justiça, e isento de outras responsabilidades a fim de garantir internamente a
manutenção do novo sistema político que então surgia.
e) ser o detentor exclusivo do Poder que poderia interferir nos outros poderes políticos exis-
tentes (Executivo, Legislativo e Judiciário), sem estar sujeito a controles de natureza jurídica.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

040. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) O banditismo ou o cangaço é também outro


tema que, eleito pelo ‘discurso do Norte’ para atestar as consequências perigosas das secas
e da falta de investimentos do Estado na região, de sua não modernização, adquire uma co-
notação pejorativa que vai marcar o nortista ou o nordestino com o estigma da violência, da
selvageria. Aliás, esse medo do nortista e, especialmente, do homem de cor negra emerge com
a constante insubordinação dos escravos, importados do Norte para o Sul.
(ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 2011, p. 74)

De acordo com o excerto, o autor


a) aponta a seca e o atraso como causas do comportamento violento dos escravos.
b) considera a insubordinação dos negros a causa do banditismo.
c) defende a ideia de que o Norte é mais selvagem que o Sul.
d) critica o discurso depreciativo construído em torno do cangaço.
e) reforça a heroicização da violência individual do nortista/nordestino.

041. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) A Lei no 4.214, de 2 de março de 1964, conhecida como Estatuto do
Trabalhador Rural, foi produto de um contexto histórico marcado
a) pela pressão das multinacionais e grandes indústrias do setor urbano que desejavam estimular a
migração rural, e pela dificuldade do acesso à terra e aos direitos sociais por parte dos camponeses.
b) pela expansão do agronegócio no campo e pela política de grandes investimentos em tecno-
logia no setor rural, a qual reorientou a relação entre patrões e empregados agrícolas.
c) pelo sucesso de obras visando a integração nacional, como a Rodovia Transamazônica, e
pelo recuo da mobilização dos camponeses, que havia sido especialmente intensa entre os
anos 1950 e início dos anos 1960.
d) pela mobilização política dos trabalhadores rurais em defesa de direitos sociais e de acesso
à terra, e pela agenda reformista do governo trabalhista vigente.
e) pela perda de controle, por parte das autoridades, dos trabalhadores rurais sublevados, e
pelo recuo do governo trabalhista diante de pressões de grandes fazendeiros e latifundiários.

042. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) O Estatuto do Trabalhador Rural foi instituído durante o governo de
a) Juscelino Kubitschek, juntamente com a promulgação do Plano de Metas e de sua política
de desenvolvimento das regiões pouco urbanizadas do país.
b) Getúlio Vargas, após cobranças de juristas e da sociedade civil de que regulamentasse o
trabalho rural, visto que esse tema não havia sido contemplado suficientemente na CLT.
c) João Goulart, que, no bojo do projeto político que subsidiava as Reformas de Base, obteve apoio
no Parlamento para o encaminhamento de projeto de lei que regulamentava esse tipo de trabalho.
d) Jânio Quadros, que conseguiu apoio político para a aprovação de projetos voltados à legis-
lação trabalhista e previdenciária no campo, apesar de seu curto período de governo.
e) Eurico Gaspar Dutra, que buscou reparar algumas falhas da Constituição de 1946, a fim de deixar
suas marcas e combater a popularidade de seu antecessor, considerado o “pai dos pobres”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

043. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDA-


DE: HISTÓRIA/2018) Dentre as novidades apresentadas pela Constituição de 1988, incluem-se:
a) a licença maternidade de seis meses para as mulheres e o direito a greve a todos os trabalhadores.
b) a Lei Maria da Penha para coibir a violência doméstica e a jornada semanal de 40 horas semanais.
c) o voto obrigatório para maiores de 16 anos e o mandato presidencial de 4 anos, sem
direito à reeleição.
d) o seguro-desemprego e a definição do Estatuto da Igualdade Racial que regulamentou o
racismo como crime.
e) o direito ao voto para os analfabetos e a concessão de 13º salário para os aposentados.

044. (FCC/SAEB/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) A chamada “Política dos Governa-


dores” foi uma estratégia implementada pelo presidente Campos Salles (1898-1902) como for-
ma de resolver os conflitos entre o poder central e as forças políticas regionais que marcaram
o início da república no Brasil. Essa política foi
a) marcada por um conjunto de intervenções militares articuladas pelo Governo Federal nos estados
que se recusavam a apoiar as medidas nacionalistas e centralistas do Presidente da República.
b) produto de um pacto que implicava no apoio do governo federal aos grupos políticos domi-
nantes em cada estado, mesmo que estes se valessem de fraudes eleitorais, em troca do apoio
aos projetos do governo Federal no Congresso Nacional.
c) caracterizada pela troca de favores entre o Presidente da República e os governadores dos
Estados produtores de café, o que incluía a compra da safra excedente como forma de estabi-
lizar o preço deste produto no mercado.
d) consequência da imposição de uma política de Partido único, o Partido Republicano Federal,
proibindo que governadores de outros partidos concorressem aos governos estaduais.
e) resultado de uma revolta dos governadores estaduais do Norte e Nordeste contra a hegemo-
nia das oligarquias do Sul e Sudeste na política nacional.

045. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) Entre as causas da Revolta da Vacina (1904), encontram-se
a) as medidas autoritárias tomadas pelo governo estadual no processo de higienização da
cidade e as revoltas sociais causadas pelo “encilhamento”, política econômica que provocou
inflação, falências e desemprego no começo da República.
b) a indignação popular causada pela repressão ao levante dos marinheiros negros contrários
aos castigos corporais nos navios da Marinha de Guerra, e as barricadas urbanas decorrentes
da intervenção policial nos morros cariocas, em perseguição aos capoeiras.
c) a imposição de regras de moradia popular, com base na política sanitarista vigente, e a re-
belião popular organizada pelo partido monarquista, que acusava a República emergente de
anticonstitucionalismo e militarismo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

d) as tensões sociais urbanas causadas pelo deslocamento de populações pobres do centro


por causa das reformas urbanísticas do Rio de Janeiro e as tensões políticas envolvendo gru-
pos positivistas e liberais na Primeira República.
e) a insatisfação dos cariocas com a tentativa de golpe militar pelos partidários do Presidente
Prudente de Moraes, e a reação popular causada pela obrigatoriedade da vacinação contra a
Febre Amarela, extensiva a todos os bairros da cidade.

046. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Em 1º de abril de 1977, a despeito do discurso de abertura política “lenta e gradual”, o presiden-
te Ernesto Geisel (1974-1979), utilizando prerrogativas do Ato Institucional no 5 (AI-5), fechou
o Congresso e impôs emenda constitucional e decretos autoritários conhecidos como “pacote
de abril”. Dentre as medidas tomadas figurava
a) a eliminação dos cargos dos chamados senadores “biônicos” do MDB, eleitos indiretamente
por um colégio eleitoral.
b) o adiamento, para 1982, das eleições diretas para governador, previstas para 1978.
c) a prorrogação de seu mandato para seis anos, para garantir apoio do Congresso a seu sucessor.
d) a determinação para que a “Lei Falcão”, que restringia a propaganda eleitoral pelo rádio e
pela televisão, fosse aplicada apenas em eleições municipais.
e) a alteração do quórum (de maioria simples para dois terços) para votação das emendas
constitucionais pelo Congresso.

047. (FCC/CLDF/INSPETOR DE POLÍCIA LEGISLATIVA – ÁREA POLICIAL LEGISLATI-


VO/2018) Juscelino Kubitschek lançou o concurso para a escolha do Plano Piloto, o projeto
básico do desenho da Capital Federal, que teve Lucio Costa como vencedor. O arquiteto Oscar
Niemeyer, parceiro de Lucio Costa, foi integrado ao projeto por
a) ter trabalhado com Le Corbisier no projeto do Ministério da Educação do Rio de Janeiro,
Lucio Costa decidiu convidar seu antigo estagiário para trabalhar na construção de Brasília.
b) já ser componente da equipe de Lucio Costa, de quem fora estagiário e com ele já havia de-
senvolvido diversos projetos, inclusive colaborando com o arquiteto suíço, Le Corbusier.
c) ter vencido novo concurso para a escolha do segundo arquiteto. Pesou na escolha o seu
renome internacional.
d) ter recebido o Prêmio Pritzker, a mais alta distinção da Arquitetura, e ter se tornado um ar-
quiteto renomado internacionalmente.
e) ter trabalhado com Juscelino Kubitschek na construção do Complexo da Pampulha.

048. (FCC/SEC/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) O movimento abolicionista, no con-


texto dos anos 1880, foi
a) protagonizado por liberais de vários grupos sociais (trabalhadores e proprietários) que rei-
vindicavam o fim da escravidão e da Monarquia.
b) organizado exclusivamente por ex-escravos libertos e mulatos livres que assumiram o com-
bate à escravidão e apregoavam a democracia racial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

c) apoiado pelo governo imperial brasileiro para responder politicamente à pressão do governo
inglês, que combatia a escravidão e o tráfico.
d) patrocinado pelo Partido Republicano Paulista para impor a solução imigrantista e republi-
cana como saída para a crise da exportação de café.
e) composto por republicanos e monarquistas contrários à escravidão e defensores do direito
à cidadania do ex-escravo.

049. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Referindo-se à Constituição de 1891, José Afonso da Silva faz o seguinte comentário:

Ao retratar a distância entre os preceitos constitucionais e a política real, o texto permite con-
siderar que o coronelismo prevaleceu na política após a proclamação da República. Sobre o
tema abordado é correto afirmar que
a) o constitucionalismo republicano cumpriu suas funções essenciais, isto é, foi eficaz em re-
gular o poder realmente existente, garantindo a independência do chefe da nação, isolando-o
das pressões estaduais e das ingerências dos coronéis.
b) a relação direta entre os poderes locais, submetidos às práticas coronelísticas, impediu que
representantes de São Paulo exercessem a presidência da República nas primeiras décadas
após sua instauração.
c) o federalismo republicano deixou às claras que o poder do exército impunha, na “Primeira Re-
pública”, uma relação direta de poderes locais com o legislativo, por meio da ação dos coronéis.
d) na federação instituída pela Constituição de 1891, para não haver conflitos entre as diversas
esferas do poder estadual foi estimulada a participação das forças militares municipais, con-
troladas por seus coronéis, por representarem o maior poder local.
e) o federalismo instituído garantiu as bases do domínio oligárquico, fundado na propriedade
da terra e no controle eleitoral da população rural pelos chefes políticos locais.

050. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) A “Carta de Alforria” pode ser definida como um documento
a) registrado em cartório, que regularizava a manumissão do escravizado como uma prerroga-
tiva da Coroa.
b) oficial do Ministério da Justiça, que regularizava a manumissão do escravizado como uma
prerrogativa do senhor, desde que chancelada pelo Estado.
c) emitido pelo pároco local, que regularizava a manumissão do escravizado como uma prer-
rogativa da Igreja Católica, reservada a escravos batizados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

d) escrito, que regularizava a manumissão do escravizado como uma prerrogativa do senhor,


revogável a qualquer momento por este.
e) redigido à mão, que regularizava a manumissão do escravizado como uma prerrogativa das
Câmaras de Vereadores.

051. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE:


HISTÓRIA/2018) A IV República brasileira (1946-1964) foi marcada por algumas características pe-
culiares, sobretudo a partir dos anos 1950, tais como a ampliação do voto das classes populares,
a) a proposição de políticas nacionalistas e desenvolvimentistas por parte de vários governos
do período e o crescente conflito político entre conservadores e reformistas radicais.
b) o controle da política nacional por partidos oligárquicos regionais e as gradativas tensões e
disputas entre liberais e comunistas no que se refere à política econômica.
c) a inclusão do voto dos analfabetos, e a adoção de medidas reformistas no campo, a
fim de promover a inclusão dos camponeses no processo econômico e político, segundo
as orientações cepalinas.
d) a presença do Exército na política, conferindo um caráter autoritário e militarizado ao Es-
tado, e a criação de um sistema bipartidário nacional, com alguns consensos em relação às
metas econômicas.
e) a adoção de políticas estatizantes, envolvendo a criação de bancos e parques industriais, e
a participação de delegados de centrais sindicais no Congresso Nacional como forma de apa-
ziguar as reivindicações populares.

052. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Em 2017, vários órgãos da imprensa destacaram os cem anos da primeira grande greve geral no
país. Referiam-se à greve geral do operariado de São Paulo de 1917, manifestação até então nunca
vista no Brasil. Algumas matérias destacaram a presença das mulheres no episódio, pois, de fato,
representavam parte expressiva da força de trabalho, sobretudo na indústria têxtil. E foi no Cotonifí-
cio Crespi que a greve começou, depois que a diretoria da fábrica tinha se recusado a conceder um
aumento entre 15 e 20% do salário e a abolir a extensão da carga horária noturna, que afetava prin-
cipalmente as mulheres. A greve assumiu grandes proporções, paralisando a cidade. Houve forte
repressão policial, com a morte de operários. Pela grande repercussão na imprensa e pelas manifes-
tações dos poderes públicos, tornou-se objeto de estudo privilegiado sobre a condição de trabalho
e legislação da época. Sobre o tema é correto afirmar que
a) a greve não obteve apoio popular, por ter ocorrido no momento em que as preocupações
maiores da sociedade eram com a guerra mundial.
b) a liderança grevista impedia a manifestação de operários estrangeiros, pois os considerava
concorrentes aos postos de trabalho.
c) a greve derrotada, por ser exclusivamente local, não teve maiores repercussões no movi-
mento operário brasileiro da época.
d) a greve de São Paulo, vitoriosa, serviu de motivação para outros movimentos semelhantes,
de 1917 a 1919, e para o amadurecimento das associações sindicais.
e) a liderança da greve rechaçou a participação das centenas de mulheres da indústria têxtil,
provocando a cisão interna do movimento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

053. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Apesar da existência de manifestações anteriores, inclusive no Império e na Primeira Repúbli-
ca, é a partir da década de 1950 que a mobilização dos trabalhadores rurais cresce e ganha
força e visibilidade, com a luta por direitos trabalhistas e pela posse da terra, impondo-se ao
debate político no centro de decisões do país. Entre os movimentos rurais organizados mais
conhecidos estão as Ligas Camponesas, que renasceram em meados dos anos 1960 e dina-
mizaram suas ações sob a liderança de Francisco Julião, e o Movimento dos Trabalhadores
Rurais sem Terra (MST), criado em 1984. Sobre tais movimentos é correto afirmar que
a) as Ligas Camponesas espalharam-se por todo o país até 1970.
b) têm em comum a luta pela reforma agrária como principal objetivo.
c) ambos têm representantes em partidos políticos atuais.
d) o MST busca conscientizar os trabalhadores sobre as vantagens do agronegócio.
e) ambos buscaram aliança com os latifundiários para defender a agricultura.

054. (FCC/MPE-RN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010)


No processo de conquista da Capitania do Rio Grande do Norte, a construção do Forte dos Reis
Magos em 1598 como marco definitivo da posse territorial ibérica e fundação de uma pequena po-
voação em 1599, reforçaram a presença física e cultural do homem branco na região. No entanto,
não foi fácil o relacionamento entre os portugueses e os índios potiguaras, pois os laços de alianças
que existiam entre estes e os franceses eram muito fortes, devido ao sistema de escambo.
(Adaptado de http://www.cerescaico.ufrn.br/rnnaweb/historia/ colonia/conquista.htm acesso em 27/04/2010)

De acordo com o texto, a dificuldade no relacionamento entre portugueses e indígenas devia-


-se ao fato de o sistema
a) provocar uma intensa resistência indígena ao trabalho de extração do pau-brasil e um trata-
mento bastante violento e opressivo dos franceses para com os indígenas.
b) criar um verdadeiro clima de guerra e tensão entre índios e portugueses, em virtude da ne-
cessidade de mão de obra nativa na produção de alimentos para os franceses.
c) restringir o lucrativo comércio de mão de obra escrava entre os portugueses e os índios po-
tiguaras nas plantações de cana-de-açúcar e nas áreas litorâneas da capitania.
d) dificultar a existência de trabalho compulsório como imposição dos portugueses e facilitar
o convívio e as relações de troca entre índios e franceses.
e) impedir a conquista portuguesa do território brasileiro e a ampliação de novos espaços de
terras para a produção de mercadorias de alto valor no comércio interno.

055. (FCC/SEPLAG/POLÍCIA MILITAR/MG/PROFESSOR – HISTÓRIA/2012) Leia o


texto abaixo:
Logo depois do “Grito do Ipiranga”, fazia-se imprescindível investir o novo governante do país
com as suas reais atribuições. (...) Se D. Pedro era alçado à condição de cabeça e coração do
império, era necessário que todo o corpo político (...) soubesse dessa mudança e se reconhe-
cesse como parte desse mesmo corpo (...). Logo, urgia estabelecer um elo de continuidade
entre o soberano e o súdito, a cabeça e os membros, o coração e o corpo, entre o Brasil e a sua
gente. (Iara Lis Carvalho Souza. Pátria coroada. São Paulo: Editora da UNESP, 1999. p. 256)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

O texto trata das preocupações que então nortearam o processo de consolidação do Brasil
como país independente. O país que surgiu desse processo caracterizava-se pela
a) intervenção política de grupos populares, sobretudo nas áreas distantes dos centros urbanos,
voltada para sua legitimação e a imposição de uma ordem social baseada na tradição europeia.
b) adoção de um projeto de civilização pactuado entre os diversos grupos sociais do país, que
tinha por base a mescla das culturas americana e europeia.
c) formação de um corpo social marcado pela ausência da cidadania e a exclusão de grande parte
da população, em especial negros, dos quais se esperava comportamento passivo e amorfo.
d) presença vitoriosa no cenário político de grupos até então excluídos e mobilizados em torno
de líderes populares, contrários à ordem social excludente defendida pelas elites.

056. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Considere as informações abaixo.

“O rei se diverte”. Charge de Faria, na Revista Mequetrefe, ano IV, n. 121, 09/01/1878. Disponível em: https://ensi-
narhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-reinado-critica-com-humor-e-ironia.

Lê-se a palavra Diplomacia no vestido da anciã que empurra a engrenagem, e as palavras “Par-
tido Liberal” no vestido da moça montada a cavalo, que pronuncia “Ganhei”
A charge acima satiriza um aspecto político importante do Segundo Reinado, a saber:
a) a opção do imperador em resolver pacificamente os graves conflitos entre os Partidos Li-
beral e Conservador, como o impasse em relação à abolição da escravatura, por meio de sua
habilidade diplomática.
b) a impotência de Pedro II diante da conspiração política tramada por conservadores e libe-
rais, no contexto da crise do Império, quando a monarquia estava decadente.
c) a contínua alternância no poder entre o Partido Conservador, cujos membros eram conhe-
cidos como Saquaremas, e o Partido Liberal, os Luzias, com a chancela do Imperador, que
negociava com ambos.
d) o rígido controle que Pedro II exercia sobre os partidos políticos, tratados como marionetes,
por meio do exercício do Poder Moderador e do apoio militar.
e) as seguidas vitórias dos liberais, que defendiam uma pauta republicana, sobre os conserva-
dores, ligados aos interesses da monarquia portuguesa, diante da incapacidade de Pedro II em
sustentar seu poder no Império.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

057. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) No início do século XIX, o Império


Britânico era hegemônico em termos comerciais e militares, e passou a combater o tráfico de
escravos principalmente por causa
a) da ameaça que os traficantes negreiros exerciam sobre a Marinha inglesa, uma vez que
ditavam as regras nos entrepostos comerciais e sistematicamente atacavam e pilhavam, com
suas embarcações fortemente armadas, os navios mercantes britânicos.
b) da combinação de interesses relacionados ao processo de industrialização e expansão dos
mercados, de pressões da opinião pública interna e de demandas de representantes das colô-
nias britânicas no Parlamento, então prejudicados por concorrentes estrangeiros.
c) da independência das Treze Colônias que, ao se tornarem os Estados Unidos da América,
aboliram formalmente a escravidão e o tráfico em suas terras, criando uma economia forte,
com uma indústria em expansão que se tornava potencialmente competitiva com a Inglaterra.
d) do crescimento econômico do Império do Brasil, cuja elite comercial dominava o tráfico
atlântico de escravos, utilizando seus enormes lucros em investimentos agrícolas e fabris que
ameaçavam os interesses comerciais britânicos na América do Sul.
e) dos propósitos ingleses na África subsaariana, onde visavam expandir suas colônias, alian-
do-se, para isso, aos reinos locais que lutavam contra os traficantes portugueses e espanhóis.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

GABARITO
1. b 37. d
2. e 38. b
3. b 39. e
4. d 40. d
5. d 41. d
6. a 42. c
7. a 43. e
8. a 44. b
9. c 45. d
10. e 46. b
11. b 47. e
12. e 48. e
13. a 49. e
14. d 50. d
15. d 51. a
16. d 52. d
17. b 53. b
18. d 54. d
19. e 55. c
20. d 56. c
21. c 57. b
22. e
23. c
24. c
25. d
26. a
27. b
28. c
29. a
30. a
31. d
32. d
33. e
34. d
35. e
36. e

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

GABARITO COMENTADO
001. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Uma das formas de ocupação do território
baiano se deu por meio das entradas. Essas expedições
a) aconteciam, no século XVI, com o aval da Coroa, para viabilizar a instalação das Capitanias
e garantir o abastecimento de mão de obra, mas foram regulamentadas localmente, no século
seguinte, de modo que se restringissem ao mapeamento e delimitação das fronteiras.
b) ocorreram durante o século XVI e início do XVII, contribuindo para a ocupação do interior do
território e o aprisionamento de índios para a exploração de sua força de trabalho; sendo ainda
empreendidas mesmo após a chegada das primeiras levas de escravos africanos.
c) objetivavam explorar o território a fim de identificar possíveis focos de minérios; eram or-
ganizadas localmente e de forma independente pelos colonos, sendo por isso, extintas pelo
Governo Geral em meados do século XVI.
d) foram especialmente abundantes no século XVIII; ocorriam em represália a ataques indíge-
nas e contavam com o apoio dos jesuítas, no contexto da chamada Guerra Justa, resultando,
concomitantemente, na fundação de fortalezas e vilas.
e) resultaram em práticas costumeiras de extermínio indígena, como as “guerras aos bárba-
ros”, obrigando o Governo Geral a formular leis de proteção aos mesmos, por pressão da Igreja
Católica, e a substituir oficialmente as entradas pelas bandeiras no início do século XVII.

Entradas: envolviam a organização do governo português na realização de expedições que


buscavam a apresamento de índios e a prospecção de minérios. Chegando ao século XVII,
momento em que o açúcar vivia uma acentuada crise e o governo português se recuperava do
domínio espanhol, as autoridades coloniais incentivavam tais ações exploratórias na esperan-
ça de descobrirem alguma outra atividade econômica capaz de ampliar os lucros da Coroa.
Letra b.

002. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Considere os dois excertos a seguir:


I – (...) as sociedades de estamentos, em geral, apresentam uma mobilidade mínima, tanto ho-
rizontal quanto vertical. A sociedade colonial, ao contrário, configura uma sociedade estamen-
tal com grande mobilidade, e é essa conjunção surpreendente e mesmo paradoxal de clivagem
com movimentação que marca a sua originalidade. (NOVAIS, Fernando. “Condições da priva-
cidade na colônia”. In: MELLO e SOUZA, Laura (org). História da vida privada no Brasil, v. I: co-
tidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 30)
II – (...) cristalizaram-se na América Portuguesa múltiplas manifestações de religiosidade pri-
vada. A abundante diversidade (...) explica-se antes de mais nada, pela multiplicidade dos esto-
ques culturais presentes desde os primórdios da conquista e ocupação do Novo Mundo, onde
centenas de etnias indígenas e africanas prestavam culto a panteões os mais diversos. (MOTT,
Luiz. Cotidiano e vivência religiosa: entre a capela e o calundu. In: MELLO e SOUZA, Laura (org.)
História da vida privada no Brasil, v. I: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São
Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 220)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

A sociedade baiana no período colonial compartilha as características enfatizadas nos trechos


acima. Os trechos I e II, referem-se, respectivamente, a
a) equilibrada democracia social; e a cristalização de manifestações étnico-religiosas.
b) relativa mobilidade social; e a densa formação de estoque cultural por meio da conquista.
c) grande clivagem cultural; e a forte religiosidade no âmbito da vida privada.
d) configuração estamental horizontal e vertical; e a singular unidade identitária.
e) combinação ambígua de clivagem e mobilidade sociais; e a diversidade de cultos e crenças.

Os textos listados permitem a interpretação para resolução. Clivagem, grosso modo, refere-se
ao estamento, às divisões de classes.
Letra e.

003. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Considere as afirmações abaixo acerca dos


mecanismos de mobilidade social na Bahia, durante o período colonial:
I – O acesso a cargos e recompensas, associado a maior facilidade para a obtenção de terras e
escravos, foram fatores fundamentais para a consolidação do patrimônio da elite colonial baiana.
II – Por compra ou por casamento com a filha de um senhor era possível um comerciante
português tornar-se um senhor-de-engenho, mas era indispensável ter dinheiro, boa conduta e
“sangue puro”, ou seja, não ter sangue de “mouro”, judeu ou negro.
III – Em conjunturas de guerra, os líderes indígenas negociavam suas alianças em troca de be-
nefícios que iam além de ganho material, abrindo espaço para uma ascensão social ilimitada.
IV – Os escravos desenvolveram diversas estratégias de sobrevivência e resistência, dentre as
quais a constituição de pecúlio para a compra de suas alforrias.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I e II.

Esta questão traz formas de mobilidade social que não discuti na parte teórica. Note que as
afirmativas I, II e IV indicam as principais formas de ascensão social
Afirmativa III: Errada. Ainda que conseguisse algum prestígio graças ao patrimonialismo português,
sua ascensão política era limitada à ocupação de algum cargo ou ocupação de comando dos seus.
Letra b.

004. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) O Estado brasileiro, no período após


a independência e antes da proclamação da República, tinha como características políticas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) a disputa constante de poder entre um partido conservador, monarquista, e outro liberal,


republicano, e problemas legais de indefinição das fronteiras no sul do território brasileiro.
b) a existência de um exército nacional forte, responsável por anexações de territórios originais
da América Hispânica, e oferta de ensino público e universal.
c) a ausência de separação entre Igreja e Estado, e a vigência do Código Manuelino como
lei geral do Brasil.
d) a sucessão de governos parlamentares, sob tutela monárquica, que buscaram assegurar a ma-
nutenção do trabalho escravo, e a ocupação de cargos políticos por representantes da maçonaria.
e) o vínculo formal com Portugal, uma vez que não se tratava de um estado soberano e sim de
“Reino Unido”, e a tradição do voto censitário nas eleições municipais.

Lembre-se de que D. Pedro e D. Pedro II foram maçons. Ademais, funcionou no Segundo Reina-
do o “Parlamentarismo às Avessas”, garantindo o poder nas mãos do Imperador.
Letra d.

005. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) No dia 29 de março de 1549, o fidalgo portu-


guês Tomé de Souza desembarcou na Baía de Todos os Santos, no Porto da Barra, iniciando a
implantação do Governo Geral na Colônia. A partir daí,
a) foi implementado um auxílio do governador aos povos indígenas, que tiveram proteção das
autoridades régias contra a escravização promovida pelos colonos, ficando legalizada a proibi-
ção dessa prática em solo baiano.
b) ficou estabelecido o fim das Capitanias Hereditárias, especialmente após o trágico episódio
ocorrido com o donatário da capitania da Baía de Todos os Santos, Francisco Pereira Coutinho,
morto pelos Tupinambás em Vila Velha, em 1546, em um ritual antropofágico.
c) passou a ser construída a Cidade do São Salvador, que foi projetada pelo construtor Luís
Dias para funcionar como sede do Governo Geral na América lusitana, com prédios imponen-
tes construídos na Cidade Baixa, devido ao fácil acesso ao mar.
d) houve a implantação de um sistema centralizado de poder, por meio do qual o Governador
Geral, situado na Cidade do São Salvador, passava a fiscalizar e organizar a Colônia, sendo
auxiliado pelo Provedor-Mor, Ouvidor-Mor e Capitão-Mor.
e) chegaram padres Jesuítas que foram os mais importantes missionários na atuação reli-
giosa na Bahia, priorizando a formação educacional dos nativos e permitindo aos autóctones
autonomia para permanecer com suas crenças e costumes.

Tomé de Souza foi enviado ao Brasil em 1549 como primeiro governador-geral. Ao se instalar,
ele criou os cargos de ouvidor, capitão-mor e provedor-mor.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

006. (FCC/TRT 5ª REGIÃO – BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2013)


A ocupação da região da Chapada Diamantina, inicialmente habitada pelos índios Maracás, re-
monta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, por volta de 1700, quando foi en-
contrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos bandei-
rantes e exploradores. Em 1844, a colonização é impulsionada pela descoberta de diamantes
valiosos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se
espalham pelas vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza. A atividade agropecuária
tomba diante da opulência do garimpo.
Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São
mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como
o tamanduá-bandeira. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do
séc. XX, atua como órgão protetor de toda essa exuberância.
(Adaptado de: www.bahia.com.br)

Considerando-se o contexto, há relação de causa e consequência, respectivamente, entre:


a) A exploração de minérios e o declínio da atividade pecuária.
b) A descoberta de diamantes nos arredores do Mucugê e a chegada dos bandeirantes.
c) A chegada dos jesuítas e a aceleração da atividade agropecuária.
d) A ocupação da Chapada Diamantina pelos Maracás e a descoberta do ouro na região.
e) O enriquecimento das vilas e a preservação da biodiversidade na região.

Questão de interpretação. Os dois textos listados pelo examinador indicam que a descoberta
de minérios contribuiu para o declínio da atividade pecuária.
Letra a.

007. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Acerca das atividades econômicas e as di-


nâmicas mercantis na Bahia colonial, é correto afirmar:
a) A dinâmica do comércio transatlântico, ampliada pelo tráfico de escravos de Angola para
a Bahia, contou com a participação de agentes de negócios, homens envolvidos diretamente
com o comércio de mercadorias.
b) A política econômica da cidade de Salvador a colocou em uma posição central no interior do
Império Português, tendo sido a capital da colônia até 1863, ano em que foi feita a transferên-
cia para a cidade do Rio de Janeiro.
c) O açúcar, principal gênero de exportação da economia baiana, era produzido em um vasto comple-
xo socioeconômico sob um regime de mão de obra formado predominantemente por homens livres.
d) O tabaco, único produto colonial que combinava a produção em grande escala com a importação
do produto beneficiado, era cultivado por grandes produtores, senhores de homens e terras.
e) A mandioca, utilizada para o fabrico da farinha, era a lavoura de subsistência mais ampla-
mente cultivada nas capitanias de Ilhéus e Porto Seguro, e a farinha um componente indispen-
sável do regime alimentar baiano.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

Para que ocorresse a travessia de escravos no Atlântico muitas relações comerciais tiveram
que se estabelecer, de tal modo que comerciantes lidavam com a importação, a exportação e
a distribuição interna das “mercadorias” com as Companhias de Comércio.
Letra a.

008. (FCC/SAEB/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) Segundo pesquisas históricas sobre a


escravidão, nos primeiros quatro meses de 1852, de um total de 1660 escravos chegados ao Rio
de Janeiro e vindos de outras partes do Brasil, 1376 eram oriundos dos portos da chamada região
Norte do Império (que abarcava, à época, o atual Nordeste), sendo 691 provenientes da Bahia.
(Dados adaptados de: MOURA, Clóvis (org.). Dicionário da Escravidão no Brasil. Edusp, 2005, p. 396)

Entre as causas do crescimento do tráfico interprovincial, no período mencionado e com as


características descritas acima, estão
a) a repressão ao tráfico internacional pela Lei Eusébio de Queiróz, a abundância de escravos
na Bahia, destino importante na rota do tráfico internacional, e o crescimento da economia
cafeeira no Sudeste.
b) a crise da produção canavieira na costa litorânea nordestina, a resistência africana aos tra-
ficantes e o baixo preço do escravo oriundo da Bahia.
c) o excedente de mão de obra em algumas províncias, como a Bahia, a facilidade da navegação
de cabotagem e a necessidade de braços para expansão das ferrovias no eixo Rio-São Paulo.
d) o controle exercido pela Inglaterra após a Lei Bill Aberdeen, a mudança do eixo econômico,
do nordeste para o sudeste, com a recente descoberta de ouro, e o aumento da procura por
escravos urbanos existentes na Bahia.
e) o cumprimento da Lei Feijó, que proibia a compra de escravos ultramar, o interesse do governo
imperial em diminuir a população negra baiana e o surgimento de engenhos na região sudeste.

O tráfico interprovincial de escravos se desenvolveu graças à repressão ao tráfico internacio-


nal, a abundância de cativos na Bahia e o desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste.
Letra a.

009. (FCC/SEC/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) Considere abaixo o trecho do Hino


da Inconfidência Baiana.
Igualdade e liberdade / No sacrário da Razão / ao lado da Sã Justiça / Preenchem meu coração /
(...) Se este dogma for seguido (...) e assim que florescido / tem na América a Nação / Assim flutue
o pendão dos franceses / que a imitaram / depois que afoitos, entraram / no sacrário da Razão.
(Apud MOURA, Clóvis. Dicionário da Escravidão Negra no Brasil. Edusp, 2004, p. 205)

O trecho revela as seguintes influências da chamada Inconfidência Baiana (1798), também


conhecida como Conjuração Baiana e Revolta dos Búzios:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) o Império Napoleônico e o positivismo, escola que cultuava a ciência como Razão universal.
b) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, e a Justiça praticada pela Maçonaria,
como exemplos da defesa da igualdade em nome da Razão.
c) a Revolução Francesa e o iluminismo, corrente que cultuava a Razão como valor universal.
d) a Revolução Pernambucana e o nacionalismo como exemplos de libertação racional dos
povos contra a escravidão e o colonialismo.
e) o liberalismo e a religião calvinista, crença que considerava Deus como símbolo da Justiça
e da Razão.

O trecho “Igualdade e liberdade” remete ao lema da Revolução Francesa (igualdade, liberdade


e fraternidade). O trecho “No sacrário da Razão” remete ao Iluminismo.
Letra c.

010. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Considere os seguintes trechos:


[…] dos fins de 1793 para começo de 1794, até julho, agosto-setembro de 1797, atuou na Cida-
de do Salvador um pequeno grupo de “homens de consideração”, brasileiros que repudiavam a
exploração colonial e sentiam atração pela França das ideias democrático-burguesas […].
[…] homens livres, mas socialmente discriminados, mulatos, soldados, artesãos, ex-escravos
e descendentes de escravos, conceberam a ideia de uma república que garantisse igualdade.
São eles que estão falando em levante em 1798.
(TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Sedição Intentada na Bahia em 1798: A Conspiração dos Alfaiates.
São Paulo, Pioneira; Brasília, INL, 1975, p. 95-96)

O autor faz uma análise da Conjuração Baiana de 1798, também conhecida como Revolta dos
Búzios, indicando que existiram duas fases do movimento. Nesse sentido,
a) o mestre alfaiate, João de Deus do Nascimento, foi um rebelde que representou os grupos
identificados às duas fases do movimento, pois era pardo, letrado e com uma posição social
de destaque nos fins do século XVIII.
b) os “homens de consideração” eram brancos letrados que protagonizaram a primeira fase do
movimento rebelde, encampando uma luta explícita pela liberdade e igualdade social na Bahia.
c) as ideias democrático-burguesas defendidas pelos “homens de consideração”, em apoio ao
catolicismo e à monarquia, ficaram conhecidas neste contexto baiano como as “francesias”.
d) o cirurgião prático e lavrador, Cipriano José Barata de Almeida, foi um legítimo representante
do grupo que protagonizou a segunda fase do movimento rebelde baiano de 1798.
e) a condição social e racial influenciou a condenação dos homens que foram mortos na Praça
da Piedade, em 8 de novembro de 1799, após a segunda fase do levante.

Foram duas fases: a da conspiração e a da repressão. Na repressão evidenciou-se o caráter


racista das condenações.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

011. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Em 2 de julho de 1823, a Bahia celebrou


mais um triunfo nas lutas em prol da independência do Brasil, em um processo que envolveu
pronunciamentos, articulações, aclamações e batalhas. Muitos indivíduos combateram pela
libertação, da qual nem todos usufruíram plenamente. Sobre esse episódio,
a) a Batalha de Itaparica, em 7 de janeiro de 1823, foi liderada pela negra Maria Filipa, que
incendiou navios lusitanos, conseguindo com essa proeza mais uma vitória para os baianos,
sendo por isso alforriada junto com os escravizados da Ilha “Intrépida e Denodada”.
b) o Dois de Julho representou o processo de lutas na Bahia em prol da liberdade político-e-
conômica que se almejava no período, não contemplando a liberdade social, pois os negros
escravizados não se tornaram cidadãos após o vitorioso desfecho.
c) a chegada do brigadeiro Ignácio Madeira de Melo foi um reforço para os habitantes de Salva-
dor, que tiveram que pegar em armas para lutar contra o jugo português em fevereiro de 1822,
vencendo as batalhas sob a liderança da sóror Joana Angélica.
d) a Batalha de Pirajá, ocorrida em 8 de novembro de 1822, foi um revés na campanha do Exér-
cito Libertador, pois os baianos sofreram uma dura derrota para as tropas lusitanas, devido às
ações do cabo corneteiro Luís Lopes.
e) a batalha em Cachoeira ocorreu em 25 de junho de 1822, quando os baianos venceram os
lusos e aclamaram Pedro I como regente do Brasil, seguindo-se um ciclo de vitórias finalizado
com a batalha de Dois de Julho, na capital, selando definitivamente a independência.

a) Errada. Não consta que Maria Felipa tenha liderado a Batalha de Itaparica. Os heróis da “In-
dependência do Brasil na Bahia” são: Maria Quitéria; Joana Angélica; Corneteiro Lopes; João
das Botas. De todo modo, existe a história do incêndio das embarcações portuguesas por ação
do grupo de Maria Felipa, e esse evento faz parte do contexto das lutas contra os portugueses
na transição do Brasil Colônia.
b) Certa. O 2 de julho de 1823 na Bahia foi uma data de luta pela Independência do Brasil.
c) Errada. A freira Joana Angélica foi martirizada por se interpor à entrada no convento por par-
te dos soldados portugueses. O erro está no trecho “batalhas sob a liderança da sóror Joana
Angélica”, pois ela não exerceu essa liderança.
d) Errada. Os baianos, muitos deles índios e negros, aliados às forças navais brasileiras, resistiram
contra os portugueses. O grande herói das forças imperiais brasileiras no cerco naval na Baía de To-
dos os Santos foi o mercenário Thomas Cochrane. A primeira e Independência do Brasil na Bahia foi
a Batalha de Pirajá. Por ordem: Primeira Batalhas em Cachoeira, em junho de 1822; Segunda Batalha
de Pirajá, em 08/11/1822; e Terceira Batalha de Itaparica, em 07/01/1823
e) Errada. A Batalha de Cachoeira foi a primeira. Posteriormente, ocorreram as batalhas de
Pirajá e Itaparica.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

012. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) O episódio conhecido como a Revolta dos Malês
a) contou com a participação de irmandades católicas e ordens terceiras, organizações religiosas
leigas que atuavam na estratégia de ajuda coletiva e fortalecimento político dos seus integrantes.
b) foi organizado por africanos muçulmanos de diferentes etnias, com protagonismo de nagôs
e hauçás, em um momento de expansão do islamismo, a força religiosa hegemônica na Bahia.
c) pautou-se por bandeiras radicais que previam a abolição da escravidão como sistema de trabalho,
a criação de uma república na Bahia e o fim das clivagens sociais entre escravos e libertos.
d) representou uma conquista importante para os escravos urbanos, pois os rebeldes conse-
guiram revogar a postura municipal que os obrigava a usar uma chapa de identificação.
e) expressou a solidariedade entre africanos, revelando laços étnicos e religiosos que serviram
de combustível à rebelião, desafiando o sistema escravista.

Este evento histórico serviu para aprofundar o segregacionismo ideológico da sociedade


baiana, pautado nas crenças culturais de fundo religioso, pois tornou-se um evento de
conflito entre negros e brancos.
Letra e.

013. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Fenômenos sociais como a Revolta de Canu-


dos e o Cangaço, no Nordeste, são explicados historicamente por diversos fatores, tais como
a) miséria e descaso do poder público com as populações sertanejas, expostas à intensa vio-
lência de diversas ordens e atraídas por movimentos que prometiam condições de vida dife-
rentes e/ou a sensação de proteção.
b) seca prolongada, a exploração do trabalho e a falta de perspectiva de futuro, motivos que
levavam os sertanejos a lutarem por uma sociedade igualitária e democrática, objetivo das
ações de ambos os movimentos.
c) falência do coronelismo, em um momento em que esse tipo de poder era obrigado a ceder
espaço às forças federais republicanas, que desestruturaram as elites locais e o sistema de
apadrinhamento então vigente.
d) crise econômica e política provocada pela queda do preço do açúcar no mercado interna-
cional, acompanhada de migrações para o norte e da fuga de famílias inteiras que passaram a
integrar bandos e comunidades religiosas, em busca de subsistência.
e) crescente politização da população de baixar renda após as revoltas ocorridas durante o
Segundo Reinado, repercutindo em levantes contra o Império, contra o mandonismo local e
contra o catolicismo.

Foi a miséria da população que sofria a violência do coronelismo que levou os sertanejos a
abraçarem movimentos que prometiam uma vida melhor.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

014. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) A Revolta de Carrancas e a Revolta


dos Malês foram, respectivamente:
a) uma revolta de fazendeiros falidos de Minas Gerais contra a lei que proibia o tráfico de escravos
e uma revolta da população urbana de Salvador a favor do fim do tráfico, em meados do século XIX.
b) uma insurreição de alforriados no Rio de Janeiro pelo direito de retornarem à África e uma
rebelião de escravizados muçulmanos, na Bahia, em defesa da liberdade religiosa, ambas da-
tadas do começo do século XIX.
c) uma rebelião de escravizados e quilombolas, no interior de São Paulo, e uma revolta de “es-
cravos de ganho” em Salvador, ambas na década de 1840, que contribuíram para a abolição do
tráfico interno de escravos alguns anos depois.
d) uma revolta que ocorreu na província de Minas Gerais e outra que ocorreu na Bahia como
expressões da resistência dos escravizados, ambas na década de 1830, marcadas por violên-
cia e forte repressão das autoridades.
e) uma rebelião urbana de escravizados ligados à atividade mineradora, em Vila Rica, e uma
revolta rural de escravizados que trabalhavam em engenhos de cana-de-açúcar, no Recôncavo
Baiano, ambas ocorridas na década de 1870.

A Revolta dos Malês foi inspirada na Revolução do Haiti, ocorreu em Salvador. Foi composta por mu-
çulmanos malês, negros da etnia hauçá. Ocorreu em 1835 e foi a maior revolta de escravos do país.
Revolta de Carrancas ocorreu em 1830e foi inspirada na Revolução do Haiti, A revolução no Haiti
causou um grande temor nas classes mais poderosas nos países da América do Sul, pois a tomada
de poder pela classe tida como subalterna foi possível em um país bem próximo.
Letra d.

015. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) Considere o texto abaixo:


Negro da Guiné e gentio da Guiné foram as primeiras designações utilizadas para marcar a
origem dos escravos africanos chegados à Bahia no século XVI. Mais do que um registro de
procedência, estas expressões queriam significar a condição mesma de escravo na linguagem
corrente da época. Seu uso se generalizara em Portugal, desde o final do século, quando o trá-
fico de escravos começou a se transformar na mais potente empresa comercial daquele país.
A multiplicidade cultural da África passava a ser ignorada pelos portugueses na razão direta
em que o caráter de mercadoria se incorporava ao conjunto da população.
(OLIVEIRA, Maria Inês Côrtes de. Quem eram os “Negros da Guiné”? A origem dos africanos na Bahia. Salvador,
Revista Afro/Ásia, 19/20, 1997, p. 37)

De acordo com a autora,


a) as designações “Negro da Guiné” e “gentio da Guiné” identificavam os crioulos trazidos para
os engenhos de cana do Recôncavo, região de maior rentabilidade comercial para os lusos.
b) os primeiros escravizados que desembarcaram na Bahia após o sequestro no continente
africano foram oriundos da Costa Oriental da África, onde havia homogeneidade de povos.
c) o termo “Negro da Guiné” representa uma visão pluralista, usada pelos comerciantes de es-
cravos para identificar os nativos africanos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

d) os escravos traficados para Bahia foram classificados a partir de uma visão homogeneiza-
dora, que desprezava a multiplicidade dos povos africanos.
e) o “gentio da Guiné” era o escravizado, que ao chegar em solo baiano, passava a ser identificado
por seus traços culturais, preservando-se o nome original do povo africano ao qual pertencia.

Questão interpretativa. O texto do enunciado indica a visão estereotipada do sobre o africano.


Letra d.

016. (FCC/SAEB/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) O processo de separação política


entre Brasil e Portugal teve contornos específicos na Bahia, uma vez que ali ocorreu
a) um enfrentamento entre os grupos nativistas de proprietários rurais e os comerciantes por-
tugueses, que se transformou em uma guerra separatista que visava proclamar a república na
Bahia e separá-la do Império do Brasil.
b) uma violenta rebelião popular, seguida do acordo entre os grupos nativistas e os por-
tugueses apoiados por D. Pedro I, com o objetivo de pacificar e reunificar a Bahia sob o
comando das Cortes Portuguesas.
c) uma guerra civil de grandes proporções, que dividiu, de um lado, os grandes proprietários
que contavam com apoio do Rei de Portugal, e, de outro, homens livres pobres, com apoio das
Cortes Portuguesas e dos jacobinos franceses.
d) um conflito armado entre grupos locais, apoiados por tropas enviadas por D. Pedro I, e as
tropas portuguesas, que visavam impedir a consolidação da independência da América Portu-
guesa, sob o controle do Rio de Janeiro.
e) uma revolta da população negra liderada por escravos muçulmanos que lutavam por aboli-
ção e não aceitavam a religião católica como religião oficial do novo Império do Brasil.

A Bahia tentou se separar do resto do Brasil porque os portugueses que lá moravam não acei-
taram a independência proclamada por D. Pedro.
Letra d.

017. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) As lutas pela independência na Bahia foram


revestidas de acirradas polarizações políticas e tensões sociais. Um episódio que evidencia as
forças militares envolvidas e parte do impacto social resultante desses conflitos é
a) a formação da Junta Conciliatória e de Defesa, representando a união entre constituciona-
listas e republicanos contra as forças do império brasileiro, que deflagrou a guerra, com ampla
participação popular, na qual teve destaque a militar Maria Quitéria de Jesus.
b) o cerco à cidade de Salvador, sitiada durante aproximadamente um ano por tropas brasi-
leiras que buscavam expulsar o exército português que ali se instalara, resultando em grande
desabastecimento de víveres e sofrimento da população.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

c) a ocupação da Vila de Cachoeira por forças portuguesas, momento culminante da guerra


civil entre as tropas monarquistas e independentistas, que levou à alforria coletiva de milhares
de cativos, a fim de que esses integrassem, como soldados, as tropas brasileiras.
d) a rendição das tropas portuguesas encabeçadas por Pierre Labatut, após os ataques con-
tundentes das tropas brasileiras, sob o comando de Thomas Cochrane, que, na batalha de
Pirajá, arrasou o centro velho de Salvador e deixou milhares de mortos.
e) a tomada do forte de São Pedro, com vitória das tropas portuguesas sobre as constitucio-
nalistas, acompanhada por ações violentas pela cidade, como a invasão do convento da Lapa,
na qual foi morta a soror Joana Angélica, hoje considerada mártir da independência da Bahia.

Querido(a), a questão proposta não é da banca do concurso (IBFC), no entanto tem seu foco na
Independência da Bahia. Note que o gabarito da questão evidencia a preocupação de tratar das difi-
culdades vivenciadas pela população de Salvador ante ao cerco imposto pelos portugueses.
a) Errada. A formação da Junta Conciliatória e de Defesa visava a luta contra os portugueses e
não contra o Império Brasileiro.
b) Certa. Houve grande carência de alimentos durante o cerco português à Salvador.
c) Errada. Não ocorreu a alforria de milhares de cativos.
d) Errada. Pierre Labatut lutou contra os portugueses e não contra os brasileiros.
e) Errada. O enunciado pede “parte do impacto social resultante desses conflitos”. Apesar de
a afirmativa conter informações verdadeiras, ela não trata de impacto social. Já a afirmativa b
revela o impacto da fome pela carência de alimentos decorrente do cerco lusitano.
Letra b.

018. (FCC/PM-BA/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2012) No processo da Independência do


Brasil, a Bahia
a) recusou a autonomia da Assembleia Legislativa local, concedida por Pedro I.
b) liderou o movimento republicano da Confederação do Equador.
c) acatou as determinações das Cortes de Lisboa que exigiam a volta de Pedro I.
d) lutou contra as tropas portuguesas, expulsando-as em 2 de julho de 1823.
e) combateu ao lado das tropas portuguesas que defendiam a recolonização do Brasil.

Lembre-se do Hino da Bahia. Seus primeiros versos já tratam dessa data.


Letra d.

019. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) A Revolta dos Búzios:


a) ganhou rápida difusão por meio de panfletos distribuídos à população e do apoio de grande
parte da imprensa à causa independentista e abolicionista, resultando em motim com ampla
adesão de militares baianos, que resistiram belicamente até serem completamente derrotados.
b) pautou-se por bandeiras liberais, dentre as quais a abertura dos portos, a diminuição de
impostos, a ampliação do direito à cidadania; tendo sido conduzida por soldados e alfaiates
negros, inspirados pela Independência das Treze Colônias inglesas e a conquista do fim da
escravidão obtida nesse episódio.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

c) iniciou-se em reuniões integradas por intelectuais e membros da elite baiana, como Cipriano Ba-
rata, que pregava a independência do Brasil nos mesmos moldes da Inconfidência Mineira, e foi
rapidamente disseminada entre a população escravizada, que a revestiu de uma pauta mais radical.
d) foi organizada pela loja maçônica denominada Cavaleiros da Luz, em nome da igualdade
racial e social, da democracia e dos fins dos privilégios da elite letrada, tendo sido rapidamente
reprimida com a imputação da pena capital ao conjunto dos líderes e simpatizantes.
e) contou com participação de escravizados, bem como profissionais liberais e militares de
baixa patente, e pregava o fim da escravidão e a formação de uma República Bahiense, em
parte inspirada nos ideais da Revolução Francesa e na experiência da Revolução Haitiana.

a) Errada. Não contou com o apoio da Imprensa.


b) Errada. A inspiração não foi a independência das Treze Colônias e tampouco conseguiu
abolir a escravidão.
c) Errada. A Conjuração Baiana se difere da Inconfidência Mineira, principalmente no que tan-
gem ao fim da escravidão.
d) Errada. A loja Maçônica “Cavaleiros da Luz” não pretendia acabar com os privilégios da
elite letrada.
e) Certa. A Conjuração Baiana ou Revoltada dos Alfaiates ou, ainda, Revolta dos Búzios, foi
inspirada na Revolução Francesa e na Revolução Haitiana.
Letra e.

020. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Considere o texto a seguir, publicado em um


jornal baiano em 1905:
“Estamos na Costa da África? É o que se torna necessário ser averiguado pela polícia, porquan-
to se lá não estamos também de lá não nos separam grande distância os nossos costumes
negreiros. E a prova é que, fechando ouvidos a repetidas queixas da imprensa e de particulares,
a polícia consente que dentro da cidade, porque é no outeiro que o vulgo denominou de ‘Cucuí’,
descendentes vadios de negros selvagens façam candomblés, todos os dias, à noite principal-
mente, incomodando com um bate-bate dos pecados o sono tranquilo da população. Já lá se
foram os tempos dos ‘feitiço’ e dos ‘candomblés’, e porque atravessamos um século de largo
progresso e ampla civilização, apelamos para a energia e a boa vontade, ainda não desmenti-
das, do sr. (...) subcomissário de polícia, certos de que s.s. porá ponto final na folia macabra
dos negros desocupados do ‘Cucuí’.”
Jornal A ORDEM. 21 out. 1905. p. 1, Apud SANTOS, Edmar Ferreira. O poder dos candomblés: perseguição e
resistência no Recôncavo da Bahia. Salvador: EDUFBA, 2009. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bits-
tream/ufba/179/1/O%20poder%20dos%20candombles.pdf. Acesso em: 11 de julho de 2016

A partir da leitura do texto acima, é correto afirmar que o autor desse texto
a) considera que a prática do candomblé representa um incômodo aos trabalhadores por ocor-
rer durante a noite, afirmando ainda que seus praticantes eram descendentes de negros va-
dios, por isso marginalizados pelo resto da população.
b) usa expressões como “folia macabra” e “bate bate dos pecados” para denunciar a prática do
candomblé como uma seita pecaminosa, localizada em um lugar específico da cidade, a ser
combatida pela polícia e pela Igreja.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

c) reclama que a prática do candomblé deva ser investigada para que se verifique a autenti-
cidade das matrizes africanas desses “costumes negreiros”, assumidos em seu texto como
“nossos” mas supostamente originários da Costa da África.
d) associa a prática do candomblé à vadiagem, apelando para um discurso celebrativo da or-
dem e do progresso e acusando a polícia de ser tolerante com esse costume que ameaçava a
“população”, da qual os negros, em seu texto, parecem excluídos.
e) sugere que o candomblé é uma manifestação de selvageria ultrapassada, praticamente ex-
tinta uma vez que vem sendo combatida pela imprensa com êxito, de modo que “já lá se foram
os tempos dos feitiço’ e dos ‘candomblés’.”

Questão interpretativa. O texto revela o preconceito das autoridades contra as práticas dos negros.
Letra d.

021. (FCC/DPE – BA/2016) “(...) logo após tomar todas as medidas necessárias para a extin-
ção definitiva do tráfico, a Bahia passou da posição de importador à condição de exportador
de escravos. Dessa forma, negros a todo preço seriam deslocados do norte para o sul já nos
primeiros anos da década de 1850, num movimento contínuo, e que, apesar de altos e baixos,
só se encerraria na década de 1880”
(SILVA, Ricardo Tadeu Caires. A participação da Bahia no tráfico interprovincial de escravos (1851-1881). p. 2. In: 3º
Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Universidade Federal de Santa Catarina, 2007. Disponível em:
http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos3/ricardo%20tadeu.pdf Acesso em: 10 de julho de 2016)

Para compreensão histórica do fenômeno descrito acima, devem ser considerados os seguin-
tes fatores:
I – A alta do preço do café, no mercado mundial, que impulsionou sua produção no sudeste e
a demanda por mão
de obra escrava, de difícil aquisição via tráfico internacional a partir de 1850.
II – O impacto da Guerra de Secessão norte-americana, que prejudicou as exportações do al-
godão produzido no
nordeste e obrigou os proprietários a se desfazerem de parte de seus contingentes de escravos.
III – A importância da Bahia no tráfico atlântico, província onde os traficantes resistiram mes-
mo após a extinção do
tráfico, com certo apoio das autoridades locais.
IV – A pujança econômica da produção canavieira, que atraiu investimentos na modernização
dos engenhos, processo que resultou na dispensa de mão de obra.
Está correto APENAS o que se afirma em:
a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I e II.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

I – Certo. A partir de 1850 foi proibido o tráfico Atlântico de africanos escravizados, o que im-
pulsionou o tráfico interprovincial.
II – Errado. O sul dos EUA era grande produtor de algodão e sua participação na guerra impul-
sionou a produção nordestina que substituiu a região como fornecedor de algodão para as
empresas britânicas.
III – Certo. Os engenhos da Bahia criavam a demanda por africanos escravizados, mesmo após
o fim do tráfico internacional, em 1850, o que explica a manutenção da atividade na região.
IV – Errado. A modernização dos engenhos é posterior ao período a que se refere o enunciado.
Letra c.

022. (FCC/PREFEITURA DE SALVADOR – BA/GUARDA MUNICIPAL/2008) Entre os anos de


1821 e 1823 ocorreram vários conflitos armados na Bahia, especialmente em Salvador, resul-
tando em muitos mortos e feridos. Esses conflitos tiveram como causa
a) a revolta popular encabeçada por Maria Quitéria de Jesus Medeiros contra esquadras ingle-
sas que invadiram Salvador para tentar garantir o controle de Portugal sobre a região.
b) a chamada conjuração baiana, momento em que a população humilde e a classe média se insur-
giram, lideradas por Cipriano Barata, para reivindicar o fim da dominação de Portugal sobre o Brasil.
c) o movimento republicano e abolicionista, alimentado pelo partido republicano baiano que
conquistara o apoio de marinheiros e soldados para enfrentar as tropas da Corte Portuguesa.
d) o antilusitanismo da elite baiana, que não aceitava que o país fosse governado por um
membro da Corte Portuguesa e, com apoio de Pernambuco, financiou uma guerra para
derrubar a monarquia no Brasil.
e) a luta dos chamados “patriotas”, setores da sociedade e do governo baiano favoráveis
à independência, contra forças portuguesas lideradas por Inácio Luís Madeira de Melo,
concentradas em Salvador.

Novamente é importante lembrar da datação. Para resolver a questão, primeiramente, é preci-


so situar-se e identificar qual o movimento tratado. No caso, a Independência da Bahia. Feito
isso, é só lembrar-se das personagens do evento.
Letra e.

023. (FCC/SEE-MG/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA/2012) Leia o texto abaixo.


O nobre metal (...) provocou um afluxo formidável de gente, não só da metrópole como das capita-
nias vizinhas. (...) Em 1709, era 30 mil o número das pessoas ocupadas em atividades mineradoras,
agrícolas e comerciais, sem falar nos escravos vindos da África e das zonas açucareiras em retra-
ção. Com os olhos voltados para o ouro, (...) pode-se imaginar a fome que assolou essa população.
(Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal,
2004. p. 41-42)

Segundo o texto, está correto afirmar que a sociedade mineradora


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) assemelhava-se à sociedade formada em torno da produção do açúcar, ambas marcadas


pela diversidade das atividades econômicas e intensa mobilidade social.
b) caracterizou-se pela ausência de dinamismo e poucos conflitos entre os colonos e o gover-
no português, desinteressado por esse tipo de atividade econômica.
c) provocou intenso deslocamento populacional, motivado pelo ouro de aluvião e atividades
econômicas paralelas à mineração, como a agricultura e o comércio.
d) contou com uma produção artística precária, desprovida de religiosidade e marcada por
valores e princípios tradicionais da cultura portuguesa.

a) Errada. A sociedade açucareira não possuía diversidade econômica, já que era monocultora,
e era estamental.
b) Errada. Possuía várias atividades econômicas que surgiram entorno da mineração. Além
disso, foram vários os conflitos com a Coroa, a exemplo da Guerra dos Emboabas, da Revolta
de Felipe dos Santos e da própria Inconfidência Mineira.
c) Certa.
d) Errada. Basta lembrarmos da pujança do Barroco.
Letra c.

024. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE ARTES/2022) Considere a imagem abaixo.

A imagem circulou pela rede como meme a partir de um acontecimento político: a remoção
de uma estátua que homenageava uma personagem histórica importante para a da cidade
de Bristol, na Inglaterra. A imagem, composta por dois momentos de uma narrativa, mostra
em um primeiro momento parte da população da cidade arrastando a estátua para jogá-la no
fundo do rio e, em um segundo momento, a reação expressiva e receosa de uma segunda es-
tátua, que homenageia uma personagem histórica importante para a cidade de São Paulo. A
associação entre os dois monumentos se explica por conta de ambas serem
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) obras de um mesmo artista, Victor Brecheret, o que indica que a reação da segunda estátua
denota reprovação e surpresa pela falta de reconhecimento de seu mérito estético.
b) homenagens à mesma personagem histórica, Edward Colston, traficante de escravos do sé-
culo XVII, o que indica que a reação da segunda estátua é de identificação por sua semelhança
com o primeiro monumento.
c) homenagens a figuras historicamente ligadas à escravização de seres humanos, sendo a
primeira a Edward Colston e a segunda a Borba Gato, o que indica que a reação desta última
seria de temor quanto a ter um destino similar à primeira.
d) homenagens a figuras historicamente ligadas a atividades comerciais em geral, sendo a
primeira a Edward Colston e a segunda a Fernão Dias, o que indica que a reação desta última
seria de temor quanto a ter um destino similar à primeira.
e) homenagens a figuras historicamente ligadas aos movimentos abolicionistas, sendo a pri-
meira a Edward Colston e a segunda a Fernão Dias, o que indica que a reação desta última seria
de temor quanto a ter um destino similar à primeira.

Questão de interpretação de texto e de contexto histórico. Colston foi um inglês que fez for-
tuna no final do século 17. Estima-se que ele tenha transportado 84 mil homens, mulheres e
crianças negociados como escravos na África ocidental. Sua estátua foi derrubada e lançada
em um rio em Bristol no dia 7 de junho de 2020, no sul da Inglaterra, no contexto das manifes-
tações antirracistas deflagradas depois que George Floyd, cidadão negro, foi sufocado por um
policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos, no dia 25 de maio.
Letra c.

025. (FCC/SAEB/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) São características da atuação dos


Jesuítas no Brasil colonial:
a) a vida em mosteiros com rígida disciplina interna; o empenho na educação cristã, abarcando
a alfabetização de indígenas e africanos; a criação e administração de Universidades católicas.
b) o estabelecimento de missões em regiões com potencial de exploração econômica, como
as drogas do sertão; a defesa dos indígenas ante os ataques dos bandeirantes; a formação da
elite colonial segundo princípios iluministas.
c) a expansão das fronteiras do território português; a conversão de judeus ao cristianismo segundo
as leis inquisitoriais; a pacificação dos conflitos intertribais, sob a justificativa da Guerra Justa.
d) a mobilidade dentro do território; a preocupação com a conversão dos indígenas ao catoli-
cismo; o estabelecimento de colégios em várias cidades da Colônia, como o Colégio da Bahia.
e) a pregação e a manutenção da fé cristã entre os colonizadores; o combate à escravidão,
sobretudo a de negros; e o cultivo e exportação da cana-de-açúcar nas missões.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) Errada. Não alfabetizavam os africanos.


b) Errada. Apesar de se instalarem também em áreas de potencial de exploração econômica,
essa não era uma condição para instalações de missões.
c) Errada. Os jesuítas não convertiam judeus.
d) Certa.
e) Errada. Não combatiam a escravidão negra.
Letra d.

026. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR – HISTÓRIA/2016) A Revolução Francesa colocou em che-


que os alicerces políticos do Antigo Regime, e sua repercussão além das fronteiras nacionais
pode ser percebida
a) em várias lutas pela independência na América de colonização ibérica, incluindo revoltas
coloniais como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
b) na adoção, pela maioria dos países europeus, do lema liberdade, igualdade e fraternidade
em suas constituições republicanas formuladas no final do século XVIII.
c) na Declaração de Independência dos Estados Unidos, que se inspirou na experiência france-
sa e reproduziu os Direitos do Homem e do Cidadão.
d) na extinção do absolutismo monárquico e de outras formas de autoritarismo governamental
na história europeia subsequente.
e) em revoluções posteriores que se ampararam ideologicamente nos ideais iluministas, caso
da Revolução Haitiana, da Revolução do Porto e da Revolução de Outubro.

Várias nações no continente americano promoveram suas independências influenciados pelo


Iluminismo e pela Revolução Francesa. No Brasil, movimentos como a Inconfidência Mineira e
a Conjuração Baiana também foram influenciados pela Revolução Francesa.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

027. (FCC/SEE-MG/2012) Observe o mapa

O mapa e o conhecimento histórico permitem afirmar que a Revolução Pernambucana de 1817


reveste-se de grande importância, pois, entre outras razões,
a) defendia que a transposição para o Brasil dos princípios socialistas de liberdade e
igualdade implicava na demolição do sistema colonial e a extinção da opressão que pesa-
va sobre os escravos negros.
b) foi uma revolta armada, de caráter liberal, que conseguiu se expandir por várias províncias e
buscou apoio internacional dos Estados Unidos e da Inglaterra.
c) é considerada a mais expressiva revolta na história da colônia, bem como a mais ampla,
ousada e profunda, uma vez que propunha o rompimento dos laços com Portugal e Inglaterra.
d) reduziu a escombros não só o sistema colonial, mas também a escravidão, o sistema la-
tifundiário e a economia agroexportadora, permitindo a passagem do Brasil da condição de
colônia à de nação independente.

A Insurreição Pernambucana foi a única das revoltas separatistas que conseguiu alcançar o
poder. Lembre-se de que ela não era abolicionista.
Letra b.

028. (FCC/SEPLAG/POLÍCIA MILITAR/MG/PROFESSOR – HISTÓRIA/2012) Logo ao chegar, du-


rante sua breve estada na Bahia, D. João decretou a abertura dos portos do Brasil às nações amigas
(28 de janeiro de 1808). Mesmo sabendo-se que naquele momento a expressão “nações amigas”
era equivalente à Inglaterra, o ato punha fim a trezentos anos de sistema colonial.
(Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p.122)

O texto permite concluir que Dom João, ao decretar a abertura dos portos,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) criou o Estado brasileiro e garantiu a unidade do país.


b) reforçou a relação de dependência com a metrópole.
c) acelerou o processo de Independência do Brasil.
d) impediu a consolidação da autonomia provincial.

A Abertura dos Portos de 1808 marca a independência econômica do Brasil em relação a Por-
tugal, acelerando o processo de independência também política.
Letra c.

029. (FCC/AL-PB/ASSISTENTE LEGISLATIVO/2013)


(...) as fugas individuais e coletivas, o suicídio, o assassinato dos senhores e colonos, a destrui-
ção das fazendas de gado e das plantações dos colonos, o estupro, o furto de alimentos como
farinha e milho, o casamento com o não indígena, e até a ressignificação dos valores cristãos
para os aspectos relacionados às suas respectivas culturas.
(Jean Paul Gouveia Meira e Juciene Ricarte Apolinário. História Indígena no Sertão da Capitania Real da Paraíba
no Século XVIII. Campina Grande: Cadernos do LEME, jan./jun. 2010, v. 2, n. 1. p. 90)

Considerando a História Colonial da Paraíba, o texto identifica


a) as inúmeras práticas indígenas de resistência à colonização portuguesa, no Sertão da Paraíba.
b) as práticas dos indígenas que contribuíram para seu desaparecimento do sertão paraibano.
c) algumas das faces do caráter dos indígenas, “ferozes guerreiros selvagens”, do Sertão da Paraíba
d) as formas de hostilidade dos indígenas do sertão, despossuídos de valores e princípios civilizados.
e) alguns aspectos da cultura das populações que viviam no litoral, na época da conquista da Paraíba.

Apesar de ser uma questão específica sobre os indígenas na Paraíba, ela nos serve para com-
preender como a FCC poderá lhe cobrar o conhecimento. Nesse caso, trata-se de uma questão
de interpretação de texto sobre as práticas de resistência indígena.
Letra a.

030. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) O Movimento Abolicionista foi resul-


tado de uma grande mobilização social pelo fim da escravidão no Império do Brasil, e pode ser
caracterizado como um movimento
a) constituído por várias classes e grupos sociais, presente em várias regiões do Império, com
a participação de republicanos e monarquistas, que combinou ações pacíficas, luta parlamen-
tar e promoção de rebeliões em massa de escravos.
b) concentrado no Rio de Janeiro e em São Paulo, composto majoritariamente por negros li-
bertos e trabalhadores livres pobres, favoráveis à descentralização política do Império, ao voto
universal e ao rompimento com a dinastia portuguesa dos Bragança.
c) conduzido por fazendeiros paulistas liberais e militares positivistas contrários à escravidão,
pois a consideravam responsável pelo atraso econômico brasileiro e um obstáculo para o bran-
queamento gradual da população.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

d) integrado por libertos, quilombolas e escravos, liderados unicamente por intelectuais negros
republicanos que militavam na imprensa e defendiam a abolição e a reforma agrária para a
plena inserção do negro na sociedade, como cidadão.
e) organizado por intelectuais católicos e padres progressistas, sob a liderança da Princesa
Isabel, que defendia uma transição gradual para o trabalho livre, a vinda de imigrantes euro-
peus e condenava a escravidão por motivos de consciência e moral cristã.

a) Certa. Grupos e associações foram montados para discutir ideias sobre a abolição. O Par-
tido Republicano Paulista foi criado com uma base abolicionista só para citar um exemplo.
Muitas associações surgiram a fim de tratar desse tema por volta de 1870. Isso fez com que o
debate crescesse e alcançasse não só a sociedade, mas também os representantes do povo,
que eram responsáveis por fazer as leis.
b) Errada. Era composto por liberais de várias classes sociais como o grupo de trabalhadores
e de proprietários.
c) Errada. Os fazendeiros normalmente não apoiaram o fim da escravidão, pois eles eram os
maiores proprietários de escravos.
d) Errada. Não foi organizado exclusivamente por quilombolas e escravos. Escritores, advoga-
dos fizeram importante papel na libertação dos escravos.
e) Errada. Não era liderado pela Princesa Isabel. Era liderado pela própria população através,
principalmente, de advogados e escritores.
Letra a.

031. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO – ÁREA REDAÇÃO PARLAMENTAR/2018)

A denominada política dos governadores


a) desestabilizou o poder dos coronéis, principalmente no Nordeste, além de reduzir o chama-
do voto de cabresto e as fraudes nas eleições.
b) garantiu aos governos estaduais desenvolver políticas sociais e econômicas voltadas à au-
tonomia dos grupos locais,
c) fortaleceu o poder Legislativo que passou a neutralizar as forças políticas hegemônicas dos
estados mais ricos da federação.
d) representou uma estratégia de troca de apoio político entre as oligarquias estaduais e o
governo central, fortalecendo o poder executivo.
e) promoveu o diálogo e as negociações entre grupos oligárquicos que, durante o período mo-
nárquico, promoveram sérios conflitos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

A Política dos Governadores foi um acordo político com o objetivo de unir os interesses dos
políticos locais ao governo federal.
Letra d.

032. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) Conforme o Decreto no 22.621, de 5/4/1933, a Assembleia Consti-
tuinte que iria debater a nova Constituição brasileira deveria ser composta por 214 deputados
eleitos na forma da lei eleitoral vigente desde 1932, e mais 40 representantes classistas eleitos
pelos sindicatos legalmente reconhecidos pelo Ministério do Trabalho. Esta composição pode
ser compreendida como fruto da convivência
a) da concepção oligárquica, que valorizava um sistema eleitoral herdado da Primeira Repúbli-
ca, e de uma perspectiva socialista de participação popular, baseada na eleição de represen-
tantes dos partidos estaduais e de delegados escolhidos por sindicatos operários.
b) dos princípios da democracia, entre os quais figurava a representação do indivíduo pelo voto
concedido aos candidatos a deputados, e do poder político da maçonaria, que determinava
aqueles que seriam os representantes correspondentes em cada classe profissional.
c) dos princípios do fascismo, como a defesa da estatização da representação popular por in-
termédio de um partido único, e da concepção anarco-sindicalista, que estabelecia o princípio
do voto coletivo para escolha de delegados sindicais.
d) da concepção liberal, que estabelecia o princípio de representação do indivíduo pelo voto,
e do princípio corporativista que entendia a sociedade como um corpo composto majoritaria-
mente por grupos ligados ao mundo do trabalho e da produção econômica.
e) da concepção republicana, que postulava a escolha da constituição e a representação do in-
divíduo por meio de eleições diretas, e do princípio keynesiano que entendia a sociedade como
um organismo livre composto por indivíduos autorrepresentados.

a) Errada. Ora, a Revolução de 1930 foi justamente para romper com a estrutura estatal oligárquica.
b) Errada. A maçonaria não tem nenhuma relação com a Assembleia Constituinte que procla-
mou a Constituição de 1934.
c) Errada. As características fascistas foram estabelecidas na Constituição de 1937, que insti-
tuiu o Estado Novo.
d) Certa. Inclusive, o voto feminino foi instituído pelo Decreto 21.076 de 24 de fevereiro de 1932
e contemplado na Constituição de 1934.
e) Errada. A concepção keynesiana é econômica, misturando práticas socialistas com liberais,
nada relacionada com o sistema político.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

033. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) As políticas desenvolvimentistas dos


anos 1950, levadas a cabo sobretudo nos governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubits-
chek, acabaram por gerar dois efeitos colaterais em termos socioeconômicos, perceptíveis
entre o fim dos anos 1950 e a década de 1960, tais como:
a) a crise do agronegócio monopolista, por causa da política de financiamento ao pequeno
produtor, e a favelização da periferia das grandes cidades, acompanhando a instalação de
grandes parques industriais.
b) a erradicação do analfabetismo, resultante de políticas nacionais de alfabetização, e a urba-
nização do Centro-Oeste, em virtude da abertura de estradas e núcleos de povoamento.
c) o aumento dos índices de pobreza causado pela superexploração dos trabalhadores, e a dimi-
nuição da classe operária, uma vez que foram efetivados projetos de empreendedorismo rural.
d) o incremento de impostos e tributos, devido aos custos demandados para se construir Brasília, e a
devastação da Amazônia setentrional com vistas à ocupação demográfica e à exploração agrícola.
e) a intensificação da desigualdade inter-regional, causada pela concentração de investimentos no
centro-sul, e o aumento da migração interna, principalmente do Nordeste para o Sudeste do país.

a) Errada. Não ocorreu o que a alternativa chama de “crise do agronegócio”.


b) Errada. O analfabetismo não foi erradicado.
c) Errada. Não houve a diminuição da classe operária, ou a implementação de projetos de em-
preendedorismo rural.
d) Errada. A alternativa traz informações verdadeiras sobre épocas posteriores, como a devas-
tação da Amazônia. Ainda, cita a criações de impostos que nunca foram criados, tanto o foi
que a construção de Brasília gerou crise econômica posterior.
Letra e.

034. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Expedidos entre 1964 e 1969, os atos Institucionais, regulamentados por atos complementa-
res, conferiam aos militares plenos poderes: fechar as Casas Legislativas, cassar mandatos
eletivos, demitir funcionários, suspender direitos políticos e aposentar e punir magistrados e
militares, entre outros. Diante disso,
a) ficaram estabelecidas eleições indiretas para governador e vice-governador, conforme o Ato
Institucional no 4.
b) o Congresso foi fechado pelo primeiro presidente militar, general Humberto de Alencar Cas-
telo Branco, com o Ato Institucional no 2.
c) foi apresentada a primeira lista de deputados federais cassados com a edição do Ato Insti-
tucional no 5.
d) foram extintos todos os partidos políticos então existentes, pelo Ato Institucional no 2.
e) tiveram seus direitos políticos cassados os ex-presidentes João Goulart e Jânio Quadros,
em decorrência do Ato Institucional n. 2.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

O Ato Institucional n. 2 extinguiu os partidos políticos.


Letra d.

035. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Na história das lutas pelos direitos


humanos e pela igualdade racial no Brasil, o Movimento Negro Unificado teve importante papel
e foi um movimento social
a) inspirado em valores religiosos e humanistas, e integrado por afrodescendentes brasileiros,
defensores da ideologia da mestiçagem e do nacionalismo negro presente em outros movi-
mentos, como os Panteras Negras, nos anos 1960.
b) composto por militantes brancos e negros de esquerda, ligados ao Partido Comunista Bra-
sileiro, contra o apartheid racial defendido pelo regime militar.
c) idealizado em 1988, no clima de redemocratização e composto por jovens afrodescendentes
das periferias brasileiras que denunciavam o racismo e se baseavam no movimento hip hop.
d) criado por intelectuais e universitários negros, nos anos 1940, depois da queda do Estado
Novo, período em que Getúlio Vargas havia proibido a Frente Negra Brasileira, acusada de ser
comunista e subversiva.
e) fundado no final dos anos 1970, por militantes negros de esquerda, engajados no combate
ao racismo estrutural da sociedade brasileira e ao autoritarismo do regime militar.

Alguns fatos ocorreram em 1978 que deram origem ao movimento: a tortura e morte de um
feirante acusado de roubar frutas, um incidente racista no Clube Regatas do Tietê e a morte de
um operário no Rio de Janeiro.
Letra e.

036. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


A partir de meados da década de 1970, o combate ao regime militar acentuou-se, envolvendo
políticos da oposição e diversos setores da sociedade civil no rumo da retomada democrática.
Em 1978, o Ato Institucional no 5 foi revogado, e em agosto de 1979, foi sancionada a Lei da
Anistia, após manifestações populares em comícios, passeatas e atos públicos. O desgaste
do regime militar era visível, e as forças da oposição política, formando uma frente supraparti-
dária, apresentaram, em 1983, um projeto que mobilizou novamente a sociedade: a campanha
pelas “Diretas Já”, para mudar as regras da sucessão do general João Batista Figueiredo, com
a Emenda Dante de Oliveira. Votada em 26 de abril de 1984, sob forte clima de tensão, pois a
base de apoio político à ditadura ainda não se esfacelara, a Emenda
a) foi aprovada e, por isso, em 1985, Tancredo Neves foi eleito por voto popular.
b) recebeu votos contrários do PDT, que anteriormente a apoiara.
c) foi aprovada e, em seguida, vetada pelo presidente Figueiredo.
d) obteve número insignificante de votos dos deputados presentes.
e) foi rejeitada, pois não obteve a maioria necessária de dois terços dos votos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

Apesar da ampla mobilização social pela aprovação da Emenda Dante de Oliveira, a Câmara
dos Deputados, ainda de maioria aliada aos militares, rejeitou a proposta.
Letra e.

037. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) Observe a charge abaixo.

O contexto de publicação desta charge foi marcado pela promulgação de uma nova constituição que
a) trazia, ideologicamente, medidas próximas às constituições de países socialistas, e que não
foram implementadas em função das heranças da Guerra Fria.
b) fortalecia bandeiras sindicalistas dos direitos sociais plenos, mas foram barradas pelo Con-
gresso Nacional, cuja maioria de deputados era conhecida como “entulho autoritário”.
c) prometia garantir a todos os brasileiros direitos sociais universais, que não foram cumpridos
devido a velhos conflitos entre liberais e socialistas.
d) consagrava os princípios da democracia e dos direitos sociais universais, em um momento
de crise econômica que dificultava a plena realização destes princípios.
e) era fortemente questionada pelos militares e pela grande imprensa, apesar da mobilização
popular pela aprovação do anteprojeto da Constituição.

A Constituição de 1988, apelidada de Constituição Cidadã, foi promulgada num contexto de


inflação e crise econômica que impedia investimentos nela contemplados.
Letra d.

038. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Considere o texto a seguir:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

Para implementar estas mudanças, o segundo governo republicano contou com uma série
de intervenções violentas das autoridades constituídas. Policiais derrubaram cortiços, já pre-
nunciando uma série de medidas, que alguns anos depois caracterizariam o autoritarismo do
“bota-abaixo” do governo Rodrigues Alves.
(SANTOS, Myriam S. A prisão dos ébrios, capoeiras e vagabundos no Início da era republicana. Revista TOPOI, v.
5, n. 8, jan.-jun. 2004, pp. 138-169)

O trecho acima está relacionado a uma das mais importantes revoltas sociais ocorridas no Rio
de Janeiro no início da República no Brasil, denominada Revolta
a) da Chibata, uma reação à violência policial que acompanhou as medidas saneadoras e mo-
dernizantes que marcaram a reforma urbana da capital.
b) da Vacina, protagonizada por grupos populares em reação às intervenções executadas pelo “bota-
-abaixo” e à imposição de medidas drásticas e, por vezes, violentas para vacinar a população pobre.
c) da Armada, que opôs a Marinha ao Exército, liderada por marinheiros negros que eram con-
tra as medidas antipopulares e a imposição de uma ditadura militar.
d) do Vintém, liderada por jovens cadetes da Escola Militar, inspirados pelo positivismo, com o
objetivo de implantar uma ditadura republicana modernizante.
e) do Bota-Abaixo, liderada por grupos monárquicos e católicos conservadores que se aprovei-
taram da insatisfação popular para tentar derrubar a jovem República.

a) Errada. Trata-se aí da Revolta da Chibata, quando os marinheiros negros se revoltaram con-


tra a Marinha em 1910. Não tem a ver com a Revolta da Vacina.
b) Certa. A revolta da vacina foi no Rio de Janeiro. A educação sanitária no Brasil instilou-se na
memória popular com o advento da figura de Oswaldo Cruz, que na virada do século XIX para
o XX chegou a implementar várias medidas sanitárias no país, culminando na instituição da
vacina obrigatória em 1904, ocasionando a Revolta da Vacina com participação de populares
e da Escola Militar da época.
c) Errada. A marinha fez a Revolta armada 1893/94. A Marinha estava insatisfeita porque esta-
va excluída do governo, que estava nas mãos do Exército desde a Proclamação da República.
Dessa forma, a Marinha bombardeou o Rio de Janeiro por vários dias até que navios america-
nos chegassem para fazê-los se render.
d) Errada. A Revolta do Vintém tratou-se de um protesto popular sobre o aumento do transporte
público de tração animal em 1879. O aumento foi implantado devido à recessão econômica do ano
anterior. A repressão desse protesto foi violenta, mas o aumento foi revogado. As consequências
para o transporte foram ruins porque muitos animais foram mortos durante os protestos.
e) Errada. Não tem relação com derrubar a república. Esse acontecimento foi a junção de vá-
rias reformas no centro do Rio de Janeiro. Vários locais foram derrubados para dar lugar a um
processo de reurbanização.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

039. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Considere o trecho da Constituição


Política do Império do Brasil, outorgada em 25 de março de 1824, por D. Pedro I:
TÍTULO 5: Do Imperador
CAPÍTULO 1: Do Poder Moderador
Art. 98: O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao
Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemen-
te vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio e harmonia dos mais Poderes Políticos.
Art. 99: A Pessoa do Imperador é inviolável, e sagrada: Ele não está sujeito a responsabilidade alguma.
(Disponível em: http://www.planalto.gov.br)

De acordo com essa Constituição, o Imperador passava a


a) zelar pelo Poder Executivo, que deveria moderar os outros poderes políticos (Legislativo e
Judiciário) e reagir a qualquer ameaça que recaísse sobre a independência nacional.
b) assumir o cargo de Chefe Supremo da Nação e, como tal, garantir o equilíbrio e a harmonia entre
todos os poderes que regiam o império: o Moderador, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
c) ocupar um cargo sagrado, por isso era escolhido pelos outros poderes para exercer o Poder
Moderador, ainda que estivesse sujeito à aprovação da Nação que representava.
d) honrar a condição de Primeiro Representante da Assembleia Nacional, responsável pelo
cumprimento da justiça, e isento de outras responsabilidades a fim de garantir internamente a
manutenção do novo sistema político que então surgia.
e) ser o detentor exclusivo do Poder que poderia interferir nos outros poderes políticos exis-
tentes (Executivo, Legislativo e Judiciário), sem estar sujeito a controles de natureza jurídica.

Os constituintes não queriam que o Imperador pudesse dissolver a Câmara dos Deputados e
nem que ele tivesse o poder de veto absoluto. Esse é um exemplo de conflito no Primeiro Rei-
nado. Para resolver essa rusga criou-se o Poder moderador. O exercício do poder moderador
de D. Pedro causou rixa entre os partidos políticos gerando instabilidade política.
Letra e.

040. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) O banditismo ou o cangaço é também outro


tema que, eleito pelo ‘discurso do Norte’ para atestar as consequências perigosas das secas
e da falta de investimentos do Estado na região, de sua não modernização, adquire uma co-
notação pejorativa que vai marcar o nortista ou o nordestino com o estigma da violência, da
selvageria. Aliás, esse medo do nortista e, especialmente, do homem de cor negra emerge com
a constante insubordinação dos escravos, importados do Norte para o Sul.
(ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 2011, p. 74)

De acordo com o excerto, o autor


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) aponta a seca e o atraso como causas do comportamento violento dos escravos.


b) considera a insubordinação dos negros a causa do banditismo.
c) defende a ideia de que o Norte é mais selvagem que o Sul.
d) critica o discurso depreciativo construído em torno do cangaço.
e) reforça a heroicização da violência individual do nortista/nordestino.

As características mais marcantes foram o mandonismo local, a violência e a valentia. A exa-


cerbação dessas características subjuga outros aspectos da cultura regional.
Letra d.

041. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) A Lei no 4.214, de 2 de março de 1964, conhecida como Estatuto do
Trabalhador Rural, foi produto de um contexto histórico marcado
a) pela pressão das multinacionais e grandes indústrias do setor urbano que desejavam estimular a
migração rural, e pela dificuldade do acesso à terra e aos direitos sociais por parte dos camponeses.
b) pela expansão do agronegócio no campo e pela política de grandes investimentos em tecno-
logia no setor rural, a qual reorientou a relação entre patrões e empregados agrícolas.
c) pelo sucesso de obras visando a integração nacional, como a Rodovia Transamazônica, e
pelo recuo da mobilização dos camponeses, que havia sido especialmente intensa entre os
anos 1950 e início dos anos 1960.
d) pela mobilização política dos trabalhadores rurais em defesa de direitos sociais e de acesso
à terra, e pela agenda reformista do governo trabalhista vigente.
e) pela perda de controle, por parte das autoridades, dos trabalhadores rurais sublevados, e
pelo recuo do governo trabalhista diante de pressões de grandes fazendeiros e latifundiários.

Note que a banca quer saber o contexto. Este, é anterior ao golpe que instituiu a Ditadura Civil
Militar, para usar o mesmo termo utilizado pela Banca.
Letra d.

042. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) O Estatuto do Trabalhador Rural foi instituído durante o governo de
a) Juscelino Kubitschek, juntamente com a promulgação do Plano de Metas e de sua política
de desenvolvimento das regiões pouco urbanizadas do país.
b) Getúlio Vargas, após cobranças de juristas e da sociedade civil de que regulamentasse o
trabalho rural, visto que esse tema não havia sido contemplado suficientemente na CLT.
c) João Goulart, que, no bojo do projeto político que subsidiava as Reformas de Base, obteve apoio
no Parlamento para o encaminhamento de projeto de lei que regulamentava esse tipo de trabalho.
d) Jânio Quadros, que conseguiu apoio político para a aprovação de projetos voltados à legis-
lação trabalhista e previdenciária no campo, apesar de seu curto período de governo.
e) Eurico Gaspar Dutra, que buscou reparar algumas falhas da Constituição de 1946, a fim de deixar
suas marcas e combater a popularidade de seu antecessor, considerado o “pai dos pobres”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

Mais uma questão da banca sobre o Estatuto do Produtor Rural. Entenda que essa temática
foi cobrada duas vezes na mesma prova por se tratar de avaliação para o cargo no Judiciário.
Letra c.

043. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDA-


DE: HISTÓRIA/2018) Dentre as novidades apresentadas pela Constituição de 1988, incluem-se:
a) a licença maternidade de seis meses para as mulheres e o direito a greve a todos os trabalhadores.
b) a Lei Maria da Penha para coibir a violência doméstica e a jornada semanal de 40 horas semanais.
c) o voto obrigatório para maiores de 16 anos e o mandato presidencial de 4 anos, sem
direito à reeleição.
d) o seguro-desemprego e a definição do Estatuto da Igualdade Racial que regulamentou o
racismo como crime.
e) o direito ao voto para os analfabetos e a concessão de 13º salário para os aposentados.

Mais uma questão com grau de dificuldade que não encontrará em sua prova. No entanto, ob-
serve nos comentários a seguir o jogo temporal que a banca realiza, técnica que a FCC poderá
aplicar relacionando eventos da História do Brasil ou da Bahia ao momento em que ocorreram.
a) Errada. A licença a maternidade fora instituída em 1943.
b) Errada. A Lei Maria da Penha foi instituída em 2006.
c) Errada. O voto é facultativo para os maiores de 16 anos.
d) Errada. O Estatuto da Igualdade Racial foi instituído em 2010.
e) Certa.
Letra e.

044. (FCC/SAEB/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) A chamada “Política dos Governa-


dores” foi uma estratégia implementada pelo presidente Campos Salles (1898-1902) como for-
ma de resolver os conflitos entre o poder central e as forças políticas regionais que marcaram
o início da república no Brasil. Essa política foi
a) marcada por um conjunto de intervenções militares articuladas pelo Governo Federal nos estados
que se recusavam a apoiar as medidas nacionalistas e centralistas do Presidente da República.
b) produto de um pacto que implicava no apoio do governo federal aos grupos políticos domi-
nantes em cada estado, mesmo que estes se valessem de fraudes eleitorais, em troca do apoio
aos projetos do governo Federal no Congresso Nacional.
c) caracterizada pela troca de favores entre o Presidente da República e os governadores dos
Estados produtores de café, o que incluía a compra da safra excedente como forma de estabi-
lizar o preço deste produto no mercado.
d) consequência da imposição de uma política de Partido único, o Partido Republicano Federal,
proibindo que governadores de outros partidos concorressem aos governos estaduais.
e) resultado de uma revolta dos governadores estaduais do Norte e Nordeste contra a hegemo-
nia das oligarquias do Sul e Sudeste na política nacional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

A Política dos Governadores garantia a manutenção das oligarquias.


Letra b.

045. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) Entre as causas da Revolta da Vacina (1904), encontram-se
a) as medidas autoritárias tomadas pelo governo estadual no processo de higienização da
cidade e as revoltas sociais causadas pelo “encilhamento”, política econômica que provocou
inflação, falências e desemprego no começo da República.
b) a indignação popular causada pela repressão ao levante dos marinheiros negros contrários
aos castigos corporais nos navios da Marinha de Guerra, e as barricadas urbanas decorrentes
da intervenção policial nos morros cariocas, em perseguição aos capoeiras.
c) a imposição de regras de moradia popular, com base na política sanitarista vigente, e a re-
belião popular organizada pelo partido monarquista, que acusava a República emergente de
anticonstitucionalismo e militarismo.
d) as tensões sociais urbanas causadas pelo deslocamento de populações pobres do centro
por causa das reformas urbanísticas do Rio de Janeiro e as tensões políticas envolvendo gru-
pos positivistas e liberais na Primeira República.
e) a insatisfação dos cariocas com a tentativa de golpe militar pelos partidários do Presidente
Prudente de Moraes, e a reação popular causada pela obrigatoriedade da vacinação contra a
Febre Amarela, extensiva a todos os bairros da cidade.

Lembre-se do “bota-abaixo” realizado pela Reforma Passos no Rio de Janeiro.


Letra d.

046. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Em 1º de abril de 1977, a despeito do discurso de abertura política “lenta e gradual”, o presiden-
te Ernesto Geisel (1974-1979), utilizando prerrogativas do Ato Institucional no 5 (AI-5), fechou
o Congresso e impôs emenda constitucional e decretos autoritários conhecidos como “pacote
de abril”. Dentre as medidas tomadas figurava
a) a eliminação dos cargos dos chamados senadores “biônicos” do MDB, eleitos indiretamente
por um colégio eleitoral.
b) o adiamento, para 1982, das eleições diretas para governador, previstas para 1978.
c) a prorrogação de seu mandato para seis anos, para garantir apoio do Congresso a seu sucessor.
d) a determinação para que a “Lei Falcão”, que restringia a propaganda eleitoral pelo rádio e
pela televisão, fosse aplicada apenas em eleições municipais.
e) a alteração do quórum (de maioria simples para dois terços) para votação das emendas
constitucionais pelo Congresso.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

Foi a maioria obtida pelo MDB, nas eleições de 1974 e 1976, que trouxe como consequência o Paco-
te de Abril. Nele, foi estabelecido o adiamento das eleições indiretas para governadores para o ano
de 1982 e determinou que 1/3 dos senadores seriam indicados pelo Presidente da República.
Letra b.

047. (FCC/CLDF/INSPETOR DE POLÍCIA LEGISLATIVA – ÁREA POLICIAL LEGISLATI-


VO/2018) Juscelino Kubitschek lançou o concurso para a escolha do Plano Piloto, o projeto
básico do desenho da Capital Federal, que teve Lucio Costa como vencedor. O arquiteto Oscar
Niemeyer, parceiro de Lucio Costa, foi integrado ao projeto por
a) ter trabalhado com Le Corbisier no projeto do Ministério da Educação do Rio de Janeiro,
Lucio Costa decidiu convidar seu antigo estagiário para trabalhar na construção de Brasília.
b) já ser componente da equipe de Lucio Costa, de quem fora estagiário e com ele já havia de-
senvolvido diversos projetos, inclusive colaborando com o arquiteto suíço, Le Corbusier.
c) ter vencido novo concurso para a escolha do segundo arquiteto. Pesou na escolha o seu
renome internacional.
d) ter recebido o Prêmio Pritzker, a mais alta distinção da Arquitetura, e ter se tornado um ar-
quiteto renomado internacionalmente.
e) ter trabalhado com Juscelino Kubitschek na construção do Complexo da Pampulha.

Oscar Niemeyer já havia trabalhado com JK na construção do Complexo da Pampulha, em BH.


Essa questão é muito específica sobre a História de Brasília. A banca poderá lhe cobrar uma
questão no mesmo sentido sobre o patrimônio histórico da Bahia.
Letra e.

048. (FCC/SEC/PROFESSOR – ÁREA: HISTÓRIA/2018) O movimento abolicionista, no con-


texto dos anos 1880, foi
a) protagonizado por liberais de vários grupos sociais (trabalhadores e proprietários) que rei-
vindicavam o fim da escravidão e da Monarquia.
b) organizado exclusivamente por ex-escravos libertos e mulatos livres que assumiram o com-
bate à escravidão e apregoavam a democracia racial.
c) apoiado pelo governo imperial brasileiro para responder politicamente à pressão do governo
inglês, que combatia a escravidão e o tráfico.
d) patrocinado pelo Partido Republicano Paulista para impor a solução imigrantista e republi-
cana como saída para a crise da exportação de café.
e) composto por republicanos e monarquistas contrários à escravidão e defensores do direito
à cidadania do ex-escravo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

Não só os republicanos eram contra a escravidão, mas também alguns monarquistas, notada-
mente aqueles ligados à maçonaria ou ao comércio, os quais, por não serem fazendeiros nem
coronéis, não dependiam do trabalho escravo para produzir.
Letra e.

049. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Referindo-se à Constituição de 1891, José Afonso da Silva faz o seguinte comentário:

Ao retratar a distância entre os preceitos constitucionais e a política real, o texto permite con-
siderar que o coronelismo prevaleceu na política após a proclamação da República. Sobre o
tema abordado é correto afirmar que
a) o constitucionalismo republicano cumpriu suas funções essenciais, isto é, foi eficaz em re-
gular o poder realmente existente, garantindo a independência do chefe da nação, isolando-o
das pressões estaduais e das ingerências dos coronéis.
b) a relação direta entre os poderes locais, submetidos às práticas coronelísticas, impediu que
representantes de São Paulo exercessem a presidência da República nas primeiras décadas
após sua instauração.
c) o federalismo republicano deixou às claras que o poder do exército impunha, na “Primeira Re-
pública”, uma relação direta de poderes locais com o legislativo, por meio da ação dos coronéis.
d) na federação instituída pela Constituição de 1891, para não haver conflitos entre as diversas
esferas do poder estadual foi estimulada a participação das forças militares municipais, con-
troladas por seus coronéis, por representarem o maior poder local.
e) o federalismo instituído garantiu as bases do domínio oligárquico, fundado na propriedade
da terra e no controle eleitoral da população rural pelos chefes políticos locais.

Coronelismo era uma forma de garantir a estrutura de poder durante a Primeira República 1889-
1930. Era comum que os coronéis enviassem seus capangas armados para dentro da sessão elei-
toral a fim de controlar o voto e se manterem no poder. Daí a nomenclatura “voto de cabresto”.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

050. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALI-


DADE: HISTÓRIA/2018) A “Carta de Alforria” pode ser definida como um documento
a) registrado em cartório, que regularizava a manumissão do escravizado como uma prerroga-
tiva da Coroa.
b) oficial do Ministério da Justiça, que regularizava a manumissão do escravizado como uma
prerrogativa do senhor, desde que chancelada pelo Estado.
c) emitido pelo pároco local, que regularizava a manumissão do escravizado como uma prer-
rogativa da Igreja Católica, reservada a escravos batizados.
d) escrito, que regularizava a manumissão do escravizado como uma prerrogativa do senhor,
revogável a qualquer momento por este.
e) redigido à mão, que regularizava a manumissão do escravizado como uma prerrogativa das
Câmaras de Vereadores.

A Carta de Alforria era um documento escrito expedido pelos proprietários de escravos. Costu-
mava-se conceder a liberdade (alforria) ou mesmo vendê-la.
Letra d.

051. (FCC/TRT 15/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE:


HISTÓRIA/2018) A IV República brasileira (1946-1964) foi marcada por algumas características pe-
culiares, sobretudo a partir dos anos 1950, tais como a ampliação do voto das classes populares,
a) a proposição de políticas nacionalistas e desenvolvimentistas por parte de vários governos
do período e o crescente conflito político entre conservadores e reformistas radicais.
b) o controle da política nacional por partidos oligárquicos regionais e as gradativas tensões e
disputas entre liberais e comunistas no que se refere à política econômica.
c) a inclusão do voto dos analfabetos, e a adoção de medidas reformistas no campo, a
fim de promover a inclusão dos camponeses no processo econômico e político, segundo
as orientações cepalinas.
d) a presença do Exército na política, conferindo um caráter autoritário e militarizado ao Es-
tado, e a criação de um sistema bipartidário nacional, com alguns consensos em relação às
metas econômicas.
e) a adoção de políticas estatizantes, envolvendo a criação de bancos e parques industriais, e
a participação de delegados de centrais sindicais no Congresso Nacional como forma de apa-
ziguar as reivindicações populares.

O período se caracteriza pelo nacional-desenvolvimentismo tendo como expoente máximo o


presidente Juscelino Kubitschek. Ainda, ocorreu um crescente conflito político entre conserva-
dores e reformistas radicais.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

052. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Em 2017, vários órgãos da imprensa destacaram os cem anos da primeira grande greve geral no
país. Referiam-se à greve geral do operariado de São Paulo de 1917, manifestação até então nunca
vista no Brasil. Algumas matérias destacaram a presença das mulheres no episódio, pois, de fato,
representavam parte expressiva da força de trabalho, sobretudo na indústria têxtil. E foi no Cotonifí-
cio Crespi que a greve começou, depois que a diretoria da fábrica tinha se recusado a conceder um
aumento entre 15 e 20% do salário e a abolir a extensão da carga horária noturna, que afetava prin-
cipalmente as mulheres. A greve assumiu grandes proporções, paralisando a cidade. Houve forte
repressão policial, com a morte de operários. Pela grande repercussão na imprensa e pelas manifes-
tações dos poderes públicos, tornou-se objeto de estudo privilegiado sobre a condição de trabalho
e legislação da época. Sobre o tema é correto afirmar que
a) a greve não obteve apoio popular, por ter ocorrido no momento em que as preocupações
maiores da sociedade eram com a guerra mundial.
b) a liderança grevista impedia a manifestação de operários estrangeiros, pois os considerava
concorrentes aos postos de trabalho.
c) a greve derrotada, por ser exclusivamente local, não teve maiores repercussões no movi-
mento operário brasileiro da época.
d) a greve de São Paulo, vitoriosa, serviu de motivação para outros movimentos semelhantes,
de 1917 a 1919, e para o amadurecimento das associações sindicais.
e) a liderança da greve rechaçou a participação das centenas de mulheres da indústria têxtil,
provocando a cisão interna do movimento.

A greve pôde ser considerada vitoriosa porque os operários conquistaram o aumento de 20%
de salário, o direito de associação e a não demissão dos envolvidos na greve.
Letra d.

053. (FCC/TRT 2/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA APOIO ESPECIALIZADO HISTÓRIA/2018)


Apesar da existência de manifestações anteriores, inclusive no Império e na Primeira Repúbli-
ca, é a partir da década de 1950 que a mobilização dos trabalhadores rurais cresce e ganha
força e visibilidade, com a luta por direitos trabalhistas e pela posse da terra, impondo-se ao
debate político no centro de decisões do país. Entre os movimentos rurais organizados mais
conhecidos estão as Ligas Camponesas, que renasceram em meados dos anos 1960 e dina-
mizaram suas ações sob a liderança de Francisco Julião, e o Movimento dos Trabalhadores
Rurais sem Terra (MST), criado em 1984. Sobre tais movimentos é correto afirmar que
a) as Ligas Camponesas espalharam-se por todo o país até 1970.
b) têm em comum a luta pela reforma agrária como principal objetivo.
c) ambos têm representantes em partidos políticos atuais.
d) o MST busca conscientizar os trabalhadores sobre as vantagens do agronegócio.
e) ambos buscaram aliança com os latifundiários para defender a agricultura.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

A principal meta dos movimentos citados foi a reforma agrária.


Letra b.

054. (FCC/MPE-RN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010)


No processo de conquista da Capitania do Rio Grande do Norte, a construção do Forte dos Reis
Magos em 1598 como marco definitivo da posse territorial ibérica e fundação de uma pequena po-
voação em 1599, reforçaram a presença física e cultural do homem branco na região. No entanto,
não foi fácil o relacionamento entre os portugueses e os índios potiguaras, pois os laços de alianças
que existiam entre estes e os franceses eram muito fortes, devido ao sistema de escambo.
(Adaptado de http://www.cerescaico.ufrn.br/rnnaweb/historia/ colonia/conquista.htm acesso em 27/04/2010)

De acordo com o texto, a dificuldade no relacionamento entre portugueses e indígenas devia-


-se ao fato de o sistema
a) provocar uma intensa resistência indígena ao trabalho de extração do pau-brasil e um trata-
mento bastante violento e opressivo dos franceses para com os indígenas.
b) criar um verdadeiro clima de guerra e tensão entre índios e portugueses, em virtude da ne-
cessidade de mão de obra nativa na produção de alimentos para os franceses.
c) restringir o lucrativo comércio de mão de obra escrava entre os portugueses e os índios po-
tiguaras nas plantações de cana-de-açúcar e nas áreas litorâneas da capitania.
d) dificultar a existência de trabalho compulsório como imposição dos portugueses e facilitar
o convívio e as relações de troca entre índios e franceses.
e) impedir a conquista portuguesa do território brasileiro e a ampliação de novos espaços de
terras para a produção de mercadorias de alto valor no comércio interno.

A questão trata da resistência indígena ao domínio português. Apesar de ser uma questão específi-
ca para o Rio Grande do Norte, serve-nos para seu aprimoramento na resolução de questões.
Letra d.

055. (FCC/SEPLAG/POLÍCIA MILITAR/MG/PROFESSOR – HISTÓRIA/2012) Leia o texto abaixo:


Logo depois do “Grito do Ipiranga”, fazia-se imprescindível investir o novo governante do país
com as suas reais atribuições. (...) Se D. Pedro era alçado à condição de cabeça e coração do
império, era necessário que todo o corpo político (...) soubesse dessa mudança e se reconhe-
cesse como parte desse mesmo corpo (...). Logo, urgia estabelecer um elo de continuidade
entre o soberano e o súdito, a cabeça e os membros, o coração e o corpo, entre o Brasil e a sua
gente. (Iara Lis Carvalho Souza. Pátria coroada. São Paulo: Editora da UNESP, 1999. p. 256)
O texto trata das preocupações que então nortearam o processo de consolidação do Brasil
como país independente. O país que surgiu desse processo caracterizava-se pela
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

a) intervenção política de grupos populares, sobretudo nas áreas distantes dos centros urbanos,
voltada para sua legitimação e a imposição de uma ordem social baseada na tradição europeia.
b) adoção de um projeto de civilização pactuado entre os diversos grupos sociais do país, que
tinha por base a mescla das culturas americana e europeia.
c) formação de um corpo social marcado pela ausência da cidadania e a exclusão de grande parte
da população, em especial negros, dos quais se esperava comportamento passivo e amorfo.
d) presença vitoriosa no cenário político de grupos até então excluídos e mobilizados em torno
de líderes populares, contrários à ordem social excludente defendida pelas elites.

A Constituição de 1824 era excludente, na medida em que o voto era censitário e grande parte
da população foi excluída do processo político.
Letra c.

056. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Considere as informações abaixo.

“O rei se diverte”. Charge de Faria, na Revista Mequetrefe, ano IV, n. 121, 09/01/1878. Disponível em: https://ensi-
narhistoriajoelza.com.br/caricaturas-do-segundo-reinado-critica-com-humor-e-ironia.

Lê-se a palavra Diplomacia no vestido da anciã que empurra a engrenagem, e as palavras “Par-
tido Liberal” no vestido da moça montada a cavalo, que pronuncia “Ganhei”
A charge acima satiriza um aspecto político importante do Segundo Reinado, a saber:
a) a opção do imperador em resolver pacificamente os graves conflitos entre os Partidos Li-
beral e Conservador, como o impasse em relação à abolição da escravatura, por meio de sua
habilidade diplomática.
b) a impotência de Pedro II diante da conspiração política tramada por conservadores e libe-
rais, no contexto da crise do Império, quando a monarquia estava decadente.
c) a contínua alternância no poder entre o Partido Conservador, cujos membros eram conhe-
cidos como Saquaremas, e o Partido Liberal, os Luzias, com a chancela do Imperador, que
negociava com ambos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 68
HISTÓRIA DO BRASIL
Caderno de Questões – FCC
Daniel Vasconcellos

d) o rígido controle que Pedro II exercia sobre os partidos políticos, tratados como marionetes,
por meio do exercício do Poder Moderador e do apoio militar.
e) as seguidas vitórias dos liberais, que defendiam uma pauta republicana, sobre os conserva-
dores, ligados aos interesses da monarquia portuguesa, diante da incapacidade de Pedro II em
sustentar seu poder no Império.

“Nada se assemelha mais a um saquarema do que um Luzia no poder”. Ou seja, nada mais
conservador que um liberal no poder. Na prática, liberais e conservadores tinham pouca ou
nenhuma diferença nas suas convicções.
Letra c.

057. (FCC/SEDUC ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) No início do século XIX, o Império


Britânico era hegemônico em termos comerciais e militares, e passou a combater o tráfico de
escravos principalmente por causa
a) da ameaça que os traficantes negreiros exerciam sobre a Marinha inglesa, uma vez que
ditavam as regras nos entrepostos comerciais e sistematicamente atacavam e pilhavam, com
suas embarcações fortemente armadas, os navios mercantes britânicos.
b) da combinação de interesses relacionados ao processo de industrialização e expansão dos
mercados, de pressões da opinião pública interna e de demandas de representantes das colô-
nias britânicas no Parlamento, então prejudicados por concorrentes estrangeiros.
c) da independência das Treze Colônias que, ao se tornarem os Estados Unidos da América,
aboliram formalmente a escravidão e o tráfico em suas terras, criando uma economia forte,
com uma indústria em expansão que se tornava potencialmente competitiva com a Inglaterra.
d) do crescimento econômico do Império do Brasil, cuja elite comercial dominava o tráfico
atlântico de escravos, utilizando seus enormes lucros em investimentos agrícolas e fabris que
ameaçavam os interesses comerciais britânicos na América do Sul.
e) dos propósitos ingleses na África subsaariana, onde visavam expandir suas colônias, alian-
do-se, para isso, aos reinos locais que lutavam contra os traficantes portugueses e espanhóis.

O trabalho escravo era contraditório ao capitalismo industrial na medida em que escravos não
consumiam e a escravidão tornava desigual a concorrência, prejudicando os ingleses que ti-
nham custos de mão de obra inclusos no produto final.
Letra b.

Daniel Vasconcellos

Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 68
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ERIC DE OLIVEIRA SOUZA - 07602598520, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar