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Kelsen Pantoja
INDÍCE DO MATERIAL
01. AS INSURREIÇÕES E DISPUTA PELO ACRE (questão acreana) ................................................................................2
01.1 TRATADO DE AYACUCHO (1867) ......................................................................................................................2
01.2 JOSÉ MANUEL PANDO (O ‘’X9”)........................................................................................................................3
01.3 COMISSÃO DEMARCATÓRIA (A LINHA CUNHA GOMES) ..................................................................................3
01.4 AS INSURREIÇÕES PELA CONQUISTA DO ACRE ................................................................................................4
>> O GOVERNO DE JOSÉ PARAVICINI....................................................................................................................4
>> A PRIMEIRA INSURREIÇÃO ...............................................................................................................................5
>> POSSÍVEL ARRENDAMENTO DO ACRE AOS E.U.A ............................................................................................6
>> O GOVERNO DE LUIZ GALVEZ (02ª INSURREIÇÃO) ..........................................................................................6
>> A EXPEDIÇÃO DOS POETAS (03ª INSURREIÇÃO) ..............................................................................................7
>> O “BOLIVIAN SYNDICATE” ................................................................................................................................8
>> PLÁCIDO DE CASTRO E A REVOLUÇÃO ACREANA ............................................................................................8
02. A QUESTÃO ACREANA E O TRATADO DE PETRÓPOLIS (17 DE NOVEMBRO DE 1903)..........................................11
>> TRATADO DE PETRÓPOLIS (1903) ..................................................................................................................11
>> CRIAÇÃO DO TERRITÓRIO FEDERAL DO ACRE (1904) ....................................................................................13
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Nessa época – Século XIX – o ACRE pertencia ao território boliviano e era constantemente invadido por brasileiros, o
que gerou um grande conflito territorial. Durante tal período estava em vigor um tratado diplomático assinado entra Brasil e
Bolívia no ano de 1867, o qual ficou conhecido como “TRATADO DE AYACUCHO”.
• CONTEXTO DA ASSINATURA DO TRATADO: o tratado de Ayacucho foi firmado na época da guerra do Paraguai.
-> A Bolívia era neutro na guerra. Entretanto, o território boliviano poderia servir de caminho para o Paraguai
invadir o território brasileiro.
-> Inteligentemente, o Brasil procurou logo firmar um acordo com a Bolívia, que buscasse celebrar a amizade
entre os dois países. Sendo assim, garantiu segurança ao Brasil de que a Bolívia não permitiria o Paraguai
atacar por terras bolivianas.
• Através do tratado de AYACUCHO, estabeleceu-se também um LIMITE FROTEIRIÇO, em que o território ACREANO
ficou pertencente à BOLÍVIA.
Entretanto, tal tratado não fora respeitado pelos brasileiros, ocorrendo diversas invasões dos seringalistas brasileiros
nas terras bolivianas (Acre). Por quê?
-> Não havia fiscalização e ocupação por parte do governo boliviano, razão pela qual o Acre era denominado de
“TERRAS NÃO DESCOBERTAS”.
-> Apesar da assinatura do tratado em 1867, reconhecendo as terras acreanas como sendo da Bolívia, não ocorreu
uma delimitação certa das linhas de fronteiras em Brasil e Bolívia.
As duas tentativas de demarcação territorial fronteiriça formadas fracassaram. Com isso, os limites do tratado
foram entrando em esquecimento.
Entretanto, na região havia um CORONEL DO EXÉRCITO BOLIVIANO, que vivia exilado por
questões políticas no Rio Beni (próximo ao Rio Madeira – território brasileiro). Esse coronel era
chamado JOSÉ MANUEL PANDO.
José Manuel Pando, quando viu os seringalistas brasileiros invadindo as terras acreanas para extrair a borracha, saiu
correndo para “fuxicar” ao governo boliviano. O coronel exilado denunciou às autoridades bolivianas, em 1894, a invasão de
seringueiros brasileiros na região acreana, a qual era pertencente à Bolívia por força do tratado de Ayacucho.
Diante da denúncia, Pando pôde voltar à sua pátria, perdoado por seu governo, pois relatou os perigos que aquelas
invasões poderiam causar.
ATENÇÃO! Após os relatos de Manuel Pando, o governo boliviano insistiu e apressou o governo brasileiro para que fosse
realizada o mais breve possível a real demarcação das fronteiras entre os dois países, conforme estabelecido no tratado de
Ayacucho.
Essa comissão foi chefiada pelo lado brasileiro e pelo lado boliviano.
• Do lado brasileiro, quem chefiava a comissão era o Coronel THAUMATURGO DE AZEVADO (representante brasileiro).
• Do lado boliviano, quem chefiava a comissão era o “X9”, o exilado Coronel JOSÉ MANUEL PANDO (representante
boliviano).
Ao fazer o estudo da demarcação, Thaumaturgo de Azevedo não aceitou o que estava sendo proposto pelo Tratado
de Ayacucho, pois percebeu que o Brasil perderia uma das áreas mais econômicas à época – o Acre – por causa dos inúmeros
seringais ali presentes, os quais já estavam sendo ocupados por seringalistas brasileiros.
Essa perda de terra seria extremamente prejudicial para a província do Amazonas, a principal produtora de borracha.
Mesmo diante da análise e crítica do Coronel Thaumaturgo, o governo brasileiro determinou que o tratado de
Ayacucho fosse respeitado e demarcação fosse feita conforme o mandamento.
Cunha Gomes respeitou o tratado de Ayacucho, traçando uma linha divisória como o acordo mandava. As terras ao
sul desta linha seriam da Bolívia e as terras ao norte seriam do Brasil.’
As terras acreanas ficavam ao sul, ou seja, pertencentes ao governo boliviano. Essa linha divisória ficou conhecida como “A
LINHA CUNHA GOMES”.
CURIOSIADE!
Thaumaturgo de Azevedo foi nomeado como prefeito do Alto Juruá, após o Acre se
tornar território brasileiro.
Entretanto, o governo brasileiro foi decisivo ao afirmar que o Acre era da Bolívia, prevalecendo e fazendo respeitar
todos os limites de Ayacucho. Logo, o Estado do Amazonas viu que única forma de ter as terras acreanas novamente seria por
meio da luta armada. Dessa forma, o Amazonas passou a financiar diversas tomadas de território, as quais foram denominadas
de INSURREIÇÕES.
CURIOSIDADE!
Dessa forma, toda extração da borracha na região acreana seria taxada em uma “duana” localizada em Puerto Alonso.
ATENÇÃO1! Os impostos variavam de 15 a 40% do valor do produto. Como não havia muita circulação de dinheiro na região,
muitas vezes esse percentual era pago com borracha.
ATENÇÃO2! José Paravicini foi o responsável pela instalação inicial da Bolívia no Acre, ao fundar a cidade de Puerto Alonso
(atual Porto Acre) em 1899.
Os seringalistas brasileiros e o governo do Amazonas não aceitaram as imposições do governo boliviano, decidindo-
se então pela primeira investida contra os bolivianos, ocorrendo a primeira insurreição.
CURIOSIDADE!
* Pando ordenou que José Paravicini saísse do território acreano e voltasse ao seu cargo de ministro.
* No lugar de Paravicini assumiu o Delegado Moisés Santivanez, representando o governo da Bolívia no Acre, instalado em
Puerto Alonso.
* Santivanez tentou agradar os seringalistas brasileiros, mas não foi bem recepcionado.
* Um seringalista, que também era advogado e jornalista, patrocinado pelo Estado do Amazonas, liderou a primeira rebelião –
tratava-se do cearense JOSÉ DE CARVALHO.
• José de Carvalho, com várias pessoas armadas, embarcaram no navio Botelho com destino a Puerto Alonso.
• Santivanez, com medo, não reagiu, disse que sairia, mas exigiu uma intimação por escrito.
ATENÇÃO! A rebelião de José de Carvalho não precisou de “tiros”, pois o Delegado Boliviano Santivanez deixou o Acre dois
dias depois, em 03 de MAIO de 1899.
Como assim? A Bolívia estava pensando em ceder o uso das terras acreanas para empresários norte-americanos, delegando
assim a responsabilidade de fiscalizar tais terras.
Entretanto, tal atitude jamais seria aceita pelos países vizinhos, pois colocaria em risco a segurança fronteiriça de suas
nações.
Essa estratégia boliviana foi descoberta por um espanhol que morava no Brasil, chamado de LUIZ GALVEZ.
CURIOSIDADE!
Posteriormente mudou-se para o Brasil, vindo residir na cidade de Manaus (Amazonas), em 1899. Em Manaus trabalhou como
jornalista.
De Manaus foi para Belém (Pará), onde também trabalhou como jornalista.
No Pará, Galvez fez amizade com o consulado boliviano, momento em que acabou descobrindo os planos do governo da Bolívia
de arrendar as terras acreanas aos americanos.
E o que Galvez fez? A “Reviravolta do X9” para o lado brasileiro. Como assim, professor? Galvez deu com a língua nos
dentes para a impressa brasileira inteira, publicando no jornal em que ele trabalhava os planos bolivianos.
• A Bolívia negou todos os fatos, mas toda a imprensa nacional passou a divulgar as intenções bolivianas, principalmente
o governo Amazonense.
• O governo americano não querendo conflitos com o Brasil (Essa porra mesmo – a gente meteu medo até no Tio Sam),
resolveu naquele momento não negociar o arrendamento das terras acreanas com os bolivianos
• Galvezão, todo sincero, foi para o Acre a bordo do navio a vapor “Cidade
do Pará”, levando homens, armas, dinheiro e alimentos.
• Recebeu apoio dos revolucionários seringalistas brasileiros, liderados por José de Carvalho.
• Galvez, em 14 DE JULHO 1899, DECLAROU o Acre como um país independente, denominado ESTADO INDEPENDENTE
DO ACRE. Também se autointitulou presidente.
CURIOSIDADE!
Galvez mal falava o português direito, mas, mesmo assim, escreveu a países
como Alemanha, França, Inglaterra, Portugal e Argentina para que
reconhecessem o Acre como um país independente.
• Outro problema enfrentado fora que as casas Aviadoras de Manaus e Belém se recusaram a pagar os impostos
estipulados por Galvez sobre a exportação da borracha.
> Como resposta, o presidente do Estado Independente do Acre fechou a livre navegação dos navios
brasileiros no Acre e proibiu a exportação da borracha por Manaus e Pará.
> Essa proibição do comércio da borracha com as duas grandes potências desse produto (Amazonas e Pará)
foi o estopim para queda de Galvez.
Devido a tais problemas originados pelas proibições impostas por Galvez, este acabou sendo destituído do poder pelos
próprios seringalistas e sendo posteriormente preso pelo governo brasileiro.
Galvez foi levado muito doente para Manaus e Belém, depois foi transferido para Recife e de lá enviado de volta para
a Europa.
ATENÇÃO! O governo brasileiro ao retomar o Acre de Galvez, devolveu para o governo boliviano a quem de fato pertencia o
direito por força do tratado de Ayacucho.
> Essa insurreição é denominada de FLORIANO PEIXOTO, mas ficou conhecida como sendo a “expedição dos POETAS”.
> A insurreição era composta por professores, poetas, advogados, médicos, engenheiros, os quais eram acompanhados
de soldados, armas e alguns canhões.
> O combate ocorreu em 29 de dezembro de 1900, em que os “poetas” fugiram quando os primeiros tiros começaram
a ser disparados nas suas direções. Ou seja, a insurreição foi totalmente fracassada.
CURIOSIDADE!
Participou dessa expedição o primeiro GOVERNADOR do Território Federal do Acre – EPAMINONDAS JÁCOME.
Entretanto, dessa vez não era apenas um “possível” arrendamento, pois, de fato, ocorreu.
O Acre foi arrendado para um grupo empresarial norte americano e inglês conhecido como BOLIVIAN SYNDICATE.
> MOTIVOS PARA O ARRENDAMENTO: o governo boliviano não possuía condições financeiras e nem militares para
administrar as terras acreanas.
> O arrendamento foi proposto pelo embaixador boliviano Félix Aramayo e aceitado pelo presidente José Manuel
Pando.
CONDIÇÕES DO ARRENDAMENTO
Vejamos quais eram as consequências do arrendamento das terras acreanas para o Bolivian Syndicate:
- O grupo empresarial Bolivian Syndicate, localizado em Nova Iorque, teria a administração fiscal do território acreano, podendo
cobrar qualquer espécie de imposto ou direito sobre as terras.
- O Bolivian Syndicate possuía o direito de assegurar o domínio das terras acreanas pelo uso da força (inclusive armada com
navios de guerra).
- 60% dos lucros ficava para o governo boliviano e 40% para o Bolivian Syndicate.
Quando o arrendamento foi noticiado, os países vizinhos (Brasil e Peru) não aceitaram a ação, pois colocaria em risco
a segurança de suas fronteiras.
Os Estados Unidos, querendo apoio brasileiro nos conflitos que estavam tendo com os países da américa central,
convenceu o governo boliviano a desfazer o contrato com o Bolivian Syndicate.
O estado do Amazona encontrou um militar preparado para comandar uma possível guerra
contra os bolivianos – tratava-se de JOSÉ PLÁCIDO DE CASTRO.
PLÁCIDO DE CASTRO:
CURIOSIDADE!
Plácido não tomou Puerto Alonso de início, pois o seu primeiro ataque ocorreu em MARISCAL SUCRE (Atual cidade DE
XAPURI).
O governo boliviano sabendo da tomada de Mariscal Sucri pelo exército de Plácido de Castro e que estes desceriam o
rio Acre, preparam uma emboscada.
Essa emboscada aconteceu em um lugar chamado SERINGAL EMPRESA (atual município de Rio Branco). Ao passarem
pelo seringal, Plácido e seu exército foram surpreendidos pelos soldados bolivianos, perdendo grande parte de seu batalhão e
tendo que recuar.
Após a derrota pela passagem do Seringal Empresa, o exército de Plácido se preparou novamente para enfrentar os
soldados bolivianos que ali estavam.
Importante frisar que Plácido respeitava os pactos internacionais de guerra, não fuzilando seus prisioneiros.
Essa vitória foi de extrema importância, pois, a partir de então, Plácido e seu exército dominaram toda a região do
Alto Rio Acre.
Plácido não concentrou a luta somente no território acreano, mas também invadiu o território boliviano. Essa
estratégia foi importantíssima, pois, antes mesmo dos soldados bolivianos chegarem às terras acreanas para dar reforço aos
soldados que lá estavam, já eram atacados pelos seringalistas brasileiros.
Esses ataques minavam a força dos soldados bolivianos já localizados em solo acreano, pois ficavam impedidos de
receber mais armamentos e alimentos, por exemplo.
Antes mesmo das tropas de Plácido de Castro chegarem à Puerto Alonso, o representante boliviano local, D. Lino
Romero, já havia declarado “derrota”.
D. Lino Romero havia enviado uma carta ao presidente boliviano José Manuel Pando alegando que a derrota seria
inevitável por diversas razões, dentre elas:
O exército de Plácido partiu rumo à Puerto Alonso, em que o ataque se iniciou no dia 15 de janeiro de 1903 e terminou
no dia 24 de janeiro de 1903 com vitória do lado brasileiro.
D. Lino Romero e os soldados bolivianos foram derrotados e com eles a tentativa boliviana de permanecer no domínio
da região. O representante boliviano e os soldados derrotados foram enviados para Manaus e de lá deportados para a Bolívia.
Plácido de Castro foi aclamado governador do Estado Independente do Acre, fazendo de Xapuri a sede de seu
governo.
OBSERVAÇÕES!
Para alguns historiadores, considera-se “REVOLUÇÃO ACREANA” todo o período em que ocorreram as investidas para a
conquista do Acre.
Para outros historiadores, considera-se “REVOLUÇÃO ACREANA” apenas a 04ª (quarta) insurreição comandada por Plácido de
Castro.
Independe disso, grave que a REVOLUÇÃO ACREANA foi uma revolta contra o governo boliviano e aconteceu no período da
PRIMEIRA REPÚBLICA BRASILEIRA.
Para fins de provas, não podemos afirmar em “GUERRA DA BORRACHA” – esse termo é errado. A GUERRA DA BORRACHA
OCORREU SOMENTE NO SEGUNDO CICLO.
Aconteceram conflitos pela disputa do território acreano e um dos motivos que gerava cobiça pelas terras era a vantagem
econômica da borracha. Uma guerra teria proporções muito maiores entre Brasil e Bolívia, entretanto, tal situação foi evitada
por intermédio de negociações e acordos diplomáticos.
Plácido contava apenas com 400 homens que restaram da luta, ou seja, a sua derrota e extermínio seria inevitável.
Prevendo tal situação, o governo brasileiro resolveu intervir no conflito, pois não poderia deixar seus nacionais
morrerem.
Entretanto, essa intervenção não poderia ser armada, pois estariam iniciando uma guerra com a Bolívia. Sendo assim,
a melhor via de proteger os brasileiros e evitar um conflito maior seria pela via diplomática e por meio de negociações.
Logo, surge a figura de BARÃO DO RIO BRANCO, diplomata brasileiro que tomou a frente das negociações com o
governo boliviano. Essas negociações resultaram na assinatura do TRATADO DE PETRÓPOLIS.
* CONTEXTO DA ASSINATURA DO TRATADO: o tratado de Petrópolis foi firmado na época da GUERRA DO ACRE ou
REVOLUÇÃO ACREANA.
-> Como já mencionado, muitos seringueiros (nordestinos) e seringalistas (empresários da borracha), foram
explorar a borracha em território boliviano, mais precisamente no ACRE – território boliviano na época.
-> Entretanto, os seringueiros nordestinos encontraram resistência no território acreano, por parte das
autoridades bolivianas. Como o Acre pertencia à Bolívia, esta, por sua vez, resolveu taxar e cobrar imposto
em relação a extração de látex realizada no território.
ATENÇÃO! A taxação de impostos aos seringueiros brasileiros, foi uma das medidas que o governo boliviano
adotou para manter controle e domínio sobre o território acreano, o qual a época pertencia à Bolívia.
-> A decisão de cobrar tributo da extração de Látex não foi recepcionada pelos seringueiros brasileiros que
ali estavam, gerando uma “revolta”, iniciando uma guerra entre SERINGUEIROS BRASILEIROS e BOLIVIANOS.
ATENÇÃO1! A revolta dos seringueiros brasileiros contra o governo boliviano ficou conhecida como
REVOLUÇÃO ACRIANA.
PLÁCIDO DE CASTRO era o líder revolucionário que comandou os seringueiros contra as autoridades
bolivianas.
ATENÇÃO2! Mais uma vez, reitero e lembro que, nesse momento, o Brasil já era País e estava vivendo a época
da chamada PRIMEIRA REPÚBLICA.
* Paralelamente, enquanto ocorria os conflitos entre brasileiros e bolivianos no território acreano, o Brasil tentava firmar
acordo diplomático entre Brasil e Bolívia.
* Quem conduziu as negociações entre Brasil e Bolívia, visando o fim da guerra, foi o ministro das relações exteriores – BARÃO
DO RIO BRANCO (José Maria da Silva Paranhas Jr).
* Através das negociações realizadas por BARÃO DO RIO BRANCO, Brasil e Bolívia firmam o TRATADO DE PETRÓPOLIS (17 DE
NOVEMBRO DE 1903).
-> O Brasil comprou o ACRE por DOIS MILHÕES DE LIBRAS. (O Acre se tornou território do Brasil).
ATENÇÃO! Grave: a Bolívia queria livre acesso para escoar seus produtos até o OCEANO ATLÂNTICO.
Na negociação, esse “livre acesso” era perpétuo, pois não havia um tempo determinado.
Cuidado em prova, pois a questão poderá vir falando em “Oceano PACÍFICO”, o que está ERRRADO.
- Entretanto, havia um problema, a navegação realizada no Rio Madeiro e Mamoré era repleta
de cachoeiras, o que dificultava o transporte.
-> Nesse sentido, Bolívia exigiu, por meio do tratado, que o Brasil CONSTRUÍSSE UMA ESTRADA DE FERRO
(ESTRADA DE FERRO MADEIRA MAMORÉ), onde possibilitasse o escoamento de mercadoria até o Rio
Amazonas, que permitia acesso ao Oceano Atlântico.
CURIOSIDADE: O responsável pela construção da ferrovia foi o empreendedor estadunidense PERCIVAL FARQUHAR.
Percival contratou o sanitarista Oswaldo Cruz, que visitou o canteiro de obras e saneou a região.
CURIOSIDADE: A estrada de ferro deveria ligar o porto de Santo Antônio, localizado no Rio Madeira, até Guajará-Mirim,
no Rio Mamoré
-> Além disso, apesar de o Brasil ter comprado o Acre, também foi obrigado a ceder uma pequena porção
territorial brasileira, que ficou pertencente à Bolívia.
ATENÇÃO1! Essa pequena porção territorial fica compreendida entre o Rio Abunã e Madeira, na margem
direita do Rio Paraguai.
ATENÇÃO2! Essa pequena porção territorial também pode ser chamada em prova de “Áreas do Mato Grosso”.
ÁREA BRASILEIRA
CEDIDA À BOLÍVIA
ÁREA BOLIVIANA
CEDIDA AO ACRE
A área ESVERDEADA do mapa representa a parcela de terra que passou a ser do Brasil, ou seja, o território Acreano.
ATENÇÃO3! Nesse sentido, ao ganhar as terras acreanas, o Brasil ficou obrigado a demarcar a nova fronteira com o
Peru, pois tal área é fronteiriça com o referido país.
ATENÇÃO! Ao passo que o Brasil detém poder territorial do Acre, mas também cede uma pequena porção territorial à Bolívia
– tem-se que, nas provas, o Tratado de Petrópolis é considerado um TRATADO DE COMPENSAÇÃO TERRITORIAL.
A pequena área LARANJADA do mapa representa a parcela de terra brasileira que passou a ser da Bolívia.
• ALTO ACRE;
• ALTO PURUS;
• ALTO JURUÁ.