Você está na página 1de 15

FACAPE

Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina


Ciência da Computação

Alessandra Floriano Baldini


Vanusete
Redley Franklin

Pressupostos- Brasil, O Estado No Brasil-pressupostos, Brasil Império, Brasil


Republica

2023
Petrolina - PE

1
Sumário
1.1 O PROCESSO DE OMINIZAÇÃO: ......................................................................................... 3
1.2 O ESTADO NO OCIDENTE: CONCEITOS-DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA GREGA,
IDADE MÉDIA E MODERNA: ............................................................................................................. 3
1.3 MÉDIA: Na Idade Média, o feudalismo predominou, caracterizado por relações ............ 3
1.4 MODERNA: Na Idade Moderna, o conceito de Estado no Ocidente passou por
transformações significativas. Autores como Maquiavel, em "O Príncipe", enfatizaram a
realpolitik e a ..................................................................................................................................... 4
2. O PERIODO PRÉ COLONIZADOR.............................................................................................. 4
2.1 ILMPLANTACÃO DO GORVERNO GERAL NO BRASIL ................................................. 6
2.3 O CICLO DO CAFÉ NO BRASIL ........................................................................................... 7
3. O Brasil império: Pressupostos ................................................................................................. 8
4.0 O BRASIL REPUBLICA ............................................................................................................... 9
4.1 REPÚBLICA VELHA OU PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930) ..................................... 9
4.1.2 A Primeira República Foi Dividida Em Dois Períodos: .............................................. 9
República da Espada (1889-1894), ......................................................................................... 9
República das Oligarquias (1894-1930) .............................................................................. 10
4.2 REPUBLICA CAFEEIRA ....................................................................................................... 10
Economia Cafeeira:.................................................................................................................. 10
4.3 ERA VARGAS ............................................................................................................................. 11
Contexto Histórico ................................................................................................................... 11
4.3.1 Governo Provisório............................................................................................................ 11
4.3.2 Governo Constitucional (1934-1937) ............................................................................. 12
Fascismo E Comunismo À Moda Brasileira ...................................................................... 13
O Governo Varguista Dá Seus Primeiros Sinais De Autoritarismo ............................ 13
4.3.3 Estado Novo (1937-1945).................................................................................................. 13
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................................... 15

2
1.1 O PROCESSO DE OMINIZAÇÃO:

A hominização é um longo e lento processo de evolução física e Intelectual do


antepassado do homem, que permitiu que seres com características próximas dos
símios (os australopitecos) evoluíssem até a espécie que somos atualmente, os
homo Sapiens Sapiens.

“o homem não nasce humano, torna-se humano”

Essa afirmação reflete a perspectiva de que a humanidade é moldada por


experiências, cultura e sociedade ao longo da vida, em vez de ser determinada
apenas pela biologia do nascimento.

1.2 O ESTADO NO OCIDENTE: CONCEITOS-DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA


GREGA, IDADE MÉDIA E MODERNA:

No Ocidente, os conceitos do Estado têm raízes na Antiguidade Clássica Grega.


Filósofos como Platão e Aristóteles influenciaram a compreensão da política e da
organização social, discutindo ideias sobre governança, justiça e cidadania. Platão,
em "A República", propôs a
ideia de uma sociedade ideal liderada por filósofos-reis. Aristóteles, em "Política",
explorou diferentes formas de governo, destacando a importância da virtude e do
bem comum.Na Antiguidade Clássica Grega, a ideia de Estado estava intimamente
ligada ao conceito de "polis". A polis era uma cidade-Estado independente com sua
própria organização política, econômica e social. Atenas e Esparta são exemplos
proeminentes de polis gregas.

1.3 MÉDIA: Na Idade Média, o feudalismo predominou, caracterizado por relações


descentralizadas de poder entre senhores feudais e vassalos. O surgimento
3
posterior de monarquias absolutistas refletiu uma centralização crescente do
poder, marcando uma transição na concepção e organização do Estado.

1.4 MODERNA: Na Idade Moderna, o conceito de Estado no Ocidente passou por


transformações significativas. Autores como Maquiavel, em "O Príncipe", enfatizaram
a realpolitik e a
necessidade de os governantes agirem com pragmatismo para manter o poder.
Posteriormente, filósofos como Hobbes, em "Leviatã", destacaram a importância do
contrato social e a criação de um Estado soberano para garantir a ordem e a
segurança. Essas ideias contribuíram para a formação das bases do pensamento
político moderno.

2. O PERIODO PRÉ COLONIZADOR

2. O PERIODO PRÈ – COLONIAL: A chegada de Pedro Alves Cabral desembarcou


em terras brasileiras no dia 22 de abril de 1500 a rota original era correspondeu ao
momento anterior a efetiva ocupação de Portugal em terras brasileiras. Esse período
foi marcado pelas primeiras impressões dos portugueses em relação aos povos
indígenas que habitavam o território. Esse período prè colonial correspondeu ao
momento a chegada dos Portugueses ao Brasil, em 1500, até sua efetiva
coloizacao,em 1530.

O período Pré- colonial foi um curto espaço de tempo entre chegada da esquadra
de Pedro Alves Cabral até a efetivação da colonização do Brasil. Foi um período
marcado pelo reconhecimento das novas terras e da sua viabilidade econômica e pela

4
expulsão de piratas que tentavam invadir o Brasil. Ao desembarcar no Brasil 1500,
os portugueses se interessaram em verificar a existência de metais preciosos. Já se
tinha conhecimento de que os espanhóis haviam encontrado ouro na região de Cuzco,
atual Peru. Para responder ao rival, Portugal esperava encontrar a mesma pedra
preciosa no litoral brasileiro. Não encontrando, os Portugueses extraíram pau – brasil,
arvore cuja madeira poderia ser utilizada como matéria-prima na confecção de
moveis. Como primeiro contato com indignas, os primeiros habitantes daquelas terras,
foi cordial, para extrai-la os colonos fizeram o escambo dos indígenas extraíram as
arvores da floresta e levavam até a embarcação pela qual seriam levadas para
Portugal, e em troca, receberam espelhos e outros objetos sem valor financeiro para
os portugueses. Enquanto os portugueses não tinham interesse em escravizar os
indígenas. Ao se efetivar a colonização brasileira, a partir de 1530, a necessidade de
mão de obra fez com que os portugueses tivessem tal objetivo. Em primeiro momento,
o Brasil se entreposto para as navegações de Portugal, e manteve-se o comércio de
pau-Brasil, apesar dá no mercado europeu não correspondeu aos anseios
econômicos dos portugueses. Esses desinteresses de Portugal colaboraram para o
fato de que piratas franceses, ingleses e holandeses organizaram ataques ao Brasil,
o que fez com que os portugueses estudassem medidas para efetivar a colonização
e afastar o perigo de invasões estrangeiras.

FIM DO PERIODO PRÉ-COLONIAL


O fim do período Pré-colonial correspondeu ao momento em que Portugal decidiu, de
fato, iniciar a colonização do Brasil. A crise do comércio das especiarias orientais, em
meados do século XVI, e as várias tentativas de invasão empreendidas por franceses,
ingleses e holandeses fizeram com que a coroa Portuguesa confirmasse a sua posse
sobre as terras brasileiras. Assim, os portugueses deram início aos interesses do
mercado externo, junto a isso, a mão de obra escravizada se tornou uma realidade
em nosso país.

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

5
Os portugueses adotaram no Brasil a mesma forma de administração utilizada nas
colônias da ilha da madeira, no litoral africano. O território foi dividido em porções de
terra para serem distribuídas entre nobres aliados da coroa portuguesa. Eram as
capitanias hereditárias. A ideia era centralizar a administração colonial. Os donatários,
como foram chamados os que geririam as capitanias, tinham como função garantir a
segurança verificar se a região era prospera para a exploração e garantir o pleno
cumprimento das ordens reais. O desinteresse dos donatários em investir no Brasil
fez com que as capitanias hereditárias não dessem certo. Apenas as capitanias de
Pernambuco e São Vicente prosperaram.

2.1 ILMPLANTACÃO DO GORVERNO GERAL NO BRASIL

O Governo- Geral investiu na construção de engenhos de cana-de açúcar, atividade


econômica que prosperou nos primeiros tempos Colonias. Ao longo do litoral
nordestino, espalharam-se inúmeras plantações de cana-de açúcar, cujo principal
objetivo era abastecer o mercado europeu. Com os governadores-gerais, chegaram
ao Brasil os primeiros padres jesuítas. Esses religiosos vieram em missão para
evangelizar os indígenas. Não demorou para que os padres entrassem em conflitos
com os portugueses por conta do uso do trabalho indígena. Enquanto os colonos
queriam escravizar aos indígenas para o trabalho na lavora de açúcar jesuítas

6
defendiam sua ação missionaria. Esse conflito foi apaziguando com os religiosos
conduzindo os indígenas para regiões distantes do litoral e mantendo o trabalho de
evangelização. Nas missões jesuítica, os indígenas trabalharam na terra e dela se
sustentavam com fracasso na escravidão indígena e a necessidade urgente de mão
de obra para trabalhar no plantio e colheita da cana-de-açúcar, os portugueses
encontraram nos negros africanos à forca da trabalhadora. O tráfico negreiro se tornou
uma atividade econômica altamente lucrativa.
A crise do açúcar ocorreu em meados do século XVII, quando os holandeses foram
expulsos de Pernambuco. Os invasores começaram plantar cana-de-açúcar nas
Antilhas, sua colônia na América Central, e logo se tornaram concorrentes do açúcar
brasileiro. Isso fez com que o preço da produção açucareira feita no Brasil se
desvalorizasse. A Coroa portuguesa decidiu então investir em expedições para o
interior brasileiro, no intuito de descobre metais preciosos e fazer a colônia voltar a do
lucro. No século XVIII, bandeirantes que saíram de São Paulo para o sertão do Brasil
encontraram na região de Minas Gerais as primeiras minas de ouro.

2.3 O CICLO DO CAFÉ NO BRASIL


O café chegou ao Brasil, na segunda década do século XVIII, através de Francisco
de Melo Palheta. Estas primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa. No
século XIX, as plantações de café espalharam-se pelo interior de São Pulo e Rio de
Janeiro. Cafeicultura se manteve como a principal atividade econômica do Brasil.
Esse período ficou conhecido como ciclo do café recebeu esse título porque, o café
se tornou naquela época, um produto fundamental de exportação brasileira. A
possiblidade de transformar o cultivo da iguaria no importante ciclo do café, se deu
por causa da queda nas exportações de alguns produtos que davam sustentação para
a economia brasileira, do ciclo do algodão no brasil e da produção cacaueira. Diante
desse contexto era necessário cogitar outras alternativas.

7
3. O Brasil império: Pressupostos

O Brasil Império foi o período entre 1822 e 1889, quando o Brasil era uma
monarquia comandada pela família imperial brasileira. Dom Pedro I foi o primeiro
imperador, seguido por seu filho Dom Pedro II. Durante esse tempo, ocorreram
eventos significativos, como a Guerra do Paraguai e a abolição da escravidão em
1888. O império chegou ao fim com a Proclamação da República em 1889.

PRIMEIRO REINADO:

O 1º Reinado no Brasil ocorreu de 1822 a 1831, sendo marcado pelo governo de


Dom Pedro I, que se tornou o primeiro imperador do Brasil após proclamar a
independência do país de Portugal em 1822. Esse período foi caracterizado por
instabilidades políticas, conflitos internos, incluindo a Confederação do Equador, e a
abdicação de Dom Pedro I em 1831, encerrando o 1º Reinado e dando início ao
período regencial.

PERÍODO REGÊNCIAL:

O Período Regencial no Brasil compreendeu o intervalo entre a abdicação de Dom


Pedro I, em 1831, e a maioridade de seu filho, Dom Pedro II, em 1840. Durante
esses anos, o país foi
governado por regentes em meio a tensões políticas, sociais e econômicas. Os
principais
eventos desse período incluem a Cabanagem, a Revolta dos Malês e a Balaiada,
refletindo as lutas regionais e as tensões entre grupos políticos. A instabilidade
levou a pressões pela
antecipação da maioridade de Dom Pedro II para restaurar a estabilidade
política.
2° REINADO:
O 2º Reinado no Brasil ocorreu de 1840 a 1889 e foi marcado pelo governo de
Dom Pedro II. Este período foi mais estável em comparação com o 1º Reinado e
o Período Regencial. Dom Pedro II foi proclamado imperador aos 14 anos, após
a antecipação de sua maioridade.
Durante seu reinado, o Brasil experimentou avanços econômicos, culturais e
científicos, mas também enfrentou desafios como a Questão Christie, a Guerra do

8
Paraguai e a abolição da escravidão em 1888. O 2º Reinado chegou ao fim com
a Proclamação da República em 1889.

4.0 O BRASIL REPUBLICA


Brasil República é o período da História do Brasil, que teve início com a Proclamação
da República. A República foi proclamada em 15 de novembro de 1889 e vigora até
os dias atuais.

Foi resultado de um golpe militar que derrubou a monarquia brasileira, que se


enfraqueceu a partir do momento em que esse regime perdeu o apoio das elites
econômicas do país. Isso aconteceu, principalmente, pela insatisfação de dois grupos
muito importantes naquele momento: o Exército e a elite cafeeira paulista.

4.1 REPÚBLICA VELHA OU PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930)

Após a Proclamação da República no Brasil, instituiu-se imediatamente um governo


provisório. O governo provisório era chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que
deveria dirigir o País até que fosse elaborada uma nova Constituição.

No dia 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a segunda Constituição brasileira e a


primeira da República. No dia seguinte à promulgação da Constituição, foram eleitos
pelo Congresso Nacional, o primeiro presidente e o vice.

4.1.2 A Primeira República Foi Dividida Em Dois Períodos:

República da Espada (1889-1894),


Devido condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil: Deodoro da Fonseca
(1891) e Floriano Peixoto (1891-1894) corresponde ao primeiro período da República
Velha, em que o poder político, no Brasil, esteve nas mãos dos militares. Neste
período foi promulgado a 1ª constituição republicana em 1891, que estabeleceu o
mandato presidencial de quatro anos.

1. Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente da “República da Espada”. A


eleição ocorreu num ambiente agitado, pois militares que o apoiavam,
ameaçavam mantê-lo na Presidência, caso seu adversário, o paulista Prudente

9
de Morais fosse o vitorioso. Diante de constantes atritos com o Legislativo e
ameaçado de Impeachment, Deodoro dissolveu o Congresso Nacional no dia
3 de novembro de 1891, e instituiu o “estado de sítio”, a censura à imprensa e
mandou prender seus principais opositores. Receoso de uma guerra civil,
Deodoro renunciou e entregou a chefia do governo ao vice-presidente Floriano
Peixoto.
2. Floriano Peixoto enfrentou protestos da oposição, pois era considerado um
presidente ilegítimo. De acordo com a Constituição, se um presidente não
completasse dois anos de mandato, seriam convocadas novas eleições.
Deodoro havia governado apenas nove meses, mas Floriano não convocou
novas eleições, e por isso teve de enfrentar diversas revoltas.

Floriano tinha tudo para continuar no governo após terminar seu mandato. Porém não
o fez. Estava encerrada a “República da Espada” e começava a "República das
Oligarquias" caracterizada pelo domínio dos fazendeiros paulistas e mineiros

República das Oligarquias (1894-1930)


Período em que as oligarquias agrárias dominavam o país, conhecido popularmente
como a “política do café com leite”, em razão da dominação paulista e mineira no
governo federal, que só terminou com a Revolução de 1930. Durante o período,
apenas três presidentes não procediam dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.
A supremacia política das grandes oligarquias foi aniquilada com a Revolução de
1930.

4.2 REPUBLICA CAFEEIRA


Neste período houve domínio político das oligarquias agrárias, especialmente em São
Paulo e Minas Gerais.

Economia Cafeeira:
A "República do Café" pode ser entendida como uma referência ao período da
República Velha em que a economia cafeeira desempenhou um papel central, com a
política sendo dominada pelas oligarquias ligadas a essa atividade econômica. Essa
fase da história brasileira foi marcada pela alternância de poder entre São Paulo e
Minas Gerais, ambos estados com forte presença na produção de café. A elite
cafeicultora exercia influência política considerável, conhecida como "política do café
10
com leite", onde São Paulo e Minas Gerais se revezavam no controle presidencial,
consolidando o poder nas mãos dessas oligarquias.

A República Velha chegou ao fim em 1930 com a Revolução de 30, teve fim com o
golpe contra a estrutura oligárquica da República, liderado por Getúlio Dornelles
Vargas, que resultou na ascensão de Vargas ao poder e marcou o início de uma nova
fase na história política e econômica do Brasil. A presidência foi passada para Getúlio
Vargas, dando fim à República Velha.

4.3 ERA VARGAS

Contexto Histórico
Era Vargas foi o período em que Getúlio Vargas governou o Brasil. Foram 15 anos,
entre 1930 e 1945 variando entre governo provisório, constitucional e Estado
Novo. Esse período foi importante para a história brasileira, por conta das inúmeras
mudanças sociais e econômicas que Getúlio Vargas fez no país.

Em 1930, as eleições foram realizadas e deram a vitória a Júlio Prestes. No entanto,


Prestes nunca tomou posse da presidência. Os aliados mineiros, gaúchos e
paraibanos formaram juntos a Aliança Liberal, que se recusou a aceitar a validade das
eleições, alegando que houve fraude na vitória de Júlio Prestes. Júlio Prestes foi
deposto e fugiu juntamente com Washington Luís. A presidência foi passada para
Getúlio Vargas, dando fim à República Velha.

4.3.1 Governo Provisório


Logo no início de seu governo, Vargas buscou romper os laços entre o Estado e as
elites tradicionais que governavam até então. Para fazer isso, ele adotou políticas de
centralização do poder, como o fechamento do Congresso, e a abolição da
Constituição de 1891. A ideia do novo Presidente era de reestruturar o Estado, para
romper completamente com os antigos grupos poderosos que o controlavam.

Também com esse intuito, Vargas adotou medidas de substituição dos antigos cargos
políticos, vinculados às elites tradicionais. Os governadores dos estados foram
substituídos por pessoas nomeadas pelo novo Presidente, os
chamados interventores. Em geral eram nomeados para esse cargo tenentes que
participaram da Revolução de 30, como forma de compensá-los por sua participação
11
no movimento. Com essa substituição, pretendia-se aniquilar o poder local dos
coronéis (que até então governavam através da chamada “política dos
governadores”).

Como o nome desse período indica, a expectativa era de que o governo fosse apenas
transitório e convocasse novas eleições rapidamente. O descumprimento dessa
expectativa, juntamente com as ousadas transformações implementadas por Vargas,
provocou reações das oligarquias locais. Em São Paulo as elites tradicionais
convocaram a população para um levante contra o governo, pedindo a realização de
novas eleições e a convocação de uma Constituinte. Esse movimento ficou conhecido
como “Revolução Constitucionalista de 32”.

Vargas convocou uma Assembleia Constituinte para a elaboração de uma nova carta
Constitucional, promulgada em 1934.

A Constituição de 1934 foi inovadora em seu caráter liberal e progressista, que


pretendia uma expansão dos direitos sociais para a população. Uma das principais
novidades dessa Constituição foi a garantia de direitos trabalhistas, com o
estabelecimento da jornada de trabalho de 8 horas, das férias e da previdência social.
Destaca-se também a mudança na legislação eleitoral, com o estabelecimento
do voto secreto e ampliação da participação política, através da implementação
do voto feminino. Por fim, também é evidente o caráter nacionalista da
Constituição, com políticas de defesa de riquezas naturais.

4.3.2 Governo Constitucional (1934-1937)


A nova Constituição elaborada por Getúlio foi bem recebida pela população, que teve
seus direitos ampliados a partir da nova Carta. Esse sucesso costuma ser apontado
como a principal razão para sua reeleição em 1934 (na verdade, eleição, pois antes
Vargas chegou ao poder por meio de um Golpe de Estado).

O segundo governo varguista é considerado a segunda fase da Era Vargas, período


conhecido como Governo Constitucional, em referência a recém promulgada
Constituição. Na Europa vivia um momento em que as hostilidades entre o fascismo
e o comunismo estavam prestes a desencadear o maior conflito da história.

12
Fascismo E Comunismo À Moda Brasileira
No Brasil, a influência dessas duas ideologias se fez sentir. Inspirada pelo fascismo
italiano, surgia aqui a Ação Integralista Brasileira (AIB), um movimento político de
extrema-direita liderado por Plínio Salgado. Sob o lema “Deus, pátria e família”, o
integralismo brasileiro defendia um governo forte e centralizado, o fim das liberdades
democráticas e a perseguição ao comunismo.

O comunismo, por sua vez, também inspirou a emergência de um movimento político


no Brasil. Denominado Aliança Nacional Libertadora (ANL) o movimento comunista
brasileiro caracterizava-se por sua defesa da reforma agrária, pelo anti
imperialismo (ou seja, contra o domínio dos Estados Unidos e das potências
europeias sobre o Brasil), e pelo desejo de uma revolução proletária.

O Governo Varguista Dá Seus Primeiros Sinais De Autoritarismo


Com a emergência desses movimentos políticos, Getúlio Vargas vê seu governo
ameaçado. Embora as tentativas de levantes tenham sido facilmente contidas pelo
governo, Vargas as utiliza como justificativa para decretar um estado de1 Sítio no país.

Sob justificativa de uma “ameaça comunista” a eleição presidencial de 1937 é


cancelada. Um suposto plano comunista para a derrubada do governo,
intitulado Plano Cohen, é divulgado (hoje, sabe-se que o plano foi inventado pelo
próprio governo para justificar medidas de exceção). Em resposta a essa suposta
tentativa de Golpe, Vargas dissolve o Legislativo e anula a Constituição de 1934.
Inicia-se, então, a terceira fase da Era Vargas, denominada Estado Novo.

4.3.3 Estado Novo (1937-1945)


O Estado Novo consiste no período da ditadura varguista, que teve início com o
cancelamento da eleição presidencial de 1937 e a instauração de um governo de
exceção. Para dar respaldo ao autoritarismo desse período, foi elaborada uma nova
Constituição, a Constituição de 1937, conhecida como “Polaca” por sua inspiração
Polonesa.

1
"O estado de sítio é um instrumento burocrático e político em que o chefe de Estado — que, no Brasil, é o(a)
Presidente da República — suspende por um período temporário a atuação dos Poderes Legislativo (deputados
e senadores) e Judiciário."

13
A nova carta constitucional favoreceu a concentração do poder no Executivo, com a
abolição das demais instituições democráticas. Os partidos políticos, como a AIB e a
ANL foram colocados na ilegalidade, e a perseguição a oposição foi institucionalizada,
inclusive com a permissão da prática de tortura.

Como é de praxe em governos autoritários, Vargas criou o Departamento de


Imprensa e Propaganda (DIP), para controlar a imagem do governo perante os olhos
da população. Encarregado de fazer propaganda do governo, o DIP era responsável
pelo programa “Hora do Brasil”, que passava diariamente nas rádios.

O nacional desenvolvimento, principal característica do governo varguista, foi


bastante forte nesse período, com a criação de diversas companhias nacionais, como
a Companhia Siderúrgica Nacional (1941); a Companhia Vale do Rio Doce (1942)
e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945).

Em 1944 o Brasil une-se aos Aliados, para lutar ao lado dos Estados Unidos e da
União Soviética contra os regimes fascistas da Itália e da Alemanha. O fato de Vargas,
que governava sob um regime autoritário, ter participado na Guerra contra o fascismo
é considerado um pouco controverso.

A participação brasileira na Segunda Guerra expôs as contradições do governo


varguista, por mandar seus homens para morrer lutando contra o autoritarismo na
Europa, enquanto o autoritarismo era também a realidade nacional. Em outubro de
1945 Vargas foi deposto por meio um golpe de Estado organizado pela União
Democrática Nacional (UDN) e pelos militares.

Com a deposição de Getúlio chega ao fim o período denominado Era Vargas, mas
esse ainda não seria o fim de Getúlio Vargas na Presidência.

Os quinze anos consecutivos da presidência de Getúlio Vargas constituem o período


intitulado “Era Vargas” (1930-1945), e não correspondem à totalidade do período de
governo varguista. Poucos anos depois, em 1951, Getúlio retornou à Presidência por
mais três anos, até que, em 1954, ’saiu da vida para entrar na história’.

14
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRASIL. Textos políticos da história do Brasil. Paulo Bonavides, Roberto Amaral- 3ed,
V.3, Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2002 disponível em: https//:
www2.senado.leg.br/bdsf/browse?type=subject&value=Primeira%20República%20(1
889-1930),%20Brasil Acesso em: 30/11/2023

BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Urna eletrônica. Disponível em:


<http://www.tse.jus.br/eleicoes/urna-eletronica/urna-eletronica>.
Acesso em: 28/11/2023

POLITIZE. ERA VARGAS Disponível em: <www.politize.com.br/era-


vargas/?https://www.politize.com.br>. Acesso em:01/12/2023.

15

Você também pode gostar