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ECONOMIA
- Por causa da crescente demanda internacional por borracha, a partir da segunda
metade do século XIX, em 1877, os seringalistas com a ajuda financeira das Casas
Aviadoras de Manaus e Belém, fizeram um grande recrutamento de nordestinos
para a extração da borracha nos Vales do Juruá e Purus.
- De 1877 até 1911, houve um aumento considerável na produção da borracha que,
devido às primitivas técnicas de extração empregada, estava associado ao aumento
do emprego de mão-de-obra.
- O Acre chegou a ser o 3° maior contribuinte tributário da União. A borracha
chegou a representar 25% da exportação do Brasil.
- Como o emprego da mão-de-obra foi direcionado à extração do látex, houve
escassez de gêneros agrícolas, que passaram a ser fornecidos pelas Casas Aviadoras.
Sistema de Aviamento
- Cadeia de fornecimento de mercadorias a crédito, cujo objetivo era a exportação
da borracha para a Europa e EUA. No 1° Surto, não sofreu regulamentações por
parte do governo federal. AVIAR= fornecer mercadoria a alguém em troca de outro
produto.
- O Escambo era usual nas relações de troca - as negociações eram efetuadas, em
sua maioria, sem a intermediação do dinheiro.
- Era baseado no endividamento prévio e contínuo do seringueiro com o patrão, a
começar pelo fornecimento das passagens.
- Antes mesmo de produzir a borracha, o patrão lhe fornecia todo o material
logístico necessário à produção da borracha e à sobrevivência do seringueiro.
Portanto, já começava a trabalhar endividado. Nessas condições, era quase
impossível o seringueiro se libertar do patrão.
"O sertanejo emigrante realiza ali, uma anomalia, sobre a qual nunca é demasiado
insistir: é o homem que trabalha para escravizar-se". Euclides da Cunha.
SOCIEDADE
(Seringalista x Seringueiro)
Seringal: unidade produtiva de borracha. Local onde se travavam as relações sociais
de produção.
Barracão: sede administrativa e comercial do seringal. Era onde o seringalista
morava.
Colocação: era a área do seringal onde a borracha era produzida. Nesta área,
localizava a casa do seringueiro e as "estradas" de seringa. Um seringal possuía
várias colocações.
Varadouro: pequenas estradas que ligam o barracão às colocações; as colocações
entre si; um seringal a outro e os seringais às sedes municipais. Através desses
trechos passavam os comboios que deixavam mercadorias para os seringueiros e
traziam pelas de borracha para o barracão.
Gaiola: navio que transportava nordestino de Belém ou de Manaus aos seringais
acreanos.
Brabo: Novato no seringal que necessitava aprender as técnicas de corte e se
aclimatar à vida amazônica.
Seringalista (coronel de barranco): dono do seringal, recebiam financiamento das
Casas Aviadoras.
Seringueiro: O produtor direto da borracha, quem extraia o látex da seringueira e
formavam as pelas de borracha.
Gerente: "braço-direito" do seringalista, inspecionava todas as atividades do
seringal.
Guarda-livros: responsável por toda a escrituração no barracão, ou seja, registrava
tudo o que entrava e saía.
Caixeiro: Coordenava os armazéns de viveres e dos depósitos de borracha.
Comboieiros: responsáveis de levar as mercadorias para os seringueiros e trazer a
borracha ao seringalista.
Mateiro: identificava as áreas da floresta que continha o maior número de
seringueiras.
Toqueiro: Abriam as "estradas".
Caçadores: abastecia o seringalista com carne de caça.
Meeiro: seringueiro que trabalhava para outro seringueiro, não se vinculando ao
seringalista.
Regatão: negociantes fluviais que vendiam mercadorias aos seringueiros a um preço
mais baixo que os do barracão.
Adjunto: Ajuda mútua entre os seringueiros no processo produtivo.
- Havia alta taxa de mortalidade no seringal: doenças, picadas de cobra e parca
alimentação.
- Os seringueiros eram, em sua maioria, analfabetos;
- Predominância esmagadora do sexo masculino.
- A agricultura era proibida, o seringueiro não podia dispensar tempo em outra
atividade que não fosse o corte da seringa. Era obrigado a comprar do barracão.
CRISE (1913)
- Em 1876, sementes de seringa foram colhidas da Amazônia e levadas a Inglaterra
por Henry Wichham.
- As sementes foram tratadas e plantadas na Malásia, colônia inglesa.
- A produção na Malásia foi organizada de forma racional, empregando modernas
técnicas, possibilitando um aumento produtivo com custos baixos.
- A borracha inglesa chegava ao mercado internacional a um preço mais baixo do
que a produzida no Acre. A empresa gumífera brasileira não resistiu à concorrência
Inglesa.
- Em 1913, a borracha cultivada no Oriente (48.000 toneladas) superava a produção
amazônica (39.560t). Era o fim do monopólio brasileiro da borracha.
- Com a crise da borracha amazônica, surgiu no Acre uma economia baseada na
produção de vários produtos agrícolas como mandioca, arroz, feijão e milho.
- Castanha, madeira e o Óleo de copaíba passaram a ser os produtos mais
exportados da região.
- As normas rígidas do Barracão se tornaram mais flexíveis. O seringueiro passou a
plantar e a negociar livremente com o regatão.
- Vários seringais foram fechados e muitos seringueiros tiveram a chance de voltar
para o nordeste.
- Houve uma estagnação demográfica;
- Em muitos seringais, houve um regresso a economia de subsistência.
CONSEQÜÊNCIAS
- Povoamento da Amazônia.
- Genocídio indígena provocado pelas "correrias", ou seja, expedições com o
objetivo de expulsar os nativos de suas terras.
- Povoamento do Acre pelos nordestinos;
- Morte de centenas de nordestinos, vítimas dos males do "inferno verde".
- Revolução Acreana e a consequente anexação do Acre ao Brasil (1889-1903);
- Desenvolvimento econômico das cidades de Manaus e Belém;
- Desenvolvimento dos transportes fluviais na região amazônica;
5 reservas extrativistas
Resex Alto Juruá (primeira reserva extrativista a ser criada em 1989)
Resex Cazumbá Iracema (2ª maior reserva)
Resex Chico Mendes (Maior reserva extrativista, abrange 7 municípios: Assis Brasil,
Brasiléia, Capixaba, Epitaciolândia, Rio Branco, Sena Madureira e Xapuri)
Resex Alto Tarauacá
Resex Riozinho do Liberdade
A criação das Resex foi uma das principais lutas de Chico Mendes.
1 Estação Ecológica
Estação Ecológica do Rio Acre
1 parque nacional
Parque Nacional da Serra do Divisor
1 parque estadual
Parque Estatual Chandless
3 Florestas Nacionais
Floresta Nacional Macauã
Floresta Nacional São Francisco
Floresta Nacional Santa Rosa do Purus
4 Florestas Estaduais
Floresta Estadual do Antimary
Floresta Estadual Mogno
Floresta Estadual Rio Liberdade
Floresta Estadual Rio Gregório
Pecuária
84% das terras do Acre estão aptas para o cultivo. 2% são favoráveis ao cultivo de
grãos.
Geologia
Geomorfologia
Tipos de solo:
Argissolos – (38,32%), Cambissolos (31,56%), Luvissolos (14,60%), Gleicossolos
(5,98%), Latossolos (3,15%) Vertissolos (3,04%) Plitossolos (2,21%),
Neossolos(1,16%)
Predominância dos solos por regional:
Regional Baixo Acre – Argissolos e Latossolos
Regional Alto Acre – Argissolos
Regional Purus – Cambissolos
Regional Tarauacá-Envira - Cambissolos
Regional Juruá – Vertissolos, Latossolos, Luvissolos, Gleicossolos, Neossolos
Do ponto de vista econômico o Acre pode ser dividido em dois grandes polos
(mesorregiões).
Maior zona de fronteira do Acre é com o Peru e com a Bolívia (1.565km² e 618km²
respectivamente)
Acesso do Brasil com o Peru: Santa Rosa do Purus, Marechal Thaumaturgo e Assis
Brasil.
Acesso do Brasil com a Bolívia: correspondente às províncias bolivianas de Nicolas
Suárez e Abunã, do Departamento de Pando. Os municípios acreanos, nessa divisa,
são seis: Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba,
Plácido de Castro e Acrelândia
Bacias hidrográfica
Os rios acrianos fazem parte da Bacia hidrográfica do Rio Amazonas. Principais que
compõe a bacia hidrográfica do Rio Amazonas: Purus, Juruá e Abunã
Principais Bacias do Estado: Bacia do Acre-Purus e Bacia do Juruá.
Principais rios do Acre: Juruá, Purus, Acre, Tarauacá, Iaco, Envira e Xapuri.
Bacias Hidrográficas compreendem divisores de água no qual toda a água
precipitada escorre para um ponto mais baixo, ou seja, podemos dizer que a Bacia
Hidrográfica corresponde ao um rio principal e seus afluentes, onde são realizados
diversos usos.
O estado do Acre faz parte da Região Hidrográfica do rio Amazonas, da Região
Hidrográfica do rio Solimões, das Bacias Hidrográficas do Javari, Juruá, Purus, e da
Bacia Hidrográfica do Rio Madeira (Brasil, 2006).
Os rios Juruá e Purus pertencem à rede hidrográfica do rio
Amazonas e formam a Bacia Hidrográfica do Juruá e a Bacia Hidrográfica do Purus.
São rios que nascem no Peru, atravessam o Estado, em paralelo, no sentido
sudoeste/nordeste e deságuam em outros rios do Amazonas, ou seja, são rios que
apresentam, ao mesmo tempo, caráter internacional e federal.
Bacia do Juruá
A bacia do Rio Juruá tem como principais afluentes, os Rios Tarauacá e Envira, que
formam as sub-Bacias Tarauacá e Envira. Esta bacia abrange oito municípios
pertencentes às Regionais de Desenvolvimento do Juruá e do Tarauacá-Envira:
Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Marechal
Thaumaturgo, Jordão, Tarauacá e quase toda a área do município de Feijó, ficando
uma pequena porção deste na Bacia do Rio Purus.
O rio Juruá é navegável por grandes embarcações entre Cruzeiro do Sul e Marechal
Thaumaturgo, durante a cheia e, por embarcações de pequeno e médio porte, na
vazante.
O rio Tarauacá é o mais importante afluente do rio Juruá, atingindo esse Rio no
estado do Amazonas, é navegável desde a divisa com o Peru até a foz do Jordão.
Seus afluentes são os rios Muru, Envira e jurupari. O rio Envira, principal afluente do
rio Tarauacá é navegável desde sua foz até o Município de Feijó. É um rio de muita
sinuosidade e de grande importância para atividades comerciais e comunicação com
localidades isoladas, cujo acesso é somente via fluvial ou aéreo.
Bacia do Purus
O rio Purus, junto com os rios Juruá e Javari, são considerados os principais rios da
Amazônia Sul-Ocidental brasileira. A Bacia do Purus tem como principais afluentes
os rios Iaco, Macauã, Iquiri e o Rio Acre. Os rios Iquiri e Rio Acre formam as Sub-
bacias do Rio Iquiri e do Rio Acre.
Os municípios que compõem a Bacia do Rio Purus pertencentes às Regionais de
Desenvolvimento do Purus são: Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Manuel
Urbano, Assis Brasil e pequenas porções dos territórios de Bujari e Feijó.
Os municípios da Regional do Purus que compõem parte da Bacia do Rio Purus
apresentam a área de cobertura florestal bem conservada, enquanto que os
municípios de Acrelândia e Senador Guiomard que pertencem à sub-bacia do rio
Iquiri apresentam mais de 50% de suas áreas desflorestadas (ACRE, 2007a).
Bacia do Rio Acre
O rio Acre e seus afluentes formam a Bacia Hidrográfica do Rio Acre e ocupa parte
das regionais de Desenvolvimento do Alto Acre e Baixo Acre. Nasce em território
peruano, atravessa os países da Bolívia e do Brasil. No Acre, deságua no rio Purus e
tem como principais afluentes os rios Xapuri e Riozinho do Rôla, este último
apresentando-se como o maior e mais importante afluente da Bacia Hidrográfica do
Rio Acre. Dentre outros afluentes importantes do Rio Acre estão os rios Antimary e
Andirá.
Os Municípios formadores da bacia do rio Acre são os que apresentam maior taxa
de desmatamento, como Capixaba (42%), Epitaciolândia (42%), Porto Acre (41%),
Bujari (34%), Brasiléia (27%), Rio Branco (25%) e Xapuri (20%).
Bacia do Rio Abunã
O rio Abunã nasce na Bolívia, atravessa os estados do Amazonas, Acre e Rondônia e
forma, com o rio Mamoré, a Bacia Hidrográfica do rio Madeira; é considerado uma
bacia binacional. Em território acreano, o rio Abunã ocupa áreas dos municípios de
Acrelândia, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Capixaba, Epitaciolândia e Xapuri.
Os municípios brasileiros que compõem esta bacia tiveram, em 2006, alto
percentual de desmatamento, destacando Plácido de Castro (71%), Senador
Guiomard (68%) e Acrelândia (53%). As águas deste manancial são utilizadas para
consumo, recreação e lazer, dentre outros.
A gestão dos recursos hídricos, a partir de bacias hidrográficas, ainda é um grande
desafio no Acre, uma vez que nossas principais bacias hidrográficas são formadas
por rios fronteiriços, ou seja, aqueles que as águas de um rio são utilizadas por dois
ou mais estados da mesma federação ou com outros países.
A Bacia Hidrográfica do rio Madeira em território acreano ocupa uma área de 5.227
km2. Tem cerca de 1.500 pessoas em núcleos habitacionais nos seus principais
afluentes. (Acre, 2007).
Política
• 198 Vereadores
• 24 deputados Estaduais
7 reeleitos
17 eleitos pela primeira vez
• 8 deputados federais
1 - Angelin
2 - César Messias Major Rocha
3 - Léo de Brito
4 - Jessica Sales
5 - Sibá Machado (reeleito)
6 - Flaviano Melo (reeleito)
7 - Alan Rick
8 – Major Rocha
Gladson Cameli
Jorge Viana
Sergio Petecão
Energia