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ONHB13 / Fase 4

ONHB / IFCH - Unicamp


Conteúdo

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

35 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

36 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

37 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

38 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

39 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

40 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

41 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

42 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

43 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

44 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

45 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

46 / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

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Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

053: Leite Condensado de Borden . . . . . . . . . . 21

054: Leite moça e Farinha láctea . . . . . . . . . . . 23

055: Mulheres “escolhedeiras” na mina Hercílio Luz,


1938-1939 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

056: Nordestino, sim; Nordestinado, não! . . . . . . 26

057: Carta ao Padre Geral de São Vicente ao ultimo


de maio de 1560 . . . . . . . . . . . . . . . 29

058: Desabou o Elevado Paulo de Frontin . . . . . . 31

059: Responsabilidades . . . . . . . . . . . . . . . 35

060: Retrato do Intrépido Marinheiro Simão, carvo-


eiro do vapor Pernambucana (1853-57) . . . 38

061: Correio Mercantil, 06 de novembro de 1853 . . 39

062: Correio Mercantil, 15 de novembro de 1853 . . 40

063: História nacional em São Paulo: o Museu Pau-


lista em 1922 . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

064: Por que as meninas não querem fazer ciências


exatas? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

065: Trainee 2021 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

066: Liderança negra . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

067: Conhecendo e Debatendo a História do Maranhão 52

068: Eu só peço a Deus . . . . . . . . . . . . . . . . 53

2
Introdução

A aventura traz novas surpresas...

Sejam bem-vindo(a)s à Fase 4 da décima terceira edição da


Olimpíada Nacional em História do Brasil!
A quarta da fase da 13ª Olimpíada inicia dia 24 de maio
(segunda-feira) e encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 29
de maio (sábado). Esta fase é composta por 11 Questões e 1
Tarefa. Cada uma das questões apresentadas possui quatro
alternativas. Há mais de uma resposta correta, mas cabe a vocês
escolher qual alternativa consideram como a mais adequada e
selecioná-la.
Atenção: A prova pode ser salva em “rascunho”, mas não se
esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando
em “entregar”.
Bom trabalho a todos!

3
Questões

35 / Questão

Observe as propagandas a seguir:

Documento 053 Propaganda p. 21

Leite Condensado de Borden

Documento 054 Propaganda p. 23

Leite moça e Farinha láctea

A partir das informações encontradas nas propagandas acima,


escolha uma alternativa:

A. Era comum, em propagandas de alimentos, o uso de


supostas “opiniões médicas” como forma de endossar a
qualidade do produto anunciado.

B. Ao contrário do que afirma o anúncio do Leite Condensado


de Borden, atualmente o uso desse produto pelas Forças
Armadas não é recomendado.

C. Os benefícios para a saúde consistem no maior argumento


das propagandas de produtos lacteos apresentadas.

D. As propagandas evidenciam o processo de industrialização


alimentícia ocorrido no Brasil entre os séculos XIX e XX.

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36 / Questão

Documento 055 Fotografia p. 25

Mulheres “escolhedeiras” na mina Hercílio Luz, 1938-


1939

A partir da imagem, escolha a alternativa mais adequada:

A. O trabalho nos barracões de escolha de carvão era uma


atividade tipicamente feminina, porque não representava
risco à saúde e era remunerada de forma condizente à
função.

B. As mulheres, em evidência na cena, são as chamadas


escolhedeiras ou catadoras do carvão, responsáveis por
separar manualmente as pedras de carvão do restante do
material retirado das minas.

C. A imagem mostra um cenário de trabalhadores do carvão


com destaque para as mulheres que, em primeiro plano,
empunham picaretas diante de uma mesa com pedaços de
carvão.

D. As medidas de incentivo à indústria carbonífera, no século


XX, promoveram a concentração de trabalhadores e
trabalhadoras nas atividades de mineração na região sul do
país.

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37 / Questão

Documento 056 Poesia p. 26

Nordestino, sim; Nordestinado, não!

A partir do documento, assinale a alternativa mais pertinente:

A. O texto, em tom de denúncia, permite inferir sobre as


difíceis condições da vida do nordestino.

B. As rimas simples e o caráter regional do texto fazem dele


um exemplo de literatura menor.

C. A expressão “nordestinado não” critica a naturalização dos


problemas sociais e pode ser interpretada como uma forma
de resistência.

D. Patativa do Assaré, poeta, cantor e repentista, foi um


importante artista popular cearense cuja obra é conhecida
internacionalmente.

Conteúdo adicional

LINK: Patativa do Assaré - NORDESTINO SIM, NORDESTINADO NÃO

https://www.youtube.com/watch?v=zReqMykFbs8

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38 / Questão

Documento 057 Carta p. 29

Carta ao Padre Geral de São Vicente ao ultimo de maio de


1560

A partir do texto, assinale a alternativa mais adequada:

A. Considerada a primeira aparição da lenda do curupira em


registros sobre a colônia, a narrativa do padre Anchieta
incorpora a seu mundo cristão as entidades descritas pelos
indígenas.

B. O texto é parte de uma carta escrita pelo Padre José de


Anchieta, descrevendo as coisas naturais da Capitania de
São Vicente e seres presentes no território, como “a cousa
de fogo”, o boitatá.

C. Nas suas descrições, Anchieta não parece contestar a


existência dos seres que atormentam ou matam os
indígenas, interpretando-os como demônios que podem ser
afastados pela fé cristã.

D. Dentre os fantasmas que habitam as águas, Anchieta


menciona a Igpupiára, ser metade mulher, metade
crocodilo, também conhecida como Cuca ou Maria
Caninana, capaz de afogar e matar os homens ao levá-los
para o fundo dos rios.

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39 / Questão

Abaixo você pode ler trechos de uma reportagem publicada no


Correio da Manhã (RJ), em 21 de novembro de 1971, e de uma
coluna publicada no Diário de Notícias (RJ), do dia 23 de
novembro de 1971.

Documento 058 Jornal p. 31

Desabou o Elevado Paulo de Frontin

Documento 059 Jornal p. 35

Responsabilidades

Depois de ler as duas notícias, assinale a alternativa que


considere mais adequada:

A. Após a tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, apurações foram


conduzidas pelo governador Chagas Freitas, com divulgação
dos motivos do desabamento e responsabilização e prisão
dos empreiteiros responsáveis pela obra.

B. Durante a ditadura civil-militar, a ênfase do governo em


obras monumentais criou uma relação de proximidade entre
governantes e empreiteiras, que se firmaram como as
principais empresas do país.

C. O desabamento do Elevado Paulo de Frontin serviu de


inspiração para Aldir Blanc e João Bosco comporem o
primeiro verso da música ”O bêbado e a equilibrista”, que
também denunciava outros problemas ocorridos nos anos
1970 no Brasil.

8
D. As notícias chamam a atenção para o desabamento do
elevado Paulo de Frontin, que matou e feriu dezenas de
pessoas, afirmando a necessidade de se apurar as
responsabilidades na tragédia.

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40 / Questão

Observe a reprodução artística e leia as notícias.

Documento 060 Óleo sobre tela p. 38

Retrato do Intrépido Marinheiro Simão, carvoeiro do vapor


Pernambucana (1853-57)

Documento 061 Jornal p. 39

Correio Mercantil, 06 de novembro de 1853

Documento 062 Jornal p. 40

Correio Mercantil, 15 de novembro de 1853

Escolha a melhor alternativa:

A. Só foi possível a um marinheiro negro como Simão tornar-se


tema de um retrato individual por seus atos compreendidos
e divulgados como heroicos e abnegados.

B. Até meados do século XIX, no Brasil, as representações


artísticas mais recorrentes de populares tratavam-nos como
anônimos - “tipos” ou pessoas exercendo seus ofícios.

C. O retratado pelo pintor é Simão, originário de Cabo Verde


que ganhou relevo na imprensa por ter salvo treze pessoas
do naufrágio do Vapor Pernambucana; por tal feito, recebeu
do Imperador a alforria.

D. A pintura, que segue a representação plástica do período, é


um retrato apresentado em três quartos de um homem
negro com o peito à mostra e a segurar uma corda, tendo ao
fundo um céu tempestuoso.

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41 / Questão

Documento 063 Texto acadêmico p. 41

História nacional em São Paulo: o Museu Paulista em


1922

O trecho do artigo acadêmico aponta para

A. a recuperação e invenção de relíquias históricas para narrar


um evento local.

B. a influência dos diretores de um museu sobre seus acervos


e prioridades.

C. o processo de criação de um museu que, ao mesmo tempo,


é um marco comemorativo.

D. a evocação de eventos passados para fundamentar a


criação de um lugar de memória.

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42 / Questão

Documento 064 Jornal eletrônico p. 44

Por que as meninas não querem fazer ciências exatas?

A partir da leitura do texto acima e dos conhecimentos


mobilizados em sua equipe, escolha uma alternativa:

A. A defesa da representatividade e da inserção das meninas e


mulheres nas ciências pode ter impactos no
reconhecimento pela comunidade científica e no acesso a
cargos de chefia e poder.

B. A participação de mulheres nas ciências e, em especial, nas


ciências exatas não é coerente com a porcentagem de
mulheres na sociedade brasileira nem com o número de
mulheres formadas na universidade.

C. É senso comum explicar as diferenças entre os gêneros - e


os papéis sociais por eles ocupados - com base em
argumentos biológicos.

D. Estimular brinquedos e brincadeiras não divididos por


gênero constitui, segundo as cientistas do documento, a
solução para superar a baixa participação de meninas nas
ciências exatas.

Conteúdo adicional

LINK: Portal Ciência Web http://www.usp.br/cienciaweb/LINK: Mulheres na ciência no Brasil:

ainda invisíveis? https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de- conteudo/artigos/

artigos/177- mulheres-na-ciencia-no- brasil- ainda- invisiveisLINK: Mulheres na

ciência: alguns números do Brasil https://www.blogs.unicamp.br/pemcie/2019/09/27/

mulheres-na- ciencia-alguns- numeros- do- brasil/

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43 / Questão

Documento 065 Propaganda p. 50

Trainee 2021

Documento 066 Propaganda p. 51

Liderança negra

A partir dos documentos, assinale a alternativa mais pertinente:

A. O conjunto de documentos evidencia a existência de


programas criados por empresas para contratação exclusiva
de profissionais negros.

B. Os programas de trainee apresentados são responsáveis por


erradicar as práticas racistas da sociedade brasileira.

C. A população negra no Brasil - 56% da população total -


ocupa apenas 4,7% dos cargos de liderança nas 500
maiores empresas do país, o que é um exemplo de racismo
estrutural.

D. Os programas são exemplos de ações afirmativas -


conjuntos de medidas voltadas a grupos discriminados e
vitimados pela exclusão social no passado ou no presente.

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44 / Questão

Documento 067 Livro paradidático p. 52

Conhecendo e Debatendo a História do Maranhão

Sobre o movimento descrito e sua compreensão posterior, é


correto afirmar:

A. A Balaiada, longo movimento ocorrido entre 1838 e 1841,


não se limitou ao Maranhão, onde eclodiu, mas se expandiu
para as províncias do Piauí e do Ceará, tendo como causa
imediata a promulgação da “Lei dos Prefeitos”.

B. A revolta, de caráter social e popular, pontuou o território


maranhense para além de São Luís, atingindo locais como
Vargem Grande, Alcântara, Vila de Caixias, Viana, Itapecuru,
Brejo, Barra do Corda, Icatu e Grajaú.

C. Uma hipótese para a ausência de estudos sobre o tema é a


prevalência de líderes das classes subalternas (escravos,
negros forros, vaqueiros, camponeses e artesãos) em
contraste a eventos como Guerra dos Farrapos.

D. Revoltas como a Balaiada, ocorridas após a independência


do país, mostram que as classes subalternas ao fim
mantiveram a fidelidade aos grandes proprietários locais
que indiretamente provinham seu sustento.

Conteúdo adicional

LINK: Conheça mais sobre a vida e obra do professor Joan Botelho https://g1.globo.com/ma/

maranhao/noticia/2021/04/15/professor- de- historia- do- ifma- e- ex- vereador- de-

sao- luis-joan-botelho-morre- em- decorrencia- da- covid.ghtmlLINK: Assista uma aula do

prof. Joan sobre a Balaiada https://www.youtube.com/watch?v=HpASWiA9LLg

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45 / Questão

Escute a canção “ Eu só peço a Deus


[https://www.youtube.com/watch?v=lGkuBY30fjY] Eu só
peço a Deus ” e acompanhe sua letra:

Documento 068 Música p. 53

Eu só peço a Deus

É correto afirmar que:

A. A circulação de canções como essa, no Brasil durante as


décadas de 1970 e 1980, evidencia que existiam redes de
solidariedade e resistência internacionais contra a
repressão na América Latina.

B. A canção é um exemplo das produções do catolicismo


contrário às ditaduras, inspirado pela Teologia da Libertação
e representado pelos sacerdotes Pedro Casaldáliga, Frei
Betto e Gustavo Gutiérrez Merino.

C. A melodia mistura influências de ritmos latino-americanos


tradicionais a elementos do folk; já a letra é escrita como
uma prece contra máculas sociais como a guerra, a violência
e a injustiça.

D. A música “Solo le pido a Dios/Eu só peço a Deus” foi


composta em 1978 e regravada nos anos 1980 pelos
argentinos León Gieco e Mercedes Sosa, além dos
brasileiros Milton Nascimento e Beth Carvalho.

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46 / Tarefa

Prezado(a)s participantes da 13ª Olimpíada Nacional em História


do Brasil

Apresentamos aqui a quarta Tarefa da Olimpíada. Trata-se de


uma tarefa criada na 10ª edição da ONHB e que mais uma vez traz
uma atividade bastante comum aos historiadores. Quando os
historiadores fazem suas pesquisas, por exemplo, em arquivos,
bibliotecas, museus e acervos pessoais, frequentemente têm que
ler, decifrar e compreender documentos produzidos no passado.
Nesta Tarefa trazemos para vocês uma carta década de 1950, e
os desafiamos a ler, entender e transcrever esse documento.
Como ele está em letra cursiva (escrita à mão), vocês devem
seguir algumas dicas que os pesquisadores utilizam:
a) leiam com calma cada palavra, tentando dar sentido ao que
está escrito;
b) procurem se acostumar com as formas como o autor desenha
certas letras, pois essas formas se repetem e podem auxiliar a
decifrar outras palavras;
c) estejam atentos aos detalhes - o historiador também é uma
espécie de “detetive do passado”.

Instruções para realizar a tarefa:


1) Cada espaço em aberto no “box de edição” (formulário
editável) corresponde a um trecho [linha] que “retiramos” do
texto. Vocês devem ler o mesmo trecho no documento original e
escrevê-lo no espaço correspondente;
2) Uma pequena parte da transcrição já está realizada dentro do
box de edição da tarefa. Sua equipe deve completar os trechos
faltantes conforme indicado “box de edição” e demarcado no
documento;
3) As linhas estão numeradas. Conforme se passa o “mouse”
sobre a parte a ser preenchida, a mesma parte aparece em
destaque no documento original. Fizemos isso para que os
participantes não se percam na leitura do documento;

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4) Na escrita, é possível usar a grafia atual (a forma de escrever a
palavra que usamos hoje) ou a grafia da época ou ainda misturar
as duas. Cada espaço preenchido vale ponto;
5) A transcrição deve acompanhar o texto apresentado em cada
linha do documento. Transcrições realizadas em locais incorretos
do texto não serão pontuadas;
6) A transcrição deve respeitar a pontuação, letras maiúsculas e
minúsculas etc. e principalmente as linhas em que os trechos se
encontram;
7) As abreviações, se existirem, podem ser mantidas ou
transcritas por extenso, cabe à equipe escolher a forma como
prefere registrá-las, desde que sejam coerentes com o que está
registrado no documento.

Atenção!
O sistema não permite o envio da tarefa a menos que TODOS os
trechos selecionados estejam transcritos. É necessário confirmar
a transcrição depois que a sua equipe terminar a tarefa.
Ao preencher o formulário com a transcrição de cada linha a
equipe deverá clicar em “Salvar Rascunho”, assim, o que foi
realizado até o momento será salvo em modo rascunho, e mesmo
que vocês saiam da página da Olimpíada e retornem depois, o
rascunho estará salvo e disponível.
Lembramos que não é recomendável que mais de uma pessoa
edite a tarefa ao mesmo tempo. Nosso sistema não permite
sobreposição de rascunhos salvos em edições simultâneas em
tarefas de uma mesma equipe. Apenas aquilo que um dos
participantes realiza será salvo, podendo ser perdidas
informações e preenchimentos. A Comissão Organizadora da
ONHB não se responsabiliza por problemas causados por edições
simultâneas de tarefas em uma mesma equipe, sendo computado
para a composição da nota apenas aquilo que for enviado como
tarefa finalizada após um dos membros da equipe clicar no botão
“Entregar a questão”.

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O envio definitivo ocorre apenas quando um membro da equipe
clicar em “Entregar a questão”. Para que o botão “Entregar
questão” seja liberado é necessário que todas as linhas estejam
preenchidas e salvas em rascunho.
Após clicar em “Entregar a questão” nenhuma alteração poderá
ser feita. Por isso só clique em “Entregar a questão” após ter
transcrito todos os trechos do documento e ter certeza de que
deseja finalizar a tarefa.
Mãos à obra!

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DOCUMENTO A SER TRANSCRITO COM INDICAÇÃO DAS LINHAS

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15 16

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22 23

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LINHAS A SEREM TRANSCRITAS

Observe que alguns trechos já estão transcritos, preencha os vazios.

1 Hôtel des Bergues / Genève / Téléphone: (022) 32 66 45 · Télégr.:

2 Bergueshotel

8 “écriture”, a incomparable

9 a “culture” antiga

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20 em Montana!

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Documentos

Documento 053

Leite Condensado de Borden

Leite Condensado

 de 

Borden

Acabamos de receber uma factura deste delicioso leite, já tão


conhecido nos Estados-Unidos e na Europa.
É o leite PURO, depois de haver evaporado quasi toda a agua,
preparado com assucar refinado.

21
Preparado por esta fórma o leite conserva-se por muitos anos
bom e fresco.
É excellente para todos os usos culinários em que se necessita
de leite.
Para café, chá, chocolate, creme, bolos, pudins e toda
qualidade de comida em cuja composição entre o leite.
Com uma só colhersinha de leite condensado faz-se um copo
de leite fresco, de um gosto puro e frescal.
Os primeiros medicos o recommendão para crianças como
preferível ao leite tirado das vacas, que vivem sempre nas
estribarias, sem nunca respirarem o ar livre dos campos.
É sem igual para hoteis, para o exército, para a marinha, para
viajantes de toda a qualidade, para casas particulares e para
todos que desejão ter sempre á mão leite fresco de um gosto
delicioso e puro.
Este leite é preparado unicamente pelos Srs 

W. K. LEWIS E IRMAOS 

DE BOSTON ESTADOS-UNIDOS

DE QUE SOMOS OS UNICOS  AGENTES  NESTE IMPÉRIO 

Cada lata tem o rotulo em portuguez com o nosso nome


impresso nelle.

15 RUA DIREITA 15

H. M. LANE E C.

Á Venda em São Paulo na casa de W. D. Pitt 46 RUA DIREITA 46

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Leite Condensado de Borden.  Diário de São Paulo, n.
258, São Paulo, 20 de junho de 1866, p. 4. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=709557&pasta=ano%20186&pesq=&pagfis=974
[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=709557&pasta=ano%20186&pesq=
&pagfis=974]
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=709557&pasta=ano%20186&pesq=&pagfis=974
CRÉDITOS: Leite Condensado de Borden; Diário de São Paulo. PALAVRAS-CHAVE: propaganda,
história da alimentação, comércio

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Documento 054

Leite moça e Farinha láctea

Transcrição:

Superior:

É lindo ver-se uma creança bem vestida: porém, gosando


esta ao mesmo tempo de bôa saúde é o supra-summo do
ideal para uma mãe.

DUAS COISAS INDISPENSAVEIS A TODAS AS MÃES SÃO POIS:

Inferior esquerda:

O BOM LEITE MOÇA

 que é puro, rico em creme, que não se pode falsificar e


substitue com vantagem o leite fresco, Segundo a opinião de
summidades medicas, é o único que póde fazer as vezes do
leite materno na época difficil de serem desmamadas as
creanças.

23
Inferior centro:

MÃES!! Peçam sempre os productos NESTLÉ, a saude das


creanças

A VENDA EM TODA PARTE

Inferior direita:

A FARINHA NESTLÉ  

que torna as creanças robustas, sadias e lhes mantem a


saude.

E porque?

Porque os elementos nutritivos de que se compõe a FARINHA


LÁCTEA NESTLÉ, não somente o leite puro, a farinha de trigo e
o assu-
car, mas ainda os fosfatos indispensáveis à formação dos ossos.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Leite moça e Farinha láctea. Vida Doméstica, n. 50. Rio
de Janeiro, 28 de julho de 1923, p. 25. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=830305&pasta=ano%20192&pesq=&pagfis=1997
[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=830305&pasta=ano%20192&pesq=
&pagfis=1997]
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=830305&pasta=ano%20192&pesq=&pagfis=1997
CRÉDITOS: Nestlé; Vida doméstica PALAVRAS-CHAVE: história da alimentação, comércio,
propaganda

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Documento 055

Mulheres “escolhedeiras” na mina Hercílio Luz,


1938-1939

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Mulheres “escolhedeiras” na Mina Hercílio Luz, Criciúma,
1938-1939. CEDOC/UNESC. CRÉDITOS: Autor desconhecido. CEDOC/UNESC
PALAVRAS-CHAVE: história das mulheres, mundos do trabalho

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Documento 056

Nordestino, sim; Nordestinado, não!

Nunca diga nordestino


Que Deus lhe deu um destino
Causador do padecer

Nunca diga que é o pecado


Que lhe deixa fracassado
Sem condições de viver

Não guarde no pensamento


Que estamos no sofrimento
É pagando o que devemos

[...]

Não é Deus quem nos castiga


Nem é a seca que obriga
Sofrermos dura sentença

Não somos nordestinados


Nós somos injustiçados
Tratados com indiferença

Sofremos em nossa vida


Uma batalha renhida
Do irmão contra o irmão

Nós somos injustiçados


Nordestinos explorados
Mas nordestinados não

Há muita gente que chora

26
Vagando de estrada afora
Sem-terra, sem lar, sem pão

Crianças esfarrapadas
Famintas, escaveiradas
Morrendo de inanição

Sofre o neto, o filho e o pai


Para onde o pobre vai
Sempre encontra o mesmo mal

Esta miséria campeia


Desde a cidade à aldeia
Do Sertão à capital

Aqueles pobres mendigos


Vão à procura de abrigos
Cheios de necessidade

Nesta miséria tamanha


Se acabam na terra estranha
Sofrendo fome e saudade

[...]

Já sabemos muito bem


De onde nasce e de onde vem
A raiz do grande mal

Vem da situação crítica


Desigualdade política
Econômica e social

[...]

O direito do banqueiro
É o direito do trapeiro
Que apanha os trapos na rua

27
Uma vez que o conformismo
Faz crescer o egoísmo
E a injustiça aumentar

Em favor do bem comum


É dever de cada um
Pelos direitos lutar

Por isso vamos lutar


Nós vamos reivindicar
O direito e a liberdade

Procurando em cada irmão


Justiça, paz e união
Amor e fraternidade

Somente o amor é capaz


E dentro de um país faz
Um só povo bem unido

Um povo que gozará


Porque assim já não há
Opressor nem oprimido.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Poesia ORIGEM: Patativa do Assaré. Ispinho e fulô. São Paulo: Hedra, 2005. p.
38-41.  CRÉDITOS: Patativa do Assaré GLOSSÁRIO: Renhida : em que há grande violência.
Campeia: esforça-se por encontrar. 
Trapeiro:   Pessoa que apanha trapos ou papéis velhos na rua para vendê-los.
PALAVRAS-CHAVE: literatura, nordeste, cultura popular

28
Documento 057

Carta ao Padre Geral de São Vicente ao ultimo


de maio de 1560

(...)
Acrescentarei agora poucas palavras acêrca dos espectros
noturnos ou antes demonios com que costumam os Indios
aterrar-se. 

É cousa sabida e pela bôca de todos corre que ha certos


demonios, a que os Brasis chamam corupira , que acometem
aos Indios muitas vezes no mato, dão-lhes de açoites,
machucam-os e matam-os. São testemunhas disto os nossos
Irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso,
costumam os Indios deixar em certo caminho, que por asperas
brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta
montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores,
flechas e outras cousas semelhantes como uma especie de
oblação , rogando fervorosamente aos curupiras que não lhes
façam mal. 

Ha tambem nos rios outros fantasmas, a que chamam


Igpupiára , isto é, que moram n’agua, que matam do mesmo aos
Indios. Não longe de nós ha um rio habitado por Cristãos, o que
os Indios atravessavam outrora em pequenas canôas, que
fazem de um só tronco ou de cortiça, onde eram muitas vezes
afogados por eles, antes que os Cristãos para lá fossem.

Ha tambem outros, maximè nas praias, que vivem a maior


parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados
baetatá que quer dizer “cousa de fogo”, o que é o mesmo como
se dissesse “o que é todo fogo”. Não se vê outra cousa senão
facho cintilante correndo daqui para ali; acomete rapidamente
os Indios e mata-os, como os curupiras: o que seja isto, ainda
não se sabe com certeza.

29
(...)
Escrito em São Vicente, que é a última povoação dos
Portugueses na India Brasilica voltada para o Sul, no ano do
Senhor 1560, no fim do mês de Maio.
O minimo da Companhia de Jesus.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Carta ORIGEM: Padre José de Anchieta. Carta ao Padre Geral de São Vicente
ao ultimo de maio de 1560. Carta de São Vicente 1560. Série Cadernos da Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica. Caderno nº 7. Primavera de 1997, p. 34. Disponível em:
http://www.rbma.org.br/rbma/pdf/Caderno_07.pdf
[http://www.rbma.org.br/rbma/pdf/Caderno_07.pdf]
http://www.rbma.org.br/rbma/pdf/Caderno_07.pdf CRÉDITOS: Padre José de Anchieta
GLOSSÁRIO: Oblação : ação de oferecer; objeto oferecido a Deus; oferta feita aos santos ou a Deus.
Maximè:   principalmente, mormente, especialmente. PALAVRAS-CHAVE: indígenas, colonização,
cultura

30
Documento 058

Desabou o Elevado Paulo de Frontin

Transcrição do trecho selecionado

O sinal havia fechado para a Avenida Paulo de Frontin e abria


para a Rua Haddock Lôbo. Os carros pararam na Paulo de
Frontin, dos dois lados – o que vai para o Túnel Rebouças e o
que vem de lá. Na Haddock Lôbo, os carros avançaram para
cruzar a Paulo de Frontin, entre êles, o ônibus da Viação Alpha,
número de ordem 48056, placa GB 80-21-74. Sôbre o viaduto,
o caminhão “Rex”, um misturador de concreto, despejava
massa sôbre a pista virgem do que viria a ser o Elevado Paulo
de Frontin.

31
A tragédia veio de repente. A estrutura cedeu, à altura da
esquina de Haddock Lôbo, e caindo sôbre o ônibus da viação
Alpha, um táxi Volkswagen quatro portas de placa GB TA-3758
e um Fuscão. Ao mesmo tempo, as duas seções próximas de
um lado e outro da Avenida Paulo de Frontin não suportaram
as rachaduras junto às vigas de sustentação e caíram a um só
movimento.

Se o corte em forma de V sôbre a esquina Haddock Lôbo


atingira muita gente, o desabamento das seções vizinhas
completou as linhas da tragédia. Quem estava nos carros,
esperando que o sinal se abrisse, foi inteiramente
surpreendido: sob o pêso da massa de concreto, uma dezena
de carros foi reduzida a um retorcido disforme de ferro-velho,
algumas vêzes com menos de um palmo de altura (...)

Depois de alguns momentos de estupefação ante o quadro


que se formara num segundo, os empregados de Pôsto Shell
que fica na esquina da Haddock Lôbo com Paulo Frontin,
chamaram o Corpo de Bombeiros e o Hospital Souza Aguiar.
Logo depois, chegaram alguns efetivos da Polícia Militar, que
tentaram isolar o local para permitir que os bombeiros,
médicos e enfermeiros pudessem trabalhar no resgate de
feridos.

Na confusão que se formou, todos queriam ajudar a um só


tempo e só faziam atrapalhar. Houve poucos casos de feridos
imprensados, para a extensão do desabamento: na maioria
dos casos, quem não ficou prêso se salvou. Às 14 horas, havia
quatro centros de atenção para os bombeiros e médicos:

1) O motorista de um Karmann-Guia que ficou imprensado


junto ao canal. Os bombeiros tinham de passar por uma fresta
de um palmo, entre a massa de concreto desabada e o asfalto
da pista, para chegarem a êsse carro. Vários carros
imprensados queimavam nas proximidades e os bombeiros
entravam na brecha, de máscara contra gases, para tentar

32
amputar a perna prêsa do motorista e livrá-lo.

2) O motorista do táxi Volkswagen quatro portas GB-TA-1082,


que recebeu uma viga de sustentação sôbre o motor, teve as
pernas prêsas. A viga de sustentação lhe prendeu as pernas e
salvou-lhe a vida: o resto do carro ficou inteiro e os passageiros
puderam escapar ilêsos. Os bombeiros tentavam livrar a perna
para evitar a amputação.

3) Do lado direito do ônibus, a laje central esmagou o veículo


até a altura inferior das janelas. Pela porta da frente, via-se a
cabeça de um homem negro, deitado no chão, com os braços
libertos; êle acenava constantemente e dizia que tinha as
pernas prêsas. Bem sôbre a laje central, numa fresta mínima,
a um dado momento viu-se a mão de uma mulher, que enfiara
os dedos por ali e acenava dramàticamente.

4) Do lado esquerdo do ônibus, um homem de meia-idade,


cabelos cortados à Príncipe Danilo , ficou com as pernas
prêsas sôbre o banco da frente. A seu lado, uma senhora, que
diziam ser sua mãe, estava na mesma situação. Tentativas
desesperadas para libertá-los começaram a ser realizadas
pelos bombeiros. Mas só foi possível libertá-los depois de
terem as pernas amputadas, sendo transportados às pressas
para o Hospital Souza Aguiar.

Mas a atenção maior se concentrava no lado direito do ônibus


48056: o homem negro mostrava estar relativamente bem,
assim como a mulher que acenava sempre da fresta. Os
bombeiros iniciaram um trabalho de arrombamento bem sob
sua janela, para poder chegar até ela. Quando forçaram a
lataria e as colunas internas do ônibus, a laje central ameaçou
ceder.

E cedeu a um ponto em que foi impossível continuar. Aos


gritos, os bombeiros foram aconselhados a abandonar o local:
se a laje central desabasse, não haveria chance para os dois

33
sobreviventes à vista e para os bombeiros. Técnicos da Sursan
foram chamados às pressas e ao chegar ao local, um tanto por
fé em Deus, concluíram que a laje não desabaria. O trabalho foi
retomado. Quando o buraco foi aberto, a mulher estava
imprensada sob o banco de encôsto de sua cadeira e não estava
muito ferida. Todavia, não havia possibilidade imediata de
resgate.

O cheiro de gasolina derramada se misturava a um forte odor


vindo dos carros incendiados. Gritos: dos bombeiros, dos
enfermeiros, pedindo instrumentos, dos policiais, tentando
isolar a área, dos feridos, que viam a hora passar e a
possibilidade de resgate distante.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Carlos Marchi. ”Desabou o Elevado Paulo de Frontin”. Correio
da Manhã. Rio de Janeiro, 21/11/1971. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=089842_08&pagfis=26283&url=http://memoria.b
[http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=089842_08&pagfis=
26283&url=http://memoria.bn.br/docreader]
http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=089842_08&pagfis=26283&url=http://memoria.b
CRÉDITOS: Carlos Marchi GLOSSÁRIO: Estupefação:  sentimento de espanto.
Karmann-Guia : automóvel esportivo produzido pela Volkswagen e construído pela empresa alemã
Karmann. A primeira linha saiu na Alemanha, em 1955, enquanto a fábrica do Brasil foi instalada em
1962. O veículo saiu de linha em 1975.
Corte à Príncipe Danilo : corte de cabelo inspirado no jogador de futebol Danilo Alvim apelidado de
Príncipe.
Sursan:  Superintendência de Urbanização e Saneamento do Estado da Guanabara.
PALAVRAS-CHAVE: ditadura civil-militar, obras públicas

34
Documento 059

Responsabilidades

Não é somente às famílias das vítimas da tragédia de sábado


que o Govêrno deve satisfações. É toda a população do Estado
que espera a apuração rigorosa de responsabilidades no
desabamento do Elevado da Avenida Paulo de Frontin, em
defesa mesmo da segurança pública e no resguardo da
idoneidade dos profissionais de engenharia urbana.

Se não é possível ao Govêrno ressuscitar os mortos,


sobram-lhe podêres, nesta hora, para promover investigação
criteriosa que, não somente apure culpados, mas sirva para
restituir, na cidade em pânico, a confiança dos contribuintes

35
pelas obras gigantescas que são erguidas com seu dinheiro e
que desabam sôbre todos, indiscriminadamente.

No momento exato em que o Govêrno se arroja a uma


iniciativa de grande envergadura, como é o metrô, os aspectos
negativos da tragédia do Rio Comprido forçosamente se farão
refletir em tôrno da obra, contaminando a todos pelo
ceticismo, pela dúvida, pela incerteza.

A parcela de fatalidade em catástrofe como a de sábado último


é ínfima ou quase nenhuma. Precisamente porque a
engenharia se fundamenta em ciência exata, como a
matemática, que prescinde de opções especulativas. Êrro de
cálculo, má qualidade do concreto ou deficiência técnica dos
executores da obra, o que quer que tenha sido, deve ser
apurado e revelado, sem delongas, à opinião pública, para que
o carioca volte a sentir, nas ruas, um mínimo de segurança.

Não basta ao Estado cobrir prejuízos materiais a particulares


que sobreviveram ao desastre. O fundamental, agora, é
restabelecer a confiança da comunidade no programa de obras
do Govêrno, desde que êste comprove, claramente, propósitos
de modificar os critérios de empreitada.

Numa cidade de crescimento exagerado, onde ninguém se


sente seguro, sob qualquer aspecto, já pela precariedade do
tráfego, onde proliferam infratores das normas legais, já pela
deficiência do policiamento, que favorece tantos assaltos e
crimes inqualificáveis, seria por demais cruel manter os
habitantes em clima de permanente suspense, sob ameaça de
hecatombes imprevistas e inevitáveis.

O Sr. Chagas Freitas enfrenta o primeiro grave problema do


seu Govêrno. Até aqui sua administração não sentira as 
vicissitudes  de uma tragédia de amplas dimensões,
envolvendo diretamente os negócios de Estado. (...)
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM:
”Responsabilidades”. Diário de Notícias. Rio de Janeiro, 23/11/1971, nº 15.055. Disponível em:

36
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=093718_05&pesq=paulo%20frontin&pasta=ano%20197&p
[http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=093718_05&pesq=paulo%
20frontin&pasta=ano%20197&pagfis=14940]
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=093718_05&pesq=paulo%20frontin&pasta=ano%20197&p
CRÉDITOS: Diário de Notícias GLOSSÁRIO:
Arroja : lança com ímpeto.
Rio Comprido : bairro da cidade do Rio de Janeiro onde ocorreu o desabamento.
Vicissitudes : sequência de adversidades. PALAVRAS-CHAVE: ditadura civil-militar, obras públicas

37
Documento 060

Retrato do Intrépido Marinheiro Simão,


carvoeiro do vapor Pernambucana (1853-57)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Óleo sobre tela ORIGEM: José Correia de Lima. Retrato do Intrépido Marinheiro
Simão, carvoeiro do vapor Pernambucana (1853-57). Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (RJ).
Disponível em: https://artsandculture.google.com/asset/potrait-of-the-intrepid-sailor-sim%C3%A3o-
collier-of-the-steamboat-pernambuco-jos%C3%A9-correia-de-lima/zgH-IM4NIEf8Hg?hl=pt-br
[https://artsandculture.google.com/asset/potrait- of- the- intrepid- sailor- sim%
C3%A3o-collier-of-the- steamboat- pernambuco- jos%C3%A9- correia- de- lima/zgH-
IM4NIEf8Hg?hl=pt-br]
https://artsandculture.google.com/asset/potrait-of-the-intrepid-sailor-sim%C3%A3o-collier-of-the-
steamboat-pernambuco-jos%C3%A9-correia-de-lima/zgH-IM4NIEf8Hg?hl=pt-br CRÉDITOS: José
Correia de Lima TÉCNICA: Óleo sobre tela DIMENSÕES: 93 x 72,6 cm PALAVRAS-CHAVE: retrato,
história da arte, brasil imperial

38
Documento 061

Correio Mercantil, 06 de novembro de 1853

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Correio Mercantil, n. 309, Rio de Janeiro de 06 de novembro
de 1853, p. 1. Disponível em: 
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&pagfis=8186
[http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&pagfis=8186]
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&pagfis=8186
[http://memoria.bn.br/DocReader/213420/1020] CRÉDITOS: Correio Mercantil
GLOSSÁRIO: Subscripção:  Compromisso de contribuir com certa quantia (para empresa, obra de
beneficência, homenagem etc.) firmado com assinatura em uma lista.
Dythirambo: Hino em honra de Baco; poesia lírica em estâncias irregulares para exprimir o delírio do
entusiasmo, da alegria. PALAVRAS-CHAVE: imprensa, naufrágio, brasil imperial

39
Documento 062

Correio Mercantil, 15 de novembro de 1853

Falaremos agora do marinheiro Simão, já tão conhecido de


todos (...) A salvação de treze vidas deve-se a este intrépido
marinheiro (...) ... treze vezes foi ele de terra a bordo, nadando,
guiado pelo cabo, e de cada vez salvava uma vida; quando
depois de muitas viagens a força parecia querer abandoná-lo,
parava um instante, deitava-se, revolvia o corpo na areia, e
partia de novo. É mister atribuir a este grande esforço não só
à coragem, como aos sentimentos de humanidade de que é
dotado o marinheiro Simão, e ele merece o duplo galardão de
corajoso e sensível; estas duas qualidades reunidas em um só
homem constituem um tipo raro e digno da maior admiração.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Correio Mercantil, n. 318, Rio de Janeiro de 15 de novembro
de 1853, p. 1. Disponível em: 
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&PagFis=8224
[http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&PagFis=8224]
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=217280&PagFis=8224 GLOSSÁRIO: Mister:
Necessário.
Galardão : Recompensa por valiosos serviços prestados, por mérito especial.
PALAVRAS-CHAVE: naufrágio, brasil imperial, imprensa

40
Documento 063

História nacional em São Paulo: o Museu


Paulista em 1922

“O edifício em estilo neoclássico que abrigou o Museu do


Estado de São Paulo a partir de 1894 não foi projetado para
abrigar um museu, mas sua finalidade primeira era a de ser
um Monumento à Independência brasileira, tendo sido
construído próximo ao lugar onde ela teria sido proclamada
(...) A idéia de se elevar um monumento comemorativo à
Independência brasileira é praticamente contemporânea à
proclamação (data de 1823), contudo nenhum dos projetos
apresentados ao longo do século XIX chegou a ser realizado,
somente aquele apresentado pelo engenheiro-arquiteto
Tommaso Gaudenzio Bezzi e aprovado pelo governo provincial
de São Paulo nos anos 80 do século XIX. (...)
O Palácio de Bezzi, como ficou conhecido na época, começou a
ser construído em 1885, sendo dado por terminado em 1890,
apesar de inacabado, alegando-se falta de recursos. Em 1892 o
edifício foi considerado propriedade do Estado, e finalmente,
em 1894, tornou-se a nova sede do Museu do Estado, sendo
oficialmente batizado Museu Paulista. Passou, assim, a abrigar
as coleções provenientes [do] antigo Museu Sertório. Este
acervo originário de uma coleção particular, adquirido pelo
Estado em 1890, era principalmente formado de coleções
zoológicas e de uma miscelânea de objetos-disparates. (...) A
lei que regulamentou o funcionamento da instituição, em seus
primeiros anos de funcionamento, definiu o seu perfil
principalmente como um centro de estudo, de pesquisa e de
exposição no campo das Ciências Naturais
A entrada de Taunay na direção do Museu Paulista em 1917
significou, de imediato, uma alteração nos seus
direcionamentos que levou, ao longo do tempo, a uma
mudança completando seu perfil. (...) Taunay imprimiu nesse

41
ano a primeira marca significativa à instituição, abrindo uma
nova sala de exposição inteiramente dedicada à História e, em
especial, ao passado paulista.
(...)
No final do ano de 1921, um fato veio reforçar ainda mais o
simbolismo e a aura mítica que o Monumento do Ipiranga
vinha adquirindo com a intervenção de Taunay. Durante as
obras de escavação para a abertura da Avenida da
Independência, os operários acharam “um notável documento
histórico”, como se noticiou nos jornais da época. Era a caixa
de ferro, na qual em 1875 fora encerrada a pedra
comemorativa da Independência do Brasil, enterrada em
1825, no local exato em que D. Pedro I proclamara o famoso
“grito do Ipiranga”, sendo sua precisão determinada, naquela
época, pela convocação de algumas testemunhas do famoso
acontecimento à colina do Ipiranga. Esta era a pedra
fundamental do monumento à Independência que, durante
anos, o governo imperial teve a intenção de construir, de modo
que o lugar onde ela foi enterrada tornou-se, a partir de 1825,
ponto de romaria popular e veio a ser tradição o povo paulista
conservar ali, constantemente, mastros comemorativos.
(...)
Sem dúvida, a pedra com contornos de relíquia sagrada
contribuiu para enriquecer ainda mais as coleções históricas
do Museu e seu caráter altamente simbólico. Suas feições de
documento histórico, aliadas a seu alto valor evocativo,
confirmavam a veracidade do acontecimento histórico narrado
no quadro de Pedro Américo, e a autenticidade do solo
paulista, representado pelo monumento erigido na colina do
Ipiranga, como nascedouro da nação brasileira. A referida
caixa, com a pedra, foi posteriormente exposta na sala A6, no
andar térreo do Museu.”

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico ORIGEM: Ana Cláudia Fonseca Brefe. (2003). História
nacional em São Paulo: o Museu Paulista em 1922. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material,
10-11(1), 79-103. https://doi.org/10.1590/S0101-47142003000100006
[https://doi.org/10.1590/S0101- 47142003000100006]

42
https://doi.org/10.1590/S0101-47142003000100006 CRÉDITOS: Ana Cláudia Fonseca Brefe
PALAVRAS-CHAVE: monumento, independência do brasil, museu

43
Documento 064

Por que as meninas não querem fazer ciências


exatas?

Desde a primeira mulher a receber um diploma de graduação


no Brasil, em 1887, as brasileiras ocuparam cada vez mais as
instituições de ensino superior. Segundo o 

[http://www.abc.org.br/wp-content/uploads/2019/
03/resumo_tecnico_censo_da_educacao_superior_
2016.pdf] Censo da Educação Superior de 2016, as mulheres,
que são a maior parte da população brasileira, já representam
57,2% dos estudantes matriculados em cursos de graduação
no país. Ainda assim, este aumento não acompanhou a
proporção entre homens e mulheres nos cursos de ciências
exatas. O mesmo relatório mostra, por exemplo, que no curso
de engenharia mecânica a participação feminina está
em 10,2%, fenômeno que se repete na engenharia elétrica
(13,1%) e na engenharia civil (30,3%). Então, se as brasileiras
já são maioria no ensino superior, por que são tão poucas nas
ciências exatas e engenharias?

44
Segundo a socióloga política e acadêmica 

[http://www.abc.org.br/link/elisa-maria-da-
conceicao-pereira-reis/] Elisa Reis – doutora em Ciência
Política pelo Massachusetts Institute of Technology, professora
titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e
membro da Academia Mundial de Ciências (TWAS) – a
resposta para esta questão está nos processos e mecanismos
de socialização, que “fazem tanta gente ainda acreditar que
existem características intrínsecas e divisões naturais de
funções na sociedade, reservando a homens e mulheres
distintos caminhos para aprender e conhecer”. Para Reis, a
escolha da carreira se deve muito mais a cultura apreendida
durante a infância e adolescência do que a um fator biológico.

A acadêmica alerta para os padrões de socialização no interior


das famílias, nas escolas, nos meios de comunicação e em

45
outros nichos de difusão de valores, que se prestam a recriação
de mitos e preconceitos sobre habilidades e vocações
diferentes para homens e mulheres.

Um exemplo disso são os brinquedos discriminados por


gênero, como destaca a física e acadêmica Yvonne
Mascarenhas – doutora em química (físico-química) e
livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP), com
pós-doutorado pela Universidade de Harvard e professora
titular aposentada do Instituto de Física de São Carlos, da USP,
ainda em exercício. Ela trabalha há muitos anos com
divulgação científica na educação básica, e observa: “São
diferentes os brinquedos oferecidos às meninas e meninos, e
as meninas tem menor contato nas atividades do pai, que tem
uma cultura social mais ligada a temas tecnológicos”.

No Instituto de Estudos Avançados (IEA) – Polo São Carlos, da

46
Universidade de São Paulo (USP), Mascarenhas coordena o
projeto Agência Multimídia de Difusão Científica e Educacional
Ciência Web, que deu origem ao Portal Ciência Web. No portal
são disponibilizados vídeos, jogos e outros conteúdos
multimídia como forma de complementar o ensino de ciências
em escolas públicas e divulgar a produção universitária.
Em correlação com a divulgação das lutas e direitos
conquistados pelas mulheres no passado e de histórias sobre o
sucesso alcançado por mulheres cientistas, a acadêmica vê nos
blogs de ciência na Internet um grande aliado para despertar o
interesse das meninas em ciência.

No Reino Unido, a campanha Let Toys Be Toys, concebida a


partir de um segmento no site parental Mumsnet, tem alertado
aos pais sobre o aumento de marketing e propaganda para
crianças que reforçam estereótipos de gênero. Eles apoiam
que as crianças decidam com o que brincar e também
defendem que elas precisam de uma ampla gama de jogos
para desenvolver diferentes habilidades.

47
Este é também o argumento levantado pela farmacêutica e
acadêmica Vanderlan Bolzani, doutora em ciências pelo
Instituto de Química da USP, com pós-doutorado na
Universidade Estadual da Virgínia, EUA, e livre-docente pelo
Instituto de Química da Universidade do Estado de São Paulo
(Unesp), onde é professora titular.

Ela tem participado ativamente do debate sobre mulheres na


ciência. “Eu fui de uma geração em que a minha mãe não
queria que eu brincasse com meninos. E eu gostava das
brincadeiras dos meninos, achava mais interessantes. Ficava
olhando os meninos jogarem bolinha de gude. Se analisarmos
friamente, esta é uma brincadeira que exige do cérebro um
estímulo maior”, compartilha a acadêmica. Ela assegura:
“Quanto mais você colocar uma criança em contato com
desafios, com situações que estimulem a capacidade cerebral,
melhor”. Reis lembra que, da mesma forma que perpetua o
status quo, a família pode transformar crenças e valores.
Bolzani observa ainda que a divulgação científica feita de
forma igualitária para ambos os gêneros é também
responsabilidade do Estado. “As escolas são muito importantes
para colocar para meninas e meninos a importância do
conhecimento, e como ele é um instrumento maravilhoso de
descoberta dos segredos do mundo”, ela complementa.

Como indica a socióloga Elisa Reis, a quebra de estereótipos


que segregam meninas e mulheres corresponde também ao
fim de preconceitos que oprimem, de maneira reversa,
meninos e homens. “Livres de tais preconceitos todos poderão
exercer com mais liberdade suas escolhas, desenvolver melhor
suas potencialidades e assim contribuir, plenamente, para o
avanço do conhecimento científico e do bem-estar da
sociedade”.

48
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM:
Adaptado de: Manuella Caputo para Ascom ABC | Foto: John Moeses Bauan / Unsplash. Academia
Brasileira de Ciências. ”POR QUE AS MENINAS NÃO QUEREM FAZER CIÊNCIAS EXATAS?”. Disponível em:
http://www.abc.org.br/2019/03/08/por-que-as-meninas-nao-querem-fazer-ciencias-exatas/
[http://www.abc.org.br/2019/03/08/por- que- as- meninas- nao- querem- fazer-
ciencias- exatas/]
http://www.abc.org.br/2019/03/08/por-que-as-meninas-nao-querem-fazer-ciencias-exatas/
CRÉDITOS: Manuella Caputo; Foto: John Moeses Bauan / Unsplash
[http://www.abc.org.br/2019/03/08/por- que- as- meninas- nao- querem- fazer-
ciencias- exatas/] GLOSSÁRIO: Academia Brasileira de Ciências PALAVRAS-CHAVE: educação,
desigualdade de gênero, ciências

49
Documento 065

Trainee 2021

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Trainee 2021 -  Propaganda do Programa Magazine
Luiza. 99 jobs. Disponível em: 
https://www.99jobs.com/magazine-luiza/jobs/93594-trainee-magalu-2021
[https://www.99jobs.com/magazine-luiza/jobs/93594- trainee- magalu- 2021]
https://www.99jobs.com/magazine-luiza/jobs/93594-trainee-magalu-2021 CRÉDITOS: 99 jobs e
outros PALAVRAS-CHAVE: mundos do trabalho, propaganda, questão étnico-racial

50
Documento 066

Liderança negra

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: Liderança negra - Propaganda do Programa Trainee
2021 -  Bayer. Cia de Talentos. Disponível em:  https://liderancanegra.ciadetalentos.com.br
[https://liderancanegra.ciadetalentos.com.br] https://liderancanegra.ciadetalentos.com.br
CRÉDITOS: Cia de Talentos e outros PALAVRAS-CHAVE: propaganda, questão étnico-racial, mundos
do trabalho

51
Documento 067

Conhecendo e Debatendo a História do


Maranhão

É preciso ressaltar que, por muito tempo, a história oficial


discriminou o movimento dos balaios, denominando esta
revolta como sendo de “bandidos”, “facínoras” (...) deflagrada
por membros da “ralé”, indicando os membros da revolta
como saqueadores, violentos e proclamadores do clima de
instabilidade (...) Historiadores (...) estabeleceram nas suas
pesquisas um novo olhar para a Balaiada, que passou a ser
analisada também sob o prisma dos vencidos, das classes
subalternas oprimidas pelo poder (...)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro paradidático OBSERVAÇÃO: Com essa questão, deixamos nossa
homenagem ao professor Joan Botelho (1960-2021), mais uma das vítimas do Covid-19. Apaixonado
estudioso da história do Maranhão, Joan Botelho foi um entusiasta da ONHB, tendo deixado as melhores
lembranças entre estudantes e docentes. ORIGEM: Joan Botelho. Conhecendo e Debatendo a História
do Maranhão, São Luís: Gráfica e Editora Impacto, 2010, 3ª edição, p. 101. CRÉDITOS:  Joan Botelho
PALAVRAS-CHAVE: balaiada, brasil independente, maranhão

52
Documento 068

Eu só peço a Deus

Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria

Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucado brutalmente

Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda pobre inocência desta gente
É um monstro grande e pisa forte
Toda pobre inocência desta gente

Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente

Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganado
Pra viver uma cultura diferente

Solo le pido a Dios


Que la guerra no me sea indiferente
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente
Es un monstruo grande y pisa fuerte

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Toda la pobre inocencia de la gente

[Muito obrigado Beth


Por haberme convidado para cantar para su público
En esta noche en Rio de Janeiro]

[Obrigada a você, um beijo Mercedes]

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: LP: BETH
Gravadora: RCA Victor
Ano: 1986
Compositores: Leon Gieco/Vrs. Raul Ellwanger [1978]
Intérpretes: Beth Carvalho; Mercedes Sosa CRÉDITOS: Compositores: Leon Gieco/Vrs. Raul Ellwanger
Intérpretes: Beth Carvalho; Mercedes Sosa PALAVRAS-CHAVE: américa latina, história da música

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