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“Fahrenheit 451” foi escrito em 1953, por Ray Bradbury. Bradbury foi um
escritor
Este livro insere-se no género da ficção científica que por mais difícil que
seja definir esse conceito, pode se enquadrar como uma espécie de
fantasia que poderia plausivelmente existir no mundo real.
Para além disso, foi escrito durante o período da guerra fria, que delineou
nos EUA a imposição de novas ideologias incompatíveis, mas também um
período de prosperidade económica, ou seja, o aparecimento das novas
televisões e tecnologias, das quais bradbury sempre teve uma opinião
clara.
RESUMO
Até ao dia que Montag encontra uma rapariga gentil de 17 anos chamada
Clarisse McClellan, que se questiona frequentemente do que a rodeia e o
surpreende pelo seu amor invulgar pelas pessoas e pela natureza, o que
não era um perfil característico daquela sociedade que passava horas em
frente a ecrãs gigantes, com aparelhos constantemente ligados aos
ouvidos, colocando de parte a família e todo o tipo de informação que
pudesse provir do exterior.
Esta atitude de Clarisse intriga Montag assim como os vários episódios que
sucedem esse dia.
Ganhou coragem para falar do assunto com Mildred, que era sua
mulher de perfil justamente adequado à sociedade a que pertencia,
colocando em causa a continuidade da sua profissão enquanto bombeiro e
a hipótese de ambos arriscarem em explorar os livros que este tinha
roubado em segredo.
Contudo, Montag apercebe-se que a esposa, ainda assim, não tem a sua
forma de pensar e, ao contrário dele, não via nos livros uma inabalável
chave para salvar a sociedade primitiva em que se encontrava.
Esta eraFaber, um professor inglês de tal idade que era ainda do tempo em
que os livros eram aceites na comunidade e, portanto este tinha o caráter
ideal para planificar o plano que Montag tanto desejava para reverter a
situação.
ARGUMENTOS
Do meu ponto de vista um dos aspetos que torna esta obra tão estimada,
reside exatamente na capacidade resistente e invencível da sua
mensagem, que mesmo com o passar de 65 anos continua a adequar-se
perfeitamente à nossa sociedade.
Para além disso, este elemento simbólico volta a ser referido no final da
obra, quando Granger afirma “Por agora, construiremos uma fábrica de
espelhos para fabricarmos espelhos atrás de espelhos no próximo ano, em
que possamos todos ver-nos muito bem”, sugerindo que parte do
renascimento que eles tanto anseiam passe primeiro por que eles se vejam
a si mesmos com as suas próprias ideias e verdadeiros “eu”´s.
No entanto, como jovem de 16 anos que leu o livro, achei bastante
importante a ligação que o autor faz com o facto de a tecnologia levar a
criação de uma sociedade acrítica.
Porque sinto que é esse o caminho para o qual caminhos…e mesmo com
tantos avisos continuamos a deixar-nos levar para este caminho sem saída.