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ONHB15 Oficial / Fase 3

ONHB / IFCH - Unicamp


Conteúdo

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

23 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

24 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

25 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

26 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

27 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

28 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

29 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

30 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

31 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

32 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

33 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

34 / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

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Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

001: Marcados I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

002: Marcados II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

003: Marcados III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

004: Marcados - Bienal . . . . . . . . . . . . . . . . 43

005: Unesco inclui duas áreas do Brasil na lista de


geoparques mundiais . . . . . . . . . . . . . 45

006: Bebida dos deuses . . . . . . . . . . . . . . . 48

007: Boemia e modernidade em Cuiabá . . . . . . . 50

008: Zé Bolo-Flor, c. 1950 . . . . . . . . . . . . . . 52

009: Fique Viva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

010: As Ligas Camponesas na Paraíba . . . . . . . 55

011: Depoimento de Elizabeth Teixeira . . . . . . . 57

012: Civilization VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

013: Sobre História e Videogames . . . . . . . . . . 59

014: Capivarol – O Rei dos Tonicos I . . . . . . . . . 60

015: Capivarol – O Rei dos Tonicos II . . . . . . . . 61

016: Capivarol – O Rei dos Tonicos III . . . . . . . . 62

017: Crônica Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

018: Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

019: Debutante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

2
020: Axé, axé para todo mundo, axé . . . . . . . . . 66

021: As mulatas, 1962 . . . . . . . . . . . . . . . . 68

022: Obra de Di Cavalcanti danificada por crimino-


sos no Planalto é avaliada em R$ 8 milhões . 69

023: Vozes-Mulheres . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

024: A cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

025: Linda Casa de Época Moderna . . . . . . . . . 74

026: Marcas da Memória Dopinho . . . . . . . . . . 75

027: Journal of a Residence in India . . . . . . . . . 76

028: Journal of a Voyage to Brazil . . . . . . . . . . 77

029: Journal of a Residence in Chile . . . . . . . . . 79

030: Journal of a Voyage to Brazil . . . . . . . . . . 80

031: Respondendo perguntas do Instagram #1” . . 83

032: Desclassificados do ouro . . . . . . . . . . . . 85

033: Bandeirantes a Caminho das Minas, 1920 . . . 87

034: Escultura do caranguejo gigante é recuperada


na Orla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

035: São Luís ganha escultura em alusão à lenda da


serpente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

036: Bauruzinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

037: Menino da Porteira . . . . . . . . . . . . . . . 92

038: Resultado: Linguiça de Maracaju é eleita a es-


cultura mais Aesthetic de MS . . . . . . . . . 93
3
039: A queda do céu . . . . . . . . . . . . . . . . . 94

040: Hitome de wakaru manga sekai manga genjō


chizu [Mapa ilustrado da situação mundial atual] 97

041: As contribuições dos povos indígenas para o


desenvolvimento da ciência no Brasil . . . . 100

042: Até Quando Esperar . . . . . . . . . . . . . . . 103

043a: A terra da gente (capa) . . . . . . . . . . . . 105

043b: A terra da gente (págs. 6-7) . . . . . . . . . . 106

043c: A terra da gente (encarte págs. 2-3) . . . . . 107

043d: A terra da gente (encarte págs. 4-5) . . . . . 108

044: Afirma Pereira: um testemunho . . . . . . . . . 109

045: O integralismo literário de Plínio Salgado e o sa-


lazarismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

046: Acendedores de lampião . . . . . . . . . . . . 114

047: Ordenações Filipinas de 1603 . . . . . . . . . 115

048: Que horas ela volta? . . . . . . . . . . . . . . . 117

049: Impressões Rebeldes . . . . . . . . . . . . . . 118

050: Revolta indígena no aldeamento de Reritiba . . 119

051: Inconfidência Baiana . . . . . . . . . . . . . . 120

052: Quilombo de Macaé . . . . . . . . . . . . . . . 121

053: Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional


dos Desportos . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

054: Não existe cartografia no mundo dos pajés . . 124


4
Introdução

A aventura está ficando mais emocionante...

Sejam bem-vindo(a)s à Fase 3 da décima quinta edição da


Olimpíada Nacional em História do Brasil!
A terceira fase da 15ª Olimpíada inicia dia 22 de maio
(segunda-feira) e encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 27
de maio (sábado). Esta fase é composta por 11 Questões e 1
Tarefa. Lembre-se: em nossa prova, cada questão possui quatro
alternativas. Há mais de uma resposta correta, mas cabe a sua
equipe escolher qual alternativa considera como a mais adequada
e selecioná-la. A prova pode ser salva em “rascunho”, mas não se
esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando
em “entregar a questão”. Após clicar em “entregar a questão” não
será mais possível realizar alterações na questão.
Bom trabalho a todos!

5
Questões

23 / Questão

Documento 041 Texto Acadêmico p. 100

As contribuições dos povos indígenas para o desenvolvi-


mento da ciência no Brasil

A argumentação presente no texto permite afirmar que:

A. a luta pelas terras dos povos originários assume diferentes


formas ao longo do tempo, incluindo da violência e confronto
diretos à promulgação e interpretação enviesada das leis.

B. a proposta de legislação escamoteia que, até a data da


promulgação da Constituição de 1988, os indígenas não
eram considerados cidadãos de plenos direitos, uma vez
que eram tutelados do Estado.

C. a proposição de medidas como o Marco Temporal e o PL


191/2020, pelo então governo federal, demonstra
preocupação em proteger os indígenas e suas culturas
dentro das “quatro linhas da constituição”.

D. a interpretação do Marco Temporal na demarcação de terras


tem como consequências a invisibilização dos grupos
indígenas e pode ocasionar na expulsão deles das regiões
que ocupam.

6
24 / Questão

Leia a letra e assista ao clipe da canção “Até Quando Esperar “, de


1985.

Documento 042 Música p. 103

Até Quando Esperar

A canção

A. defende a visão econômica do ministro Delfim Neto de que


era necessário “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”.

B. denuncia a pobreza urbana, a má distribuição de renda e o


conformismo associado à religião.

C. faz parte do movimento punk-rock que se fortaleceu no


período do final da ditadura e da redemocratização do Brasil.

D. associa a ideia de “plebe”, presente também no nome da


banda, à ideia das classes sociais desfavorecidas.

7
25 / Questão

Documento 043a Livro Didático p. 105

A terra da gente (capa)

Documento 043b Livro Didático p. 106

A terra da gente (págs. 6-7)

Documento 043c Livro Didático p. 107

A terra da gente (encarte págs. 2-3)

Documento 043d Livro Didático p. 108

A terra da gente (encarte págs. 4-5)

O documento

A. foi produzido no contexto da ditadura civil-militar e tem o


perfil das obras didáticas alinhadas às propostas
educacionais desse regime.

B. faz parte de um livro didático de Estudos Sociais, publicado


em 1969, para ser utilizado nas 1ª e 2ª séries do primário e
apresenta um selo que indica que o exemplar tinha a venda
proibida.

C. foi a única obra didática de Estudos Sociais publicada pelo


historiador e geógrafo Bernardo Issler que, a partir de 1970,
dedicou-se à geografia e atuou como professor universitário.

D. é um “Exemplar de Professor”, o que justifica a presença de


explicações sobre a sua organização e propostas de
trabalho para cada item apresentado.

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26 / Questão

Ainda sobre A terra da gente – 1º livro de “Estudos Sociais” para o


curso primário, leia a lição “Pais e filhos” e as orientações dadas
aos professores para seu uso em sala de aula.

Documento 043a Livro Didático p. 105

A terra da gente (capa)

Documento 043b Livro Didático p. 106

A terra da gente (págs. 6-7)

Documento 043c Livro Didático p. 107

A terra da gente (encarte págs. 2-3)

Documento 043d Livro Didático p. 108

A terra da gente (encarte págs. 4-5)

Sobre o conteúdo e formato do documento escolha a alternativa


mais pertinente.

A. O formato de livro didático e de “Livro do Professor” (com


respostas e orientações) pode ser encontrado também nos
dias atuais.

B. As crianças descritas pelo autor como fora do padrão de


“vida em família” são consideradas por ele como dotadas de
desvios morais.

C. O conteúdo apresentado, tanto como tema para os alunos


quanto como roteiro de trabalho para o professor,

9
contempla famílias nucleares e heteronormativas.

D. No item “Pais e Filhos”, texto e imagens buscam criar um


argumento para a leitura dos alunos, de forma a transmitir
ideais de composição familiar e noções de parentesco.

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27 / Questão

Documento 044 Literatura p. 109

Afirma Pereira: um testemunho

Documento 045 Texto Acadêmico p. 113

O integralismo literário de Plínio Salgado e o salazarismo

Os textos

A. evidenciam a incorporação de ideais fascistas por grupos,


organizações políticas e governos, que buscam a extinção
do que lhes é diferente: ideias, pessoas, partidos.

B. mostram propostas de atuação do Estado e de mobilização


de sua violência no controle dos cidadãos, baseados em
valores e moral específicos, em nome da pátria.

C. remetem a Portugal durante o regime de Salazar, que foi


utilizado como inspiração em outros movimentos
autoritários, como o integralismo brasileiro.

D. apresentam a atuação da polícia política em Portugal e sua


base ideológica durante a implementação do Deops, no
Brasil, a partir do integralismo.

Conteúdo adicional

LINK: Propaganda e Repressão https://tvbrasil.ebc.com.br/historiasdobrasil/episodio/

propaganda- e- repressao- episodio-9

11
28 / Questão

Documento 046 Fotografia p. 114

Acendedores de lampião

A fotografia de Virgílio Calegari refere-se a:

A. Um grupo de acendedores de lampião, em sua maioria


negros, de diferentes idades, dispostos de forma hierárquica
e segurando seus instrumentos de trabalho.

B. Um serviço público dos municípios, surgido a partir da


modernização das cidades, que se tornou obsoleto com a
chegada da energia elétrica.

C. Uma atividade que consistia em, no final da tarde, acender


os lampiões com grandes varas, apagá-los ao amanhecer,
limpar seus vidros e abastecê-los.

D. Uma profissão urbana masculina que passou a incorporar o


trabalho feminino e impactou a produção industrial em
grande escala.

12
29 / Questão

Leia dois títulos do livro 5 das Ordenações Filipinas de 1603.

Documento 047 Documento legal p. 115

Ordenações Filipinas de 1603

Sobre o documento e o tema que ele trata é correto afirmar:

A. Os Títulos LXXXIV e LXXXV do Livro 5 são


desmembramentos de um título das Ordenações
Manuelinas de 1514, mas não incorporam as penas ali
registradas.

B. O Código Português estabelece como crime a prática do


mexerico e a divulgação de textos injuriosos, maldosos e
difamatórios.

C. A existência de uma lei que coíba práticas demonstra a


interpretação dessas como um problema no interior da
sociedade.

D. Após a instituição do Código Criminal de 1830, as penas de


injúria e calúnia serviram de referência para os juristas
brasileiros para tratar dos crimes estabelecidos nos dois
títulos.

13
30 / Questão

Documento 048 Trailer p. 117

Que horas ela volta?

A partir do documento e de seus conhecimentos sobre o tema,


assinale a alternativa mais pertinente:

A. O trabalho doméstico, como o apresentado no trailer, tem


raízes no trabalho das escravizadas domésticas, que no
período colonial cuidavam dos filhos e da casa de mulheres
brancas.

B. A regulamentação da profissão, em 1972, garantiu direitos


trabalhistas importantes, estabelecendo jornada de
trabalho máxima diária de 8 horas, adicional noturno e
seguro desemprego.

C. O trailer narra a história de uma empregada doméstica e de


sua filha que demonstra incômodo com aspectos do
trabalho da mãe.

D. Relações de afeto e dependência entre trabalhadoras e


patrões escamoteiam relações abusivas, contribuindo para
a naturalização da servidão e subalternização do trabalho
doméstico.

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31 / Questão

Consulte trechos de verbetes sobre revoltas coloniais no Brasil,


que são parte do site Impressões Rebeldes, uma plataforma
colaborativa que permite conhecer e estudar sobre o tema.

Documento 049 Site p. 118

Impressões Rebeldes

Documento 050 Site p. 119

Revolta indígena no aldeamento de Reritiba

Documento 051 Site p. 120

Inconfidência Baiana

Documento 052 Site p. 121

Quilombo de Macaé

Escolha uma alternativa:

A. O acesso a revoltas coloniais - tanto as presentes nos


materiais didáticos quanto as menos conhecidas - contribui
para olhares mais aprofundados sobre o passado colonial.

B. Os recursos didáticos como linhas do tempo, documentos,


biografias e glossário são baseados em pesquisas
acadêmicas, vinculadas a uma universidade pública.

C. Divulgação científica e comunicação pública da ciência são


estratégias para a circulação e promoção do conhecimento
histórico, produzido em espaços acadêmicos.

15
D. Ao categorizar as revoltas coloniais em tipologia, modo de
conflito, grupo social, repressão, entre outros, a plataforma
promove o entendimento do tema pela história oral.

Conteúdo adicional

LINK: Instagram - Impressões rebeldes https://www.instagram.com/impressoesrebeldes/

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32 / Questão

Documento 053 Bilhete p. 122

Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional dos Des-


portos

O bilhete indica que:

A. O futebol, naquele momento, intensificava o processo de


êxodo de atletas, que se tornou dominante nos dias atuais.

B. Jânio, após sua renúncia, insistia em influenciar a política


nacional por meio de mensagens públicas.

C. Formas de comunicação aparentemente imediatistas,


quando preservadas, tornam-se documentos sobre a gestão
do Estado.

D. Pelé, após a Copa de 1958 e de muitos títulos pelo Santos


Futebol Clube, já era um ídolo nacional e mundialmente
conhecido.

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33 / Questão

Documento 054 Escritura e desenho sobre mapa p. 124

Não existe cartografia no mundo dos pajés

O artista:

A. Apresenta grafismos indígenas contemporâneos,


desenhados sobre um mapa dos rios amazônicos do século
XVII.

B. Critica a produção cartográfica europeia como parte do


sistema de violência e dominação colonial.

C. Revela como os indígenas ainda desconhecem estudos


geográficos e cartográficos atuais.

D. Realiza o desenho de um objeto semelhante a um remo


como contraponto à representação dos rios amazônicos
feita por colonizadores.

18
34 / Tarefa

Nesta tarefa, fornecemos a vocês documentos históricos.


Vocês já os conhecem, pois apareceram em nossas questões até
esse momento.

Sua tarefa é organizá-los de duas formas:


1) Dentro de uma linha de tempo histórico de produção: coloque
cada documento dentro da época a que pertence, ou seja, a época
em que foi originalmente escrito ou produzido.
2) Dentro de uma linha de tempo histórico do tema abordado:
coloque cada documento dentro da época a que se refere, ou
seja, a época sobre a qual fala o documento. Observe que um
documento pode falar de um século específico ou abordar
períodos mais amplos, ou seja, abranger mais de um século, cabe
à equipe escolher apenas um deles, o que acredita ser o mais
adequado.
Os documentos que apresentam, nas questões, mais de uma
página ou foram separados em várias imagens, aqui aparecerão
apenas uma vez.
Para organizá-los, basta selecionar dentre a lista fornecida o
período histórico que considera correto.

Atenção!

Não façam edições simultâneas na tarefa,  pois isso impede que


ela seja salva e/ou enviada. Assim, a equipe deve se organizar
para que apenas um membro esteja logado na tarefa para
garantie que a edição seja salva e enviada.

O sistema não permite o envio da tarefa a menos que todos os


documentos estejam relacionados ao seu século de produção e
ao século a que se refere. Lembramos que só é possível
selecionar um período de produção e um período a que se refere
para cada documento.

19
É necessário confirmar a organização dos documentos depois que
a sua equipe terminar a tarefa. Ao clicar em “Salvar Rascunho” o
trabalho fica salvo em modo rascunho, e mesmo que você saia da
página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e
disponível.

O botão ”Entregar a questão” só fica disponível após todos os


documentos serem relacionados a um período de produção e um
a que se refere e de ser salvo em rascunho, ou seja, mesmo tendo
preenchido toda a tarefa, salvo o rascunho e deixado para
entregar depois, ao retornar será necessário clicar em “salvar o
rascunho” para liberar o botão de entrega da tarefa.

O envio definitivo ocorre apenas quando a equipe clicar em


“Entregar a questão”. Após clicar em “Entregar a questão”
nenhuma alteração poderá ser feita. Por isso só clique em
“Entregar a questão” após ter organizado todos os documentos e
ter certeza de que deseja finalizar a tarefa.

Bom trabalho!

Documento 1

Documento 001 Fotografia p. 40

Marcados I

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 2

20
Documento 002 Fotografia p. 41

Marcados II

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 3

Documento 003 Fotografia p. 42

Marcados III

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 4

Documento 004 Notícia p. 43

Marcados - Bienal

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

21
Documento 5

Documento 005 Jornal eletrônico p. 45

Unesco inclui duas áreas do Brasil na lista de geoparques


mundiais

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 6

Documento 006 Texto Acadêmico p. 48

Bebida dos deuses

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 7

Documento 007 Texto Acadêmico p. 50

Boemia e modernidade em Cuiabá

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

22
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 8

Documento 008 Fotografia p. 52

Zé Bolo-Flor, c. 1950

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 9

Documento 009 Música p. 53

Fique Viva

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 10

Documento 010 Texto Acadêmico p. 55

As Ligas Camponesas na Paraíba

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

23
Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 11

Documento 011 Depoimento p. 57

Depoimento de Elizabeth Teixeira

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 12

Documento 012 Trailer p. 58

Civilization VI

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 13

Documento 013 Texto Acadêmico p. 59

Sobre História e Videogames

Século em que foi produzido

24
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 14

Documento 014 Propaganda p. 60

Capivarol – O Rei dos Tonicos I

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 15

Documento 015 Propaganda p. 61

Capivarol – O Rei dos Tonicos II

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 16

Documento 016 Propaganda p. 62

Capivarol – O Rei dos Tonicos III

25
Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 17

Documento 017 Jornal p. 63

Crônica Social

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 18

Documento 018 Jornal p. 64

Sociais

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 19

26
Documento 019 Jornal eletrônico p. 65

Debutante

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 20

Documento 020 Vinheta p. 66

Axé, axé para todo mundo, axé

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 21

Documento 021 Fotografia p. 68

As mulatas, 1962

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

27
Documento 22

Documento 022 Manchete de notícia p. 69

Obra de Di Cavalcanti danificada por criminosos no Pla-


nalto é avaliada em R$ 8 milhões

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 23

Documento 023 Poesia p. 70

Vozes-Mulheres

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 24

Documento 024 Música p. 72

A cidade

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

28
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 25

Documento 025 Anúncio em plataforma de aluguel p. 74

Linda Casa de Época Moderna

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 26

Documento 026 Placa p. 75

Marcas da Memória Dopinho

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 27

Documento 027 Diário p. 76

Journal of a Residence in India

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

29
Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 28

Documento 028 Diário p. 77

Journal of a Voyage to Brazil

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 29

Documento 029 Diário p. 79

Journal of a Residence in Chile

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 30

Documento 030 Diário p. 80

Journal of a Voyage to Brazil

Século em que foi produzido

30
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 31

Documento 031 Vídeo p. 83

Respondendo perguntas do Instagram #1”

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 32

Documento 032 Texto acadêmico p. 85

Desclassificados do ouro

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 33

Documento 033 Óleo sobre tela p. 87

Bandeirantes a Caminho das Minas, 1920

31
Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 34

Documento 034 Jornal eletrônico p. 88

Escultura do caranguejo gigante é recuperada na Orla

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 35

Documento 035 Jornal eletrônico p. 89

São Luís ganha escultura em alusão à lenda da serpente

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 36

32
Documento 036 Jornal eletrônico p. 91

Bauruzinho

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 37

Documento 037 Jornal eletrônico e Fotografia p. 92

Menino da Porteira

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 38

Documento 038 Jornal eletrônico p. 93

Resultado: Linguiça de Maracaju é eleita a escultura mais


Aesthetic de MS

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

33
Documento 39

Documento 039 Livro p. 94

A queda do céu

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 40

Documento 040 Recorte de Mapa p. 97

Hitome de wakaru manga sekai manga genjō chizu [Mapa


ilustrado da situação mundial atual]

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 41

Documento 041 Texto Acadêmico p. 100

As contribuições dos povos indígenas para o desenvolvi-


mento da ciência no Brasil

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

34
Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 42

Documento 042 Música p. 103

Até Quando Esperar

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 43

Documento 043a Livro Didático p. 105

A terra da gente (capa)

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 44

Documento 044 Literatura p. 109

Afirma Pereira: um testemunho

Século em que foi produzido

35
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 45

Documento 045 Texto Acadêmico p. 113

O integralismo literário de Plínio Salgado e o salazarismo

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 46

Documento 046 Fotografia p. 114

Acendedores de lampião

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 47

Documento 047 Documento legal p. 115

Ordenações Filipinas de 1603

36
Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 48

Documento 048 Trailer p. 117

Que horas ela volta?

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 49

Documento 049 Site p. 118

Impressões Rebeldes

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 50

37
Documento 050 Site p. 119

Revolta indígena no aldeamento de Reritiba

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 51

Documento 051 Site p. 120

Inconfidência Baiana

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 52

Documento 052 Site p. 121

Quilombo de Macaé

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

38
Documento 53

Documento 053 Bilhete p. 122

Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional dos Des-


portos

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 54

Documento 054 Escritura e desenho sobre mapa p. 124

Não existe cartografia no mundo dos pajés

Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

39
Documentos

Documento 001

Marcados I

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: ANDUJAR, Claudia. Marcados (1980-1983). Fotografias e
Tragetórias - USP. Disponível em: https://sites.usp.br/fotografias/claudia-andujar/. Acesso em: 05 mai
2023. CRÉDITOS: Claudia Andujar PALAVRAS-CHAVE: história da saúde, indígenas, fotografia

40
Documento 002

Marcados II

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: ANDUJAR, Claudia. Marcados (1980-1983). Fotografias e
Tragetórias - USP. Disponível em: https://sites.usp.br/fotografias/claudia-andujar/. Acesso em: 05 mai
2023. CRÉDITOS: Claudia Andujar PALAVRAS-CHAVE: indígenas, história da saúde, fotografia

41
Documento 003

Marcados III

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: ANDUJAR, Claudia. Marcados (1980-1983). Fotografias e
Tragetórias - USP. Disponível em: https://sites.usp.br/fotografias/claudia-andujar/. Acesso em: 05 mai
2023. CRÉDITOS: Claudia Andujar PALAVRAS-CHAVE: indígenas, história da saúde, fotografia

42
Documento 004

Marcados - Bienal

Yanomami significa “ser humano”, sabia a fotógrafa Claudia


Andujar quando foi acompanhar alguns médicos em
expedições de socorro na Amazônia. Nos anos 1980, com a
construção de estradas no território habitado pelos
ianomâmis, uma epidemia foi trazida ao local, e grupos de
salvação viajavam para fazer levantamentos de saúde e
vacinação. Como os ianomâmis não tinham nome próprio e, na
época, reconheciam-se por graus de parentesco, foi necessário
dar a eles números que indicassem que já haviam sido
vacinados. Assim nascia a série Marcados: o que era para ser
um mero registro fotográfico, para fins de organização, acabou
levantando um grande questionamento em torno dos “rótulos”
dados às pessoas na construção das sociedades.
Claudia Andujar chegou a viver quase uma década em
Roraima, junto ao povo ianomâmi, reconstruindo uma família
que perdeu, em parte, durante o Holocausto: “Aos 13 anos tive
o primeiro encontro com os “marcados para morrer”. Foi na
Transilvânia, Hungria, no fim da Segunda Guerra. Meu pai,
meus parentes paternos, meus amigos de escola, todos com a
estrela de Davi, visível, amarela, costurada na roupa, na altura
do peito, para identificá-los como “marcados”, para agredi-los,
incomodá-los e, posteriormente, deportá-los aos campos de
extermínio. (…) É esse sentimento ambíguo que me leva, 60
anos mais tarde, a transformar o simples registro dos
Yanomami na condição de “gente” – marcada para viver – em
obra que questiona o método de rotular seres para fins
diversos.”
Até a homologação da terra indígena Yanomami em 1992,
foram anos de lutas defendidas pela fotógrafa, participante da
Comissão de Criação do Parque Yanomami (CCPY). Invasões
garimpeiras chegaram a apontar para uma possível extinção

43
das tribos, quando Andujar se propôs a olhar para os indígenas
com cautela, representá-los e auxiliar em programas de saúde.
A série que retorna ao Pavilhão Bienal na exposição 30 ×
Bienal, mostra famílias que encaram as lentes de forma
determinada, reafirmando sua cultura e preservando sua
identidade para muito além de um número cadastral. Mais do
que fotografia, a obra de Andujar mistura arte e vida,
propondo-se a entender os costumes e crenças de um povo
que tem na natureza um espelho de si. A reflexão das
condições de vida do (Yanomami) ser humano.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Notícia ORIGEM: MURARI, Julia Bolliger. Marcados. Bienal de São Paulo, 21 de
novembro de 2013. Diponível em: https://bienal.org.br/marcados/. Acesso em: 05 mai 2023.
CRÉDITOS: Julia Bolliger Murari. PALAVRAS-CHAVE: indígenas, história da saúde, fotografia

44
Documento 005

Unesco inclui duas áreas do Brasil na lista de


geoparques mundiais

Até o momento, Araripe era único geoparque brasileiro na lista

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a


Cultura (Unesco) aprovou a inclusão de dois parques
brasileiros na lista de geoparques mundiais reconhecidos pela
entidade. Na lista, divulgada nesta semana, foram incluídos o
parque Caminhos dos Cânions do Sul, situado entre Santa
Catarina e Rio Grande do Sul; e o parque Seridó, localizado no
Rio Grande do Norte.
Com a aprovação, o Brasil passa a contar com três geoparques
mundiais, já que a organização já havia reconhecido o
geoparque de Araripe, localizado na Bacia do Araripe, que se
estende pelo sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do
Piauí.
Os geoparques são territórios reconhecidos pela Unesco como
regiões que possuem importância científica, cultural,

45
paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e
histórica e que também combinam a conservação com o
desenvolvimento sustentável, por meio do empoderamento
das comunidades locais.
“Os sítios dessa rede apresentam uma extraordinária
diversidade geológica que sustenta a diversidade biológica e
cultural de diferentes regiões. Os geoparques atendem as
comunidades locais, e combinam a conservação de seu
patrimônio geológico único com a disseminação pública e o
desenvolvimento sustentável”, informou a Unesco.
Geoparques
O geoparque mundial Seridó abrange uma área de 2.800 km²
no semiárido do nordeste brasileiro, onde moram mais de 120
mil habitantes, incluindo comunidades como os quilombolas.
A Unesco disse que os habitantes mantêm “viva a memória de
seus ancestrais africanos escravizados para preservar sua
cultura por meio de práticas tradicionais, museus e centros
culturais.”
A região, localizada na caatinga, único bioma exclusivamente
brasileiro, conta ainda com uma das maiores reservas
minerais de scheelita da América do Sul, um importante
minério de tungstênio, além de fluxos de basalto decorrentes
da atividade vulcânica durante as Eras Mesozoica e Cenozoica.
O geoparque mundial Caminhos dos Cânions do Sul, no sul do
Brasil, abrange uma área de 2.830,8 km² e abriga 74.120
habitantes. A região é caracterizada pela ocorrência de Mata
Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos do planeta em
termos de biodiversidade.
No período pré-colombiano, os habitantes da região se
abrigavam em paleotocas (cavidades subterrâneas escavadas
pela extinta megafauna paleovertebrada, como a preguiça
gigante), cujos numerosos vestígios ainda são visíveis no
geoparque.
“Além disso, o local apresenta os cânions mais
impressionantes da América do Sul, formados pelos processos
geomorfológicos únicos que o continente sofreu durante o

46
desmembramento do supercontinente Gondwana, há cerca de
180 milhões de anos”, informou a Unesco.
Além dos dois parques no Brasil, a Unesco também declarou
mais outros seis geoparques. São eles: o geoparque de
Salpausselkä, na Finlândia; Ries, na Alemanha;
Cefalônia-Ítaca, na Grécia; Mëllerdall, em Luxemburgo; Região
de Buzău, na Romênia; e Platåbergens, na Suécia.
Com as novas inclusões, a Rede Mundial de Geoparques reúne
agora 177 áreas em 46 países.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: Luciano Nascimento. ”Unesco inclui duas áreas do
Brasil na lista de
geoparques mundiais”. Agência Brasil. Brasília, 15/04/2022 -
13:17. Edição Maria Claudia.  Foto: ICMBIO/divulgação. Agência Brasil -
Brasília. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/unesco-inclui-duas-
areas-do-Brasil-na-lista-de-geoparques-mundiais.
Acesso em: 14 fev. 2023 CRÉDITOS: Luciano Nascimento; Edição Maria Claudia. Foto:
ICMBIO/divulgação PALAVRAS-CHAVE: geoparques, unesco, paisagem cultural

47
Documento 006

Bebida dos deuses

O primeiro livro de receitas de cozinha português, Arte da


Cozinha, do cozinheiro de D. Pedro II , Domingos Rodrigues,
foi publicado em 1680 e despertou grande interesse, como
indicam as sucessivas edições ocorridas ao longo dos séculos
XVIII e XIX. Domingos Rodrigues ofereceu apenas uma receita
de chocolate na seção destinada aos doces, mas esta foi,
sugestivamente, alocada após uma receita de florada (água de
flor), indicativo talvez de que poderia ser usado na confecção
de uma bebida, ou até como complemento da outra receita. A
descrição do modo de preparo restringiu-se à pasta do
chocolate, sem informar sua utilidade, sinal de que os leitores -
provavelmente experientes cozinheiros - sabiam como usá-la,
podendo ser dispensadas maiores explicações. Esse
procedimento permite pensar que o consumo do chocolate
havia se enraizado na culinária portuguesa há algum tempo,
muito provavelmente introduzido a partir dos contatos
estreitos com a corte espanhola entre os séculos XVI e XVII, e
estimulado posteriormente pelo comércio dos produtos
coloniais.
 A receita presente no livro de Domingos Rodrigues instruía
sobre a necessidade de se torrar o cacau, descascá-lo e “pisá-lo
muito bem”. Posteriormente misturava-se o cacau a “três
arráteis de açúcar de pedra e três onças de canela fina
peneirada”. De acordo com o cozinheiro real, logo que
estivesse tudo isso muito bem misturado, devia-se ir “moendo
numa pedra segunda e terceira vez” e quando estivesse “em
massa”, adicionava-se “oito baunilhas pi-
sadas e peneiradas e fazendo-se bolos na forma que quiserem”.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: ALGRANTI, Leila Mezan. “Bebida dos deuses”:
técnicas de fabricação e utilidades do chocolate no império português (séculos XVI-XIX). In: ALGRANTI,

48
Leila Mezan; MEGIANI, Ana Paula (org). O Império por Escrito – formas de transmissão da cultura letrada
no mundo ibérico (séculos XVI-XIX). São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2009. p. 418.
CRÉDITOS: Leila Mezan Algranti. GLOSSÁRIO: D. Pedro II : Rei de Portugal e Algarves de 1683 até à
sua morte em 1705; não confundir com D. Pedro II, segundo e último monarca do Império do Brasil.
Onça : Unidade de medida inglesa de peso, equivalente a 28,349 gramas.
Arrátel : Antiga unidade de medida de peso equivalente a 459,5 gramas. PALAVRAS-CHAVE: império
português, história da alimentação, brasil império

49
Documento 007

Boemia e modernidade em Cuiabá

A ocorrência destes personagens na vida pública de outras


cidades é vasta. Em Cuiabá mesmo, a sucessão de nomes e
alcunhas dos tipos populares constantemente rememorados
revelam a forte presença destes personagens na vida cotidiana
da cidade: Maria Taquara, Antonio Peteté, General Saco,
Zaramella, Cobra Fumando, Barba de Arame, entre tantos
outros evocados constantemente nas narrativas e na crônica
cuiabana.
(...)
Estes flanadores da cidade eram representações vivas do
projeto moderno dilacerante que estava em curso e que
destruía os referenciais urbanos, mudava a fisionomia da
cidade, sua sociabilidade e seus moradores. Afastados do
trabalho, das obrigações civis e da marcação do tempo, a
cidade os enxergava com um misto de medo e admiração, de
inveja e de pena.
(...)
José Inácio da Silva, o Zé Bolo-flor ganhou o imaginário
popular na condição de mendigo-poeta. (...) O nome é
originado do primeiro ofício de José Inácio, vendedor
ambulante que comercializava bolos e flores artificiais na área
central para ajudar a família que lhe fornecia abrigo. Assim,
José Inácio torna-se Zé Bolo-flor. (...)
Sem família, sem paradeiro, a publicidade da loucura de
Bolo-flor acaba por incrementar o fascínio sobre sua figura. De
poeta da cidade, é investido à posição de louco da cidade. (...)
Não se sabe exatamente porquê, no final dos anos setenta, sua
loucura torna-se institucionali-
zada e é encaminhado ao Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho.

Ficha técnica

50
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: BEZERRA , Silvia Ramos. Boemia e modernidade
em Cuiabá: O personagem Zé Bolo-flor. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Mato Grosso,
Instituto de Linguagens. Cuiabá, Agosto de 2007, p. 98-117. Disponível
em: https://livros01.livrosgratis.com.br/cp090366.pdf  CRÉDITOS: Silvia Ramos Bezerra. 
PALAVRAS-CHAVE: história da loucura, tipos populares, história das cidades

51
Documento 008

Zé Bolo-Flor, c. 1950

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Foto de Zé Bolo-Flor, segurando imagens de santos,
Cuiabá, aprox. década de 50. Foto: Reprodução. Olhar conceito, 14 Fev 2014 . Disponível em:
https://www.olharconceito.com.br/noticias/exibir.asp?id=4002&Noticia=o-poeta-andarilho-e-mendigo-
que-fazia-musicas-e-poemas-para-cuiaba-virou-nome-de-parque-ze-bolo-flo. Acesso em: 18 fev. 2023.
CRÉDITOS: Foto: Reprodução; Olhar conceito. PALAVRAS-CHAVE: tipos populares, história das
cidades, história da loucura

52
Documento 009

Fique Viva

Baby, é só mais uma armadilha


Cuidado na trilha!
Baby, fique viva!
Fique viva!
Tive que aprender a me amar, ficar de pé
Pra depois aprender a voar, manter a fé
Fico viva mais um dia
Jogo as drogas na pia
Leio antropologia
Lavo meu corpo com sais
Essa terra tem sangue dos ancestrais
Estado de alerta
Fique viva, se prepare
São dias e noites de amor e guerra
Fique viva, fique viva!
A linha de Fronteira se rompeu
Bala trocada, bala achada
Essa bala procura a cor, procura amor
Bala trocada, bala achada
Essa bala procura a cor, procura amor
Estado de alerta
Dias e noites de amor e guerra
Dias e noites
Baby, é só mais uma armadilha
Cuidado na trilha!
Baby, é só mais uma armadilha
Cuidado na trilha!
Baby, fique viva!
Fique viva!
Não se deixe enganar entre beijos macios, gritos e palavrões
Enchentes e ribeirões

53
Viajo nas amplidões como Zé Ramalho, na
”Peleja do Diabo com o Dono do Céu””
Quanto vale seu papel?
Fusa a arte nesse tempo
Eu ando confusa, eu ando confusa
Fusa a arte nesse tempo
Eu ando confusa, eu ando confusa
Quem abusa nos usa?
Quem abusa nos usa!
Fusa a arte nesse tempo!
Selvagem como o vento
De La Cordillera Flow, vive livre!
Selvagem como o vento
De La Cordillera Flow, vive livre!
Vive livre, sobrevive
Estado de alerta
Baby, é só mais uma armadilha
Cuidado na trilha!
Baby, é só mais uma armadilha
Cuidado na trilha!
Baby, fique viva!
Fiquem vivos, fiquem juntos!
Fiquem vivos, fiquem juntos!
Bala trocada, bala achada
Estado de alerta

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: CD: SELVAGEM COMO O VENTO
Gravadora: Independente
Ano: 2018
Artistas: Brisa Flow CRÉDITOS:  Brisa Flow PALAVRAS-CHAVE: história das mulheres, história da
música, indígenas

54
Documento 010

As Ligas Camponesas na Paraíba

A década de 1950 marca um período de transição tanto na


sociedade brasileira quanto na nordestina e na paraibana
(quando) nasce e se consolida o movimento das Ligas
Camponesas (...) A primeira liga fundada na Paraíba foi a de
Sapé, a partir da liderança de João Pedro Teixeira. Pedro
Teixeira nasceu em 4 de março de 1918, em Guarabira (PB).
Órfão de pai, morto em questão de terra , mudou-se para
Espírito Santo, onde morou com um tio que era capataz de
uma fazenda. Não concordando com o tratamento dado pelo
tio aos trabalhadores, deixou o engenho e foi para o município
de Sapé, onde conheceu e se casou com Elizabeth Teixeira. O
sogro, um pequeno proprietário, não concordava com o
casamento. Pedro Teixeira foi morar em Recife e logo em
seguida em Jaboatão, onde trabalhou em uma pedreira. Foi aí
que teve os primeiros contatos com o Partido Comunista.
Fundou o Sindicato dos Operários das Pedreiras, tendo sido o
seu primeiro presidente. Em virtude de seu envolvimento com
a organização dos trabalhadores, foi despedido e voltou para
Sapé a convite de um cunhado, pois a família estava passando
por necessidades em Recife. Foi quando começou o seu
envolvimento com a organização das Ligas Camponesas (...) O
seu contato com o Partido Comunista, quando de seu trabalho
em pedreiras em Recife e Jaboatão (PE), deu-lhe as
ferramentas para a construção da consciência dos problemas
sociais, bem como as ferramentas e as articulações
necessárias para o processo de organização dos trabalhadores
rurais. (...) Fundada em 1958, a Liga Camponesa de Sapé iria
ser o centro de todo o movimento camponês na Paraíba,
disseminando-se rapidamente por outros municípios da Zona
da Mata e do agreste.

Ficha técnica

55
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: Adaptado de TARGINO, Ivan; MOREIRA, Emilia,
MENEZES, Menezes. “As Ligas Camponesas na Paraíba: um relato a partir da memória dos seus
protagonistas”. RURIS, volume 5, número 1, março 2011, pp. 83-95. Disponível
em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ruris/article/view/16846/11556. Acesso em; 25
abr. 2023. CRÉDITOS:  Ivan Targino; Emilia Moreira; Marilda Menezes.  GLOSSÁRIO: Morto em
questão de terra : uma morte decorrente de uma disputa fundiária. PALAVRAS-CHAVE: movimentos
populares, história do trabalho, ligas camponesas

56
Documento 011

Depoimento de Elizabeth Teixeira

Eu quero dizer para os companheiros e companheiras que


João Pedro Teixeira, na Paraíba, foi quem começou a luta do
campo, no município de Sapé. [...] Quando chegamos em Barra
de Anta, eu ainda não tinha nem conhecimento de que João
Pedro já tinha aquele espírito de luta. João Pedro andava nos
engenhos Anta, Melancia, Sapucaia, que ficava mais próximo a
nossa casa, tomando conhecimento como aqueles
trabalhadores daqueles engenhos sobreviviam, daquelas
fazendas, e viu uma situação difícil. Ele chegava em casa e
falava para mim que a vida do trabalhador do campo, dos
engenhos, das fazendas é tão difícil, que chegava o momento
de muitos pais verem seus filhinhos morrer de fome. Então, ele
convidava aqueles trabalhadores para virem até a nossa casa,
conversar com ele, do Engenho Anta, do Engenho Melancia, do
Engenho Sapucaia, Engenho Maraú e de outras fazendas.
Conversavam com ele, e chegou o momento dele fundar a Liga
Camponesa em Sapé, que foi fundada por João Pedro Teixeira
em 1958.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Depoimento ORIGEM: Depoimento de Elizabeth Teixeira. In: TARGINO, Ivan;
MOREIRA, Emilia, MENEZES, Menezes. “As Ligas Camponesas na Paraíba: um relato a partir da memória
dos seus protagonistas”. RURIS, volume 5, número 1, março 2011, p. 91. Disponível em:
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ruris/article/view/16846/11556. Acesso em; 25 abr.
2023. PALAVRAS-CHAVE: movimentos populares, ligas camponesas, história do trabalho

57
Documento 012

Civilization VI
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Trailer ORIGEM: Sid Meier’s Civilization. CIVILIZATION VI - First Look: Brazil.
YouTube, 2 de ago. 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_Oh2HzwZxOc. Acesso em:
20 jan. 2023.  CRÉDITOS: Sid Meier’s Civilization PALAVRAS-CHAVE: mídias digitais, história do
brasil, videogame

58
Documento 013

Sobre História e Videogames

[...] casos a serem observados são os jogos de estratégia, de


”Gerenciamento de ’Civilizações”’ - jogos cuja ênfase está na
construção, gerenciamento e movimentação de estruturas e
unidades econômicas e sociais de uma ”civilização” – e assim,
pelo caráter temático, muito comumente palco de jogos de
tema histórico. Seu objetivo principal é o controle e acúmulo
de recursos (que são o capital do jogo), como pedra, ouro,
madeira ou alimento e o gerenciamento das estruturas para
desenvolver uma soberania econômica e/ou militar no intento
de “vencer” outras civilizações.
[...] Tais jogos de “civilização” usam o conceito civilização no
sentido mais clássico do Estado ocidental – diríamos mais
especificamente, no sentido generalizado de um Estado
moderno capitalista, organizado racionalmente, cujas ações
levam sempre ao crescimento progressivo e evolutivo de seu
poder econômico, político e territorial.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: BELLO, Robson Scarassati. Sobre História e
Videogames: Possibilidades de análise teórico-metodológica. In: XXVII Simpósio Nacional de História da
ANPUH, 2013, Natal - RN. 17 p. Disponível em:
http://snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1371302546_ARQUIVO_RobsonBelloAnpuh2013.pdf.
Acesso em: 23 jan. 2023. CRÉDITOS: Robson Scarassati Bello. PALAVRAS-CHAVE: videogame,
mídias digitais, história do brasil

59
Documento 014

Capivarol – O Rei dos Tonicos I

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: “Capivarol – O Rei dos Tonicos”. O Careta, Rio de
Janeiro, 7 de junho de 1924, n. 833, anno XVII, p. 48. Memória BN. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=083712&pagfis=33027. Acesso em: 19 fev.
2023. CRÉDITOS: O Careta; Hemeroteca Digital. PALAVRAS-CHAVE: história da medicina,
propaganda

60
Documento 015

Capivarol – O Rei dos Tonicos II

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: “Capivarol – O Rei dos Tonicos”. O Careta, Rio de
Janeiro, 11 de outubro de 1924, n. 851, anno XVII, p. 45. Memória BN. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=083712&pagfis=33941. Acesso em: 19 fev.
2023. CRÉDITOS: O Careta; Hemeroteca digital. PALAVRAS-CHAVE: história da medicina,
propaganda

61
Documento 016

Capivarol – O Rei dos Tonicos III

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: “Capivarol – O Rei dos Tonicos”. O Careta, Rio de
Janeiro, 02 de maio de 1925, n. 880, anno XVIII, p. 44. Memória BN. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=083712&pagfis=35422. Acesso em: 19 fev.
2023. CRÉDITOS: O Careta; Hemeroteca Digital. PALAVRAS-CHAVE: propaganda, história da
medicina

62
Documento 017

Crônica Social

ZICIL
Clube do Comérci o
– O ponto máximo das festas sociais. -
Inegavelmente o Clube do Comércio lidera os grandes
acontecimentos sociais de nossa cidade. Outra prova disso
tivemos quarta-feira última na reunião dançante oferecida em
homenagem à Marinha de Guerra que nos visitou.
Desta vez os “brotos” apresentaram, em média, o melhor
desfile de modas, linhas atualizadas. A noite, portanto, foi dos
“brotinhos”.
Vera Mendes, em verde, esteve um encanto. Regina Martinez
disputou com Verinha o título de “broto” n. 1, num farto
diretório azul esverdeado (...)
Fato curioso foi a presença de garotas nessa festa que ainda
nem debutaram oficialmente. Uma homenagem à
marinha?!?
(...)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Jornal Rio Grande. Rio Grande, 17 de outubro de 1958, ano
XLV, nº 262. Acervo do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. CRÉDITOS: Jornal Rio Grande;
Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. GLOSSÁRIO: Debutante : que ou o que se inicia numa
carreira ou atividade; que ou quem se inicia na vida social (ex: “menina debutante”). No Brasil, a festa de
debutante era associada ao momento em que as garotas completavam 15 anos de idade.
Diretório : vestido de festa para jovens, inspirado na moda do fim do século XVIII, em estilo vagamente
neoclássico, podendo ser curto ou longo, com recorte logo abaixo do busto. PALAVRAS-CHAVE: coluna
social, usos e costumes, jornal

63
Documento 018

Sociais

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Jornal Rio Grande. Rio Grande, 31 de outubro de 1958, ano
XLV, nº 276. Acervo do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa CRÉDITOS: Jornal Rio
Grande; Acervo do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa PALAVRAS-CHAVE: jornal, coluna
social, usos e costumes

64
Documento 019

Debutante

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: Coluna Social de Katiuscia Pacheco, 27 de março
de 2009. Disponível em: https://www.diariodearaxa.com.br/a-festa-de-15-anos-de-kethura-na-coluna-
social-de-katiuscia-pacheco/. Acesso em 16 de fevereiro de 2023, às 18:37 CRÉDITOS: Katiuscia
Pacheco GLOSSÁRIO: Debutante : que ou o que se inicia numa carreira ou atividade; que ou quem se
inicia na vida social (ex: “menina debutante”). No Brasil, a festa de debutante era associada ao momento
em que as garotas completavam 15 anos de idade. PALAVRAS-CHAVE: jornal, usos e costumes, coluna
social

65
Documento 020

Axé, axé para todo mundo, axé

Axé, axé para todo mundo, axé


axé, para um país melhor, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, axé para a abolição de todos os preconceitos, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, axé para negritude, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, axé para os heróis da liberdade, axé
Axé, axé contra todas as formas de opressão, axé
da negritude brasileira, axé para todo o brasil
Axé, axé para todo mundo em 88, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, axé para a alegria, salve simpatia, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, olha o axé aí minha gente, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Eu digo axé
Muito Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, muito axé para fé e para a verdade, axé
Axé para toda a arte
Axé, axé, axé para as mamães, axé
muito axé, muito axé,
axé para cada um de nós, axé para todos os povos
muito axé, muito axé,
muito axé para todo mundo, axé
axé para todas as crianças
axé para a música popular brasileira
muito axé, muito axé,
muito axé para todo mundo, axé
axé para a libertação da mulher
o negro brasileiro, axé para todo país, axé em 88

66
muito axé,
axé para juventude do Brasil, minha gente, axé
muito axé, muito axé
axé, muito axé para as mães
muito axé, muito axé,
muito axé para todo mundo, axé
muito axé para a memória negra
muito axé, muito axé
muito axé, para essa galera axé
axé para nossa dignidade, axé
axé mãe África, axé
muito axé, muito axé
muito axé pra gente que é de fé
muito axé para a grande nação brasileira
axé da mãe África, pra toda essa nação
euro-africana-ameríndia
muito axé, muito axé
pra todo mundo axé

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Vinheta ORIGEM: Vinheta de fim de ano Rede Globo de Televisão, 1987.
Música de Martinho da Vila, letra adaptada. https://globoplay.globo.com/v/1179608/. Acesso em: 19 fev.
2023. CRÉDITOS: Rede Globo de Televisão; Martinho da Vila. PALAVRAS-CHAVE: identidade,
história da televisão, afrodescendentes

67
Documento 021

As mulatas, 1962

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Emiliano Di Cavalcanti, ”As mulatas”, 1962. Painel. 
Foto: Paulo Pimenta/Reprodução. Acervo do Palácio do Planalto. Disponível
em: https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/a-historia-do-quadro-de-di-cavalcanti-destruido-por-
terroristas/. Acesso em: 14 fev. 2023 CRÉDITOS: Emiliano Di Cavalcanti; Foto: Paulo
Pimenta/Reprodução TÉCNICA: Painel; fotografia. PALAVRAS-CHAVE: di cavalcanti, história da arte,
história do tempo presente

68
Documento 022

Obra de Di Cavalcanti danificada por criminosos


no Planalto é avaliada em R$ 8 milhões

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Manchete de notícia ORIGEM: Carolina Farias; Carolina Figueiredo. ”Obra de Di
Cavalcanti danificada por criminosos no Planalto é avaliada em R$ 8 milhões”. CNN. São
Paulo. 09/01/2023 às 12:44 | Atualizado 09/01/2023 às 18:01. Disponível
em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/obra-de-di-cavalcanti-danificada-por-criminosos-no-
planalto-e-avaliada-em-r-8-milhoes/. Acesso em 14 fev. 2023. CRÉDITOS: Carolina Farias; Carolina
Figueiredo; Emiliano Di Cavalcanti. PALAVRAS-CHAVE: história do tempo presente, di cavalcanti,
história da arte

69
Documento 023

Vozes-Mulheres

A voz de minha bisavó


ecoou criança
nos porões do navio
ecoou lamentos
de uma infância perdida.
A voz de minha avó
ecoou obediência
aos brancos-donos de tudo.
A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
no fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado
rumo à favela.
A minha voz ainda
ecoa versos perplexos
com rimas de sangue e fome.
A voz de minha filha
recolhe todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas caladas
engasgadas nas gargantas.
A voz de minha filha
recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem – o hoje – o agora.
Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
o eco da vida-liberdade.

70
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Poesia ORIGEM: EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros
movimentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017, p. 24-25. CRÉDITOS: Conceição Evaristo
PALAVRAS-CHAVE: história das mulheres, literatura

71
Documento 024

A cidade

O sol nasce e ilumina


As pedras evoluídas
Que cresceram com a força
De pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam
Vigiando as pessoas
Não importa se são ruins
Nem importa se são boas

E a cidade se apresenta
Centro das ambições
Para mendigos ou ricos
E outras armações
Coletivos, automóveis,
Motos e metrôs
Trabalhadores, patrões,
Policiais, camelôs

A cidade não pára


A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce

A cidade se encontra
Prostituída
Por aqueles que a usaram
Em busca de uma saída

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Ilusora de pessoas
De outros lugares,
A cidade e sua fama
Vai além dos mares

E no meio da esperteza
Internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos

A cidade não pára


A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce

Eu vou fazer uma embolada,


Um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado
Bom pra mim e bom pra tu
Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus

Num dia de sol, Recife acordou


Com a mesma fedentina do dia anterior.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: LP: DA LAMA AO CAOS - Chico Science e Nação Zumbi
Gravadora: Chaos/Sony Music
Ano: 1994
Artistas: Nação Zumbi / Chico Science CRÉDITOS: Artistas: Nação Zumbi / Chico Science
PALAVRAS-CHAVE: história da música, história das cidades

73
Documento 025

Linda Casa de Época Moderna

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Anúncio em plataforma de aluguel ORIGEM: Jornal Sul 21. Foto:
Reprodução/Airbnb. 02 de agosto de 2022. Disponível em:
https://sul21.com.br/noticias/geral/2022/08/imovel-que-abrigou-o-dopinha-e-anunciado-em-site-de-
aluguel-linda-casa-de-epoca-moderna/. Acesso em: 18 fev. 2023. CRÉDITOS: Reprodução/Airbnb. 
PALAVRAS-CHAVE: patrimônio, ditadura civil-militar

74
Documento 026

Marcas da Memória Dopinho

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Placa ORIGEM: Fonte: Placa em frente à casa explica que residência foi, no
passado, centro de tortura clandestino - o Dopinho Imagem: Ministério Público/Divulgação. UOL, 04 de
agosto de 2022. Disponível em: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2022/08/04/dops-
antigo-centro-de-tortura-oferta-hospedagem-e-surpreende-turista-no-rs.htm. Acesso em: 18 fev. 2023.
CRÉDITOS:  Ministério Público/Divulgação.  PALAVRAS-CHAVE: patrimônio, ditadura civil-militar

75
Documento 027

Journal of a Residence in India

Bombaim, 28 de Maio de 1809.


Meu querido(a) amigo(a),
atendendo a seu pedido em nossa despedida, para que eu,
durante minha ausência da Inglaterra, fizesse anotações e
diários para você sobre tudo o que me parecesse digno de nota,
seja por ser curioso ou diferente dos costumes, maneiras e
hábitos da Europa, vou me esforçar para descrever fielmente
tudo o que vejo e relatar cuidadosamente tudo o que aprendo,
para sua diversão (...). Depois de uma viagem de vinte semanas
da Inglaterra, desembarcamos aqui no dia 26 deste mês, em
meio a uma espessa neblina, que pressagiava a chegada da
estação das chuvas nesta parte da Índia.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Diário ORIGEM: Traduzido e adaptado de GRAHAM, Maria. Journal of a
Residednce in India. Edinburgh: George Ramsay and Company. 2nd ed. 1813. p.1.  CRÉDITOS: Maria
Graham. Tradução: Gabriela Pratavieira. PALAVRAS-CHAVE: relatos de viajantes, índia

76
Documento 028

Journal of a Voyage to Brazil

Pernambuco, 22 de Setembro de 1821.


Às nove horas, o comodoro deste lugar, cujo cargo é uma
combinação de almirante do porto e comissário, subiu a bordo
com o capitão do porto e guiou o navio até o ancoradouro, que
fica a cerca de três milhas de distância da cidade (...). Não é de
se espantar que não fomos notados na noite passada. O senhor
Dance, tendo sido enviado à terra com cartas oficiais ao
governador e ao cônsul inglês em exercício, encontrou o local
em estado de sítio e trouxe consigo o coronel, ajudante de
campo do governador, que nos deu o seguinte relato do atual
estado de Pernambuco:
Além da disposição para a revolução, que sabíamos que existia
há muito em todas as partes do Brasil, havia também uma
inveja entre portugueses e brasileiros, que os acontecimentos
recentes haviam aumentado. No dia 29 de agosto, cerca de 600
milicianos e outras forças indígenas tomaram posse da Vila de
Goiana, um dos principais lugares desta capitania, e entraram
à força no casarão, onde declararam o fim do governo de Luiz
do Rego. Eles passaram a eleger um governo provisório
temporário para Goiana, para atuar até que a capital da
província estivesse em condições de estabelecer uma junta
constitucional; e para acelerar aquele acontecimento, haviam
reunido forças de toda espécie, e entre elas várias companhias
de caçadores que haviam desertado de Luiz do Rego; com
essas tropas, marcharam para Pernambuco, e ontem à noite
atacaram os dois pontos principais de Olinda, ao norte, em
quatro lugares diferentes, e Afogados ao sul. Foram, porém,
repelidos pelas tropas reais, sob o comando do governador,
com a perda de quatorze mortos e trinta e cinco prisioneiros,
en-
quanto os monarquistas tiveram dois mortos e sete feridos. (...)

77
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Diário ORIGEM: Traduzido e adaptado de GRAHAM, Maria. Journal of a Voyage
to Brazil, and residence there, during 1821, 1822, 1823. London: A. & R. Spottiswoode. 1824. p.97-98.
CRÉDITOS: Maria Graham. Tradução: Gabriela Pratavieira. GLOSSÁRIO: Comodoro : oficial da
marinha. PALAVRAS-CHAVE: relatos de viajantes, pernambuco

78
Documento 029

Journal of a Residence in Chile

Navio de Sua Majestade Doris, porto de Valparaíso, domingo à


noite, 28 de abril de 1822.
(…) Hoje, a novidade do lugar e todas as outras circunstâncias
de nossa chegada levaram meus pensamentos a se
interessarem pelas coisas ao meu redor. Não posso conceber
nada mais glorioso do que a visão dos Andes esta manhã ao
aproximar-me da terra ao raiar do dia; partindo, por assim
dizer, do próprio oceano, seus cumes de neve eterna brilharam
com toda a majestade da luz muito antes que a terra abaixo
fosse iluminada, quando de repente o sol apareceu por trás
deles e se perderam de vista. Navegamos por horas antes de
avistarmos a terra.
Ao ancorar aqui hoje, a primeira coisa que vi foi o brigue de
nome Galvarino, do estado do Chile. Anteriormente era o
brigue de guerra britânico Hecate, o primeiro navio que meu
marido comandou e no qual naveguei nos mares da Índia
Oriental. Doze anos se passaram!

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Diário ORIGEM: Traduzido e adaptado de GRAHAM, Maria. Journal of a
Residence in
Chile, during the year 1822. And a Voyage from Chile to Brazil in 1823. London: A. & R. Spottiswoode.
1824. p. 113-114. CRÉDITOS: Maria Graham. Tradução: Gabriela Pratavieira. GLOSSÁRIO: Brigue
: navio de dois mastros com velas redondas e cestos de gávea. PALAVRAS-CHAVE: relatos de
viajantes, chile

79
Documento 030

Journal of a Voyage to Brazil

Rio de Janeiro, 29 de agosto de 1823.


Hoje recebi a visita de Dona Maria de Jesus, a jovem que
ultimamente tem se destacado na guerra do Recôncavo. Suas
vestes são de um soldado de um dos batalhões do imperador,
com a adição de um kilt xadrez, que ela me disse ter adotado
de uma foto representando um escocês, como um traje militar
mais feminino.
(...)
As mulheres do interior fiam e tecem para sua casa, e também
bordam muito bem. As moças aprendem o uso de armas de
fogo, como seus irmãos, seja para caçar ou defender-se dos
índios selvagens.
Dona Maria contou-me vários detalhes sobre o país, e mais
sobre suas próprias aventuras. Parece que no início da última
guerra do Recôncavo, emissários haviam atravessado o país
em todas as direções, para reunir recrutas patriotas; que um
deles chegara um dia à casa de seu pai, na hora do jantar; que
seu pai o havia convidado a entrar e que, após a refeição, ele
começou a falar sobre o assunto de sua visita. Ele representava
a grandeza e as riquezas do Brasil, e a felicidade que poderia
ser alcançada caso fosse independente. Ele expôs a longa e
opressiva tirania de Portugal; e a maldade de se submeter a ser
governado por um país tão pobre e degradado. Ele falou longa
e eloquentemente dos serviços prestados por D. Pedro ao
Brasil; de suas virtudes, e as da Imperatriz: de modo que, no
final, disse a menina, ”senti meu coração queimando em meu
peito”. Seu pai, no entanto, não tinha nada de seu entusiasmo.
Ele disse estar velho para ingressar no exército, e que não
tinha um filho para enviar para lá; e quanto a dar um escravo
para a posição, que interesse teria um escravo em lutar pela
independência do Brasil? Assim, ele deveria esperar com

80
paciência o resultado da guerra, e ser um súdito pacífico para o
vencedor.
Dona Maria fugiu de sua casa para a de sua irmã, que era
casada e morava um pouco distante. Ela recapitulou todo o
discurso do estranho e disse que gostaria de ser homem, para
poder se juntar aos patriotas.
”Não”, disse a irmã, ”se eu não tivesse marido e filhos, por
metade do que você diz, eu me juntaria às fileiras do
imperador.” Isso foi o suficiente. Maria recebeu algumas
roupas do marido da irmã para equipá-la; e como seu pai
estava prestes a ir à [Vila] Cachoeira para vender algodão, ela
resolveu aproveitar a oportunidade para cavalgar atrás dele,
perto o suficiente para proteção em caso de acidente na
estrada, e longe o suficiente para escapar de sua detecção.
Por fim, avistando [a Vila] Cachoeira, ela parou; e saindo da
estrada, vestiu-se com trajes masculinos e entrou na cidade.
Isso foi na sexta-feira. No domingo, ela havia administrado as
coisas tão bem que entrou no regimento de artilharia e montou
guarda.
Ela era muito pequena, no entanto, para esse serviço e foi
colocada na infantaria, onde está agora. Ela foi enviada para
cá, creio eu, com despachos e para ser apresentada ao
Imperador, que lhe deu a insígnia e a ordem da cruz,
condecoração que ele mesmo fixou em sua jaqueta.
Ela é analfabeta, mas inteligente.
Sua compreensão é rápida e suas percepções aguçadas. Eu
acho que, se tivesse recebido educação, poderia ter sido
uma pessoa notável. Ela não é particularmente masculina em
sua aparência e suas maneiras são gentis e alegres. Ela não
adotou modos grosseiros ou vulgares de sua vida no
acampamento do exército, e acredito que nunca imputou-se
nada contra a sua modéstia. 
Uma coisa é certa: seu sexo não havia sido descoberto até que
seu pai pediu a seu comandante para procurá-la.
Não há nada de muito peculiar em suas maneiras à mesa,
exceto que ela come farinha com ovos no café da manhã e

81
peixe no jantar, em vez de pão, e fuma um charuto após cada
refeição; mas ela é muito agradável.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Diário ORIGEM: Traduzido e adaptado de GRAHAM, Maria. Journal of a Voyage
to Brazil, and residence there, during 1821, 1822, 1823. London: A. & R. Spottiswoode. 1824, p.
292-294. CRÉDITOS: Maria Graham. Tradução: Gabriela Pratavieira. GLOSSÁRIO: Kilt : peça
tradicional do vestuário masculino escocês que se assemelha a uma saia xadrez.
PALAVRAS-CHAVE: independencia do brasil, relatos de viajantes

82
Documento 031

Respondendo perguntas do Instagram #1”

No vídeo, assista do minuto 01:42 até o minuto 03:26. Esse


trecho é o documento da questão.

Transcrição do trecho selecionado

Bom, essa daqui também é bem interessante, ó: ”Dentro da


sua aldeia, da aldeia de vocês, vocês mantém a questão
ancestral desde pequeno?” Sim, mantemos a questão
ancestral desde pequeno. É, temos na comunidade, no povo
Pataxó de Coroa Vermelha, a escola municipal indígena e
estadual indígena, onde tem a matéria obrigatória da língua do
Patxohã né, que é a nossa língua mãe, a nossa língua materna.
E a gente tem também toda a questão de preservação da
cultura dentro do colégio e fora do colégio também, que é um
contato que o próprio colégio faz questão de ter dentro e fora –
tanto que os nossos anciões, com os nossos mais velhos, com a
nossa liderança desde pequeno vêm passando esse
conhecimento pra gente da luta, da verdadeira história do povo
Pataxó, da história dos povos indígenas também. Então é bem
interessante isso, mantemos a nossa cultura viva e nessa luta
né, mais de 500 anos de luta mantendo a cultura viva.
Bom, essa aqui é bem interessante, né? “Se eu me caso com
um indígena me torno uma indígena também?” Não, claro que
não. Primeiro: para você ser um indígena você tem que nascer
um indígena, você não se torna indígena – apesar de ter muitas
pessoas querendo se tornar indígena no tempo de hoje, né?
Mas não, você não se torna indígena casando com indígena
não. E você nasce indígena, tá no sangue, né? Independente,
está no seu sangue, não numa declaração ou alguma coisa
assinada pra dizer que você é indígena... Carteirinha de índio?
Eu mesmo particularmente nunca nem tive carteira de índio,
83
nunca nem tive e nunca nem fiz questão também porque eu
acho que além de tudo você sabe de onde vêm suas origens.
Minha vó sempre diz que toda árvore tem sua raiz, então acho
que todo indígena também tem sua raiz e sabe de onde veio,
independente de carteirinha ou não.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Vídeo ORIGEM: PATAXÓ, Tukumã. Respondendo perguntas do Instagram #1”,
9 de junho de 2020. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=wh79VKvQgII&ab_channel=Tukum%C3%A3_Patax%C3%B3.
Acesso em 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Tukumã Pataxó. GLOSSÁRIO: Patxohã : língua do povo
Pataxó, que habita a região entre o sul da Bahia e o norte de Minas Gerais. PALAVRAS-CHAVE: mídias
sociais, indígenas, identidade

84
Documento 032

Desclassificados do ouro

Uma das patranhas  da nossa história, tal como usualmente


se conta nas escolas, é a da pretendida riqueza e até mesmo
opulência das Minas Gerais na época da abundância do ouro.
Em boa e pura verdade nunca houve a tão propalada riqueza, a
não ser na fantasia amplificadora de escritores inclinados às
hipérboles românticas. (...) A realidade foi bem diversa. Nem
riqueza, nem grandezas. Apenas o atraso econômico e a
pobreza, como herança dum desvelamento fugaz, próprio de
todas as Califórnias.
Na sociedade mineradora – como, de resto, nas outras partes
da colônia –, eram privilegiados os elementos que tivessem o
maior número de escravos. Mais da metade das lavras
estavam concentradas nas mãos de menos de ⅕ dos
proprietários de negros; o próprio critério de concessão de
datas assentava-se na quantidade de cativos possuídos, as
maiores extensões indo para as mãos dos grandes senhores.
Para estes, o luxo e a ostentação existiram de fato – não como
sintomas de irracionalidade, conforme disseram muitos, mas
como sinal distintivo do status social, como instrumento de
dominação necessário à consolidação e manutenção do mando
(...).
A produção bruta do ouro foi elevada, e Minas representou
70% da produção da colônia do século XVIII; entretanto, o
sistema colonial fez com que o fisco, a tributação sobre os
escravos, o sistema monetário implantado e as importações
(...) consumissem a sua maior parte. Deduzidos os gastos de
compra e manutenção da escravaria e os gastos não
quantificáveis, o saldo se tornava negativo. Dado o baixo nível
da renda, poucos foram, nestas condições, os que fizeram
fortuna.
(...) Conclui-se que a economia mineira representava baixa nos

85
níveis de renda distribuídos de uma maneira menos desigual
do que no caso do açúcar. Mas se a sociedade mineira foi das
mais abertas da colônia, essa abertura teria se dado por baixo,
pela falta – quase ausência – do grande capital e pelo seu baixo
poder de concentração. Daí o número de pequenos
empreendedores, daí o mercado maior constituído pelo
avultado número de homens livres – homens esses, entretanto,
de baixo poder aquisitivo e pequena dimensão econômica. Em
suma, levando-se adiante essas considerações, a constituição
democrática da sociedade mineira poderia se reduzir numa
expressão: um  maior número de pessoas dividiram a pobreza.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico ORIGEM: SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do ouro:
a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 2004 [1980], pp.44-51. CRÉDITOS: Laura de
Mello e Souza. GLOSSÁRIO: Patranhas: Mentiras.
Hipérbole : Exagero; figura de linguagem expressiva que enfatiza através do exagero da significação
linguística.
Lavra : Local onde se pode extrair metais e/ou pedras preciosas.
Data : Jazida ou mineração de ouro ou pedras preciosas. PALAVRAS-CHAVE: minas gerais, brasil
colônia, mineração

86
Documento 033

Bandeirantes a Caminho das Minas, 1920

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Óleo sobre tela ORIGEM: Oscar Pereira da Silva, Bandeirantes a Caminho das
Minas, 1920. Óleo sobre tela, 86 cm x 126 cm, Museu Paulista. Coleção Fundo Museu Paulista - FMP.
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirantes_a_Caminho_das_Minas#/media/Ficheiro:Oscar_Pereira_da_Silva_-
_Bandeirantes_%C3%A0_Caminho_das_Minas,_Acervo_do_Museu_Paulista_da_USP.jpg. Acesso em: 18
fev. 2023. CRÉDITOS: Oscar Pereira da Silva PALAVRAS-CHAVE: brasil colônia, bandeirantes,
mineração

87
Documento 034

Escultura do caranguejo gigante é recuperada


na Orla

(...) Atração bastante visitada por turistas, a réplica do


crustáceo foi instalada em julho de 2014 [em Aracaju]. De
acordo com o Secretário de Estado da Infraestrutura e do
Desenvolvimento Urbano, Valmor Barbosa, a recuperação da
escultura faz parte das ações desenvolvidas em alguns
patrimônios públicos.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: “Escultura do caranguejo gigante é recuperada na
Orla”. Infonet, o que é notícia em Sergipe. 04 de agosto de 2015. Foto: Jorge Reis/Ascom Seinfra.
Disponível
em: https://infonet.com.br/noticias/cultura/escultura-do-caranguejo-gigante-e-recuperada-na-orla/.
Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Infonet;  Foto: Jorge Reis/Ascom Seinfra.
PALAVRAS-CHAVE: sergipe, espaço público, escultura

88
Documento 035

São Luís ganha escultura em alusão à lenda da


serpente

A escultura faz parte da entrega da reforma e revitalização do


Mirante da Litorânea.

A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) realizou, nesta


quarta-feira (21), às 17h, a entrega da reforma e revitalização
do Mirante da Litorânea.(...) 
Localizado na Avenida Litorânea (próximo ao Hotel Blue Tree),
o mirante foi todo revitalizado recebendo praça com novos
acabamentos, novo mobiliário, escultura instagramável,
paisagismo, inserção de guarda-corpo, pintura e iluminação
com postes ao longo dos patamares e extensão do
equipamento.

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Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: “São Luís ganha escultura em alusão à lenda da
serpente”. O imparcial. Foto: Divulgação. Da redação, com informação do Governo do Maranhão22 de
Julho de 2021. Disponível em:
https://oimparcial.com.br/cidades/2021/07/sao-luis-ganha-escultura-em-alusao-a-lenda-da-serpente/.
Acesso em: 19fev. 2023. CRÉDITOS: O imparcial. Foto: Divulgação.  PALAVRAS-CHAVE: espaço
público, maranhão, escultura

90
Documento 036

Bauruzinho

O município do interior paulista decidiu que era hora de


render homenagem à fama decorrente do lanche. Em 2008,
uma escultura de fibra de vidro com quase 2 metros de altura
trazia um sanduíche humanoide de braços abertos para um
parque público da cidade: era o bauruzinho, desenhado pelo
ilustrador Adelmo Barreira.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: CARLOS HINKE/ MACHINE CULTRLOS
“Bauruzinho” In: Edison Veiga; Kranj (Eslovênia) Monumentos inusitados pelo mundo celebram teclado,
bitcoins, sanduíche e até disco voador - BBC News Brasil, 13 abril 2019. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-47807600. Acesso em 19 fev. 2023. CRÉDITOS: CARLOS
HINKE/ MACHINE CULTRLOS; Edison Veiga; Kranj (Eslovênia); BBC News Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: são paulo, escultura, espaço público

91
Documento 037

Menino da Porteira

Um dos monumentos mais famosos do Brasil, o Menino da


Porteira completa 20 anos no mês de março. A estátua, que
está localizada na entrada principal de Ouro Fino e chama
atenção de todos que por ali passam, foi inaugurada em 2001,
durante as comemorações de 252 anos de Ouro Fino. A estátua
é uma homenagem à música “O menino da Porteira”, composta
por Teddy Vieira e Luizinho, foi gravada pela primeira vez em
1955, pela dupla de irmãos Luizinho e Limeira.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico e Fotografia ORIGEM: TEXTO: Guilherme Vilas Boas. “Menino
da Porteira completa 20 anos”. Observatório de Ouro Fino, 16 de março de 2021. Foto: Prefeitura de
Ouro Fino. Disponível em:
https://observatoriodeourofino.com.br/noticias/menino-da-porteira-completa-20-anos. Acesso em: 19
fev. 2023.
Foto: Menino da Porteira, Ouro Fino. Foto de Adalberto Pereira.Disponível
em: https://www.flickr.com/photos/adalberto48/6365170025.  Acesso em: 19 fev. 2023.
CRÉDITOS: Texto: Guilherme Vilas Boas; Foto: Adalberto Pereira.  PALAVRAS-CHAVE: minas gerais,
espaço público, escultura

92
Documento 038

Resultado: Linguiça de Maracaju é eleita a


escultura mais Aesthetic de MS

Na última quarta-feira (14) o Midiamax publicou uma matéria


fazendo uma pergunta: “qual dessas estátuas é a mais
aesthetic de MS?” seguida de várias esculturas que chamam a
atenção dos olhos curiosos que circulam pelo Estado. O
embate logo foi para o Instagram e várias pessoas votaram na
enquete para eleger qual das esculturas é a que mais
representa a estética sul-mato-grossense.
Depois de muita batalha, votos e preferências, o Midiamax
finalmente chegou a um resultado nesta segunda-feira (19): a
Linguiçona de Maracaju, eleita pela maioria dos moradores
daqui.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: Nathália Rabelo. “Resultado: Linguiça de Maracaju
é eleita a escultura mais Aesthetic de MS”. Foto: Reprodução. Midiamax, 19/07/2021. Disponível em:
https://midiamax.uol.com.br/midiamais/2021/resultado-linguica-de-maracaju-e-eleita-escultura-mais-
aesthetic-de-ms/. Acesso em: 19 fev. 2023 CRÉDITOS: Nathália Rabelo.  GLOSSÁRIO: Aesthetic:
significa “estética” em inglês. No contexto citado, a palavra é utilizada para indicar uma “tendência”.
PALAVRAS-CHAVE: espaço público, escultura, mato grosso do sul

93
Documento 039

A queda do céu

A floresta está viva. Só vai morrer se os brancos insistirem em


destruí-la. Se conseguirem, os rios vão desaparecer debaixo da terra,
o chão vai se desfazer, as árvores vão murchar e as pedras vão rachar
no calor. A terra ressecada ficará vazia e silenciosa. Os espíritos
xapiri , que descem das montanhas para brincar na floresta em seus
espelhos, fugirão para muito longe. Seus pais, os xamãs, não poderão
mais chamá-los e fazê-los dançar para nos proteger. Não serão
capazes de espantar as fumaças de epidemia que nos devoram. Não
conseguirão mais conter os seres maléficos, que transformarão a
floresta num caos. Então morreremos, um atrás do outro, tanto os
brancos quanto nós. Todos os xamãs vão acabar morrendo. Quando
não houver mais nenhum deles vivo para sustentar o céu, ele vai
desabar.
Davi Kopenawa

(...)

Quando eu era mais jovem, costumava me perguntar: ‘Será


que os brancos possuem palavras de verdade? Será que podem
se tornar nossos amigos?’. Desde então, viajei muito entre eles
para defender a floresta e aprendi a conhecer um pouco o que
eles chamam de política. Isso me fez ficar mais desconfiado!
Essa política não passa de falas emaranhadas. São só palavras
retorcidas daqueles que querem nossa morte para se apossar
de nossas terras. Em muitas ocasiões, as pessoas que as
proferem tentaram me enganar dizendo: ‘Sejamos amigos!
Siga o nosso caminho e nós lhe daremos dinheiro! Você terá
uma casa e poderá viver na cidade, como nós!’. Eu nunca lhes
dei ouvidos. Não quero me perder entre os brancos. Meu
espírito só fica mesmo tranquilo quando estou rodeado pela
beleza da floresta, junto dos meus. Na cidade, fico sempre
94
ansioso e impaciente. Os brancos nos chamam de ignorantes
apenas porque somos gente diferente deles. Na verdade, é o
pensamento deles que se mostra curto e obscuro. Não
consegue se expandir e se elevar, porque eles querem ignorar
a morte. (...) Para nós, a política é outra coisa. São as palavras
de Omama e dos xapiri que ele nos deixou. São as palavras
que escutamos no tempo dos sonhos e que preferimos, pois
são nossas mesmo. Os brancos não sonham tão longe quanto
nós. Dormem muito, mas só sonham com eles mesmos. Seu
pensamento permanece obstruído e eles dormem como antas
ou jabutis. Por isso não conseguem entender nossas palavras.
Não temos leis desenhadas em peles de papel e
desconhecemos as palavras de Teosi . Em compensação,
possuímos a imagem de Omama e a de seu filho, o primeiro
xamã. Elas são nossa lei e governo. Nossos antigos não tinham
livros. As palavras de Omama e as dos espíritos penetram em
nosso pensamento com a yãkoana e o sonho. E assim
guardamos nossa lei dentro de nós, desde o primeiro tempo,
continuando a seguir o que Omama ensinou a nossos
antepassados. (...)
É em virtude dela que não maltratamos a floresta, como fazem
os brancos. Sabemos bem que, sem árvores, nada mais
crescerá em sua terra endurecida e ardente. Comeremos o
quê, então? Quem irá nos alimentar se não tivermos mais
roças nem caça? Certamente não os brancos, tão avarentos
que vão nos deixar morrer de fome. Devemos defender nossa
floresta para podermos comer mandioca e bananas quando
temos a barriga vazia, para podermos moquear macacos e
antas quando temos fome de carne. Devemos também
proteger seus rios, para podermos beber e pescar. Caso
contrário, vão nos restar apenas córregos de água lamacenta
cobertos de peixes mortos. Antigamente, não éramos
obrigados a falar da floresta com raiva, pois não conhecíamos
todos esses brancos comedores de terras e de árvores. Nossos
pensamentos eram calmos. Estávamos apenas nossas
próprias palavras e os cantos dos xapiri . É o que queremos

95
poder voltar a fazer. Não falo da floresta sem saber. (...)
Quando eu era criança, não pensava que aprenderia a língua
do branco e menos ainda que poderia discursar entre eles! Não
me perguntava como eram as suas cidades. Tampouco me
questionava quanto a seus pensamentos ou ao que poderiam
dizer entre eles. Eu simplesmente os temia e, assim que se
aproximavam de mim, fugia gritando! Gostava de estar na
floresta, gostava de escutar as palavras dos meus e de
conversar com o meu padrasto. (...) Eu era feliz assim e se os
brancos e suas epidemias não tivessem começado a devorar os
meus parentes , talvez ainda o fosse. Disse a mim mesmo: ‘
Hou ! Eu não sabia, mas os brancos sempre foram os mesmos,
bem antes de eu nascer! Eles já queriam arrancar da floresta
balata , castanhas-do-pará, cipós masi e peles de onça, do
mesmo jeito que hoje querem lá achar ouro. É por causa dessa
ganância que quase todos os nossos antigos morreram!’. Hoje,
não falo de tudo isso à toa. Jamais esqueci a tristeza e raiva que
senti diante da morte dos meus parentes quando era criança.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro ORIGEM: KOPENAWA, Davi; Albert, Bruce. A queda do céu: palavras de
um xamã Yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, pp. 6 [epígrafe]; 390-393.
CRÉDITOS: Davi Kopenawa. GLOSSÁRIO: Omama : demiurgo (deus criador) da mitologia Yanomami.
Xapiri : “espírito auxiliar” que pode ser “chamado” (invocado) pelos xamãs.
Leis desenhadas em peles de papel : modo como os Yanomami designam os documentos impressos.
Teosi : palavra que vem do português “Deus”.
Yãkoana : o pó de yãkoana, fabricado a partir da resina tirada da parte interna da casca da árvore Virola
elongata, é utilizado em rituais. Segundo o livro A queda do céu, “Diz-se que, ao soprar o pó de yãkoana
nas narinas de um noviço, o xamã que o inicia lhe transmite seus espíritos xapiri com seu ‘sopro vital’” (p.
612).
Parente ou familiar : Davi Kopenawa utiliza a palavra “família” em português, uma vez que esta não
existe em yanomami. “Tio”, “tia” e “avós”, segundo a explicação dada pelo livro, traduzem os termos de
parentesco yanomami xoae a, yae a, que correspondem respectivamente às posições genealógicas “irmã
da mãe”, “irmã do pai” e “avô/avó” (p. 611).
Balata : designação comum a várias árvores da família das sapotáceas que fornecem látex e madeira
arroxeada usada na construção civil e naval.
Cipós masi : (ou cipó-titica) é uma raiz aérea de uma hemi-epífita (planta-mãe) muito coletada para
confecção de artesanatos. PALAVRAS-CHAVE: identidade, indígenas

96
Documento 040

Hitome de wakaru manga sekai manga genjō


chizu [Mapa ilustrado da situação mundial atual]

Tradução:

1 - A Venezuela é muita rica em campos de petróleo. Os EUA e


o Reino Unidos têm se enfrentado muitas vezes pela partição
das concessões do petróleo deste país.
2 - A bacia amazônica é rica em recursos naturais, seu clima é
muito bom e está à espera de grandes empreendimentos por
parte dos japoneses.
3 - A cidade do Rio de Janeiro é chamada de “a Paris da
América do Sul” e um fenômeno interessante é que, devido ao
clima, ela recebe a moda parisiense meio ano antes de Nova
Iorque receber. É uma das três cidades portuárias mais lindas

97
do mundo e o título de “Paris” não faz jus à beleza de suas
paisagens.
4 - Ao contrário dos EUA, os brasileiros não possuem
preconceitos raciais e recebem muito bem os imigrantes
japoneses. O desenvolvimento dos japoneses que vivem no
Brasil é impressionante e, atualmente, cerca de 300 mil
japoneses têm se esforçado muito nesta terra estrangeira.
5 - O Paraguai é o país com a maior expectativa de vida no
mundo. Lá, a cada milhão de pessoas, 250 possuem mais de
cem anos de idade. Como comparação, na Alemanha, este
número é de uma pessoa, na França é de cinco e na Inglaterra
é de onze.
6 - Buenos Aires é a única metrópole Argentina comparável à
cidade do Rio, e é o centro cultural da América do Sul.
7 - Revoluções são eventos que acontecem quase que
anualmente nos países da América do Sul e, recentemente
ocorreram distúrbios revolucionários no Chile também.
8 - Através da rota sul-americana, navios cargueiros japoneses
retornam carregados do famoso nitrato de potássio chileno
(salitre). A produção de nitrato de potássio naquele país é a
maior do mundo.
9 - Analistas vêm dizendo que o início de uma guerra por parte
do Japão é um destino inevitável. A atenção de todo o mundo
está voltada para os equipamentos bélicos que as duas
potências têm instalado no Pacífico. Recentemente, em maio
deste ano, os EUA realizaram um grande exercício naval
conjunto entre suas frotas do Pacífico e do Atlântico no qual o
Japão foi tratado como uma nação inimiga e o Almirante Pratt,
chefe de operações navais da marinha estadunidense, ordenou
que toda a frota do Atlântico ficasse estacionada na costa do
Pacífico, efetivamente fundindo-a com a frota do Pacífico.
Alguém será capaz de afirmar que tais preparações não são
contra o Japão?
10 - As locomotivas do Equador rodam queimando lenha ao
invés de carvão mineral.
11 - O México é famoso por suas minas que representam seis

98
décimos da produção mundial de prata e por sua constante
turbulência política.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Recorte de Mapa OBSERVAÇÃO: Agradecemos ao professor Felipe Ferrari,
professor da Universidade de Yokkaichi, Japão, pela tradução do mapa. ORIGEM: Shishido, Sakō &
Kon, Wajrō & Shishido, Sagyō, Sakō & ����. (1932). Hitome de wakaru manga sekai manga genjō chizu.
Tokyo : Shinchōsha, Shōwa 7. Biblioteca Nacional da Austrália. Disponível em:
http://nla.gov.au/nla.obj-359512647. Acesso em: 14 mai. 2023. CRÉDITOS: Shishido, Sakō & Kon,
Wajrō & Shishido, Sagyō, Sakō & ����. PALAVRAS-CHAVE: japão, américa do sul, cartografia

99
Documento 041

As contribuições dos povos indígenas para o


desenvolvimento da ciência no Brasil

No território hoje conhecido como Brasil estima-se que viviam


mais de 12 milhões de indígenas, de mais de 1.600 povos ou
etnias e mais de 1.400 línguas faladas. (...) A necessidade de
encontrar justificativas civilizatórias, morais e religiosas para
exterminar os nativos levou os colonizadores a
instrumentalizarem fundamentos cristãos etnocêntricos, ora
os desumanizando, ora inferiorizando suas culturas, línguas e
saberes, propagando ideias preconceituosas de práticas que
seriam bárbaras e anticristãs, tais como pagãos, antropófagos,
canibais, degredados, degenerados e outras. Tais estereótipos
passaram a justificar a escravidão, as ”guerras justas”, os
massacres, o genocídio de milhões de pessoas.
(...)
O modelo de política indigenista no Brasil sofre desde sua
origem profundas contradições: enquanto se propunha a
respeitar as terras e a cultura indígena, agia buscando integrar
e assimilar os indígenas, transferindo e liberando seus
territórios para colonização, ao mesmo tempo em que
reprimia práticas tradicionais, as línguas indígenas e impunha
uma pedagogia racista que devorou saberes, culturas e valores
indígenas.
Em 1973 foi criado o Estatuto do Índio através da Lei no 6.001
que passou a regular a situação jurídica dos indígenas,
reafirmando a ideologia civilizacionalista e assimilacionista.
As políticas adotadas pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI)
e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) foram fortemente
marcadas pela ideia de incapacidade dos índios.
Ao mesmo tempo em que o Estado reafirmava a incapacidade
indígena, surgiam tentativas de extinção dos índios para fins
de apropriação de suas terras. O Estado brasileiro buscou

100
várias artimanhas para perseguir este objetivo. Uma das mais
conhecidas foi a tentativa de definição de critérios de
indianidade para estabelecer quem era índio e quem deveria
deixar de ser índio através de um procedimento
administrativo. Houve agentes públicos e intelectuais que
tentaram realizar exames de sangue para definirem o grau de
aculturação ou integração dos índios.
As décadas de 1960 e 1970 ficaram marcadas pela ameaça
iminente de desaparecimento dos povos indígenas no Brasil,
quando a população chegou a menos de 70 mil pessoas. A
partir dos anos 1970 os povos indígenas começam a ser vistos
por outra perspectiva, como sujeitos e protagonistas de suas
histórias, destinos e direitos. Em 2000, dados do Censo
Demográfico surpreenderam a todos, revelando uma
população de 734.127 autodeclarados indígenas, mais do que
o dobro identificado em 1991, de 294.131. Em 2020 a
população indígena havia alcançado 1,1 milhão de pessoas.
Mas a concepção desenvolvimentista que vê os índios como
estorvo, empecilho e obstáculo permanece viva. (...)
Crescem ameaças institucionais no Congresso Nacional, por
meio de projetos de leis denominados de ”pacote da morte”.
São dois projetos de leis, um que trata do Marco Temporal para
as demarcações de terras indígenas e outro que trata da
abertura de terras indígenas para a exploração mineral. O
Marco Temporal põe em jogo o reconhecimento do mais
fundamental dos direitos humanos dos povos indígenas: o
direito à terra. De um lado, a chamada tese do Indigenato, uma
tradição legislativa que vem desde o período colonial,
reconhece o direito dos povos indígenas sobre suas terras
como um direito originário, ou seja, anterior ao próprio Estado.
A Constituição Federal de 1988 segue essa tradição e garante
aos indígenas ”os direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam”. Do outro lado, há uma proposta
restritiva que pretende limitar os direitos dos povos indígenas
às suas terras ao reinterpretar a Constituição com base na tese
do ”Marco Temporal”, afirmando que os povos indígenas só

101
teriam direito à demarcação das terras que estivessem sob
suas posses no dia 05 de outubro de 1988 (dia da promulgação
da atual Constituição Federal), ou que naquela data estivessem
sob disputa física ou judicial comprovada.
Os povos indígenas consideram a tese injusta e perversa, pois
legaliza e legitima as violências a que foram submetidos até a
promulgação da Constituição Federal de 1988, em especial
durante a ditadura militar e que suas histórias, vidas e
existências não começam em 1988. A tese ignora o fato que até
1988 os povos indígenas eram tutelados do Estado e não
tinham autonomia para lutar juridicamente por seus direitos.
O próprio Estado aplicou artimanhas de pressão, opressão e
violência para expulsar e deslocar povos indígenas de suas
terras tradicionais.
O PL 191/2020 visa regulamentar a exploração mineral,
madeireira, hídrica e agropecuária em terras indígenas.
Atualmente, mesmo com a mineração proibida em terras
indígenas em muitas delas, há inúmeras invasões de
garimpeiros que praticam atividades de mineração de forma
ilegal, violenta e criminosa, sob a omissão, conivência ou
mesmo apoio e incentivo explícito do governo.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: Adaptado de: BANIWA, Gersem. As contribuições
dos povos indígenas para o desenvolvimento da ciência no Brasil: os povos originários colaboram de
diversas formas com a sociedade brasileira desde a chegada dos portugueses até os dias de hoje. Cienc.
Cult. [online]. 2022, vol.74, n.3. Disponível em:
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252022000300011&script=sci_arttext&tlng=pt.
Acesso em: 18 fev. 2023. CRÉDITOS: Gersem Baniwa PALAVRAS-CHAVE: legislação, indígenas,
marco temporal

102
Documento 042

Até Quando Esperar

Não é nossa culpa


Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição

Com tanta riqueza por aí


Onde é que está? Cadê sua fração?
Com tanta riqueza por aí
Onde é que está? Cadê sua fração?

Até quando esperar?

E cadê a esmola
Que nós damos sem perceber?
Que aquele abençoado
Poderia ter sido você

Com tanta riqueza por aí


Onde é que está? Cadê sua fração?
Com tanta riqueza por aí
Onde é que está? Cadê sua fração?

Até quando esperar a plebe ajoelhar


Esperando a ajuda de Deus?
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus

Posso
Vigiar teu carro?
Te pedir trocados?
Engraxar seus sapatos?

Posso?

103
Vigiar teu carro?
Te pedir trocados?
Engraxar seus sapatos?

Sei, não é nossa culpa


Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição

Tanta riqueza por aí


Onde é que está? Cadê sua fração?

Até quando esperar a plebe ajoelhar?


Esperando a ajuda de Deus
Até quando esperar a plebe ajoelhar?
Esperando a ajuda do divino Deus

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: LP/CD: O CONCRETO JÁ RACHOU
Gravadora: Coronado/EMI-Odeon
Ano: 1985
Compositores: Philippe Seabra/André X/Gutje
Artistas: Plebe Rude CRÉDITOS: Compositores: Philippe Seabra/André X/Gutje
Artistas: Plebe Rude PALAVRAS-CHAVE: brasil republicano, história da música

104
Documento 043a

A terra da gente (capa)

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro Didático ORIGEM: ISSLER, Bernardo. A terra da gente – 1º livro de
“Estudos Sociais” para o curso primário. São Paulo: Abril Cultural, 1969, capa. CRÉDITOS: Bernardo
Issler. PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, livro didático, história da educação

105
Documento 043b

A terra da gente (págs. 6-7)

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Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro Didático ORIGEM: ISSLER, Bernardo. A terra da gente – 1º livro de
“Estudos Sociais” para o curso primário. São Paulo: Abril Cultural, 1969, p. 6-7. CRÉDITOS: Bernardo
Issler. PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, história da educação, livro didático

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Documento 043c

A terra da gente (encarte págs. 2-3)

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Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro Didático ORIGEM: ISSLER, Bernardo. A terra da gente – 1º livro de
“Estudos Sociais” para o curso primário. São Paulo: Abril Cultural, 1969, encarte p. 2-3.
CRÉDITOS: Bernardo Issler. PALAVRAS-CHAVE: história da educação, ensino de história, livro didático

107
Documento 043d

A terra da gente (encarte págs. 4-5)

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Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro Didático ORIGEM: ISSLER, Bernardo. A terra da gente – 1º livro de
“Estudos Sociais” para o curso primário. São Paulo: Abril Cultural, 1969, encarte p. 4-5.
CRÉDITOS: Bernardo Issler. PALAVRAS-CHAVE: história da educação, ensino de história, livro didático

108
Documento 044

Afirma Pereira: um testemunho

Quando Pereira chegou em casa, não viu Monteiro Rossi de


imediato e ficou alarmado, afirma. Mas Monteiro Rossi estava
no banheiro fazendo sua higiene. Estou me barbeando, doutor
Pereira, gritou Monteiro Rossi, estarei com o senhor em cinco
minutos. (...) Monteiro Rossi chegou (...) Resolvi preparar um
prato italiano, disse Pereira (...) Pereira acendeu as velas e
serviu a massa (...)
(…) Naquele instante ouviram bater à porta. Eram pancadas
firmes, como se quisessem arrombá-la. (...) Quem é?,
perguntou Pereira levantando-se, o que querem? Abram,
polícia, abram a porta ou vamos arrombá-la a tiros. (…)
Monteiro Rossi recuou num ímpeto para os quartos, teve força
de dizer apenas: os documentos, doutor Pereira, esconda os
documentos. Já estão em lugar seguro, tranquilizou-o Pereira,
e foi para a entrada abrir a porta.

Afirma Pereira que eram três homens vestidos com roupas


civis e armados de pistolas. O primeiro a entrar foi um
magricela baixo com uns bigodinhos e um cavanhaque
castanho. Polícia política, disse o magricela baixo com ar de
quem mandava, temos que revistar o apartamento, estamos
procurando uma pessoa. Mostre-me sua credencial, opôs-se
Pereira. (…) Um dos homens apontou a pistola para a boca de
Pereira e sussurrou: que tal essa credencial, gordalhão?
Vamos lá, rapazes, disse o magricela baixo, não tratem assim o
doutor Pereira, ele é um bom jornalista, escreve no jornal de
todo o respeito (...), alinhado com as boas posições. E depois
prosseguiu: ouça, doutor Pereira, não nos faça perder tempo
(…) sabemos que o senhor nada tem a ver com isso, o senhor é
uma boa pessoa, simplesmente não percebeu com quem
estava lidando, o senhor deu trela para um tipo suspeito (...). O

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magricela baixo dirigiu-se novamente aos dois brutamontes
com um sorrizinho e disse: o dono da casa é teimoso, rapazes,
o que será preciso fazer para convencê-lo? O homem que
apontava a pistola para Pereira deu-lhe uma enérgica
bofetada, e Pereira cambaleou. (...) Fonseca, disse o magricela
baixo, sorrindo, você tem a mão muito pesada, vou ter que ficar
de olho em você ou vai acabar estragando o meu serviço.
Depois se dirigiu a Pereira e disse: Dr. Pereira, como já disse,
não temos nada contra o senhor, só viemos dar uma liçãozinha
num jovem que está em sua casa, uma pessoa que anda
precisando de uma liçãozinha porque já não conhece os
valores da Pátria, perdeu-os por aí, o pobrezinho, e nós viemos
mostrar-lhe como encontrá-los novamente. (...) Então me
deixe telefonar para a polícia, insistiu Pereira, eles que
venham e que o levem à delegacia, lá é que se fazem os
interrogatórios, e não num apartamento. (...) Vamos lá, doutor
Pereira, prosseguiu o magricela baixo, o homem é o que é, o
senhor sabe disso muito bem, e se um homem encontra um
belo rapaz, loiro (...) E depois com um tom duro e decidido,
retomou: vamos ter que revirar a casa toda, ou o senhor
prefere entrar em acordo? Está lá dentro, respondeu Pereira,
no escritório ou no quarto. O magricela baixo deu as ordens
aos dois brutamontes. (...) eu quero ligar para a polícia, repetiu
Pereira.  A polícia, sorriu o magricela baixo, mas a polícia sou
eu, doutor Pereira, ou ao menos estou fazendo as vezes dela,
porque mesmo a nossa polícia à noite dorme, sabe?, a nossa é
uma polícia que nos protege todo santo dia, mas à noite vai
dormir porque está exausta, mesmo com todos os malfeitores
que há por aí, com todas as pessoas como o seu hóspede, que
perderam o sentido da pátria, mas me diga, doutor Pereira por
que foi se meter nessa embrulhada ? Não me meti em
embrulhada nenhuma, respondeu Pereira, simplesmente
contratei um estagiário para o [jornal] Lisboa (...)

Pereira afirma que nesse instante se levantou da cadeira.


Havia-se sentado porque sentia o coração batendo disparado,

110
mas àquela altura se levantou e disse: ouvi uns gritos, quero
ver o que está acontecendo no meu quarto. O magricela baixo
apontou-lhe a pistola. Se eu fosse o senhor, não faria isso,
doutor Pereira, disse, meus homens estão fazendo um trabalho
delicado e seria desagradável para o senhor ficar assistindo
(...) Quero telefonar para o diretor, insistiu Pereira, deixa eu
telefonar para o diretor. O magricela baixo deu um sorriso
irônico. Seu diretor agora está dormindo, retrucou, talvez
esteja dormindo abraçado a uma bela mulher, sabe?, seu
diretor é um homem de verdade, doutor Pereira, ele tem
colhão, não é como o senhor (…) Pereira inclinou-se para frente
e deu-lhe um tapa. O magricela baixo, num pulo, atingiu-o com
sua pistola, e Pereira começou a sangrar pela boca. Não
deveria ter feito isso, doutor Pereira, disse o homem,
disseram-me para ter respeito com o senhor, mas tudo tem
limite, se o senhor é um imbecil que recebe subversivos em
sua casa, a culpa não é minha (...).

Pereira afirma que àquela altura ouviu mais um grito abafado e


que se lançou contra a porta do escritório. Mas o magricela
baixo pulou à sua frente deu-lhe um empurrão. (…) Ouça,
doutor Pereira, disse o magicela baixo, não me obrigue a usar a
pistola, eu tenho uma vontade enorme de meter-lhe uma bala
na garganta ou então no coração, que é seu ponto fraco, mas
não vou fazer isso porque não queremos mortos aqui, viemos
somente dar uma lição de patriotismo, e também para o senhor
um pouco de patriotismo não seria de todo mal, visto que no
seu jornal o senhor só faz é publicar escritores franceses. (...).
O senhor é uma pessoa vulgar, disse Pereira. Vulgar, mas
patriótica, respondeu o homem, não sou como senhor, doutor
Pereira, que busca cumplicidade dos escritores franceses.

Naquele momento os dois brutamonte abriram a porta. (...) O


rapaz não queria falar, disseram, demos uma lição nele, mas
tivemos de usar força, é melhor darmos o fora. Fizeram algum
desastre?, perguntou o magricela baixo. Não sei, respondeu o
que se chamava Fonseca, acho melhor irmos embora. E
111
precipitou-se até a porta, seguido por seu colega. Ouça, doutor
Pereira, disse o magricela baixo, o senhor nunca nos viu nesta
casa, não banque o esperto, deixe para lá suas amizades,
lembre-se de que esta foi uma visita de cortesia, porque da
próxima vez poderemos voltar por sua causa. Pereira trancou
a porta ficou ouvindo enquanto desciam as escadas, afirma.
Depois correu para o quarto encontrou Monteiro Rossi jogado
de costas no tapete. Pereira deu-lhe um tapinha e disse:
Monteiro Rossi, coragem, já passou. Mas Monteiro Rossi não
deu sinal de vida. Então Pereira foi ao banheiro, encharcou
uma toalha e passou-a no rosto do rapaz. Monteiro Rossi,
repetiu, acabou, foram embora, acorde. Só naquele instante
percebeu que a toalha estava ensopada de sangue e viu que os
cabelos de Monteiro Rossi estavam cheios de sangue. Monteiro
Rossi estava de olhos arregalados e fitava o teto. (...) Então
Pereira tomou seu pulso, mas nas veias de Monteiro Rossi a
vida já não corria. Fechou aqueles olhos claros arregalados e
cobriu seu rosto com a toalha. Depois esticou as pernas dele,
para não deixá-lo daquele jeito encolhido, esticou-as como
devem estar esticados as pernas de um morto. E pensou que
teria de ser rápido, muito rápido, pois já não restava muito
tempo, afirma Pereira.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Literatura ORIGEM: TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São
Paulo: Estação Liberdade, 2021, p. 141-148. CRÉDITOS: Antonio Tabucchi. 
GLOSSÁRIO: Embrulhada : confusão, atrapalhação. PALAVRAS-CHAVE: história contemporêanea,
literatura

112
Documento 045

O integralismo literário de Plínio Salgado e o


salazarismo

Em outubro de 1932, o escritor e jornalista Plínio Salgado


divulgou o Manifesto de Outubro, propondo a formação de um
grande movimento nacional em torno da Ação Integralista
Brasileira. Com uma organização liderada [por ele mesmo],
que era colocado como Chefe Nacional do movimento, todos os
demais membros tinham que jurar obediência às suas ordens,
sem discussão. A AIB mantinha uma organização paramilitar e
utilizava diversos elementos identificadores, como o uso
obrigatório de uniforme (camisa-verde), a adoção da letra
grega Sigma (�) como símbolo do movimento (...).
O integralismo através de um forte discurso com uma sólida
base cristã, canalizava para a ação política as angústias e
temores dos setores médios, constituindo-se como
instrumento de sua incorporação ao processo político.
A aproximação que Salgado passou a buscar [com a política
salazarista] não está limitada à semelhança do lema
integralista: Deus, Pátria e Família com o lema do regime
salazarista: Deus, Pátria, Autoridade e Família. A ligação que
pode ser observada ocorreu principalmente em torno da
confiança que a Igreja depositou em Salazar. Percebe-se que
Salgado buscou o mesmo, para que no regresso ao Brasil, o
poder fosse alcançado, sob a tutela eclesiástica.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: Adaptado de: GONÇALVES, Leandro Pereira. O
integralismo literário de Plínio Salgado e o salazarismo. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História –
ANPUH. São Paulo, julho 2011. Disponível
em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1293981361_ARQUIVO_OintegralismoliterariodePlinioSalg
Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Leandro Pereira Gonçalves PALAVRAS-CHAVE: salazarismo,
integralismo, brasil republicano

113
Documento 046

Acendedores de lampião

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: CALEGARI, Virgílio. Acendedores de lampião. Porto
Alegre/RS c. 1900-1910. Disponível em:
https://prati.com.br/porto-alegre/porto-alegre-acendedores-de-lampioes-final-seculo-xix.html. Acesso
em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Virgílio Calegari. PALAVRAS-CHAVE: fotografia, história do trabalho

114
Documento 047

Ordenações Filipinas de 1603

Transcrição

Título LXXXIV
Das Cartas Diffamatórias.
Por quanto alguns scriptos de trovas e outras cartas de
maldizer se lanção em alguns lugares, para se darem ou
dizerem àquelles, de que desejão diffamar, mandamos, que se
algum tal scripto achar aberto, e o ler, que logo o rompa de tal
maneira, que se não possa ler, sem mais fallar, nem publicar o
que nelle achou.
E publicando-o, ou mostrando-o, ou falando nisso com alguma
pessoa, mandamos, que haja a pena, que haveria o que fez.

E se o tal scrpito, ou carta, que assi achar, for cerrada, e não


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tiver sobscripto, a abra, e se vir que he de maldizer, logo a
rompa.
E se fôr de outras cousas, pode-a dar a quem vir que vem
enviada.
E publicando o dito scripto, ou carta de maldizer, que assi
achar, ou mostrando-a a alguma pessoa, haja aquella pena,
que haveria o que a fez.
E o que fez tal scripto, ou carta, ou trovas de maldizer,
mandamos, que haja maior pena da que merecia, se
publicamente e em presença daquele, que doesta , ou diffama,
o dissesse, havendo-se respeito à qualidade das palavras e
diffamação, e das pessoas, contra quem os taes scriptos, ou
trovas são feitas, o que queremos, que seja gravemente
castigado.

TITULO LXXXV.
Dos Mexeriqueiros.
Por se evitarem os inconvenientes, que dos mexericos nascem,
mandamos, que se alguma pessoa disser à outra, que outrem
disse mal dele, haja a mesma pena, assi civil, como crime, que
mereceria, se ele mesmo lhe dissesse aquellas palavras, que
diz, que o outro terceiro delle disse, posto que queira provar
que o outro disse.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Documento legal ORIGEM: Ordenações Filipinas, Livro 5, Títulos LXXXIV e
LXXXV. Edição de Cândido Mendes de Almeida, Rio de Janeiro de 1870 [1603], p. 1232-1233. Disponível
em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/242733. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Cândido
Mendes de Almeida. GLOSSÁRIO: Rompa : de romper, rasgar.
Doesta : de doestar, infamar PALAVRAS-CHAVE: história do direito, legislação

116
Documento 048

Que horas ela volta?


Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Trailer ORIGEM: Título: Que horas ela volta?
Roteiro: Anna Muylaert
Direção: Anna Muylaert
Produção: Anna Muylaert, Débora Ivanov, Caio Gullane, Fabiano Gullane
Ano: 2015 CRÉDITOS: Roteiro: Anna Muylaert
Direção: Anna Muylaert
Produção: Anna Muylaert, Débora Ivanov, Caio Gullane, Fabiano Gullane PALAVRAS-CHAVE: história
do trabalho, cinema nacional, história das mulheres

117
Documento 049

Impressões Rebeldes

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Site ORIGEM: Impressões rebeldes – Documentos, palavras e ações que
forjaram a história dos protestos no Brasil. UFF. Disponível em:
https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: UFF
PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, mídias digitais, ferramentas de pesquisa

118
Documento 050

Revolta indígena no aldeamento de Reritiba

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Site ORIGEM: “Revolta indígena no aldeamento de Reritiba”. Impressões
rebeldes – Documentos, palavras e ações que fjaram a história dos protestos no Brasil.UFF. Disponível
em: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/revolta/revolta-indigena-na-aldeia-de-reritiba-e-
fundacao-da-comunidade-de-orobo/ Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: UFF
PALAVRAS-CHAVE: mídias digitais, ensino de história, ferramentas de pesquisa

119
Documento 051

Inconfidência Baiana

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Site ORIGEM: “Inconfidência Baiana”. Impressões rebeldes – Documentos,
palavras e ações que fjaram a história dos protestos no Brasil. UFF. Disponível em:
https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/revolta/inconfidencia-baiana/. Acesso em: 19 fev. 2023.
CRÉDITOS: UFF PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, ferramentas de pesquisa, mídias digitais

120
Documento 052

Quilombo de Macaé

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Site ORIGEM: “Quilombo de Macaé”. Impressões rebeldes – Documentos,
palavras e ações que fjaram a história dos protestos no Brasil. UFF. Disponível em:
https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/revolta/quilombo-de-macae/. Acesso em: 19 fev. 2023.
CRÉDITOS: UFF PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, ferramentas de pesquisa, mídias digitais

121
Documento 053

Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional


dos Desportos

Transcrição:
GP/CND-1
Ao Conselho Nacional de Desportos
Dep. Falcão
Preocupa-me a reiterada contratação de futebolistas
brasileiros por clubes estrangeiros. Desejam, agora,
“importar”, também, o Pelé. Cumpre evitar tal processo de
enfraquecimento da seleção campeã do mundo. A
“exportação” de nossos atletas não nos interessa. Aguardo
providências.
J. Quadros
10.4.61

122
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Bilhete ORIGEM: Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional dos
Desportos Foto: Acervo do Arquivo Público Mineiro - Fundo José Aparecido de Oliveira. Disponível em:
https://ge.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/noticia/pele-tesouro-nacional-o-dia-em-
que-janio-quadros-quis-proibir-o-rei-de-deixar-o-brasil.ghtml. Acesso em 17 fev. 2023.
CRÉDITOS:  Jânio Quadros;  Acervo do Arquivo Público Mineiro - Fundo José Aparecido de Oliveira. 
PALAVRAS-CHAVE: história do futebol, brasil contemporâneo

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Documento 054

Não existe cartografia no mundo dos pajés

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Escritura e desenho sobre mapa OBSERVAÇÃO: Agradecemos Denilson
Baniwa por gentilmente ceder a imagem para uso na ONHB.
A ONHB tem autorização para a utilização em sua prova e não se responsabiliza por utilização indevida,
cabendo a quem pretender reproduzir o material entrar em contato com o detentor de direitos legais
sobre o documento. ORIGEM: Denilson Baniwa, Não existe cartografia no mundo dos pajés, 2020.
Escritura e desenho sobre mapa do século 17, 29 x 31 cm. Coleção do artista, Niterói, Rio de Janeiro.
Disponível em: https://select.art.br/para-decolonizar-a-brasiliana/ CRÉDITOS: Denilson Baniwa
TÉCNICA: Escritura e desenho sobre mapa do século 17 DIMENSÕES: 29 x 31 cm
PALAVRAS-CHAVE: cartografia, história da arte, indígenas

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