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ONHB15 Oficial / Fase 3

ONHB / IFCH - Unicamp


Conteúdo

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 003: Marcados III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 020: Axé, axé para todo mundo, axé . . . . . . . . . 22

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 004: Marcados - Bienal . . . . . . . . . . . . . . . . 16 021: As mulatas, 1962 . . . . . . . . . . . . . . . . 23

23 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 005: Unesco inclui duas áreas do Brasil na lista de 022: Obra de Di Cavalcanti danificada por crimino-
geoparques mundiais . . . . . . . . . . . . . 16 sos no Planalto é avaliada em R$ 8 milhões . 23
24 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
006: Bebida dos deuses . . . . . . . . . . . . . . . 17 023: Vozes-Mulheres . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
25 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
007: Boemia e modernidade em Cuiabá . . . . . . . 18 024: A cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
26 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
008: Zé Bolo-Flor, c. 1950 . . . . . . . . . . . . . . 18 025: Linda Casa de Época Moderna . . . . . . . . . 25
27 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
009: Fique Viva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 026: Marcas da Memória Dopinho . . . . . . . . . . 25

28 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
010: As Ligas Camponesas na Paraíba . . . . . . . 19 027: Journal of a Residence in India . . . . . . . . . 25

29 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
011: Depoimento de Elizabeth Teixeira . . . . . . . 19 028: Journal of a Voyage to Brazil . . . . . . . . . . 26

30 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 029: Journal of a Residence in Chile . . . . . . . . . 26


012: Civilization VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

31 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 030: Journal of a Voyage to Brazil . . . . . . . . . . 26


013: Sobre História e Videogames . . . . . . . . . . 20

32 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 014: Capivarol – O Rei dos Tonicos I . . . . . . . . . 20 031: Respondendo perguntas do Instagram #1” . . 27

33 / Questão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 015: Capivarol – O Rei dos Tonicos II . . . . . . . . 21 032: Desclassificados do ouro . . . . . . . . . . . . 28

34 / Tarefa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 016: Capivarol – O Rei dos Tonicos III . . . . . . . . 21 033: Bandeirantes a Caminho das Minas, 1920 . . . 28

Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 017: Crônica Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 034: Escultura do caranguejo gigante é recuperada


na Orla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
001: Marcados I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 018: Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
035: São Luís ganha escultura em alusão à lenda da
002: Marcados II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 019: Debutante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 serpente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

1
036: Bauruzinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 042: Até Quando Esperar . . . . . . . . . . . . . . . 33 047: Ordenações Filipinas de 1603 . . . . . . . . . 37

037: Menino da Porteira . . . . . . . . . . . . . . . 30 043a: A terra da gente (capa) . . . . . . . . . . . . 34 048: Que horas ela volta? . . . . . . . . . . . . . . . 38

038: Resultado: Linguiça de Maracaju é eleita a es- 043b: A terra da gente (págs. 6-7) . . . . . . . . . . 34 049: Impressões Rebeldes . . . . . . . . . . . . . . 38
cultura mais Aesthetic de MS . . . . . . . . . 30
043c: A terra da gente (encarte págs. 2-3) . . . . . 34 050: Revolta indígena no aldeamento de Reritiba . . 38

039: A queda do céu . . . . . . . . . . . . . . . . . 30


043d: A terra da gente (encarte págs. 4-5) . . . . . 35 051: Inconfidência Baiana . . . . . . . . . . . . . . 39

040: Hitome de wakaru manga sekai manga gen-


044: Afirma Pereira: um testemunho . . . . . . . . . 35 052: Quilombo de Macaé . . . . . . . . . . . . . . . 39
jō chizu [Mapa ilustrado da situação mundial
atual] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 045: O integralismo literário de Plínio Salgado e o sa- 053: Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional
lazarismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 dos Desportos . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
041: As contribuições dos povos indígenas para o
desenvolvimento da ciência no Brasil . . . . 32 046: Acendedores de lampião . . . . . . . . . . . . 37 054: Não há cartografia no mundo dos pajés . . . . 40

2
Introdução

A aventura está ficando mais emocionante...

Sejam bem-vindo(a)s à Fase 3 da décima quinta edição da Olimpíada correta, mas cabe a sua equipe escolher qual alternativa considera como a
Nacional em História do Brasil! mais adequada e selecioná-la. A prova pode ser salva em “rascunho”, mas
A terceira fase da 15ª Olimpíada inicia dia 22 de maio (segunda-feira) e não se esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando em
encerra às 23:59 [horário de Brasília] do dia 27 de maio (sábado). Esta “entregar a questão”. Após clicar em “entregar a questão” não será mais
fase é composta por 11 Questões e 1 Tarefa. Lembre-se: em nossa prova, possível realizar alterações na questão.
cada questão possui quatro alternativas. Há mais de uma resposta Bom trabalho a todos!

3
Questões

23 / Questão 24 / Questão 25 / Questão

Leia a letra e assista ao clipe da canção “Até Quando Esperar “, de


Documento 041 Texto Acadêmico p. 32 Documento 043a Livro Didático p. 34
1985.
As contribuições dos povos indígenas para o desenvolvi- A terra da gente (capa)
mento da ciência no Brasil

Documento 042 Música p. 33


Documento 043b Livro Didático p. 34
A argumentação presente no texto permite afirmar que: Até Quando Esperar A terra da gente (págs. 6-7)

A canção
A. a luta pelas terras dos povos originários assume diferentes Documento 043c Livro Didático p. 34
formas ao longo do tempo, incluindo da violência e A terra da gente (encarte págs. 2-3)
confronto diretos à promulgação e interpretação enviesada
das leis. A. defende a visão econômica do ministro Delfim Neto de que
era necessário “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”. Documento 043d Livro Didático p. 35
B. a proposta de legislação escamoteia que, até a data da
A terra da gente (encarte págs. 4-5)
promulgação da Constituição de 1988, os indígenas não B. denuncia a pobreza urbana, a má distribuição de renda e o

eram considerados cidadãos de plenos direitos, uma vez conformismo associado à religião.

que eram tutelados do Estado. O documento


C. faz parte do movimento punk-rock que se fortaleceu no

C. a proposição de medidas como o Marco Temporal e o PL período do final da ditadura e da redemocratização do Brasil.

191/2020, pelo então governo federal, demonstra


D. associa a ideia de “plebe”, presente também no nome da A. foi produzido no contexto da ditadura civil-militar e tem o
preocupação em proteger os indígenas e suas culturas
banda, à ideia das classes sociais desfavorecidas. perfil das obras didáticas alinhadas às propostas
dentro das “quatro linhas da constituição”.
educacionais desse regime.
D. a interpretação do Marco Temporal na demarcação de terras
B. faz parte de um livro didático de Estudos Sociais, publicado
tem como consequências a invisibilização dos grupos
em 1969, para ser utilizado nas 1ª e 2ª séries do primário e
indígenas e pode ocasionar na expulsão deles das regiões
apresenta um selo que indica que o exemplar tinha a venda
que ocupam.
proibida.

C. foi a única obra didática de Estudos Sociais publicada pelo


historiador e geógrafo Bernardo Issler que, a partir de 1970,
dedicou-se à geografia e atuou como professor universitário.

D. é um “Exemplar de Professor”, o que justifica a presença de


explicações sobre a sua organização e propostas de
trabalho para cada item apresentado.

4
26 / Questão 27 / Questão 28 / Questão

Ainda sobre A terra da gente – 1º livro de “Estudos Sociais” para o


Documento 044 Literatura p. 35 Documento 046 Fotografia p. 37
curso primário, leia a lição “Pais e filhos” e as orientações dadas
Afirma Pereira: um testemunho Acendedores de lampião
aos professores para seu uso em sala de aula.

Documento 045 Texto Acadêmico p. 36 A fotografia de Virgílio Calegari refere-se a:


Documento 043a Livro Didático p. 34 O integralismo literário de Plínio Salgado e o salazarismo
A terra da gente (capa)

A. Um grupo de acendedores de lampião, em sua maioria


Os textos
negros, de diferentes idades, dispostos de forma hierárquica
Documento 043b Livro Didático p. 34
e segurando seus instrumentos de trabalho.
A terra da gente (págs. 6-7)
A. evidenciam a incorporação de ideais fascistas por grupos, B. Um serviço público dos municípios, surgido a partir da
organizações políticas e governos, que buscam a extinção modernização das cidades, que se tornou obsoleto com a
Documento 043c Livro Didático p. 34 do que lhes é diferente: ideias, pessoas, partidos. chegada da energia elétrica.
A terra da gente (encarte págs. 2-3)
B. mostram propostas de atuação do Estado e de mobilização C. Uma atividade que consistia em, no final da tarde, acender
de sua violência no controle dos cidadãos, baseados em os lampiões com grandes varas, apagá-los ao amanhecer,
Documento 043d Livro Didático p. 35 valores e moral específicos, em nome da pátria. limpar seus vidros e abastecê-los.
A terra da gente (encarte págs. 4-5)
C. remetem a Portugal durante o regime de Salazar, que foi D. Uma profissão urbana masculina que passou a incorporar o
utilizado como inspiração em outros movimentos trabalho feminino e impactou a produção industrial em
Sobre o conteúdo e formato do documento escolha a alternativa autoritários, como o integralismo brasileiro. grande escala.
mais pertinente.
D. apresentam a atuação da polícia política em Portugal e sua
base ideológica durante a implementação do Deops, no
Brasil, a partir do integralismo.
A. O formato de livro didático e de “Livro do Professor” (com
respostas e orientações) pode ser encontrado também nos
Conteúdo adicional
dias atuais.
LINK: Propaganda e Repressão https://tvbrasil.ebc.com.br/historiasdobrasil/episodio/

B. As crianças descritas pelo autor como fora do padrão de propaganda- e- repressao- episodio- 9

“vida em família” são consideradas por ele como dotadas de


desvios morais.

C. O conteúdo apresentado, tanto como tema para os alunos


quanto como roteiro de trabalho para o professor,
contempla famílias nucleares e heteronormativas.

D. No item “Pais e Filhos”, texto e imagens buscam criar um


argumento para a leitura dos alunos, de forma a transmitir
ideais de composição familiar e noções de parentesco.

5
29 / Questão 30 / Questão 31 / Questão

Leia dois títulos do livro 5 das Ordenações Filipinas de 1603. Consulte trechos de verbetes sobre revoltas coloniais no Brasil,
Documento 048 Trailer p. 38
que são parte do site Impressões Rebeldes, uma plataforma
Que horas ela volta?
colaborativa que permite conhecer e estudar sobre o tema.
Documento 047 Documento legal p. 37

Ordenações Filipinas de 1603 A partir do documento e de seus conhecimentos sobre o tema,


assinale a alternativa mais pertinente: Documento 049 Site p. 38

Impressões Rebeldes
Sobre o documento e o tema que ele trata é correto afirmar:

A. O trabalho doméstico, como o apresentado no trailer, tem


Documento 050 Site p. 38
raízes no trabalho das escravizadas domésticas, que no
A. Os Títulos LXXXIV e LXXXV do Livro 5 são Revolta indígena no aldeamento de Reritiba
período colonial cuidavam dos filhos e da casa de mulheres
desmembramentos de um título das Ordenações
brancas.
Manuelinas de 1514, mas não incorporam as penas ali
registradas. B. A regulamentação da profissão, em 1972, garantiu direitos Documento 051 Site p. 39

trabalhistas importantes, estabelecendo jornada de Inconfidência Baiana


B. O Código Português estabelece como crime a prática do
trabalho máxima diária de 8 horas, adicional noturno e
mexerico e a divulgação de textos injuriosos, maldosos e
seguro desemprego.
difamatórios. Documento 052 Site p. 39

C. O trailer narra a história de uma empregada doméstica e de Quilombo de Macaé


C. A existência de uma lei que coíba práticas demonstra a
sua filha que demonstra incômodo com aspectos do
interpretação dessas como um problema no interior da
trabalho da mãe.
sociedade. Escolha uma alternativa:
D. Relações de afeto e dependência entre trabalhadoras e
D. Após a instituição do Código Criminal de 1830, as penas de
patrões escamoteiam relações abusivas, contribuindo para
injúria e calúnia serviram de referência para os juristas
a naturalização da servidão e subalternização do trabalho A. O acesso a revoltas coloniais - tanto as presentes nos
brasileiros para tratar dos crimes estabelecidos nos dois
doméstico. materiais didáticos quanto as menos conhecidas - contribui
títulos.
para olhares mais aprofundados sobre o passado colonial.

B. Os recursos didáticos como linhas do tempo, documentos,


biografias e glossário são baseados em pesquisas
acadêmicas, vinculadas a uma universidade pública.

C. Divulgação científica e comunicação pública da ciência são


estratégias para a circulação e promoção do conhecimento
histórico, produzido em espaços acadêmicos.

D. Ao categorizar as revoltas coloniais em tipologia, modo de


conflito, grupo social, repressão, entre outros, a plataforma
promove o entendimento do tema pela história oral.

Conteúdo adicional

6
LINK: Instagram - Impressões rebeldes https://www.instagram.com/impressoesrebeldes/ 32 / Questão 33 / Questão

Documento 053 Bilhete p. 39 Documento 054 Escritura e desenho sobre mapa p. 40

Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional dos Des- Não há cartografia no mundo dos pajés
portos

O artista:
O bilhete indica que:

A. Apresenta grafismos indígenas contemporâneos,


A. O futebol, naquele momento, intensificava o processo de desenhados sobre um mapa dos rios amazônicos do século
êxodo de atletas, que se tornou dominante nos dias atuais. XVII.

B. Jânio, após sua renúncia, insistia em influenciar a política B. Critica a produção cartográfica europeia como parte do
nacional por meio de mensagens públicas. sistema de violência e dominação colonial.

C. Formas de comunicação aparentemente imediatistas, C. Revela como os indígenas ainda desconhecem estudos
quando preservadas, tornam-se documentos sobre a gestão geográficos e cartográficos atuais.
do Estado.
D. Realiza o desenho de um objeto semelhante a um remo
D. Pelé, após a Copa de 1958 e de muitos títulos pelo Santos como contraponto à representação dos rios amazônicos
Futebol Clube, já era um ídolo nacional e mundialmente feita por colonizadores.
conhecido.

7
34 / Tarefa disponível. [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

O botão ”Entregar a questão” só fica disponível após todos os Documento 3


documentos serem relacionados a um período de produção e um
Nesta tarefa, fornecemos a vocês documentos históricos.
a que se refere e de ser salvo em rascunho, ou seja, mesmo tendo Documento 003 Fotografia p. 15
Vocês já os conhecem, pois apareceram em nossas questões até
preenchido toda a tarefa, salvo o rascunho e deixado para Marcados III
esse momento.
entregar depois, ao retornar será necessário clicar em “salvar o
rascunho” para liberar o botão de entrega da tarefa.
Sua tarefa é organizá-los de duas formas: Século em que foi produzido
1) Dentro de uma linha de tempo histórico de produção: coloque O envio definitivo ocorre apenas quando a equipe clicar em
cada documento dentro da época a que pertence, ou seja, a época [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
“Entregar a questão”. Após clicar em “Entregar a questão”
em que foi originalmente escrito ou produzido. nenhuma alteração poderá ser feita. Por isso só clique em Século a que se refere
2) Dentro de uma linha de tempo histórico do tema abordado: “Entregar a questão” após ter organizado todos os documentos e
coloque cada documento dentro da época a que se refere, ou ter certeza de que deseja finalizar a tarefa. [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
seja, a época sobre a qual fala o documento. Observe que um
documento pode falar de um século específico ou abordar Bom trabalho! Documento 4
períodos mais amplos, ou seja, abranger mais de um século, cabe
à equipe escolher apenas um deles, o que acredita ser o mais Documento 004 Notícia p. 16
adequado. Marcados - Bienal
Os documentos que apresentam, nas questões, mais de uma Documento 1
página ou foram separados em várias imagens, aqui aparecerão
Documento 001 Fotografia p. 15 Século em que foi produzido
apenas uma vez.
Para organizá-los, basta selecionar dentre a lista fornecida o Marcados I
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
período histórico que considera correto.

Século em que foi produzido Século a que se refere


Atenção!
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Não façam edições simultâneas na tarefa,  pois isso impede que
Século a que se refere Documento 5
ela seja salva e/ou enviada. Assim, a equipe deve se organizar
para que apenas um membro esteja logado na tarefa para
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 005 Jornal eletrônico p. 16
garantie que a edição seja salva e enviada.
Unesco inclui duas áreas do Brasil na lista de geoparques
Documento 2 mundiais
O sistema não permite o envio da tarefa a menos que todos os
Documento 002 Fotografia p. 15
documentos estejam relacionados ao seu século de produção e
Marcados II Século em que foi produzido
ao século a que se refere. Lembramos que só é possível
selecionar um período de produção e um período a que se refere [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
para cada documento. Século em que foi produzido
Século a que se refere
É necessário confirmar a organização dos documentos depois que [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
a sua equipe terminar a tarefa. Ao clicar em “Salvar Rascunho” o [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
trabalho fica salvo em modo rascunho, e mesmo que você saia da Século a que se refere
Documento 6
página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e

8
Século em que foi produzido Século a que se refere
Documento 006 Texto Acadêmico p. 17

Bebida dos deuses [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere Documento 13


Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 013 Texto Acadêmico p. 20
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Sobre História e Videogames
Documento 10
Século a que se refere

Documento 010 Texto Acadêmico p. 19 Século em que foi produzido


[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
As Ligas Camponesas na Paraíba
Documento 7 [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 007 Texto Acadêmico p. 18


Século em que foi produzido Século a que se refere

Boemia e modernidade em Cuiabá


[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere Documento 14


Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 014 Propaganda p. 20
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Capivarol – O Rei dos Tonicos I
Documento 11
Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 011 Depoimento p. 19 Século em que foi produzido
Depoimento de Elizabeth Teixeira
Documento 8 [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 008 Fotografia p. 18 Século em que foi produzido Século a que se refere
Zé Bolo-Flor, c. 1950
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século em que foi produzido Século a que se refere Documento 15

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 015 Propaganda p. 21

Capivarol – O Rei dos Tonicos II


Século a que se refere Documento 12

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 012 Trailer p. 20 Século em que foi produzido
Civilization VI
Documento 9 [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 009 Música p. 18


Século em que foi produzido Século a que se refere
Fique Viva
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

9
Documento 16
Documento 019 Jornal eletrônico p. 22 Documento 022 Manchete de notícia p. 23

Debutante Obra de Di Cavalcanti danificada por criminosos no Pla-


Documento 016 Propaganda p. 21
nalto é avaliada em R$ 8 milhões
Capivarol – O Rei dos Tonicos III
Século em que foi produzido
Século em que foi produzido
Século em que foi produzido [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Século a que se refere
Século a que se refere
Século a que se refere [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 20
Documento 23
Documento 17
Documento 020 Vinheta p. 22

Axé, axé para todo mundo, axé Documento 023 Poesia p. 24


Documento 017 Jornal p. 21
Vozes-Mulheres
Crônica Social
Século em que foi produzido
Século em que foi produzido
Século em que foi produzido [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Século a que se refere
Século a que se refere
Século a que se refere [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 21
Documento 24
Documento 18
Documento 021 Fotografia p. 23

As mulatas, 1962 Documento 024 Música p. 24


Documento 018 Jornal p. 22
A cidade
Sociais
Século em que foi produzido
Século em que foi produzido
Século em que foi produzido [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Século a que se refere
Século a que se refere
Século a que se refere [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 22
Documento 25
Documento 19

10
Século em que foi produzido Século a que se refere
Documento 025 Anúncio em plataforma de aluguel p. 25

Linda Casa de Época Moderna [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere Documento 32


Século em que foi produzido
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 032 Texto acadêmico p. 28
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Desclassificados do ouro
Documento 29
Século a que se refere

Documento 029 Diário p. 26 Século em que foi produzido


[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Journal of a Residence in Chile
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Documento 26

Século em que foi produzido Século a que se refere


Documento 026 Placa p. 25

Marcas da Memória Dopinho [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere Documento 33


Século em que foi produzido
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Documento 033 Óleo sobre tela p. 28
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Bandeirantes a Caminho das Minas, 1920
Documento 30
Século a que se refere

Documento 030 Diário p. 26 Século em que foi produzido


[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Journal of a Voyage to Brazil
Documento 27 [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século em que foi produzido Século a que se refere


Documento 027 Diário p. 25

Journal of a Residence in India [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere Documento 34


Século em que foi produzido
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 034 Jornal eletrônico p. 29
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Escultura do caranguejo gigante é recuperada na Orla
Documento 31
Século a que se refere

Documento 031 Vídeo p. 27 Século em que foi produzido


[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Respondendo perguntas do Instagram #1”
Documento 28 [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século em que foi produzido Século a que se refere


Documento 028 Diário p. 26

Journal of a Voyage to Brazil


[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

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Documento 35
Documento 038 Jornal eletrônico p. 30 Documento 041 Texto Acadêmico p. 32

Resultado: Linguiça de Maracaju é eleita a escultura mais As contribuições dos povos indígenas para o desenvolvi-
Documento 035 Jornal eletrônico p. 29
Aesthetic de MS mento da ciência no Brasil
São Luís ganha escultura em alusão à lenda da serpente

Século em que foi produzido Século em que foi produzido


Século em que foi produzido
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Século a que se refere Século a que se refere
Século a que se refere
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Documento 39 Documento 42
Documento 36

Documento 039 Livro p. 30 Documento 042 Música p. 33


Documento 036 Jornal eletrônico p. 29
A queda do céu Até Quando Esperar
Bauruzinho

Século em que foi produzido Século em que foi produzido


Século em que foi produzido
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Século a que se refere Século a que se refere
Século a que se refere
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Documento 40 Documento 43
Documento 37

Documento 040 Recorte de Mapa p. 31 Documento 043a Livro Didático p. 34


Documento 037 Jornal eletrônico e Fotografia p. 30
Hitome de wakaru manga sekai manga genjō chizu [Mapa A terra da gente (capa)
Menino da Porteira
ilustrado da situação mundial atual]

Século em que foi produzido


Século em que foi produzido
Século em que foi produzido
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Século a que se refere
Século a que se refere
Século a que se refere
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Documento 44
Documento 38
Documento 41

12
Século em que foi produzido Século a que se refere
Documento 044 Literatura p. 35

Afirma Pereira: um testemunho


[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere Documento 51


Século em que foi produzido

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 051 Site p. 39
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Inconfidência Baiana
Documento 48
Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 048 Trailer p. 38 Século em que foi produzido
Que horas ela volta?
Documento 45 [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século em que foi produzido Século a que se refere


Documento 045 Texto Acadêmico p. 36

O integralismo literário de Plínio Salgado e o salazarismo [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere Documento 52


Século em que foi produzido
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 052 Site p. 39
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Quilombo de Macaé
Documento 49
Século a que se refere

[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 049 Site p. 38 Século em que foi produzido
Impressões Rebeldes
Documento 46 [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século em que foi produzido Século a que se refere


Documento 046 Fotografia p. 37

Acendedores de lampião [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Século a que se refere Documento 53


Século em que foi produzido
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI] Documento 053 Bilhete p. 39
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional dos Des-
Documento 50
Século a que se refere portos

Documento 050 Site p. 38


[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Revolta indígena no aldeamento de Reritiba Século em que foi produzido
Documento 47
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Século em que foi produzido
Documento 047 Documento legal p. 37
Século a que se refere
Ordenações Filipinas de 1603
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
[Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

13
Documento 54 Século em que foi produzido [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]

Documento 054 Escritura e desenho sobre mapa p. 40 [Pré-cabralino] [XV] [XVI] [XVII] [XVIII] [XIX] [XX] [XXI]
Não há cartografia no mundo dos pajés
Século a que se refere

14
Documentos

Documento 001 Documento 002 Documento 003

Marcados I Marcados II Marcados III

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: ANDUJAR, Claudia. Marcados (1980-1983). Fotografias e
Ficha técnica Tragetórias - USP. Disponível em: https://sites.usp.br/fotografias/claudia-andujar/. Acesso em: 05 mai
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: ANDUJAR, Claudia. Marcados (1980-1983). Fotografias e 2023. CRÉDITOS: Claudia Andujar PALAVRAS-CHAVE: indígenas, história da saúde, fotografia
Tragetórias - USP. Disponível em: https://sites.usp.br/fotografias/claudia-andujar/. Acesso em: 05 mai
Ficha técnica
2023. CRÉDITOS: Claudia Andujar PALAVRAS-CHAVE: história da saúde, indígenas, fotografia
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: ANDUJAR, Claudia. Marcados (1980-1983). Fotografias e
Tragetórias - USP. Disponível em: https://sites.usp.br/fotografias/claudia-andujar/. Acesso em: 05 mai
2023. CRÉDITOS: Claudia Andujar PALAVRAS-CHAVE: indígenas, história da saúde, fotografia

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Documento 004 identidade para muito além de um número cadastral. Mais do Documento 005
que fotografia, a obra de Andujar mistura arte e vida,
propondo-se a entender os costumes e crenças de um povo
Unesco inclui duas áreas do Brasil na lista de
Marcados - Bienal que tem na natureza um espelho de si. A reflexão das
geoparques mundiais
condições de vida do (Yanomami) ser humano.

Yanomami significa “ser humano”, sabia a fotógrafa Claudia


Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Notícia ORIGEM: MURARI, Julia Bolliger. Marcados. Bienal de São Paulo, 21
Andujar quando foi acompanhar alguns médicos em de novembro de 2013. Diponível em: https://bienal.org.br/marcados/. Acesso em: 05 mai 2023.
CRÉDITOS: Julia Bolliger Murari. PALAVRAS-CHAVE: indígenas, história da saúde, fotografia
expedições de socorro na Amazônia. Nos anos 1980, com a
construção de estradas no território habitado pelos
ianomâmis, uma epidemia foi trazida ao local, e grupos de
salvação viajavam para fazer levantamentos de saúde e
vacinação. Como os ianomâmis não tinham nome próprio e,
na época, reconheciam-se por graus de parentesco, foi
necessário dar a eles números que indicassem que já haviam
sido vacinados. Assim nascia a série Marcados: o que era para
ser um mero registro fotográfico, para fins de organização,
acabou levantando um grande questionamento em torno dos
“rótulos” dados às pessoas na construção das sociedades.
Claudia Andujar chegou a viver quase uma década em
Roraima, junto ao povo ianomâmi, reconstruindo uma família Até o momento, Araripe era único geoparque brasileiro na lista
que perdeu, em parte, durante o Holocausto: “Aos 13 anos tive
o primeiro encontro com os “marcados para morrer”. Foi na
Transilvânia, Hungria, no fim da Segunda Guerra. Meu pai, A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a
meus parentes paternos, meus amigos de escola, todos com a Cultura (Unesco) aprovou a inclusão de dois parques
estrela de Davi, visível, amarela, costurada na roupa, na altura brasileiros na lista de geoparques mundiais reconhecidos pela
do peito, para identificá-los como “marcados”, para agredi-los, entidade. Na lista, divulgada nesta semana, foram incluídos o
incomodá-los e, posteriormente, deportá-los aos campos de parque Caminhos dos Cânions do Sul, situado entre Santa
extermínio. (…) É esse sentimento ambíguo que me leva, 60 Catarina e Rio Grande do Sul; e o parque Seridó, localizado no
anos mais tarde, a transformar o simples registro dos Rio Grande do Norte.
Yanomami na condição de “gente” – marcada para viver – em Com a aprovação, o Brasil passa a contar com três geoparques
obra que questiona o método de rotular seres para fins mundiais, já que a organização já havia reconhecido o
diversos.” geoparque de Araripe, localizado na Bacia do Araripe, que se
Até a homologação da terra indígena Yanomami em 1992, estende pelo sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do
foram anos de lutas defendidas pela fotógrafa, participante da Piauí.
Comissão de Criação do Parque Yanomami (CCPY). Invasões Os geoparques são territórios reconhecidos pela Unesco como
garimpeiras chegaram a apontar para uma possível extinção regiões que possuem importância científica, cultural,
das tribos, quando Andujar se propôs a olhar para os indígenas paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e
com cautela, representá-los e auxiliar em programas de saúde. histórica e que também combinam a conservação com o
A série que retorna ao Pavilhão Bienal na exposição 30 × desenvolvimento sustentável, por meio do empoderamento
Bienal, mostra famílias que encaram as lentes de forma das comunidades locais.
determinada, reafirmando sua cultura e preservando sua “Os sítios dessa rede apresentam uma extraordinária

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diversidade geológica que sustenta a diversidade biológica e Documento 006
Ficha técnica
cultural de diferentes regiões. Os geoparques atendem as TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: Luciano Nascimento. ”Unesco inclui duas áreas do
Brasil na lista de
comunidades locais, e combinam a conservação de seu geoparques mundiais”. Agência Brasil. Brasília, 15/04/2022 -
13:17. Edição Maria Claudia.  Foto: ICMBIO/divulgação. Agência Brasil - Bebida dos deuses
patrimônio geológico único com a disseminação pública e o Brasília. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/unesco-inclui-duas-
areas-do-Brasil-na-lista-de-geoparques-mundiais.
desenvolvimento sustentável”, informou a Unesco. Acesso em: 14 fev. 2023 CRÉDITOS: Luciano Nascimento; Edição Maria Claudia. Foto:
ICMBIO/divulgação PALAVRAS-CHAVE: geoparques, unesco, paisagem cultural
Geoparques O primeiro livro de receitas de cozinha português, Arte da
O geoparque mundial Seridó abrange uma área de 2.800 km² Cozinha, do cozinheiro de D. Pedro II , Domingos Rodrigues,
no semiárido do nordeste brasileiro, onde moram mais de 120 foi publicado em 1680 e despertou grande interesse, como
mil habitantes, incluindo comunidades como os quilombolas. indicam as sucessivas edições ocorridas ao longo dos séculos
A Unesco disse que os habitantes mantêm “viva a memória de XVIII e XIX. Domingos Rodrigues ofereceu apenas uma receita
seus ancestrais africanos escravizados para preservar sua de chocolate na seção destinada aos doces, mas esta foi,
cultura por meio de práticas tradicionais, museus e centros sugestivamente, alocada após uma receita de florada (água de
culturais.” flor), indicativo talvez de que poderia ser usado na confecção
A região, localizada na caatinga, único bioma exclusivamente de uma bebida, ou até como complemento da outra receita. A
brasileiro, conta ainda com uma das maiores reservas descrição do modo de preparo restringiu-se à pasta do
minerais de scheelita da América do Sul, um importante chocolate, sem informar sua utilidade, sinal de que os leitores -
minério de tungstênio, além de fluxos de basalto decorrentes provavelmente experientes cozinheiros - sabiam como usá-la,
da atividade vulcânica durante as Eras Mesozoica e Cenozoica. podendo ser dispensadas maiores explicações. Esse
O geoparque mundial Caminhos dos Cânions do Sul, no sul do procedimento permite pensar que o consumo do chocolate
Brasil, abrange uma área de 2.830,8 km² e abriga 74.120 havia se enraizado na culinária portuguesa há algum tempo,
habitantes. A região é caracterizada pela ocorrência de Mata muito provavelmente introduzido a partir dos contatos
Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos do planeta em estreitos com a corte espanhola entre os séculos XVI e XVII, e
termos de biodiversidade. estimulado posteriormente pelo comércio dos produtos
No período pré-colombiano, os habitantes da região se coloniais.
abrigavam em paleotocas (cavidades subterrâneas escavadas  A receita presente no livro de Domingos Rodrigues instruía
pela extinta megafauna paleovertebrada, como a preguiça sobre a necessidade de se torrar o cacau, descascá-lo e “pisá-lo
gigante), cujos numerosos vestígios ainda são visíveis no muito bem”. Posteriormente misturava-se o cacau a “três
geoparque. arráteis de açúcar de pedra e três onças de canela fina
“Além disso, o local apresenta os cânions mais peneirada”. De acordo com o cozinheiro real, logo que
impressionantes da América do Sul, formados pelos processos estivesse tudo isso muito bem misturado, devia-se ir “moendo
geomorfológicos únicos que o continente sofreu durante o numa pedra segunda e terceira vez” e quando estivesse “em
desmembramento do supercontinente Gondwana, há cerca de massa”, adicionava-se “oito baunilhas pi-
180 milhões de anos”, informou a Unesco. sadas e peneiradas e fazendo-se bolos na forma que quiserem”.
Além dos dois parques no Brasil, a Unesco também declarou
mais outros seis geoparques. São eles: o geoparque de
Ficha técnica
Salpausselkä, na Finlândia; Ries, na Alemanha; TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: ALGRANTI, Leila Mezan. “Bebida dos deuses”:
técnicas de fabricação e utilidades do chocolate no império português (séculos XVI-XIX). In: ALGRANTI,
Cefalônia-Ítaca, na Grécia; Mëllerdall, em Luxemburgo; Região Leila Mezan; MEGIANI, Ana Paula (org). O Império por Escrito – formas de transmissão da cultura letrada
no mundo ibérico (séculos XVI-XIX). São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2009. p. 418.
de Buzău, na Romênia; e Platåbergens, na Suécia. CRÉDITOS: Leila Mezan Algranti. GLOSSÁRIO: D. Pedro II : Rei de Portugal e Algarves de 1683 até à
sua morte em 1705; não confundir com D. Pedro II, segundo e último monarca do Império do Brasil.
Com as novas inclusões, a Rede Mundial de Geoparques reúne Onça : Unidade de medida inglesa de peso, equivalente a 28,349 gramas.
Arrátel : Antiga unidade de medida de peso equivalente a 459,5 gramas. PALAVRAS-CHAVE: império
agora 177 áreas em 46 países. português, história da alimentação, brasil império

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Documento 007 Documento 008 Documento 009

Boemia e modernidade em Cuiabá Zé Bolo-Flor, c. 1950


Fique Viva

A ocorrência destes personagens na vida pública de outras


cidades é vasta. Em Cuiabá mesmo, a sucessão de nomes e Baby, é só mais uma armadilha

alcunhas dos tipos populares constantemente rememorados Cuidado na trilha!

revelam a forte presença destes personagens na vida cotidiana Baby, fique viva!

da cidade: Maria Taquara, Antonio Peteté, General Saco, Fique viva!

Zaramella, Cobra Fumando, Barba de Arame, entre tantos Tive que aprender a me amar, ficar de pé

outros evocados constantemente nas narrativas e na crônica Pra depois aprender a voar, manter a fé

cuiabana. Fico viva mais um dia

(...) Jogo as drogas na pia

Estes flanadores da cidade eram representações vivas do Leio antropologia

projeto moderno dilacerante que estava em curso e que Lavo meu corpo com sais

destruía os referenciais urbanos, mudava a fisionomia da Essa terra tem sangue dos ancestrais

cidade, sua sociabilidade e seus moradores. Afastados do Estado de alerta

trabalho, das obrigações civis e da marcação do tempo, a Ficha técnica


Fique viva, se prepare

cidade os enxergava com um misto de medo e admiração, de


TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Foto de Zé Bolo-Flor, segurando imagens de santos, São dias e noites de amor e guerra
Cuiabá, aprox. década de 50. Foto: Reprodução. Olhar conceito, 14 Fev 2014 . Disponível em:

inveja e de pena.
https://www.olharconceito.com.br/noticias/exibir.asp?id=4002&Noticia=o-poeta-andarilho-e-mendigo- Fique viva, fique viva!
que-fazia-musicas-e-poemas-para-cuiaba-virou-nome-de-parque-ze-bolo-flo. Acesso em: 18 fev. 2023.

(...)
CRÉDITOS: Foto: Reprodução; Olhar conceito. PALAVRAS-CHAVE: tipos populares, história das A linha de Fronteira se rompeu
cidades, história da loucura

José Inácio da Silva, o Zé Bolo-flor ganhou o imaginário Bala trocada, bala achada

popular na condição de mendigo-poeta. (...) O nome é Essa bala procura a cor, procura amor

originado do primeiro ofício de José Inácio, vendedor Bala trocada, bala achada

ambulante que comercializava bolos e flores artificiais na área Essa bala procura a cor, procura amor

central para ajudar a família que lhe fornecia abrigo. Assim, Estado de alerta

José Inácio torna-se Zé Bolo-flor. (...) Dias e noites de amor e guerra

Sem família, sem paradeiro, a publicidade da loucura de Dias e noites

Bolo-flor acaba por incrementar o fascínio sobre sua figura. De Baby, é só mais uma armadilha

poeta da cidade, é investido à posição de louco da cidade. (...) Cuidado na trilha!

Não se sabe exatamente porquê, no final dos anos setenta, sua Baby, é só mais uma armadilha

loucura torna-se institucionali- Cuidado na trilha!

zada e é encaminhado ao Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho. Baby, fique viva!


Fique viva!
Não se deixe enganar entre beijos macios, gritos e palavrões
Enchentes e ribeirões
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: BEZERRA , Silvia Ramos. Boemia e modernidade
em Cuiabá: O personagem Zé Bolo-flor. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Mato Grosso,
Instituto de Linguagens. Cuiabá, Agosto de 2007, p. 98-117. Disponível
Viajo nas amplidões como Zé Ramalho, na
em: https://livros01.livrosgratis.com.br/cp090366.pdf  CRÉDITOS: Silvia Ramos Bezerra. 
PALAVRAS-CHAVE: história da loucura, tipos populares, história das cidades
”Peleja do Diabo com o Dono do Céu””
Quanto vale seu papel?
Fusa a arte nesse tempo
Eu ando confusa, eu ando confusa

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Fusa a arte nesse tempo Documento 010 Documento 011
Eu ando confusa, eu ando confusa
Quem abusa nos usa? As Ligas Camponesas na Paraíba Depoimento de Elizabeth Teixeira
Quem abusa nos usa!
Fusa a arte nesse tempo!
Selvagem como o vento A década de 1950 marca um período de transição tanto na Eu quero dizer para os companheiros e companheiras que
De La Cordillera Flow, vive livre! sociedade brasileira quanto na nordestina e na paraibana João Pedro Teixeira, na Paraíba, foi quem começou a luta do
Selvagem como o vento (quando) nasce e se consolida o movimento das Ligas campo, no município de Sapé. [...] Quando chegamos em Barra
De La Cordillera Flow, vive livre! Camponesas (...) A primeira liga fundada na Paraíba foi a de de Anta, eu ainda não tinha nem conhecimento de que João
Vive livre, sobrevive Sapé, a partir da liderança de João Pedro Teixeira. Pedro Pedro já tinha aquele espírito de luta. João Pedro andava nos
Estado de alerta Teixeira nasceu em 4 de março de 1918, em Guarabira (PB). engenhos Anta, Melancia, Sapucaia, que ficava mais próximo a
Baby, é só mais uma armadilha Órfão de pai, morto em questão de terra , mudou-se para nossa casa, tomando conhecimento como aqueles
Cuidado na trilha! Espírito Santo, onde morou com um tio que era capataz de trabalhadores daqueles engenhos sobreviviam, daquelas
Baby, é só mais uma armadilha uma fazenda. Não concordando com o tratamento dado pelo fazendas, e viu uma situação difícil. Ele chegava em casa e
Cuidado na trilha! tio aos trabalhadores, deixou o engenho e foi para o município falava para mim que a vida do trabalhador do campo, dos
Baby, fique viva! de Sapé, onde conheceu e se casou com Elizabeth Teixeira. O engenhos, das fazendas é tão difícil, que chegava o momento
Fiquem vivos, fiquem juntos! sogro, um pequeno proprietário, não concordava com o de muitos pais verem seus filhinhos morrer de fome. Então,
Fiquem vivos, fiquem juntos! casamento. Pedro Teixeira foi morar em Recife e logo em ele convidava aqueles trabalhadores para virem até a nossa
Bala trocada, bala achada seguida em Jaboatão, onde trabalhou em uma pedreira. Foi aí casa, conversar com ele, do Engenho Anta, do Engenho
Estado de alerta que teve os primeiros contatos com o Partido Comunista. Melancia, do Engenho Sapucaia, Engenho Maraú e de outras
Fundou o Sindicato dos Operários das Pedreiras, tendo sido o fazendas. Conversavam com ele, e chegou o momento dele
seu primeiro presidente. Em virtude de seu envolvimento com fundar a Liga Camponesa em Sapé, que foi fundada por João
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: CD: SELVAGEM COMO O VENTO a organização dos trabalhadores, foi despedido e voltou para Pedro Teixeira em 1958.
Gravadora: Independente
Ano: 2018 Sapé a convite de um cunhado, pois a família estava passando
Artistas: Brisa Flow CRÉDITOS:  Brisa Flow PALAVRAS-CHAVE: história das mulheres, história da Ficha técnica
música, indígenas por necessidades em Recife. Foi quando começou o seu TIPO DE DOCUMENTO: Depoimento ORIGEM: Depoimento de Elizabeth Teixeira. In: TARGINO, Ivan;
MOREIRA, Emilia, MENEZES, Menezes. “As Ligas Camponesas na Paraíba: um relato a partir da memória
envolvimento com a organização das Ligas Camponesas (...) O dos seus protagonistas”. RURIS, volume 5, número 1, março 2011, p. 91. Disponível em:
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ruris/article/view/16846/11556. Acesso em; 25 abr.
seu contato com o Partido Comunista, quando de seu trabalho 2023. PALAVRAS-CHAVE: movimentos populares, ligas camponesas, história do trabalho

em pedreiras em Recife e Jaboatão (PE), deu-lhe as


ferramentas para a construção da consciência dos problemas
sociais, bem como as ferramentas e as articulações
necessárias para o processo de organização dos trabalhadores
rurais. (...) Fundada em 1958, a Liga Camponesa de Sapé iria
ser o centro de todo o movimento camponês na Paraíba,
disseminando-se rapidamente por outros municípios da Zona
da Mata e do agreste.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: Adaptado de TARGINO, Ivan; MOREIRA, Emilia,
MENEZES, Menezes. “As Ligas Camponesas na Paraíba: um relato a partir da memória dos seus
protagonistas”. RURIS, volume 5, número 1, março 2011, pp. 83-95. Disponível
em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/ruris/article/view/16846/11556. Acesso em; 25
abr. 2023. CRÉDITOS:  Ivan Targino; Emilia Moreira; Marilda Menezes.  GLOSSÁRIO: Morto em
questão de terra : uma morte decorrente de uma disputa fundiária. PALAVRAS-CHAVE: movimentos
populares, história do trabalho, ligas camponesas

19
Documento 012 Documento 013 Documento 014

Civilization VI Sobre História e Videogames Capivarol – O Rei dos Tonicos I


Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Trailer ORIGEM: Sid Meier’s Civilization. CIVILIZATION VI - First Look: Brazil.
YouTube, 2 de ago. 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_Oh2HzwZxOc. Acesso
em: 20 jan. 2023.  CRÉDITOS: Sid Meier’s Civilization PALAVRAS-CHAVE: mídias digitais, história do
[...] casos a serem observados são os jogos de estratégia, de
brasil, videogame
”Gerenciamento de ’Civilizações”’ - jogos cuja ênfase está na
construção, gerenciamento e movimentação de estruturas e
unidades econômicas e sociais de uma ”civilização” – e assim,
pelo caráter temático, muito comumente palco de jogos de
tema histórico. Seu objetivo principal é o controle e acúmulo
de recursos (que são o capital do jogo), como pedra, ouro,
madeira ou alimento e o gerenciamento das estruturas para
desenvolver uma soberania econômica e/ou militar no intento
de “vencer” outras civilizações.
[...] Tais jogos de “civilização” usam o conceito civilização no
sentido mais clássico do Estado ocidental – diríamos mais
especificamente, no sentido generalizado de um Estado
moderno capitalista, organizado racionalmente, cujas ações
levam sempre ao crescimento progressivo e evolutivo de seu
poder econômico, político e territorial.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: “Capivarol – O Rei dos Tonicos”. O Careta, Rio de
Ficha técnica Janeiro, 7 de junho de 1924, n. 833, anno XVII, p. 48. Memória BN. Disponível em:
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: BELLO, Robson Scarassati. Sobre História e http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=083712&pagfis=33027. Acesso em: 19 fev.
Videogames: Possibilidades de análise teórico-metodológica. In: XXVII Simpósio Nacional de História da 2023. CRÉDITOS: O Careta; Hemeroteca Digital. PALAVRAS-CHAVE: história da medicina,
ANPUH, 2013, Natal - RN. 17 p. Disponível em: propaganda
http://snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1371302546_ARQUIVO_RobsonBelloAnpuh2013.pdf.
Acesso em: 23 jan. 2023. CRÉDITOS: Robson Scarassati Bello. PALAVRAS-CHAVE: videogame,
mídias digitais, história do brasil

20
Documento 015 Documento 016 Documento 017

Capivarol – O Rei dos Tonicos II Capivarol – O Rei dos Tonicos III Crônica Social

ZICIL
Clube do Comérci o
– O ponto máximo das festas sociais. -
Inegavelmente o Clube do Comércio lidera os grandes
acontecimentos sociais de nossa cidade. Outra prova disso
tivemos quarta-feira última na reunião dançante oferecida em
homenagem à Marinha de Guerra que nos visitou.
Desta vez os “brotos” apresentaram, em média, o melhor
desfile de modas, linhas atualizadas. A noite, portanto, foi dos
“brotinhos”.
Vera Mendes, em verde, esteve um encanto. Regina Martinez
disputou com Verinha o título de “broto” n. 1, num farto
diretório azul esverdeado (...)
Fato curioso foi a presença de garotas nessa festa que ainda
nem debutaram oficialmente. Uma homenagem à
marinha?!?

Ficha técnica Ficha técnica


(...)
TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: “Capivarol – O Rei dos Tonicos”. O Careta, Rio de TIPO DE DOCUMENTO: Propaganda ORIGEM: “Capivarol – O Rei dos Tonicos”. O Careta, Rio de
Janeiro, 11 de outubro de 1924, n. 851, anno XVII, p. 45. Memória BN. Disponível em: Janeiro, 02 de maio de 1925, n. 880, anno XVIII, p. 44. Memória BN. Disponível em:
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=083712&pagfis=33941. Acesso em: 19 fev. http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=083712&pagfis=35422. Acesso em: 19 fev.
2023. CRÉDITOS: O Careta; Hemeroteca digital. PALAVRAS-CHAVE: história da medicina, 2023. CRÉDITOS: O Careta; Hemeroteca Digital. PALAVRAS-CHAVE: propaganda, história da Ficha técnica
propaganda medicina TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Jornal Rio Grande. Rio Grande, 17 de outubro de 1958, ano
XLV, nº 262. Acervo do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. CRÉDITOS: Jornal Rio Grande;
Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. GLOSSÁRIO: Debutante : que ou o que se inicia numa
carreira ou atividade; que ou quem se inicia na vida social (ex: “menina debutante”). No Brasil, a festa de
debutante era associada ao momento em que as garotas completavam 15 anos de idade.
Diretório : vestido de festa para jovens, inspirado na moda do fim do século XVIII, em estilo vagamente
neoclássico, podendo ser curto ou longo, com recorte logo abaixo do busto. PALAVRAS-CHAVE: coluna
social, usos e costumes, jornal

21
Documento 018 Documento 019 Documento 020

Sociais Debutante
Axé, axé para todo mundo, axé

Axé, axé para todo mundo, axé


axé, para um país melhor, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, axé para a abolição de todos os preconceitos, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, axé para negritude, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, axé para os heróis da liberdade, axé
Axé, axé contra todas as formas de opressão, axé
Ficha técnica da negritude brasileira, axé para todo o brasil
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: Coluna Social de Katiuscia Pacheco, 27 de março
de 2009. Disponível em: https://www.diariodearaxa.com.br/a-festa-de-15-anos-de-kethura-na-coluna-
Axé, axé para todo mundo em 88, axé
social-de-katiuscia-pacheco/. Acesso em 16 de fevereiro de 2023, às 18:37 CRÉDITOS: Katiuscia
Axé, axé para todo mundo, axé
Pacheco GLOSSÁRIO: Debutante : que ou o que se inicia numa carreira ou atividade; que ou quem se
inicia na vida social (ex: “menina debutante”). No Brasil, a festa de debutante era associada ao momento
em que as garotas completavam 15 anos de idade. PALAVRAS-CHAVE: jornal, usos e costumes,
Axé, axé para a alegria, salve simpatia, axé
coluna social
Axé, axé para todo mundo, axé
Axé, olha o axé aí minha gente, axé
Axé, axé para todo mundo, axé
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal ORIGEM: Jornal Rio Grande. Rio Grande, 31 de outubro de 1958, ano Eu digo axé
XLV, nº 276. Acervo do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa CRÉDITOS: Jornal Rio
Grande; Acervo do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa PALAVRAS-CHAVE: jornal, coluna Muito Axé, axé para todo mundo, axé
social, usos e costumes
Axé, muito axé para fé e para a verdade, axé
Axé para toda a arte
Axé, axé, axé para as mamães, axé
muito axé, muito axé,
axé para cada um de nós, axé para todos os povos
muito axé, muito axé,
muito axé para todo mundo, axé
axé para todas as crianças
axé para a música popular brasileira
muito axé, muito axé,
muito axé para todo mundo, axé
axé para a libertação da mulher
o negro brasileiro, axé para todo país, axé em 88
muito axé,
axé para juventude do Brasil, minha gente, axé
muito axé, muito axé
axé, muito axé para as mães
muito axé, muito axé,

22
muito axé para todo mundo, axé Documento 021 Documento 022
muito axé para a memória negra
muito axé, muito axé As mulatas, 1962 Obra de Di Cavalcanti danificada por criminosos
muito axé, para essa galera axé no Planalto é avaliada em R$ 8 milhões
axé para nossa dignidade, axé
axé mãe África, axé
muito axé, muito axé
muito axé pra gente que é de fé
muito axé para a grande nação brasileira
axé da mãe África, pra toda essa nação
euro-africana-ameríndia
muito axé, muito axé
pra todo mundo axé

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Vinheta ORIGEM: Vinheta de fim de ano Rede Globo de Televisão, 1987.
Música de Martinho da Vila, letra adaptada. https://globoplay.globo.com/v/1179608/. Acesso em: 19 fev.
2023. CRÉDITOS: Rede Globo de Televisão; Martinho da Vila. PALAVRAS-CHAVE: identidade,
história da televisão, afrodescendentes

Ficha técnica
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Manchete de notícia ORIGEM: Carolina Farias; Carolina Figueiredo. ”Obra de Di
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: Emiliano Di Cavalcanti, ”As mulatas”, 1962. Painel. 
Cavalcanti danificada por criminosos no Planalto é avaliada em R$ 8 milhões”. CNN. São
Foto: Paulo Pimenta/Reprodução. Acervo do Palácio do Planalto. Disponível
Paulo. 09/01/2023 às 12:44 | Atualizado 09/01/2023 às 18:01. Disponível
em: https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/a-historia-do-quadro-de-di-cavalcanti-destruido-por-
em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/obra-de-di-cavalcanti-danificada-por-criminosos-no-
terroristas/. Acesso em: 14 fev. 2023 CRÉDITOS: Emiliano Di Cavalcanti; Foto: Paulo
planalto-e-avaliada-em-r-8-milhoes/. Acesso em 14 fev. 2023. CRÉDITOS: Carolina Farias; Carolina
Pimenta/Reprodução TÉCNICA: Painel; fotografia. PALAVRAS-CHAVE: di cavalcanti, história da arte, Figueiredo; Emiliano Di Cavalcanti. PALAVRAS-CHAVE: história do tempo presente, di cavalcanti,
história do tempo presente história da arte

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Documento 023 Documento 024 E no meio da esperteza
Internacional
Vozes-Mulheres A cidade até que não está tão mal
A cidade E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos
A voz de minha bisavó
ecoou criança O sol nasce e ilumina A cidade não pára
nos porões do navio As pedras evoluídas A cidade só cresce
ecoou lamentos Que cresceram com a força O de cima sobe
de uma infância perdida. De pedreiros suicidas E o de baixo desce
A voz de minha avó Cavaleiros circulam A cidade não pára
ecoou obediência Vigiando as pessoas A cidade só cresce
aos brancos-donos de tudo. Não importa se são ruins O de cima sobe
A voz de minha mãe Nem importa se são boas E o de baixo desce
ecoou baixinho revolta
no fundo das cozinhas alheias E a cidade se apresenta Eu vou fazer uma embolada,
debaixo das trouxas Centro das ambições Um samba, um maracatu
roupagens sujas dos brancos Para mendigos ou ricos Tudo bem envenenado
pelo caminho empoeirado E outras armações Bom pra mim e bom pra tu
rumo à favela. Coletivos, automóveis, Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus
A minha voz ainda Motos e metrôs

ecoa versos perplexos Trabalhadores, patrões, Num dia de sol, Recife acordou
com rimas de sangue e fome. Policiais, camelôs Com a mesma fedentina do dia anterior.
A voz de minha filha
recolhe todas as nossas vozes A cidade não pára
A cidade só cresce
Ficha técnica
recolhe em si TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: LP: DA LAMA AO CAOS - Chico Science e Nação Zumbi

as vozes mudas caladas O de cima sobe Gravadora: Chaos/Sony Music


Ano: 1994

engasgadas nas gargantas. E o de baixo desce Artistas: Nação Zumbi / Chico Science CRÉDITOS: Artistas: Nação Zumbi / Chico Science
PALAVRAS-CHAVE: história da música, história das cidades

A voz de minha filha A cidade não pára

recolhe em si A cidade só cresce

a fala e o ato. O de cima sobe

O ontem – o hoje – o agora. E o de baixo desce

Na voz de minha filha


se fará ouvir a ressonância A cidade se encontra

o eco da vida-liberdade. Prostituída


Por aqueles que a usaram
Em busca de uma saída
Ilusora de pessoas
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Poesia ORIGEM: EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros
movimentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017, p. 24-25. CRÉDITOS: Conceição Evaristo De outros lugares,
PALAVRAS-CHAVE: história das mulheres, literatura
A cidade e sua fama
Vai além dos mares

24
Documento 025 Documento 026 Documento 027

Linda Casa de Época Moderna Marcas da Memória Dopinho Journal of a Residence in India

Bombaim, 28 de Maio de 1809.


Meu querido(a) amigo(a),
atendendo a seu pedido em nossa despedida, para que eu,
durante minha ausência da Inglaterra, fizesse anotações e
diários para você sobre tudo o que me parecesse digno de nota,
seja por ser curioso ou diferente dos costumes, maneiras e
hábitos da Europa, vou me esforçar para descrever fielmente
tudo o que vejo e relatar cuidadosamente tudo o que aprendo,
para sua diversão (...). Depois de uma viagem de vinte semanas
da Inglaterra, desembarcamos aqui no dia 26 deste mês, em
meio a uma espessa neblina, que pressagiava a chegada da

Ficha técnica
estação das chuvas nesta parte da Índia.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Anúncio em plataforma de aluguel ORIGEM: Jornal Sul 21. Foto: TIPO DE DOCUMENTO: Placa ORIGEM: Fonte: Placa em frente à casa explica que residência foi, no
Reprodução/Airbnb. 02 de agosto de 2022. Disponível em: passado, centro de tortura clandestino - o Dopinho Imagem: Ministério Público/Divulgação. UOL, 04 de
https://sul21.com.br/noticias/geral/2022/08/imovel-que-abrigou-o-dopinha-e-anunciado-em-site-de- agosto de 2022. Disponível em: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2022/08/04/dops-
aluguel-linda-casa-de-epoca-moderna/. Acesso em: 18 fev. 2023. CRÉDITOS: Reprodução/Airbnb.  antigo-centro-de-tortura-oferta-hospedagem-e-surpreende-turista-no-rs.htm. Acesso em: 18 fev. 2023. Ficha técnica
PALAVRAS-CHAVE: patrimônio, ditadura civil-militar CRÉDITOS:  Ministério Público/Divulgação.  PALAVRAS-CHAVE: patrimônio, ditadura civil-militar TIPO DE DOCUMENTO: Diário ORIGEM: Traduzido e adaptado de GRAHAM, Maria. Journal of a
Residednce in India. Edinburgh: George Ramsay and Company. 2nd ed. 1813. p.1.  CRÉDITOS: Maria
Graham. Tradução: Gabriela Pratavieira. PALAVRAS-CHAVE: relatos de viajantes, índia

25
Documento 028 Documento 029 Documento 030

Journal of a Voyage to Brazil Journal of a Residence in Chile


Journal of a Voyage to Brazil

Pernambuco, 22 de Setembro de 1821. Navio de Sua Majestade Doris, porto de Valparaíso, domingo à
Às nove horas, o comodoro deste lugar, cujo cargo é uma noite, 28 de abril de 1822. Rio de Janeiro, 29 de agosto de 1823.

combinação de almirante do porto e comissário, subiu a bordo (…) Hoje, a novidade do lugar e todas as outras circunstâncias Hoje recebi a visita de Dona Maria de Jesus, a jovem que

com o capitão do porto e guiou o navio até o ancoradouro, que de nossa chegada levaram meus pensamentos a se ultimamente tem se destacado na guerra do Recôncavo. Suas

fica a cerca de três milhas de distância da cidade (...). Não é de interessarem pelas coisas ao meu redor. Não posso conceber vestes são de um soldado de um dos batalhões do imperador,

se espantar que não fomos notados na noite passada. O senhor nada mais glorioso do que a visão dos Andes esta manhã ao com a adição de um kilt xadrez, que ela me disse ter adotado

Dance, tendo sido enviado à terra com cartas oficiais ao aproximar-me da terra ao raiar do dia; partindo, por assim de uma foto representando um escocês, como um traje militar

governador e ao cônsul inglês em exercício, encontrou o local dizer, do próprio oceano, seus cumes de neve eterna brilharam mais feminino.

em estado de sítio e trouxe consigo o coronel, ajudante de com toda a majestade da luz muito antes que a terra abaixo (...)

campo do governador, que nos deu o seguinte relato do atual fosse iluminada, quando de repente o sol apareceu por trás As mulheres do interior fiam e tecem para sua casa, e também

estado de Pernambuco: deles e se perderam de vista. Navegamos por horas antes de bordam muito bem. As moças aprendem o uso de armas de

Além da disposição para a revolução, que sabíamos que existia avistarmos a terra. fogo, como seus irmãos, seja para caçar ou defender-se dos

há muito em todas as partes do Brasil, havia também uma Ao ancorar aqui hoje, a primeira coisa que vi foi o brigue de índios selvagens.

inveja entre portugueses e brasileiros, que os acontecimentos nome Galvarino, do estado do Chile. Anteriormente era o Dona Maria contou-me vários detalhes sobre o país, e mais

recentes haviam aumentado. No dia 29 de agosto, cerca de 600 brigue de guerra britânico Hecate, o primeiro navio que meu sobre suas próprias aventuras. Parece que no início da última

milicianos e outras forças indígenas tomaram posse da Vila de marido comandou e no qual naveguei nos mares da Índia guerra do Recôncavo, emissários haviam atravessado o país

Goiana, um dos principais lugares desta capitania, e entraram Oriental. Doze anos se passaram! em todas as direções, para reunir recrutas patriotas; que um

à força no casarão, onde declararam o fim do governo de Luiz deles chegara um dia à casa de seu pai, na hora do jantar; que

do Rego. Eles passaram a eleger um governo provisório seu pai o havia convidado a entrar e que, após a refeição, ele
começou a falar sobre o assunto de sua visita. Ele representava
Ficha técnica
temporário para Goiana, para atuar até que a capital da TIPO DE DOCUMENTO: Diário ORIGEM: Traduzido e adaptado de GRAHAM, Maria. Journal of a

província estivesse em condições de estabelecer uma junta


Residence in
Chile, during the year 1822. And a Voyage from Chile to Brazil in 1823. London: A. & R. Spottiswoode. a grandeza e as riquezas do Brasil, e a felicidade que poderia

constitucional; e para acelerar aquele acontecimento, haviam


1824. p. 113-114. CRÉDITOS: Maria Graham. Tradução: Gabriela Pratavieira. GLOSSÁRIO: Brigue
: navio de dois mastros com velas redondas e cestos de gávea. PALAVRAS-CHAVE: relatos de ser alcançada caso fosse independente. Ele expôs a longa e
viajantes, chile
reunido forças de toda espécie, e entre elas várias companhias opressiva tirania de Portugal; e a maldade de se submeter a ser

de caçadores que haviam desertado de Luiz do Rego; com governado por um país tão pobre e degradado. Ele falou longa

essas tropas, marcharam para Pernambuco, e ontem à noite e eloquentemente dos serviços prestados por D. Pedro ao

atacaram os dois pontos principais de Olinda, ao norte, em Brasil; de suas virtudes, e as da Imperatriz: de modo que, no

quatro lugares diferentes, e Afogados ao sul. Foram, porém, final, disse a menina, ”senti meu coração queimando em meu

repelidos pelas tropas reais, sob o comando do governador, peito”. Seu pai, no entanto, não tinha nada de seu entusiasmo.

com a perda de quatorze mortos e trinta e cinco prisioneiros, Ele disse estar velho para ingressar no exército, e que não

en- tinha um filho para enviar para lá; e quanto a dar um escravo

quanto os monarquistas tiveram dois mortos e sete feridos. (...) para a posição, que interesse teria um escravo em lutar pela
independência do Brasil? Assim, ele deveria esperar com
paciência o resultado da guerra, e ser um súdito pacífico para o
vencedor.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Diário ORIGEM: Traduzido e adaptado de GRAHAM, Maria. Journal of a Voyage
to Brazil, and residence there, during 1821, 1822, 1823. London: A. & R. Spottiswoode. 1824. p.97-98.
Dona Maria fugiu de sua casa para a de sua irmã, que era
CRÉDITOS: Maria Graham. Tradução: Gabriela Pratavieira. GLOSSÁRIO: Comodoro : oficial da
marinha. PALAVRAS-CHAVE: relatos de viajantes, pernambuco casada e morava um pouco distante. Ela recapitulou todo o
discurso do estranho e disse que gostaria de ser homem, para

26
poder se juntar aos patriotas. Documento 031
”Não”, disse a irmã, ”se eu não tivesse marido e filhos, por
Ficha técnica
metade do que você diz, eu me juntaria às fileiras do
Respondendo perguntas do Instagram #1” TIPO DE DOCUMENTO: Vídeo ORIGEM: PATAXÓ, Tukumã. Respondendo perguntas do Instagram #1”,
9 de junho de 2020. Disponível em:
imperador.” Isso foi o suficiente. Maria recebeu algumas https://www.youtube.com/watch?v=wh79VKvQgII&ab_channel=Tukum%C3%A3_Patax%C3%B3.
Acesso em 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Tukumã Pataxó. GLOSSÁRIO: Patxohã : língua do povo
roupas do marido da irmã para equipá-la; e como seu pai Pataxó, que habita a região entre o sul da Bahia e o norte de Minas Gerais. PALAVRAS-CHAVE: mídias
sociais, indígenas, identidade
estava prestes a ir à [Vila] Cachoeira para vender algodão, ela No vídeo, assista do minuto 01:42 até o minuto 03:26. Esse
resolveu aproveitar a oportunidade para cavalgar atrás dele, trecho é o documento da questão.
perto o suficiente para proteção em caso de acidente na
estrada, e longe o suficiente para escapar de sua detecção.
Por fim, avistando [a Vila] Cachoeira, ela parou; e saindo da Transcrição do trecho selecionado
estrada, vestiu-se com trajes masculinos e entrou na cidade.
Isso foi na sexta-feira. No domingo, ela havia administrado as Bom, essa daqui também é bem interessante, ó: ”Dentro da

coisas tão bem que entrou no regimento de artilharia e montou sua aldeia, da aldeia de vocês, vocês mantém a questão

guarda. ancestral desde pequeno?” Sim, mantemos a questão

Ela era muito pequena, no entanto, para esse serviço e foi ancestral desde pequeno. É, temos na comunidade, no povo

colocada na infantaria, onde está agora. Ela foi enviada para Pataxó de Coroa Vermelha, a escola municipal indígena e

cá, creio eu, com despachos e para ser apresentada ao estadual indígena, onde tem a matéria obrigatória da língua do

Imperador, que lhe deu a insígnia e a ordem da cruz, Patxohã né, que é a nossa língua mãe, a nossa língua materna.

condecoração que ele mesmo fixou em sua jaqueta. E a gente tem também toda a questão de preservação da

Ela é analfabeta, mas inteligente. cultura dentro do colégio e fora do colégio também, que é um

Sua compreensão é rápida e suas percepções aguçadas. Eu contato que o próprio colégio faz questão de ter dentro e fora –

acho que, se tivesse recebido educação, poderia ter sido tanto que os nossos anciões, com os nossos mais velhos, com a

uma pessoa notável. Ela não é particularmente masculina em nossa liderança desde pequeno vêm passando esse

sua aparência e suas maneiras são gentis e alegres. Ela não conhecimento pra gente da luta, da verdadeira história do povo

adotou modos grosseiros ou vulgares de sua vida no Pataxó, da história dos povos indígenas também. Então é bem

acampamento do exército, e acredito que nunca imputou-se interessante isso, mantemos a nossa cultura viva e nessa luta

nada contra a sua modéstia.  né, mais de 500 anos de luta mantendo a cultura viva.

Uma coisa é certa: seu sexo não havia sido descoberto até que Bom, essa aqui é bem interessante, né? “Se eu me caso com

seu pai pediu a seu comandante para procurá-la. um indígena me torno uma indígena também?” Não, claro que

Não há nada de muito peculiar em suas maneiras à mesa, não. Primeiro: para você ser um indígena você tem que nascer

exceto que ela come farinha com ovos no café da manhã e um indígena, você não se torna indígena – apesar de ter muitas

peixe no jantar, em vez de pão, e fuma um charuto após cada pessoas querendo se tornar indígena no tempo de hoje, né?

refeição; mas ela é muito agradável. Mas não, você não se torna indígena casando com indígena
não. E você nasce indígena, tá no sangue, né? Independente,
está no seu sangue, não numa declaração ou alguma coisa
assinada pra dizer que você é indígena... Carteirinha de índio?
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Diário ORIGEM: Traduzido e adaptado de GRAHAM, Maria. Journal of a Voyage
to Brazil, and residence there, during 1821, 1822, 1823. London: A. & R. Spottiswoode. 1824, p. Eu mesmo particularmente nunca nem tive carteira de índio,
292-294. CRÉDITOS: Maria Graham. Tradução: Gabriela Pratavieira. GLOSSÁRIO: Kilt : peça
tradicional do vestuário masculino escocês que se assemelha a uma saia xadrez.
PALAVRAS-CHAVE: independencia do brasil, relatos de viajantes
nunca nem tive e nunca nem fiz questão também porque eu
acho que além de tudo você sabe de onde vêm suas origens.
Minha vó sempre diz que toda árvore tem sua raiz, então acho
que todo indígena também tem sua raiz e sabe de onde veio,
independente de carteirinha ou não.

27
Documento 032 empreendedores, daí o mercado maior constituído pelo Documento 033
avultado número de homens livres – homens esses, entretanto,
de baixo poder aquisitivo e pequena dimensão econômica. Em Bandeirantes a Caminho das Minas, 1920
Desclassificados do ouro suma, levando-se adiante essas considerações, a constituição
democrática da sociedade mineira poderia se reduzir numa
expressão: um  maior número de pessoas dividiram a pobreza.
Uma das patranhas  da nossa história, tal como usualmente
se conta nas escolas, é a da pretendida riqueza e até mesmo
opulência das Minas Gerais na época da abundância do ouro.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico ORIGEM: SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do ouro:
Em boa e pura verdade nunca houve a tão propalada riqueza, a a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 2004 [1980], pp.44-51. CRÉDITOS: Laura de
Mello e Souza. GLOSSÁRIO: Patranhas: Mentiras.
não ser na fantasia amplificadora de escritores inclinados às Hipérbole : Exagero; figura de linguagem expressiva que enfatiza através do exagero da significação
linguística.
hipérboles românticas. (...) A realidade foi bem diversa. Nem Lavra : Local onde se pode extrair metais e/ou pedras preciosas.
Data : Jazida ou mineração de ouro ou pedras preciosas. PALAVRAS-CHAVE: minas gerais, brasil

riqueza, nem grandezas. Apenas o atraso econômico e a


colônia, mineração

pobreza, como herança dum desvelamento fugaz, próprio de


todas as Califórnias.
Na sociedade mineradora – como, de resto, nas outras partes
da colônia –, eram privilegiados os elementos que tivessem o
maior número de escravos. Mais da metade das lavras
estavam concentradas nas mãos de menos de ⅕ dos
Ficha técnica
proprietários de negros; o próprio critério de concessão de
TIPO DE DOCUMENTO: Óleo sobre tela ORIGEM: Oscar Pereira da Silva, Bandeirantes a Caminho das
datas assentava-se na quantidade de cativos possuídos, as Minas, 1920. Óleo sobre tela, 86 cm x 126 cm, Museu Paulista. Coleção Fundo Museu Paulista - FMP.
Disponível em:
maiores extensões indo para as mãos dos grandes senhores. https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirantes_a_Caminho_das_Minas#/media/Ficheiro:Oscar_Pereira_da_Silva_-
_Bandeirantes_%C3%A0_Caminho_das_Minas,_Acervo_do_Museu_Paulista_da_USP.jpg. Acesso em: 18
Para estes, o luxo e a ostentação existiram de fato – não como fev. 2023. CRÉDITOS: Oscar Pereira da Silva PALAVRAS-CHAVE: brasil colônia, bandeirantes,
mineração
sintomas de irracionalidade, conforme disseram muitos, mas
como sinal distintivo do status social, como instrumento de
dominação necessário à consolidação e manutenção do mando
(...).
A produção bruta do ouro foi elevada, e Minas representou
70% da produção da colônia do século XVIII; entretanto, o
sistema colonial fez com que o fisco, a tributação sobre os
escravos, o sistema monetário implantado e as importações
(...) consumissem a sua maior parte. Deduzidos os gastos de
compra e manutenção da escravaria e os gastos não
quantificáveis, o saldo se tornava negativo. Dado o baixo nível
da renda, poucos foram, nestas condições, os que fizeram
fortuna.
(...) Conclui-se que a economia mineira representava baixa nos
níveis de renda distribuídos de uma maneira menos desigual
do que no caso do açúcar. Mas se a sociedade mineira foi das
mais abertas da colônia, essa abertura teria se dado por baixo,
pela falta – quase ausência – do grande capital e pelo seu baixo
poder de concentração. Daí o número de pequenos

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Documento 034 Documento 035 Documento 036

Escultura do caranguejo gigante é recuperada São Luís ganha escultura em alusão à lenda da Bauruzinho
na Orla serpente

O município do interior paulista decidiu que era hora de


render homenagem à fama decorrente do lanche. Em 2008,
uma escultura de fibra de vidro com quase 2 metros de altura
(...) Atração bastante visitada por turistas, a réplica do trazia um sanduíche humanoide de braços abertos para um
crustáceo foi instalada em julho de 2014 [em Aracaju]. De parque público da cidade: era o bauruzinho, desenhado pelo
acordo com o Secretário de Estado da Infraestrutura e do ilustrador Adelmo Barreira.
A escultura faz parte da entrega da reforma e revitalização do
Desenvolvimento Urbano, Valmor Barbosa, a recuperação da
Mirante da Litorânea. Ficha técnica
escultura faz parte das ações desenvolvidas em alguns TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: CARLOS HINKE/ MACHINE CULTRLOS
patrimônios públicos. “Bauruzinho” In: Edison Veiga; Kranj (Eslovênia) Monumentos inusitados pelo mundo celebram teclado,
bitcoins, sanduíche e até disco voador - BBC News Brasil, 13 abril 2019. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-47807600. Acesso em 19 fev. 2023. CRÉDITOS: CARLOS
Ficha técnica
A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) realizou, nesta HINKE/ MACHINE CULTRLOS; Edison Veiga; Kranj (Eslovênia); BBC News Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: são paulo, escultura, espaço público
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: “Escultura do caranguejo gigante é recuperada na quarta-feira (21), às 17h, a entrega da reforma e revitalização
Orla”. Infonet, o que é notícia em Sergipe. 04 de agosto de 2015. Foto: Jorge Reis/Ascom Seinfra.
Disponível
em: https://infonet.com.br/noticias/cultura/escultura-do-caranguejo-gigante-e-recuperada-na-orla/.
do Mirante da Litorânea.(...) 
Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Infonet;  Foto: Jorge Reis/Ascom Seinfra.
PALAVRAS-CHAVE: sergipe, espaço público, escultura
Localizado na Avenida Litorânea (próximo ao Hotel Blue Tree),
o mirante foi todo revitalizado recebendo praça com novos
acabamentos, novo mobiliário, escultura instagramável,
paisagismo, inserção de guarda-corpo, pintura e iluminação
com postes ao longo dos patamares e extensão do
equipamento.

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: “São Luís ganha escultura em alusão à lenda da
serpente”. O imparcial. Foto: Divulgação. Da redação, com informação do Governo do Maranhão22 de
Julho de 2021. Disponível em:
https://oimparcial.com.br/cidades/2021/07/sao-luis-ganha-escultura-em-alusao-a-lenda-da-serpente/.
Acesso em: 19fev. 2023. CRÉDITOS: O imparcial. Foto: Divulgação.  PALAVRAS-CHAVE: espaço
público, maranhão, escultura

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Documento 037 Documento 038 Documento 039

Menino da Porteira Resultado: Linguiça de Maracaju é eleita a A queda do céu


escultura mais Aesthetic de MS

A floresta está viva. Só vai morrer se os brancos insistirem em


destruí-la. Se conseguirem, os rios vão desaparecer debaixo da terra,
o chão vai se desfazer, as árvores vão murchar e as pedras vão rachar
no calor. A terra ressecada ficará vazia e silenciosa. Os espíritos
xapiri , que descem das montanhas para brincar na floresta em seus
espelhos, fugirão para muito longe. Seus pais, os xamãs, não poderão
mais chamá-los e fazê-los dançar para nos proteger. Não serão
capazes de espantar as fumaças de epidemia que nos devoram. Não
conseguirão mais conter os seres maléficos, que transformarão a
floresta num caos. Então morreremos, um atrás do outro, tanto os
brancos quanto nós. Todos os xamãs vão acabar morrendo. Quando
não houver mais nenhum deles vivo para sustentar o céu, ele vai
desabar.
Um dos monumentos mais famosos do Brasil, o Menino da Na última quarta-feira (14) o Midiamax publicou uma matéria Davi Kopenawa
Porteira completa 20 anos no mês de março. A estátua, que fazendo uma pergunta: “qual dessas estátuas é a mais
está localizada na entrada principal de Ouro Fino e chama aesthetic de MS?” seguida de várias esculturas que chamam a
atenção de todos que por ali passam, foi inaugurada em 2001, (...)
atenção dos olhos curiosos que circulam pelo Estado. O
durante as comemorações de 252 anos de Ouro Fino. A estátua embate logo foi para o Instagram e várias pessoas votaram na Quando eu era mais jovem, costumava me perguntar: ‘Será
é uma homenagem à música “O menino da Porteira”, composta enquete para eleger qual das esculturas é a que mais que os brancos possuem palavras de verdade? Será que podem
por Teddy Vieira e Luizinho, foi gravada pela primeira vez em representa a estética sul-mato-grossense. se tornar nossos amigos?’. Desde então, viajei muito entre eles
1955, pela dupla de irmãos Luizinho e Limeira. Depois de muita batalha, votos e preferências, o Midiamax para defender a floresta e aprendi a conhecer um pouco o que
finalmente chegou a um resultado nesta segunda-feira (19): a eles chamam de política. Isso me fez ficar mais desconfiado!
Ficha técnica
Linguiçona de Maracaju, eleita pela maioria dos moradores Essa política não passa de falas emaranhadas. São só palavras
TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico e Fotografia ORIGEM: TEXTO: Guilherme Vilas Boas. “Menino daqui. retorcidas daqueles que querem nossa morte para se apossar
da Porteira completa 20 anos”. Observatório de Ouro Fino, 16 de março de 2021. Foto: Prefeitura de
Ouro Fino. Disponível em:
https://observatoriodeourofino.com.br/noticias/menino-da-porteira-completa-20-anos. Acesso em: 19 de nossas terras. Em muitas ocasiões, as pessoas que as
fev. 2023.
Foto: Menino da Porteira, Ouro Fino. Foto de Adalberto Pereira.Disponível
em: https://www.flickr.com/photos/adalberto48/6365170025.  Acesso em: 19 fev. 2023. Ficha técnica proferem tentaram me enganar dizendo: ‘Sejamos amigos!
CRÉDITOS: Texto: Guilherme Vilas Boas; Foto: Adalberto Pereira.  PALAVRAS-CHAVE: minas gerais, TIPO DE DOCUMENTO: Jornal eletrônico ORIGEM: Nathália Rabelo. “Resultado: Linguiça de Maracaju
é eleita a escultura mais Aesthetic de MS”. Foto: Reprodução. Midiamax, 19/07/2021. Disponível em:
Siga o nosso caminho e nós lhe daremos dinheiro! Você terá
espaço público, escultura
https://midiamax.uol.com.br/midiamais/2021/resultado-linguica-de-maracaju-e-eleita-escultura-mais-
aesthetic-de-ms/. Acesso em: 19 fev. 2023 CRÉDITOS: Nathália Rabelo.  GLOSSÁRIO: Aesthetic:
uma casa e poderá viver na cidade, como nós!’. Eu nunca lhes
significa “estética” em inglês. No contexto citado, a palavra é utilizada para indicar uma “tendência”.
PALAVRAS-CHAVE: espaço público, escultura, mato grosso do sul dei ouvidos. Não quero me perder entre os brancos. Meu
espírito só fica mesmo tranquilo quando estou rodeado pela
beleza da floresta, junto dos meus. Na cidade, fico sempre
ansioso e impaciente. Os brancos nos chamam de ignorantes
apenas porque somos gente diferente deles. Na verdade, é o
pensamento deles que se mostra curto e obscuro. Não
consegue se expandir e se elevar, porque eles querem ignorar
a morte. (...) Para nós, a política é outra coisa. São as palavras

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de Omama e dos xapiri que ele nos deixou. São as palavras meus parentes , talvez ainda o fosse. Disse a mim mesmo: ‘ Documento 040
que escutamos no tempo dos sonhos e que preferimos, pois Hou ! Eu não sabia, mas os brancos sempre foram os mesmos,
são nossas mesmo. Os brancos não sonham tão longe quanto bem antes de eu nascer! Eles já queriam arrancar da floresta
Hitome de wakaru manga sekai manga genjō
nós. Dormem muito, mas só sonham com eles mesmos. Seu balata , castanhas-do-pará, cipós masi e peles de onça, do
chizu [Mapa ilustrado da situação mundial atual]
pensamento permanece obstruído e eles dormem como antas mesmo jeito que hoje querem lá achar ouro. É por causa dessa
ou jabutis. Por isso não conseguem entender nossas palavras. ganância que quase todos os nossos antigos morreram!’. Hoje,
Não temos leis desenhadas em peles de papel e não falo de tudo isso à toa. Jamais esqueci a tristeza e raiva que
desconhecemos as palavras de Teosi . Em compensação, senti diante da morte dos meus parentes quando era criança.
possuímos a imagem de Omama e a de seu filho, o primeiro
xamã. Elas são nossa lei e governo. Nossos antigos não tinham
Ficha técnica
livros. As palavras de Omama e as dos espíritos penetram em TIPO DE DOCUMENTO: Livro ORIGEM: KOPENAWA, Davi; Albert, Bruce. A queda do céu: palavras de
um xamã Yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, pp. 6 [epígrafe]; 390-393.
nosso pensamento com a yãkoana e o sonho. E assim CRÉDITOS: Davi Kopenawa. GLOSSÁRIO: Omama : demiurgo (deus criador) da mitologia Yanomami.
Xapiri : “espírito auxiliar” que pode ser “chamado” (invocado) pelos xamãs.
guardamos nossa lei dentro de nós, desde o primeiro tempo, Leis desenhadas em peles de papel : modo como os Yanomami designam os documentos impressos.
Teosi : palavra que vem do português “Deus”.
continuando a seguir o que Omama ensinou a nossos Yãkoana : o pó de yãkoana, fabricado a partir da resina tirada da parte interna da casca da árvore Virola
elongata, é utilizado em rituais. Segundo o livro A queda do céu, “Diz-se que, ao soprar o pó de yãkoana
antepassados. (...) nas narinas de um noviço, o xamã que o inicia lhe transmite seus espíritos xapiri com seu ‘sopro vital’” (p.
612).
É em virtude dela que não maltratamos a floresta, como fazem Parente ou familiar : Davi Kopenawa utiliza a palavra “família” em português, uma vez que esta não
existe em yanomami. “Tio”, “tia” e “avós”, segundo a explicação dada pelo livro, traduzem os termos de
os brancos. Sabemos bem que, sem árvores, nada mais parentesco yanomami xoae a, yae a, que correspondem respectivamente às posições genealógicas “irmã
da mãe”, “irmã do pai” e “avô/avó” (p. 611).
crescerá em sua terra endurecida e ardente. Comeremos o
Balata : designação comum a várias árvores da família das sapotáceas que fornecem látex e madeira
arroxeada usada na construção civil e naval.
Cipós masi : (ou cipó-titica) é uma raiz aérea de uma hemi-epífita (planta-mãe) muito coletada para
quê, então? Quem irá nos alimentar se não tivermos mais confecção de artesanatos. PALAVRAS-CHAVE: identidade, indígenas

roças nem caça? Certamente não os brancos, tão avarentos


que vão nos deixar morrer de fome. Devemos defender nossa
floresta para podermos comer mandioca e bananas quando
temos a barriga vazia, para podermos moquear macacos e
antas quando temos fome de carne. Devemos também
proteger seus rios, para podermos beber e pescar. Caso
contrário, vão nos restar apenas córregos de água lamacenta Tradução:
cobertos de peixes mortos. Antigamente, não éramos
obrigados a falar da floresta com raiva, pois não conhecíamos 1 - A Venezuela é muita rica em campos de petróleo. Os EUA e

todos esses brancos comedores de terras e de árvores. Nossos o Reino Unidos têm se enfrentado muitas vezes pela partição

pensamentos eram calmos. Estávamos apenas nossas das concessões do petróleo deste país.

próprias palavras e os cantos dos xapiri . É o que queremos 2 - A bacia amazônica é rica em recursos naturais, seu clima é

poder voltar a fazer. Não falo da floresta sem saber. (...) muito bom e está à espera de grandes empreendimentos por

Quando eu era criança, não pensava que aprenderia a língua parte dos japoneses.

do branco e menos ainda que poderia discursar entre eles! Não 3 - A cidade do Rio de Janeiro é chamada de “a Paris da

me perguntava como eram as suas cidades. Tampouco me América do Sul” e um fenômeno interessante é que, devido ao

questionava quanto a seus pensamentos ou ao que poderiam clima, ela recebe a moda parisiense meio ano antes de Nova

dizer entre eles. Eu simplesmente os temia e, assim que se Iorque receber. É uma das três cidades portuárias mais lindas

aproximavam de mim, fugia gritando! Gostava de estar na do mundo e o título de “Paris” não faz jus à beleza de suas

floresta, gostava de escutar as palavras dos meus e de paisagens.

conversar com o meu padrasto. (...) Eu era feliz assim e se os 4 - Ao contrário dos EUA, os brasileiros não possuem

brancos e suas epidemias não tivessem começado a devorar os preconceitos raciais e recebem muito bem os imigrantes
japoneses. O desenvolvimento dos japoneses que vivem no

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Brasil é impressionante e, atualmente, cerca de 300 mil Documento 041 tentaram realizar exames de sangue para definirem o grau de
japoneses têm se esforçado muito nesta terra estrangeira. aculturação ou integração dos índios.
5 - O Paraguai é o país com a maior expectativa de vida no As décadas de 1960 e 1970 ficaram marcadas pela ameaça
mundo. Lá, a cada milhão de pessoas, 250 possuem mais de As contribuições dos povos indígenas para o iminente de desaparecimento dos povos indígenas no Brasil,
cem anos de idade. Como comparação, na Alemanha, este desenvolvimento da ciência no Brasil quando a população chegou a menos de 70 mil pessoas. A
número é de uma pessoa, na França é de cinco e na Inglaterra partir dos anos 1970 os povos indígenas começam a ser vistos
é de onze. por outra perspectiva, como sujeitos e protagonistas de suas
6 - Buenos Aires é a única metrópole Argentina comparável à No território hoje conhecido como Brasil estima-se que viviam histórias, destinos e direitos. Em 2000, dados do Censo
cidade do Rio, e é o centro cultural da América do Sul. mais de 12 milhões de indígenas, de mais de 1.600 povos ou Demográfico surpreenderam a todos, revelando uma
7 - Revoluções são eventos que acontecem quase que etnias e mais de 1.400 línguas faladas. (...) A necessidade de população de 734.127 autodeclarados indígenas, mais do que
anualmente nos países da América do Sul e, recentemente encontrar justificativas civilizatórias, morais e religiosas para o dobro identificado em 1991, de 294.131. Em 2020 a
ocorreram distúrbios revolucionários no Chile também. exterminar os nativos levou os colonizadores a população indígena havia alcançado 1,1 milhão de pessoas.
8 - Através da rota sul-americana, navios cargueiros japoneses instrumentalizarem fundamentos cristãos etnocêntricos, ora Mas a concepção desenvolvimentista que vê os índios como
retornam carregados do famoso nitrato de potássio chileno os desumanizando, ora inferiorizando suas culturas, línguas e estorvo, empecilho e obstáculo permanece viva. (...)
(salitre). A produção de nitrato de potássio naquele país é a saberes, propagando ideias preconceituosas de práticas que Crescem ameaças institucionais no Congresso Nacional, por
maior do mundo. seriam bárbaras e anticristãs, tais como pagãos, antropófagos, meio de projetos de leis denominados de ”pacote da morte”.
9 - Analistas vêm dizendo que o início de uma guerra por parte canibais, degredados, degenerados e outras. Tais estereótipos São dois projetos de leis, um que trata do Marco Temporal para
do Japão é um destino inevitável. A atenção de todo o mundo passaram a justificar a escravidão, as ”guerras justas”, os as demarcações de terras indígenas e outro que trata da
está voltada para os equipamentos bélicos que as duas massacres, o genocídio de milhões de pessoas. abertura de terras indígenas para a exploração mineral. O
potências têm instalado no Pacífico. Recentemente, em maio (...) Marco Temporal põe em jogo o reconhecimento do mais
deste ano, os EUA realizaram um grande exercício naval O modelo de política indigenista no Brasil sofre desde sua fundamental dos direitos humanos dos povos indígenas: o
conjunto entre suas frotas do Pacífico e do Atlântico no qual o origem profundas contradições: enquanto se propunha a direito à terra. De um lado, a chamada tese do Indigenato, uma
Japão foi tratado como uma nação inimiga e o Almirante Pratt, respeitar as terras e a cultura indígena, agia buscando integrar tradição legislativa que vem desde o período colonial,
chefe de operações navais da marinha estadunidense, ordenou e assimilar os indígenas, transferindo e liberando seus reconhece o direito dos povos indígenas sobre suas terras
que toda a frota do Atlântico ficasse estacionada na costa do territórios para colonização, ao mesmo tempo em que como um direito originário, ou seja, anterior ao próprio Estado.
Pacífico, efetivamente fundindo-a com a frota do Pacífico. reprimia práticas tradicionais, as línguas indígenas e impunha A Constituição Federal de 1988 segue essa tradição e garante
Alguém será capaz de afirmar que tais preparações não são uma pedagogia racista que devorou saberes, culturas e valores aos indígenas ”os direitos originários sobre as terras que
contra o Japão? indígenas. tradicionalmente ocupam”. Do outro lado, há uma proposta
10 - As locomotivas do Equador rodam queimando lenha ao Em 1973 foi criado o Estatuto do Índio através da Lei no 6.001 restritiva que pretende limitar os direitos dos povos indígenas
invés de carvão mineral. que passou a regular a situação jurídica dos indígenas, às suas terras ao reinterpretar a Constituição com base na tese
11 - O México é famoso por suas minas que representam seis reafirmando a ideologia civilizacionalista e assimilacionista. do ”Marco Temporal”, afirmando que os povos indígenas só
décimos da produção mundial de prata e por sua constante As políticas adotadas pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) teriam direito à demarcação das terras que estivessem sob
turbulência política. e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) foram fortemente suas posses no dia 05 de outubro de 1988 (dia da promulgação
marcadas pela ideia de incapacidade dos índios. da atual Constituição Federal), ou que naquela data estivessem
Ao mesmo tempo em que o Estado reafirmava a incapacidade sob disputa física ou judicial comprovada.
indígena, surgiam tentativas de extinção dos índios para fins
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Recorte de Mapa OBSERVAÇÃO: Agradecemos ao professor Felipe Ferrari, Os povos indígenas consideram a tese injusta e perversa, pois
professor da Universidade de Yokkaichi, Japão, pela tradução do mapa. ORIGEM: Shishido, Sakō & de apropriação de suas terras. O Estado brasileiro buscou legaliza e legitima as violências a que foram submetidos até a
Kon, Wajrō & Shishido, Sagyō, Sakō & ����. (1932). Hitome de wakaru manga sekai manga genjō chizu.
Tokyo : Shinchōsha, Shōwa 7. Biblioteca Nacional da Austrália. Disponível em:
várias artimanhas para perseguir este objetivo. Uma das mais promulgação da Constituição Federal de 1988, em especial
http://nla.gov.au/nla.obj-359512647. Acesso em: 14 mai. 2023. CRÉDITOS: Shishido, Sakō & Kon,
Wajrō & Shishido, Sagyō, Sakō & ����. PALAVRAS-CHAVE: japão, américa do sul, cartografia conhecidas foi a tentativa de definição de critérios de durante a ditadura militar e que suas histórias, vidas e
indianidade para estabelecer quem era índio e quem deveria existências não começam em 1988. A tese ignora o fato que até
deixar de ser índio através de um procedimento 1988 os povos indígenas eram tutelados do Estado e não
administrativo. Houve agentes públicos e intelectuais que

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tinham autonomia para lutar juridicamente por seus direitos. Documento 042 Nascemos já com uma bênção
O próprio Estado aplicou artimanhas de pressão, opressão e Mas isso não é desculpa
violência para expulsar e deslocar povos indígenas de suas Pela má distribuição
terras tradicionais. Até Quando Esperar
O PL 191/2020 visa regulamentar a exploração mineral, Tanta riqueza por aí
madeireira, hídrica e agropecuária em terras indígenas. Onde é que está? Cadê sua fração?
Atualmente, mesmo com a mineração proibida em terras Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção Até quando esperar a plebe ajoelhar?
indígenas em muitas delas, há inúmeras invasões de
Mas isso não é desculpa Esperando a ajuda de Deus
garimpeiros que praticam atividades de mineração de forma
Pela má distribuição Até quando esperar a plebe ajoelhar?
ilegal, violenta e criminosa, sob a omissão, conivência ou
Esperando a ajuda do divino Deus
mesmo apoio e incentivo explícito do governo.
Com tanta riqueza por aí
Onde é que está? Cadê sua fração?
Ficha técnica Com tanta riqueza por aí
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: Adaptado de: BANIWA, Gersem. As contribuições
dos povos indígenas para o desenvolvimento da ciência no Brasil: os povos originários colaboram de Onde é que está? Cadê sua fração?
diversas formas com a sociedade brasileira desde a chegada dos portugueses até os dias de hoje. Cienc.
Cult. [online]. 2022, vol.74, n.3. Disponível em: Ficha técnica
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252022000300011&script=sci_arttext&tlng=pt.
Acesso em: 18 fev. 2023. CRÉDITOS: Gersem Baniwa PALAVRAS-CHAVE: legislação, indígenas,
Até quando esperar? TIPO DE DOCUMENTO: Música ORIGEM: LP/CD: O CONCRETO JÁ RACHOU
marco temporal Gravadora: Coronado/EMI-Odeon
Ano: 1985
E cadê a esmola
Compositores: Philippe Seabra/André X/Gutje
Artistas: Plebe Rude CRÉDITOS: Compositores: Philippe Seabra/André X/Gutje
Que nós damos sem perceber? Artistas: Plebe Rude PALAVRAS-CHAVE: brasil republicano, história da música

Que aquele abençoado


Poderia ter sido você

Com tanta riqueza por aí


Onde é que está? Cadê sua fração?
Com tanta riqueza por aí
Onde é que está? Cadê sua fração?

Até quando esperar a plebe ajoelhar


Esperando a ajuda de Deus?
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus

Posso
Vigiar teu carro?
Te pedir trocados?
Engraxar seus sapatos?

Posso?
Vigiar teu carro?
Te pedir trocados?
Engraxar seus sapatos?

Sei, não é nossa culpa

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Documento 043a Documento 043b Documento 043c

A terra da gente (capa) A terra da gente (págs. 6-7) A terra da gente (encarte págs. 2-3)

Para visualizar a imagem ampliada clique no botão direito Para visualizar a imagem ampliada clique no botão direito de
de seu mouse e selecione: ”Abrir a imagem em uma nova guia”. seu mouse e selecione: ”Abrir a imagem em uma nova guia”.
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro Didático ORIGEM: ISSLER, Bernardo. A terra da gente – 1º livro de
Ficha técnica
“Estudos Sociais” para o curso primário. São Paulo: Abril Cultural, 1969, capa. CRÉDITOS: Bernardo
Issler. PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, livro didático, história da educação TIPO DE DOCUMENTO: Livro Didático ORIGEM: ISSLER, Bernardo. A terra da gente – 1º livro de
Ficha técnica “Estudos Sociais” para o curso primário. São Paulo: Abril Cultural, 1969, encarte p. 2-3.
TIPO DE DOCUMENTO: Livro Didático ORIGEM: ISSLER, Bernardo. A terra da gente – 1º livro de CRÉDITOS: Bernardo Issler. PALAVRAS-CHAVE: história da educação, ensino de história, livro
“Estudos Sociais” para o curso primário. São Paulo: Abril Cultural, 1969, p. 6-7. CRÉDITOS: Bernardo didático
Issler. PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, história da educação, livro didático

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Documento 043d Documento 044 baixo, sorrindo, você tem a mão muito pesada, vou ter que
ficar de olho em você ou vai acabar estragando o meu serviço.
A terra da gente (encarte págs. 4-5) Depois se dirigiu a Pereira e disse: Dr. Pereira, como já disse,
Afirma Pereira: um testemunho não temos nada contra o senhor, só viemos dar uma liçãozinha
num jovem que está em sua casa, uma pessoa que anda
precisando de uma liçãozinha porque já não conhece os
Quando Pereira chegou em casa, não viu Monteiro Rossi de valores da Pátria, perdeu-os por aí, o pobrezinho, e nós viemos
imediato e ficou alarmado, afirma. Mas Monteiro Rossi estava mostrar-lhe como encontrá-los novamente. (...) Então me
no banheiro fazendo sua higiene. Estou me barbeando, doutor deixe telefonar para a polícia, insistiu Pereira, eles que
Pereira, gritou Monteiro Rossi, estarei com o senhor em cinco venham e que o levem à delegacia, lá é que se fazem os
minutos. (...) Monteiro Rossi chegou (...) Resolvi preparar um interrogatórios, e não num apartamento. (...) Vamos lá, doutor
prato italiano, disse Pereira (...) Pereira acendeu as velas e Pereira, prosseguiu o magricela baixo, o homem é o que é, o
serviu a massa (...) senhor sabe disso muito bem, e se um homem encontra um
(…) Naquele instante ouviram bater à porta. Eram pancadas belo rapaz, loiro (...) E depois com um tom duro e decidido,
firmes, como se quisessem arrombá-la. (...) Quem é?, retomou: vamos ter que revirar a casa toda, ou o senhor
perguntou Pereira levantando-se, o que querem? Abram, prefere entrar em acordo? Está lá dentro, respondeu Pereira,
polícia, abram a porta ou vamos arrombá-la a tiros. (…) no escritório ou no quarto. O magricela baixo deu as ordens
Monteiro Rossi recuou num ímpeto para os quartos, teve força aos dois brutamontes. (...) eu quero ligar para a polícia, repetiu
de dizer apenas: os documentos, doutor Pereira, esconda os Pereira.  A polícia, sorriu o magricela baixo, mas a polícia sou
documentos. Já estão em lugar seguro, tranquilizou-o Pereira, eu, doutor Pereira, ou ao menos estou fazendo as vezes dela,
Para visualizar a imagem ampliada clique no botão direito de e foi para a entrada abrir a porta. porque mesmo a nossa polícia à noite dorme, sabe?, a nossa é
seu mouse e selecione: ”Abrir a imagem em uma nova guia”. uma polícia que nos protege todo santo dia, mas à noite vai
Afirma Pereira que eram três homens vestidos com roupas dormir porque está exausta, mesmo com todos os malfeitores
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Livro Didático ORIGEM: ISSLER, Bernardo. A terra da gente – 1º livro de
civis e armados de pistolas. O primeiro a entrar foi um que há por aí, com todas as pessoas como o seu hóspede, que
“Estudos Sociais” para o curso primário. São Paulo: Abril Cultural, 1969, encarte p. 4-5.
CRÉDITOS: Bernardo Issler. PALAVRAS-CHAVE: história da educação, ensino de história, livro
magricela baixo com uns bigodinhos e um cavanhaque perderam o sentido da pátria, mas me diga, doutor Pereira por
didático
castanho. Polícia política, disse o magricela baixo com ar de que foi se meter nessa embrulhada ? Não me meti em
quem mandava, temos que revistar o apartamento, estamos embrulhada nenhuma, respondeu Pereira, simplesmente
procurando uma pessoa. Mostre-me sua credencial, opôs-se contratei um estagiário para o [jornal] Lisboa (...)
Pereira. (…) Um dos homens apontou a pistola para a boca de
Pereira e sussurrou: que tal essa credencial, gordalhão? Pereira afirma que nesse instante se levantou da cadeira.
Vamos lá, rapazes, disse o magricela baixo, não tratem assim o Havia-se sentado porque sentia o coração batendo disparado,
doutor Pereira, ele é um bom jornalista, escreve no jornal de mas àquela altura se levantou e disse: ouvi uns gritos, quero
todo o respeito (...), alinhado com as boas posições. E depois ver o que está acontecendo no meu quarto. O magricela baixo
prosseguiu: ouça, doutor Pereira, não nos faça perder tempo apontou-lhe a pistola. Se eu fosse o senhor, não faria isso,
(…) sabemos que o senhor nada tem a ver com isso, o senhor é doutor Pereira, disse, meus homens estão fazendo um trabalho
uma boa pessoa, simplesmente não percebeu com quem delicado e seria desagradável para o senhor ficar assistindo
estava lidando, o senhor deu trela para um tipo suspeito (...). O (...) Quero telefonar para o diretor, insistiu Pereira, deixa eu
magricela baixo dirigiu-se novamente aos dois brutamontes telefonar para o diretor. O magricela baixo deu um sorriso
com um sorrizinho e disse: o dono da casa é teimoso, rapazes, irônico. Seu diretor agora está dormindo, retrucou, talvez
o que será preciso fazer para convencê-lo? O homem que esteja dormindo abraçado a uma bela mulher, sabe?, seu
apontava a pistola para Pereira deu-lhe uma enérgica diretor é um homem de verdade, doutor Pereira, ele tem
bofetada, e Pereira cambaleou. (...) Fonseca, disse o magricela

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colhão, não é como o senhor (…) Pereira inclinou-se para frente Pereira tomou seu pulso, mas nas veias de Monteiro Rossi a Documento 045
e deu-lhe um tapa. O magricela baixo, num pulo, atingiu-o com vida já não corria. Fechou aqueles olhos claros arregalados e
sua pistola, e Pereira começou a sangrar pela boca. Não cobriu seu rosto com a toalha. Depois esticou as pernas dele, O integralismo literário de Plínio Salgado e o
deveria ter feito isso, doutor Pereira, disse o homem, para não deixá-lo daquele jeito encolhido, esticou-as como salazarismo
disseram-me para ter respeito com o senhor, mas tudo tem devem estar esticados as pernas de um morto. E pensou que
limite, se o senhor é um imbecil que recebe subversivos em teria de ser rápido, muito rápido, pois já não restava muito
sua casa, a culpa não é minha (...). tempo, afirma Pereira. Em outubro de 1932, o escritor e jornalista Plínio Salgado
divulgou o Manifesto de Outubro, propondo a formação de um
Pereira afirma que àquela altura ouviu mais um grito abafado e grande movimento nacional em torno da Ação Integralista
Ficha técnica
que se lançou contra a porta do escritório. Mas o magricela TIPO DE DOCUMENTO: Literatura ORIGEM: TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Brasileira. Com uma organização liderada [por ele mesmo],
baixo pulou à sua frente deu-lhe um empurrão. (…) Ouça, Paulo: Estação Liberdade, 2021, p. 141-148. CRÉDITOS: Antonio Tabucchi. 
que era colocado como Chefe Nacional do movimento, todos os
GLOSSÁRIO: Embrulhada : confusão, atrapalhação. PALAVRAS-CHAVE: história contemporêanea,
doutor Pereira, disse o magicela baixo, não me obrigue a usar a literatura
demais membros tinham que jurar obediência às suas ordens,
pistola, eu tenho uma vontade enorme de meter-lhe uma bala sem discussão. A AIB mantinha uma organização paramilitar e
na garganta ou então no coração, que é seu ponto fraco, mas utilizava diversos elementos identificadores, como o uso
não vou fazer isso porque não queremos mortos aqui, viemos obrigatório de uniforme (camisa-verde), a adoção da letra
somente dar uma lição de patriotismo, e também para o senhor grega Sigma (�) como símbolo do movimento (...).
um pouco de patriotismo não seria de todo mal, visto que no O integralismo através de um forte discurso com uma sólida
seu jornal o senhor só faz é publicar escritores franceses. (...). base cristã, canalizava para a ação política as angústias e
O senhor é uma pessoa vulgar, disse Pereira. Vulgar, mas temores dos setores médios, constituindo-se como
patriótica, respondeu o homem, não sou como senhor, doutor instrumento de sua incorporação ao processo político.
Pereira, que busca cumplicidade dos escritores franceses. A aproximação que Salgado passou a buscar [com a política
salazarista] não está limitada à semelhança do lema
Naquele momento os dois brutamonte abriram a porta. (...) O
integralista: Deus, Pátria e Família com o lema do regime
rapaz não queria falar, disseram, demos uma lição nele, mas
salazarista: Deus, Pátria, Autoridade e Família. A ligação que
tivemos de usar força, é melhor darmos o fora. Fizeram algum
pode ser observada ocorreu principalmente em torno da
desastre?, perguntou o magricela baixo. Não sei, respondeu o
confiança que a Igreja depositou em Salazar. Percebe-se que
que se chamava Fonseca, acho melhor irmos embora. E
Salgado buscou o mesmo, para que no regresso ao Brasil, o
precipitou-se até a porta, seguido por seu colega. Ouça, doutor
poder fosse alcançado, sob a tutela eclesiástica.
Pereira, disse o magricela baixo, o senhor nunca nos viu nesta
casa, não banque o esperto, deixe para lá suas amizades,
lembre-se de que esta foi uma visita de cortesia, porque da Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto Acadêmico ORIGEM: Adaptado de: GONÇALVES, Leandro Pereira. O
próxima vez poderemos voltar por sua causa. Pereira trancou integralismo literário de Plínio Salgado e o salazarismo. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História –
ANPUH. São Paulo, julho 2011. Disponível
a porta ficou ouvindo enquanto desciam as escadas, afirma. em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1293981361_ARQUIVO_OintegralismoliterariodePlinioSalgadoeosal
Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Leandro Pereira Gonçalves PALAVRAS-CHAVE: salazarismo,
Depois correu para o quarto encontrou Monteiro Rossi jogado integralismo, brasil republicano

de costas no tapete. Pereira deu-lhe um tapinha e disse:


Monteiro Rossi, coragem, já passou. Mas Monteiro Rossi não
deu sinal de vida. Então Pereira foi ao banheiro, encharcou
uma toalha e passou-a no rosto do rapaz. Monteiro Rossi,
repetiu, acabou, foram embora, acorde. Só naquele instante
percebeu que a toalha estava ensopada de sangue e viu que os
cabelos de Monteiro Rossi estavam cheios de sangue. Monteiro
Rossi estava de olhos arregalados e fitava o teto. (...) Então

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Documento 046 Documento 047 achar, ou mostrando-a a alguma pessoa, haja aquella pena,
que haveria o que a fez.
Acendedores de lampião Ordenações Filipinas de 1603 E o que fez tal scripto, ou carta, ou trovas de maldizer,
mandamos, que haja maior pena da que merecia, se
publicamente e em presença daquele, que doesta , ou diffama,
o dissesse, havendo-se respeito à qualidade das palavras e
diffamação, e das pessoas, contra quem os taes scriptos, ou
trovas são feitas, o que queremos, que seja gravemente
castigado.

TITULO LXXXV.
Dos Mexeriqueiros.
Por se evitarem os inconvenientes, que dos mexericos nascem,
mandamos, que se alguma pessoa disser à outra, que outrem
disse mal dele, haja a mesma pena, assi civil, como crime, que
mereceria, se ele mesmo lhe dissesse aquellas palavras, que
Ficha técnica
diz, que o outro terceiro delle disse, posto que queira provar
TIPO DE DOCUMENTO: Fotografia ORIGEM: CALEGARI, Virgílio. Acendedores de lampião. Porto que o outro disse.
Alegre/RS c. 1900-1910. Disponível em:
https://prati.com.br/porto-alegre/porto-alegre-acendedores-de-lampioes-final-seculo-xix.html. Acesso
em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Virgílio Calegari. PALAVRAS-CHAVE: fotografia, história do trabalho

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Documento legal ORIGEM: Ordenações Filipinas, Livro 5, Títulos LXXXIV e
LXXXV. Edição de Cândido Mendes de Almeida, Rio de Janeiro de 1870 [1603], p. 1232-1233. Disponível
em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/242733. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: Cândido

Transcrição
Mendes de Almeida. GLOSSÁRIO: Rompa : de romper, rasgar.
Doesta : de doestar, infamar PALAVRAS-CHAVE: história do direito, legislação

Título LXXXIV
Das Cartas Diffamatórias.
Por quanto alguns scriptos de trovas e outras cartas de
maldizer se lanção em alguns lugares, para se darem ou
dizerem àquelles, de que desejão diffamar, mandamos, que se
algum tal scripto achar aberto, e o ler, que logo o rompa de tal
maneira, que se não possa ler, sem mais fallar, nem publicar o
que nelle achou.
E publicando-o, ou mostrando-o, ou falando nisso com alguma
pessoa, mandamos, que haja a pena, que haveria o que fez.

E se o tal scrpito, ou carta, que assi achar, for cerrada, e não


tiver sobscripto, a abra, e se vir que he de maldizer, logo a
rompa.
E se fôr de outras cousas, pode-a dar a quem vir que vem
enviada.
E publicando o dito scripto, ou carta de maldizer, que assi

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Documento 048 Documento 049 Documento 050

Que horas ela volta? Impressões Rebeldes Revolta indígena no aldeamento de Reritiba
Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Trailer ORIGEM: Título: Que horas ela volta?
Roteiro: Anna Muylaert
Direção: Anna Muylaert
Produção: Anna Muylaert, Débora Ivanov, Caio Gullane, Fabiano Gullane
Ano: 2015 CRÉDITOS: Roteiro: Anna Muylaert
Direção: Anna Muylaert
Produção: Anna Muylaert, Débora Ivanov, Caio Gullane, Fabiano Gullane PALAVRAS-CHAVE: história
do trabalho, cinema nacional, história das mulheres

Ficha técnica Ficha técnica


TIPO DE DOCUMENTO: Site ORIGEM: Impressões rebeldes – Documentos, palavras e ações que TIPO DE DOCUMENTO: Site ORIGEM: “Revolta indígena no aldeamento de Reritiba”. Impressões
forjaram a história dos protestos no Brasil. UFF. Disponível em: rebeldes – Documentos, palavras e ações que fjaram a história dos protestos no Brasil.UFF. Disponível
https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/. Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: UFF em: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/revolta/revolta-indigena-na-aldeia-de-reritiba-e-
PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, mídias digitais, ferramentas de pesquisa fundacao-da-comunidade-de-orobo/ Acesso em: 19 fev. 2023. CRÉDITOS: UFF
PALAVRAS-CHAVE: mídias digitais, ensino de história, ferramentas de pesquisa

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Documento 051 Documento 052 Documento 053

Inconfidência Baiana Quilombo de Macaé Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional


dos Desportos

Ficha técnica Ficha técnica


TIPO DE DOCUMENTO: Site ORIGEM: “Inconfidência Baiana”. Impressões rebeldes – Documentos, TIPO DE DOCUMENTO: Site ORIGEM: “Quilombo de Macaé”. Impressões rebeldes – Documentos,
palavras e ações que fjaram a história dos protestos no Brasil. UFF. Disponível em: palavras e ações que fjaram a história dos protestos no Brasil. UFF. Disponível em:
https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/revolta/inconfidencia-baiana/. Acesso em: 19 fev. 2023. https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/revolta/quilombo-de-macae/. Acesso em: 19 fev. 2023.
CRÉDITOS: UFF PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, ferramentas de pesquisa, mídias digitais CRÉDITOS: UFF PALAVRAS-CHAVE: ensino de história, ferramentas de pesquisa, mídias digitais

Transcrição:
GP/CND-1
Ao Conselho Nacional de Desportos
Dep. Falcão
Preocupa-me a reiterada contratação de futebolistas
brasileiros por clubes estrangeiros. Desejam, agora,
“importar”, também, o Pelé. Cumpre evitar tal processo de
enfraquecimento da seleção campeã do mundo. A
“exportação” de nossos atletas não nos interessa. Aguardo
providências.
J. Quadros
10.4.61

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Bilhete ORIGEM: Bilhete de Jânio Quadros ao Conselho Nacional dos
Desportos Foto: Acervo do Arquivo Público Mineiro - Fundo José Aparecido de Oliveira. Disponível em:
https://ge.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/noticia/pele-tesouro-nacional-o-dia-em-
que-janio-quadros-quis-proibir-o-rei-de-deixar-o-brasil.ghtml. Acesso em 17 fev. 2023.
CRÉDITOS:  Jânio Quadros;  Acervo do Arquivo Público Mineiro - Fundo José Aparecido de Oliveira. 
PALAVRAS-CHAVE: história do futebol, brasil contemporâneo

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Documento 054 Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Escritura e desenho sobre mapa OBSERVAÇÃO: Agradecemos Denilson
Baniwa por gentilmente ceder a imagem para uso na ONHB.
A ONHB tem autorização para a utilização em sua prova e não se responsabiliza por utilização indevida,
cabendo a quem pretender reproduzir o material entrar em contato com o detentor de direitos legais
sobre o documento.
A Comissão Organizadora realizou a atualização do nome deste documento, em 24/05/2023 às 17:30, a
fim de corrigir um erro que constava no site de que a imagem foi retirada. O nome da obra é ”Não há
cartografia” e não ”Não existe cartografia” como constava. Informamos que a correção no título da obra
(de ”existe” para ”há”) não afeta a realização da questão e da tarefa sob nenhum aspecto.
ORIGEM: Denilson Baniwa, Não há cartografia no mundo dos pajés, 2020. Escritura e desenho sobre
mapa do século 17, 29 x 31 cm. Coleção do artista, Niterói, Rio de Janeiro. Disponível em:
https://select.art.br/para-decolonizar-a-brasiliana/ CRÉDITOS: Denilson Baniwa TÉCNICA: Escritura
e desenho sobre mapa do século 17 DIMENSÕES: 29 x 31 cm PALAVRAS-CHAVE: história da arte,
cartografia, indígenas

Não há cartografia no mundo dos pajés

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