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GEO-HISTÓRIA
Conteúdo programático previsto no edital.

RAIO-X DO CONTEÚDO
INCIDÊNCIA FONTE DAS PROBABILIDADE
EM PROVAS QUESTÕES DE EXIGÊNCIA
HISTÓRIA E
ALTA 99%
GEOGRAFIA

O QUE PRIORIZAR NA RETA FINAL


FORMAÇÃO ECONÔMICA DE GOIÁS:
✓ Domine o assunto mineração no século XVIII (Bandeirantes, auge e declínio).
✓ Saiba sobre a construção de Goiânia.
✓ Saiba sobre a construção de Brasília.
✓ Personagens históricos muito cobrados: Anhanguera e Pedro Ludovico.
ASPECTOS FÍSICOS DO TERRITÓRIO GOIANO:
✓ Domine o assunto vegetação, especialmente, características do Cerrado.
✓ Conheça sobre a hidrografia (O território goiano é banhado por rios que inte-
gram três grandes bacias hidrográficas brasileiras: a do Tocantins/Araguaia, a
do São Francisco e a do Paraná).
✓ Saiba sobre o clima (O clima em Goiás é o TROPICAL, que se resume a verões
chuvosos e invernos secos)
✓ Conheça o relevo. Conheça o ponto mais alto: Serra do Pouso Alto (Chapada
dos Veadeiros).
ASPECTOS DA HISTÓRIA POLÍTICA DE GOIÁS:
✓ Conheça o assunto coronelismo e oligarquia na República Velha.
✓ Domine a Revolução de 1930 (Muito cobrado).
✓ Personagens históricos muito cobrados: Família Bulhões, Família Caiado e
Mauro Borges.
ASPECTOS DA HISTÓRIA SOCIOCULTURAL DE GOIÁS:
✓ Saiba sobre os grupos indígenas.
✓ Saiba sobre o processo de escravidão e cultura negra.
✓ Domine os movimentos sociais no campo e a cultura popular goiana.
✓ Saiba os principais aspectos da cavalhadas, congadas e festa do divino de
trindade.

TÉCNICA QLT
QUESTÕES
QUANTIDADE MÍNIMA 20 QUESTÕES
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LEI SECA
ARTIGOS: SEM INDICAÇÃO
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FILTRO DO ASSUNTO
SEM INDICAÇÃO
(LEGISLAÇÃO ATUALIZADA)

TEORIA
Após resolver as questões indicadas e ler a lei seca (Caso o assunto tenha
artigos) você deve iniciar o estudo da teoria! Este material já é um RESUMO,
desta forma, você não precisa resumir ele escrevendo. Solicito apenas que
complemente escrevendo ou digitando informações não presentes neste crono-
grama visando complementá-lo.

TEORIA (VERSÃO RESUMO)

1.1. FORMAÇÃO ECONÔMICA DE GOIÁS: A MINERAÇÃO NO SÉCULO XVIII;

BANDEIRAS ENTRADAS
Iniciativa PRIVADA Organizadas pelo GOVERNO
Visavam lucro imediato Não visavam lucro imediato
Partiam da Capitania de São Vicente Partiam das Capitanias da Bahia e de
(hoje São Paulo) Pernambuco
Prospecção e apresamento Apenas prospecção
Não respeitavam os limites de Tordesi- Respeitavam os limites de Tordesilhas
lhas

BANDEIRANTISMO BANDEIRANTISMO
PROSPECTOR APRESADOR
Essas expedições eram realizadas Esse mecanismo foi empreendido para apri-
para a busca de metais e pedras sionar (alguns autores usam expressões
preciosas. como aprear, apresar ou mesmo cativar) os
indígenas.
Os governadores da metrópole or- Os indígenas capturados eram vendidos para
ganizaram diversas expedições que as regiões açucareiras, mas eram, sobretudo,
foram chamadas de Entradas. empregados nas plantações dos colonos pau-
listas.

SERTANISMO DE CONTRATO DESCIDAS


As autoridades de São Paulo contra- As descidas eram expedições realizadas pe-
taram bandeirantes para combater los jesuítas ao interior do Brasil com o
tribos indígenas hostis e quilombos objetivo de convencer os indígenas dessa
de escravos, em razão de sua expe- região a migrarem para regiões próximas
riência nas viagens pelo sertão e na das suas missões ou reduções, visando faci-
habilidade par atacar e escravizar os litar o trabalho de catequização.
indígenas.

ATENÇÃO: A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacio-


nados a esse desbravamento, o desbravamento de Goiás deveu-se à ação dos
bandeirantes que, a partir de São Paulo, embrenharam-se pelos denominados ser-
tões em busca de, além de ouro e pedras preciosas, índios para serem escravizados.

B) BANDEIRA DO ANHANGUERA FILHO (BARTOLOMEU BUENO DA SILVA FI-


LHO):

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Muitos dizem que o descobridor de Goiás foi ANHANGUERA FILHO. Isso não signi-
fica que ele foi o primeiro a vir a Goiás, mas sim que ele foi o primeiro a chegar à
região com intenção de se fixar. A história narra que pelo menos 14 bandeiras esti-
veram nessas terras antes dele.

Em 03/07/1722, ANHANGUERA FILHO partiu de São Paulo, com 500 homens, 39


cavalos, 152 armas e 2 religiosos. A bandeira durou 3 anos, 2 meses e 18 dias. A
bandeira enfrentou muitas dificuldades pelo caminho: fome, confrontos com índios,
desentendimentos entre os companheiros, doenças e mortes. ANHANGUERA FILHO
afirmava que preferia morrer ali a voltar a São Paulo sem o ouro que procurava.

Quando finalmente chegou à terra dos Goyazes estava acompanhado de apenas


80 homens. A maioria havia morrido, Vale destacar que ricas minas foram en-
contradas e Anhanguera Filho retornou a São Paulo levando uma arroba (15
kg) de ouro para provar a descoberta.

Em 1726, D. Rodrigo César de Menezes, governador da Capitania de São Vicente,


manda Anhanguera Filho de volta a Goiás, com o título de Superintendente das
Minas, para iniciar o POVOAMENTO, quando foi fundado o ARRAIAL DE SAN-
TANA.

ATENÇÃO: Em 1739, o Arraial de Santana foi elevado à condição de Vila (Vila Boa
de Goiás).

ATENÇÃO: D. MARCOS DE NORONHA, O CONDE DOS ARCOS, PRIMEIRO GO-


VERNADOR DE GOIÁS.

• SISTEMA DAS DATAS:

FORMAS DE “IMPOSTOS” OU
INTERVENÇÃO DO GOVERNO
O Imposto típico da mineração era o quinto (20%), previsto já
nas Ordenações Filipinas, instituídas em 1603. O quinto nada
mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e
correspondia a 20% ou 1/5 de todo ouro encontrado na colônia.
Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição, para onde todo
QUINTO o ouro extraído deveria ser levado, derretido e colocado em for-
mas denominadas quinteiros. No fundo da forma havia uma
espécie de brasão real que ficava impresso na barrinha de ouro
depois de solidificada. Para aprimorar a arrecadação e evitar a
sonegação, em 1720 foram instituídas as casas de fundição jun-
tamente com uma lei que proibia a circulação de ouro em pó,
além da delação premiada. Essa medida gerou descontenta-
mento entre os mineradores que se rebelaram, em Vila Rica
(MG), sob a liderança de FILIPE DOS SANTOS, vale destacar
que foi enforcado e esquartejado.
Era quase impossível fiscalizar devido às grandes distâncias. Para
SISTEMA DE combater a sonegação e partindo da ideia que era mais difícil ao
CAPITAÇÃO minerador esconder o escravo que o ouro extraído, de 1736 até
1751 partiu-se para o sistema de capitação, em que o imposto
era cobrado na forma de um valor fixo por cabeça de escravo.
Em 1751, retornou-se ao sistema de cobrança do quinto nas Ca-
VOLTA DAS sas de Fundição. Dessa vez, porém, houve a instalação, pelo
CASAS DE governador D. Marcos de Noronha, da primeira Casa de Fundição
FUNDIÇÃO em Vila Boa, no ano de 1752. Em 1754, ao norte da Capitania,

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em São Félix, foi instalada uma segunda Casa de Fundição, trans-
ferida para Cavalcante, em 1796, e, extinta, em 1807.

OBS: Com a decadência da Mineração, a economia goiana no século XVIII e XIX


passou a se dedicar mais às atividades ligadas à pecuária e agricultura.

REVISÃO PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS


No século XVI Iniciaram as primeiras bandeiras e entradas em busca do ouro e
aprisionamento do índio
Em 1722 o bandeirante, Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o Anhanguera Filho,
acha a primeira jazida de ouro em Goyaz;
O Anhanguera funda o Arraial de Santana, que originou Vila Boa e hoje é a cidade
de Goiás;
O Primeiro Governador – Conde D`Arcos (paulista);
O ouro é de aluvião
Por volta de 1778 tem início a decadência da mineração. Há uma queda da popu-
lação urbana com uma caída gradual do número de escravos, devido a crise do
ouro

ATENÇÃO: Em dezembro de 2001, a Unesco concedeu à cidade de Goiás o título


de Patrimônio Histórico da Humanidade, reconhecendo que a respectiva memória,
cultura e arquitetura constituem características únicas representativas do passado
colonial, bem como são testemunha das experiências coletivas e individuais partilha-
das por uma mesma cultura.

• POVOS INDÍGENAS:

COLONIZADORES X ÍNDIOS
Na época da descoberta, eram numerosas as tribos indígenas que viviam em Goiás,
cobrindo todo o seu território. Silva e Souza enumeram, em 1809, vinte povos
vivendo no território e afirma que certamente deveria haver outros isolados. Em
meio aos povos que habitaram Goiás podemos citar:
GOYÁ, CAIAPÓS, XAVANTES, CRIXÁS, ARAÉS, CANOEIROS, APINAGÉS, CA-
PEPUXIS, COROÁ-MIRIM, TEMIMBÓS, XERENTES, TAPI RAPÉS, CARAJÁS,
GRADUAIS, TESSEMEDUS, AMADUS, GUASSU, ACROÁ, XACRIABÁ, ENTRE
OUTROS.
Durante a época da mineração, as relações entre índios e mineiros foram eminen-
temente guerreiras e quase sempre de mútuo extermínio.

ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO E REFLEXOS EM GOIÁS:

BIZU FEDERAL: A Abolição da escravidão em 1888, não alterou as condições de


trabalho e de moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população de Goiás
era constituída por maioria negra e uma minoria branca.

1.2. A AGROPECUÁRIA NOS SÉCULOS XIX E XX:

Com a decadência da mineração a PECUÁRIA tornou-se uma opção natural, por


diversos motivos:

• O isolamento provocado pela falta de estradas e da precária navegação impediam


o desenvolvimento de uma agricultura comercial;

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• O gado não necessita de estradas, autolocomove-se por trilhas e campos até o
local de comercialização e/ou abate, existência de pastagem natural abundante.
Especialmente nos chamados cerrados de campo limpo;

• O investimento era pequeno e o rebanho se multiplica naturalmente;

• Não necessita de uso de mão de obra intensiva, como na mineração. Na verdade,


dispensa mão de obra escrava, não era preciso pagar salário aos vaqueiros, que
eram homens livres e que trabalhavam por produtividade;

• Recebiam um percentual dos bezerros que nasciam nas fazendas (regime de


sorte). Um novo tipo de povoamento se estabeleceu a partir do final do século
XVIII, sobretudo no sul da capitania, onde campos de pastagens naturais se
transformaram em centros de criatório.

• A necessidade de tomar dos silvícolas (índios) áreas sob seu domínio, que estran-
gulavam a marcha do povoamento rumo às porções setentrionais (norte),
propiciou também a expansão da ocupação neste período.

OBS: A pecuária tornou-se o setor mais importante da economia. Este povoamento


oriundo da pecuária, entretanto, apresentou numerosos problemas. Não foi, por
exemplo, um povoamento uniforme: caracterizou-se pela má distribuição e pela he-
terogeneidade do seu crescimento. Prosperou mais no SUL, que ficava mais perto do
mercado consumidor do sudeste e do litoral.

1.3. A ESTRADA DE FERRO E A MODERNIZAÇÃO DA ECONOMIA GOIANA;

Inaugurava-se uma nova etapa na ocupação do Estado. O expressivo papel das fer-
rovias na intensificação do povoamento goiano ligou-se a duas ordens principais de
fatores:

• Facilitou o acesso dos produtos goianos aos mercados do litoral;

• Possibilitou a ocupação de vastas áreas da região meridional de Goiás, corres-


pondendo à efetiva ocupação agrícola de parte do território goiano.

1.4. AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS COM A CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA


E BRASÍLIA; INDUSTRIALIZAÇÃO; INFRAESTRUTURA E PLANEJAMENTO

A) CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA:

OBS: A construção de Goiânia dentro da “Marcha Para o Oeste” de Getúlio Var-


gas representou o segundo dinamismo na urbanização de Goiás.

BIZU FEDERAL: Goiânia foi fundada em 1937 para ser a nova capital de Goiás.
Antes dela a capital do estado de Goiás era a cidade de Goiás, antiga Vila Boa.

BIZU FEDERAL: A pedra fundamental da nova capital do Estado de Goiás foi lançada
por Pedro Ludovico Teixeira em 24 de outubro de 1933. A criação do município, no
entanto, não ocorreu nessa mesma data. De acordo com o Decreto Estadual n. 327,
o município de Goiânia foi criado em agosto de 1935.

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Boa parte das primeiras edificações de grande porte do centro de Goiânia foi cons-
truída no ESTILO ART DÉCO, entre as décadas de 1940 e 1950, e constitui um
acervo significativo do ponto de vista da história da arquitetura brasileira.

OBS: Por esta razão, em 2003, partes do núcleo central de Goiânia, assim como do
bairro de Campinas foram incorporadas oficialmente ao patrimônio histórico e
artístico nacional brasileiro.

BIZU FEDERAL: Em Goiás, a Revolução de 1930 foi uma revolução importada, sem
raízes próprias na região. Apesar disso, ela teve uma significação profunda, mar-
cando uma nova etapa na história do estado. Entre os legados mais imediatos da
Revolução de 1930, em Goiás, destaca-se a construção de Goiânia e a mudança da
capital, como marco inicial dessa nova etapa, símbolo do progresso e do desenvolvi-
mento do estado.

A) CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA:

A ideia de construir a capital brasileira em uma região mais centralizada era antiga,
isso porque diversos motivos eram alegados, entre eles:

• Interiorização do desenvolvimento;

• Segurança nacional, uma vez que o Rio de Janeiro era muito vulnerável a
ataques militares, por outro lado, uma capital no interior facilitaria a defesa;

• Localização estratégica, para facilitar o acesso a todas as regiões do País;

A construção de Brasília representou um terceiro dinamismo na ocupação de Goiás.


A partir de meados da década de 1950, ocorreu uma retomada da “Marcha para
o Oeste”, com a construção de Brasília.

5. AS REGIÕES GOIANAS E AS DESIGUALDADES REGIONAIS.

RAIO-X DO ESTADO DE GOIÁS:

REGIÃO: CENTRO-OESTE

ÁREA: 340.242,856 KM² (2021)

POPULAÇÃO: 7.206.589 PESSOAS (2021)

FRONTEIRAS: MT (O), MS (SO), MG (L E


SE), TO (N), BA (NE) E DF (QUASE EN-
CLAVE)

MUNICÍPIOS: 246

IDH: 0,735 (2010) - 8º NO RANKING NA-


CIONAL

GENTÍLICO: GOIANO

CAPITAL: GOIÂNIA

GOVERNADOR: RONALDO RAMOS CAIADO

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BIZU FEDERAL: O Estado de Goiás possui atualmente 246 MUNICÍPIOS

6. ASPECTOS FÍSICOS DO TERRITÓRIO GOIANO: VEGETAÇÃO, HIDROGRA-


FIA, CLIMA E RELEVO.

A) LOCALIZAÇÃO:

ATENÇÃO: GOIÁS faz divisa com Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso
e Mato Grosso do Sul.

B) VEGETAÇÃO:

Goiás ostenta a beleza singular do Cerrado, cuja vegetação é marcada por árvores e
arbustos tortuosos, cascas grossas e raízes profundas. Uma das características mais
peculiares do bioma é a flora, considerada a mais rica savana do mundo por abrigar
pelo menos 11,6 mil espécies de plantas já catalogadas.

OBS: O CERRADO cobre cerca de 70% do território goiano e é o segundo maior


bioma brasileiro, ficando atrás somente da Amazônia.

CALAGEM: É a adição de calcário ao solo para correção de sua acidez. Solos ácidos
apresentam grande concentração de íons hidrogênio e/ou alumínio no solo. A acidez
dos solos promove o aparecimento de elementos tóxicos para as plantas (Al) além
de causar a diminuição da presença de nutrientes para as mesmas. As consequências
são os prejuízos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas. Portanto, a
correção é considerada como uma das práticas que mais contribui para o
aumento da eficiência dos adubos e consequentemente, da produtividade e
da rentabilidade agropecuária.

C) HIDROGRAFIA:

É dentro do território goiano que nascem drenagens alimentadoras de três impor-


tantes rios: Araguaia/Tocantins, São Francisco e Paraná. Juntas, as bacias
ocupam uma área total de 2.431.980,91 quilômetros quadrados. Deste espaço,
340.070,75 quilômetros quadrados está em Goiás, o que representa 13,98% do total.

É dentro do território goiano que ARAGUAIA/TOCANTINS


nascem drenagens alimentadoras SÃO FRANCISCO
de três importantes rios PARANÁ

BIZU FEDERAL: O território goiano é banhado por rios que integram três grandes
bacias hidrográficas brasileiras: a do Tocantins/Araguaia, a do São Francisco e a do
Paraná.

D) CLIMA:

O clima em Goiás é o TROPICAL, que se resume a verões chuvosos e invernos secos.


Cerca de 95% da chuva que cai todos os anos é registrada entre outubro e abril. Já
o período de menor índice pluviométrico ocorre de maio a setembro.

BIZU FEDERAL: O Estado de Goiás tem apenas duas estações sazonais que são a
seca e a chuvosa. A “estação seca” tem seu início no mês de abril e estende-se até
a primeira quinzena de outubro. Já a “estação chuvosa” tem seu início na segunda
quinzena de outubro e se estende até março do ano seguinte.

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E) RELEVO:

O território goiano apresenta baixa declividade: 65% da superfície são formadas


por terras relativamente planas, os chamados chapadões. Às margens dos rios
Araguaia e Tocantins predominam ligeiras ondulações. Tal condição favorece a agri-
cultura e a pecuária, dois grandes propulsores da economia goiana. Longe dos leitos,
as elevações não ultrapassam a marca de 1.676m.

ATENÇÃO: Ponto culminante: Serra do Pouso Alto (Chapada dos Veadeiros). As mai-
ores altitudes localizam-se a leste e a norte, na Chapada dos Veadeiros (1.784
metros), na Serra dos Cristais (1.250 metros) e na Serra dos Pireneus (1.395 me-
tros). Por outro lado, as altitudes mais baixas estão sobretudo no oeste do estado.

ATENÇÃO: É dominado por Planaltos. Apresenta baixa declividade. O ponto


mais elevado é Pouso Alto na Chapada dos Veadeiros. Não apresenta dificul-
dade de ocupação e exploração econômica.

DICA: Goiás conta com dois parques ambientais nacionais que protegem os bens
naturais do estado. São eles: Parque Nacional das Emas e Parque Nacional da Cha-
pada dos Veadeiros.

7. ASPECTOS DA HISTÓRIA POLÍTICA DE GOIÁS: A INDEPENDÊNCIA EM


GOIÁS; O CORONELISMO NA REPÚBLICA VELHA; AS OLIGARQUIAS; A REVO-
LUÇÃO DE 1930; A ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DE 1930 ATÉ OS DIAS
ATUAIS.

A) INDEPENDÊNCIA EM GOIÁS:

• QUAIS OS REFLEXOS EM GOIÁS? De forma específica em GOIÁS as incertezas


que antecederam a independência, aliadas ao contexto político-econômico local,
permitiram o desenvolvimento de dois importantes movimentos, um na capital,
Vila Boa, e o outro no norte da Capitania. Mais bem articulado politicamente e
com o apoio da classe proprietária de Vila Boa e Meia Ponte, o grupo moderado
logrou a derrubada do governador Sampaio e a eleição da nova junta provisória,
em 8 de abril de 1822.

B) O CORONELISMO NA REPÚBLICA VELHA; AS OLIGARQUIAS:

Os aspectos da história política de Goiás se desenvolveram, como no Brasil, particu-


laridades republicanas, podendo ser dividida sua história política em

• República Velha (1889-1930)


• Era Pedro Ludovico (1930-1945)
• República Populista (1945-1964)
• República Militar (1964-1985)
• Período da redemocratização (1985 – dias atuais)

Três líderes exerceram um maior controle político sobre essa engrenagem “corone-
lista”: José Leopoldo de Bulhões, José Xavier de Almeida e Antônio Ramos
Caiado.

• BULHÕES (BULHONISMO – 1889-1912): Os Bulhões comandaram a política


goiana no período de 1870-1900. O chefe desta família era Félix de Bulhões.
Pouco antes da abolição ele surpreendia a todos fazendo discursos abolicionistas.

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Ele defendia a abolição da escravatura, pois Goiás não dependia mais da mão de
obra escrava. A elite apoiava a abolição, pois no século XIX o número de escravos
era pequeno e a pecuária já havia se fundado. Destacam-se os seguintes pontos:

• José Leopoldo de Bulhões Jardim era seu principal líder


• Félix foi chamado de Castro Alves goiano, pois queria a abolição da escravatura.
• A Lei Áurea não encontrou nenhum negro cativo na cidade de Goiás.
• Foram libertados em Goiás 4.000 escravos, segundo o historiador Luís Palacin.

ATENÇÃO: A abolição não afetou a vida econômica da Província. A transformação


do regime monárquico em republicano ocorreu sem grandes dificuldades. Os Bulhões,
dirigentes do partido Liberal, após o 15 de novembro, apoiados pelos republicanos,
tornaram-se os donos do poder em Goiás.

• CAIADO (CAIADISMO – 1912-1930): A família Caiado governou Goiás de


1912-1930 período da República Velha, sendo um tempo marcado pela violência
e fraude, pois o voto era aberto, manipulado, sendo chamado de voto de cabresto.

Destacam-se os seguintes pontos:

• Antônio Ramos Caiado, conhecido como “Totó Caiado”. Foi um importante Senador
goiano.
• A chamada oligarquia Caiado domina neste período o cenário político de Goiás
especialmente na região de Vila Boa e Pirenópolis.
• Devido à violência do período Gilberto Teles chamou “a casa dos caiados o caso dos
calados”.
• Os caiados possuíam jagunços para efetivar suas ações e manipular as eleições.
• Goiás recebe a estrada de ferro em 1912, tem a integração do território, tem a
ligação do interior com o litoral, devido ao café. O problema de comunicação ame-
niza-se. A primeira cidade goiana a receber a ferrovia é Catalão.
• Em 2010, a historiadora Lena Castello Branco lançou um livro importante, deno-
minado Poder e paixão – A saga dos Caiado, em que, depois de um alentado trabalho
de pesquisa, descobriu um Totó Caiado mais “humano”.
• Lena Castelo Branco afirma que a figura do coronel foi “demonizada” durante toda
a Era Ludovico e suas pesquisas ajudam a fazer uma releitura da história de Goiás,
no período da República Velha.

ATENÇÃO: Dessa forma, ele resolveu construir Goiânia e transferir a capital. A Cons-
trução de Goiânia em 1933 é o marco da modernidade da Era Vargas.

BIZU FEDERAL: Contando com uma longa história de forte presença do coronelismo
como modelo de mando político, econômico e social, a história política de Goiás,
desde o golpe militar de 1964, mostra que apenas dois governadores exerceram mais
de um mandato, de forma ininterrupta ou não. São eles Íris Rezende e Marconi Pe-
rillo. Vale destacar que RONALDO CAIADO foi reeleito em 2022.

ATENÇÃO: O eixo do povoamento do território goiano-tocantinense, especialmente


na faixa norte, mudou radicalmente a partir da década de 1950. Entre os fatores
responsáveis por essas mudanças, pode-se destacar a construção da rodovia Belém-
Brasília, com impacto na migração e criação de municípios.

C) A REVOLUÇÃO DE 1930:

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• QUAIS OS REFLEXOS EM GOIÁS A Revolução de 1930, embora sem raízes
próprias em Goiás, teve uma significação profunda para o Estado. É o marco de
uma nova etapa histórica. Esta transformação não se operou imediatamente no
campo social, mas no campo político. Não foi popular, nem sequer uma revolução
de minorias com objetivos sociais.

MARCHA PARA O OESTE: Em 1940, Vargas reafirmou a missão de Goiás e de Goi-


ânia ao dizer que “o verdadeiro sentido de brasilidade é o rumo do Oeste”.
Principais objetivos da marcha para o oeste:

• Interiorização do desenvolvimento.
• Suporte para a ocupação da Amazônia.
• Incentivo a migração.
• Reforma agrária.
• Criação de Colônias Agrícolas (Eng. Bernardo Sayão): – 1941: CANG – Colônia
Agrícola Nacional de Goiás (Ceres).
• Incentivo a agropecuária.
• Construção de estradas.
• Políticas Públicas:
• Fundação Brasil Central.
• Pontos de apoio: – Rio Verde: Base econômica do sul de Goiás; – Caiapônia: elo
entre o sul de Goiás e a bacia do Araguaia; – Aragarças: garimpo. – Ceres: Colônia
agrícola.
• SPVEA.

BIZU FEDERAL: A construção de Goiânia está inserida em um período de alterações


na política nacional. O contexto histórico que envolveu o processo de construção da
nova capital de Goiás estava inserido no momento político brasileiro da Era Vargas
(1930/1945);

ATENÇÃO: “A Revolução de 1930, embora sem raízes próprias em Goiás, teve uma
significação profunda para o Estado. É o marco de uma nova etapa histórica”. Sobre
os efeitos da revolução de 30 em Goiás a Revolução de 30 foi uma revolução impor-
tada para Goiás, com apoio da classe dominante descontente, e não se operou
diretamente no campo social, mas no campo político

QUESTÕES
ATENÇÃO: Após concluir o estudo, resolva, pelo menos 5 (cinco) novas questões
na plataforma do QConcursos (Basta clicar no link do Raio-X do assunto no
corpo deste material).

MENSAGEM FINAL
Caro aluno finalizamos juntos mais uma aula! Aguardo você no próximo encon-
tro! Grande abraço.

Goiânia/GO, 28 de janeiro de 2023

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