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ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL

HARMONICA EMPREENDIMENTOS LTDA

PARAIBABA-CE
MARÇO DE 2023
APRESENTAÇÃO
O estudo em questão trata da regularização do Empreendimento Loteamento Camboas situado na
Localidade de Camboas, Município de Paraipaba-CE.

1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Quadro 1 - Identificação do empreendedor


IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDENDOR

NOME: HARMONICA EMPREENDIMENTOS LTDA

Nome: LOTEAMENTO RESIDENCIAL CAMBOAS

ENDREÇO: Av. São Sebastião, Camboas, Paraipaba - CE, CEP: 62.685-000


Localidade: Paraipaba TELEFONE CNPJ/CPF
(85) 4008-5500 43.456.001/0001-58

Quadro 2 – Identificação do empreendimento


IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
NOME: LOTEAMENTO RESIDENCIAL CAMBOAS
ENDREÇO: Av. São Sebastião, Camboas, Paraipaba - CE, CEP: 62.685-000

Quadro-3 Identificação dos Engenheiros Responsáveis


IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL RESPONSÁVEL
NOME: Moises Cardoso Moreira

ENDEREÇO: Rua Cosme Damião n21, Paraipaba- Ce

BAIRRO: Camboas TELEFONE CREA


(85) 99117-3211 342904CE
NOME: Deyvith Estevam Rios - CAU-CE
Arquiteto e Urbanista A99650-5
ENDEREÇO:. Rua George Correia Nunes, 1466, Ap 102, Cond. Larry, Icaraí, Caucaia-CE,
Brasil 61.620-030 +55 85 8871.1972 riosarquitetura@gmail.com
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O LOTEAMENTO CAMBOAS PARAIPABA está situado na Localidade de Camboas, Paraipaba-


CE. O principal acesso é pela Avenida Principal de Camboas., onde a localização do loteamento
está compreendido nas coordenadas de referência 9623831.57m S e 485653.60m O, Datum
SIRGAS 2000.

O loteamento trata-se de um Terreno de formato irregular medindo área total de 105,726,43 m2,
destinada à implantado de um Loteamento, o mesmo será composto por 8 quadras de lotes e terá
cerca de 326 lotes (residenciais) equivalente a uma área de 56.654,39 m2, 1 Área institucional
5.555,17 m2, 1 Área Verde com 17,191,58 m2, 1 Área de Fundo de Lote com 6,210,53 m2 e uma
Área de preservação com 2,266,40 m2, conforme retratado em projeto e nesse memorial descritivo.
Figura 01 – Localização e acesso ao empreendimento

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MEMORIAL DESCRITIVO DO EMPREENDIMENTO

O Lotemanto Camboas possui um terreno total de 105,726,43 m², sendo a área destinada aos lotes
estando setorizada em 08 subdivisões dispostas em quadras de “A a H” equivalente a 56.654,39
m²., as quadras possuem as seguintes medidas: Quadra “A” (5.809,35m²), Quadra “B”
(5.861,27m²), Quadra “C” (8.707,01m²), Quadra “D” (7.626,05m²), Quadra “E” (8.199,50m²),
Quadra “F” (7.950,75m²), Quadra “G” (3.997,60m²) e Quadra “H” (448,65 m²),

O lotemanto também dispõe das seguintes áreas: área verde, área destinada ao sistema viário,
área de quadras, áreas intitucionais, área de fundo de terra e área de preservação ambiental.

Ressalta-se que o empreendimento está projetado de acordo com as exigências legais do


município de através do Código de obras, edificações e posturas do município de Paraipaba Lei
Nº 481 de 11 de maio de 2009 que dispõe sobre o Código de obras e posturas, bem como a
elaboração de projetos e execução de edificações na circunscrição territorial do município; Lei n°
484 de 11 de maio de 2009 sobre Parcelamento, uso e ocupação do solo e Lei n°482 de 11 de
maio de 2009 que dispõe sobre o Plano Diretor Participativo (PDDU). Na Figura 02 é possível
visualizar a disposição das áreas destinadas ao empreendimento
Figura 02 - Planta baixa do empreendimento

Fonte: Projeto de Levantamento Físico Existente (maio/2019)


Quadro 04 – Distribuição do empreendimento

Fonte: Projeto de Levantamento Físico Existente (abril/2022)

ÁREAS DE INFLUENCIA DO EMPREENDIMENTO


A delimitação das áreas de influências é um requisito básico legal determinado na CONAMA Nº
001/1986 e Nº 349/ 2004, que tem por objetivo definir as áreas de avalição de impactos no processo
de implantação, manutenção e operação ao longo de sua vida útil do empreendimento. Observando
que neste estudo de regularização será focado no processo de operação do Lotemanto Camboas
Paraipaba.

Para tanto, a definir os limites de atuação do empreendedor no que concerne à implantação de


medidas de controle e mitigação procurando prevenir ou eliminar os impactos ambientais
significativos adversos ou reduzi-los para limites aceitáveis durante o funcionamento do
empreendimento.

Portanto, as áreas de influência observadas na Figura 03 são consideradas: Área de Influência


Direta (AID), onde são observadas as relações sociais, econômicas, culturais e os aspectos físico-
biológicos, os quais possuem impacto direto da atividade; a Área de Influência Indireta (AII), onde
os impactos por alterações ocorridas a área de influência direta é sentida de maneira secundária ou
indireta e, de modo a ser susceptíveis a possíveis acidentes provindos da atividade. Considerar-se-
á nesse estudo também a instituição da Área diretamente Afetada - ADA, ponderada como área
funcional do projeto, ou seja, as áreas físicas do empreendimento
Área Diretamente Afetada (ADA)

Corresponde às áreas ocupadas pelas atividades intrínsecas que compõem o empreendimento objeto
do licenciamento, ou seja, ambiente diretamente susceptível a alterações físicas, biológicas,
socioeconômicas e das particularidades da atividade do empreendimento desde de sua implantação,
operação e manutenção ao longo de sua vida útil

Área de Influência Direta – AID


A AID consiste na Unidade de Vizinhança, onde agrega funções cívicas, comerciais, sociais, de
lazer e estação de transporte conectada, possuindo assim um raio de 400m, tendo como referência
para delimitação a Lei municipal de Parcelamento do solo (2009) e PDDU municipal (2009).

Área de Influência Indireta – AII


Abrange os ecossistemas e sistema socioeconômicos ameaçados pelos impactos indiretos
significativos das atividades ocorridas na AID, no qual foi definido todo o município de Paraipaba.
Figura 03 - Mapa das Áreas de Influências

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NÍVEL DO LENÇOL FREÁTICO, TAXA DE ABSORÇÃO DO TERRENO E DRENAGEM DE
ÁGUAS PLUVIAIS

As soluções para os impactos relacionados à drenagem e inundações nos ambientes urbanizados são
imprescindíveis para a população local quanto ao município. Para tanto, são necessárias adoções de
medidas preventivas no processo de ocupação do sol, visando melhorar as condições de
permeabilidade, taxa de ocupação diminuindo os efeitos de escoamento superficial das águas pluviais
e fluviais em detrimento da capacidade de filtração do solo local, bem como as capacitadas projetadas
nas estruturas municipais para boca de lobos, canais e outros.

ÁREA PERMEÁVEL
Atualmente área permeável total de edificação é de 5.778,27 m², possuindo assim uma taxa de
permeabilidade de 63,38%, estando em conformidade com a Lei municipal n° 460/2009.

TAXA DE OCUPAÇÃO
Como verificado anteriormente, a área total destinada aos lotes é 56.654,39m², dos quais possuem 08
blocos de quadras para contruçãoocupação dos visitantes, possuindo assim uma taxa de ocupação
máxima de 53,59%.

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO


Sendo fundamental e requirido pela Lei federal n° 11.445/2007 que estabelece o saneamento básico,
que os municípios disponha aos habitantes uma estrutura operacional para disposição final
ambientalmente adequada dos efluentes.

Dessa forma, os efluentes passam por processos físicos, químicos ou biológicos que removem as
cargas poluentes do esgoto, devolvendo ao ambiente o produto final, efluente tratado, em
conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental. Dessa forma, o tratamento dos
efluentes esta sendo disposto de forma regular no esgotamento sanitário municipal.

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
O diagnóstico ambiental consiste na caracterização física, biótica e antrópica das áreas que terão
impacto ambiental de forma direta e indireta dentro das áreas de influência definida na Figura 03.
A área de influência direta constitui a área do empreendimento Lotemanto Camboas, visando
determinar, nessa, a possibilidade da existência de impactos ambientais causadas pela intervenção do
funcionamento, além do município de Paraipaba, pelo porte do empreendimento, pela contratação de
mão de obra local e tributação. Considera-se área de influência indireta toda a área da propriedade e a
dinfluência indireta ao município de Paraipaba.

DIAGNÓSTICO - MEIO FÍSICO


Aspectos climáticos

O clima da região está diretamente relacionado ao regime pluviométrico. É notório que favoráveis
níveis de precipitação facilitam o acesso aos recursos hídricos, na qual estes associados aos demais
componentes climáticos, ambientais e às políticas públicas, são essenciais ao desenvolvimento
econômico da região e à qualidade de vida da população. Pode-se observar ainda que o clima tropical
quente semiárido brando é predominante na região. Entre as faixas de precipitações médias normais
anuais do Estado, pode-se observar que Paraipaba se encontra com média de chuva superior à média
anual do estado, de 1.588,80 mm e apresenta temperatura média entre 26 a 28ºC, como também têm
período chuvoso compreendido entre os meses de janeiro a abril.

Geologia
A composição geológica local apresenta associações do Pré-Cambriano, sedimentos detríticos areno-
argilosos com níveis conglomeráticos do Terciário/Quaternário e sedimentos arenosos inconsolidados
do Quaternário, conforme se observa na Figura 04. O território do município de Paraipaba é composto
essencialmente por terrenos cenozóicos, representados pelos terrenos da Formação Barreiras, de idade
inferida do Plio-Pleistoceno e pelos sedimentos holocênicos de origem marinha. Os constituintes
geológicos mais recentes são controlados pelos processos oceânicos e eólicos que mobilizam e
depositam uma grande quantidade de material. Nas regiões mais ao sul do município aparecem rochas
mais antigas, do Pré-Cambriano, expondo migmatitos, xistos, calcissilicáticas e outras rochas
metamórficas e mobilizadas pertencentes ao Complexo Nordestino, segundo Projeto
RADAMBRASIL.

As feições geomorfológicas da área em estudo podem ser agrupadas em dois domínios principais: os
Glacis Pré-litorâneos e a Planície Litorânea. Segundo Ribeiro (2001), essa compartimentação
geomorfológica está associada diretamente a litologia e aos fatores eustáticos e morfodinâmicos,
podendo essas feições se configurar como área de recarga e descarga.
O relevo da área em estudo são os Tabuleiros Pré-Litorâneos, que representam a faixa de transição
entre o domínio das terras altas e da planície costeira, moldados nos sedimentos mio-pleistocênico da
Formação Barreiras. Sua distribuição é ao longo da linha de costa estando situados na retaguarda da
frente marinha, sendo interrompidos pelos estuários dos rios que atingem o litoral.

O contexto geológico da área estudada é caracterizado pela ocorrência de coberturas sedimentares


cenozóica sobrepostas a terrenos cristalinos pré- cambrianos, compreendendo a Formação Barreiras;
os depósitos recentes, representados pelos sistemas dunares e também pelos sedimentos fluviais do
Riacho Maceió.
Figura 03 - Mapa das unidades geoambientais de Paraipaba

Fonte: Semace, 2016

Solos
No município de Paraipaba dominam os tipos de solos Podzólicos Vermelho, amarelos Distróficos e
as Areias Quartzosas, que apresentam baixo poder nutricional. Os primeiros são solos rasos,
comtextura média ou argilosa,

imperfeitamente drenados e ocorrem associados a Vertissolos, que são também rasos, mal drenados,
com fertilidade muito alta e elevada participação dos minerais do grupo da argila. Por isso mesmo,
eles são muito susceptíveis à erosão, que em seu processo pode levar à geração de fendilhamentos
superficiais durante os períodos secos. Além disso, esta característica limita a permeabilidade do solo.
Os Solos Indiscriminados de Mangues também ocorrem no município, associados principalmente aos
sedimentos flúvio-marinhos do rio Mundaú. Este é um tipo de solo orgânico e salino, mal drenado,
muito ácido e parcialmente submerso. Os solos Planossolo Solódico, Solos Aluviais e o Solonetz
Solodizado aparecem nos níveis mais elevados do curso do rio, presentes também nos demais cursos
d'água. O Solonetz Solodizado ocorre com maior frequência que os demais que acompanham os corpos
hídricos. São solos rasos a moderadamente profundos, mal drenados, apresentando uma pedregosidade
superficial e elevado teor de sódio trocável. Eles têm como principais limitações a deficiência ou
excesso de água e a susceptibilidade à erosão. Na área mais litorânea, que compreende a área do
empreendimento, dominam as Areias Quartzosas Marinhas e na porção mais ao Sul do terreno as
Areias Quartzosas Distróficas. Pela nomenclatura atual da EMBRAPA, de uma forma geral, todo o
conjunto de solos Neossolos Quartizarênicos pode ser caracterizado como pobre em função da pouca
presença de nutrientes.

Hidrografia
O município de Paraipaba está inserido na bacia hidrográfica do Rio Cruxati/Mundaú. Esta bacia
possui uma abrangência regional, algo em torno de 2.224 km². O comprimento do talvegue do rio é de
95 km e o seu perímetro é de 215 km. O escoamento anual observado na foz do rio que dá nome à
bacia é de 472,0 hm3. Os principais tributários da bacia são os rios Cruxati e Mundaú, ambos nascendo
na serra de Itapipoca, o primeiro na vertente noroeste da serra e o segundo na vertente leste. O regime
pluviométrico da bacia, embora tendo características típicas de região semiárida, tais como forte
sazonalidade e alta variabilidade espacial e interanual, é dos regimes mais favoráveis identificados no
Estado, beneficiando a área litorânea. Um dos problemas identificados no aproveitamento hídrico
superficial refere-se à concentração do excedente hídrico em apenas 4 ou 6 meses.

Esta concentração se reflete na classificação da bacia quanto ao volume de água disponível que,
segundo o RADAMBRASIL, é considerado como médio com um volume de 200.000 a 700.000
m3/km2/ano. As lagoas têm caráter temporário, secando durante o período de estiagem e enchendo
novamente durante o período invernoso, que se configura entre os meses de fevereiro a maio. Durante
esta fase, os riachos e córregos funcionam como canais de ligação entre as lagoas e as depressões
isoladas, deixando as áreas baixas totalmente alagadas, mesmo sendo essas as principais formas de
acumulação hídrica superficial. Estas lagoas trazem grandes benefícios às populações locais, com a
exploração da pesca e, até mesmo, em algumas delas, o suprimento de água para a pecuária. Na região
estudada destacam-se os lagamares do Sal e o da Rua. Entre as dunas, durante o inverno, é muito
comum a formação de lagoas, denominadas de lagoas interdunares, que acumulam água por uma boa
parte do ano e servem de suprimento para as comunidades e principalmente para a pecuária. Mesmo
não estando entre as dunas, outras pequenas lagoas podem surgir em regiões planas e, favorecidas pelo
nível freático elevado, apresentarem um estado de perenização facilmente identificado pela flora que
se desenvolve nestas lagoas.
Com relação as águas subterrâneas, o município de Paraipaba dois domínios hidrogeológicos distintos
se distinguem: o cristalino e o domínio sedimentar. O primeiro domínio diz respeito às rochas ígneas
e metamórficas, cujo armazenamento de água subterrânea está relacionado ao grau de fraturamento, e
o segundo apresenta as Dunas, os Aluviões e a Formação Barreiras como principais unidades
hidrogeológicas. Em se considerando estes domínios, o potencial hidrogeológico da bacia é tido como
de fraco a médio.

DIAGNÓSTICO MEIO BIÓTICO


Vegetação
Os ecossistemas presentes fazem parte do Complexo Vegetacional de Tabuleiro Litorâneo, este tipo
de ecossistema caracteriza-se por apresentar sedimentos do grupamento barreira, solo tipo Areia
Quartzoza (Neossolos) ou Podzólico Vermelho Amarelo (Argissolo) e vegetação formada pelo
complexo vegetacional de Tabuleiro Litorâneo.

Vegetação dos Tabuleiros Litorâneos é o mais diverso dentre os complexos encontrados nesta região,
tanto em termos de flora como de vegetação, e abriga espécies das Matas de Tabuleiro típicas, do
Cerrado e da Caatinga. As Matas de Tabuleiro são formações arbóreas, com umidade relativamente
alta devido à influência marinha, que encerram espécies das serras e da caatinga. O cerrado ocorre em
manchas, conjugado com outros tipos de vegetação dos tabuleiros – com fisionomias típicas do
Cerrado do Centro-Oeste Brasileiro, porém com o porte sensivelmente menor. A caatinga é a
vegetação xerófila, já encontrada em maior parte do Nordeste Brasileiro, com o predomínio de
espécies adaptadas à sazonalidade hídrica (Savana Estépica).
De acordo com o trabalho de campo realizado na área de implantação do empreendimento foi
identificada uma vegetação de espécies exóticas e nativas tais como:
Byrsonima sp (Murici);
Chamaecrista ensiformis (Pau Ferro);
Mouriri cearensis (Manipuçá);
Ouratea fieldingiana (Batiputá).
Guettarda viburnoides (Angélica)
Protium heptaphyllum (Almesca)
Coccoloba ramosíssima (Carrasco)
Hirtella ciliata (Açoita Cavalo)
Agonandra brasiliensis (Marfim)

Fauna
Dentre os recursos naturais associados à vegetação encontra-se a fauna, representada pelo conjunto de
animais que ocupam um determinado espaço geográfico num dado momento, interagindo entre si e
com os demais componentes ambientais.

A ocorrência e manutenção da fauna silvestre estão estreitamente ligadas à cobertura vegetal


dominante no local. Os Quadros seguintes mostram as espécies mais representativas de peixes, répteis,
aves e mamíferos, respectivamente.
Quadro 05 – Espécies da Fauna local
NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO
PEIXES
Curimatã Pruchilodus sp. Pruchilodus sp.
Piau Leporinus steindachneri Leporinus steindachneri
Piranha Pygocentrus nattereri
Sardinha Cyphocarax gilbert
Tilápia Tilapia cf. Rendalli
Traíra Hoplias malabaricus
Tucunaré Cichla sp.
RÉPTEIS
Calango Tropidurus torquartus
Calango Tropidurus hispidus
Camaleão Iguana iguana
Cascavel Crotalus terrificus
Cobra de Cipó Oxibelis aenus
Cobra de tabuleiro Philodryas nattereri
Cobra de veado Boa constrictor
Cobra preta Clelia occipolutea
Cobra verde Philodryas olfersii
Coral Micrurus SP
Jararaca Bothrops erythromelas
Tejo Tupinambis teguixim
Tejubina Cnemidophorus ocellifer
AVES
Anum Branco Guira guira
Anum preto Ortophaga ani
Avoante Zenaide auriculata
Beija-flor Glausis hirsuta
Bem-te-vi Pitangus sulphuratus
Carcará Polyborus plancus
Coruja Otus choliba
Galo campina Paroaria dominiciana
Gavião preto Buteogallus urubitinga
Gavião vermelho Heterospizias meridionalis
Rolinha Sporophila albogulares
João de Barro Furnarius vigulus
Lavandeira Flucicola nengeta
Nambu Nothura boraquira
Pica-pau Celeus flavescens
Periquito Aratinga cactorum
Rolinha Columbina talpacoti
Rolinha cabocla Columbina minuta
Rolinha juriti Leptotila verreauxi
Sabiá Turdas leoco melas
Sibite Todisrostrum sp.
Urubu-preto Coragyps stratus
MAMÍFEROS
Cassaco Didelphis albiventris
Gambá Conepatus semistriatus
Gato do mato Leopardus tigrina
Gato maracajá Leopardus wiedii
Gato murisco Puma yagouaroudi
Guaxinim Procyon cancrivorus
Peba Euphractus sextintus
Preá Cavea aperea
Raposa Cerdocyon thous
Tatu Dasypus novencinctus
DIAGNÓSTICO MEIO ANTRÓPICO
De acordo com o IBGE, a transição das décadas de 2000 e 2010, Paraipaba passou de 30.041 habitantes
para 33.232 habitantes, isto é, a cidade teve um aumento populacional de aproximadamente 15,48%
em uma década.

Percebeu-se que de acordo com os com os últimos Censos realizados, desde 1991 Paraipaba é um
município com população.

Com o Decreto n. 24.414, de 29/03/1999 foi instituída uma Área de proteção Ambiental, APA do
Estuário do Rio Curu. A APA abrange uma área de 881,94 hectares e localiza-se na divisa dos
Municípios de Paracuru e Paraipaba, na costa Oeste do Estado do Ceará, a aproximadamente, 85 Km
de Fortaleza. O acesso a esta unidade de conservação se dá, partindo de Fortaleza, pela CE 085
(Estruturante) e a seguir pela Rodovia CE 162 e 163. Justifica-se sua criação em decorrência das
peculiaridades ambientais do Estuário do Rio Mundaú, que o tornam refúgio biológico de grande valor
e pelo natural fragilidade do equilíbrio ecológico deste estuário, em permanente estado de risco face
às intervenções antrópicas.

A população dos Municípios de Paraipaba e Paracuru, veranistas e turistas usufruem das riquezas
ambientais da área, através do desenvolvimento de práticas de atividades turísticas e de lazer. Inseridas
nos limites da APA existem treze comunidades que sobrevivem diretamente da utilização de seus
recursos naturais, basicamente da pesca e da agricultura de subsistência, quais sejam: Distrito de
Lagoinha, Vila de Santa Luzia, Distrito de Camobas, Pedrinhas e Boa Vista.

Os principais problemas existentes na APA são decorrentes da ação antrópica, ocasionados pela
especulação imobiliária, com a construção de casas de veraneio, além de desmatamentos, queimadas,
caça e pesca predatória, captura desordenada de crustáceos e moluscos, tráfego de veículos sobre as
dunas e disposição irregular de resíduos sólidos em área de praia e mangue.

A SEMACE realiza fiscalizações semanais na área. Entretanto, a colaboração da sociedade é


imprescindível na gestão desta unidade de conservação, denunciando as agressões ao meio ambiente
e adotando atitudes que propiciem o desenvolvimento de uma consciência ecológica na população
nativa e nos visitantes.
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
A caracterização socioeconômica apresenta a descrição de serviços relacionados ao bem-estar da
população, são eles, os serviços de taxa de cobertura e água e esgoto, a coleta de resíduos sólidos, aos
serviços de energia elétrica, o índice de desenvolvimento humano municipal, a renda tanto de
populações urbanas quanto rurais, a análise demográfica por gênero e densidade, além de empresas
industriais e taxa de urbanização presentes nas regionais.

Taxa de Cobertura no Serviço de Água e de Esgotamento Sanitário


Ao analisar a qualidade de vida das pessoas, os serviços de infraestrutura de saneamento básico são
muito importantes. A taxa média de cobertura no serviço de distribuição urbana de água é de 91,62%,
apresentando valor superior à média do serviço registrada no estado do Ceará, sendo esta de 92,06%,
segundo o IPECE (2017). Nas taxas de cobertura do serviço de esgotamento sanitário da população
urbana no município, há uma representação de 23,75%.

Consumidores de Energia Elétrica


Um serviço integrante do saneamento básico relaciona-se a disponibilidade de energia elétrica
encontrada na região e ao desenvolvimento econômico proporcionado pela mesma.Paraipaba tem um
total de 20.582 consumidores dividido nas classes residencial (12.293), industrial (05), comercial
(711), público (224). Paraipaba apresenta também cerca de 7.237 unidades de consumidores rurais.

Taxa de Cobertura no Serviço Coleta de Lixo


A população total atendida no Município no ano de 2010 era de 5.134, apresentando um percentual
médio de 38,41%.

Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)


O IDHM tem o objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico de um município bem como
a qualidade de vida de sua população. Seus valores variam de 0 a 1, tendo 5 faixas de desenvolvimento
humano: Muito Baixo (0 a 0,499), Baixo (0,500 a 0,599), Médio (0,600 a 0,699), Alto (0,700 a 0,799)
e Muito Alto (0,800 a 1). A Figura 05 ilustra as faixas de desenvolvimento humano:
Figura 05 - Faixas de Desenvolvimento Humano

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2016.

Os aumentos nos índices de crescimento do IDHM no período analisado foram responsáveis pelas
ascensões de faixas do Município. No período que vai de 2000 à 2010 houve um aumento do IDH de
0,420 para 0,606 passando da categoria considerada muito baixa para a categoria média.

Análise Demográfica das Áreas Urbana e Rural por Renda


O crescimento de resíduos sólidos está diretamente relacionado a renda da população, quanto maior
for a renda, maior será o poder de compra, maior o consumo e consecutivamente maior a geração de
resíduos, por isso, é necessária a informação acerca da renda dos habitantes. Nos dados referentes ao
rendimento médio mensal da população do município salários mínimos (IBGE, 2018) .

Análise Demográfica por Densidade


A densidade populacional refere-se a uma média de habitantes residentes em uma determinada área,
normalmente expressa em hab/km². A figura abaixo retirada do Perfil Municipal de Paraipaba (IPECE,
2017) oferece os dados referente, aos respectivos indicadores demográficos, ao número de habitantes
totais com base no censo de 1991, 2000 e 2010 .
Figura 06 – Indicadores demográficos:

Com base no indicador acima e projeções realizados pelo IBGE para o ano de 2020, A densidade
demográfica ascendeu para 55,55 hab/km². Essa referencia demostra um crescimento populacional de
9,46%, tendo como referencia o ultimo censo.

É importante destacar que a densidade do município é fator predominante no âmbito de avaliar a renda
da população. Pois, regiões podem ser consideradas densas quando há um processo forte de
verticalização imobiliária ou mesmo quando se encontram grandes aglomerados de moradias com
baixo índice de infraestrutura (SILVA, 2008).

Empresas Industriais de Transformação Ativas


As empresas representam para o município uma fonte de modificação dos cenários de renda e emprego
além de serem consideradas um atrativo para visitantes quanto ao desenvolvimento de atividades
especializadas, contribuindo assim, diretamente e indiretamente, para o avanço local e regional. Essas
atividades, além de contribuírem para a economia da região, também influenciam no aumento da
geração de resíduos, os quais podem ser reinseridos no processo produtivo ou servir como matéria-
prima para outras empresas.

De acordo com o que se observa Quadro 06, é possível perceber os tipos, quantidades e percentuais
das empresas ativas existentes no município.
Quadro 06- Descritivo de empresas em transformação ativas no município de Paraipaba
EMPRESAS N° %
Extrativa Mineral 1 0,84%
Construção Civil 13 10,92%
Utilidade Pública 21 17,65%
Transformação 84 70,59%
Total 119 100%
Fonte: IPECE, 2017.

Taxa de Urbanização
Entende-se por taxa de urbanização a relação entre a população urbana e a população total de um
determinado município, ou seja, ela apresenta, a partir do valor obtido, a concentração da população
na zona urbana. A partir dessa taxa, pode-se analisar que, quanto mais alta ela seja, maior será a
quantidade de pessoas concentradas e maior será a geração de resíduos sólidos.

Pode-se observar as taxas de urbanização referentes ao Censo dos anos de 1991, 2000 e 2010 que o
município se encontra em processo de urbanização.

Entende-se por taxa de urbanização a relação entre a população urbana e a população total de um
determinado município, ou seja, ela apresenta, a partir do valor obtido, a concentração da população
na zona urbana. A partir dessa taxa, pode-se analisar que, quanto mais alta ela seja, maior será a
quantidade de pessoas concentradas e maior será a geração de resíduos sólidos.

Quadro 07 - Taxa de urbanização do município


Censo 1991 2000 2010
Taxa de Urbanização 21,08% 32,37% 36,53%
Fonte: IPECE, 2017.
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) é um instrumento da gestão ambiental, instituida na


CONAMA 01/1986, na qual dispõe sobre os críterios básico e diretrizes gerais para avaliação de
estudos dos impactos ambientais provenientes das atividades socioeconomicas no meio.

O estudo é formado por um conjunto de procedimentos capazes de assegurar, desde o início do


processo de estudo de alternativas, um exame sistemático dos efeitos ambientais potencialmente
decorrentes de uma ação proposta por um projeto, programa, plano ou política e de suas alternativas,
de modo que os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis pela
tomada de decisão, e por eles devidamente considerados.

A avaliação de impactos ambientais tem por objetivo contemplar, identificar, prever, avaliar,
interpretar e informar a respeito dos efeitos de uma ação ou atividades sobre a saúde, bem estar humano
e ambiental, respeitando a integridade dos ecossistemas naturais e urbanos. Dentre outros objetivos da
análise e avaliação dos impactos ambientais, destacam-se: Identificar e avaliar sistematicamente os
impactos ambientais gerados nas fase de operação da atividade;

Verificar a correlação – positiva e negativa – existente entre as diversas atividades e ações inerentes
ao empreendimento e o ambiente (natural e antrópico);

Avaliar sua viabilidade ambiental;


Subsidiar a indicação das medidas mitigadoras pertinentes;
Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada
área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;
e considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência
do projeto, e sua compatibilidade.

METODOLOGIA

Para a realização da AIA foi produzida uma Matriz de Interação com a finalidade de visualizar os
aspetos ambientais e os fatores gerados em decorrencia da atividade. Dessa forma, entede-se como
aspectos ambientais todo impacto significativo em decorrencias das atividades provenientes do
empreendimento com o meio que esta inseridos, sendo negativos ou positivos; e fatores geradores são
os elementos provenientes do exercício da atvidade, para geração de produto ou serviço, tais como
ruídos, poluição e outros.

A matriz proposta também proporcionará, a adequação do método do método Checklist, do inglês


signidica lista de verificação, auxiliando na sequência de passos, como na indicação das ocorrencias
do impacto e alterações em cada ação geradora. Com isto é possível verificar que várias interferências
do empreendimento com o ambiente resultam em um mesmo tipo de impacto que é então avaliado no
seu conjunto.

Na interseção de linhas (aspectos ambientais) e colunas (fatores geradores) assinala-se então a


potencialidade de ocorrência de um determinado impacto. Para avaliar a potencialidade foram
considerados os seguintes atributos: tipo, magnitude, importância e duração do impacto. A explicação
e simbologia de cada um dos atributos encontra-se disposta no Quadro 08.

Após a identificação dos impactos ambientais, procedeu-se à caracterização e avaliação de cada um


dos impactos indicados na matriz, tendo em vista qualificar e ponderar seus efeitos e subsidiar a
indicação das medidas mitigadoras cabíveis.
Quadro 08 - Atributos de avaliação dos impactos ambientais
ATRIBUTO SIGNIFICADO DO PARÂMETRO DE SÍMBOLO
AVALIAÇÃO
TIPO POSITIVO +
Quando o impacto de uma determinada ação for
benéfico.
Exprime o caráter da NEGATIVO -
modificação causada por Quando o impacto de uma determinada ação for
uma determinada ação. adverso.
INDEFINIDO
Impacto positivo ou negativo, dependendo da forma
de abordagem.
MAGNITUDE PEQUENA P
De magnitude inexpressiva, não alterando a
característica ambiental considerada.
Exprime a extensão do MÉDIA M
impacto, através de uma De magnitude expressiva, porém sem
valoração gradual descaracterizar a característica ambiental
atribuída ao mesmo, a considerada ando a característica ambiental
partir de uma considerada.
determinada ação do GRANDE G
projeto. De magnitude que possa levar à uma
descaracterização ambiental considerável.

IMPORTÂNCIA NÃO SIGNIFICATIVA 1


Intensidade não significativa, não implicando em
Indica a importância ou alteração da qualidade de vida.
significância do impacto MODERADA 2
em relação à sua Intensidade da interferência com dimensões
interferência no meio. recuperáveis (se adversa) ou refletindo na melhora
da qualidade de vida (se benéfica).
SIGNIFICATIVA 3
Intensidade da interferência provoca perda da
qualidade de vida (adversa) ou ganho (benéfica).
DURAÇÃO CURTA 4
De duração breve, com possibilidade de reversão às
condições iniciais.
Indica a permanência do MÉDIA 5
impacto Duração média de permanência do impacto, após a
ação.
LONGA 6
Duração grande ou permanente do impacto, após
a ação.

Fonte: Ávila, 2014


IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS
Como visto, os aspectos ambientais consideráveis correspondem as singularidades dos ambientes
físicos, bióticos e socioeconômicos – passíveis de sofrerem alterações em decorrencia do
empreendimento.

Com base na experiência da equipe em projetos similares e no diagnóstico ambiental, os aspectos


ambientais considerados mais relevantes para análise dos impactos deste empreendimento são
relacionados a seguir, observando que o emprendimento está na fase de operação/ manutenção.

No meio físico são:


Qualidade do Ar, Ruídos e Vibrações: devido à utilização de máquinas e veículos que geram emissões
de gases de combustão, ruídos e vibrações.

Qualidade dos Solos e Capacidade de uso: pela suscetibilidade às alterações decorrentes das
intervenções que foram necessárias para a implantação do empreendimento como exposição do solo a
agentes erosivos etc.); pela geração de resíduos sólidos e líquidos e possibilidade de contaminação dos
solos.

Qualidade da água superficial e subterrânea: devido à geração de resíduos sólidos e líquidos e


possibilidade de contaminação dos recursos hídricos superficiais e lençol freático.
Diminuição dos recursos hídricos: no aumento do consumo provocado na manutenção do
empreendimento.

No meio biótico:
Os principais aspectos ambientais identificados como mais relevantes são:
Cobertura Vegetal: A vegetação da área de influência indireta afetada com a contribuição do aumento
da poluição sobre a vegetação.

Fauna Terrestre: a fauna e a população no entorno pode ser perturbada pelo aumento na emissão de
ruído e de poluentes. Esse impacto vem sendo ser amainado pelo aumento da arborização no
empreendimento.
No meio Antrópico (socioeconômico):
Uso e ocupação do solo: a instalação do empreendimento acarretou em modificações do uso do solo
em torno do empreendimento tais como: aumento da especulação imobiliária em torno do
empreendimento.

Atividades Econômicas: a implantação do empreendimento acarretou um aumento na oferta de


emprego e consequentemente aumento de renda, com efeitos positivos na economia local e regional e
nas finanças públicas, porque implicou em um aumento das receitas fiscais.

Aumento na demanda de bens e serviços: um projeto de engenharia gera uma aceleração significativa
nesse setor da economia, que vai desde a contratação de construtoras e equipamentos até serviços
especializados como projetos arquitetônicos e estudos ambientais.

População, Qualidade de Vida, Educação e Saúde Pública: um empreendimento desta magnitude traz
à população uma série de expectativas como, por exemplo, a possibilidade de novas oportunidades de
trabalho, possibilidade de quebra da rotina em termos de vizinhança, aumento do tráfego, entre outras.
Pode ainda atrair novos contingentes populacionais e, por consequência, provocar alterações na
qualidade de vida e costumes, e em especial nas condições de saúde pública. Há um incentivo no setor
da educação a partir de cursos profissionalizantes para a comunidade na área de gastronomia e do
turismo.

Infraestrutura, Equipamentos e Serviços: a implantação e ocupação do empreendimento tem sido um


dos responsáveis pela geração de fluxos de tráfego, alterando a fluidez do sistema viário. Além disso,
houve uma melhora no sistema de saneamento da área como um todo.

IDENTIFICAÇÃO DAS AÇÕES GERADORAS DE IMPACTOS AMBIENTAIS


Para apoiar a identificação das ações geradoras do ambientes são consideradas as etapas de
planejamento, implantação e operação. Dessa forma, os fatores geradores de impactos das atividades
oriundas do empreendimento são relacionadas à sua natureza e porte. Abaixo estão discriminadas as
ações geradoras:

Planejamento: etapa em que se desenvolvem os estudos preliminares do empreendimento e


levantamentos de campo; bem como a divulgação de sua implantação.
Implantação: etapa de realização das intervenções físicas relacionadas ao empreendimento
propriamente dito, envolvendo toda a mobilização de mão de obra, materiais, máquinas e
equipamentos, obras civis, montagens etc.;
Operação: etapa em que o empreendimento passa a funcionar.
No caso da presente instalação, o respectivo estudo objetiva é a regularização da situação atual,
considerando-se assim somente a etapa de Operação.

O Quadro 9 abaixo encontram-se os fatores de geradores de impacots ambientais compreendidos na


fase da ação geradora atual da edificação.

Quadro 09 - Fatores de geração de impactos nas etapas dos estudos


MEIO Componentes Ambientais Operação

Qualidade do Ar Tráfegos de veículos - Fontes móveis e fixas


Ruídos e Vibrações Geração de ruídos e vibrações

Solo

Resíduos sólidos e líquidos gerados


Recursos Hídricos
FÍSICO

superficiais e subterrâneas

Vegetação Perturbação com o aumento do fluxo de visitantes


BIÓTICO

Fauna Terrestre
Dinamização do mercado de trabalho Geração de
emprego e renda
ANTRÓPICO

Socioeconômico Desenvolvimento econômico da região


Demanda de mão de obra qualificada
Pressões sobre o sistema de transporte regional e local

IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


A Quadro 10 apresenta a matriz de interação com os impactos ambientais identificados e/ou previsíveis
através da interseção dos fatores ambientais identificados e das ações geradoras de impacto ambientais
pelo empreendimeto, seguindo portanto a legenda apresentada a seguir de numeração e cores
estabelecidos.
Quadro 10 – Matriz de interação

IMPACTO
POSITIVO NEGATIVO INDEFIN
IMPORTÂNCI A MAGNITUD DURAÇÃ IMPORTÂ MAGNIT DURAÇ IDO
E O NCIA UDE ÃO
P M G 1 2 3 4 5 6P M G 1 2 3 4 5 6
LEGENDA

Impacto de importância
P pequena
M Impacto de importância
média
G Impacto de importância
grande
1 Impacto de magnitude não
significativa
2 Impacto de magnitude
moderada
3 Impacto de magnitude
significativa
4 Impacto de
curta duração
5 Impacto de
média duração
6 Impacto de
longa duração
Quadro 11 - Matriz de interação de impacto da fase de Operação
OPERAÇÃO
Componente

Operação do
empreendim
Ambiental

Parâmetros ambientais / Ações gerados de impactos


Categoria

ento
Qualidade do ar -P16
Ruídos e Vibrações -P16
Ar

Qualidade do Solo -P16


Solo

Capacidade de uso -P16


Qualidade da água superficial +M23
Meio Físico

Qualidade da água subterrânea +P23


Água

Diminuição dos recursos hídricos -M26


Diversidade e abundância de espécies
Flora

Espécies protegidas e em extinção


Meio Biótico

Diversidade e abundância de espécies


Fauna

Espécies terrestres e aves


Geração de emprego e renda +G36
Aumento no valor do terreno +G36
Aumento na arrecadação de impostos +M36
Aquecimento do comércio +M26
Economia
antrópico

Aumento da demanda de bens e serviços +M36

Qualidade de vida +M36


Fonte: autor, 2021

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


As avaliações de impactos ambientais computados estão apresentadas nos gráficos a seguir
subdivididos em: Quantificação de impactos positivos e negativos, Magnitude, Importância e Duração.
A quantificação dos impactos de cada atributo, por si só, não permite avaliar de maneira abrangente
todo o empreendimento. Por isso, deve-se proceder uma comparação de cada atributo com o tipo de
impacto gerado, ou seja, impactos positivos e negativos.

Tipos de Impactos
Para o empreendimento em estudo foi possível identificar 15 impactos, sendo 8 positivos (47%), 5
negativos (29%) e 4 indefinido (24%), conforme Figura 07.

Figura 07 – Percentual dos impactos

INDEFINIDOS

NEGATIVOS

POSITIVOS

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Fonte: autor, 2021


Pode-se observar um número bem superior de impactos positivos na área de influência direta do
empreendimento.

Magnitude
Com relação ao atributo magnitude, foram identificados 4 impactos de pequena magnitude (31%), 4
impactos de média magnitude (31%) e 5 impactos de grande magnitude (38%). Fazendo uma
comparação neste atributo, pode-se perceber que os maiores impactos serão de Grande magnitude, no
qual os impactos positivos superam os negativos em níveis significativos de magnitude.
Figura 08 - Comparação entre Tipo de impacto e Magnitude do impact
Média Pequena

N
(1)

N
(2)

P
Grande

N
0 10 20 30 40 50
Fonte: autor, 2021

Importância
O atributo importância trouxe os seguintes resultados: 5 impactos não significativos (39%), 6 impactos
moderadamente significativos (46%) e 2 impactos significativos (15%).

Nesse caso, os impactos positivos superaram os negativos em níveis significativos de importância. O


nível de importância onde os impactos negativos superaram os positivos foi no nível não significativo
em decorrência dos componentes do meio físico, demonstrando assim as medidas mitigadoras são
capazes de manter o equilíbrio das atividades do empreendimento com o meio.

O empreendimento terá impactos de grande importância significativa para a comunidade


principalmente no meio antrópico, ou seja, coma sociedade da comunidade.

Figura 09 - Comparação entre Tipo de impacto e Importância do impacto


Significativo Moderado Siginificativo

N
Não

(P)

N
(M)

0% 10% 20% 30% 40% 50%


Fonte: autor, 2021

Duração
Já a aplicação do atributo duração permitiu identificar 2 impactos de curta duração (15%), 6 impactos
de média duração (46%) e 5 impactos de longa duração (38%), sendo os 72% positivos e os 38%
negativos são passíveis de minimização e controle.
Figura 10- Duração do impacto.

Longa (6) Média (5) Curta (3) N

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Fonte: autor, 2021

No geral, os impactos positivos superam os negativos em magnitude, importência e duração. Dessa


forma, medidas de mitigação e controle dos impactos negativos para o meio físico são necessárias e
passiveis de manter o equilibrio e a sustentabilidade do meio.

Dessa forma, foi possível identificar que houve uma aumento gradativo na circulação de pessoas e
veículos, acarretando uma pequena diminuição na qualidade do ar e, também, um leve aumento no
nível de pressão sonora da área. Além disso, com a contratação de profisionais para atuar no
empreendimento promove um aumento no consumo de água.

Embora o empreendimento acarrete alguns impactos negativos, percebemos que em sua maioria são
de pequena magnitude e de importância não-significativa.

Contudo, verificou-se que os impactos positivos para a área de influência direta e indireta e, na sua
maioria, impactos de grande magnitude, importância significativa e de longa duração, como:
oportunidade de emprego, incentivo a cursos profissionalizantes para a comunidade, aumento de
renda, promoção do turismo, valorização da localidade como um todo e, consequentemente, um
aumento na arrecadação tributária do município.
MEDIDAS MITIGADORAS
As medidas mitigadoras visão a atenuação ou nulidade do impactos e promoção de atitudes de
convivencia, segurança no ambiente de trabalho e sustentabilidade do empreendimento, comunidade
local e o microecossistema inserido.

Dessa forma, recomenda-se para para diminuição de ruídos e vibrações a adoção de planejamento para
o monitoramento e controle dos ruídos dos maquinários utilizados no empreendimento.

A adoção de um Programa de Educação Ambiental com os trabalhodores, comunidade local e


visitantes, na promoção de atitudes de descarte correto dos resíduos, ações de limpeza e seminários
sobre a importância da conservação da flora e da fauna da região costeira, controle da poluição sonora,
conforme estabelece a Lei distrital N° 4.092/2008.

Particiapação do empreendimento, por meio de convênios, com as instituiççoes profissionalizantes ou


ensino técnico, na aberturas de vagas para estágios nos setores do turismo, administração, gastronomia,
meio ambiente, entre outros.

PLANOS DE CONTROLE AMBIENTAIS E MONITORAMENTO


Os programas ambientais pospostos neste capítulo enfocam o acompanhamento e a supervisão da
implementação e da execução dos procedimentos de controles ambientais preventivos e mitigadores
dos impactos ambientais citados nos capítulos anteriores deste estudo. A proposição de programas
ambientais tem como objetivo contribuir para normalização e para a criação de rotinas nas ações de
caráter ambiental, empreendidas nas atividades da área do empreendimento, de modo a proporcionar
ações eficientes voltadas para o cumprimento das legislações com ênfase no quesito ambiental. A
responsabilidade, execução e cronograma dos respectivos programas propostos é de competência do
empreendedor.

PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS COMUNS


A gestão e gerenciamento correto dos resíduos sólidos comum possui caráter preventivo pois promove
a redução das agressões ao meio ambiente, bem como diminuição dos índices de poluição ambiental.
Dessa forma, o objetivo do programa é promover a adoção dos 5 Rs da sustentabilidade e a implantação
da coleta seletiva.
Os 5 Rs é um programa da sustentabilidade que redefini inicialmente a forma de pensar o consumo e
com isso as atitudes e atividades. O significado e adoção de medidas que cada R introduz esta descrito
abaixo.

Repensar: hábitos e atitudes de consumo


Reduzir: geração de resíduos
Reaproveitar: aumentar a vida útil dos produtos
Reciclar: transformar materiais beneficiados em matéria prima para novos produtos.
Recusar: não consumir produtos que geram impactos significativos adversos

A Coleta Seletiva visa o descarte e acondicionamento adequado dos resíduos, melhorando assim as
condições de transporte, destinação e disposição final ambientalmente correta. A realização da coleta
seletiva pose ser realizada de duas forma, representadas nas Figuras 11 e 12:

Separação em diferentes cores: promovendo melhor segregação do tipo de resíduo

Figura 11 – Caracterização dos coletores para Coleta Seletiva I

Separação em duas etapas: secos e úmidos ou lixo comum e recicláveis

Figura 12 – Caracterização dos coletores para Coleta Seletiva II


A adoção de cada uma das formas vai depender da estrutura do programa, dos tipos de resíduos gerados
em diferentes pontos/ locais do empreendimento e no entorno.
Como visto com a adoção dessas medidas pode-se pensar também na promoção de atividades
artesanais no reaproveitamento de resíduos para a ornamentação do empreendimento, como inserir nas
atividades com os visitantes e comunidade local.

Diretrizes
O presente programa prevê as seguintes ações:

Acondicionamento adequado dos resíduos gerados;


Reaproveitamento de resíduos dentro da área e ainda doação do material reciclável para instituições
de catadores Contratação de transportadora licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Destinações e disposições ambientalmente adequadas para os mesmos

PROGRAMA DE PROTEÇÃO AO TRABALHADOR E SEGURANÇA NO AMBIENTE DE


TRABALHO

As atividades desenvolvidas durante a fase de operação do empreendimento necessitam de especial


atenção e cuidados dos trabalhadores para a prevenção de acidentes. Para isto, medidas preventivas,
de capacitação e conscientização podem auxiliar na melhoria da segurança e saúde no trabalho. Para
tanto este programa visa assegurar aos trabalhadores envolvidos nas atividades desenvolvidas no
Hotel, que seja atendida a legislação específica, garantindo a prevenção e o atendimento adequado
para possíveis vítimas de acidentes ocorridos na área.

A legislação aplicável em termos de segurança e saúde do trabalho deverá ser rigorosamente


observada. As normas de saúde ocupacional respeitarão todas as exigências constantes na Lei Federal
nº 6.514/77 regulamentada pela Portaria MTb nº 3.214/78 e Portaria MTb/SSST nº 24/94 do Ministério
do Trabalho, e respectivas Normas Regulamentadoras.
É de responsabilidade da empresa disponibilizar e exigir o uso de mecanismos eficientes que
combatam os riscos com o uso EPIs e EPC, visando minimizar as consequências de possíveis
acidentes. O empreendedor deverá promover treinamentos e atividades que envolvam os trabalhadores
sempre visando a importância de minimização de riscos e saúde e proteção ao meio ambiente

PROGRAMA DE GERAÇÂO DE ENERGIA SUSTENTÁVEL


O Brasil tem potencial significativo para a geração de energia solar, e estado do Ceará não fica atrás.
A geração de energia solar fotovoltaica é captada por meio da conversão direta da luz do sol em
eletricidade pelo processo dos painéis solares, sendo o material semicondutor o principal responsável
pela transformação.

De acordo, com os dados da empresa de energia COMERC realizados o retorno sobre o investimento
(payback) no litoral Cearense é o mais rápido do país em aproximadamente 3,39 anos, visto que a vida
útil é de 25 anos.

Dessa forma, a adoção desse programa trará impactos positivos econômicos e sustentáveis para o
empreendimento.

PROGRAMA PRAIA LIMPA


Por meio da adoção do Plano de educação ambiental é possível promover diversas ações com os
colaboradores, comunidade e visitantes, entre tantas ações o Programa Praia Limpa. Esse programa
foi desenvolvido em 2010 pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente, o qual tem por objetivo
é desenvolver uma consciência ecológica nos diversos seguimentos sociais que trabalham ou
frequentam o nosso litoral, melhorando as condições de limpeza das praias, tendo em vista que são
espaços coletivos de lazer e de grande beleza cênica (SEMACE, 2010).
CONCLUSÃO
A regularização Loteamento Camboas Paraipaba situado na localidade de Camboas no município de
Paraipaba, objeto do presente Estudo de Viabilidade Ambiental, está trazendo diversos benefícios
sociais e econômicos para a comunidade do entorno do empreendimento e todo o município de
Paraipaba.

Segundo o Estudo realizado, as intervenções do empreendimento têm acarretado em diversos impactos


significativos, principalmente nos meios físico e antrópico de caráter permanente. No meio físico
verifica-se a ocorrência da elevação dos níveis de ruídos em função da mobilização de máquinas e
equipamentos, alteração da qualidade do ar devido ao aumento do fluxo viário. Esses impactos apesar
de permanentes não são significativos, sendo assim passíveis de atenuação por meio das medidas
mitigadoras, controle e monitoramento propostos.

No meio biótico, considera-se a perturbação da Fauna e da Flora devido ao aumento do fluxo do


sistema viário no entorno do empreendimento. Esses impactos são passíveis de compensação e de
mitigação, mediante a aplicação de medidas de controle ambiental.
Sobre o meio socioeconômico, verifica-se um impacto, principalmente, na Áreas de Influência Direta
– AID onde houve um aumento no fluxo viário e uma valorização imobiliária, consequentemente um
adensamento urbano nas proximidades, geração de emprego e renda na comunidade; expectativa de
um novo centro comercial local.

Tais influências em seus impactos adversos causados de forma direta ou indireta podem ser aplainados
nas áreas de influência ADA e AID, principalmente, por meios das medidas mitigadoras em uso e as
por meio das propostas neste Estudo nas medidas mitigadoras e programas de controle e
monitoramento ambientais.

Nesse contexto, conclui-se neste Estudo de Viabilidade Ambiental quese mantendo o cumprimento
dos aspectos legais relacionados às atividades oriundas do empreendimento e havendo o cumprimento
da implantação das medidas mitigadoras, o empreendimento em estudo possuirá uma viabilidade
ambiental e poderá ser licenciado pela Secretaria de Turismo e Meio Ambiente de Paraipaba.
REFERÊNCIAS

BRASIL. ângelo Trévia Vieira. Serviço Geológico do Brasil - Cprm (Org.). Programa de Recenseamento de Fontes de
Abastecimento por Água Subterrânea no Estado do Ceará. Fortaleza: Cprm, 1998. 12 p.

BRASIL. Embrapa. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Embrapa-spi, 2009. 412 p.

CPRM. Serviço Geológico do Brasil, RADAMBRASIL. Disponível:


<http://www.cprm.gov.br/publique/Geologia/Geologia-Basica-26>. Acesso em:28 de março 2021.

Embrapa Solos UEP Recife, 2006 (www.uep.cnps.embrapa.br/solos/index.html).

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Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC). Plano de Desenvolvimento Economico e Social Anexo IV – Meio
Ambiente. Fortaleza: Julho de 2015.

IBGE, Panorama. Disponível: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/trairi/panorama>. Acesso em:28 de março 2021.

IPECE. Perfil básico Municipal do Trairi, 2017. Disponível: <https://www.ipece.ce.gov.br/wp-


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LIMA, Luiz Cruz; SOUZA, Marcos José Nogueira de; MORAIS, Jáder Onofre de. Compartimentação territorial e gestão
regional do Ceará. Fortaleza: Funece, 2000. 268 p.

PIVOT/GOLDER ASSOCIATES, 2001. Projeto de monitoramento/gestão de água subterrânea de micro-áreas estratégicas


da Região Metropolitana de Fortaleza.

SEMACE. Área de Proteção Ambiental do Rio Mundaú. Disponível: <semace.ce.gov.br/2010/12/08/area-de-protecao-


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SEMACE. Programa Praia Limpa. Disponível: <https://www.semace.ece.ce.gov.br/2010/11/11/programa-praia-limpa/>.


Acesso em:15 de abril de 2022.

SEMACE. Relatório Final de Caracterização Ambiental e Mapeamentos, 2016. Disponível: <


https://www.semasece.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/46/2016/12/RELAT%C3%93RIO
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PARAIPABA. Lei N° 482/2009. Dispõe sobre o Plano Diretor Participativo de Paraipaba e da outras porvidencias.
Disponível: <https://www.camaraparaipaba.ce.gov.br/leis.php?id=119 >. Acesso em:26 de abril de 2022.

________________________________________memori
Moises Cardoso Moreira
CREA 342904CE

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