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SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE (SEMMA)

TERMO DE REFERÊNCIA

1. DA APRESENTAÇÃO
O Termo de Referência visa a contratação de empresa especializada para execução do Plano
de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD em ambiente de restinga. O escopo do serviço
foi elaborado com base no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD elaborado
pela empresa Econservation, responsável pelo Estudo Morfodinâmico no município da Serra.

2. DO OBJETO
CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA EXECUÇÃO DO PLANO DE
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRAD - RECUPERAÇÃO DE VEGETAÇÃO DE
RESTINGA NA PRAIA DE MANGUINHOS, NA PRAIA DA BALEIA E EM JACARAÍPE,
SERRA / ES.

3. DA JUSTIFICATIVA
As ações humanas são responsáveis por desencadear diversas consequências negativas,
dentre elas o aquecimento global.
O processo de aquecimento e resfriamento do planeta, bem como os processos de elevação e
redução do nível dos oceanos são processos de ordem natural que estão sendo intensificados
pelas atividades antrópicas.
Assim, considerando a elevação do nível dos mares e a forma de ocupação das cidades
litorâneas como a Serra, tornou-se mais frequente a ocorrência de erosão costeira,
principalmente nos períodos de ressaca, surgindo a necessidade de contratação do Estudo
Morfodinâmico para o município.
O município apresenta 23 km de faixa litorânea, onde estão situados 17 bairros com diferentes
graus de ocupação, merecendo destaque Jacaraípe e Maguinhos que apresentam alto grau de
ocupação e urbanização, além de diversos problemas relacionados a erosão costeira.
O estudo avaliou toda a orla do município da Serra, por meio de análises dos meios físicos,
bióticos e antrópicos. Assim, com base nos estudos realizados foram identificados os pontos
críticos de erosão costeira no município, sendo proposto um plano de recuperação do litoral,
considerando técnicas amplamente utilizadas no mundo e que apresentam menor impacto ao
ambiente, bem como visa manter a naturalidade da região.
O engordamento ocorrerá por meio de um método conhecido como “leque”, porém, além da
proposição do engordamento, o estudo também propôs a implantação de um Plano de
Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD na faixa de restinga existente ao longo do litoral
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do município, visando a sua recuperação e, consequentemente, buscando conter/minimizar a


erosão marinha na região litorânea do município da Serra. O PRAD é apresentado no produto
do Estudo Morfodinâmico denominado de Plano de Recuperação de Áreas Degradadas –
Recuperação de Restinga Orla da Serra.

4. DOS PRAZOS
O prazo de execução dos serviços é de 1.440 (mil, quatrocentos e quarenta dias)
corridos, contatos a partir da emissão da Ordem de Serviço - OS e de acordo com o
cronograma físico-financeiro a ser apresentado pelo licitante vencedor no prazo de 15
(quinze) dias após assinatura da OS.
O prazo de vigência do contrato será de 2.160 (dois mil, cento e sessenta) dias corridos,
contatos a partir da assinatura do contrato, podendo tal prazo ser prorrogado nas hipóteses
elencadas no parágrafo primeiro do artigo 57 da Lei n° 8.666, de 1993.
O prazo de vigência do contrato é superior ao de execução dos serviços para:
 Amparar a necessidade de acolher possíveis dilações de prazo para execução dos
serviços, provocados por fatos alheios à vontade da contratada, sem, contudo, alterar o
prazo de vigência do contrato;
 Propiciar tempo hábil para que sejam efetuados os pagamentos das medições;
 Englobar os recebimentos provisórios e definitivos.

5. DA VISITA TÉCNICA
As empresas interessadas em participar do certame poderão realizar vistoria nas áreas que
são objeto do escopo dos serviços deste TR. As vistorias serão realizadas às custas da
empresa e deverão ser realizadas com base no mapa de localização disponibilizado no item 02
deste Termo.
A Secretaria de Meio Ambiente não disponibilizará técnicos para acompanhamento de
vistorias.

6. DOS DOCUMENTOS RELATIVOS À HABILITAÇÃO


Poderão participar da presente licitação as empresas cujo objeto social seja compatível com o
objeto do certame e que satisfaçam as condições deste Termo de Referência.
 Habilitação Jurídica: Conforme artigo 28, da Lei nº 8.666/1993;
 Regularidade Fiscal: Conforme artigo 29, da Lei nº 8.666/1993;
 Qualificação Técnica: Conforme artigo 30, da Lei nº 8.666/1993;

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 Qualificação Econômico-Financeira: Conforme artigo 31, da Lei 8.666/1993.

7. DA SUBCONTRATAÇÃO
É vedada a subcontratação total do objeto do contrato.
Admite-se subcontratação dos serviços, se previamente aprovada, por escrito, pela fiscalização
do contrato, e desde que não se constitua no escopo principal do objeto, estando restrita ao
percentual de 25% (vinte e cinco por cento) do orçamento, devendo a empresa indicada
pela licitante contratada, antes do início da realização dos serviços, apresentar os documentos
que comprovam a regularidade fiscal, a habilitação jurídica e a qualificação técnica necessária.
Em qualquer hipótese de subcontratação, permanece a responsabilidade integral da
CONTRATADA pela perfeita execução contratual, cabendo-lhe realizar supervisão e
coordenação das atividades da subcontratada, bem como responder perante o Contratante
pelo rigoroso cumprimento das obrigações contratuais correspondentes ao objeto da
subcontratação.
O edital regerá os demais procedimentos que deverão seguir em caso de subcontratação.

8. DAS ÁREAS A SEREM RECUPERADAS


8.1. MANGUINHOS
A proposta de recuperação para Manguinhos é de aproximadamente 470 metros de praia com
a expansão média de 15 metros de berma, mantendo a configuração atual do perfil, totalizando
uma área de, aproximadamente 15,6 mil metros quadrados de recuperação. Será necessário a
realização do cercamento na ordem de 1100 metros lineares e recuperação vegetacional em
4.200 metros quadrados.

8.2. JACARAÍPE I - PRAIA DA BALEIA


A proposta de recuperação para Praia da Baleia é de aproximadamente 550 metros de praia
com a expansão média entre 10 a 15 metros de berma, mantendo a configuração atual do
perfil, totalizando uma área de, aproximadamente 16,3 mil metros quadrados de recuperação.
Será necessária a realização de cercamento na ordem de 1400 metros lineares e recuperação
vegetacional em 4.450 metros quadrados.

8.3. JAZIDAS 01 e 02
As regiões de jazidas foram determinadas por meio das análises de evolução histórica da linha
de costa e por meio de modelagem numérica que identificou os processos atuais e futuros de
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acúmulo sedimentar nas regiões. Assim, para a definição dos limites de retirada de sedimentos
das jazidas foram avaliados os históricos de posicionamento da linha de costa, os processos
deposicionais/erosivos atuantes e a necessidade de manutenção de uma determinada faixa de
areia.

Diante do exposto, considerando as intervenções a serem realizadas, determinou-se por meio


do estudo que o trecho de restinga a ser recuperado será de 12,7 mil metros quadrados e
cercamento na ordem de 1100 metros lineares.

9. DOS SERVIÇOS CONTEMPLADOS


Com base na caracterização da vegetação de restinga nos trechos visitados, especialmente no
que tange à cobertura vegetal e grau de antropização dos locais avaliados, seguem as
especificações para implantação do presente PRAD visando a restauração ou preservação das
formações de restinga destes trechos.

9.1. DA CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO


Em praticamente todos os trechos visitados foi registrada a presença da castanheira
(Terminalia catappa), espécie exótica do ecossistema restinga com comportamento invasor
(I3N BRASIL, 2019). Outras espécies arbóreas exóticas com potencial invasor (I3N BRASIL,
2019) comumente encontradas ao longo da orla são Casuarina equisetifolia (casuariana),
Leucaena leococephala (leucena), Acacia auriculiformis (acácia-australiana) e Mimusopsis
coriacea (abricó). Esses táxons ocorrem tanto na forma de indivíduos adultos, quanto como
plântulas ou jovens.
Além das espécies supracitadas, também são encontradas outras exóticas invasoras (I3N
BRASIL, 2019) como Ricinus communis (mamona), um subarbusto ruderal, as gramíneas
Megathyrsus maximus (capim-colonião) e Urochloa sp (braquiária), além de Furcraea foetida
(piteira).
Cabe destacar que também foram identificadas plantas exóticas que são utilizadas como
plantas ornamentais (LORENZI, 2013) como Yucca guatemalensis (iuca), Opuntia littoralis
(palma-brava), Pandanus veitchii (pandamo) e Vinca major (boa-noite).
Essas vegetações ocorrem ora de forma esparsa, ora de forma mais adensada. A vegetação
limítrofe com a formação de restinga halófila-psamófila é formada, predominantemente, por
elementos alóctones, sobretudo L. leococephala, R. communis, T. catappa e A. auriculiformis,
sendo classificada como uma formação antrópica do tipo macega, que é uma forma de
vegetação alterada, com predominância de indivíduos do porte herbáceo, podendo haver a

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presença de alguns exemplares do tipo arbustivo e raramente, um ou outro do tipo arbóreo e,


que nestes casos, as árvores são daquelas espécies alóctones.

9.2. CERCAMENTO
Os trechos recuperados deverão ser cercados, promovendo a delimitação e isolamento da área
que será recuperada, buscando acelerar a regeneração natural e evitar o pisoteio por parte dos
usuários da praia.
As passagens de pedestres para acesso à praia atualmente existentes deverão ser mantidas e
delimitadas em vista de direcionar o caminho das pessoas nas áreas sem vegetação.

Cabe ressaltar, que poderão ser incluídos pela CONTRATANTE, quando da execução dos
serviços e dentro das poligonais objetos da contratação, a inclusão de novas delimitações de
passagem de pedestres.
O material para cercamento será fornecido pela CONTRATANTE, porém, o transporte e o
armazenamento de todo o material a ser utilizado para realização do serviço será de
responsabilidade da CONTRATADA. O cercamento deve ocorrer em todos os lados das áreas
de intervenção, inclusive nas laterais das passagens de pedestre nos acessos à praia. Abaixo,
segue modelo com informação das dimensões.

Figura 1. Modelo de cercamento

Por fim, as áreas deverão ser devidamente identificadas conforme especificado no item 12
deste Termo.

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9.3. MANEJO DAS EXÓTICAS

9.3.1. Corte e destoca de exóticas


A SEMMA deverá avaliar espécimes de exóticas de grande porte, quando se apresentarem em
estágio avançado de desenvolvimento antes de proceder o corte e a destoca. Essa ação é
voltada especialmente para as espécies lenhosas: Terminalia catappa (castanheira), Casuarina
equisetifolia (casuarina), Acacia auriculiformis (acácia-australiana), Leocaena leococephala
(leucena) e Mimusopsis coriacea (abricó).
Para o corte dos exemplares lenhosos (árvores, arbustos e palmeiras) será necessário uso de
motosserra, já para herbáceas deverão ser utilizadas ferramentas manuais, como por exemplo,
enxadas, foices, roçadeiras.
Com relação ao anelamento do caule, caso a técnica não seja eficaz e se fizer necessária a
destoca, deverá ser utilizado maquinário apropriado que minimize os impactos de tal ação.

Salienta-se que as motosserras devem estar cadastradas no Instituto Brasileiro do Meio


Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, sendo de responsabilidade da
CONTRATADA a obrigação de regularização junto ao órgão.

9.3.2. Controle de exóticas


As plântulas e indivíduos de pequeno porte das espécies citadas no item 11.3.1, tanto lenhosas
como herbáceas, também necessitam ser removidas das áreas a serem recuperadas para
evitar reinfestação.
Esse controle também se aplica para as espécies invasoras rizomatosas, como as gramíneas,
que devem ser removidas das áreas de recuperação pois dominam os espaços livres e
impedem o desenvolvimento das espécies nativas.
O controle deve ser periódico e a retirada dos indivíduos se dará manualmente com auxílio
de ferramentas. Os frutos das plantas exóticas deverão sere totalmente retirados, através de
rastelamento, especialmente da Terminalia catappa (castanheira).
Nos locais com infestação de gramíneas, principalmente Megathyrsus maximus (capim-
colonião) e Urochloa sp (braquiária), a vegetação deve ser totalmente retirada, com posterior
conformação do terreno visando o plantio de espécies nativas no local.
Em áreas onde ocorra o predomínio de vegetação exótica e de caráter invasor e que não seja
comprovada a eficácia da retirada manual a remoção da vegetação poderá ocorrer com auxílio
de trator e, nesses casos, orienta-se que seja promovida a condução da regeneração natural,

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por meio do coroamento das plântulas e indivíduos jovens de espécies nativas que estão se
desenvolvendo em meio às gramíneas invasoras. Esse coroamento deve ser executado
periodicamente, em intervalos trimestrais no primeiro ano e semestral nos três anos
seguintes ao de implantação dessa ação.
Nos trechos da orla onde ocorre predomínio de elementos arbustivos-arbóreos exóticos,
classificados com vegetação do tipo macega, a recuperação da restinga somente deve ocorrer
após a remoção destas plantas, do solo para eliminar o banco de sementes, com posterior
destinação desse material para locais com destinação final adequada (compostagem) e,
posterior envio de comprovantes destinação ao fiscal de contrato lotado na SEMMA. Após essa
ação o espaço estará disponível para o plantio de mudas visando o recobrimento do solo por
espécies nativas.
Na praia de Manguinhos foram detectados locais com amplo predomínio de espécies
ornamentais que também devem ser totalmente retiradas, uma vez que ocupam o espaço das
nativas. A remoção desses elementos deve ser realizada com auxílio de equipamentos
adequados de menor impacto possível, por exemplo: picareta, enxada, foice, seguido por
conformação do terreno e plantio de mudas das espécies nativas.

9.3.3. Plantio de espécies nativas


Na maior parte dos trechos da orla da Serra será necessário o plantio de espécies nativas para
a recuperação da restinga, onde se prevê o uso de mudas, predominantemente, de espécies
ocorrentes na formação halófila-psamófila, em função de seu potencial na fixação do
sedimento, além, naturalmente, de sua adaptação ao ambiente próximo ao mar, juntamente
com táxons arbustivos da comunidade pós-praia.
O plantio das mudas deve ocorrer em locais onde a vegetação natural encontra-se com baixa
cobertura, visando acelerar o recobrimento do solo, assim como nos trechos onde ocorrerá
remoção das plantas exóticas, que serão substituídas pelas espécies nativas, incluindo as
áreas onde ocorrerá engordamento das praias. As raízes não deverão ser deixadas expostas
por ocasião do plantio.
As mudas das espécies herbáceas deverão ser plantadas em linhas com espaçamento de 0,75
m x 0,75m entre si, priorizando espécies como Ipomoea pes-caprae, Ipomoea imperati,
Canavalia rosea, Stenotaphrum secundatum.
Como forma de aumentar a diversidade de espécies na recuperação da restinga e promover
nuances no aspecto paisagístico também deverão ser utilizadas mudas de táxons arbóreos
com espaçamento mínimo 9m x 9m e arbustos 4m x 4m tal como o pós-praia.

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Dentre as espécies arbustivas indicadas para esse plantio pode-se citar: Psidium brownianum
(araçá-chunbo), Tocoyena bullata (jenipapo-do-nativo) e Cynophala Flexuosa (feijão-da-praia).
Dentre as espécies arbóreas pode-se citar Schinus terebinthifolius (aroeira), Talipariti
pernambucense (algodão-da-praia), Myrsine parvifolia (capororoca), Ficus pertusa (gameleira-
brava), Ficus clusiifolia (gameleira), Diospyros inconstans (caquí-roxo), Garcinia brasiliensis
(guanandí-da-areia), Ocotea notata (canela-da-restinga), Sideroxylon obtusifolium (quixabeira),
Pouteria caimito (abiu-amarelo), Ziziphus platyphylla (joazeiro) e Clusia hilariana (abaneiro-da-
praia).
Outras espécies vegetais podem ser utilizadas para esse fim, tal como a palmeira guriri
(Allagoptera arenaria), as bromélias Quesnelia quesneliana e Bromelia antiacantha e os cactos
Pilosocereus arrabidae e Cereus fernambucensis, sendo 1m x 1m.
Após os plantios devem ser realizadas manutenções nos locais de intervenção para o controle
de pragas (formigas e plantas competidoras) e replantio, caso necessário, conforme
cronograma do PRAD apresentado no item 16.
Em período anterior ao plantio (um mês antes), visando aumentar a sua efetividade, deve-se
proceder o controle de formigas cortadeiras, por meio de vistorias periódicas nas áreas de
plantio, buscando assim, identificar focos de formigas e formigueiros. Para tal ação, deve-se
utilizar iscas granuladas na razão de 10 g/m² de formigueiro, preferencialmente em dias não
chuvosos e com baixa umidade relativa do ar.
Com relação às covas, para as espécies herbáceas devem sem consideradas as dimensões de
10cm x 10cm x 10cm, já para as arbustivas devem ser consideradas as dimensões de 30cm x
30cm x 30cm e, para as árvores devem ser consideradas as dimensões de 50cm x 50cm x
50cm, ou em todos os casos o dobro do torrão, caso este seja maior que os tamanhos das
covas descritas.
No momento do plantio as covas devem ser abertas e cobertas com uma mistura de terra
preta/argilosa e adubo orgânico/condicionador de solo, na proporção de 4 kg/m². Esses
insumos deverão estar isentos de sementes e propágulos, evitando assim a contaminação da
área por espécies daninhas e indesejadas. Além desses insumos, deve-se também colocar 6
gramas/cova de retentor de umidade (“hidrogel”).
As mudas, listadas acima, deverão ser obtidas de viveiros comerciais inscritos no Registro
Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM) do Ministério de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Outras espécies arbustivas podem ser utilizadas, com a premissa de serem
nativas e com ocorrência em ambientes de restinga típicos do litoral do Espírito Santo.
As covas serão preenchidas parcialmente com a mistura de insumos (adubo
orgânico/condicionador de solo + terra preta/argila) e com o retentor de umidade.

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Posteriormente, as mudas serão acondicionadas nas covas a uma altura em torno de 5 cm


abaixo do nível do solo, de modo a formar uma pequena "bacia", com o objetivo de facilitar o
recebimento da água das chuvas e das irrigações. Colocada a muda na cova, de imediato ela é
preenchida com o restante da mistura e o ajuste da muda deve ser feito com as mãos,
pressionando a terra na região periférica do torrão (nunca por cima do torrão). Deve-se
preencher a cova com terra suficiente para evitar a desidratação da muda por exposição do
torrão.
Cerca de 30 (trinta) dias após o plantio deve-se avaliar a sobrevivência das mudas e suas
condições fitossanitárias, procedendo o replantio, caso necessário. O replantio seguirá os
mesmos procedimentos indicados anteriormente para o plantio, exceto adubação. Estima-se
um replantio de 20% das mudas plantadas. Caso seja necessário, poderão ser propostas
novas medidas mitigadoras ou corretivas para que haja maior sucesso no pegamento das
mudas inseridas.
O replantio em 20% das mudas de restinga deverá ocorrer no 4° ,7° e 10º mês após o
plantio inicial do PRAD, caso seja justificado a necessidade conforme cronograma.
Dentre as ações estão o controle de plantas invasoras e o de formigas cortadeiras, que
deverão ser realizadas 30 dias após o plantio/replantio, trimestralmente no primeiro ano e
semestralmente nos três anos seguintes.
O controle de plantas invasoras deve ser feita através da extração/arranquio manual ou com
auxílio de ferramentas (foices, chibanca, enxada, enxadões) e executada o mais rente possível
ao solo, além de ser direcionado, exclusivamente, aos indivíduos de gramíneas forrageiras e
plantas invasoras (arbustivas, arbóreas e escandentes, cipós/lianas e herbáceas de forma
gera)l, tendo assim, a preocupação de evitar injúrias ou corte dos indivíduos existentes,
plantados e regenerantes da restinga presentes na área.
Durante a primeira quinzena para a manutenção do controle de plantas invasoras deve-se
realizar o controle de formigas cortadeiras, usando-se iscas granuladas, a razão de 10 g/m² de
formigueiro, e em dias não chuvosos e com baixa umidade relativa do ar.
O monitoramento deverá anteceder as atividades periódicas de manutenção. As observações
realizadas durante as atividades de monitoramento deverão auxiliar e direcionar o
procedimento de manutenção das áreas.
O monitoramento será realizado com observações em campo e registro do percentual de
perdas, motivos das perdas das espécies (ex: vandalismo, desidratação, etc.) e nível de
desenvolvimento das mudas (altura/cobertura vegetal). Após cada atividade de avaliação e
monitoramento deverão ser elaborados relatórios com os dados das atividades realizadas, os

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resultados encontrados após a análise do monitoramento e proposição de medidas mitigadoras


ou corretivas para o PRAD.

9.3.4. Tutoramento das mudas


Esta operação tem o objetivo de amparar as plantas em seu estágio inicial de desenvolvimento.
Esse tutoramento deverá ser realizado com o auxílio de varas de bambu ou estacas de
madeira, os quais são chamados tutor. Esta prática deverá ser adotada nas mudas das
espécies arbóreas e arbustivas. O tutor é introduzido no solo, próximo ao pé da planta e em
seguida é feito um amarrio do seu caule ao tutor, por exemplo, com fitilhos ou tiras de
borracha. A amarração não deve ser muito apertada para evitar danos na casca da planta.

9.3.5. Capinas e roçadas


No início do processo de revegetação as mudas implantadas não estão suficientemente
adaptadas ao novo meio e sofrem a competição da vegetação invasora. As capinas de
manutenção devem eliminar as plantas que podem provocar o abafamento ou a excessiva
competição, prejudicando o desenvolvimento das mudas plantadas. A capina ou coroamento
com enxada deve ser feita em um raio de 50 cm em torno da muda. Nas entrelinhas de plantio
e no restante das áreas.
A primeira capina deve ser feita 30 a 40 dias depois do plantio, dependendo da infestação das
ervas e do período do ano, podendo ser prorrogada ou antecipada. Geralmente são feitas de 4
a 5 manutenções. Deve-se evitar que as ervas atinjam um grande desenvolvimento, porque os
rendimentos podem cair, e as mudas sofrerem bastante com a competição. Os restos vegetais
oriundos da capina/coroamento deverão ficar dispostos em torno das mudas numa distância de
10 cm do colo da planta. O objetivo da colocação da cobertura morta é proteger a muda recém
plantada, evitando o excesso de perda de água do solo, assim como, manter no período seco
um grau de umidade favorável para o desenvolvimento da planta. Nas fases de manutenção
essa atividade é realizada sempre após as roçadas manuais e/ou capinas. Esta atividade
permitirá ainda o ingresso de nutrientes contidos na biomassa vegetal que irá se decompor ao
longo do tempo.

9.4. IRRIGAÇÃO
A época mais propícia para o plantio na região é de outubro a novembro, que é o início do
período chuvoso. Porém, se ocorrer seca prolongada pós-plantio o mesmo terá que ser irrigado
para não haver perda acentuada de mudas, o que implicará em um novo plantio e aumento dos
custos de implantação do projeto. Caso ocorra essa necessidade de irrigação, a previsão é de

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três litros d’água/cova, sendo que na primeira semana a irrigação deve ser diária. Da segunda
a quarta semana deve-se irrigar uma vez por semana. Caso o dia da irrigação coincida com um
dia chuvoso, deve-se esperar estiar e após uma semana do término da chuva deve-se irrigar
novamente. A irrigação deve ser realizada no início da manhã e final da tarde evitando perda
de água por evapotranspiração das plantas nos horários de pico de iluminação.

10. INSTALAÇÃO DE PLACAS EDUCATIVAS/INDICATIVAS


Deverão ser instaladas placas educativas nas quatro áreas a serem recuperadas indicando a
atividade realizada, a importância da preservação das mesmas e restrições de acesso. As
placas deverão ser de boa visualização com textos informativos e educativos referentes a
execução do PRAD e proteção da fauna e flora local. Os modelos e as especificações das
placas serão fornecidas pela CONTRATRANTE, sendo:

 Praia da Baleia: 06 (seis) placas;


 Manguinhos: 06 (seis) placas;
 Jazida 01: 06 (seis) placas;
 Jazida 02: 06 (seis) placas.

11. DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA


11.1. Providenciar junto ao CREA e/ou CRBio as Anotações de Responsabilidade Técnica -
ART’s referentes ao objeto do contrato e especialidades pertinentes, nos termos da Lei.
11.2. Apresentar à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início dos trabalhos, as
informações pertinentes à sua identificação e ao objeto do contrato, bem como o
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT, de conformidade com a Portaria N. º 4/95 da Secretaria de Segurança e Saúde
no Trabalho e modificações posteriores;
11.3. Apresentar à fiscalização, antes do início dos trabalhos, as medidas de segurança a
serem adotadas durante a execução dos serviços, em atendimento aos princípios e
disposições da NR 18 - Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
Construção;
11.4. A contratada será responsável pelo fornecimento dos equipamentos de proteção
individual e coletivo, além de fiscalizar o cumprimento das normas de segurança,
higiene e medicina do trabalho;

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11.5. Submeter à aprovação da Fiscalização até 05 (cinco) dias após o início dos trabalhos o
projeto das instalações provisórias ou canteiro de serviço compatível com o porte e
características do objeto do contrato, definindo todas as áreas de vivência,
dependências, espaços, instalações e equipamentos necessários ao andamento dos
serviços;
11.6. Providenciar as ligações provisórias das utilidades necessárias à execução dos
serviços, como água, esgotos, energia elétrica e telefones, bem como responder pelas
despesas de consumo até o seu recebimento definitivo;
11.7. Submeter à aprovação da Fiscalização até 05 (cinco) dias após o início dos trabalhos o
plano de execução e o cronograma detalhado dos serviços, elaborados de
conformidade com o cronograma do contrato e técnicas adequadas de planejamento;
11.8. Estudar todos os elementos de projeto de forma minuciosa, antes e durante a execução
dos serviços, devendo informar à Fiscalização sobre qualquer eventual incoerência,
falha ou omissão que for constatada;
11.9. Executar os serviços em conformidade com desenhos, memoriais, especificações e
demais elementos de projeto, bem como com as informações e instruções emanadas
pela fiscalização da contratante;
11.10. Manter durante a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele
assumidas, todas as condições de habilitação exigidas na licitação;
11.11. Facilitar, a qualquer tempo, a ampla ação da Fiscalização, permitindo o acesso aos
serviços em execução, bem como atendendo prontamente às solicitações e/ou
esclarecimentos que lhe forem efetuados;
11.12. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a
terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não implicará
solidariedade ou corresponsabilidade com a Fiscalização. A contratada responderá
única e integralmente pela execução dos serviços, inclusive pelos serviços executados
por suas subcontratadas, na forma da legislação em vigor;
11.13. Manter organizadas, limpas e em bom estado de higiene as instalações do canteiro de
serviço, especialmente as vias de circulação, passagens e escadarias, refeitórios e
alojamentos, coletando e removendo regularmente as sobras de materiais, entulhos e
detritos em geral;
11.14. Estocar e armazenar os materiais de forma a não prejudicar o trânsito de pessoas e a
circulação de materiais, obstruir portas e saídas de emergência e impedir o acesso de
equipamentos de combate a incêndio;

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11.15. Manter no canteiro de serviço equipamentos de proteção contra incêndio e brigada de


combate a incêndio, na forma das disposições em vigor;
11.16. Assegurar durante a execução dos serviços, a proteção e conservação dos serviços
executados, bem como, fazer a sinalização e manter a vigilância necessária à
segurança de pessoas e dos bens móveis e imóveis, de forma a controlar a entrada e
saída de materiais, máquinas, equipamentos e pessoas, bem como manter a ordem e
disciplina em todas as dependências do canteiro de serviço;
11.17. Manter no local dos serviços instalações, funcionários e equipamentos em número,
qualificação e especificação adequados ao cumprimento do contrato;
11.18. Providenciar para que os materiais, mão-de-obra e demais suprimentos estejam em
tempo hábil nos locais de execução, de modo a satisfazer as necessidades previstas no
cronograma e plano de execução dos serviços objeto do contrato;
11.19. Alocar os recursos necessários à administração e execução dos serviços, inclusive os
destinados ao pagamento de todos os impostos, taxas e demais obrigações fiscais
incidentes ou que vierem a incidir sobre o objeto do contrato;
11.20. Responder pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comercias ou qualquer
ponto não previsto neste Termo, resultante da execução do Contrato,
responsabilizando-se pelo fiel cumprimento de todas as disposições e acordos relativos
à legislação social e trabalhista em vigor, particularmente no que se refere ao pessoal
alocado nos serviços objeto do contrato;
11.21. Atender às normas e portarias sobre segurança e saúde no trabalho e providenciar os
seguros exigidos em lei, na condição de única responsável por acidentes e danos que
eventualmente causar a pessoas físicas e jurídicas direta ou indiretamente envolvidas
nos serviços objeto do contrato;
11.22. Efetuar o pagamento de todos os impostos, taxas e demais obrigações fiscais
incidentes ou que vierem a incidir sobre o objeto do contrato, até o Recebimento
Definitivo dos serviços;
11.23. Submeter previamente à aprovação da Fiscalização toda e qualquer alternativa de
aplicação de materiais, serviços e equipamentos a ser considerada na execução dos
serviços objeto do contrato, devendo comprovar rigorosamente a sua equivalência, de
conformidade com os requisitos e condições estabelecidas nas especificações técnicas,
anexas ao Edital e Contrato;
11.24. Submeter previamente à aprovação da Fiscalização os projetos de fabricação e
montagem de componentes, instalações e equipamentos, elaborados com base no
projeto fornecido pelo Contratante;

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11.25. Submeter previamente à aprovação da Fiscalização eventuais ajustes no cronograma e


plano de execução dos serviços, de modo a mantê-la perfeitamente informada sobre o
desenvolvimento dos trabalhos;
11.26. Submeter previamente à aprovação da Fiscalização qualquer modificação nos métodos
originalmente previstos no plano de execução dos serviços;
11.27. Reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, no prazo estabelecido pela
fiscalização, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se
verifiquem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou dos materiais
empregados;
11.28. Submeter à aprovação da Fiscalização os protótipos ou amostras dos materiais e
equipamentos a serem aplicados nos serviços objeto do contrato, caso não sejam os
indicados no escopo do serviço;
11.29. Executar o controle tecnológico bem como os ensaios, testes, laudos e demais provas
estabelecidas em normas técnicas oficiais, para atestar a qualidade e as características
dos materiais utilizados e dos serviços executados, não gerando por este motivo
qualquer ônus adicional ao Município;
11.30. Evitar interferências com as propriedades, atividades e tráfego de veículos na
vizinhança do local dos serviços, programando adequadamente as atividades
executivas;
11.31. Solicitar a anuência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente no caso da necessidade
da subcontratação e para tanto seguir as regras constantes na Cláusula Nona deste
documento, disponibilizando para fiscalização a documentação da subcontratada, que
demonstre que cumpre os requisitos de qualificação técnica exigidos no Edital.
11.32. Caso seja necessário para execução dos serviços, deverá providenciar junto aos órgãos
Federais, Estaduais e Municipais e concessionárias de serviços públicos a vistoria e
regularização dos serviços concluídos, como órgão estadual/municipal competente
(Licença Ambiental);
11.33. Atender as condicionantes ambientais da LICENÇA MUNICIPAL PRÉVIA Nº 001/2020,
dentro dos prazos estipulados;
11.34. Atender as condicionantes ambientais da LICENÇA MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO a
ser emitida, dentro dos prazos estipulados;
11.35. Atender as exigências e diretrizes dos órgãos Federais, Estaduais e Municipais,
conforme os documentos elencados abaixo e anexo a este Termo:
11.35.1. Ofício n° 0146/2020 – DER-ES/DIROP, de 21 de fevereiro de 2020;

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8.1.1. Nota Técnica n° 37/2019/TAMAR-Vitória-ES/DIBIO/ICMBio, anexo ao Ofício SEI n°


74/2019-TAMAR-Vitória-ES/DIBIO/ICMBio, de 19 de setembro de 2019;
8.1.2. Ofício n° 304-2019/DP-IEMA, de 16 de outubro de 2019;
8.1.3. Ofício n° 232/2020/IPHAN-ES-IPHAN, de 03 de março de 2020;
8.1.4. Portaria n° 9.124 da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da
União, Superintendência do Espírito Santo, de 02 de abril de 2020;
8.1.5. Ofício n° 186/CPES-MB da Capitania dos Portos do Espírito Santo, de 06 de março
de 2020. 15.34. Retirar até 15 (quinze) dias após a implantação do PRAD e/ou após
o recebimento definitivo dos serviços, todo pessoal, máquinas, equipamentos,
materiais, e instalações provisórias do local dos trabalhos, deixando todas as áreas
do canteiro de serviço limpas e livres de entulhos e detritos de qualquer natureza.
8.1.6. Atender todas as exigências da Autorização de Exploração Florestal – AEF, emitida
pelo IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo). A referida
AEF deverá ser mantida em campo durante toda e qualquer execução dos serviços.
8.2. Caberá a CONTRATADA responder, durante 5 (cinco) anos após o Recebimento
Definitivo dos serviços, por sua qualidade e segurança nos termos do Artigo 1.245 do
Código Civil Brasileiro, devendo efetuar a reparação de quaisquer falhas, vícios,
defeitos ou imperfeições que se apresentem nesse período, independentemente de
qualquer pagamento do CONTRATANTE;
8.3. Se a CONTRATADA recusar, demorar, negligenciar ou deixar de eliminar as falhas,
vícios, defeitos ou imperfeições apontadas, poderá o Contratante efetuar os reparos e
substituições necessárias, seja por meios próprios ou de terceiros, transformando-se os
custos decorrentes, independentemente do seu montante, em dívida líquida e certa da
Contratada;
8.4. A presença da Fiscalização durante a execução dos serviços, quaisquer que sejam os
atos praticados no desempenho de suas atribuições, não implicará solidariedade ou
corresponsabilidade com a Contratada, que responderá única e integralmente pela
execução dos serviços, inclusive pelos serviços executados por suas subcontratadas,
na forma da legislação em vigor;
8.5. A Contratada terá como responsabilidade atender às recomendações da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (Lei n. º 4.150 de 21.11.62) e outras normas
aplicáveis, no que couber e, principalmente no que diz respeito aos requisitos mínimos
de qualidade, utilidade, resistência e segurança;
8.6. A contratada será responsável pela destinação correta dos resíduos gerados no
decorrer dos serviços, além de atender a legislação ambiental vigente;

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8.7. Atender as condicionantes ambientais referentes ao serviço contratada dentro dos


prazos estipulados;
8.8. Deverão constar na equipe técnica para execução dos serviços: 01 (um) Engenheiro
Pleno ou 01 (um) Biólogo com atribuições equivalentes, na forma da legislação, com
experiência comprovada na área de implantação de PRAD, por meio de atestados de
capacitação técnica, devidamente acompanhados de Certidões de Acervo Técnico,
emitidas pelo CREA ou CRBio. Sendo este responsável pelo
acompanhamento/supervisão da obra e pela emissão da ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica). Os demais profissionais também devem ser habilitados
para as respectivas funções;
8.9. A Contratada deverá manter contato com a empresa CTA, que monitora as
desovas de tartarugas marinhas nas áreas que sofrerão intervenção, e
interromper imediatamente as obras na praia em caso de ocorrência de ninho ou
de qualquer ocorrência de tetrápodes marinhos encontrados vivos ou mortos,
presença de resíduos oleosos e quaisquer outras anomalias identificadas na praia
referentes a presença de resíduos sólidos e/ou fauna, até que a empresa CTA
realize a limpeza ou transferência do mesmo para outra praia. Também é
necessário fazer registro fotográfico do que foi observado e informar a
PMS/SEMMA para histórico processual. O contato com o CTA pode ser feito
através do número 0800-0395005;
8.10. Realizar campanha de educação ambiental para esclarecimento e orientação dos
empregados quanto aos cuidados a serem adotados para conservação das tartarugas
marinhas durante a execução das atividades;
8.11. Nas Jazidas I e II, de acordo com a ICMBio, houve ocorrência de desovas nas últimas
temporadas reprodutivas, assim é recomendável que os serviços de limpeza e capina
nessas duas jazidas seja realizada durante o dia.
8.12. A CONTRATADA durante todo o período de execução dos serviços deverá manter as
placas junto aos canteiros de serviços, em local visível, com os seguintes dizeres:
“Autorização de Obras concedida pela Secretaria de Coordenação e Governança do
Patrimônio da União”, conforme Art. 6° da Portaria da SPU n° 9.124 de 02 de abril de
2020. As placas já estarão alocadas;
8.13. Observar durante a execução dos serviços de recuperação da orla da Praia da Baleia o
equipamento de fiscalização eletrônica (radar) do DER-ES no intuito de evitar qualquer
dano à estrutura.

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8.14. Sinalizar as vias estaduais durante a fase de obra, conforme Manual de Sinalização de
Obras e Emergências em Rodovias do DNIT/IPR, garantindo fluidez do tráfego seguro
para veículos e pedestres no local.

12. DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE


12.1. Manter desde o início dos serviços até o seu recebimento definitivo, a seu critério
exclusivo, uma equipe de Fiscalização constituída por profissionais habilitados que considerar
necessários ao acompanhamento e controle dos trabalhos;
12.2. Emitir ordens de início e de paralisação dos serviços;
12.3. Liberar as áreas destinadas ao serviço;
12.4. Empenhar os recursos necessários aos pagamentos, dentro das previsões estabelecidas
no Cronograma Físico-Financeiro;
12.5. Proceder às medições dos serviços efetivamente executados;
12.6. Efetuar os pagamentos das faturas emitidas pela Contratada com base nas medições de
serviços aprovadas pela Fiscalização, obedecidas as condições estabelecidas no contrato, ou
seja, que forem regularmente liquidadas;
12.7. Notificar a contratada de qualquer irregularidade detectada na execução do contrato e no
caso de não regularização, processar a rescisão, e/ou, ser foro caso, executar a garantia de
execução e/ou aplicar as sanções previstas neste edital e no art. 87 da Lei nº 8.666/93;
12.8.Emitir os Termos de Recebimentos Provisório e Definitivo nos prazos e condições
estipuladas no Edital.;

13. MEDIÇÃO
13.1.O pagamento dos serviços será efetuado em parcelas, por serviços efetivamente
realizados e aceitos, de acordo com as condições efetuadas pela fiscalização do contratante,
conforme tabela 02;
13.2. O pagamento dos serviços realizados será efetuado em até 30 (trinta) dias, a contar da
liberação da medição;
13.3. Os pagamentos somente serão efetuados mediante a apresentação dos documentos
exigidos no edital;
13.4. A contratada deverá apresentar, juntamente com a Nota Fiscal e/ou Fatura de Serviços
os documentos comprobatórios do pagamento das obrigações trabalhistas, previdenciários,
FGTS e fiscais.

14. REAJUSTES

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14.1. Os preços do contrato de poderão ser reajustados, após o transcurso de prazo de 01


(um) ano da data de apresentação da proposta, e desde que devidamente justificado e
aprovado pela fiscalização do contrato;
14.2. Os preços do contrato poderão ser reajustados, de acordo com os Índices adequados
do DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes;

15. DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS


A Contratada que cometer qualquer das infrações previstas na Lei n° 8.666/1993 e no Contrato
ficará sujeita, sem prejuízos da responsabilidade civil e criminal, às sanções estabelecidas no
Edital.

16. CRONOGRAMAS DE EXECUÇÃO DE ATIVIDADES


As atividades relacionadas à execução e manutenção do plano deverão seguir o cronograma
abaixo (tabela 01), onde estão definidas as sequencias de operações e as épocas (períodos)
para a execução destas.

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Tabela 1. Cronograma de execução do PRAD


*Ano 2 / *Ano 3 / *Ano 4 /
Ano 1 / Meses
Atividades Semestres Semestres Semestres
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 1 2 1 2
A - Corte e destoca de exóticas 1 x x
B – Controle de exóticas 2 x x
2
C - Retirada total da vegetação x x
3
D – Implantação e manutenção da cerca x x x x x x x x x x x x x
4
E - Plantio de espécies nativas herbáceas (halófila-psamófila) com árvores e arbustos
 Controle de formigas (inicial) x x
 Adubação x x
 Plantio x
 Replantio x x x
 Irrigação x x x x x x x
 Controle de plantas invasoras x x x x x x x x x x
 Controle de formigas
x x x x x x x x x x
(manutenção)
 Avaliação e Monitoramento x x x x x x x x x x

Fonte: Adaptada - Econservation

Observações: 1 Atividade indicada no Orçamento como “Destocamento de árvores com diâmetro > 30 cm;
2
Atividade indicada no Orçamento como “Capina manual inclusive, limpeza”;
3
Atividade indicada no Orçamento como “Construção de Cerca de Mourão de Eucalipto Tratado e Corda de Sisal”;
4
Atividade indicada no Orçamento como “Plantio Vegetação “e “Capina manual inclusive, limpeza”;
*
Manutenção semestral durará 2 meses.
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17. CRONOGRAMA DE MEDIÇÃO


Antes do início dos trabalhos, a empresa deverá apresentar no prazo de 10 dias corridos após
assinatura do contrato um Plano de Trabalho contendo cronograma detalhado de execução deste TR,
visando estabelecer possíveis ajustes e adequações que se fizerem necessárias, iniciando os trabalhos
somente após expressa aprovação do fiscal do contrato, que terá um prazo de análise de 15 dias
corridos contados a partir da entrega do documento. Sendo esse Plano de Trabalho aprovado, haverá
pagamento de 5% do valor total do contrato.
O cronograma físico-financeiro apresentado foi elaborado com base nas informações
apresentadas na tabela 1, item 18 deste Termo. Assim, conforme é possível verificar na tabela
1, a execução do serviço ocorrerá no período de quatro anos, envolvendo as etapas de
execução e monitoramento do PRAD, o que totalizará dez medições, conforme descrito abaixo.

1º Ano – Fase de implantação do PRAD, será dividido em quatro medições conforme


apresentado abaixo:

 Para execução da 1ª medição deverá ser apresentado relatório descritivo fotográfico da


execução dos serviços, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a implantação do
PRAD, acompanhado de documento comprobatório da origem das mudas.
Prazo de análise e aprovação da SEMMA: até 20 dias corridos, contados a partir da
entrega dos relatórios.
Valor do Produto: 20% do valor total do contrato;

 Para execução da 2ª, 3 e 4ª medição, deverão ser apresentados, conforme cronograma


físico financeiro, no prazo de 30 (trinta) dias após a etapa de manutenção relatório
descritivo e fotográfico demonstrando a evolução da implantação do PRAD.
Prazo de análise e aprovação da SEMMA: a SEMMA terá o prazo de 15 dias corridos
para análise, contados a partir da entrega do relatório.
Valor dos Produtos: conforme cronograma físico-financeiro, a 2ª medição equivale a
20%. A 3ª e 4ª medição equivalem a 5% do valor total do contrato.

 Os valores serão pagos em até 30 (trinta) dias após a aprovação dos produtos e
mediante apresentação da respectiva nota fiscal e dos documentos comprobatórios da
regularidade fiscal e trabalhista.

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Os 3 anos restantes de execução do contrato serão para executar as etapas de manutenção


do PRAD e totalizarão um total de seis medições (40% do valor do contrato), conforme
apresentado abaixo:

 Para execução da 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª medição, deverão ser apresentados, conforme
cronograma físico financeiro, no prazo de 30 (trinta) dias após a etapa de manutenção,
relatório descritivo e fotográfico demonstrando a evolução da implantação do PRAD.
Prazo de análise e aprovação da SEMMA: a SEMMA terá o prazo de 15 dias corridos
para análise, contados a partir da entrega do relatório.

Valor dos Produtos: conforme cronograma físico-financeiro, equivalerão a 5% do valor


total do contrato a 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e a 9ª medição. E, a medição final (10ª medição)
equivalerá à 15% valor total do contrato.

 Os valores serão pagos em até 30 (trinta) dias após a aprovação dos produtos e
mediante apresentação da respectiva nota fiscal e dos documentos comprobatórios da
regularidade fiscal e trabalhista.

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Tabela 2. Cronograma de medições do PRAD – IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO – 95% valor total


CRONOGRAMA DE MEDIÇÕES
Produto Atividades 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
Implantação do PRAD 90 d
1ª Medição/ Entrega do Relatório 30d
Produto Análise da SEMMA 20d
Pagamento 20% VT
Etapa da 1ª manutenção 30d
2ª Medição/ Entrega do Relatório 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 20% VT
Etapa da 2ª manutenção 30d
3ª Medição/ Entrega do Relatório 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 10% VT
Etapa da 3ª manutenção 30d
4ª Medição/ Entrega do relatório final 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 5% VT
Etapa da 4ª manutenção 30d
5ª Medição/ Entrega do relatório final 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 5% VT
Etapa da 5ª manutenção 30d
6ª Medição/ Entrega do relatório final 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 5% VT
Etapa da 6ª manutenção 30d
7ª Medição/ Entrega do relatório final 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 5% VT
Etapa da 7ª manutenção 30d
8ª Medição/ Entrega do relatório final 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 5% VT
Etapa da 8ª manutenção 30d
9ª Medição/ Entrega do relatório final 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 5% VT
Etapa da 9ª manutenção 30d
10ª Medição/ Entrega do relatório final 15d
Produto Análise da SEMMA 15d
Pagamento 15%VT

Observações: d= dias/ VT= Valor total do contrato.

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Este termo é a referência para elaboração do edital, bem como, para prestação dos serviços.

Serra, 15 de junho de 2020.

____________________________________ ____________________________________
Luana Zamprogno Nathany Angélica dos Santos
Chefe da DAPVAU Engenheira Ambiental
Secretaria Municipal de Meio Ambiente Secretaria Municipal de Meio Ambiente

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