Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DO
TOCANTINS
TOCANTINS -
HISTÓRIA
A história do
Tocantins é
uma
compilação
acerca dos
fatos históricos
que culminaram
com a criação
do nosso
Estado, em 05
de outubro de
1988.
Conhecer a História
do Tocantins é muito
mais do que só
saber sobre a sua
criação. É também
buscar entende-lo
dentro do contexto
da história geral do
Brasil e,
principalmente, nas
suas
particularidades,
onde se configuram
sua formação social,
as formas de
resistências e as
buscas de
alternativas da
população diante
das adversidades.
Esse trabalho visa
apontar caminhos
para a compreensão
desses fatos. Nesse
sentido apresenta a
construção dessa
história em dois
momentos: no
primeiro, o leitor
tem acesso a uma
síntese da história
econômica e social
do Antigo Norte de
Goiás, até a segunda
metade do século
XX. Num segundo
momento, o texto
trata
especificamente dos
processos históricos
que culminaram com
a criação do Estado
do Tocantins, até a
implantação da
capital, Palmas.
DESBRAVAMENTO
DA REGIÃO
A colonização do Brasil
se deu dentro do
contexto da política
mercantilista do século
XVI que via no comércio
a principal forma de
acumulação de capital,
garantido,
principalmente, através
da posse de colônias e
de metais preciosos.
Além de desbravar,
explorar e povoar novas
terras os colonizadores
tinham também uma
justificativa ideológica:
a expansão da fé cristã.
"Explorava-se em nome
de Deus e do lucro,
como disse um
mercador italiano"
(AMADO, GARCIA, 1989,
p.09). A preocupação
em catequizar as
populações
encontradas foi
constante.
A colônia brasileira,
administrada
política e
economicamente
pela metrópole,
tinha como função
fornecer produtos
tropicais e/ou metais
preciosos e
consumir produtos
metropolitanos.
Portugal, então,
iniciou a
colonização pela
costa privilegiando a
cana de açúcar
como principal
produto de
exportação.
Enquanto os
colonizadores
portugueses se
concentravam no
litoral, no século XVII
ingleses, franceses e
holandeses
conquistavam a região
norte brasileira
estabelecendo
colônias que servissem
de base para posterior
exploração do interior
do Brasil. Os
franceses, depois de
devidamente
instalados no forte de
São Luís na costa
maranhense, iniciam a
exploração dos sertões
do Tocantins. Coube a
eles a descoberta do
Rio Tocantins pela foz
no ano de 1610
(RODRIGUES, 2001).
O rio Tocantins foi
um dos caminhos
para o
conhecimento e
exploração da
região onde hoje
se localiza o
Estado do
Tocantins. Nasce
no Planalto
Central de Goiás
e corta, no
sentido sul-norte,
todo o território
do atual Estado
do Tocantins.
Só mais de quinze
anos depois dos
franceses foi que os
portugueses
iniciaram a
colonização da
região pela
"decidida ação dos
jesuítas". E ainda no
século XVII os
padres da
Companhia de Jesus
fundaram as aldeias
missionárias da
Palma (Paranã) e do
Duro (Dianópolis)
(SECOM, 1998).
Economia do ouro
As descobertas de
minas de ouro em
Minas Gerais no ano
1690 e em Cuiabá
em 1718
despertaram a
crença de que em
Goiás, situado entre
Minas Gerais e Mato
Grosso, também
deveria existir ouro.
Foi essa a
argumentação da
bandeira de
Bartolomeu Bueno
da Silva, o
Anhanguera (filho do
primeiro Anhanguera
que esteve com o
pai na região anos
antes), para
conseguir a licença
do rei de Portugal a
fim de explorar a
região.
O rei cedia a
particulares o
direito de
exploração de
riquezas minerais
mediante o
pagamento do
quinto, que segundo
ordenação do reino,
era uma decorrência
do domínio real
sobre todo o
subsolo. O rei, não
querendo realizar a
exploração
diretamente, cedia a
seus súditos este
direito exigindo em
troca o quinto do
metal fundido e
apurado, a salvo de
todos os gastos.
Em julho de 1722 a
bandeira do
Anhanguera saiu de
São Paulo. Em 1725
volta com a notícia
da descoberta de
córregos auríferos.
A partir desse
momento, Goiás
entra na história
como as Minas dos
Goyazes. Dentro da
divisão do trabalho
no império
português, este é o
título de existência
e de identidade de
Goiás durante quase
um século
Um grande
contingente
populacional
deslocou-se para “a
região do Araés,
como a princípio se
chamou essa parte
do Brasil, que diziam
possuir montanhas
de ouro, lagos
encantados e os
martírios de Nosso
Senhor de Jesus
Cristo gravados nas
pedras das
montanhas. Era um
novo Eldorado de
histórias
romanescas e
contos fabulosos”
( ALENCASTRE, José
Martins Pereira,
1979, p. 45).
Diante dessas
expectativas reinou,
nos primeiros
tempos, a anarquia,
pois era a
mineração “alvo de
todos os desejos. O
proprietário, o
industrialista, o
aventureiro, todos
convergiam seus
esforços e seus
capitais para a
mineração”
( ALENCASTRE, José
Martins Pereira,
1979, p. 18).
Inicialmente, as
minas de Goiás eram
jurisdicionadas à
capitania de São
Paulo na condição
de intendência, com
a capital em Vila
Boa e sob a
administração de
Bueno, a quem foi
atribuído o cargo de
superintendente das
minas com o
objetivo de
“representar e
manter a ordem
legal e instaurar o
arcabouço
tributário”.
( PALACIN, Luís,
1979, p. 33)
O Controle
das minas
Desde quando ficou
conhecida a riqueza
aurífera das Minas de
Goyazes, o governo
português tomou uma
série de medidas para
garantir para si o maior
proveito da exploração
das lavras. Foi proibida
a abertura de novas
estradas em direção às
minas. Os rios foram
trancados à navegação.
As indústrias proibidas
ou limitadas. A lavoura
e a criação
inviabilizadas por
pesados tributos:
braços não podiam ser
desviados da
mineração. O comércio
foi fiscalizado. E o fisco,
insaciável na
arrecadação.
“Só havia uma indústria
livre: a mineração, mas
esta mesma sujeita à
capitação e censo, à
venalidade dos
empregados de registros
e contagens, à
falsificação na própria
casa de fundição, ao
quinto (....), ao confisco
por qualquer ligeira
desconfiança de
contrabando”
(ALENCASTRE, José
Martins Pereira, 1979, p.
18). À época do
descobrimento das Minas
dos Goyazes vigorava o
método de quintamento
nas casas de fundição. A
das minas de Goiás era
em São Paulo. Para lá que
deveriam ir os mineiros
para quintar seu ouro.
Recebiam de volta, depois
de descontado o quinto, o
ouro fundido e selado com
selo real.
O ouro em pó podia ser
usado como moeda no
território das minas,
mas se saísse da
capitania, tinha que ser
declarado ao passar
pelo registro e depois
quintado, o que
praticamente ficava
como obrigação dos
comerciantes. Estes,
vendendo todas as
coisas a crédito, prazo e
preços altíssimos
acabavam ficando com
o ouro dos mineiros e
eram os que, na
realidade, canalizavam
o ouro das minas para o
exterior e deviam, por
conseguinte, pagar o
quinto correspondente.
O método da casa de
fundição para a
cobrança do quinto
seria ideal se não fosse
um problema que
tomava de sobressalto o
governo português: o
contrabando do ouro,
que oferecia alta
rentabilidade: “os vinte
por cento do imposto
mais dez por cento de
ágio”. Das minas para a
costa ou para o exterior
era sempre um negócio
lucrativo, que “nem o
cipoal de leis, alvarás,
cartas régias e
provisões, nem os
seqüestros, devassas
de registros, prêmios
prometidos aos
delatores e comissões
aos soldados puderam
por freio (....)”.
( PALACIN, 1979, p. 49)
O grande contrabando
era dos comerciantes
que controlavam o
comércio desde os
portos, praticado (....)
“por meio da conivência
dos guardas dos
registros, ou de
subornos de soldados,
que custodiavam o
comboio dos quintos
reais”. Contra si o
governo tinha as
dilatadas fronteiras, o
escasso policiamento, o
costume inveterado e a
inflexibilidade das leis
econômicas. ( PALACIN,
1979, p. 49). A seu favor
tinha o poder político,
jurídico e econômico
sobre toda a colônia.
Assim, decreta como
primeira medida, em se
tratando das minas, o
isolamento destas.
A partir de 1730
foram proibidas
todas as outras vias
de acesso a Goiás
ficando um único
caminho, o iniciado
pelas bandeiras
paulistas que
ligavam as minas
com as regiões do
Sul, São Paulo e Rio
de Janeiro. Com
isso, ficava
interditado o acesso
pelas picadas vindas
do Nordeste - Bahia
e Piauí. Foi proibida
a navegação fluvial
pelo Tocantins,
afastando a região
de outras capitanias
- Grão-Pará e
Maranhão.
À proporção que crescia a
importância das minas
surgiram atritos com os
governadores das
capitanias do Maranhão e
Pará, “quando do
descobrimento das minas
de Natividade e São Félix
e dos boatos de suas
grandes riquezas (...). Os
governadores tomaram
para si a incumbência de
nomear autoridades para
os ditos arraiais e outras
minas que pudessem
surgir, a fim de tomarem
posse e cobrarem os
quintos de ouro ali
existentes”.( PARENTE ,
1999, p. 59).O resultado
foi o afastamento dessa
interferência seguido da
proibição, através de
bandos, da entrada das
populações das capitanias
limítrofes na região e a
saída dos que estavam
dentro sem autorização
judicial.
Subsistência
da população
e a integração
econômica
Na segunda década
do século XIX, com
o fim da mineração,
os aglomerados
urbanos
estacionaram ou
desapareceram e
grande parte da
população
abandonou a região.
Os que
permaneceram
foram para zona
rural e dedicaram-se
à criação de gado e
agricultura,
produzindo apenas
algum excedente
para aquisição de
gêneros essenciais.(
PALACIN, 1989, p.
46)
Toda a capitania
entrou num processo
de estagnação
econômica. No norte, o
quadro de abandono,
despovoamento,
pobreza e miséria foi
descrito por muitos
viajantes e autoridades
que passaram pela
região nas primeiras
décadas do século XIX.
Saint-Hilaire, na divisa
norte/sul da capitania,
revelou: "à exceção de
uma casinha que me
pareceu abandonada,
não encontrei durante
todo o dia nenhuma
propriedade, nenhum
viajante, não vi o
menor trato de terra
cultivada, nem mesmo
um único boi".
Johann Emanuel
Pohl, anos depois,
passando pelo
povoado de Santa
Rita constatou: "é
um lugar muito
pequeno, em
visível
decadência (...).
Por não haver
negros, por falta
de braços, as
lavras de ouro
estão
inteiramente
descuradas e
abandonadas".
O desembargador
Theotônio Segurado,
que mais tarde se
tornaria ouvidor da
Comarca do Norte, em
relatório de 1806, deu
conta das penúrias em
que vivia a região em
função tanto do
abandono como da falta
de meios para contrapor
esse quadro: "A
capitania nada
exportava; o seu
comércio externo era
absolutamente passivo:
os gêneros da Europa,
vindos em bestas do Rio
ou Bahia pelo espaço de
300 léguas, chegavam
caríssimos; os
negociantes vendiam
tudo fiado: daí a falta de
pagamentos, daí as
execuções, daí a total
ruína da Capitania".
Diante dessa
situação, a Coroa
Portuguesa tomou
consciência de que só
através do
povoamento, da
agricultura, da
pecuária e do
comércio com outras
regiões que a
capitania poderia
retomar o fluxo
comercial de antes.
Como saída para a
crise voltaram-se as
atenções para as
possibilidades de
ligação comercial com
o litoral, através da
capitania do Pará,
pela navegação dos
rios Tocantins e
Araguaia.
( CAVALCANTE,
1999,p.39)
As picadas, os
caminhos e a
navegação pelos
rios Tocantins e
Araguaia, todos
interditados na
época da
mineração para
conter o
contrabando,
foram liberados
desde 1782. Como
efeito imediato o
norte começou a
se relacionar com
o Pará, ainda que
de forma precária
e inexpressiva.
Nas primeiras décadas do
século XIX, o
desembargador Theotônio
Segurado já apontava a
navegação dos rios
Tocantins e Araguaia
como alternativa para o
desenvolvimento da
região através do estímulo
à produção para um
comércio mais vantajoso
tanto no norte como em
toda a Capitania, diferente
do tradicionalmente
realizado com a Bahia,
Minas Gerais e São Paulo.
Com esse fim propôs a
formação de companhias
de comércio, o estímulo à
agricultura, o povoamento
das margens desses rios
oferecendo isenção por
dez anos do pagamento de
dízimos aos que ali se
estabelecessem, e, aos
comerciantes, concessão
de privilégios na
exportação para o Pará
( CAVALCANTE, 1999).
Com estas propostas
chamou a atenção das
autoridades
governamentais para a
importância do
comércio de Goiás com
o Pará, através dos rios
Araguaia e Tocantins.
Foi ele próprio
realizador de viagens
para o Pará
incentivando a
navegação do
Tocantins. Destacou-se
como um grande
defensor dos interesses
da região quando foi
ouvidor da Comarca do
norte. A criação dessa
comarca visava
promover o povoamento
no extremo norte para
fomentar o comércio e a
navegação dos rios
Araguaia e Tocantins.
Movimento
Separatista do
Norte de
Goiás - 1821 a
1824
A Revolução do
Porto no ano de
1820, em Portugal,
exigindo a
recolonização do
Brasil, mobilizou na
colônia,
especificamente no
litoral, a elite
intelectualizada em
prol da emancipação
do país. Em Goiás,
essas idéias liberais
refletiram na
tentativa de
derrubar a própria
personificação da
dominação
portuguesa: o.
capitão-general
Manoel Sampaio
Houve uma primeira
investida nesse sentido
em 1821, sob a liderança
do capitão Felipe Antônio
Cardoso e do pe. Luiz
Bartolomeu Marques.
Coube ao primeiro
mobilizar os quartéis e ao
segundo conclamar o povo
e lideranças para a
preparação de um golpe
que iria depor Sampaio.
Contudo, houve uma
denúncia sobre o golpe e,
em seguida, foi ordenada
a prisão dos principais
líderes rebeldes. O pe.
Marques conseguiu fugir e
novamente articulou
contra o capitão-general.
Sampaio impôs sua
autoridade e os rebeldes
foram expulsos da capital
Vila Boa. Alguns vieram
para o norte, como o
capitão Cardoso, que teve
ordem para se retirar para
o distrito de Arraias, e o
pe. José Cardoso de
Mendonça, enviado para a
aldeia de Formiga e Duro.
Mas os acontecimentos
que ocorreram na capital
não ficaram isolados. A
idéia da nomeação de um
governo provisório, depois
de fracassada na capital,
foi aclamada no norte
onde já havia anseios
separatistas. O desejo do
padre Luiz Bartolomeu
Marques não era outro
senão a independência do
Brasil. E a deposição de
Sampaio seria apenas o
primeiro passo. Para este
fim contavam com o
vigário de Cavalcante,
Francisco Joaquim Coelho
de Matos, que cedeu a
direção das coisas ao
desembargador Joaquim
Theotônio Segurado.
No dia 14 de setembro,
um mês após a
frustrada tentativa de
deposição de Sampaio,
instalou-se o governo
independencista do
norte, com capital
provisória em
Cavalcante. O ouvidor
da Comarca do Norte,
Theotônio Segurado,
presidiu e estabeleceu
essa junta provisória
até janeiro de 1822. No
dia seguinte, o governo
provisório da Comarca
da Palma fez circular
uma proclamação em
que declarou-se
separado do governo.
( ALENCASTRE, 1979).
As justificativas para a
separação do norte em
relação ao centro-sul de
Goiás eram, para
Segurado, de natureza
econômica, política,
administrativa e
geográfica.
A instalação de um
governo independente -
não necessariamente em
relação à Coroa
Portuguesa, mas sim ao
governo do capitão-
general da Comarca do
Sul - parecia ser o único
objetivo de Theotônio
Segurado. A sua posição
não-independencista
provocou a insatisfação
de alguns dos seus
correligionários políticos
e a retirada de apoio à
causa separatista. Em
outubro de 1821, transfere
a capital para Arraias
provocando oposição e
animosidade dos
representantes de
Cavalcante. Com o seu
afastamento em janeiro
de 1822, quando partiu
para Lisboa como
deputado representante
de Goiás na Corte,
agravou a crise interna.
“A partir dessa data
uma série de atritos
parecem denunciar
que a junta havia
ficado acéfala. Na
ausência de
Segurado, nenhuma
liderança capaz de
impor-se com a
autoridade
representativa da
maioria dos arraiais
conseguiu se firmar.
Pelo contrário, os
interesses
particulares dos
líderes de
Cavalcante, Palmas,
Arraias e Natividade
se sobrepuseram à
causa separatista
regional”.
( CAVALCANTE,
1999,p.64)
Criação do
Estado do
Tocantins -
1988
O ano era 1987. As
lideranças souberam
aproveitar o
momento oportuno
para mobilizar a
população em torno
de um projeto de
existência quase
secular e pelo qual
lutaram muitas
gerações: a
autonomia política
do norte goiano, já
batizado Tocantins.
A Conorte apresentou à
Assembléia Constituinte
uma emenda popular com
cerca de 80 mil
assinaturas como reforço
à proposta de criação do
Estado. Foi criada a União
Tocantinense,
organização supra-
partidária com o objetivo
de conscientização
política em toda a região
norte para lutar pelo
Tocantins também através
de emenda popular. Com
objetivo similar, nasceu o
Comitê Pró-Criação do
Estado do Tocantins, que
conquistou importantes
adesões para a causa
separatista. "O povo
nortense quer o Estado do
Tocantins. E o povo é o
juiz supremo. Não há
como contestá-lo",
reconhecia o governador
de Goiás na época,
Henrique Santilo. ( SILVA,
1999,p.237)
Em junho, o deputado
Siqueira Campos,
relator da Subcomissão
dos Estados da
Assembléia Nacional
Constituinte, redige e
entrega ao presidente
da Assembléia, o
deputado Ulisses
Guimarães, a fusão de
emendas criando o
Estado do Tocantins
que foi votada e
aprovada no mesmo dia.
Foi na economia de
subsistência que a
população encontrou
mecanismos de
resistência para se
integrar economicamente
ao mercado nacional.
Essa integração, embora
lenta, foi se concretizando
baseada na produção
agropecuária, que
predomina até hoje e
constitui a base
econômica do Estado do
Tocantins (PARENTE,
Temis Gomes, 1999, p.96)
Formação
dos
arraiais
“Há ouro e água”. Isto
basta. Depois da
fundação solene do
primeiro arraial de
Goiás, o arraial de
Sant'Anna, esse foi o
critério para o
surgimento dos demais
arraiais. Para as
margens dos rios ou
riachos auríferos
deslocaram-se
populações da
metrópole e de todas as
partes da colônia,
formando à proporção
em que se descobria
ouro, um novo arraial
“que podia progredir ou
ser abandonado,
dependendo da
quantidade de riquezas
existentes”. (PARENTE,
Temis Gomes, 1999,
p.58)
Nas décadas de 1730 e
1740 ocorreram as
descobertas auríferas
no norte de Goiás e, por
causa delas, a formação
dos primeiros arraiais
no território onde hoje
se situa o Estado do
Tocantins. Natividade e
Almas (1734), Arraias e
Chapada (1736), Pontal
e Porto Real (1738). Nos
anos 40, surgiram
Conceição, Carmo e
Taboca, e mais tarde
Príncipe (1770). Alguns
foram extintos, como
Pontal, Taboca e
Príncipe. Os outros
resistiram à decadência
da mineração e no
século XIX se
transformaram em vilas
e posteriormente em
cidades.
O grande fluxo de
pessoas de todas as
partes e de todos os
tipos permitiu que a
composição social da
população dos arraiais
de ouro se tornasse
bastante heterogênea.
Trabalhar, enriquecer e
regressar ao lugar de
origem eram os
objetivos dos que se
dirigiam para as minas.
Em sua maioria eram
homens brancos,
solteiros ou
desacompanhados da
família, que
contribuíram para a
mistura de raças com
índias e negras
escravas. No final do
século XVIII, os
mestiços já eram
grande parte da
população que
posteriormente foram
absorvidos no comércio
e no serviço militar.
A população branca era
composta de mineiros e
de pessoas pobres que
não tinham nenhuma
ocupação e eram
tratados, nos
documentos oficiais,
como vadios.
No período de 1779 a
1822, ocorreu a queda
brusca da arrecadação
do quinto com o fim das
descobertas do ouro de
aluvião, predominando a
faiscagem nas minas
antigas. Quase sem
transição, chegou a
súbita decadência.
A crise econômica
O declínio da mineração
foi irreversível e arrastou
“consigo os outros
setores a uma ruína
parcial: diminuição da
importação e do comércio
externo, menor
arrecadação de impostos,
diminuição da mão-de-
obra pelo estancamento
na importação de
escravos, estreitamento
do comércio interno, com
tendência à formação de
zonas de economia
fechada e um consumo
dirigido à pura
subsistência,
esvaziamento dos centros
de população, ruralização,
empobrecimento e
isolamento
cultural”( PALACIN, 1979,
p. 133). Toda a capitania
entrou em crise e nada foi
feito para a sua
revitalização. Endividados
com os comerciantes, os
mineiros estavam
descapitalizados.
A avidez pelo lucro fácil,
tanto das autoridades
administrativas
metropolitanas quanto
dos mineiros e
comerciantes, não
admitiu perseveranças.
O local onde não se
encontrava mais ouro
era abandonado. Os
arraiais de ouro, que
surgiam e
desapareciam no
Tocantins, contribuíram
apenas para o
expansionismo
geográfico. Cada vez se
adentrava mais o
interior em busca do
ouro aluvional, mas em
vão.
No norte da
capitania a crise foi
mais profunda.
Isolada tanto
propositadamente
quanto
geograficamente,
essa região sempre
sofreu medidas que
frearam o seu
desenvolvimento. A
proibição da
navegação fluvial
pelos rios Tocantins
e Araguaia eliminou
a maneira mais fácil
e econômica de a
região atingir outros
mercados
consumidores das
capitanias do norte
da colônia.
O caminho aberto que
ligava Cuiabá a Goiás
não contribuiu em
quase nada para
interligar o comércio da
região com outros
centros abastecedores,
visto que o mercado
interno estava voltado
ao litoral nordestino.
Esse isolamento, junto
com o fato de não se
incentivar a produção
agro-pecuária nas
regiões mineiras,
tornava abusivo o preço
de gêneros de consumo
e favorecia a
especulação. A
carência de
transportes, a falta de
estradas e o risco
freqüente de ataques
indígenas dificultavam o
comércio.
Além destas
dificuldades, o
contrabando e a
cobrança de pesados
tributos contribuíram
para drenagem do ouro
para fora da região. Dos
impostos, somente o
quinto era remetido
para Lisboa. Todos os
outros (entradas,
dízimos, contagens,
etc.) eram destinados à
manutenção da colônia
e da própria capitania.
Inviabilizadas as
alternativas de
desenvolvimento
econômico devido à
falta de acumulação de
capital e ao
atrofiamento do
mercado interno após o
fim do ciclo da
mineração, a população
se volta para a
economia de
subsistência.
Nas últimas décadas
do século XVIII e
início do século XIX,
toda a capitania
estava mergulhada
numa situação de
crise, o que levou os
governantes goianos
a voltarem suas
atenções para as
atividades
econômicas que
antes sofreram
proibições,
objetivando
soerguer a região da
crise em que
mergulhara.
Criação
da
Comarca
do Norte -
1809
Para facilitar a
administração, a
aplicação da justiça e,
principalmente,
incentivar o povoamento
e o desenvolvimento da
navegação dos rios
Tocantins e Araguaia, o
Alvará de 18 de março
de 1809 dividiu a
Capitania de Goiás em
duas comarcas
(regiões): a Comarca do
Sul e a Comarca do
Norte. Esta recebeu o
nome de Comarca de
São João das Duas
Barras, assim como
chamaria a vila que, na
confluência do Araguaia
no Tocantins se
mandaria criar com este
mesmo nome para ser
sua sede. Para nela
servir foi nomeado o
desembargador Joaquim
Theotônio Segurado
como seu ouvidor.
A nova comarca
compreendia os
julgados de Porto Real,
Natividade, Conceição,
Arraias, São Félix,
Cavalcante, Traíras e
Flores. O arraial do
Carmo, que já tinha sido
cabeça de julgado,
perde essa condição
que foi transferida para
Porto Real, ponto que
começava a prosperar
com a navegação do
Tocantins. Enquanto
não se fundava a vila de
São João das Duas
Barras, Natividade seria
a sede da ouvidoria. A
função primeira de
Theotônio Segurado era
designar o local onde
deveria ser fundada
essa vila.
Alegando a distância e
a descentralização em
relação aos julgados
mais povoados, o
ouvidor e o povo do
norte solicitaram a D.
João autorização para a
construção da sede da
comarca em outro local.
No lugar escolhido por
Segurado, o alvará de
25 de janeiro de 1814
autorizava a construção
da sede na confluência
dos rios Palma e
Paranã, a vila de Palma,
hoje a cidade de
Paranã.
A vila de São João das
Duas Barras recebeu o
título de vila, mas nunca
chegou a ser
construída. Theotônio
Segurado,
administrador da
Comarca do Norte,
muito trabalhou para o
desenvolvimento da
navegação do Tocantins
e o incremento do
comércio com o Pará.
Assumiu posição de
liderança como grande
defensor dos interesses
regionais e, tão logo se
mostrou oportuno, não
hesitou em reivindicar
legalmente a autonomia
político-administrativa
da região.
O 18 de março foi,
oficialmente,
considerado o Dia
da Autonomia
pela lei 960 de 17
de março de 1998,
por ser a data da
criação da
Comarca do
Norte,
estabelecida
como marco
inicial da luta pela
emancipação do
Estado.
Trajetória
de luta
pela
criação do
Tocantins
No final do século
XIX e no decorrer do
século XX, a idéia de
se criar o Tocantins,
estado ou território,
esteve inserida no
contexto das
discussões
apresentadas em
torno da redivisão
territorial do país,
no plano nacional.
Mas, a
concretização desta
idéia só veio com a
Constituição de
1988 que criou o
Estado do Tocantins
pelo
desmembramento do
estado de Goiás.
Ainda no Império,
duas tentativas: a
defesa de Visconde de
Taunay, na condição
de deputado pela
Província de Goiás,
propondo a separação
do norte goiano para a
criação da Província
da Boa Vista do
Tocantins, com a vila
capital em Boa Vista
(Tocantinópolis), em
1863; e, de modo mais
concreto, em 1889,
com o projeto de
Fausto de Souza para
a redivisão do Império
em 40 províncias,
constando a do
Tocantins na região
que compreendia o
norte goiano.
Nas primeiras
décadas da
República o discurso
separatista
sobreviveu na
imprensa regional,
principalmente de
Porto Nacional -
maior centro
econômico e político
da época - em
periódicos como
"Folha do Norte" e
"Norte de Goiás". A
partir da década de
1930 que o discurso
retorna à esfera
nacional.
Após a criação
pela Constituição
de 1937 dos
territórios do
Amapá, Rio
Branco, Guaporé -
atual Rondônia -
Itaguaçu e Ponta
Porã (extintos
pela Constituição
de 1946), houve
também quem
defendesse a
criação do
território do
Tocantins.
A criação do Estado
do Tocantins - 1988
Foi construída, no
centro geográfico do
Estado, numa área de
1.024 Km2
desmembrada do
município de Porto
Nacional, a cidade de
Palmas, para ser a
sede do governo
estadual. Em 1º de
janeiro de 1990, foi
instalada a capital.
Bibliografia
- BARROS, Otávio. Breve
História do Tocantins, 1º
edição, FIETO, Araguaína,
1996
- PARENTE, Temis
Gomes- Fundamentos
Históricos do Estado do
Tocantins Goiânia: ED.
da UFG, 1999.
- ALENCASTRE, José
Martins Pereira de.
Anais da Província de
Goiás. Goiânia:
SUDECO/Governo de
Goiás, 1979.
https://
mundoeducacao.uol.co
m.br/geografia/
tocantins.htm
O Tocantins é o mais
jovem estado do
Brasil. Criado em
1988, tem Palmas
como a sua capital.
Apresenta na
atualidade uma
população de
aproximadamente
1,5 milhão de
habitantes e uma
economia em
ascensão. Os
destaque ficam por
conta da agricultura,
comércio, serviços e
indústria. Hoje o
Tocantins é um dos
maiores produtores
de arroz e abacaxi
do Brasil.
Por possuir um
território amplo,
detém uma
grande
variedade de
biodiversidade,
com presença
do Cerrado e
Amazônia, além
das faixas de
transição. Seu
clima é o
tropical e sua
hidrografia
alimenta a
Bacia do
Tocantins-
Araguaia.
Dados gerais de
Tocantins
Região: ãRegião
Norte.
Capital: Palmas.
Governo: Mauro
Carlesse (2019 –
2022).
Área territorial:
277.466,763 km²
(IBGE, 2019).
População:
1.590.248 milhão de
habitantes (IBGE,
2020).
Densidade
demográfica: 5,73
hab./km² (IBGE,
2020).
Fuso: Brasília (-
3:00).
Clima: predomínio
do clima tropical.
No dia 1º de janeiro de
1989, foi instalado o
estado do Tocantins e
empossados o
governador, José Wilson
Siqueira Campos; seu
vice, Darci Martins
Coelho; os senadores
Moisés Abrão Neto,
Carlos Patrocínio e
Antônio Luiz Maya; 8
deputados federais e 24
deputados estaduais.
No dia 5 de outubro de
1989, foi promulgada
também a primeira
Constituição do estado,
nos moldes da
Constituição Federal.
Foram criados na
ocasião 44 municípios,
além dos 79 já
existentes. Hoje
existem 139 municípios
tocantinenses.
Geografia de
Tocantins
O estado do
Tocantins faz
fronteira com
Goiás ao sul,
Mato Grosso e
Pará a oeste, e
Bahia, Piauí e
Maranhão na
porção leste. A
geografia do
estado é
bastante
diversificada.
Clima de Tocantins
O clima
tocantinense é o
tropical,
caracterizado por
ser seco e pela
presença de duas
estações do ano
bem definidas:
inverno (quente e
chuvoso);
verão (seco e
quente).
As médias de
temperatura do
estado é de 25 ºC,
com pluviosidade de
1.500 mm/ano. As
chuvas acontecem
mais de novembro a
março.
Relevo de
Tocantins
No relevo do estado,
predominam áreas de
planaltos. Por se
localizar na porção
centro-sul da região do
Planalto Central,
encontram-se muitos
morros, serras e
chapadas.
Há algumas áreas de
planícies na porção
oeste-sul, nas
proximidades do Rio
Araguaia e na região
central do Rio
Tocantins. A região
norte do estado também
apresenta essa unidade
de relevo,
principalmente no
encontro do Rio
Tocantins e Araguaia,
no Bico do Papagaio.
Vegetação de
Tocantins
A vegetação do
Tocantins é
bastante variada,
pois apresenta
áreas de vegetação
de Cerrado e as
variações desse
mesmo bioma, como
o Cerradão e
Campos Limpos ou
Rupestres.
Há também a
presença de floresta
equatorial de
transição, sob forma
de "mata de
galeria",
extremamente
variada, encontrada
na porção norte-
noroeste.
Hidrografia de
Tocantins
Destacam-se os dois
rios que compõem a
Bacia do Tocantins-
Araguaia. O Rio
Araguaia é limítrofe a
oeste entre Tocantins,
Mato Grosso e Pará. Já
o Rio Tocantins nasce
no Distrito Federal e
desce do alto do
Planalto Central,
passando por Goiás e
Tocantins (no qual
corta o estado de sul a
norte) até encontrar o
Araguaia no Bico do
Papagaio e se dirigir à
sua foz, na Ilha do
Marajó (PA). Os demais
rios do estado são
drenados para a Bacia
do Tocantins-Araguaia.
Paisagens de
Tocantins
O estado conta com
paisagens exuberantes,
mundialmente
conhecidas, como o
caso da Ilha do Bananal,
maior ilha fluvial do
mundo, e a região do
Jalapão, um paraíso
com dunas de areia e
muitos rios naturais e
cristalinos. As
paisagens revelam
aspectos da vegetação,
relevo e hidrografia do
estado.
Mapa de Tocantins
Demografia
de
Tocantins
De modo geral, a
população total
do estado do
Tocantins é bem
pequena. É
composta por
1.590.248 milhão
de habitantes e
densidade
demográfica de
5,73 habitantes
por km². As
principais
cidades do
estado são:
Ato
Divisão
geográfica de
Tocantins
O estado do Tocantins
possui três
macrorregiões
administrativas com
cidades centrais. São
elas:
Araguaína – Região
Norte;
Palmas – Região
Central;
Gurupi – Região Sul.
Numa escala menor,
as regiões do estado
já se dinamizam
mais. O IBGE
reconhece e
classifica o território
do estado em
algumas
microrregiões. Na
porção norte do
estado, temos:
Araguatins;
Tocantinópolis;
Araguaína;
Colinas do
Tocantins;
Guaraí.
Na mesorregião
central, temos:
Miracema do
Tocantins;
Paraíso do
Tocantins;
Palmas;
Porto Nacional.
Na porção sul
do território,
temos:
Gurupi;
Dianópolis.
Economia
de
Tocantins
A economia do
estado é
considerada
jovem e próspera.
O PIB está em
crescimento e há
três setores
fortes:
serviços e
comércio (71,8%);
indústria (14,7%);
agropecuária
(13,5%).
O setor de serviços e
comércio atua bastante
nas principais cidades
do estado e também no
entorno do principal
eixo de transporte do
Tocantins, a BR-153, via
que corta todo o estado
de norte a sul. A
indústria e a
agroindústria do estado
são atividades que
crescem a cada ano.
Destacam-se a indústria
de transformação, a
indústria extrativista, de
alimentos, de
eletricidade, de gás,
água, esgoto, bem como
atividades de gestão de
resíduos e construção.
No caso da
agropecuária, o
destaque fica por conta
da produção de milho e
arroz, sendo o
Tocantins líder de
produção da Região
Norte e terceiro maior
produtor de arroz do
Brasil, com 670 mil
toneladas/ano. Também
é produtor de abacaxi
(6º maior do Brasil). O
rebanho bovino conta
com mais de 8 milhões
de cabeças de animais.
A pesca e aquicultura
também são destaques.
Infraestrutura
O Estado do Tocantins
conta com diversas
infraestruturas, em
vários setores. O setor
energético com
produção hidrelétrica
chama atenção com
diversas usinas, sendo
as mais importantes a
Lajeado (município de
Lajeado) e Luiz Eduardo
Magalhães (município
de Miracema).
No setor de transportes,
destacam-se a BR-153,
TO-050, TO-070, TO-255,
TO-080, TO-010, TO-445,
TO-342, TO-280, TO-040
(trecho entre Almas e a
divisa com a Bahia).
A Ferrovia Norte-Sul
corta também todo o
estado de norte a sul e
já se encontra em
funcionamento de
Aguiarnopólis até Porto
Nacional.
O estado também conta
com três aeroportos
funcionando nas
cidades de Palmas,
Araguaína e Gurupi.
O estado também
conta com três
aeroportos
funcionando nas
cidades de
Palmas,
Araguaína e
Gurupi.
Aeroporto de Palmas -
Brigadeiro Lysias
Rodrigues
AUX
O Aeroporto Regional
de Araguaína (IATA:
AUX, ICAO: SWGN) é um
aeroporto da região
norte do pais, localizado
no município de
Araguaína.
O Aeroporto de Gurupi -
Comandante Jacinto
Nunes (IATA: GRP, ICAO:
SWGI) é o aeroporto que
serve o município
brasileiro de Gurupi, no
estado do Tocantins
Wikipedia
A
Aeroporto de
Araguacema
Aeroporto de Araguaína
Aeroporto de
Araguatins
Aeroporto de Arraias
B
Aeroporto de Brejinho
de Nazaré
G
Aeroporto de Gurupi
P
Aeroporto de Palmas
Aeroporto de Paraíso do
Tocantins
Aeroporto de Paranã
Aeroporto de Porto
Nacional
Símbolos
do
Tocantins
Símbolos
do
Tocantins
O brasão do estado do
Tocantins é o emblema
heráldico e um dos
símbolos oficias do
estado brasileiro do
Tocantins, conforme
estabelece o parágrafo
1º do artigo 3º da
Constituição Estadual.
[1] Seu uso em
quaisquer documentos,
papéis, plotagens, sítios
na internet, fachadas de
prédios públicos, em
veículos, placas em
geral e publicidade
institucional, é
obrigatória no âmbito do
Poder Executivo
Estadual, integrado por
seus Órgãos e
Entidades.[2]
História
Foi criado pela lei
estadual nº 92, de 17 de
novembro de 1989,
sancioanada pelo
governador Siqueira
Campos (político).[3] O
autor do desenho do
Brasão da Armas do
Estado de Tocantins é o
heraldista José Luiz de
Moura Pereira, que
assina suas obras como
Zeluiz, de naturalidade
paraense, residente em
Brasília.
Descrição heráldica
A descrição heráldica é
fornecida pelo artigo 1º lei de
criação:[3]
LONGITUDE é a
distância medida em
graus a partir do
meridiano de greenwich
(180º 0º 180º)50º44'
Apinajé.
TocantinópolisMauri
tâniaCachoeirinhaSã
o Bento
Krahô Goiâtins
Itacajá
Xerente Tocantínia
Xambioá Santa fé
Krahô CanelaLagoa
da confusão
Karajá,Javaé,Avá-
Canoeiro Ilha do
Bananal
Pankararu Gurupi
O TOCANTINS
Goiás, ao Sul;
Maranhão, Piauí
e Bahia, ao
Leste;
Pará e Mato
Grosso, a
Oeste.
WIKIPEDIA
Tocantins é uma das 27
unidades federativas do
Brasil, sendo o seu mais
novo estado.[8] Está
localizado a sudeste da
Região Norte e tem
como limites Goiás a
sul, Mato Grosso a
oeste e sudoeste, Pará
a oeste e noroeste,
Maranhão a norte,
nordeste e leste, Piauí a
leste e Bahia a leste e
sudeste. Sua capital é a
cidade planejada de
Palmas que, dentre as
capitais estaduais
brasileiras, é a menos
populosa. Na bandeira
nacional e no selo
nacional do Brasil, o
Tocantins é
representado pela
estrela Adhara (ε Canis
Majoris).
Ocupa uma área de 277
720,520 km², pouco maior
que o Equador e a Nova
Zelândia, sendo a décima
maior unidade federativa em
área territorial no Brasil.
Com mais de 1,6 milhão de
habitantes, é o quarto estado
mais populoso da Região
Norte e o vigésimo quarto
mais populoso do Brasil.
Apenas dois de seus
municípios possuem
população acima de 100 mil
habitantes: Palmas, a capital
e sua maior cidade com
quase 290 mil habitantes em
2017, e Araguaína, com
cerca de 175 mil habitantes.
Tocantins possui um dos
mais baixos índices de
densidade demográfica no
país, superior apenas ao dos
estados de Roraima,
Amazonas, Mato Grosso e
Acre. Conforme dados do
Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, em
2017 a densidade
demográfica equivale a 5,58
habitantes por quilômetro
quadrado.[9]
Além de Palmas e
Araguaína, outras cidades
importantes no estado são
Gurupi, Porto Nacional e
Paraíso do Tocantins.
Juntos, estes cinco
municípios abrigavam, em
2015, cerca de 42,22 por
cento da população total
do estado.[10] O relevo
apresenta chapadas ao
centro, ao sul e ao leste, a
Serra Geral a sudeste, a
Serra das Traíras (ou das
Palmas) ao sul, e a
planície do Araguaia, com
a Ilha do Bananal, nas
regiões norte, oeste e
sudoeste. São
importantes o Rio
Tocantins (incluindo o Rio
Maranhão), o Rio
Araguaia, o Rio Javaés, o
Rio do Sono, o Rio das
Balsas, o Rio Manuel
Alves e o rio Paranã. O
clima é tropical. Veja lista
de rios do Tocantins.
A economia tocantinense
se baseia no comércio, na
agricultura (arroz, milho,
feijão, soja, melancia), na
pecuária e em criações.
No setor terciário suas
principais atividades
estão concentradas em
Palmas e também nos
municípios que estão
localizados às margens da
Rodovia Belém-Brasília,
principal via de ligação da
capital federal com a
parte norte do Brasil.
Possui o segundo maior
Índice de
Desenvolvimento Humano
(IDH) e o quarto maior PIB
per capita entre todos os
estados do Norte do
Brasil. A Serra das
Traíras, localizada no
município de Paranã e na
divisa com Goiás, é o
ponto mais elevado no
estado, com 1 340 metros
de altitude.[11]
Etimologia
O nome "Tocantins" é
uma referência ao rio
Tocantins, que corta o
estado de sul ao norte.
Trata-se de um termo
oriundo do tupi antigo,
onde significa "bicos de
tucanos", através da
junção dos termos
tukana ("tucanos") e tim
("bicos"). O nome do rio,
por sua vez, é uma
referência à tribo
indígena que habitava a
região na época da
chegada dos primeiros
colonizadores
portugueses.[12]
Período colonial
A ocupação da região
do atual Tocantins se
iniciou na primeira
metade do século XVII,
quando jesuítas criam
os aldeamentos
missionários de Palma
(atual Paranã) e Duro
(atual Dianópolis), para
a catequese dos povos
indígenas locais.[13]
Em 1722, os
bandeirantes
descobrem ouro na
região de Vila Boa e
isso fomenta a procura
pelo metal na região
dos atuais Goiás e
Tocantins.
Nas décadas de 1730 e
1740, descobre-se ouro
no atual território
tocantinense e, com
isso, chegam a região
desbravadores, em
grande parte oriundos
das regiões Norte e
Nordeste do Brasil e
fundam-se os primeiros
arraiais, que originaram
como Natividade,
Almas, Arraias, Porto
Nacional e Conceição
do Tocantins. Durante
décadas, o norte de
Goiás (o atual
Tocantins) foi uma das
regiões da Capitania em
que mais produziu ouro,
com o uso da mão-de-
obra escrava africana.
No final do século XVIII,
a mineração de ouro na
Capitania de Goiás entra
em declínio e ela passa
por uma profunda crise
econômica, acentuada
no Tocantins. A região
passa a ter como base
econômica a agricultura
e muitos dos antigos
mineradores deixam o
território tocantinense,
o qual se torna isolado.
Nesse contexto, no
início do século XIX,
como uma forma de
promover o povoamento
do norte da Capitania de
Goiás e fomentar o
comércio e a navegação
nos rios Araguaia e
Tocantins, o
desembargador Dr.
Teotônio Segurado
propôs a criação da
Comarca de São João
das Duas Barras,
efetivada em 1809.
Movimentos
separatistas
Em 1821, pouco antes
da Independência do
Brasil, diante do
abandono da região
pelo governo goiano,
Segurado proclama o
Governo Autônomo do
Tocantins, mas a revolta
é reprimida.
No Império do Brasil,
houveram mais duas
tentativas de emancipar
o norte de Goiás. Em
1863, o Visconde de
Taunay defende a
criação da Província da
Boa Vista do Tocantins,
com capital na vila de
Boa Vista (atual
Tocantinópolis). Em
1889, Fausto de Souza
defendeu a divisão do
Império em 40
províncias, sendo uma
delas a do Tocantins.
Na Primeira República
Brasileira, o discurso
separatista sobreviveu
na imprensa regional,
principalmente de Porto
Nacional, que era o
centro econômico e
político tocantinense da
época.[20]
No Estado Novo, quando
o governo federal
manda criar os
territórios federais de
Guaporé (atual
Rondônia), Rio Branco
(atual Roraima), Iguaçu
e Ponta Porã, estes dois
últimos extintos em
1946, houve também a
pressão para criar o
território federal do
Tocantins.[20]
Em 13 de maio de 1956, o
Dr. Feliciano Machado
Braga, Juiz de Direito de
Porto Nacional,
juntamente com o Prof.
Fabrício César Freire, o
Bioquímico Dr. Oswaldo
Ayres da Silva, o
Jornalista João Matos
Quinaud, o Advogado Dr.
Francisco Mascarenhas, o
Escrivão Pethion Pereira
Lima e o Odontólogo Dr.
Severo Gomes, com a
adesão das entidades
como a ATI (Associação
Tocantinense de
Imprensa), CENOG (Casa
do Estudante do Norte
Goiano) e UAO (União
Artística e Operária),
lançou o "Movimento Pró-
Criação do Estado do
Tocantins", como uma
expressão do desejo
emancipacionista do norte
de Goiás. Formaram-se
comissões para estudar
as formas de implantação
do novo estado, sendo
criados, então uma
bandeira e um hino.
Durante quatro anos,
foram realizadas
paradas cívicas no dia
13 de maio alusivas à
data de lançamento do
movimento. Em sinal de
sua dedicação à causa,
o juiz Feliciano Machado
Braga passou a
despachar em
documentos oficiais
como "Porto Nacional,
Estado do Tocantins" e
foi transferido de Porto
Nacional e assim, o
movimento perdeu sua
força e seu líder maior
de então.
Com a construção de
Brasília e a expansão da
agricultura, a região do
Tocantins começa a se
desenvolver, com a
construção da Rodovia
Belém-Brasília, a mineração
de ouro e calcário e a
extração de madeira. Com
isso, muitos migrantes
vindos de outras partes do
Brasil vão para o então
norte de Goiás.[8] A
ocorrência de intensos
conflitos agrários na região
conhecida como "Bico do
Papagaio", no norte
tocantinense, entre os rios
Araguaia e Tocantins,
nessa época, alimentou a
defesa pela emancipação
da região.
Regiões
geográficas
intermediárias
Cid
Economia
O Tocantins é
conhecido como uma
terra nova, de novas
possibilidades e
oportunidades, atrativa
para migrantes e
propícia ao aporte de
novos investimentos
com uma série de
incentivos fiscais: a
economia tocantinense
está assentada em um
agressivo modelo
expansionista de
agroexportações e é
marcada por seguidos
records de hiper-
superávits primários: a
maioria de sua pauta de
exportação é soja em
grão e carne bovina,
revelando sua forte
inclinação
agropecuária.
Em 2005, Tocantins
exportou 158,7 milhões
de dólares e importou
14,3 milhões. Sua
indústria é
principalmente a
agroindústria,
centralizada em seis
distritos instalados em
cinco cidades-polo:
Palmas, Araguaína,
Gurupi, Porto Nacional e
Paraíso do Tocantins. Sua
indústria é ainda pequena
e voltada principalmente
para consumo próprio.
Observa-se uma
economia, que com
sucesso consegue reter
capitais com sua
pequena indústria
(reduzindo a necessidade
de importações), uma
população com renda per
capita em posição
mediana, uma potência
agrícola em expansão
com um PIB cada vez
maior e com deficiências
principalmente no setor
secundário (indústrias).
O valor bruto da
produção agrícola do
estado foi estimado em
mais de R$ 7,6 bilhões
em 2019.[45] Na soja, o
Tocantins é o maior
produtor da Região Norte
do Brasil. Na safra de
2019, o Tocantins colheu
3 milhões de toneladas.
[46][47] No milho, o
estado colheu perto de 1
milhão de toneladas em
2019.[45] Em 2019, o
Tocantins foi líder na
produção de arroz na
região Norte, tornando-se
o terceiro maior produtor
do Brasil. Colheram mais
de 670 mil toneladas na
safra 2016/2017.[45] Em
relação ao abacaxi, em
2018, o Tocantins foi o
sexto maior estado
produtor do Brasil, com
69 milhões de frutas.[48]
Em 2019, o rebanho
bovino do estado era de 8
milhões de animais. [45]
Sobre a indústria, o
Tocantins teve um PIB
industrial de R$ 4,5
bilhões em 2017,
equivalente a 0,4% da
indústria nacional.
Emprega 30.234
trabalhadores no setor.
Os principais setores
industriais são:
Construção (34,1%),
Serviços Industriais de
Utilidade Pública, como
Eletricidade e Água
(28,4%), Alimentos
(22,5%), Minerais não
metálicos (5,2%) e
Químicos (1,5%). Esses
5 setores concentram
91,7% da indústria do
estado.[49]
O potencial exportador do
estado vem aumentando
consideravelmente, tendo
o Tocantins, em 2012,
exportado
aproximadamente 644
milhões de dólares,
divididos principalmente
em soja (69,37%), carne
bovina congelada
(20,29%), álcool etílico
(3,35%), carne bovina
(2,58%) e miúdos
comestíveis (1,34%).[44]
Boa parte de suas
importações é de
maquinário, material de
construção, ferro e
aeronaves de pequeno
porte, produtos que
representam a base de um
expansionismo econômico.
Não se observa a
importação de produtos
produtíveis em solo
estadual: o que representa
uma contenção de evasão
econômica, garantindo um
superávit na balança
comercial, retendo mais
divisas dentro do estado.
[car
A produção de borracha
natural (látex in-natura)
após anos de incentivo
dos órgãos
agropecuários
estaduais, estabilizou-
se em três regiões,
norte (Araguaína),
centro (Pium) e sul
(Palmeirópolis), com a
região sul possuindo a
maior área plantada do
estado. Uma importante
ajuda à economia
estadual, como ocorre
com a maioria das
prefeituras do país,
consiste no
recebimento de verbas
federais, principalmente
através do FPM – Fundo
de Participação dos
Municípios.[c
No setor terciário
(comércio e serviços)
suas principais
atividades estão
concentradas na capital
Palmas e também nas
cidades que estão
localizadas à beira da
Rodovia Belém-Brasília
(BR's 153 e 226). Faz-se
importante frisar a
relevância dessa rodovia
para o Tocantins, pois
ela corta o estado de
norte a sul e possibilita
um melhor desempenho
no crescimento
econômico das cidades
localizadas às suas
margens, servindo como
entreposto de
transportes rodoviários e
de serviços a viajantes.
Além disso, a Rodovia
Belém-Brasília também
facilita o escoamento da
produção do Tocantins
para outros estados e
para portos no litoral.
[care
Infraestrutura
As principais rodovias
federais do Tocantins
são a BR-153 e a BR-
226, que juntas formam
o eixo viário da Rodovia
Belém-Brasília. As
demais são a BR-010, a
BR-230 (Rodovia
Transamazônica), a BR-
235 e a BR-242. Estas
últimas rodovias, com a
exceção da BR-230,
ainda possuem muitos
trechos sem
pavimentação ou até
mesmo incompletos. No
Tocantins, a Rodovia
Belém-Brasília (BR-153
e BR-226) foi a primeira
rodovia a ter sido
construída e
pavimentada no estado,
tendo sido construída
durante o final da
década de 1950
(governo Juscelino
Kubitschek),[50]
O Tocantins possui três
aeroportos servidos por voos
regulares: Aeroporto de
Palmas, Aeroporto de
Araguaína e Aeroporto de
Gurupi. Todos os demais
aeroportos do estado são
servidos apenas por
empresas de táxi aéreo. A
Ferrovia Norte-Sul (ou EF-
151) está em processo de
construção, sendo operada
de forma regular desde
Aguiarnópolis até Porto
Nacional pela VLI enquanto
que a Ferrovia de Integração
Oeste-Leste (ou EF-334)
ainda está em fase de
planejamento no trecho que
passará pelo estado. Vale
ressaltar que a ferrovia já
liga Açailândia - MA a
Anápolis - GO, mas o trecho a
sul de Porto Nacional - TO
não é operado de forma
regular pois não há patios
para
carregamento/descarregame
nto de vagões. A Valec ainda
estuda o modelo de
concessão para a ferrovia.
As principais hidrovias do
estado são as hidrovias do
rio Tocantins e do rio
Araguaia.
Educação
Há demasiadas
instituições
educacionais no
Tocantins, com a
capital estadual,
Palmas, abrigando as
principais destas. A
educação tocantinense
possui um índice, de
acordo com dados de
2010, de 0,624 pontos,
ocupando a décima
quarta melhor
colocação no país,
comparada à dos
demais estados
brasileiros. Na Região
Norte, fica atrás do
Amapá (0,629) e de
Roraima (0,628), e à
frente de Rondônia
(0,577), Amazonas
(0,561), do Acre (0,559)
e do Pará (0,528).[51]
Sobre o analfabetismo,
a lista de estados
brasileiros por taxa de
alfabetização mostra o
Tocantins com a décima
sétima maior taxa, com
88,11% de sua
população considerada
alfabetizada. Em
números absolutos, o
Tocantins possui um
total de 1 129 733
pessoas com mais de 10
anos de idade
alfabetizadas, sendo
894 078 na área urbana
e 235 655 na área rural.
[52]
Cultura
Esportes
No Futebol a primeira
divisão do Campeonato
Tocantinense de
Futebol é disputada por
8 times, o atual
campeão de 2019 é O
Palmas Futebol e
Regatas, os maiores
campeões é o Palmas
Futebol e Regatas, com
7 títulos, em seguida
vem o Gurupi Esporte
Clube com 6 títulos, na
Copa Tocantins o
Kaburé Esporte Clube é
o maior campeão com 3
títulos.[ca
Na Copa do Brasil de
2004, o Palmas Futebol e
Regatas surpreendeu
chegando até as quartas
de finais eliminando
times bem mais
tradicionais do futebol
brasileiro, na primeira
fase eliminou o Clube do
Remo na primeira fase,
na segunda fase eliminou
Nacional Futebol Clube
de Manaus , nas Oitavas
de finais eliminou o
(Sociedade Esportiva do
Gama), nas quartas de
finais foi eliminado por
outra surpresa que foi
Clube 15 de Novembro de
Campo Bom-RS, time que
na época era treinado
por Mano Menezes,
nessa mesma edição
teve ainda como maior
surpresa Esporte Clube
Santo André , vencendo
na final o Clube de
Regatas Flamengo por 2
a 0 em pleno Estádio do
Maracanã.[ca
21 DE FEVEREIRO DE
2015
31/10/2015 22h10 -
Atualizado em
31/10/2015 22h10
Indígenas de 24 países
participam dos Jogos
Mundiais, no Tocantins
Foram nove dias de
provas num encontro
inédito. Alguns esportes
só existem em algumas
etnias. Participar pode
significar mais que
competir.
O GLOBO G1
Edição do dia 31/10/2015
Indígenas de 24 países
participam dos Jogos
Mundiais, no Tocantins
Foram nove dias de provas num
encontro inédito. Alguns
esportes só existem em
algumas etnias. Participar
pode significar mais que
competir.
FACEBOOK
Dois mil indígenas de 24
países participaram dos Jogos
Mundiais dos Povos Indígenas
em Palmas, no Tocantins.
Guerreiros? Ou atletas?
As duas definições se
encaixam muito bem.
A cidade que faz divisa
de Goiás e Tocantins é
a cidade de Campos
Belos que fica no norte
de Goiás. Tendo seu
primeiro nome como o
de Almas criado no ano
de 1890.
Tocantins" é um termo
com origem na língua
tupi: significa "bico de
tucano", através da
junção de tukana
(tucano) e tim (bico), e
também nomeou o
estado brasileiro mais
recente surgido.[3]
Cidades
Colinas do Sul (GO)
Minaçu (GO)
Paranã (TO)
São Salvador do Tocantins
(TO)
Peixe (TO)
Porto Nacional (TO)
Palmas (TO)
Lajeado (TO)
Miracema do Tocantins
(TO)
Tocantínia (TO)
Pedro Afonso (TO)
Carolina (MA)
Estreito (MA)
Tocantinópolis (TO)
Filadélfia (TO)
Babaçulândia (TO)
Porto Franco (MA)
Itaguatins (TO)
Imperatriz (MA)
Marabá (PA)
Itupiranga (PA)
Tucuruí (PA)
Abaetetuba (PA)
Breu Branco (PA)
Baião (PA)
Cametá (PA)
Mocajuba (PA)
São Pedro da Água Branca
(MA)
Sampaio (TO)
A nascente mais
longínqua do rio
Tocantins localiza-se no
estado de Goiás, na
divisa entre os
municípios de Ouro
Verde de Goiás e
Petrolina de Goiás,
próximo à divisa de
ambos com o município
de Anápolis. A partir
deste ponto, o rio surge
com o nome de rio
Padre Souza no
município de
Pirenópolis. [4]
A maior vazão
registrada no rio
Tocantins foi em 3 de
março de 1980,
atingindo
aproximadamente 70
000 metros cúbicos por
segundo nas
proximidades da cidade
de Tucuruí. A maior
cheia no rio Tocantins
foi em março de 1980,
período na qual o nível
do rio em Tucuruí
aumentou cerca de 20
metros. Em 8 de março
daquele ano, a cidade
de Marabá ficou
praticamente submersa.
Bacia do Araguaia-
Tocantins
Ver artigos principais:
Bacia Araguaia-
Tocantins e Região
hidrográfica do
Tocantins-Araguaia
Ocupando uma área de
803 250 quilômetros
quadrados, é a maior
bacia hidrográfica
inteiramente brasileira,
ainda que pertencente a
Bacia Amazônica. Além
de apresentar-se
navegável em muitos
trechos, é a terceira do
Brasil em potencial
hidrelétrico,
encontrando-se nela a
Usina Hidrelétrica de
Tucuruí.
O Tocantins, principal
rio dessa bacia, nasce
no norte de Goiás e
desagua no golfão
Marajoara (ou baía do
Marajó), logo após o
furo de Santa Maria ou
rio Pará (o braço
estuarino do rio
Amazonas).[2] Em seu
percurso, recebe o rio
Araguaia, que se divide
em dois braços,
formando a ilha do
Bananal; situada no
estado de Tocantins, é
considerada a maior
ilha fluvial interior do
mundo.
Usinas
Hidrelétricas
O potencial energético
instalado no rio
Tocantins é superior a
10 500 MW, através de
suas três usinas
hidrelétricas:
Usina Hidrelétrica
de Cana Brava no
município de
Minaçu, Goiás, com
potência instalada
de 456 MW.
Usina Hidrelétrica
Serra da Mesa no
alto Tocantins em
Goiás, com potência
instalada de 1 275
MW;
Usina Hidrelétrica
de São Salvador,
localizada entre os
municípios de São
Salvador do
Tocantins (TO) e
Paranã (TO), com
potência instalada
de 243,2 MW;
Usina Hidrelétrica Luiz
Eduardo Magalhães,
localizada entre os
municípios de Miracema
do Tocantins (TO) e
Lajeado (TO), com
potência instalada de
902 MW;
Usina Hidrelétrica de
Estreito, localizada na
divisa entre os estados
de Tocantins e
Maranhão, com
potência instalada de 1
087 MW.
Usina Hidrelétrica de
Tucuruí localizada no
sul do Pará, é a segunda
maior do Brasil, com
doze turbinas e
potência instalada de 8
370 MW.
Usina Hidrelétrica de
Peixe Angical,
localizada no município
de Peixe em Tocantins,
com potência instalada
de 452MW.
RIO ARAGUAIA
O rio Araguaia (Karajá:
♂ Berohokỹ [beɾohoˈkə̃],
♀ Bèrakuhukỹ [bɛɾakuhu
ˈkə̃])[1] é um curso de
água que banha os
estados de Goiás, Mato
Grosso, Tocantins e
Pará, no Brasil. Nasce
nos altiplanos que
dividem os estados de
Goiás e Mato Grosso: a
nascente do rio se
encontra na Serra do
Caiapó, próximo ao
Parque Nacional das
Emas, no município de
Mineiros, em Goiás.
Etimologia
"Araguaia" procede do
termo da língua geral
setentrional arauay (ou
araguaí), que designa
um tipo de maracanã.[2]
Descrição
O rio Araguaia nasce
nos municípios de
Mineiros (GO) e Alto
Taquari (MT) e forma a
divisa natural entre
Goiás, Mato Grosso,
Tocantins e Pará.
Compreende uma das
principais bacias
hidrográficas do centro-
oeste, a bacia
hidrográfica Araguaia-
Tocantins. O rio conta
com uma extensão total
de 2.114 quilômetros.
Em seu percurso, seus
meandros delimitam
juntamente como os do
rio Javaés, a maior ilha
fluvial do mundo, a Ilha
do Bananal, onde estão
localizados o Parque
Nacional do Araguaia e
o Parque Indígena do
Araguaia.
Entre as
atividades
desenvolvidas
no rio, há:
Transporte fluvial: no
período de 1970 a 1990,
esteve ameaçado pela
grande quantidade de
sedimentação oriunda de
assoreamentos e pela
diminuição na
quantidade de água, que
acabou por dificultar a
navegação de barcos
maiores em muitos
trechos do rio,
principalmente no trecho
acima do município de
Aragarças. Em 2007, nos
últimos meses do ano,
em Aragarças, as águas
do rio Araguaia baixaram
tanto que foi possível se
atravessar o rio andando.
Já em fevereiro de 2008,
ocorreram enchentes
que, em Aruanã, quase
cobriram a sede da
Associação dos
Barqueiros. O que mostra
a mudança no ciclo das
águas, com atraso das
chuvas e chuvas
intensas e alguns
períodos.
Pesca: Este rio já foi
considerado um dos
mais piscosos do
mundo. Este título vem
sendo ameaçado
principalmente pelos
atuais modelos de
turismo existentes no
Araguaia em destaque a
pesca predatória e o
abandono de resíduos
sólidos provenientes das
práticas de camping;
assim como pela
poluição gerada por
agroquímicos e pelo
barramento de suas
águas através da
construção da Usina
Hidrelétrica de Tucuruí,
que não possui
mecanismos
necessários para a
subida natural
de peixes nos período de
desova, vem contribuído
para o declínio das
populações da
ictiodiversidade do
Araguaia.
No ano de 2012, o
governador Marconi
Perillo sancionou o
projeto de lei nº 4
418/11, denominado
"Cota Zero",aprovado
pela Assembleia
Legislativa. O projeto de
autoria do deputado
estadual Frederico
Nascimento prevê
tolerância zero para o
transporte de pescado
nos cursos d’água
goianos que estiverem
restritos à pesca
esportiva. Uma boa
iniciativa para a
reposição do estoque
pesqueiro.
Turismo de Camping:
durante a seca, nos meses
de junho e agosto, formam-
se, em seu leito, ilhas de
areia que são utilizadas
como área de camping por
turistas de várias partes do
país. Cadastros realizados
em um trecho de cerca de
600 quilômetros do rio no
estado de Goiás desde o
ano de 1993 pelo extinto
Centro Nacional de
Quelônios da Amazônia
(atual Centro Nacional de
Pesquisa e Conservação de
Répteis e Anfíbios, ligado
ao Instituto Chico Mendes
de Conservação da
Biodiversidade) em
colaboração com a também
extinta Agência Ambiental
de Goiás (atual Secretaria
de Meio Ambiente,
Recursos Hídricos,
Infraestrutura, Cidades e
Assuntos Metropolitanos)
mostram que mais de 50 mil
pessoas passam pelas
áreas de campings
montadas entre os
municípios de Aragarças e
distrito de Luiz Alves (São
Miguel do Araguaia) em
Goiás.
O maior número de
acampamentos no
trecho do rio que passa
pelo estado de Goiás
são montados no
município de Aruanã. Há
desde acampamentos
montados por pequenas
famílias a
acampamentos
comerciais
frequentados por
milhares de pessoas
durante a temporada de
praia, principalmente no
mês de julho.
Preservação do
rio
Este patrimônio
ambiental do Brasil,
atraente aos turistas,
esteve ameaçado na
década de 1970. Nesse
período, o rio ficou
conhecido como "lixão".
A inexistência de
normas para a
condução das
atividades do turismo
afetou e põe em risco a
sustentabilidade deste
ecossistema e do
desenvolvimento
turístico para esta
região.
Diante dessas
observações, órgãos
ambientais, como o
Centro Nacional de
Pesquisa e Conservação
de Répteis e Anfíbios
(ligado ao Instituto Chico
Mendes de Conservação
da Biodiversidade-MMA),
a Secretaria de Meio
Ambiente, Recursos
Hídricos, Infraestrutura,
Cidades e Assuntos
Metropolitanos (órgão do
governo do Estado de
Goiás), a Polícia
Ambiental de Goiás,
assim como
organizações não
governamentais,
realizaram, no trecho do
rio Araguaia em Goiás,
trabalho de educação
ambiental principalmente
durante a temporada de
praia, buscando
sensibilizar e
conscientizar os
milhares de turistas que
frequentam o rio. [carece
de fontes]
Entre as ações
lançadas para a
preservação do rio e
das espécies nativas,
estão o "Projeto
Quelônios do Araguaia"
e o projeto de
ordenamento de acesso
e uso de recursos
naturais do Araguaia,
popularmente
conhecido como
"Projeto Araguaia
Sustentável", realizado
há 27 anos pelo Centro
Nacional de Pesquisa e
Conservação de Répteis
e Anfíbios, que, desde
2014, conta com a
parceria da Associação
Ambientalista Antônio
Alencar – 4A e com a
participação de cerca
de 100 universitários
capacitados em curso
prévio em educação
ambiental todos os
anos.[care
Este projeto visa a
abordagem dos turistas
por meio de trabalhos
de educação ambiental
buscando o envolvê-los
em boas práticas de
turismo para a
preservação e proteção
do rio. Durante as
atividades de educação
ambiental os turistas
são orientados a
seguirem as normas de
convivência com o rio
Araguaia. Algumas
delas são:
não utilizar madeira
nativa da região;
não caçar;
construir o banheiro
afastado da margem do
rio pelo menos 30
metros e não utilizar
latão sem fundo como
escoramento da fossa;