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A Extração Aurífera
O elemento que legitimava as ações de controle político e econômico da metrópole sobre a colônia era o
Pacto Colonial, este tornava a segunda uma extensão da primeira e por isso nela vigoravam todos os mandos
e desmandos do soberano, inclusive havia grande esforço da metrópole no sentido de reprimir a dedicação a
outras atividades que não fossem a extração aurífera, tais como agricultura e pecuária, que inicialmente exis-
tiam estritamente para a subsistência. A explicação para tal intransigência era simples: aumentar a arrecadação
pela elevação da extração.
O ouro era retirado das datas que eram concedidas com privilégios a quem as encontrassem. De acordo
com Salles, ao descobridor cabia os “melhores cabedais o direito de socavar vários locais, e escolher com se-
gurança a mina mais lucrativa, assim como situar outras jazidas sem que outro trabalho lhe fosse reservado,
senão o de reconhecer o achado, legalizá-lo e receber o respectivo tributo, era vantajosa política para a admi-
nistração portuguesa. Ao particular, todas as responsabilidades seduzindo-o com vantagens indiscriminadas,
porém temporárias”. (SALLES, 1992, p.131).
À metrópole Portuguesa em contrapartida cabia apenas o bônus de receber os tributos respaldados pelo
pacto colonial e direcionar uma parte para manutenção dos luxos da coroa e do clero e outra, uma boa parte
desse numerário, era canalizada para a Inglaterra com quem a metrópole mantinha alguns tratados comerciais
que serviam apenas para canalizar o ouro para o sistema financeiro inglês.
“Os Quintos Reais, os Tributos de Ofícios e um por cento sobre os contratos pertenciam ao Real Erário e
eram remetidos diretamente a Lisboa, enquanto sob a jurisdição de São Paulo, o excedente das rendas da Ca-
pitania eram enviados à sede do governo e muitas vezes redistribuídos para cobrirem as despesas de outras
localidades carentes”. (SALLES, 1992, p.140).
O um dos fatores que contribuiu para o sucesso da empresa mineradora foi sem nenhuma sombra de dú-
vidas o trabalho compulsório dos escravos africanos, expostos a condições de degradação, tais como: grande
período de exposição ao sol, manutenção do corpo por longas horas mergulhado parcialmente em água e em
posições inadequadas.
Além disso, ainda eram submetidos a violências diversas, que os mutilavam fisicamente e psicologicamente
de forma irremediável. Sob essas condições em média os africanos escravos tinham uma sobrevida de oito
anos. Os indígenas também foram submetidos a tais condições, porém não se adaptaram.
O segundo elemento catalisador do processo foi a descoberta de novos achados. Esses direcionavam o
fluxo da população, descobria-se uma nova mina e, pronto, surgia uma nova vila, geralmente às margens de
um rio.
“O mineiro extraía o ouro e podia usá-lo como moeda no território das minas, pois, proibida a moeda de ouro,
o ouro em pó era a única moeda em circulação. No momento em que decidisse retirar o seu ouro para outras
capitanias é que lhe urgia a obrigação de fundi-lo e pagar o quinto”. (PALACÍN, 1994, p. 44).
Nessa economia onde a descoberta e extração de ouro para o enriquecimento era o sentido dominante na
consciência das pessoas, o comerciante lucrou enormemente porque havia uma infinidade de necessidades
dos habitantes, que deveriam ser sanadas. A escassez da oferta ocasionava valorização dos produtos de pri-
meira necessidade e assim grande parte do ouro que era extraído das lavras acabava chegando às mãos do
comerciante, que era quem na maioria das vezes o direcionava para as casas de fundição. Inicialmente, todo
ouro para ser quitado deveria ser encaminhado para a capitania de São Paulo, posteriormente de acordo com
Palacin (1975, p. 20) foram criadas “duas Casas de Fundição na Capitania de Goiás: uma em Vila Boa, aten-
dendo à produção do sul e outra em S. Félix para atender o norte.”
A Produção de Ouro Em Goiás
Início do povoamento
O início do povoamento em 1726, D. Rodrigo César de Menezes, governador da Capitania de São Vicente,
manda o Anhanguera Filho de volta a Goiás, com o título de Superintendente das Minas, para iniciar o povo-
amento, quando foi fundado o Arraial de Santana. Logo depois surgiriam novas povoações no entorno como
Anta, Ferreiro e Ouro Fino.
Em 1739, o Arraial de Santana foi elevado à condição de Vila. Vila Boa de Goiás. A partir de mo mento em
que um arraial atingia o status d e vila, passava a ter autonomia e o direito a uma espécie de prefeito, o Inten-
dente, um Senado da Câmara, formado por vereadores, escolhidos entre o s “homens bons” da vila. Ser um
“homem bom” era sinônimo de ser rico, católico e branco. A vila também tinha direito a ter um juiz e a um pelou-
rinho, local onde se administrava a justiça. O pelourinho tinha, necessariamente, uma cadeia, uma forca, para
executar as penas de morte, muito comuns à época e um tronco, onde os escravos eram castigados. Goiás
permaneceu ligado à Capitania de São Vicente até 1749, embora, por alvará de 08 de novembro de 1744, de D.
Luís de Mascarenhas, governador da capitania de São Vicente tivesse sido oficializada a separação de Goiás
e de Mato Grosso daquela capitania. Porém, o primeiro governador de Goiás, D. Marcos de Noronha, o Conde
dos Arcos, só chegou a Goiás em 1749 e, portanto, somente aí Goiás passou a ser, de fato, uma Capitania
independente.
Migrações externas
O Brasil foi um país de imigrantes. Primeiramente foi ocupado pelos portugueses, que, por sua vez, trouxe-
ram para a colônia os africanos escravizados (imigração forçada). Entre 1850 e 1934, ocorreu a maior entrada
de imigrantes no país, os quais vieram espontaneamente da Europa, no auge da agricultura cafeeira no Brasil.
Os principais grupos que entraram no Brasil, em toda a história da imigração espontânea, foram os portugue-
ses, os italianos, os espanhóis, os alemães e os japoneses. Nesse período, o governo paulista chegou a esti-
mular o processo imigratório, inclusive com ajuda financeira (subvenção).
Além dos imigrantes constituírem mão de obra para a lavoura cafeeira, após a proibição do tráfico de escra-
vizados em 1850 (lei Eusébio de Queirós), vários grupos, principalmente alemães e italianos, foram utilizados
para a colonização da atual Região Sul do país. Com a abolição da escravatura (1888), o número de imigrantes
multiplicou-se e se manteve elevado até as primeiras décadas do século XX. A partir de 1934, foi estabelecida a
Lei de Cotas, que restringia a entrada de estrangeiros, com exceção dos portugueses. O declínio da economia
cafeeira, decorrente da crise mundial de 1929, afetou o crescimento econômico do Brasil. A nova lei foi justifi-
cada como uma forma de evitar que o índice de desemprego aumentasse ainda mais, provocando instabilidade
Com a diminuição da fecundidade - em Goiás a média de filhos por mulher em idade fértil caiu de 4,46 em
1970, para 1,86 em 2010, cifra esta inferior à taxa de reposição (2,1) necessária a manter a população em nú-
meros estáveis – e a consequente redução da carga de dependência exercida pelas crianças, somada ao gra-
dativo aumento da população em idade ativa, criam-se condições para o melhor aproveitamento dos recursos
gerados pela parcela produtiva da população. Para tanto, é necessário dimensionar a duração do bônus demo-
gráfico, já com a certeza de que a janela de oportunidades começará a se fechar a partir da década de 2030.
Nota-se o quão a razão de dependência – peso da população inativa sobre a ativa – decresceu depois da
década de 1970. Percebe-se que atingirá o menor índice nos anos de 2020, de modo que esse período será o
auge das oportunidades do bônus demográfico, e por isso, é necessário preparar as condições para aproveitá-
-las. A partir da década de 2030 a razão de dependência crescerá devido ao aumento do contingente de idosos,
exigindo ações para atender às demandas de grupo.
A própria formação histórica econômica e geográfica de Goiás aponta os motivos pelo qual a parte norte
do Estado tenha uma situação de vulnerabilidade maior que o Sul, portanto sugere-se um acompanhamento
acurado dessa parte do Estado. No quesito vulnerabilidade ressalta-se ainda a região do Entorno do Distrito
Federal, por esta composição atípica de um ente federado contido em uma região do Estado do Goiás, portanto
há a necessidade de ações em cooperação entres os entes para a redução da extrema pobreza na região.
Desafios
- É necessário se adequar às novas demandas sociais: a redução de crianças e jovens e a consequente di-
minuição na exigência de matrículas, especialmente no ensino fundamental, por exemplo, possibilita direcionar
o investimento para a qualidade do ensino e para a qualificação do jovem ingressante no mercado de trabalho,
garantindo a ocupação em áreas que exigem maior especialidade e rendimento. É o momento, portanto, de
aumentar a frequência dos jovens no ensino médio e da expansão dos cursos profissionalizantes, visando sub-
sidiar as perspectivas de instalação de mais empreendimentos produtivos em Goiás.
- Há que se atentar, nesse contexto, para o aumento da participação da população idosa. Esse grupo, como
se viu, ultrapassará o contingente das crianças já depois da década de 2030, exigindo atenções específicas
e carecendo de ações públicas voltadas, principalmente, para a saúde, assistência social e lazer. As políticas
devem ser gestadas desde já, aproveitando o momento propício em que o peso dos inativos é bem suportado
pela população ativa.
- Fortalecimento das políticas de redução da desigualdade;
- Uma maior integração entre os sistemas de políticas sociais (Federal e Estadual), como por exemplo, o
cruzamento de informações entre os dados do Bolsa Família (Federal) e do Renda Cidadã (Estadual);
- Aumentar o enfoque das políticas sociais nas regiões mais vulneráveis (principalmente região Norte do
Estado).
- Segurar os jovens na escola para que completem pelo menos o Ensino Médio.
Quanto ao ensino superior, o privado merece ser ressaltado já que, nos últimos15 anos, houve uma expan-
são expressiva. Aliou-se a isso, no período mais recente, a ampliação da educação superior pública conside-
rando, principalmente: a criação da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em 1999, a criação e novos cursos
e vagas pela Universidade Federal de Goiás (UFG), e a criação de Institutos Federais de Educação (IFE’s).
Ressalta-se que esse processo expansionista, aqui entendido como a ampliação de vagas, cursos e institui-
ções superiores, começa a partir de meados dos anos de 1990 e foi acompanhado de sua interiorização, fator
de consolidação e desenvolvimento de algumas cidades. Contudo, apesar da expansão do ensino superior,
apenas 10% da população possui nível superior, sendo 12% de homens e 8% mulheres (Pnad Contínua).
Goiás, um dos 26 estados brasileiros, está situado na região Centro-Oeste do país ocupando uma área de
340.106 km². Sétimo estado em extensão territorial, Goiás tem posição geográfica privilegiada. Limita-se ao
norte com o estado do Tocantins, ao sul com Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, a Leste com a Bahia e Minas
Gerais e a oeste com Mato Grosso. Goiás possui 246 municípios e uma população de 6,921 milhões de habi-
tantes.
Goiânia, sua capital, é o núcleo polarizador da Região Metropolitana, aglomerado de 20 municípios que
abriga 2,494 milhões de habitantes e 40% do Produto Interno Bruto goiano. O crescimento econômico com
grande oferta de oportunidades é o atrativo de muitos migrantes. Apesar de sediar grandes indústrias, é o setor
de Serviços o pilar de sua economia. A capital é um centro de excelência em medicina e vem consolidando sua
vocação para o turismo de negócios e eventos. Além de apresentar bons índices de qualidade de vida, acima
da média nacional, Goiânia é uma das cidades com a área urbana mais verde do país.
Composição do PIB
Dentre os grandes setores da economia, o de Serviços é o que predomina em Goiás, representando 65,6%
do fluxo de produção. Neste setor pode-se ressaltar o Comércio, tanto o varejista como o atacadista, bastante
dinâmico principalmente na capital, bem como as atividades imobiliárias. O setor industrial participa com 24,5%
no PIB goiano, e o agropecuário com 10,4% (2015). Embora tenha participação inferior, o setor agropecuário
é de grande importância para a economia goiana, pois dele deriva a agroindústria, uma das atividades mais
pujantes do estado, quer seja na produção de carnes, derivados de leite e de soja, molhos de tomates, condi-
mentos e outros itens da indústria alimentícia, bem como na produção sucroenergética.
PIB - 2021
O Produto Interno Bruto goiano para o primeiro trimestre do ano de 2021 resultou em uma taxa de variação
de -1,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, revertendo o desempenho positivo que vinha
mantendo nos últimos trimestres. Por outro lado, o PIB trimestral brasileiro cresceu 1,0%.
O resultado de Goiás se deve aos setores da Agropecuária e Indústria que apresentaram resultados negati-
vos para o trimestre analisado.
PIB Trimestral de 2019 a 2021 – Brasil e Goiás (comparado ao mesmo período do ano anterior - %)
Outro fator que pode ter contribuído com o resultado negativo nesse primeiro trimestre de 2021, foi o impac-
to do clima na safra 2020/2021, com ausência de chuvas em janeiro que, prejudicou o desenvolvimento das
principais lavouras. Porém, os impactos foram piores no mês de fevereiro, quando os volumes de chuvas foram
acima do normal e interferiram diretamente na colheita em todo o Centro-Oeste, segundo a Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG). A
pecuária encerrou o trimestre com aumento de 1,8%.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do IBGE, com exceção da fabricação de outros produtos
químicos e da fabricação de produtos minerais não metálicos, todas as atividades acumularam ao ano taxas
negativas na comparação com o mesmo período de 2020.
A fabricação de produtos alimentícios encerrou o trimestre com uma taxa de -4,5%. Tal atividade tem uma
participação grande dentro da indústria de transformação e um resultado negativo acaba comprometendo os
resultados desse segmento da indústria. A taxa positiva de Goiás, em março (0,4%), reflete o resultado da in-
dústria extrativa (20,3%) e da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (49,1%). Contudo,
o resultado da fabricação de veículos automotores se deve ao baixo nível da atividade no ano anterior, devido
à pandemia da covid-19. Além da pandemia que recrudesceu no início do ano, a indústria sente os efeitos da
redução de demanda e da queda da renda das famílias, além do aumento do preço dos insumos e redução da
margem de lucros.
O estado de Goiás foi dividido em dez regiões para fins de planejamento estratégico governamental:
- A região do Entorno do Distrito Federal
- A região metropolitana de Goiânia
- As regiões Norte Goiano e Nordeste Goiano, delimitadas a partir de características socioeconômicas e
espaciais.
As outras seis regiões foram definidas a partir dos principais eixos rodoviários do estado.
O objetivo deste projeto de regionalização foi planejar e gerir investimentos governamentais com o intuito de
minimizar os desequilíbrios regionais goianos.
De acordo com Salgado, Arrais e Lima (2010, p. 130), a desigualdade regional do território goiano foi provo-
cada pelo modelo de integração regional à economia nacional. Os grandes projetos nacionais, como a Marcha
para o Oeste, amplos projetos expansão rodoviária, a construção de Goiânia e Brasília, entre outros investi-
mentos em infraestrutura e de modernização agrícola, “atingiram o território goiano de forma diferenciada e, em
pouco tempo, mudaram o perfil de sua economia”.
A ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF), programa com foco na atenção básica à saúde, tem con-
tribuído também para o avanço na área. No período de 2000 a 2014, Goiás tem apresentado uma cobertura de
equipes da saúde da família superior à do Brasil e da região Centro-Oeste. O Estado estendeu essa cobertura
estimada de equipes da saúde da família de 25,24% da população em 2010 para 66,91% no final do período
analisado.
Desafios:
- Fortalecer e ampliar os serviços de saúde pública para que fiquem mais próximos dos usuários, com foco
na qualidade, humanização e excelência da promoção, prevenção, atenção e recuperação das pessoas.
- Ampliar a estratégia de saúde da família e qualificação dos seus profissionais, em todo o Estado, especial-
mente nos municípios com cobertura menor que 50%.
- Prover de profissionais médicos os municípios, onde se fizer necessário, mas com condições de trabalho,
incluindo equipe, infraestrutura e equipamentos médico-hospitalares básicos.
- Garantir que todos os municípios tenham laboratórios de análises clínicas para fazerem exames comple-
mentares básicos essenciais.
Desafios:
- O investimento em saneamento resulta em benefícios muito elevados para a população. Assim, ter um
saneamento básico adequado contribui para redução de mortes por doenças infecciosas e parasitais além de
aumentar a expectativa de vida da população ao nascer.
- Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) gastar em saneamento básico implica em redução no
gasto com a saúde pública na proporção de um para quatro, ou seja, a cada 1 real investido em saneamento
obtém-se redução de 4 reais em saúde.
- O principal desafio de Goiás com relação ao Saneamento é aumentar os baixos índices de esgotamento
sanitário de maneira urgente. É importante também que ocorram melhoras no abastecimento de água e coleta
de lixo, principalmente no interior.
- Ampliar os investimentos em saneamento básico a fim de reduzir custos socialmente incalculáveis, como
redução da mortalidade infantil bem como por consequências de mosquitos, como é o caso da dengue a fim de
reduzir os gastos públicos em saúde.
Habitação
Segundo estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil como um todo houve redu-
ção no indicador do déficit habitacional no período recente. Em 2015, no Centro-Oeste havia um déficit habita-
cional total de 506.822 mil domicílios, o que representa 8,2% do déficit brasileiro. Entre os estados da região,
Goiás tem o maior déficit, pouco mais de 40%.
Mercado de Trabalho
O fortalecimento do setor industrial e sua maior integração ao setor agropecuário, aliado ao bom momento
das políticas macroeconômicas que ampliaram o mercado consumidor interno brasileiro, onde Goiás se conso-
lidou como fornecedor de produtos para atender esse mercado, são fatores que propiciaram ao estado ser um
dos principais geradores de empregos formais entre as unidades da Federação. A partir dos anos 2000, o mer-
cado de trabalho mostrou-se bastante dinâmico e, normalmente, com desempenho acima da média nacional.
Embora o mercado de trabalho goiano tenha tido grandes avanços, muito há de ser feito no que diz respeito
à capacitação da mão de obra, principalmente entre os jovens. O percentual de trabalhadores formais com nível
superior em Goiás é um dos mais baixos do país (20%),menos da metade dos trabalhadores possui nível médio
(45%) e 9,5% dos trabalhadores possuem apenas o nível fundamental completo.
Segurança Pública
Mesmo com a elevação dos gastos em segurança pública os crimes violentos ainda apresentam índices ele-
vados em Goiás. A sensação de insegurança crescente está diretamente associada ao fenômeno da violência,
que tem nos homicídios uma de suas expressões mais cruéis. Apesar desse indicador ter diminuído, ainda se
encontra acima da maioria dos estados.
Desafios:
- Consolidação de uma visão mais integrada dos problemas associados à segurança pública;
- Revisão do modelo de policiamento em prol de maior aproximação entre a polícia e a sociedade;
- Investimento em ações estratégicas e de inteligência com base em informações qualificadas;
- Integração de ações de prevenção da violência e combate de suas causas com ações de repressão e or-
denamento social nas áreas com maior ocorrência de crimes;
A ocupação do território de Goiás teve início há milhares de anos com registros arqueológicos mais antigos
datados de 11 mil anos atrás. A região de Serranópolis, Caiapônia e Bacia do Paranã reúne a maior parte dos
sítios arqueológicos distribuídos no Estado, abrigados em rochosos de arenito e quatzito e em grutas de ma-
ciços calcários. Também há indícios da ocupação pré-histórica nos municípios de Uruaçu, em um abrigo de
micaxisto, e Niquelândia, cujo grande sítio superficial descoberto por pesquisadores da Universidade Federal
de Goiás (UFG) guarda abundante material lítico do homem Paranaíba
Índios
Quando os bandeirantes chegaram a Goiás, este território, que atualmente forma os Estados de Goiás e To-
cantins, já era habitado por diversos grupos indígenas. Naquela época, ao verem suas terras invadidas, muitos
foram os que entraram em conflito com os bandeirantes e colonos, em lutas que resultaram no massacre de
milhares de indígenas, aldeamentos oficiais ou migração para outras regiões
A maioria dos grupos que viviam em Goiás pertencia ao tronco linguístico Macro-Jê, família Jê (grupos
Akuen, Kayapó, Timbira e Karajá). Outros três grupos pertenciam ao tronco linguístico Tupi, família Tupi-Gua-
rani (Avá-Canoeiro, Tapirapé e Guajajara). A ausência de documentação confiável, no entanto, dificulta precisar
com exatidão a classificação linguística dos povos Goyá, Araé, Crixá e Araxá.
Goyá
Segundo a tradição, os Goyá foram os primeiros índios que a expedição de Bartolomeu Bueno da Silva Filho
encontrou ao iniciar a exploração aurífera e foram eles, também, que indicaram o lugar – Arraial do Ferreiro – no
qual Bartolomeu Bueno estabeleceu seu primeiro arranchamento. Habitavam a região da Serra Dourada, pró-
ximo a Vila Boa, e quatro décadas após o início do povoamento desapareceram daquela região. Não se sabe
ao certo seu destino e nem há registros sobre seu modo de vida ou sua língua
Krixá
Seus limites iam da região de Crixás até a área do rio Tesouras. Como os Goyá, também desapareceram no
início da colonização do Estado e não se sabe ao certo seu destino, sua cultura e sua língua.
Araé
Também não há muitos registros a respeito dos Araé. Possivelmente teriam habitado a região do rio das
Mortes.
Araxá
Exercícios
Imagem 4 – Imagem de Santana Mestra, Museu de Arte Sacra da Boa Morte, Cidade de Goiás-GO.
1 A
2 C
3 A
4 B
5 B
6 C
7 A
8 A
9 B
10 A
11 A
12 B
13 A
14 D
15 D
16 B
17 C
18 A
19 B
20 C