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Programa Centros de Lenguas Extranjeras

Portugués

Módulo V Ciclo Básico


Nome: _________________________
Sobrenome: ________________________
Turma: _________________________
Professor/a: _________________________
Telefone: _________________________
SITUACIONES DE GÉNEROS CONTENIDOS CONTENIDOS CONTENIDOS
TEMAS COMUNICACIÓN TEXTUALES LEXICALES GRAMATICALES SOCIOCULTURALES

Línea de tiempo Articuladores lógicos. Ciclos económicos de


Ciclos Narrar Brasil:
económicos e Reconstituciones Pretéritos (consolidación). - “Ciclo do Pau Brasil”
históricos de Exponer históricas - “Ciclo da Cana de
UNIDAD 1 Brasil. Acordes a cada ciclo Adjetivos (comparativos, Açúcar”
Opinar Video sobre la superlativos). - “Ciclo do Ouro”
historia de Brasil - “Ciclo da Borracha”
Imperfecto del Subjuntivo. -“Ciclo do café”
Comparar Video sobre los
diferentes ciclos Conjunciones (retomar y
económicos expandir su uso).

Guías de museos Localización espacial y Pintura


Manifestaciones Describir temporal (adverbios, adjetivos)
culturales de las Descripción de Literatura
diferentes Exponer /explicar/ obras de arte Acordes a cada Voz pasiva
regiones de informar región: Arquitectura
Brasil. Catálogo de Discurso indirecto.
UNIDAD 2 Argumentar exposiciones Fauna y flora. Gastronomía
Presentación de (Miscigenação)
una región de Narrar Biografía Comidas típicas. Música
Brasil y sus
características Concientizar Canciones Vestimenta. Teatro
más salientes.
Menú Expresiones Fiestas populares
populares.
Expresiones
idiomáticas

1
2
3
CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA

A carta do escrivão de Pedro


Álvarez Cabral, Pero Vaz de Caminha, é
considerada a certidão de nascimento do
Brasil porque foi escrita entre 22 de abril e 1º
de maio de 1500, semana em que a frota
esteve ancorada diante do Monte Pascoal.
Dirigida ao Rei D. Manuel I de Portugal,
reporta o encontro do índio com o europeu,
em um porto seguro do litoral sul-americano
que parece ter todos os indícios de um Éden
ainda não violado.

A Carta que retrata a chegada


dos portugueses ao Brasil tem o significado
seminal de ser o texto que captou o instante
único em que o Brasil e o paraíso se
confundiram na retina do escrivão extasiado, à beira-mar, em Porto Seguro. “A inocência
desta gente é tal, que a de Adão não seria maior”, enfatiza. A carta, que noticia a descoberta
de um novo mundo, é vista como o mais importante documento da história colonial e o
marco inicial de nossa literatura. Mas, como acontecia com muitos relatos de viagens e
descobertas, ficou completamente desconhecida em sua época.

A Carta de Caminha foi envolvida em inúmeras peripécias até ser revelada:


ficou guardada em Lisboa, no arquivo da Torre do Tombo, até 1817, quando foi divulgada
pelo padre Manuel Aires do Casal, que a publicou no Rio de Janeiro. Depois disso, a carta-
narrativa, traduzida nas principais línguas do Ocidente, foi editada cerca de uma centena
de vezes.

A Carta de Caminha exerceu grande influência no imaginário brasileiro depois


de sua divulgação. Os homens americanos, em sua inocência tropical, são descritos com
detalhes: “Os corpos seus são tão limpos, tão gordos e tão formosos, que não pode mais
ser”, diz.

O documento é motivo de orgulho para os brasileiros, pois, provavelmente,


país nenhum do mundo possui uma certidão de descobrimento que contém dia, mês, ano
e até as horas em que a região foi avistada. “A horas de véspera, houvemos vista de terra!”.

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Atividade: Ouça alguns trechos da Carta de Pero Vaz de Caminha e responda:

1- Qual foi a primeira descrição da nova terra feita por Caminha?


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2- Quais foram as primeiras impressões de Caminha quanto à população que habitava o Brasil?

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3- Como você se imagina que foi o encontro entre os portugueses es os indígenas? Justifique.

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Descobrimento do Brasil

Ocorre na tarde de 22 de abril de 1500, quando a esquadra de dez naus, três


caravelas e cerca de 1,2 mil homens comandada pelo navegador português Pedro Álvarez
Cabral atinge o litoral sul da Bahia, na região da atual cidade de Porto Seguro. O
desembarque acontece no dia seguinte, 45 dias após a partida de Portugal, e, em 26 de
abril, é rezada a primeira missa no território. No dia 1º de maio, Cabral oficializa a posse
das terras brasileiras pela Coroa portuguesa com a celebração da segunda missa diante
de uma cruz marcada com o brasão real. A esquadra continua a viagem para a Índia no dia
2.

Em 1501, uma frota de apenas três navios é enviada por Portugal para explorar a nova
terra. Américo Vespúcio é um dos integrantes do grupo e faz algumas das anotações mais
importantes da viagem. A expedição margeia a costa brasileira do Rio Grande do Norte até
a altura de Cananéia (SP) e dá nome aos acidentes geográficos litorâneos. Durante essa
viagem, Vespúcio constata que o território descoberto não é uma ilha, e sim parte de um
grande continente. Os exploradores verificam também a abundância de pau brasil, madeira
valorizada na Europa para uso no tingimento dos tecidos.

O descobrimento do Brasil é um dos momentos marcantes do processo de expansão


marítima e comercial portuguesa nos séculos XV e XVI. A fim de aumentar sua atuação
política e comercial, Portugal volta-se para o oceano Atlântico, explorando primeiramente
as ilhas próximas do país e costa africana. Com o apoio da burguesia mercantil e da
nobreza, o Estado desenvolve uma poderosa estrutura de navegação e comércio, dirigida
inicialmente pelo infante dom Henrique. No começo, obtém da África ouro, marfim e
escravos. Mais tarde, traz da Índia as lucrativas especiarias. Depois de 1492, a crescente
disputa dos reinos europeus pelas terras do continente americano impulsiona os
descobrimentos e a colonização do Novo Mundo.

Atividade:

A) Leia o texto com atenção.

B) Faça um resumo no caderno.

C) Conte para os seus colegas o que você entendeu.

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Para fazer um resumo:

1- Leia todo o texto.


2- Sublinhe em cada parágrafo as ideias principais de uma cor e as
secundárias de outra.
3- Depois de sublinhar, faça um resumo.
4- Resumir é escrever com nossas palavras o mais importante de um texto.
5- Todas as ideias devem estar perfeitamente integradas.
6- No resumo passa-se do geral ao particular.
7- Um resumo deve ter uma extensão de, aproximadamente, 25 % do texto
original.
8- Deve ser breve, mas com precisão. Deve fugir dos detalhes sem
importância, mas deve ter os dados necessários para uma informação
completa.
9- Deve ter unidade e sentido; todas as ideais têm que estar relacionadas.

7
Um pouco da história do Pau-Brasil
Em 1500, na chegada de Cabral, Pero Vaz Caminha
descreveu: “mataria que é tanta, e tão grande, tão densa e
de tão variada folhagem, que ninguém pode imaginar”
Diante da exuberância encontrada pelos portugueses,
estes descobriram a existência de uma riqueza para eles
inesgotável: o pau-brasil. Os índios brasileiros já
utilizavam essas árvores para a confecção de arcos,
flechas, e para pintura de enfeites, com um corante
vermelho intenso extraído do cerne. A técnica foi ensinada
aos portugueses pelos próprios índios, que também foram
encarregados de cortar, aparar e arrastar as árvores até o litoral, onde carregavam os navios a
serem enviados para a Europa. O ciclo econômico teve início em 1503 e até 30 anos após a
chegada dos portugueses, era o único recurso explorado pelos colonizadores. Nesse período
calcula-se que foram exploradas 300 toneladas de madeira por ano, sempre aumentando nos anos
posteriores.

Com a exploração, a terra do pau-brasil tornou-se de muita importância, e em pouco


tempo Pindorama (denominação tupi que significa Terra das Palmeiras), oscilou entre os nomes
oficiais Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Terra do Brasil e logo em seguida apenas por Brasil.

Adaptado do site: http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=00095

Atividade:

1-O que é o pau-brasil?

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2-Que características tem?

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3-Que importância teve e quais foram seus benefícios?

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4- Qual a mão de obra escrava utilizada nesse período? Por quê?

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Atividade: Assista ao vídeo acerca do Pau Brasil. Registre embaixo as informações


que achar relevantes. Compartilhe com a turma.

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Curiosidades:

- Sua floração ocorre do final do mês de -Atualmente, a espécie está tão ameaçada
setembro até meados de outubro. Entre os quanto diversas outras que povoam a Mata
meses de novembro e janeiro ocorre a Atlântica, que apesar de ser um dos
maturação dos frutos. ecossistemas de maior diversidade é também
um dos mais ameaçados do planeta. Para que
- O pau-brasil era considerado extinto, quando
a árvore do pau-brasil, tão importante para a
em 1928 verificou-se a existência de uma
nossa história, não se torne desconhecida, o
árvore de pau-brasil em um lugar denominado
Jardim Botânico de São Paulo implantou, em
Engenho São Bento, hoje Estação Ecológica da
1979, um “bosque de pau-brasil”, na intenção
Tapacurá, pertencente à Universidade Federal
de preservá-lo para que mais brasileiros
Rural de Pernambuco (UFRP).
conheçam esta espécie.

9
O Ciclo da Cana-de-Açúcar
A sociedade que explorava o açúcar durante o período colonial era dividida entre os
donos de terra e de escravos ou pessoas que plantavam cana de forma independente.
Os poderes da sociedade que dependia do açúcar estavam nas mãos do senhor de
engenho. Ele oferecia proteção e auxílio em troca dos serviços das pessoas. O açúcar

foi escolhido para ser o principal produto produzido no Brasil, porque os portugueses
já conheciam o processo de plantio da cana e da produção do açúcar e esse era um
produto muito aceito pelos europeus. Com a intensa procura pelo produto, os
holandeses também investiram no país e instalaram engenhos.

Produção

A forma de plantio da cana era baseada no plantation e na monocultura


escravista. O engenho era composto por: canaviais, a fábrica de açúcar que continha uma
moenda, plantações de subsistência, casa da caldeira, casa do purgar, casa-grande,
senzala, capela, escola e residência dos trabalhadores que não eram escravos.

A cana-de-açúcar era prensada na moenda para obter a garapa e nas caldeiras,


era feita a purificação desse caldo. Depois desse processo, o caldo era colocado em formas
especiais e era observado até chegar ao ponto ideal. Com o açúcar pronto, ele era enviado
para a metrópole e depois para a Holanda para que fosse refinado. A Holanda não só
participava do refino como também era a peça principal na montagem do engenho e no
transporte do açúcar.

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Os trabalhadores utilizados eram os índios e os escravos africanos. Várias áreas
de vegetação foram destruídas para que fossem plantados os canaviais e para que o
engenho fosse construído. O produto de subsistência que era mais produzido em paralelo
à cana, era a mandioca, pois ela resultava a farinha, um item essencial para a alimentação
dos brasileiros na época. Além disso, o algodão e o fumo eram muito importados do Brasil.
Os empregados assalariados eram poucos. Faziam parte da propriedade, ainda, o canavial,
as áreas da mata e uma pequena área para a plantação de gêneros como a mandioca, o
milho e o feijão.

Os escravos, que viviam nas senzalas, trabalhavam desde o nascer do sol até a
noite, tanto no cultivo da cana como na fabricação do açúcar. O negro, na verdade, foi o
grande elemento que sustentou a economia açucareira nordestina por mais de 300 anos.
O jesuíta Antonil deixou-nos um testemunho de seu trabalho: “Os escravos são as mãos e
os pés do senhor do engenho”. Por causa dessa vida difícil e dura, o negro cometia suicídios
e empreendia fugas para a floresta, onde formava os quilombos (aglomeração de negros
fugitivos).

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Atividade:
1- Por que o Nordeste brasileiro foi grande produtor de açúcar?
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2- Quais são as partes de um engenho de açúcar típico?

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3- Explique a pirâmide a seguir.

4- Não se pode falar da produção de açúcar sem considerar a presença do negro escravo. Explique.
Fale sobre a qualidade de vida desse elemento no engenho.

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Ciclo do Ouro

O ciclo do ouro é considerado o período em que


a extração e exportação do ouro figurava como
principal atividade econômica na fase colonial do
país e teve seu início no final do século XVII,
época em que as exportações do açúcar
nordestino decaiam pela concorrência mundial
do mercado consumidor. Devemos notar que
entre 1750 e 1770, Portugal arcava dificuldades
econômicas internas decorrentes de má século XVIII, gerou um grande fluxo de
administração e desastres naturais, além do que pessoas e mercadorias nas regiões citadas,
sofria pressão pela Inglaterra, a qual, ao se desenvolvendo-as, intelectual (ideias
industrializar, buscava consolidar seu mercado iluministas, trazidas pela elite recém
consumidor, bem como sua hegemonia mundial. intelectualizada) e economicamente
Assim, a descoberta de grandes quantidades de (produção alimentar para subsistência e
ouro no Brasil, tornava-se um motivo de pequenas manufaturas), período em que
esperanças de enriquecimento e estabilidade estima-se que a população brasileira tenha
econômica para os portugueses. passado de 300 mil para cerca de 3 milhões

Sem espanto, notamos que os primeiros de pessoas.

exploradores a procurarem ouro e metais Com o advento da exploração aurífera, esta


valiosos no Brasil, tinham o escopo de levá-los à atividade passou a ser a mais lucrativa na
metrópole, onde seriam desfrutados. Entretanto, colônia, o que acarretou a transferência da
estas incursões pioneiras no litoral e interior do capital colonial de Salvador (Bahia) para o Rio
país não ocasionaram muitos resultados, além de Janeiro, de modo a assegurar a
do conhecido, que fora a conquista do território. fiscalização das regiões de mineração que se

Por conseguinte, as grandes jazidas e ouro foram acercavam.

descobertas em Minas Gerais, Goiás e Mato Por fim, o ciclo do ouro perdurou até o ocaso
Grosso, onde foram divididas em forma de lavras do século XVIII, quando se esgotaram as
(lotes auríferos para exploração, a exemplo das minas, aproximadamente em 1785, em pleno
sesmarias latifundiárias de monocultura) e, desenrolar da Revolução Industrial.
durante auge deste ciclo, no

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Atividade:

1- Por que começou a exploração do ouro no Brasil?

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2- Retire do texto quais foram os estados onde foram realizadas as explorações.

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3- A população brasileira teve um crescimento significativo durante a época. Por quê?

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Exploração e administração do Ouro

Este período representou o momento de maior abuso e dominação do Brasil pelos


países europeus, posto que a coroa portuguesa cobrava altos impostos sobre o minério extraído,
os quais eram taxados nas Casas de Fundição, onde as pedras eram derretidas e transformadas
em barras e receberiam um selo que dariam legitimidade para ser negociado, pois haviam desvios
e sonegações que, quando descobertos, eram penalizados duramente.

Os principais mecanismos de controle foram:

•Quinto – 20% de toda a produção do ouro caberiam ao rei de Portugal;

•Derrama – uma quota de aproximadamente 1.500 kg de ouro por ano que deveria ser atingida
como meta pela colônia, caso contrário, penhoravam-se os bens dos senhores de lavras;

•Capitação – imposto pago pelo senhor de lavras por cada escravo que trabalhava em seus lotes.

Percebemos que os altos impostos, as taxas, as punições e os abusos de poder político exercido
pelos portugueses sobre o povo que vivia na região e no Brasil, gerava conflitos que culminariam
em várias revoltas e, concomitantemente em que essa economia trouxera um crescimento
demográfico ao país e desenvolvera uma economia baseada na atividade pecuária em diversas
regiões isoladas do território brasileiro, ela também derivou em pobreza e desigualdade. Ao final
deste ciclo, a população ficara à margem da sociedade, tendo de se sujeitar à agricultura de
subsistência para sobreviver.

Adaptação: http://www.todamateria.com.br/ciclo-do-ouro/

Atividade: Assista ao documentário acerca do Ciclo do Ouro.

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FERIADO NACIONAL BRASILEIR0

Tiradentes (1746-1792), líder da Inconfidência Mineira e primeiro mártir da independência, Joaquim


José da Silva Xavier nasceu em Minas Gerais, filho do proprietário rural português Domingos da
Silva Santos. Antes mesmo de frequentar a escola, já havia aprendido a ler e escrever com a mãe.
Órfão de mãe aos nove anos e de pai aos 15, ficou sob a tutela de um tio até a maioridade, quando
resolveu conhecer o Brasil. Já adulto, foi tropeiro, mascate e dentista prático (daí o apelido);
trabalhou em mineração e tentou a carreira militar, chegando ao posto de alferes no Regimento de
Cavalaria Regular. Foi na tropa que Tiradentes
entrou em contato com as ideias iluministas, que
o entusiasmaram e inspirariam a Inconfidência
Mineira, a primeira revolta no Brasil Colônia a
manifestar claramente sua intenção de romper
laços com Portugal, marcando o início do
processo de emancipação política do Brasil. A
revolta foi motivada ainda pela decisão da coroa
de cobrar a derrama, uma dívida em atraso desde
1762. A conspiração foi delatada por Joaquim Silvério dos Reis e todos os
seus participantes foram presos. Sobre Tiradentes, recaiu a
responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador
condenado à morte. Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo
esquartejado e exposto em praça pública.

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o único conspirador da


Inconfidência Mineira condenado à morte pelo Estado português, que com
sua punição exemplar procurava desencorajar qualquer revolta contra o
regime colonial. Tornou-se mártir da Independência e da República.
http://www.brasilescola.com/biografia/tiradentes-biografia.htm1

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15
O Ciclo da Borracha

A cidade de Manaus no século XIX: o desenvolvimento urbano proporcionado pela extração do látex

A utilização da borracha foi desenvolvida em função das diversas descobertas


científicas promovidas durante o século XIX. Inicialmente, o látex era comumente utilizado
na fabricação de borrachas de apagar, seringas e galochas. Anos mais tarde, os estudos
desenvolvidos pelo cientista Charles Goodyear desenvolveram o processo de vulcanização
através do qual a resistência e a elasticidade da borracha foram sensivelmente
aprimoradas.

A vulcanização possibilitou a ampliação dos usos da borracha, que logo seria


utilizada como matéria-prima na produção de correias, mangueiras e sapatos. A região
amazônica, uma das maiores produtoras de látex, aproveitou do aumento transformando-
se no maior polo de extração e exportação de látex do mundo. No curto período de três
décadas, entre 1830 e 1860, a exportação do látex amazônico foi de 156 para 2673
toneladas.

A mão de obra utilizada para a extração do látex nos seringais era feita com a
contratação de trabalhadores vindos, principalmente, da região nordeste. Os seringueiros
adotavam técnicas de extração indígenas para retirar uma seiva transformada em uma
goma utilizada na fabricação de borracha. Não constituindo em uma modalidade de trabalho
livre, esses seringueiros estavam submetidos ao poder de um “aviador”. O aviador
contratava os serviços dos seringueiros em troca de dinheiro ou produtos de subsistência.

A sistemática exploração da borracha possibilitou um rápido desenvolvimento


econômico da região amazônica, representado principalmente pelo desenvolvimento da

16
cidade de Belém. Este centro urbano representou a riqueza obtida pela exploração da
seringa e abrigou um suntuoso projeto arquitetônico profundamente inspirado nas
referências estéticas europeias. Posteriormente atingindo a cidade de Manaus, essas
transformações marcaram a chamada belle époque amazônica.

No início do século XX, a supremacia da borracha brasileira sofreu forte declínio


com a concorrência promovida pelo látex explorado no continente asiático. A brusca queda
do valor de mercado fez com que muitos aviadores fossem obrigados a vender toda sua
produção em valores muito abaixo do investimento empregado na produção. Entre 1910 e
1920, a crise da seringa amazônica levou diversos aviadores à falência e endividou os
cofres públicos que estocavam a borracha na tentativa de elevar os preços.

Esse duro golpe sofrido pelos produtores de borracha da região norte ainda pode
ser compreendido em razão da falta de estímulo do governo imperial. Atrelado ao interesse
econômico dos cafeicultores, o governo monárquico não criou nenhuma espécie de
programa de desenvolvimento e proteção aos produtores de borracha. Em certa ocasião,
atendendo ao pedido de industriais norte-americanos, chegou a proibir que o governo do
Pará criasse taxas alfandegárias protecionistas maiores aos exportadores estrangeiros.

Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as indústrias passaram a


adotar uma borracha sintética que poderia ser produzida em ritmo mais acelerado. Essa
inovação tecnológica acabou retraindo significativamente a exploração da seringa na
Floresta Amazônica. No entanto, até os dias de hoje, a exploração da borracha integra a
economia da região norte do Brasil.

Por Rainer Sousa

Graduado em História

Equipe Brasil Escola

17
Complete esse organizador gráfico com informações retiradas do texto
acerca do Ciclo da Borracha

18
O Café
Depois dos engenhos de açúcar no apresentavam terras cansadas,
Norte e Nordeste, foi a vez da entraram, então, em decadência.
mineração do ouro no século XVIII em
O interior paulista cobriu-se de
Minas Gerais. Em meados do século
fazendas. Apareceram as estradas-de-
XIX, no entanto, com as minas já
ferro e cidades como Campinas e
decadentes, surgiu, na região
Ribeirão Preto cresceram rapidamente.
sudeste, a cultura do café. Esta seria
uma fonte de riqueza tão grande ou Até aquele tempo a mão-de-obra era

maior ainda que as anteriores. escrava, mas a abolição ia chegar e

Iniciando sua marcha no Rio de seria preciso substituir os escravos por

Janeiro, a cultura cafeeira foi se outros trabalhadores. Era necessária a

estendendo em direção a São Paulo imigração e ela veio. Os italianos, “os

pelas fazendas do Vale do Paraíba, colonos”, invadiram São Paulo com

dando origem, nessa região, a suas tradições, costumes e língua,

diversas cidades como introduzindo novos hábitos na vida dos

Pindamonhangaba, Taubaté, paulistas.

Guarantinguetá, São José dos O café já anos antes, tinha feito nascer
Campos. Mais tarde, descobriu-se, no uma nova “aristocracia” – a dos “barões
interior paulista, a terra roxa*, do café” – constituída de grandes
fertilíssima para o plantio de café e a fazendeiros brasileiros, do Vale do
marcha tomou esse rumo. As Paraíba, que acumularam fortunas
fazendas do Vale do Paraíba, que já

19
fabulosas e viviam como verdadeiros Uma avenida tornou-se o símbolo de
nobres abastados. toda esta riqueza, a Avenida Paulista,
com suas mansões e palacetes. Hoje
Com a riqueza trazida pelo café, São
estas residências cederam lugar a
Paulo, cidade provinciana, acanhada,
imensos edifícios, muitos deles sedes
começou a se transformar, abrindo
de bancos, que continuam, por assim
novas ruas, avenidas e bairros, por onde
dizer, símbolos de poder e riqueza.
corria muito dinheiro.

*Terra de cor vermelha, em italiano “terra rossa”.

Daí veio a expressão deturpada em português, terra-roxa.

Avenida Paulista Séc. XVIII Avenida Paulista atualmente

Responda.

1. Por que se fala da “marcha do café”?

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2. A abolição da mão-de-obra escrava não abalou a produção do café. Por quê?

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3. Como era São Paulo antes do ciclo do café? Qual foi a influência do café sobre o desenvolvimento
de São Paulo?

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4. O que você sabe sobre “os barões do café”?

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5. Que efeito teve sobre São Paulo a vinda em massa de imigrantes italianos?

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6. Em cem anos, a Avenida Paulista foi construída duas vezes. Explique.

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Curiosidades acerca do café 

Plantio: de dezembro a fevereiro Florescimento: de agosto a outubro

Maturação: de abril a junho Colheita: de abril a setembro

21
Um pouco de música
Escola de Samba: X-9 PAULISTANA
LETRA DO SAMBA
Enredo: QUEM É VOCÊ, CAFÉ?
COMPOSITORES: ARMENIO POESIA/ FERNANDO LEAL/ FRED VIANNA/
Carnavalesco: LUCAS PINTO DIEGO POESIA/ MARCOS PELOSO/ WANDER/ EDSON DINO/ LÓ DO
CAVACO/ PIXUCA
INTÉRPRETE: ROYCE DO CAVACO

A x-9 vem aí, vai sacudir

Bota água pra ferver, no Anhembi

Vem nessa amor, que eu quero ir

A preta velha, ____________ contou Eu vou de trem, eu vou

E eu mergulhei no tempo No vai e vem, amor

Sou a semente e virei ouro Eu sou o tal, café!

O tesouro que Palheta levou ao __________ Só não toma quem não quer

Mas, foi do _________________ E há quem diga que nas borras viu

Que me espalhei pelo país inteiro A sorte desenhar o seu amanhã

Brasil, Brasil Que eu sonhei...

Testemunhei o seu destino E no meu sonho eu vi, tudo colorir

Neste teu chão divino E perfumar a cidade inteira

Da ___________ à _____________ Na mais linda cor, no mais quente sabor

Eu sou o rei da exportação Da _________ ________________

Trilhando no seu coração

Atividade:

a) Complete os espaços em branco.


b) Procure o significado das palavras que você não conhece.
c) Com quais elementos da cultura brasileira você associa essa canção? Por quê?

22
Unidade 2
23
*Complete o segundo mapa com os estados brasileiros e suas capitais. Utilize as informações da página seguinte.

24
Região Norte:
Região Nordeste:

Acre - Capital: Rio Branco. Extensão territorial: 152.581,388 km²


Alagoas - Capital: Maceió. Extensão territorial: 27.767,661 km²
Amapá - Capital: Macapá. Extensão territorial: 142.814,585 km²
Bahia - Capital: Salvador. Extensão territorial: 564.692,669 km²
Amazonas - Capital: Manaus. Extensão territorial: 1.570.745,680 km²
Ceará - Capital: Fortaleza. Extensão territorial: 148.825,602 km²
Pará - Capital: Belém. Extensão territorial: 1.247.689,515 km²
Maranhão - Capital: São Luís. Extensão territorial: 331.983,293 km²
Rondônia - Capital: Porto Velho. Extensão territorial: 237.576,167 km²
Paraíba - Capital: João Pessoa. Extensão territorial: 56.439,838 km²
Roraima – Capital: Boa Vista. Extensão territorial: 224.298,980 km²
Pernambuco - Capital: Recife. Extensão territorial: 98.311,616 km²
Tocantins - Capital: Palmas. Extensão territorial: 277.620,914 km²
Piauí - Capital: Teresina. Extensão territorial: 251.529,186 km²
Rio Grande do Norte - Capital: Natal. Extensão territorial: 52.796,791 km²
Sergipe - Capital: Aracaju. Extensão territorial: 21.910,348 km²

Região Centro-Oeste
Goiás - Capital: Goiânia. Extensão territorial: 340.086,698 km²
Mato Grosso - Capital: Cuiabá. Extensão territorial: 903.357,908 km² Região Sudeste
Mato Grosso do Sul - Capital: Campo Grande. Extensão territorial: Espírito Santo - Capital: Vitória. Extensão territorial: 46.077,519 km²

357.124,962 km² Minas Gerais - Capital: Belo Horizonte. Extensão territorial: 586.528,293 km²

Distrito Federal - Capital: Brasília. Extensão territorial: 5.801,937 km² São Paulo - Capital: São Paulo. Extensão territorial: 248.209,426 km²
Rio de Janeiro - Capital: Rio de Janeiro. Extensão territorial: 43.696,054 km²

Região Sul
Paraná - Capital: Curitiba. Extensão territorial: 199.314,850 km²
Rio Grande do Sul - Capital: Porto Alegre. Extensão territorial: 281.748,538 km²
Santa Catarina – Capital: Florianópolis. Extensão territorial: 95.346,181 km²

25
Composição: Lenine e Lula Queiroga

Sob o mesmo céu


Cada cidade é uma aldeia Brasil!
Uma pessoa! Com quantos Brasis
Um sonho, uma nação Se faz um Brasil?
Sob o mesmo céu Com quantos Brasis
Meu coração Se faz um país?
Não tem fronteiras Chamado Brasil!
Nem relógio, nem bandeira
Só o ritmo A gente vem
De uma canção maior... Do rap, da _______
A gente vem ________
A gente vem Do _______do subúrbio
Do tambor do ______ Da _________, eh!
A gente vem de ____ A gente vem
Vem do batuque Da ______, das palafitas
______ Vem dos Orixás da
A gente vem Bahia
Do _______ A gente traz um desejo
e da _______ De alegria e de paz
A gente vem E digo mais:
Do fundo da ______ A gente tem a honra
Da _____________ De estar ao seu lado
Dos arranha-céus A gente veio do futuro
A gente vem do ____ Conhecer nosso
Vem do __________ passado...
Vem da megalópole
Vem do __________ Brasil!
A gente vem de trem Com quantos Brasis
Vem de galope Se faz um Brasil?
De navio, de avião Com quantos Brasis
Motocicleta Se faz um país?
A gente vem a nado Chamado Brasil!...(2x)
A gente vem do _______
Do _______
A gente veio do futuro
Conhecer nosso passado...

26
Atividade:
1) Trabalhem em grupos. Ouçam a música e completem as palavras que faltam no texto.
https://www.youtube.com/watch?v=hkiSUKxYBVE
2) Digam que palavras são novas para vocês, encontrem seus significados e escolham uma para
explicá-la ao resto da turma.
3) Analisem e compartilhem o que pensam das frases sublinhadas...
4) Que tal um pouco de karaokê? Cante com a sua turma:
https://www.youtube.com/watch?v=yZRUtNGy4ZM

PARA COMPREENDER MELHOR A LETRA DA MÚSICA:

Socializando e Aprendendo DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 L. Berner, M. Bárbara Fagundes, M. Carvalho de Campos e Mônica Maria
Lemos

O Brasil é um país que possui uma vasta diversidade cultural. Aspectos como culinária,
dança, religião, são elementos que integram a cultura de um povo.
A cultura faz parte da totalidade de uma determinada sociedade, nação ou povo. Essa
totalidade é o que configura o viver coletivo. São os costumes, os hábitos, a maneira de
pensar, agir e sentir, as tradições.
Somos pessoas diferentes, com culturas diferentes, mas somos iguais vivendo na
mesma nação chamada Brasil. Descendentes de Europeus, Africanos, Índios, enfim, uma
mistura de cores e gêneros que compõe o país.
A música Sob o mesmo Céu de Lenine nos faz refletir sobre a nossa identidade
nacional. Será que realmente temos uma única identidade? Somos um povo que carrega a
grande diversidade cultural na qual nosso país é composto.
Diante do exposto na música, temos a certeza de nossas particularidades e diferenças,
do multiculturalismo. Devemos lembrar que somos iguais nas diferenças e não podemos nos
enganar com o discurso de igualdade gerado pela cultura dominante.
Por isso a cultura de cada região de nosso país se mistura e
forma esse país, dividido, mas ao mesmo tempo unido.
Outro momento da música relata nossas origens. De onde
viemos, e quem somos. Qual o caminho que percorremos e qual
iremos percorrer.
Entender como tudo começou nos levará a compreender a
grande diversidade cultural que caracteriza nosso país. Já que a
cultura é um dos instrumentos de análise e compreensão do
comportamento humano social.
A música de Lenine faz questionamentos sobre de onde viemos:
dos índios ou dos portugueses? Qual é o nosso espaço geográfico: o fundo da floresta ou a
área urbana dos arranha-céus? Fazendo alusão a nossa posição socioeconômica.
As práticas sociais, os comportamentos passados de geração em geração são
diferentes nos quatro cantos do país e nessa diversidade cultural, é que nos adaptamos,
vamos nos transformando, adequando da melhor maneira para a sobrevivência.
Somos indivíduos do mesmo país, um grupo em busca das mesmas afinidades. Tanta
diversidade, tantas diferenças que nos fazem ser únicos. (http://socializandoeaprendendo.blogspot.com.uy/)

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28
Pantanal
O bioma Pantanal é a maior planície abril a setembro. Possui região plana, levemente
inundável do mundo. Com uma área de cerca de 250 ondulada, com alguns raros morros isolados e com
mil Km², o Pantanal estende-se pela Bolívia, muitas depressões rasas. As altitudes não
Paraguai e Brasil, sendo aproximadamente 62% no ultrapassam 200 metros acima do nível do mar e a
Brasil, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso declividade é quase nula.
do Sul. Inserido na parte central da bacia O solo do Pantanal é principalmente
hidrográfica do Alto Paraguai, o Pantanal é arenoso e argiloso, esse fator associado à baixa
influenciado pelo rio Paraguai e por seus vários declividade e aos muitos rios dessa região contribui
afluentes que alagam a região formando extensas para o alagamento do Pantanal. As primeiras chuvas
áreas alagadiças. caem sobre um solo poroso e são facilmente
absorvidas, com o umedecimento da terra várias
espécies de vegetais rebrotam e a planície se torna
verde. Em poucos dias o solo não consegue mais
absorver a água que passa a se acumular nas áreas
mais baixas. O nível dos rios e lagoas aumenta
provocando enchentes e o Pantanal se torna um
enorme alagado. Durante a seca, a água fica restrita
aos leitos dos rios, lagoas e banhados.
Há regiões altas que nunca são alagadas,
como os morros isolados que se destacam nas
áreas inundadas como verdadeiras ilhas cobertas
de vegetação e são usados por animais que fogem
da subida das águas e procuram abrigo. Algumas
regiões ficam quase sempre submersas e outras se
apresentam alagadas durante alguns meses.
A flutuação no nível da água é fundamental
para o funcionamento desse bioma. Durante a seca,
Pantanal brasileiro. Foto: Filipe Frazão / Shutterstock.com
o material que se decompõe no solo contribui para o
O Pantanal é caracterizado pela alternância
enriquecimento da água de inundação durante a
entre períodos de muita chuva, que acontecem de
cheia. Quando as águas recuam, elas deixam uma
outubro a março, e períodos de seca nos meses de

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rica camada de nutrientes no solo, que servirão de desenvolvem-se pequenos arbustos e vegetação
base para o surgimento de uma extensa vegetação. rasteira e nas regiões mais altas a paisagem é
A fauna do Pantanal é bastante parecida com a da Caatinga, com árvores de grande
diversificada, levantamentos registraram porte. No Pantanal é comum a presença de
325 espécies de peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 formações vegetais como o carandazal, formado
aves e 159 mamíferos. Jacarés, capivaras e onças pelas palmeiras carandá, e o buritizal, onde
estão entre os principais animais. Destacam-se predominam os buritis.
também a arara-azul e o tuiuiú (ave símbolo do As principais atividades econômicas são a pecuária,
Pantanal). pesca e o turismo. As maiores ameaças ao Pantanal
A flora dessa região também é bastante são o desmatamento e o manejo inadequado de
diversificada, formando um mosaico de plantas terras para agropecuária, a construção de
do Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica e hidrelétricas e o crescimento urbano e populacional.
Chaco (paraguaio e boliviano). Nas áreas alagadas http://www.infoescola.com/biomas/pantanal/
encontramos gramíneas, nas regiões intermediárias

Atividade:

a) Localize no mapa os países que conformam o Pantanal.


b) Retire do texto e amplie o conceito de bioma.
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
c) Procure no texto todas as maneiras de referir-se ao bioma Pantanal.
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
d) A seguir encontram-se nomes de animais e plantas que pertencem à fauna e à flora pantaneira.
Organize-os nas imagens correspondentes:

Piranha /Tuiuiú /Vitória Régia / Jacaré /Cambará-lixeira / Dourado / Canjiqueira / Sucuri / Carandá / Anta
/Tamanduá-bandeira / Arara-azul / Capivara / Pacu / Macaco-prego /Bicho-preguiça / Beija-flor / Onça-
pintada.
30
Atividade:

1. Descreva a imagem acima. O que ela lhe sugere? Que particularidades apresenta?
2. Assista o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=qPz5wdci1eY e exponha o seu conteúdo e o
que lhe chamou a atenção.
3. Faça uma lista no seu caderno das comidas típicas de cada região do Brasil
4. Que comidas brasileiras você conhece? Como é o seu sabor?
5. Qual gostaria de experimentar? Por quê?
6. Escolha uma delas, pesquise a sua receita e ingredientes e conte a todos como se prepara.

Elaborem um painel com imagens e as receitas das comidas escolhidas.

Com a sua turma escolha uma comida simples, de fácil elaboração e preparem-na juntos.

Bom apetite!

Confira nossos bolos “de dar água na boca”

31
DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL
Desde o início de sua história, após a colonização europeia, o Brasil é marcado pela
extensa diversidade cultural.

Apesar do processo de globalização, que busca a mundialização do espaço geográfico – tentando,


através dos meios de comunicação, criar uma sociedade homogênea – aspectos locais continuam
fortemente presentes. A cultura é um desses aspectos: várias comunidades continuam mantendo
seus costumes e tradições.

O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, possui uma vasta diversidade
cultural. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos foram os
primeiros responsáveis pela disseminação cultural no Brasil. Em seguida, os imigrantes italianos,
japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Brasil.
Aspectos como a culinária, danças, religião são elementos que integram a cultura de um povo.

As regiões brasileiras apresentam diferentes peculiaridades culturais.

No Nordeste, a cultura é representada através de danças e festas como o bumba


meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. A
culinária típica é representada pelo sarapatel, buchada de bode, peixes e frutos do mar, arroz doce,
bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca,
pé de moleque, entre tantos outros. A cultura nordestina também está presente no artesanato de
rendas.

A Capoeira e seus instrumentos

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O Centro-Oeste brasileiro tem sua cultura representada pelas cavalhadas e

procissão do fogaréu, no estado de Goiás; e o cururu em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A
culinária é de origem indígena e recebe forte influência da culinária mineira e paulista. Os pratos
principais são: galinhada com pequi e guariroba, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes
do Pantanal – como o pintado, pacu e dourado.

Cavalhadas em Pirenópolis (GO)

As representações culturais no Norte do Brasil estão nas festas populares como o círio
de Nazaré e festival de Parintins, a maior festa do boi-bumbá do país. A culinária apresenta uma
grande herança indígena, baseada na mandioca e em peixes. Pratos como otacacá, pirarucu de
casaca, pato no tucupi, picadinho de jacaré e mussarela de búfala são muito populares. As frutas
típicas são: cupuaçu, bacuri, açaí, taperebá, graviola, buriti.

Festival de Parintins (AM)*

No Sudeste, várias festas populares de cunho religioso são celebradas no interior


da região. Festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, com destaque para a
peregrinação a Aparecida (SP), congada, cavalhadas em Minas Gerais, bumba meu boi, carnaval e
peão de boiadeiro. A culinária é muito diversificada, os principais pratos são: queijo minas, pão de
queijo, feijão tropeiro, tutu de feijão, moqueca capixaba, feijoada, farofa, pirão, etc.

Feijoada

33
O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e,

principalmente, alemães e italianos. Algumas cidades ainda celebram as tradições dos antepassados
em festas típicas, como a festa da uva (cultura italiana) e a oktoberfest (cultura alemã), o fandango
de influência portuguesa e espanhola, pau de fita e congada. Na culinária estão presentes: churrasco,
chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de
barro) e vinho.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco/Equipe Brasil Escola

http://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-diversidade-cultural-no-brasil.htm

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Traços do Brasil: Tipos Tradicionais Brasileiros
Os tipos humanos típicos, encontrados pelo Brasil, são retratados na nova série de imagens assinada por Lu Paternostro.

O Seringueiro - Personagem característico da região Norte e


Centro Oeste do Brasil responsável pelo oficio de coleta do látex
da árvore da seringueira (Hévea brasiliensis) e a preparação das
pelas para venda. O látex é a matéria prima da borracha. Ele é
recolhido das árvores através de incisões feitas nos caules, em
cortes feitos em forma de espinha de peixe. No final do sulco
central, um pequeno baldinho coletor de metal, ou uma cuia de
cabaça, é posicionado para recolhê-lo. Esta etapa tem o nome de
sangria do látex. Cada árvore produz uma média de doze litros
por ano, ou um litro por mês. O látex é uma reação ao ferimento provocado à planta, um processo
químico com o objetivo de cicatrização.

O Caiçara - Nome dado aos indivíduos que moram em


comunidades e vilas no litoral, principalmente o litoral do estado
de São Paulo. “Caiçara” provém do tupi-guarani,
ka’aysá (ou ka’aysara), que designava uma cerca rústica ou
armadilha, feitas de galhos de árvores, colocada ao mar para
capturar peixes. As comunidades caiçaras nasceram a partir do
século XVI e são uma mistura do índio das regiões litorâneas do
estado de São Paulo e oeste fluminense, ou tupiniquins, dos
brancos de origem portuguesa e de negros libertos, que se
afastaram das influências das áreas urbanas. Se estabeleceram nas encostas, costões rochosos,
restingas e mangues da Mata Atlântica. Por sobreviverem entre a serra e o mar, gozam de uma cultura
própria e diferenciada.

O Pantaneiro - Habitante tradicional do Pantanal, um importante


bioma brasileiro. Muitos os chamam de bugres. O Pantanal é um
mundo de águas, um paraíso grandioso. Em toda a sua área, um
pouco mais de 132 mil quilômetros quadrados de extensão,
cabem quatro países como a Holanda, Bélgica, Portugal e Israel.
Tem este nome devido a visita do Visconde de Taunay ao local,
durante a Guerra do Paraguai. Em seus livros descreveu essa
imensa área alagada como sendo um imenso pântano. Os
pantaneiros vieram através do rio Tietê, Paraná e Paraguai, desde o interior de São Paulo, em busca
do ouro das minhas localizadas na região de Cuiabá, no século XVIII. Também, os primeiros criadores
de gado que chegaram ao local, há mais de 250 anos, o chamaram de pantanal. Quando esgotaram
as minas, uns foram para outros garimpos e os desiludidos com a atividade focaram para criar gado…

O Catador de Coco - Tipo brasileiro, característico do Nordeste,


devido às extensas áreas de coqueirais. Trata-se de um homem
que, para pegar o coco, sobre bem alto nos coqueiros, utilizando
uma forma típica de amarrar as cordas e ir subindo. Leva um
facão afiado nas mãos ou uma foice. Às vezes sobem utilizando
somente os pés e as mãos, desprovidos de qualquer instrumento.
Para ver como vão longe, os coqueiros podem chegar a 30
metros de altura. Suas folhas podem atingir até 3 metros de
comprimento. Pode viver até 150 anos quando chega a ter 35
metros de altura.

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A Mulher Rendeira - Os portugueses do arquipélago de Açores,
em 1748, trouxeram a atividade da renda para enfeitar trajes,
toalhas, cortinas, lençóis e as peças de vestuário da nobreza.
Característica de Santa Catarina e Ceará, graças a maior
concentração de açorianos, as rendeiras executam os mais
variados trabalhos em renda. Hoje a cidade de Florianópolis,
que reúne o maior número de rendeiras do sul do Brasil, se
orgulha em ter o bilro como referência cultural associada ao
município. A renda de bilro vem de uma longa tradição, passada de mãe para filha. Trabalham tecendo
suas rendas sobre uma almofada cilíndrica feita de pano grosso, dura, recheada de ‘barba de velho’,
capim de colchão, palha de bananeira, serragem, ou, ainda, esponja sintética, também denominada
de espuma, misturada com estopa. Chama-se rebolo, nome dado à mesma almofada em Portugal. O
rebolo é posicionado sobre as cangalhas, um tipo de caixote desmontável, em madeira, que segura a
almofada. Sobre o rebolo é colocado o desenho, um cartão de papel com desenhos perfurados
chamado pique. Nestes furinhos, a renderia espeta os alfinetes que seguram os fios. Pode-se usar
também espinho de laranjeira ou espeto de jurumbeva, palavra tupi-guarani para designar espécie de
cacto. Os fios são manipulados através dos bilros ou birros, pequenas peças de madeira esculpida,
que variam em formato e tamanho. Servem para enrolar a linha que a rendeira usa para tecer, como
carreteis.

O Jangadeiro - Figura típica do litoral Nordestino. Os jangadeiros


são populações tradicionais marítimas que vivem na faixa
costeira entre o Ceará e o sul da Bahia. Seus hábitos são ligados
estritamente ao mar. Moram em casas simples de telhados de
palmas de coqueiro ou casas de palha. Com coragem
descomunal, saem pelo oceano, ainda de madrugada, tripulando
tradicionais jangadas de pau piúba, embarcações simples, em
busca da pesca. Vão longe. Chegam a cruzar com embarcações
grandes. Em jangadas vão pescar os peixes que vendem nos
portos e mercados. As jangadas têm sua origem nas balsas, o mais primitivo dos barcos, composto de
paus amarrados entre si. São embarcações de madeira, típicas, de origem asiática, presumivelmente
da Malásia. São compostas de materiais como a madeira de flutuação, tecidos e cordas. As tradicionais
não possuem nenhum elemento de metal para prender os componentes, apenas encaixes e amarração
com cordas de fibras selvagens. É construída com cinco ou seis troncos de piúva (ipê) ou de jangadeira
apeíba (Tibourbou), conhecida também por pau-de-janga.

Vendedores Ambulantes - Tipos humanos que encontramos


pelas ruas, folclóricos pela forma de serem e exporem seus
produtos. São encontrados por todo o canto, desde uma cidade
grande até pequena, vilarejos e ilhas, no meio do mar, vendendo
de tudo em seus carrinhos, tabuleiros, cestos e assadeiras.
Equilibram mercadorias na cabeça, as carregam em pedaços de
paus nos ombros, penduram em cavalos, carregam nas mãos,
montam tabuleiros em vários locais, apresentam seus produtos
em lonas no chão ou as penduram em cercas. Transportam
barracas cheias de bugigangas sobre bicicletas, burros ou penduradas em si próprios. São uma parte
importante das cidades do mundo todo, tornando-se membro vital da vida social e econômica de uma
cidade. São muito apreciados pelos turistas que podem usufruir de uma experiência autentica de
contato com o povo e a cultura de um local. Os mascates transportam o mundo, se preciso for, para
levar coisas dos mais diversos tipos para qualquer lugar onde tem gente. São comerciantes ativos,
presentes, observadores e espertos.

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A Baiana do Acarajé - Hoje, no Brasil, é um bem cultural de natureza
imaterial, inscrito em 2005 no Livro dos Saberes do Instituto do
Patrimônio Histórico e artístico Nacional. Vai desde a produção até a
venda, sempre em tabuleiros onde são expostas as chamadas
comidas de baiana, geralmente feitas com azeite de dendê, ligadas
ao culto dos orixás do Candomblé. Uma personagem típica da cidade
de Salvador, capital do estado da Bahia, em praças, ruas, feiras e
outras celebrações que marcam a cultura da cidade. A culinária
baiana é uma culinária forte e um tanto quanto exótica por conta da mistura. Ela recebe a influência
do índio, do português e do negro da África. A junção deu para o povo baiano firmeza, força e
sabedoria. Dentre os quitutes da baiana o mais conhecido é o Acarajé, um bolinho feito de feijão
fradinho, moído no pilão de pedra, a chamada pedra de acarajé.

O Sanfoneiro - Figura típica, um personagem que não pode faltar nas festas populares seja forrós,
quadrilhas, festas de imigrantes e tantas outras. Toca o ano todo, em todo o Brasil. Junto a ele, a
sanfona foi ganhando espaço em todo o país, “Acordeão” (do alemão “akkordium”) e “Sanfona” (do
grego “symphonía”) significam o mesmo objeto, mas o nome
sanfona é mais popular. Pode ser chamada de acordeão, fole ou
sanfona, o fato é que seu sucesso é garantido, crescendo a cada
ano o gosto do brasileiro pelo instrumento. Foi trazido para o
Brasil através dos imigrantes italianos e alemães. É formado pelo
teclado, que pode representar até acordes mais sofisticados; pelo
fole, responsável pela passagem de ar que resulta na liberação
do som; pelas caixas harmônicas de madeira e pelos baixos, que
são os botões tocados pela mão esquerda e responsáveis pelas
notas mais graves, determinando o ritmo.

O Pescador Artesanal - Há 250 anos, o litoral era dos índios e, posteriormente, dos açorianos, um povo
com muita experiência com o mar. Unindo aos escravos negros, o litoral brasileiro foi se tornando
fortemente povoado por pescadores, que, unido ao recorte favorável de nosso litoral, impulsionou o
desenvolvimento da pesca artesanal por todo o país. Por isso, o
Brasil é o país da pesca artesanal que dá sustento a milhares
de brasileiros e abastece diversos municípios e comunidades.
Feita em pequena escala e de forma sustentável, representa
mais da metade do que é consumido internamente no país. Por
todo o litoral, de norte a sul do Brasil, em cerca de 8.000
quilômetros de praias, baias, ilhas, recôncavos, verdadeiros
berçários naturais, encontramos embarcações pequenas, de
vários tipos, espalhadas pela orla, próxima as costas, que acaba
caracterizando as paisagens do litoral brasileiro. Trabalham perto de casa, primeiro para suprir o
consumo da família, da sua comunidade e depois do mercado, quando os peixes são comercializados.
Nas vilas de pescadores podemos encontra-los ao lado de suas redes, tecendo, consertando-as para
a próxima pesca.

O Vaqueiro Nordestino - Sua história começou quando o Brasil


era colônia de Portugal. Em 1534 chegaram as primeiras cabeças
de gado, vindas da Ilha de Cabo Verde, África. Como as terras
eram muito extensas, e o rebanho precisava dos pastos, era
preciso alguém que cuidasse dos animais, no caso os vaqueiros.
Portanto, o vaqueiro é um tipo étnico que vem do contato do
colonizador com o índio, durante a penetração do gado nos
sertões do nordeste brasileiro. Habitam a região da caatinga uma
área de clima semiárido, que ocupa praticamente todo o
Nordeste. Trabalham como no século XVII. Desde criança aprendem a correr atrás e laçar os bois no
curral. Vão “aboiando”, tocando a boiada entoando o aboio, um canto sem palavras, típico dos

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vaqueiros, que cantam quando conduzem seus bois para o pasto ou curral. Eles aboiam também
quando precisam orientar o gado que se perde na serra, ou se extravia numa caatinga.
Quando um boi se desgarra, foge, eles saem como um raio, por entre a paisagem seca, passando por
galhos, pontas de pau e espinhos dos cactos. É a pega de boi. Neste momento, o vaqueiro corre o
risco de se ferir na vegetação. E para que isso não aconteça, ele aprende a desenvolver técnicas de
se safar dos galhos, utilizadas com muita maestria e habilidade. Por isso o vaqueiro precisa de uma
roupa especial, que funcione como uma armadura ou couraça, o que acaba se tornado sua segunda
pele.

O Gaúcho - Denominação dada aos vaqueiros das regiões dos


pampas da Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai e Brasil. As
características típicas do seu modo de vida no campo, fizeram
com que o gaúcho tivesse uma cultura própria sua, derivada do
amálgama da cultura ibérica, principalmente espanhóis, e
indígena. Usa-se, também, o termo para identificar os habitantes
nascidos no estado Rio Grande do Sul.
Pelo seu modo de ser, falar e se vestir, o gaúcho forma um tipo
folclórico que sintetiza um conjunto de tradições. Grande parte da população gaúcha rural usa as
vestimentas tradicionais por serem adaptadas à vida campeira. Os avios do chimarrão ou os
apetrechos usados para a preparação e consumo da erva-mate, os utensílios de encilha tradicionais
para o cavalo, incluindo as esporas do cavaleiro, junto com as vestimentas, fazem a definição de pilcha,
o Gaúcho Pilchado, montado com sua vestimenta típica.
Usam roupas de origem indígena como o poncho ou capa campeira, vestimenta tradicional da América
do Sul, usado para protege-los do frio e do vento, usado sobre a vestimenta do dia a dia, normalmente
feitos em teares utilizando a lá da ovelha como matéria prima; o lenço colorado; a pala, também um
tipo de poncho, de lá ou de seda, utilizado para climas mais amenos; o chiripa, tecido que é colocado
em volta da cintura, formando um avental com uma amarração muito bonita, hoje em dia usado pelos
grupos folclóricos de danças típicas; a guaiaca, termo de origem aimará (wayaqa), um cinturão com
bolsas, feitos de couro, propicio para guardar pequenos objetos. Ainda em suas vestimentas típicas,
porém com influência europeia, encontramos a camisa de tecido; o colete; a blusa campeira; o chapéu
de copa baixa e abas largas; o lenço do pescoço atado por um nó que pode ser feito de oito maneiras
diferentes, sendo as cores branco e vermelho as mais tradicionais; a bota campeira e a bombacha. A
bombacha são as calças típicas usadas pelos gaúchos, largas em cima e abotoadas no tornozelo. O
nome foi adotado do termo espanhol “bombacho”, que significa “calças largas” e pode ser feita de
brim, linho, tergal, algodão ou de outros tecidos, em padrão liso, listrado ou xadrez discreto. A
bombacha é muito utilizada nas regiões da campanha, da fronteira oeste e dos campos de cima da
serra. Porém, nas cidades maiores, ainda é possível perceber alguns gaúchos pilchados ou montados
com suas vestimentas típicas. Fonte: blog/tracos-do-brasil-tipos-tradicionais-brasileiros

Convite: 

38
chaleira

Algumas características do Gaúcho

- Apego ao rural, ao cavalo, ao boi, à natureza;


- Apego à querência, à pátria, aos valores de tradição;
- Preservação da cultura;
- Apego ao fogo-de-chão, ao mate, à tertúlia, ao churrasco;
- Apego à família;
- Apego aos bailes e às cantorias

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O chimarrão gaúcho

Convite para tomar mate:

...vamos matear? ...vamos chimarrear? ...vamos verdear? ...vamos amarguear?


...vamos apertar um mate? ...vamos tomar um mate? ...vamos tomar um chimarrão?
...que tal um mate?

Você sabia dos benefícios da erva mate?

 Estimulante da atividade física e mental *Estimula a circulação

 Favorece a evacuação (fezes) e a micção (urina). *Regulariza a respiração

 Facilita a digestão *Promove sensação de bem-estar e vigor

 Efeitos cosméticos na pele *Melhora a memória

 Previne gripes e alergias

40
ATIVIDADE

*Com sua turma, elaborem um painel grupal com os tipos brasileiros apresentados.

*Pesquisem na web imagens reais destes personagens típicos, escolham as mais significativas e
coloque-as no painel.

*Dividam os personagens entre os colegas e retirem as principais características apresentadas para


colocá-la no painel. Retire a informação que considerar mais relevante.

*Em outro painel apresente os personagens típicos uruguaios.

Complete as frases a seguir:

Para trabalhar como seringueiro é necessário que....................................................................


Se eu fosse pantaneiro...............................................................................................................
Seria um excelente sanfoneiro se...............................................................................................
Para preparar um bom chimarrão convém que....................................................................
Cuidaria do gado se....................................................................................................................
Comeria um autêntico acarajé se...............................................................................................
Para ser uma mulher rendeira é importante que................. .............................................................

O modo subjuntivo é empregado em orações subordinadas quando essas expressam sentimento, hipótese,
probabilidade ou incerteza. Observe os exemplos:

41
SUL

Complete a folhagem dessa árvore


com características de cada uma
das regiões brasileiras. Utilize a
informação trabalhada.

REGIõES DO BRASIL

42
A cultura de um povo é traduzida pela sua música, literatura, suas lendas, danças e festas. É uma forma de
preservar a lembrança de seus locais de origem, os costumes trazidos por seus antepassados e suas lutas e vitórias
em um novo território. As festas populares são manifestações capazes de reunir em um mesmo ambiente ou por
um mesmo objetivo, pessoas de diferentes classes sociais, idades e religiões, sem discriminações.
No Brasil, a maioria das festas populares está relacionada à religião. São comuns no país as celebrações em
homenagem aos santos e santas padroeiras, como Nossa Senhora Aparecida (Padroeira do Brasil). Até a festa
que representa o país internacionalmente, o Carnaval, está ligado à religião católica, pois apesar de ser
considerada uma festa profana, seu encerramento marca o início do período da Quaresma (os 40 dias que
antecedem a Páscoa). Entretanto, há outras manifestações que marcam a cultura popular brasileira e não estão
relacionadas à religiosidade como, por exemplo, o Réveillon e o Boi Bumbá (ou Bumba-meu-Boi) que é
representado durante o já famoso Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas.

De origem portuguesa, o Boi Bumbá possui diferentes nomes e diferentes versões para sua história. Nela, é
retratado um casal de negros que mata o boi preferido do patrão e ele, desolado com a situação, chama médicos,
padres e um pajé para ressuscitar o boi. Após o animal ganhar nova vida, é feita uma grande comemoração que
se repete até hoje. Também conhecido como Bumba-meu-Boi, a festa é realizada principalmente nas regiões
norte e nordeste, com destaque para o estado do Maranhão e o município de Parintins (AM). Nesse último, a
história conta que quando a negra Catirina sentiu desejo de comer língua de boi durante sua gestação, seu marido,
o negro Francisco, matou o boi predileto do fazendeiro e, assim que a morte foi descoberta, ele fugiu para não
ser preso. Na fuga, Francisco encontra um pajé e pede que ele o ajude, o índio então ressuscita o boi do patrão e
tudo acaba em uma grande festa. Em Parintins, a festa é realizada desde 1965 durante três dias, no último final
de semana de junho, e dentro do “Bumbódromo”. Nesse local ocorre a disputa entre os bois Garantido e
Caprichoso em apresentações de 3 horas de duração, com a participação de 5.000 pessoas e um público de até
35.000 espectadores. Após os três dias de apresentação, o boi que tiver somado maior número de pontos é
declarado vencedor.

No mês de fevereiro, o Brasil é tomado por sua festa mais famosa, é o mês do Carnaval. Essa festa tem
diversas origens, algumas contam que era a celebração pela chegada da primavera, época de colheitas, outras
relacionam a comemoração com os últimos dias de pecado e consumo de carne antes do período sagrado da
Páscoa. Trazida da Europa, a festa foi adaptada aos costumes e ao clima brasileiro. O calor e a alegria do povo
atraem turistas de todas as partes do mundo para assistir e participar do Carnaval, seja ele nos desfiles de escolas
de samba do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), nos trios elétricos de Salvador (BA), nos blocos de rua e com
os bonecos gigantes de Olinda e Recife (PE) ou nos bailes à fantasia em salões espalhados pelo Brasil.

Em junho, são as Festas Juninas que movimentam o país. De caráter religioso, essas festas são realizadas
para homenagear São Pedro, Santo Antônio e São João com danças, pratos típicos, balões, bandeirinhas,
fogueiras e música caipira. Na festa ocorre também uma encenação que retrata um casamento forçado, em que
o noivo tenta fugir, mas a família da noiva o leva novamente ao altar e, sob a mira de uma espingarda, eles se
casam e começa a quadrilha. Realizada em todo Brasil, a festa ganha destaque nas cidades de Caruaru (PE) – a
capital do forró – e em Campina Grande (PB) – o maior São João do mundo –, que disputam o título de melhor
festa junina do país.

Fora essas, outra celebração bastante popular e divulgada internacionalmente é o Réveillon brasileiro. Na
virada do último para o primeiro dia de um ano, as pessoas se reúnem homenageando Iemanjá (rainha do mar
pela religião do Candomblé), realizando simpatias para boa sorte no ano que começa e para assistir aos shows
com música e fogos de artifício que iluminam o céu à meia noite do dia 1º de janeiro. Salvador (BA),
Florianópolis (SC), a Avenida Paulista em São Paulo (SP) e a Praia de Copacabana no Rio de Janeiro (RJ) são
locais de destaque dessa comemoração no Brasil.
( http://www.sppert.com.br/Artigos/Brasil/Cultura/Festas_populares/As_principais_festas_do_Brasil/)

43
Coloque o nome da festa correspondente nas imagens abaixo:

Atividade oral:
De qual gostaria de participar?
Explique os motivos.
Consiga imagens para decorar a sala de aula.

Refletindo após a leitura:

1) Tente definir o que é cultura e explique como ela se transmite.


2) Por que a cultura está relacionada com as festas populares?
3) As festas populares no Brasil, em sua maioria, a que estão ligadas?
4) Comente alguma festa típica do Uruguai mencionando aspectos parecidos e diferentes das do
Brasil.

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Você conhece as histórias da
bandeirinha, balão e fogueira de São
João?
Forró, quentão e canjica não podem faltar nos festejos juninos. Mas para
um arraiá ser bom de verdade, é preciso caprichar na decoração.
Bandeirinhas, balões e fogueiras deixam o arrasta-pé ainda mais
animado. Você conhece a história de cada um desses três símbolos?
De origem europeia, a tradição junina acabou se incorporando à cultura
brasileira. No nordeste, principal reduto dessa manifestação popular, esses apetrechos não passam despercebidos por quem
visita a região no mês de junho.

Há muitos anos, era comum que nas festas juninas as imagens dos três santos do mês (Santo Antônio, São João e São
Pedro) fossem gravadas em grandes bandeiras coloridas. Essas bandeiras eram colocadas em água em evento conhecido
como lavagem dos santos. A ideia era a purificação da água e de quem se banhasse com ela. Com o passar do tempo, as
grandes bandeiras – ainda presentes em alguns lugares – deram lugar às famosas bandeirinhas em alusão a esse ritual.
Por trás do aconchego trazido pela fogueira nas frias noites de inverno, história também não falta. Para os cristãos, a fogueira
representa o nascimento de São João Batista. Isso porque Santa Isabel teria usado o recurso para avisar a Maria que seu
filho ia nascer e de que precisava de ajuda no parto. Alguns contam ainda que a fogueira protege dos maus espíritos, com
poder de arrasar plantações inteiras.
Já os balões serviam como uma forma de comunicação. Alguns eram soltos com o objetivo de avisar a parentes e vizinhos
da região que a festança estava por começar. Vale lembrar que no Brasil a prática de soltar balões é crime. Além de ser um
perigo para as pessoas, pode causar incêndios de grandes proporções.

São João, São Pedro e Santo Antônio são os


homenageados dos festejos juninos:
As festas juninas são eventos tradicionais do calendário brasileiro e um bom retrato da
diversidade cultural do país. Mas sua origem remete às festas populares europeias,
principalmente de Portugal, que vieram para o Brasil durante o processo de colonização.
Na bagagem, os portugueses trouxeram as comemorações de alguns santos católicos
como Santo Antônio, São João e São Pedro, celebrados no mês de junho.
Para saber mais sobre os três santos, confira a história e o dia em que se homenageia cada um deles.

13 de junho – Santo Antônio

Normalmente representado em imagens segurando o menino Jesus, ele é o famoso santo casamenteiro. É invocado para
auxiliar solteiras e solteiros a encontrarem seu par ideal e "arrumar casamento". Inclusive, há várias simpatias para
“pressioná-lo” a ajudar os desesperados: é possível deixá-lo de cabeça para baixo ou, então, separá-lo do menino Jesus até
o pedido ser atendido.
A conta de afazeres do padroeiro dos pobres já é grande, mas ele ainda encontra tempo para ajudar quem quer encontrar
objetos perdidos.
Todo dia 13 de junho, as igrejas costumam distribuir os tradicionais pãezinhos de Santo Antônio. Em vez de comê-lo, o pão
deve ficar guardado em uma lata de mantimento para garantir fartura de comida durante o ano.

24 de junho – São João

Em vez de junina, muitos chamam os festejos de São João, pois dia 24 é o auge das festividades, exatamente quando se
comemora o aniversário de São João Batista, o santo festeiro.
A lenda diz que nesse dia ele prefere dormir o dia todo para não ver as fogueiras na Terra e ficar com vontade de descer e
comemorar também.
Por isso mesmo, as pessoas soltam fogos de artifício para tentar acordá-lo. Entre os costumes católicos, a Festa Junina é
marcada pelo levantamento do mastro de São João. Foi São João quem criou o batismo e que batizou o primo Jesus.

29 de junho – São Pedro


Pedro foi um dos doze apostos de Jesus, tendo o dia 29 dedicado a ele. É nesse dia que se rouba o mastro de São João
para marcar o fim das festas juninas. Como características do festejo para São Pedro, estão a fogueira em formato triangular
e o pau-de-sebo.
Na sua lista de missões, São Pedro é o guardião das portas do céu e responsável por fazer chover na Terra.
Além disso, protege pescadores e viúvas. Na biografia, ele liderou os discípulos de Jesus e fundou a Igreja Católica, sendo
considerado o primeiro Papa. http://www.ebc.com.br/cultura/2013/06/voce-conhece-as-historias-da-bandeirinha-balao-e-fogueira-de-sao-joao

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Conheça dez simpatias tradicionais das festas juninas
Junto a quadrilhas, o forró e as comidas típicas, as comemorações populares dos dias
de Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho) também
têm como tradição as simpatias. As finalidades são diversas: trazer proteção, felicidade e
dinheiro. Porém, os maiores pedidos nos festejos juninos são relacionados ao amor. A maioria
das simpatias serve para ajudar quem quer "arrumar um casamento". Ou, como dizem no
interior, “um casório”.

Confira dez simpatias que são populares durante as festas juninas:

1 – Para descobrir o nome do futuro amado (a): Na véspera da festa de São João, encha
a sua boca de água e fique escutando a conversa de alguém atrás de uma porta. O primeiro
nome próprio (de homem ou mulher) que você escutar será o nome do próximo namorado ou
namorada.

2 – Faca na bananeira mostra a inicial do seu futuro namorado (a): Essa simpatia tem que ser feita na véspera da festa
de São João (23 para 24 de junho). Pegue uma faca nunca utilizada e coloque no caule de uma bananeira. No outro dia, tire
a faca. O leite da planta vai formar uma letra, que é a inicial do seu amor.

3 – Cravo, alecrim e manjericão garantem proteção e felicidade: O banho que garante felicidade e proteção tem que ser
feito com cravo, alecrim e manjericão. No dia 24 de junho, tome um banho com a
mistura e peça proteção e alegria para São João.

4 – Tire suas dúvidas sobre com quem namorar na noite de São João: Se
você está balançada (o) entre dois amores e não sabe quem escolher, a dica é
escrever o nome dos (as) pretendentes em um pedaço de papel e jogar em uma
bacia com água. O primeiro que desenrolar é o escolhido. Detalhe: a simpatia tem
que ser feita na noite de São João.

5 – Sal para fisgar o pretendente: Essa simpatia é só para mulheres. Na noite


de São João, vá até a mesa onde estão os quitutes da festa e jogue uma pitada de sal (que deve estar guardada na sua
bolsa). Fale (mentalmente) “A boca que este sal provar é daquele que vai me amar”. Aí, é
só ver quem vai comer o salgado.

6 – No dia de São Pedro, seu amor vai aparecer em seus sonhos: Depois das
celebrações do dia 29, pegue um pouco do que sobrou do almoço e jantar. Prepare a mesa
com toalhas brancas, a comida e os talheres. No sonho dessa noite, você conhecerá o seu
amor.

7 – Pular três vezes a fogueira para garantir a realização dos desejos pedidos: Pedir três desejos ao santo da festa
Pensá-los ou dizê-los com firmeza enquanto se pula a fogueira ou uma brasa dela.

8 – Pão de Santo Antônio para não lhe faltar comida: No dia 13, vá a igreja receber o “pãozinho de
Santo Antônio”. O pão abençoado deve ser deixado com outros mantimentos da casa para que ele “não
faltem jamais”.

9 – Santo Antônio casamenteiro parte 1: A primeira dica para conseguir um namorado (a) com a ajuda
de Santo Antônio é pegar uma fita vermelha e amarrar na imagem do santo. Dê nós e faça o seu pedido. Depois reze e
coloque o santo de cabeça para baixo. Só o desvire depois que conseguir conquistar o seu amor.

10 - Santo Antônio casamenteiro parte 2: Na noite de 12 de junho, pegue um palito de dente e escreva o seu nome e o do
(a) pretendente em uma vela branca. Passe a vela no mel e acenda. Dizem que Santo Antônio traz a pessoa amada em
poucos dias.

Formem grupos e em sala de aula pesquisem no seu computador:


- De onde vem a quadrilha, a dança típica das festas juninas?
- Como se vestem as pessoas para ir a uma festa junina?
- Quais são as comidas das festas juninas no Brasil? E o alimento típico?

ORGANIZE UMA FESTA JUNINA NO SEU CLE.


FAÇA CARTAZES PARA PROMOCIONÁ-LA.

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Festas Juninas no Nordeste Brasileiro fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=TPA8TZ_G1pk

a) Assista a um trecho do vídeo sem o som e descreva o que você vê. O que lhe chama a atenção?
Compartilhe suas impressões com os colegas.

b) Assista novamente com o áudio completo e retire as principais características das Festas Juninas
em cada estado do Nordeste do Brasil.

c) Escolha o lugar onde preferiria passar as próximas Festas Juninas. Escreva um convite para ser
postado nas redes sociais que você utiliza, convidando seus amigos a irem com você. Dê sugestões
e dicas de por que acha que vai ser algo inesquecível e que não podem perder. Tente convencê-los.

Após assistir o vídeo Tô de Folga mostra as festas juninas em Sergipe (Jornal Hoje
03-06-2016) https://www.youtube.com/watch?v=O_vjfKff0J0, responda:

1) O que todos os visitantes procuram nas Festas Juninas em Sergipe?

_______________________________________________________________________________

2) Quantos turistas Sergipe recebe nestas Festas e quais suas procedências?

_______________________________________________________________________________

3) O que esse estado oferece aos turistas?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4) Que possibilidades as pessoas têm para participar da Festa e dançar forró?

_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

5) Qual a atração principal das Festa Juninas de Estância? Como é construída? Quem foram os seus
criadores? _______________________________________________________________________

6) Quanto custam os shows musicais? ________________________________________________

7) Quais as formas de dançar forró? __________________________________________________

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Arquitetura no Brasil Assim como ocorre em qualquer país, o patrimônio arquitetônico se
estrutura com base em influências artísticas, políticas e econômicas de cada época. E com
o Brasil não poderia ser diferente. Por isso, a evolução da arquitetura no mundo ocidental teve
reflexos diretos no país. O rompimento ocorreu apenas no início do século XX, com a criação do
movimento Modernista. Os períodos que compõem a história arquitetônica brasileira são:

Maneirismo (1530 - 1630)

Predominante na Europa no século XVI, o estilo maneirista português foi implantado na colonização
brasileira e pode ser visto até os dias de hoje em fortalezas, igrejas, conventos e mosteiros. Eram
construções compostas por fachadas geométricas e simétricas para edifícios civis e militares, como
órgãos públicos e fortificações, e mais ornamentadas para igrejas e mosteiros.

Igreja N. S. do Monte – Olinda Forte S. João – Bertioga, SP Mosteiro São Bento - RJ

Barroco e Rococó (1600 - 1770)

Caracterizada pela riqueza de detalhes e de materiais, como ouro e pedras preciosas, a arquitetura
barroca se firmou no País justamente graças ao ciclo do ouro, no século XVII. As primeiras
construções foram nas cidades litorâneas, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, que eram as
portas de saída de todo o ouro retirado de Minas Gerais. E somente no século XVIII, as famosas
igrejas mineiras de Ouro Preto, São João Del Rei e Mariana começaram a ser construídas. O interior
talhado a ouro é a principal característica do período. O rococó é considerado a última fase do barroco
e foi criado na França. No Brasil, está presente nas fachadas tridimensionais e nas cúpulas das
igrejas. O período foi eternizado pelo trabalho de Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como
Aleijadinho (1730 – 1814), que esculpiu as obras sacras das mais importantes igrejas das cidades
históricas de Minas Gerais.

Igreja do Convento de São Francisco – João Pessoa Igreja de São Francisco – Ouro Preto

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Neoclassicismo (1770 - 1830)
O neoclassicismo é marcado pela volta dos traços simétricos e geométricos e é inspirado na
arquitetura greco-romana. O período marca o final do ciclo do ouro, a chegada da família real
portuguesa ao Brasil e a ânsia da população pela independência. Foi mais forte no Rio de Janeiro,
devido à necessidade de reurbanizar o local para acomodar a corte recém-chegada da Europa. A
Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, é uma das principais construções do período.

Igreja da Candelária – RJ. Teatro da Paz – Belém do Pará Palácio da Quinta da Boa Vista – RJ.

Ecletismo (1830 - início do século XX)


O desenvolvimento das cidades, fortalecido após abolição da escravatura e a proclamação da
República, em 1889, gerou um enfraquecimento do estilo neoclássico rígido. Com o aumento
populacional urbano, as classes dominantes procuravam se diferenciar misturando elementos
arquitetônicos de outros países e épocas, como a arquitetura gótica, florentina e normanda, em suas
construções. Ao redor do mundo, a tendência era a mistura de estilos para se criar uma nova
linguagem arquitetônica. Exemplos disso no Brasil são: o Teatro Municipal (inspirado na Ópera
Garnier,de Paris) e a Pinacoteca do estado, em São Paulo. No Rio de Janeiro, o Museu
Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.

MARGS – Porto Alegre Pinacoteca do Estado de São Paulo Teatro Amazonas – Manaus

49
Neogótico (início do século XX)
O ressurgimento do estilo gótico na arquitetura aconteceu em diversos países do ocidente, e é notado
essencialmente em construções religiosas, com suas enormes cúpulas de metal. Dizem até mesmo
que foram construídas mais catedrais góticas nessa época do que no próprio período gótico, no século
XII. O maior símbolo do estilo no Brasil é a Catedral da Sé, em São Paulo, que foi iniciada em 1913 e
entregue apenas em 1954.

Catedral Metropolitana de São Paulo Catedral de São João Batista – Santa Cruz do Sul, RS

Neocolonial (1900 - 1930)


Em contraste com o período ecletista de imitação de diversos estilos europeus, o início do século XX
marcou a busca pelas raízes culturais brasileiras e o ressurgimento do estilo colonial. Acreditava-se
que as origens lusitanas representavam o verdadeiro estilo nacional e o movimento foi notado não só
em construções públicas, como também em residências. Na Europa, a volta do estilo colonial também
era notada, mas com mais ênfase no espanhol do que no português. Um marco do período foi a
construção da Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo São Francisco.

Faculdade de Direito da USP Escola Estadual Dom Pedro II, em Belo Horizonte

50
Modernista (1922 - 1970)

O ano de 1922 marcou o centenário da Independência e a explosão de um sentimento de brasilidade


representado de maneira muito diferente nas artes. Havia uma vontade de romper com qualquer
tradição, forma ou sistema, e as palavras de ordem eram funcionalidade e racionalidade. O concreto
aparente das construções significava o desenvolvimento urbano consolidado e o início do fortalecimento
da indústria. Oscar Niemeyer e Lúcio Costa eram os principais nomes, apesar de a “Casa Modernista”,
primeira construção do estilo feita em São Paulo, ter sido projetada pelo russo Gregori
Warchavchik. No entanto, foi o prédio do Ministério da Educação e Saúde, construído no Rio de Janeiro,
em 1943, que abriu as portas do modernismo arquitetônico brasileiro para o mundo. O período, que
durou até meados dos anos 1970, foi fechado com chave de ouro pela construção de Brasília. O
modernismo se dividiu em diversas escolas arquitetônicas, mas foi Niemeyer que conseguiu inová-lo,
dando linhas curvas ao concreto e transformando edifícios em obras de arte. Entre as principais
construções do arquiteto está o Palácio da Alvorada, Congresso Nacional, Pombal e Palácio do Planalto
em Brasília, o Edifício Copan e os pavilhões do Parque Ibirapuera, em São Paulo, e o Conjunto
Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte. Outro marco do período foi o trabalho do arquiteto e
paisagista Roberto Burle Marx, responsável pelo projeto do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e o
paisagismo do Eixo Monumental, em Brasília.

Palácio do Planalto – Brasília Congresso Nacional – Brasília

Edifício Copan – São Paulo

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Contemporâneo (1970 até os dias de hoje)

As rupturas ocorridas no Modernismo, não só no Brasil como no mundo, originaram uma colisão de
estilos e inspiraram uma nova geração de arquitetos a utilizar formas geométricas lineares
(construtivismo), não-lineares (desconstrutivismo) e a assimetria. Apesar de não ter sido tão inovadora
quanto a arquitetura modernista, a contemporânea foi marcada por nomes e construções de projeção
nacional e internacional, além da produção contínua de Oscar Niemeyer até os dias de hoje. Lina Bo
Bardi, arquiteta que projetou o Museu de Artes de São Paulo (MASP), apesar de ter iniciado suas obras
ainda no período modernista, deu grandes contribuições para a arquitetura brasileira contemporânea,
como o prédio do Sesc Pompéia, em São Paulo. Mas o nome de maior destaque e mais premiado do
período ainda é Paulo Mendes da Rocha, que tem sua obra caracterizada por grandes vãos livres e
linhas simétricas de concreto aparente. Sua proposta é sempre criar ambientes funcionais, mas que
estimulem, ao mesmo tempo, a integração humana. Entre suas obras mais famosas estão a marquise
da Praça do Patriarca, a reforma da Pinacoteca do Estado, a construção do Museu da Língua
Portuguesa e do Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), todas em São Paulo. Por seu trabalho na
Pinacoteca, o arquiteto recebeu o prêmio Mies van der Rohe, em 2001. E, em 2006, foi laureado com o
Prêmio Pritzker, considerado informalmente o “Nobel da Arquitetura”, pelo conjunto de sua obra.

Museu de Arte de São Paulo. MASP Marquise da Praça do Patriarca - SP

Museu de arte Contemporânea. Niterói

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Atividade:

a) O que é arquitetura para você?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
b) Qual é a característica mais importante na Arquitetura Eclética?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
c) Como e quando surgiu a Arquitetura Modernista no Brasil? Retire o nome de seus principais
expoentes e de algumas das suas construções.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

d) Complete o seguinte acróstico com os diferentes tipos de prédios que aparecem no texto.
A
R
Q
Gênero de composição poética U
bem antigo, que consiste em IGREJA
formar palavras ou mesmo
T
frases inteiras com as letras
iniciais, intermediárias ou finais. E
T
U
R
A

Trabalho de Pesquisa:
1) Está chegando o dia do Patrimônio e você não pode ficar fora desse evento. Portanto, ande
pelo centro da sua cidade e escolha três dos prédios mais importantes.
Observe a edificação deles, relacione com a data de construção e procure saber como era
a base da economia da época.
2) Procure informação acerca da arquitetura indígena do Brasil.
*Compartilhe com a turma o seu trabalho de pesquisa.

53
Assista ao clipe Inclassificáveis de Arnaldo Antunes, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DR4DqROavy8 e faça o que se pede.
1- Qual é o assunto dessa canção? ________________________________________
2- Explique o título.

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
3- Retire oito palavras que estejam relacionadas à composição étnica do brasileiro.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
4- Estabeleça associações entre as palavras retiradas e os tópicos trabalhados neste
módulo.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

54
Expressões Idiomáticas
Conceituam-se como expressões idiomáticas aquelas que, perante os estudos
linguísticos, são destituídas de tradução. Pode considerar-se que fazem parte daquilo que
chamamos de variações da língua, uma vez que retratam traços culturais de uma
determinada região. Dotadas de um evidente grau de informalidade são geradas por meio
das gírias e tendem a se perpetuar ao longo de toda uma geração.
Trabalho em duplas:
a) O que significa a palavra sublinhada no texto?
b) Analisem as expressões e encontrem o significado de cada uma. O que levaram em conta
para fazer às associações?
b) Criem um diálogo no qual apareçam, pelo menos, oito expressões idiomáticas.
c) Apresentem o diálogo para a turma.

1- Mulher bonita, homem bonito.


2- Fantástico. Interjeição que expressa
-Relaxar-
surpresa.
-Gringo-
3- Ficar desesperado
-Gata ou gato- 4- Pessoa teimosa.

-Fanfarrão- 5- Passar vergonha.


6- Armar confusão, briga ou
-Com a corda no pescoço-
escândalo.
- Abrir o jogo- 7- Ficar calmo.

- Arrancar os cabelos- 8- Próximo da morte.


9- Pessoa que está sob pressão, com
-Armar um barraco-
problemas. Coisa ruim.
-Cabeça-dura- 10- Que não leva nada a sério.
-Com o pé na cova- Brincalhão.
11- Fazer vingança.
-Dar o troco-
12- Contar a verdade
-Pagar mico- 13- Resolver um problema complicado.
-Bacana- 14- Arrumar um jeito de fazer alguma
coisa.
-Fazer corpo mole-
15- Trocar uma coisa por outra.
-Fazer rolo- 16- Desistir de algo ou de alguém.
-Se virar- 17- Pessoa estrangeira.
18- Realizar uma tarefa sem vontade
-Tirar o cavalo da chuva-
ou com má vontade.
-Descascar o abacaxi-

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