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Índice
Capitulo I:...................................................................................................................................4
1.1 Introdução.........................................................................................................................4
1.2 Objectivos.........................................................................................................................4
Capitulo III:..............................................................................................................................11
Conclusão.............................................................................................................................11
Referências bibliográficas....................................................................................................12
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Capitulo I:
1.1 Introdução
O presente trabalho da cadeira de Literatura Africana em Língua Portuguesa visa entre outros
aspectos falar do quadro periodológico da sua literariedade, bem como os principais factores
que a influenciaram. Já sabendo que na África Lusófona, é sobejamente conhecido o papel da
literatura na assunção da realidade como meio de manifestar a realidade/identidade do povo
deste continente. A literatura cabo-verdiana, em particular, não foge à regra. Sabendo isso, o
trabalho responder de forma simples e clara o questionário proposto.
1.2 Objectivos
Estudar a no seu todo a Literatura Cabo – Verdiana, na antiguidade ate aos dias
actuais.
Para a elaboração deste trabalho usou se, o método de Pesquisa bibliográfica, onde se fez
uma série de recola de informações pertinentes para o efeito do trabalho científico em
abordagem. Que é aquela que pode ser elaborada através de material já existente como livros,
artigos científicos, entre outros meios, seguida de uma pesquisa do tipo discretiva.
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Capitulo II: Fundamentação Teórica
SPÍNOLA (1998) diz que a literatura em Cabo Verde apresenta uma particularidade
que a distingue de outras produzidas noutras colónias de língua portuguesa, pelo alto índice
de mestiçagem, a pobreza do solo, precariedade de emprego, atraso de aparecimento de
editoras e escolas.
A insularidade de Cabo Verde impõe ao ilhéu os dilemas “querer ficar e ter que
partir” e/ou “ter que partir e querer ficar” em razão das condições adversas do arquipélago,
ora devido à geografia e ao clima desfavorável, ora com situações políticas como o
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colonialismo português no passado, e as desigualdades sociais e económicas que a
independência não conseguiu resolver. Ou seja, emigrar faz parte da cultura de Cabo Verde.
Estas condições conferem a Cabo-Verde um carácter peculiar e singular no propósito das
literaturas africanas de Expressão Portuguesa.
FERREIRA (2000) no seu livro diz que, entre 1920 e 1930 já existe uma elite muito
consciente dos problemas que afectam as ilhas "do arquipélago de Cabo Verde". A partir,
sobretudo, dessa altura os escritores de Cabo Verde começam a tomar uma consciência cada
vez mais nítida da realidade das ilhas, a romper com os modelos de tipo europeu. A atenção é
focada cada vez mais na terra, no ambiente socio-económico e no povo das ilhas.
O modernismo brasileiro que influência esta geração que se familiariza com Jorge
Amado, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, e poetas como Jorge Lima, Ribeiro Couto,
Manuel Bandeira, e os sociólogos como Gilberto Freyre.
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salto qualitativo e a ruptura com a influência dos claridosos devem-se a dois escritores que
chegaram a participar na revista Claridade. Estamos a referir-nos a João Varela (aliás João
Vário, aliás Timótio Tio Tiofe) que publicou em 1975, O primeiro livro de Notcha, e Corsino
Fortes, autor de dois importantes trabalhos poéticos, Pão & Fonema (1975) e Árvore &
Tambor (1985). (FERREIRA, 2000).
1.º Período, das origens até 1925. Chamada de Iniciação, por, a par de grandes vazios,
abranger uma variada gama de textos (não necessariamente literários) muito influenciados
pelas duas fases do baixo romantismo e do parnasianismo (embora com iniciativas de alguma
vocação regionalista ou mesmo de «vocação patriótica», no primeiro quartel do séc. XX),
antes da fase moderna.
O fundamento que leva a que se possa designar tal período como Hesperitano ressalta
da assunção do antigo mito hesperitano ou Arsinário. Os poetas criaram o mito poético para
escaparem idealmente à limitação da pátria portuguesa, exterior ao sentimento ou desejo de
uma pátria interna, íntima, simbolicamente representada pela lenda da Atlântida, de que
resultou também o nome de atlantismo hesperitano, por oposição ao continentalismo africano
e europeu.
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3.° Período, que principia no ano de 1936 (ano da publicação da revista-mater
Claridade) e vai até 1957, muito mais tarde do que a fase a que Luís Romano chama dos
«Regionalistas ou Claridosos» (para ele termina com os neo-realistas da revista Certeza, de
1944).
Ainda em 1941, sai Ambiente, livro de poemas de Jorge Barbosa. António Nunes
publica, depois, os Poemas de longe (1945) e Manuel Lopes, os Poemas de quem ficou
(1949), a que se segue o romance fundador Chiquinho (1947), de Baltasar Lopes, passando
pelo Caderno de um ilhéu (1956), de Jorge Barbosa, e o primeiro romance de Manuel Lopes,
Chuva braba (1956).
4.° Período, indo de 1958 a 1965, em que, com o Suplemento Cultural, se assume
uma nova cabo-verdianidade que, por não desdenhar o credo negritudinista, se pode apelidar
de Caboverdianitude, que, desde a sua ténue assunção por Gabriel Mariano, num curto artigo
(1958), até muito depois do virulento e celebrado ensaio de Onésimo Silveira (1963),
provocou uma verdadeira polémica em torno da aceitação tranquila do patriarcado da
Claridade.
5.° Período, entre 1966 e 1982, do Universalismo assumido, sobretudo por João
Vário, quando o PAIGC (acoplando forças políticas de Cabo Verde e da Guiné-Bissau) se
achava já envolvido, desde 1963, na luta armada de libertação nacional, abrindo, aquele
poeta, muito mais cedo do que nas outras colónias, a frente literária do intimismo, do
abstraccionismo e do cosmopolitismo: aliás, só depois da independência, e passado algum
tempo, surgiu descomplexada e polémica, sobretudo em Angola e Moçambique.
6.° Período, de 1983 à actualidade, começando por uma fase de contestação, comum
aos novos países, para gradualmente se vir afirmando como verdadeiro tempo de
Consolidação do sistema e da instituição literária. O primeiro momento é dominado pela
edição da revista Ponto & Vírgula (1983-1987), liderada por Germano de Almeida e Leão
Lopes.
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fase de contemporaneidade estética e linguística, superando o conflito entre o Romantismo de
matriz portuguesa dominante durante o século XIX e o novo Realismo.
Atentos à realidade do quotidiano do povo das ilhas na década de 1930, estes filhos
esclarecidos de Cabo Verde preocuparam-se com a precária situação vivenciada pelo povo,
manifestada pelo sofrimento, miséria, fome e morte de milhares de cabo-verdianos ao longo
dos anos; uma situação com origem na má administração do arquipélago pelo governo de
Portugal, principalmente durante o regime fascista do António de Oliveira Salazar; não
sendo, no entanto, alheios à desastrosa situação do povo ilhéu e às frequentes estiagens.
Claridade - o nome atribuído - resultou como um título bem escolhido, pois constituiu
um ‘farol’ que projectou uma luz rejuvenescedora, intensa e duradoura sobre Cabo Verde, no
despertar de uma literatura realista e moderna.
Colaboradores da Claridade
Para além dos seus fundadores, convém mencionar duas outras personalidades que
participaram na Claridade; o pintor e crítico Jaime de Figueiredo e o escritor João Lopes
deram o seu importante contributo desde a fase inicial. Adicionalmente, colaboraram outros
escritores ao longo da existência da Claridade, dando um valioso contributo bilingue não só
para o desenvolvimento do projecto como também para o enriquecimento da literatura
moderna cabo-verdiana, em geral.
Capitulo III:
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Conclusão
Após o fim do trabalho, conclui-se que, a literatura pode encontrar a sua razão de
existir na necessidade de expressão da realidade social. E na África Lusófona é sobejamente
conhecido o papel da literatura na representação da realidade, ou seja, na manifestação da
realidade/identidade dos povos desse conjunto de países. A literatura de Cabo Verde, em
particular, não foge à regra. Na década de 30, os escritores Baltasar Lopes, Jorge Barbosa e
Manuel Lopes, tendo em consideração as preocupações longamente alimentadas pelo grupo,
criaram a revista literária Claridade, em que os escritores envolvidos buscaram, acima de
tudo, criar uma literatura de caráter nacional, de “fincar os pés no chão” e de exaltar a
realidade cabo-verdiana.
Referências bibliográficas
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FERREIRA, M. (2000). No Reino de Caliban I (Cabo Verde e Guiné Bissau). Lisboa,
Seara Nova.
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