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Quelimane
2021
AISSA SULEMANE AMADE CASSAMO MABELANE
Costa Carlos Vassele
Esaú Francisco Salazar
Dan Mulewa
Wh-Clause
Quelimane
2021
Índice
1. Introdução............................................................................................................................4
2. Objectos...............................................................................................................................4
2.1. Gerais...........................................................................................................................4
2.2. Específicos...................................................................................................................4
3. A poesia de José Craveirinha...............................................................................................5
3.1. Vida e obra de José Craveirinha...................................................................................5
3.2. Fases poéticas...............................................................................................................6
3.2.1. 2ª Fase...................................................................................................................6
3.2.2. 3ª Fase...................................................................................................................6
3.2.3. 4ª Fase...................................................................................................................7
3.3. Características gerais....................................................................................................7
4. Vida e obra de Noémia de sousa.........................................................................................8
4.1. Msaho-uma Voz efémera.............................................................................................8
4.2. A voz efémera que pertence: Noémia de Sousa.........................................................10
4.3. Poemas de Noémia de Sousa......................................................................................11
4.4. Principais características da sua poesia......................................................................11
4.5. Alguns exemplos sintomáticos da sua poesia............................................................12
Conclusão..................................................................................................................................15
Bibliografia...............................................................................................................................16
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1. Introdução
2. Objectos
2.1. Geral
Conhecer as fases das poéticas segundo José Craveirinha assim como a poesia de
Noémia de Sousa;
2.2. Específicos
Chigubo (1964), 2ª d., Xigubo (1980), A primeira edição, não controlada pelo
autor, da responsabilidade de CEI, incluía apenas 13 poemas, enquanto a 2ª edição
considerada integral pelo autor, já contava com pelo menos 21. Uma colectânea
anterior intitulada Manifesto, foi concurso em 1962 da poesia de CEI, que ganhou,
correspondendo quanto aos poemas, depois ao livro de 1964. O poema «Sangue da
minha mae » passa depois para o livro Karingana wa karingana. O poema de 1966,
Cantico a un dio de cantare, de edição bilingue ( português e italiano), da
responsabilidade de Joyce Lusso, com inéditos, feita também a revelia do autor.
ser representativos das suas tendências. Escritos fundamentalmente para a gaveta, sem
que o mesmo se preocupe com a carreira literária. De recordar que antes da
independência eram muito difíceis de publicar, sobretudo textos com ideologias de
revolta, liberdade e independência.
3.2.1. 2ª Fase
3.2.2. 3ª Fase
Caracteriza se pela expansividade dos poemas mais longos e dos muito longos,
em que o humor e a ironia desempenham papel decisivo, sendo bastante clara a
interrogação sobre a identidade dos predicadores, suas origens e herança cultural.
Fazendo alusão a Moçambicanidade e identidade nacional, de que as 2ª e 4ª partes
Karingana ua karingana, respectivamente intituladas, Karingana ua karingana e
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3.2.3. 4ª Fase
Para além de Orlando Mendes, a viver em Portugal desde 1944, para poder
estudar na Universidade, o qual publicou as «Cinco poesias do mar Indico» na seara
Nova (1947), é fundamental compreender que a escrita dos 43 poemas do caderno
policopiado Sangue Negro, de Noémia de Sousa, nos anos de 1948-51, em Lourenço
Marques integrada no grupo intelectual que englobava portugueses residentes
(Augusto do Santos Abranches, João Fonseca Amaral, Afonso Ribeiro. Cordeiro de
Brito e outros) e moçambicanos (Noémia, Craveirinha Virgílio de Lemos), transforma
radicalmente a percepção da literatura que se fazia em Moçambique, passando a haver,
de imediato, nesses e noutros círculos (de Angola e Portugal), a ideia clara de que a
moçambicanidade sem ambiguidades acabava de nascer.
Segundo o trecho acima deu a entender que Dois poemas de Noémia de Sousa
foram seleccionados para a Mensagem angolana, «Sangue Negro» e «Negra», que
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«Nossa voz» este dedicado a José Craveirinha, existindo outro texto que cultua
também o falecido Rui de Noronha. "Bárbara" aqui aplicando a voz que reaparecerá
em "Sangue negro", poema este, apologético da raça, das raízes específicas do ser
negro. "Maguiguana" e "África" que fazem uma referência geo-social, através de
inequívoco antropónimo e topónimo, que indicam a personagem e o continente.
Fazendo o uso de referências étnicas que partem de um espaço físico e cultural ligado
ao mato, a ruralidade, a África profunda, dita não urbana: o "atabaque" (instrumento
musical, tambor); a lança (de Maguiguana); os batuques de guerra; a "shipalapala"
(instrumento musical).
Construindo todo o poema com uma denúncia pra toda a violência praticada
contra o colonizado, com especial incidência na "ESCRAVATURA" Em "Se quiseres
me conhecer", assiste-se a comparação entre o predicador e uma estatueta de etnia do
Noroeste, minoritária, mas de grande resistência ao colonialismo, designada
Marconde. Poema este que data de 25-12-1949.A referência aos "batuques fonéticos
dos muchopes" e a rebeldia dos "machanganas", reafirma a tendência de a
reivindicação neo-realista se cruzar com o sentido de pertença étnica.
"Let my people go" foi o título inicial do poema "Deixa passar o meu povo",
publicado no Caderno Poesia negra de expressão portuguesa (1953), organizado em
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Para Noémia de Sousa, assim como para outros escritores africanos de língua
portuguesa, nesses anos, a Negritude foi assumida como refinamento negro a
especificidade raça do Neo-realismo, tornando-se além de uma estética anti-burguesa,
uma ética anti-imperialista. Porém a Negritude se afasta do Neo-realismo, quando
exclui o branco dos seus textos e os engloba numa condenação que impossibilita
distinguir os aliados de classe ou condição. No entanto, Noémia de Sousa, na sua
poesia, lança uma ponte aos "irmãos brancos" ao contrário de Agostinho Neto, em
que os "brancos" não têm nenhum lugar positivo.
Pires Laranjeira (1995:272), afirma que podemos assim concluir que a Negritude,
em Noémia de Sousa, é veemente, emotiva, devido a sua expressividade, mas o Neo-
realismo sustenta ideológica e esteticamente a sua poesia, como primigénio, profundo
texto de sustentação.
Conclusão
Bibliografia