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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
LITERATURA AFRICANA
DOCENTE
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BENGUELA / 2022
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
LITERATURA
AFRICANA
Nome: Kessiany Ngando
Classe: 8ª
Turma: C
Turno: Manhã
DOCENTE
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Alberto Branco
BENGUELA / 2022
AGRADECIMENTOS
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DEDICATÓRIA
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PENSAMENTO
“O que mais me dói na miséria é a ignorância que ela tem de si mesma. Confrontados
com a ausência de tudo, os homens abstém-se do sonho, desarmando-se do desejo de
serem outros. Existe no nada dessa ilusão de plenitude que faz parar a vida e anoitecer
as vozes”.
(Mia Couto)
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INTRODUÇÃO
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ORIGEM DA LITERATURA
A literatura e a escrita, embora tenham conexões entre si, não são sinônimos. Os
primeiros registros escritos da história da humanidade não são literatura. Há
controvérsias dos estudiosos que discordam sobre o quando os registros antigos se
convertem em algo próximo à uma literatura narrativa.
Mesopotâmia
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LITERATURA AFRICANA
Um belo continente que sempre atraiu o olhar do homem por causa de seus
atributos, segredos e belezas inconfundíveis. A África pode ser vista como um local
cheio de belezas naturais, que sempre oferece um enorme campo para a consumação de
realizações incríveis. Muitos idiomas são falados no Continente Africano, destacando-
se: o francês, inglês e o português.
A leitura de grandes obras dos escritores africanos pode ser de grande valia para
os alunos, visto que poderão aprender sobre este grande continente. Um tema muito
discutido atualmente é a diversidade cultural na comunidade lusófona.
Conhecimento tradicional;
Africano e colonial.
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LITERATURA AFRICANA - SURGIMENTO
A literatura africana tem suas raízes no movimento que ficou conhecido como
negritude, sendo que a primeira leva dos escritores participou do primeiro congresso de
escritores da África no ano de 1956, contendo textos e poesias inspirados nas revoltas
que possuíam caráter anticolonialista.
Outro importante assunto abordado pelos escritores, são os contrastes que são
vividos diariamente na região. Após guerras e a exploração da colonização europeia, a
África do Sul, por exemplo, conseguiu se recompor, enquanto a Somália possui um
número maior de animais do que de humanos, tendo um ambiente muito mais parecido
com uma Serra Leoa.
Movimentos Literários
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Após a ruptura com o colonialismo imperialista, surgiram movimentos literários
importantes e obras de grande proeminência para o desenvolvimento da literatura
africana em língua portuguesa. Evidenciando-se a publicação da revista Claridade
(1936-1960) em Cabo Verde; a publicação do livro de poemas Ilha de Nome Santo
(1942) de Francisco José Tenreiro, em São Tomé e Príncipe; a publicação da Revista
Msaho (1952) em Moçambique; e a publicação da Mantenhas Para Quem Luta! (1977)
pelo Conselho Nacional de Cultura em Guiné-Bissau.
Deize Bebiano enfatiza que em Angola, nas décadas de 50 e 60, tempo anterior a
independência, a procura pela identidade foi realizada através da poesia. Os temas mais
falados eram o que focavam em solidariedade aos ancestrais, a infância e etc.
(BEBIANO, 2006).
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“o eurocentrismo é pensado como ideologia e um paradigma, cujo cerne é formado
por uma estrutura mental de caráter provinciano fundada na crença da superioridade
do modo de vida e do desenvolvimento europeu-ocidental”, (BARBOSA, 2008, p.
87).
A primeira exalta o homem europeu como o herói mítico, desbravador das terras
inóspitas, portador de uma cultura superior. A segunda constitui-se inversamente, pois
nela o mundo africano passa a ser narrado por outra ótica. O negro é privilegiado e
tratado com solidariedade no espaço material e lingüístico do texto, embora não sejam
excluídas as personagens européias (de características negativas ou positivas). É o
africano que normalmente preenche os apelos da enunciação e é ele quase
exclusivamente, enquanto personagem ficcional ou poético, o sujeito do enunciado.
Literatura Colonial
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[...] Faz-se por esquecer que a África é ainda um continente da oralidade e do som,
mas do que da escrita ou da imagem, e que privilegiar, portanto, a literatura escrita é,
no mínimo, postergar as outras formas de criação literária par terreno da
inferioridade discriminatória, da subserviência artesanal, o que permitiria avaliar os
discursos críticos, quer dos próprios países dessas criações, que dos exógenos, como
autênticos baluartes de metalinguagens demagógicas ou de imprecisas
hermenêuticas reducionistas [...], (LARANJEIRA, 1992, p.36).
Cabe ressaltar que o crioulo falado em Cabo Verde é muito similar ao da Guiné-
Bissau, e denominado crioulo pelo povo da terra; já em São Tomé e Príncipe era e é
chamado de forro - denominação dada tanto à língua quanto aos naturais da terra - por
ser usado primeiramente pelas camadas mais pobres, e iletradas, já que a língua
portuguesa era falada apenas pela burguesia mestiça ou negra que lá se formava. Após
a independência, o crioulo adquiriu autonomia e passou a ser valorizado e falado em
todas as camadas sociais das ex-colônias cabo-verdiana, guineense e são-tomense.
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literárias e artigos, e cujo mérito era levantar a bandeira da democracia republicana
almejada pelos intelectuais africanos e portugueses engajados na busca de uma
imprensa propagadora das realidades africanas.
Se, desde o final do séc. XIX, floresceu uma literatura angolana veiculada por
meio dos jornais, processo que só se desenvolveu no séc. XX na literatura
moçambicana, em Cabo Verde ele já se registra na segunda metade do séc. XIX, pois a
maior miscigenação entre portugueses e africanos gerou um bilingüismo; falava-se o
crioulo − instrumento de comunicação do cabo-verdiano em todas as relações sociais −
mas também o português: “já não é, portanto, o homem europeu ou o homem africano
que representa essa sociedade, mas o homem crioulo, em cuja maneira de ser as culturas
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convergentes teceram mais cedo a unidade cultural cabo-verdiana” (SANTILLI, 1985,
p.28).
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Revista Lusitana, A Tribuna, Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Anais das
Missões Ultramarinas e Voz da Pátria, no qual contribuiu com canções e contos.
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IMPORTÂNCIA DA LITERATURA AFRICANA
A literatura africana exerce até os dias atuais importante papel para a literatura
de uma forma geral. Importantes nomes da região ficaram conhecidos no mundo todo.)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma das maiores lições que os autores deixaram em seus livros, foi o
pensamento de que a África negra não pode, nem deve ser considerado um estorvo para
o mundo, deve-se pensar nela como um pequeno desafio não somente na parte literária,
mas, em toda forma de expressão humana, busca-se contribuir com a África de forma
honesta e levar esperança ao seu povo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAVES, Rita. A formação do romance angolano. São Paulo: Via Atlântica, 1999.
MACÊDO, Tania. Angola e Brasil: estudos comparados. São Paulo: Arte & ciência,
2002.
SANTILLI, Maria Aparecida. Estórias africanas: história e antologia. São Paulo: Ática,
1985.
COUTO, M. (2009a). A última antena do último insecto - vida e obra de Henri Junod.
In E se Obama Fosse Africano? E Outras Interinvenções (pp. 155-171). Lisboa:
Caminho.
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SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ............................................................................................................ iv
PENSAMENTO .............................................................................................................. v
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6
ORIGEM DA LITERATURA....................................................................................... 7
Mesopotâmia ................................................................................................................. 7