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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .............................................................................................................. 2
1.INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
7. REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 27
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
Com o passar do tempo foi ficando cada vez mais visível que a nossa é uma
literatura modificada pelas condições do Novo Mundo, mas fazendo parte orgânica do
conjunto das literaturas ocidentais. Por isso, o conceito de “começo” é nela bastante
relativo, e diferente do mesmo fato nas literaturas matrizes.
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A partir dessa diferença de ritmos de vida e de modalidades culturais formou-se a
sociedade brasileira, que viveu desde cedo a difícil situação de contato entre formas
primitivas e formas avançadas, vida rude e vida requintada.
Assim, a literatura não “nasceu” aqui: veio pronta de fora para transformar-se à
medida que se formava uma sociedade nova. Os portugueses do século XVI trouxeram
formas literárias refinadas, devidas geralmente à influência italiana do Renascimento, que
em Portugal superou a maioria das formas de origem medieval, talvez melhor adequadas
ao gênio nacional e sem dúvida mais arraigadas na cultura popular.
Portanto, como toda a cultura dominante no Brasil, a literatura culta foi aqui um
produto da colonização, um transplante da literatura portuguesa, da qual saiu a nossa como
prolongamento. No país primitivo, povoado por indígenas na Idade da Pedra, foram
implantados a ode e o soneto, o tratado moral e a epístola erudita, o sermão e a crônica
dos fatos.
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Esta imposição atuou também no sentido mais forte da palavra, isto é, como
instrumento colonizador, destinado a impor e manter a ordem política e social estabelecida
pela Metrópole, através inclusive das classes dominantes locais. Com efeito, além da sua
função própria de criar formas expressivas, a literatura serviu para celebrar e inculcar os
valores cristãos e a concepção metropolitana de vida social, consolidando não apenas a
presença de Deus e do Rei, mas o monopólio da língua.
Essa literatura culta de senhores foi a matriz da literatura brasileira erudita. A partir
dela formou-se aos poucos a divergência, o inconformismo, a contestação, assim como as
tentativas de modificar as formas expressivas. A própria literatura popular sofreu a
influência absorvente das classes dominantes e sua ideologia.
2. LITERATURA BRASILEIRA
A história da literatura brasileira tem início em 1500 com a chegada dos portugueses no
Brasil. Isso porque as sociedades que aqui estavam eram ágrafas, ou seja, não possuíam
uma representação escrita. Assim, a produção literária começa quando os portugueses
escrevem sobre suas impressões da terra encontrada e dos povos que aqui viviam. Ainda
que sejam diários e documentos históricos, esses representam as primeiras manifestações
escritas em território brasileiro.
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O conjunto de movimentos literários brasileiros é: Quinhentismo, Barroco, Arcadismo,
Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo e
Modernismo.
As datas que delimitam fim e início de cada era são, na verdade, marcos onde se
acentua um período de ascensão e outro de decadência. As eras são divididas em escolas
literárias, também chamadas de estilos de época.
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os escritores. Em outras palavras, os estilos de época surgem na medida em que os
processos artísticos individuais se tornam repetitivos e constantes.
São assinalados por determinada época histórica de acordo com seus valores
estéticos e ideológicos, criando assim, uma geração de escritores e consequentemente, de
obras literárias que apresentam características semelhantes.
A Era colonial da literatura brasileira começou em 1500 e vai até 1808. É dividida em
Quinhentismo, Seiscentismo ou Barroco e o Setecentismo ou Arcadismo. Recebe esse
nome, pois nesse período o Brasil era colônia de Portugal.
Figura: 1
Carta de Pero Vaz de Caminha
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O classicismo é o nome atribuído às manifestações literárias que ocorreram em
Portugal no século XVI, sendo suas principais caraterísticas o antropocentrismo,
universalismo, nacionalismo, predomínio da razão e do equilíbrio e rigor formal.
• Barroco:
É o período que se estende entre 1601 e 1768. Tem início com a publicação do
poema Prosopopeia, de Bento Teixeira e termina com a fundação da Arcádia Ultramarina,
em Vila Rica, Minas Gerais.
O primeiro utiliza uma linguagem muito rebuscada e, por isso, é também caracterizado
pelo 'jogo de palavras'. Já o segundo, trabalha com a apresentação de conceitos, portanto,
é apontado como 'jogo de ideias'.
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• Arcadismo:
É o período que se estende e 1768 a 1808 e cujos autores estão intimamente ligados
ao movimento da Inconfidência, em Minas Gerais.
• Período de Transição
A Era Nacional da literatura brasileira começa em 1836 e dura até os dias atuais.
Começa com o Romantismo e perpassa pelo Realismo, Naturalismo, Parnasianismo,
Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e o Pós-modernismo. Recebe esse nome, pois
ela aconteceu após a Independência do Brasil, em 1822.
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• Romantismo
Perdura até 1881, quando Machado de Assis e Aluísio de Azevedo publicam obras
de orientação Realista e Naturalista.
Figura: 2
Representação de Iracema, por José Maria de Medeiros.
O período romântico no Brasil está dividido em três fases. Na primeira temos uma forte
carga nacionalista, onde o índio é eleito herói nacional (indianismo).
► José de Alencar
►Gonçalves Dias.
• sentimentalismo
• nacionalismo
• subjetividade
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• individualidade
• egocentrismo
• escapismo
• idealização da mulher.
• Castro Alves
• Sousândrade.
• Realismo
Figura: 3
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Oposto aos ideais românticos, a ideia era mostrar um retrato fidedigno da sociedade.
Além de Machado de Assis, merecem destaque:
• Raul Pompeia
• Visconde de Taunay.
• objetivismo
• veracidade
Figura: 4
• Naturalismo
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Figura: 5
Da mesma forma que o movimento anterior, o naturalismo era oposto aos ideais
românticos e apresentava muitos detalhes nas descrições. Entretanto, trata-se de um
realismo mais exagerado onde suas personagens são patológicas.
• Parnasianismo
Tem como marco inicial a publicação da obra Fanfarras, de Teófilo Dias, em 1882.
Essa também é outra escola literária que surge paralela ao realismo e o naturalismo.
Todavia, sua proposta era bem diferente e, portanto, foi classificada de maneira
independente.
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Figura: 6
Dessa maneira, houve uma forte preferência pelas formas fixas, por exemplo, o
soneto. Os escritores que se destacaram nesse período formavam a "Tríade Parnasiana":
Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
A maior preocupação dos poetas parnasianos foi a busca do rigor estético, traduzido
na perfeição da forma poética, sendo suas principais características:
• objetivismo
• cientificismo,
• Simbolismo
Começa em 1893 com a publicação de Missal e Broquéis, de Cruz e Souza. Ele vai
até o início do século XX, quando ocorre a Semana de Arte Moderna. As principais
características dessa escola literária são:
• subjetivismo
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• misticismo
• imaginação.
• Pré-Modernismo
No Brasil foi uma fase de transição entre o simbolismo e o modernismo que ocorreu
no início do século XX.
Surgido a partir dos anos 50, o movimento pós-modernista vigora até os dias atuais
pautados na imprecisão, no hiper-realismo, na individualidade e na busca incessante do
prazer (hedonismo).
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• Modernismo
No Brasil é marcado pela Semana de Arte Moderna, ocorrida em São Paulo em 1922.
É o limite entre o fim e o início de uma nova era na literatura nacional e nas artes como um
todo.
• a fase heroica;
• a fase de consolidação;
• e a fase pós-moderna.
• Pós-Modernismo:
A produção artística brasileira passa por intensa transformação após o fim das 1945. Assim,
o pós-modernismo é uma fase de novas formas de expressão que acontecem na literatura,
no teatro, no cinema e nas artes plásticas.
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• Trovadorismo:
• Concretismo
• Neoconcretismo
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• Poesia-Práxis
• Poesia Marginal
• Poema Processo
• Experimentalismo formal
• Intertextualidade e metalinguagem
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Cedro” (1957) e “Quarup” (1967); e as obras de dramaturgia “O tesouro de Chica da Silva”
(1962) e “Forró no Engenho Cananeia” (1964).
• Cacaso (1944-1987)
Poeta mineiro nascido em Uberaba, Antônio Carlos de Brito foi grande destaque na
poesia marginal. De suas obras destacam-se os livros de poesias “Na corda bamba” (1978)
e "Mar de Mineiro" (1982).
Escritor gaúcho nascido em Santiago, Rio Grande do Sul, Cai escreveu contos,
romances, novelas e obras de dramaturgia, das quais se destacam: o livro de contos
“Morangos Mofados” (1982) e o romance “Onde Andará Dulce Veiga?” (1990).
Nascido no Rio de Janeiro, Carlos é escritor e jornalista, dono de uma vasta obra.
Membro da Academia Brasileira de Letras desde 2000, ele escreveu contos, crônicas,
romances, ensaios, obras infanto-juvenis, roteiros de cinema, telenovelas, documentários,
dentre outros. De sua obra destacam-se os romances “Pessach: a travessia” (1975) e
“Quase Memória” (1995).
Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas nasceu em Goiás. Escreveu poesias e
contos utilizando a pseudônima Cora Coralina. De sua obra destacam-se o livro de poesias
“Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais” (1965) e o livro de contos “Estórias da Casa
Velha da Ponte” (1985).
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destaque o livro de contos “O Vampiro de Curitiba” (1965) e a recente obra de minicontos
denominada “111 Ais” (2000).
Nascida na cidade de Santa Cruz do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, Lya é
escritora, tradutora e professora. Possui uma vasta obra literária desde romances, poesias,
contos, ensaios e livros infantis das quais se destacam: “Canções de Limiar” (1964) e
“Perdas e Ganhos” (2003).
Escritora nascida no Rio de Janeiro, Nélida Piñon foi jornalista e editora. Membro da
Academia Brasileira de Letras desde 1989, Nélida escreveu ensaios, romances, contos,
crônicas, e obras de literatura infantil, das quais se destacam o romance “A casa da paixão”
(1977) e o livro de contos “O pão de cada dia: fragmentos” (1994).
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• Paulo Leminski (1944-1989)
O Estilo Individual ou Estilo Pessoal designa o modo particular utilizado por cada
escritor na composição de suas obras.
Dessa maneira, podemos pensar no escritor Machado de Assis (1839-1908) que está
inserido no movimento romântico e realista, uma vez que sua obra contém características
de ambas as escolas.
Se ocorrer que o escritor sofra uma grande influência religiosa, é certo que o meio
refletirá em sua obra, logo no seu estilo. Já se está em alta é a ciência seja física, social,
biológica refletirá uma visão objetiva, sugere o estilo da precisão.
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de sua obra identificando e reconhecendo as características do estilo individual e as típicas
do estilo de época.
Note que qualquer obra literária apresenta marcas do contexto em que foi produzida,
seja na esfera social, política, cultural ou ideológica da época em questão.
► Medieval
► Clássica e Moderna.
Quadro: 1
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5. LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA PARA OS
CRÍTICOS.
É perceptível que o que se mantém sempre é uma estreita relação com o poder, seja
ele qual for onde o que está em jogo, nesse caso, é o controle da sociedade. Com isso,
alguns poetas aproveitaram todo esse panorama e começaram a escrever ou compor seus
trabalhos seguindo tudo aquilo que viam, ou observavam retratando de forma simples, a
verdade dessa sociedade.
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Como possível articulação, trabalhar literatura contemporânea é um desafio, tanto
por sua matéria histórica quanto por sua complexidade. Pensar o termo contemporaneidade
já traz indagações suficientes para problematizar um conceito, uma definição.
Por mais que o uso do termo “pós-moderno” não agrade de forma alguma os críticos,
pois há pontos em comuns e divergências que não cabem na substituição.
Cada escritor se vê diante da circunstância de ter que criar seu próprio projeto
individual, o qual deve incluir uma definição ao menos implícita do tipo de destinatário, do
tipo de leitor que quer, pois este também perdeu sua nitidez e homogeneidade.
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6. O RACIOCÍNIO CRÍTICO EM ÉPOCA DE PANDEMIA.
E que dessa forma, toda produção que viesse a luz, nesse período, já conteria em
sua forma, elementos que visavam segundo a autora, burlar a percepção do censor, tais
como alusões, elipses, signos e alegorias, numa espécie de código cifrado que só aos
iniciados seria dado esclarecimento.
A censura foi usada pelo Estado para controlar a produção cultural impedindo a
circulação de certos conteúdos de esquerda e incentivando a produção cultural que
afirmava o status a quo, que assim deu início a um processo de modernização acelerado,
mesmo ocorrendo de forma conservadora.
“Na verdade, um dos aspectos mais importantes para uma visão ampliada do
problema refere-se à consolidação dos esquemas mercantis de produção cultural e literária,
ou seja, à consolidação de uma indústria cultural brasileira”.
Assim, parece claro que reduzir a produção cultural e literária dos anos 70 à
influência exclusiva da censura é deixar de lado o formidável processo de gradativa e
inexorável transformação nos modos de produção cultural como determinante, em última
instância, das novas tendências que se gestavam à sua sombra, e que, a partir da década
de 80, revelaram-se extremamente fortes e atuantes”.
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Assim, a literatura que antes era vista como criação passa a ser vista como
produção. “Uma das formas de compreender a extensão e os efeitos desse processo, no
Brasil, é analisar como elemento importante o funcionamento do mercado editorial, desde
que, a partir de então, é ele quem definitivamente vai determinar as coordenadas da
produção e consumo no interior do campo literário”.
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7. REFERÊNCIAS
GREGÓRIO, de Matos e Guerra. Uma visita ao poeta, BA, BR: Centro de Estudos
Baianos da Universidade Federal da Bahia, Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da
Bahia e Fundação Casa de Jorge Amado.
SEVCENKO, Nicolau. Literatura Como Missão. São Paulo, Cia das Letras, 2003.
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STADEN, H. Duas viagens ao Brasil. Porto Alegre: L&PM, 2010.
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