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1º Bimestre
Tema 1
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LÍNGUA PORTUGUESA
1ª Série − Ensino Médio
• Comparar
a representação do indígena na literatura de informação, na jesuítica e na literatura
contemporânea.
Uso da Língua
Produção Textual
Sugestões de • Após a leitura da Carta de Caminha, apresentar aos alunos textos de diferentes gêneros e estilos
atividades literários em que se possam identificar a retomada de referências explícitas e/ou implícitas à
narrativa sobre o achamento do Brasil. Propõem-se nesta sugestão de atividade que os alunos
identifiquem a relação intertextual entre o texto-gerador da atividade e os demais apresentados
em análise crítico-comparativa.
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LÍNGUA PORTUGUESA 1ª Série − Ensino Médio
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25252
Sugestão de Plano de Aula, disponível no Portal do Professor (MEC), apresenta propostas de ati-
vidades com ênfase na análise crítica da Carta de Pero Vaz de Caminha, a partir de sua inserção
no contexto histórico das grandes navegações, no século XV, e das marcas discursivas que possi-
bilitam identificar argumentos ideológicos que a tornam uma fonte histórica documental para o
estudo do primeiro século da colonização; marcas linguísticas que pontuam a evolução da Língua
Portuguesa, quanto a aspectos morfológicos e sintáticos, e elementos temáticos que mais adiante
seriam retomados nas produções literárias de autores do Romantismo e do Modernismo, princi-
palmente. Nesta proposta didática os roteiros sugeridos para atividades com a Carta de Caminha
articulam-se à utilização opcional de recursos audiovisuais, a fim de que se proponha o debate em
torno das questões históricas e culturais fomentadas pela leitura da Carta de Caminha e para fun-
damentação da proposta de produção textual sobre o gênero Carta. Privilegia-se nesta sugestão
de plano de aula o trabalho com as habilidades “Identificar a funções da linguagem: referencial,
metalinguística e poética” e “Produzir relatos de viagem”, que pertencem, respectivamente, às
competências de Uso da Língua e de Produção Textual.
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamen-
tos-426684.shtml
Sugestão de Plano de Aula disponível no site da Revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita.
Apresenta sugestões para propostas de atividades sobre a Carta de Caminha, com ênfase para a
contextualização de sua inserção no panorama europeu quinhentista, em relação ao progresso
registrado no campo das ciências e das artes. Destacam-se no enfoque proposto aspectos rela-
cionados à ortografia, semântica e sintaxe do português arcaico, possibilitando uma análise com-
parativo-contrastiva com relatos de viagem contemporâneos. A seleção de trechos originais da
Carta, como norteadores dos roteiros de análise, apontam, ainda, para a identificação de aspectos
etnológicos que propiciam uma apreciação analítica e comparativa entre a cultura europeia e os
hábitos culturais dos nativos indígenas do Novo Mundo. Através da abordagem do contexto histó-
rico do Renascimento na Europa são contextualizados os objetivos econômicos e ideológicos que
apontam para a caracterização das literaturas jesuítica (ou catequética) e de informação. Em viés
intertextual, a proposta dialoga com a Disciplina História ao retomar o contexto mercantilista de
relações econômicas, através da discussão da questão indígena, não apenas no contexto colonial,
mas a partir da reflexão sobre os impactos desse processo histórico para essa etnia nos dias atu-
ais, o que possibilitando o trabalho com a habilidade “Comparar a representação do indígena na
literatura de informação, na jesuítica e na literatura contemporânea”.
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http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=32400
Sugestão de Plano de Aula disponível no Portal do Professor (MEC) enfatiza a importância da Carta
de Caminha, desconhecida até sua descoberta pelo Padre Manuel Aires de Casal no século XVIII,
como fonte documental para o estudo dos primeiros registros sobre o contato do europeu com
a terra, com o nativo indígena e do impacto dos primeiros contatos culturais entre ambos. A pro-
posta didática busca deter-se na distinção entre texto literário e texto não literário, relato factual
e relato ficcional, como viés para a exploração das tipologias textuais narrativa, descritiva, expo-
sitiva e argumentativa. Os roteiros com sugestões de atividades, para serem realizadas em grupo,
apresentam links selecionados para acesso ao texto integral da Carta, a comentários críticos e
vídeos produzidos em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Privilegiam-se
nesta sugestão as habilidades da competência Leitura “Diferenciar texto literário de não literário”,
“Identificar nos textos da literatura de informação e nos jesuíticos as marcas das escolhas do au-
tor, da relação com a tradição literária e com o contexto sociocultural”.
Filme de Alain Fresnot, adaptado do romance Desmundo, de Ana Miranda. Possibilita a discussão
acerca do contexto histórico e cultural da época, através do fio condutor do enredo: em carta
enviada em 1552 ao Rei D. João, padre Manuel da Nóbrega solicita o envio de órfãs cristãs que
habitavam conventos do Reino, para que seu casamento com os colonizadores minimizasse o
nascimento de filhos originados do contato com as índias. Ambientado em 1570, o filme, editado
com legendas, reproduz diálogos em português arcaico e, ainda, em hebraico, tupi e nagô, exem-
plificando a diversidade linguística observada no processo civilizatório colonial e visibiliza através
do drama da personagem Oribela as peculiaridades do processo educacional na virada entre os
séculos XVI e XVII.
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dos gêneros e autores, com ênfase para o teatro pedagógico de Padre José de Anchieta. Indica-se
para o trabalho com as habilidades da competência de Uso da Língua “Reconhecer os elementos
da comunicação”, “Identificar o sentido denotativo e conotativo da linguagem” e “Identificar a
funções da linguagem: referencial, metalinguística e poética”, o Capítulo 13. “Linguagem, estilís-
tica e semântica” (p. 238-255), que aborda os elementos que compõem o contexto discursivo e a
construção da intencionalidade discursiva, através da conceituação e caracterização das funções
da linguagem. A introdução à Semântica ocorre neste Capítulo com o estudo dos aspectos deter-
minantes da significação das palavras como a conotação e a denotação, e através de fenômenos
como a polissemia, a sinonímia e a antonímia. Ao fim do Capítulo, a seção Atividade Complemen-
tar apresenta sugestões de temas para a realização de uma pesquisa sobre a presença indígena e
a africana na cultura brasileira, e as seções Vale a Pena Ler e Acessar disponibiliza indicações de
livros, filmes e sites com informações complementares sobre os temas em estudo no Bimestre.
Ao fim do volume, na seção suplementar Questões de Vestibulares e do ENEM é possível realizar
testes como revisão dos conteúdos trabalhados.
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/revele-influencia-tupi-vocabulario-brasilei-
ro-431294.shtml
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/indios-brasileiros-seculo-21-681667.shtml
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pelo Modernismo. Ao apontar como Gabarito da questão a opção E “Referencial, porque o nar-
rador tem como foco o assunto do texto”, é importante sublinhar que o designativo de Literatura
de Informação abrange tanto os relatos de viagens — de estrutura descritiva, com a finalidade
de documentar a expansão marítima da máquina colonizadora portuguesa —, como também os
textos jesuíticos, produzidos por missionários enviados ao Brasil, a partir de 1549, com a missão
de converter os nativos indígenas à fé Católica. Também denominada como função denotativa ou
informativa, a função referencial tem por objetivo transmitir informações em linguagem objetiva
sobre o contexto (conteúdo da mensagem), elemento da comunicação em que está centrada, ou
sobre um elemento designado.
(SAERJINHO 2012):
Leia o texto abaixo.
Da Condição e Costumes dos Índios da Terra
A lingua deste gentio toda pela Costa He, huma, carece de tres letras – não se acha nela F, nem L,
nem R, cousa digna de espanto, porque assi não têm Fé, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem
sem justiça e desordenadamente.
Estes índios andão nús, sem cobertura algum, assi macho como fêmeas; não cobrem parte ne-
nhuma de seu corpo, e trazem descoberto quanto a natureza lhes deu. Vivem todos em aldeãs,
póde haver em cada uma sete, oito casas, as quaes são compridas feitas a maneira de cordoarias;
e cada huma dellas está cheia duma parte e doutra, e cada hum por si tem a sua estância e sua
rede armada em que dorme, e assi estão todos juntos huns dos outros por ordem, e pelo meio da
casa fica hum caminho aberto pêra se servirem. Não há como digo entre elles nenhum Rei, nem
Justiça, sómente em cada aldeã tem um principal que he como capitão, ao qual obedecem por
vontade e não por força; morrendo este principal, fica seu filho no mesmo lugar; não serve doutra
cousa se não de ir com elles à guerra, e conselhá-los como se hão de haver na peleja, mas não
castiga seus erros nem manda sobrelles cousa alguma contra sua vontade. Este principal tem tres,
quatro mulheres, a primeira tem em mais conta, e faz della mais caso que das outras. Isto tem por
estado é por honra. Não adorarão cousa alquma nem têm pêra si que há na outra vida gloria pêra
os bons, e pena para os mãos, tudo cuidadão que se acabana nesta e que as almas fenecem com
os corpo, e assi vivem bestialmente sem ter conta, nem peso, nem medida. [...]
Gândavo, Pero de Magalhães. In: Tratado da Terra do Brasil. Disponível em: http://www. bibvirt.
futuro.usp.br. Acesso em: 18 out. 2011. Fragmento reproduzido conforme a linguagem do texto
original.
Questão 51
Em relação ao Quinhentismo, esse texto apresenta como característica principal a
(A) análise metalinguística do falar indígena em contraposição com a Língua Portuguesa.
(B) contraposição dos hábitos indígenas aos portugueses, buscando diferenças culturais.
(C) descrição dos recursos minerais, da fauna, da flora e dos perigos existentes nessa terra.
(D) descrição imparcial do nativo indígena por meio de sua estrutura social e hábitos culturais.
(E) visão eurocêntrica do homem branco que visa à catequese do índio.
GABARITO: B
Esta questão tem por objetivo a testagem da habilidade da competência de Leitura “Identificar
nos textos da Literatura de Informação e nos Jesuíticos as marcas das escolhas do autor, da rela-
ção com a tradição literária e com o contexto sociocultural”. O Tratado da Terra do Brasil (1576), de
Pero de Magalhães Gândavo, destaca-se, juntamente com a Carta de Caminha, como registro pro-
duzido com a finalidade de descrever, não só o potencial econômico da nova terra, como também
catalogar os hábitos culturais dos nativos indígenas. No fragmento que serve de texto-gerador
à questão, identifica-se o estranhamento do relator diante da excentricidade dos hábitos que
caracterizavam a organização social dos nativos, analisada criticamente em comparativo aos há-
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bitos culturais da ‘civilização’ europeia. Ao apontar como Gabarito a opção B “Contraposição dos
hábitos indígenas aos portugueses, buscando diferenças culturais”, deve-se enfatizar que, após o
achamento do Brasil em 1500, apenas em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Souza, e
em 1532, com a consequente implantação das capitanias hereditárias, tem início, efetivamente, a
exploração do novo território de domínio português. Importa ressaltar, também, que o envio de
missões jesuíticas teve por finalidade de acelerar o processo de colonização, posto que o objetivo
central de seu trabalho consistisse na doutrinação religiosa, cultural e alteração da ordem social
dos nativos indígenas. Neste contexto, a narrativa de Pero de Magalhães Gândavo se destaca pelo
registro sistemático e detalhado do espaço e do nativo, na reunião de aspectos gerais que abran-
gem de costumes culturais como a poligamia à organização política das aldeias e sua organização
para as guerras travadas entre as tribos, conforme identificado no trecho em análise.
Material de • BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2004.
apoio (para uso Obra de referência para os estudos de crítica literária sistematiza informações sobre o panorama
do professor) da Literatura Brasileira, do século XVI ao Modernismo. Para o estudo da Literatura de Informação,
indica-se o Capítulo I “A Condição Colonial” (p. 11-25), que aborda o contexto histórico da Carta
de Pero Vaz de Caminha, em paralelo com os documentos de Pero Magalhães Gândavo, Gabriel
Soares e Frei Vicente do Salvador, para traçar o percurso historiográfico sobre a vida na colônia, a
terra, o nativo e modos de assimilação da cultura europeia que seriam identificados nas manifes-
tações literárias dos períodos subsequentes. Abordam-se também no Capítulo indicado os textos
jesuíticos de Padre Manuel da Nóbrega, Fernão Cardim e Padre José de Anchieta. O que, segun-
do o crítico distingue em importância a produção de Anchieta da dos relatos jesuíticos de seus
contemporâneos sobre os progressos com a obra de catequese é seu caráter literário, uma vez
que, embora produzisse autos e poesias com função pedagógica, identifica-se em suas produções
elementos temáticos e estruturais da tradição medieval dos autos cristãos.
• CEREJA, William Roberto. Ensino de Literatura: uma Proposta Dialógica para o Trabalho com
Literatura. São Paulo: Atual, 2005.
Em “Ensino de Literatura: uma Proposta Dialógica para o Trabalho com Literatura”, discute-se en-
faticamente a prática de ensino de Literatura nos dias atuais, considerando os enfoques da LDBEN,
dos Parâmetros Curriculares Nacionais, das Diretrizes Curriculares Nacionais e das Orientações
Curriculares Nacionais para as habilidades e competências a serem trabalhadas pelos conteúdos
curricularizados. Indica-se a leitura integral da obra, com especial detenção para o Capítulo 2
“Ensino de Literatura: entre a Tradição Transmissiva e o Tecnicismo Pragmático”, que focaliza,
entre outras questões, a opção pela perspectiva histórica ou pela historicista para a abordagem
do texto literário; a construção de conceitos relativos às teorias da comunicação e literária e,
ainda, a dimensão individual e a coletiva de utilização do material didático, a partir do percurso
traçado pelo enfoque metodológico e conteudístico para o trabalho com os temas selecionados
no currículo da Disciplina.
• SARAIVA, José Hermano. História Concisa de Portugal. 20ª ed. Portugal: Europa-América, 1999.
Obra de referência para o estudo da Literatura Portuguesa e para o estudo da Literatura Brasilei-
ra em análise crítico-comparativa com a produção literária ibérica, cujos códigos influenciaram
marcadamente os três primeiros séculos do que se denomina como Literatura da fase colonial no
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Brasil. Indica-se para enriquecimento teórico sobre a Literatura de Informação a Unidade “1498-
1580: Monopólio Oriental”, com especial ênfase para o Capítulo 41 “O descobrimento e a coloni-
zação do Brasil”, que possibilitam compreender de forma abrangente o contexto das explorações
ultramarinas do ponto de vista de suas principais causas, pelos eventos históricos anteriores que
levaram à colonização do Brasil, como, por exemplo, o declínio dos lucros obtidos nas vantagens
comerciais com as especiarias das Índias e a expansão da fé cristã, por meio da catequização dos
nativos indígenas como parte do projeto contrarreformista de combate aos ideais protestantes.
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/a_ carta_de_caminha
Neste link disponível no site de estudos online Passeiweb é possível fazer download a Carta de
Caminha; ler um artigo sobre o panorama histórico e cultural da Literatura de Informação, que for-
nece uma resenha da Carta de Caminha; realizar um simulado online com questões sobre o Qui-
nhentismo e sobre as literaturas de Informação e Jesuítica, com gabarito disponível para correção.
• Literatura de Informação
http://www.robertoavila.com.br/arquivos/literatura_aula09.htm
Nesta página criada pelo professor Roberto Ávila encontram-se disponíveis conteúdos relacio-
nados às Disciplinas Língua Portuguesa e Literaturas. No link em destaque é possível ter acesso
a uma aula sobre Literatura de Informação, que apresenta um breve panorama histórico do pe-
ríodo quinhentista, situando textos informativos e jesuíticos no amplo contexto das conquistas
ultramarinas, da colonização e da catequização produzidos pelos viajantes e missionários como
registros que refletiam o interesse da metrópole portuguesa no controle das conquistas materiais
e espirituais, de forma geral. A síntese teórica apresentada como aula complementa-se com a
seleção de questões de vestibulares, cujo foco de avaliação busca retomar os principais pontos do
conteúdo abordado.
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Tema 2
Uso da Língua
Produção Textual
• Produzir
uma crônica a partir de notícia de jornal, editando-a, sob a orientação do professor,
para publicação em jornal mural ou blog informativo produzido pela turma.
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Sugestões de • Apresentar aos alunos textos de gêneros variados como a notícia, a reportagem, a entrevista, o
conto e a crônica, que tratem do mesmo tema, a fim de que sejam identificadas as características
atividades
principais que possibilitam reconhecer e diferenciar estruturalmente e composicionalmente os
textos dos gêneros em análise. Nesta sugestão de atividade, pode-se elaborar um quadro com a
sistematização destas principais características (do ponto de vista linguístico e das condições de
produção e de circulação), para dinamizar sua assimilação e fixação dos conteúdos trabalhados.
• Distribuir aos alunos imagens extraídas de jornais, revistas ou da internet, para que sirvam como
sugestão para a produção de crônicas, a partir da leitura das imagens em análise.
• Apresentar aos alunos três crônicas de diferentes autores, suprimindo o final dos textos, para
que os alunos, após escolherem o texto de sua preferência, produzam finais para as crônicas
lidas, que serão comparados ao final original.
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/cronica-arte-vida-sala-aula-531809.shtml
Sugestão de Plano de Aula disponível no site da Revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita,
focaliza o trabalho das características do gênero textual Crônica, tais como sua estrutura compo-
sicional e os suportes geralmente destinados à sua publicação. Esta sugestão didática tem como
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ponto de partida a reportagem “Brasileiro não gosta de ler?”, da cronista Lya Luft, publicada na
revista Veja, cujo link para acesso encontra-se disponível nas etapas da sequência didática. Para
ampliação do repertório de textos e de autores do gênero em estudo, as atividades propostas
sugerem uma pesquisa biobibliográfica e a escolha de uma crônica, para apresentação oral so-
bre o gênero, a temática e o autor, e como inspiração para a produção de texto. O Plano sugere
a exibição do filme “Crônica de uma morte anunciada”, baseada no livro homônimo de Gabriel
Garcia Marquez e a leitura d coletâneas de crônicas dos volumes da série “Para Gostar de Ler”, da
Editora Ática.
• Caso de Polícia?
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/caso-policia-530627.shtml
Sugestão de Plano de Aula disponível no site da Revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita,
propõe o estudo das características do gênero textual Crônica, através da leitura dos textos “Sobre
o Amor”, de Rubem Braga, e “Aiaxoga Surucuá, Uma Narrativa Suruí”, compilado pela antropóloga
Betty Mindlin. Objetiva-se que a leitura das crônicas indicadas seja articulada à da reportagem “A
Dose Certa de Ciúme” (com link de acesso disponível na sequência de atividades), e à pesquisa
sobre obras literárias, filmes e músicas que apresentem o ciúme como temática predominante. A
3ª atividade, com base na crônica “Sobre o Amor”, apresenta uma sugestão de roteiro de análise,
que destaca as principais características do gênero textual em estudo, para subsidiar a construção
do conceito de crônica e, a partir das sugestões temáticas fornecidas, inspirar a produção de tex-
tos do gênero, para compor uma coletânea organizada pela turma.
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/viajando-letras-499733.shtml
Esta sugestão de Plano de Aula disponível no site da Revista Nova Escola, da Fundação Victor
Civita, tem por objetivo o conhecimento da estrutura composicional do gênero Relato de Via-
gem, a partir da leitura de textos desse gênero, como subsídio para a produção de texto. A breve
exposição sobre o histórico do gênero referencia obras célebres como a “Odisseia” de Homero
e “As viagens de Marco Polo”, sobre as aventuras do comerciante veneziano pela rota que ligava
o Ocidente ao Oriente. Na seção de atividades, as sugestões de textos de Clarice Lispector, Luis
Fernando Veríssimo, Gabriel Garcia Marquez e Amyr Klink possibilitam ampliar o repertório dos
alunos sobre textos identificados com o gênero relato de viagem e servem ao debate sobre os
diferentes estilos assumidos pelas narrativas em análise. A sequência didática se encerra como a
proposta de produção de relatos de viagem, com base nos textos lidos. Os links para acesso aos
textos indicados estão disponíveis ao fim da proposta na seção Quer saber Mais?
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para sua função como recurso coesivo e para a manutenção da coerência e progressão textual. Ao
fim do Capítulo 30, a seção Vestibular apresenta seleção de questões extraídas de vestibulares,
que retomam os principais conceitos trabalhados sobre o emprego de conectivos.
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http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/voce-sua-classe-estao-convidados-navegar-pelo-
-tempo-426687.shtml
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1ª Série − Ensino Médio
GABARITO: B
Esta questão tem por objetivo a testagem da habilidade da competência de Uso da Língua “Iden-
tificar e empregar relações lógico-discursivas marcadas por conectores coordenativos”. No frag-
mento em análise, a conjunção coordenativa “ora” inicia a oração em que está expressa a relação
de alternância entre duas possibilidades. Na produção do texto, o emprego de conjunções é de-
terminante para a construção da textualidade, ou seja, a reunião de fatores linguísticos e extra-
linguísticos que o tornam uma unidade linguística portadora de sentido e de intencionalidade
comunicativa. Dentre os fatores linguísticos de textualidade destacam-se a coesão e a coerência:
enquanto a coerência diz respeito a fatores lógico-semânticos e cognitivos relacionados à constru-
ção do sentido, a coesão se apresenta como sua manifestação linguística, sendo percebida através
dos mecanismos lexicais e gramaticais (conexões estabelecidas entre palavras, orações, frases,
parágrafos etc) responsáveis pela construção da trama textual. Neste sentido, importa enfatizar
que, no processo de produção do texto, as conjunções atuam com função relacional e conectiva
para as articulações gramaticais, contribuindo para o encadeamento e progressão do texto, para
a clareza das relações de sentido e para a manutenção da unidade temática do texto.
Material de • COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica Edi-
apoio (para uso tora, 2009.
do professor) Ao focalizar as causas propulsoras da recente mudança de paradigma no ensino de língua mater-
na no mundo ocidental, o autor apresenta uma compilação de aproximadamente 500 gêneros
textuais e/ou discursivos - dos consagrados pela tradição e escolarização, até os emergentes do
discurso digital – para os quais fornece descrição, exemplos e contextualização nos suportes de
circulação sociocultural. Reconhecendo a lacuna decorrente da precária socialização das teorias
sobre o texto, em articulação às do ensino, o autor analisa a inclusão do conceito de gênero como
objeto e objetivo da prática de ensino de Língua Portuguesa, enfatizando aspectos teóricos socio-
-históricos e interativos que influenciam nas condições de produção do texto.
http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/linhadagua/images/arquivos/LD/23/Segate.pdf
Ancorado nos pressupostos da Linguística Textual, o estudo apresentado neste artigo enfatiza a
importância da utilização dos gêneros do discurso como estratégia para o processo de ensino-
-aprendizagem nas aulas de Língua Portuguesa, do ponto de vista das múltiplas possibilidades em
que se constituem, enquanto formas de funcionamento da língua e da linguagem. Ao considerar
o texto como unidade linguística dotada de intenções sociais e comunicativas, esta perspectiva al-
terou significativamente o panorama dos estudos sobre o texto, sobretudo por focalizar o estudo
da aprendizagem da língua em situações de interação, visando à aquisição da competência comu-
nicativa para os diversos contextos sociais em que as atividades e produções linguísticas ocorrem,
privilegiando o desenvolvimento do conjunto de habilidades de uso da língua, relacionadas à
competência textual do falante. Abordam-se, ainda, neste estudo a concepção de gêneros tex-
tuais segundo Schneuwly e Dolz, — cuja contribuição para os estudos sobre gêneros do discurso
centram-se em sua utilização como objetos de referência em sequências didáticas de produção de
textos —, e as concepções de prática de linguagem referenciadas pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) para a Disciplina Língua Portuguesa.
http://www.contemporanea.uerj.br/pdf/ed_11/contemporanea_n11_02_sergio_arruda.pdf
Apresenta-se neste artigo um panorama do gênero textual crônica, nas modalidades literária e
jornalística, através da definição dos conceitos de campo jornalístico e de campo literário, para
situar e caracterizar a produção assumida pelo cronista em ambas as esferas intelectuais de pro-
dução, sob a ótica do contexto e das condições sociais de produção. O estudo centra-se na inves-
tigação das condições de produção de escritores do século XX como Machado de Assis, Clarice
Lispector, Manuel Bandeira e Nelson Rodrigues situados entre a produção literária e a atividade
jornalística, buscando traçar as particularidades e correlações advindas desse intercâmbio viven-
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1ª Série − Ensino Médio
http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/pdf/maluv017.pdf
Este artigo destina-se à análise das possibilidades de uso didático do gênero textual crônica nas
aulas de Língua Portuguesa, por sua atratividade, a partir da localização das principais diferenças
entre a crônica literária e a jornalística, demonstrando variadas sugestões de abordagem temática
e de produção discursiva no enfoque deste gênero. Ao referenciar a Carta de Caminha como re-
gistro pontual da primeira crônica sobre o Brasil, a perspectiva de análise deste estudo pontua o
destaque do circunstancial como princípio básico da crônica, passando, em seguida, à análise do
folhetim como seção informativa em que se publicavam pequenos textos para informar os leitores
sobre os acontecimentos cotidianos. Na escrita da crônica, os registros de oralidade no texto es-
crito, constituem, neste enfoque, um viés para a análise de mecanismos linguísticos identificáveis
neste gênero de texto, tais como a estrutura argumentativa, a complementação pragmática de
lacunas morfossintáticas, a ruptura do tópico discursivo etc, que podem ser trabalhados nas ha-
bilidades das competências de leitura e de uso da língua, para ampliação da competência textual
nas aulas de língua materna.
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/documentos/op/em/linguaportuguesa/2010-08/op-
-em-lp-12.pdf
Orientação Pedagógica, disponível no site do Centro de Referência Virtual do Professor (SEE/MG),
aborda aspectos de textualização do gênero relato, a partir de suas características estruturais. O
enfoque norteador das orientações destaca a distinção entre os relatos oral e escrito, diferencian-
do-os de textos predominantemente narrativos, posto que, nos textos do gênero relato, o para-
digma temporal tem a duração exata da produção do discurso, sendo referenciado pelo uso de
advérbios e de expressões de conotação temporal. Embora o enfoque desta Orientação Pedagó-
gica abranja o gênero relato de maneira mais geral, sem atentar a suas especificidades, como, por
exemplo, o relato de viagem e de experiência, os tópicos de conteúdo e as habilidades indicadas
apontam para os principais pontos a serem explorados no domínio das habilidades linguísticas,
relacionadas às práticas discursivas de produção e de interpretação de textos.
http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/cronicas/index.htm
Síntese teórica sobre o gênero Crônica, disponível no site da TV Cultura. Apresenta breve con-
ceituação sobre o gênero, seu histórico de surgimento e de evolução, traços distintivos entre a
modalidade jornalística e a literária, dicas para a produção de texto do gênero crônica, indicação
de livros sobre o gênero na seção Saiba Mais e exercícios que retomam os conceitos abordados,
através da análise da crônica “É de puxar os olhos”, de Ricardo Semler.
• Crônica: Exercícios
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/cronica
Site de estudos online. Apresenta artigo sobre o gênero textual crônica, abordando conceitos
estruturais sobre o gênero, seus principais expoentes na literatura brasileira, a caracterização de
seus principais tipos e fragmentos de crônicas que exemplificam os conceitos abordados na ex-
posição teórica. Com base na leitura prévia do artigo “Crônica” são propostos exercícios para
resolução online, com gabarito disponível para correção.
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LÍNGUA PORTUGUESA 1ª Série − Ensino Médio
VASQUEZ, Pedro Karp. Crônicas para Jovens: De Amor e Amizade. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.
Coletânea de crônicas da escritora Clarice Lispector, organizada pelo jornalista Pedro Karp, reúne
quarenta crônicas produzidas durante o período em que colaborou com os jornais A Noite, O Di-
ário da Noite, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e na Revista Manchete. Direcionados ao público
jovem, os textos tematizam relações humanas pautadas no Amor e na Amizade, como sentimen-
tos que atravessam relações e gerações.
SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). Cem Melhores Crônicas Brasileiras. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2007.
Coletânea de crônicas, organizada pelo jornalista e escritor Joaquim Ferreira dos Santos, reúne
em ordem cronológica cem textos do gênero textual crônica, de autoria de 62 escritores, entre os
principais representantes do gênero no Brasil, tais como Fernando Sabino, Rubem Braga, Luís Fer-
nando Veríssimo, João do Rio e Paulo Mendes Campos, entre outros. As Cem Melhores Crônicas
Brasileiras é parte da trilogia formada pelos livros Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século
e Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, que fornecem textos clássicos e informações
sobre autores célebres, para enriquecer e dinamizar o trabalho com estes gêneros nas aulas de
Língua Portuguesa e ampliar o repertório de leituras dos alunos.
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