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Origens
1500
MARCO
Obra
A CARTA (1500)
Autor
CONTEXTO HISTÓRICO
CARACTERÍSTICAS
BIBLIOGRAFIA
Barroco
1601
MARCO
Obra
PROSOPOPÉIA (1601)
Autor
CONTEXTO HISTÓRICO
Além disso, de 1580 a 1640, Portugal, sob o jugo espanhol, enfrentou uma situação
insuportável, o que propiciou um ambiente de pessimismo e desânimo, sobretudo,
para a burguesia, que teve seu poder restringido pela submissão aos espanhóis e
ao poder da Igreja - Contra-Reforma. A estética Barroca em Portugal resultou
desse domínio, sofrendo, por conseqüência, grande influência espanhola, principal
foco irradiador dessa estética.
Depois do domínio Espanhol, nos séculos XVII e XVIII, a nação portuguesa decaiu
no cenário Europeu e sua literatura girou em torno de outras culturas: do
barroquismo espanhol, do arcadismo italiano e do iluminismo francês, afetando a
iniciante literatura colonial brasileira que passou a receber tendências estrangeiras.
CARACTERÍSTICAS
Para o artista barroco, efêmero e contingente, que deseja conciliar céu e terra, a
duplicidade é a única atitude compatível, daí o uso de temas opostos: amor e dor, o
erótico e o místico, o refinado e o grosseiro, o belo e o feio que se misturam,
ressaltando o bizarro, e lembrando que a morte é o denominador comum de todas
as aspirações humanas.
BIBLIOGRAFIA
Arcadismo
1768
MARCO
Obra
OBRAS (1768)
Autor
CONTEXTO HISTÓRICO
CARACTERÍSTICAS
BIBLIOGRAFIA
Romantismo
1836
MARCO
Obra
Autor
CONTEXTO HISTÓRICO
O Brasil do início do século XIX foi palco de várias transformações que contribuíram
de forma decisiva para a formação de uma verdadeira identidade nacional e,
conseqüentemente, uma literatura com características mais brasileiras. A chegada
da família real portuguesa em 1808 já era um indício de que aquele seria um século
de profundas mudanças na estrutura política, econômica e cultural do país. D. João
VI, através de medidas importantes visando o desenvolvimento nacional, abriu os
portos para comércio com o mundo, o que significava a fácil entrada de novas
tendências culturais, principalmente européias. Além disso, criou novas escolas,
bibliotecas e museus, e deu incentivo à tipografia, que implicou a impressão de
livros, até então feitos em Portugal, e a edição de jornais. O eixo político-
econômico-cultural do Brasil sai então de Minas Gerais para ganhar as portas da
realeza no Rio de Janeiro, onde nasce um público consistente de leitores
principalmente formado de mulheres e jovens estudantes, provenientes da classe
burguesa em ascensão.
Enquanto isso, o restante da nação, ainda movido pela estrutura agrária e mão-de-
obra escrava, assiste à transição do colonialismo ao império. Era a tão sonhada
independência política das correntes de Portugal, numa busca pela liberdade e pelo
patriotismo, que iria acolher de braços abertos os ideais românticos.
CARACTERÍSTICAS
Em oposição direta ao Arcadismo, o Romantismo, marco de início do Período
Nacional da literatura brasileira, que se estende até nossos dias, tem como lema a
subjetividade, ou seja, o culto ao EU, ao individualismo e à liberdade de expressão,
buscando a criação de uma linguagem nova e compatível com o espírito
nacionalista. Impera a emoção, a constante busca pelas forças inconscientes da
alma, como a imaginação e os sonhos. É o coração acima da razão humana, que
leva ao amor idealizado e puro. A natureza passa a ser a expressão da criação e
perfeição de Deus, a única paisagem sem a mão corrupta do homem. É nela que o
homem vai refletir todos os seus estados de espírito e desejos de liberdade, de
proximidade ao Criador.
BIBLIOGRAFIA
Realismo-Naturalismo
1881
MARCO
Obra
Autor
MARCO
Obra
O MULATO (1881)
Autor
CONTEXTO HISTÓRICO
Os narradores dos romances naturalistas têm como traço comum a onisciência que
lhes permite observar as cenas diretamente ou através de alguns protagonistas.
Privilegiam a minúcia descritiva, revelando as reações externas das personagens,
abrindo espaço para os retratos literários e a descrição detalhada dos fatos banais
numa linguagem precisa.
BIBLIOGRAFIA
Parnasianismo
1884-1888
MARCO
Obra
Autor
MARCO
Obra
Autor
MARCO
Obra
POESIAS (1888)
Autor
CONTEXTO HISTÓRICO
A nova tendência toma corpo a partir de 1878, quando nas colunas do Diário do Rio
de Janeiro se tenta criar a "Guerra do Parnaso", defendendo o emprego da ciência e
da poesia social, sem visar modificar nada, recebendo a alcunha de Idéia Nova. O
poeta Alberto de Oliveira deseja o Realismo na poesia, enquanto em São Paulo,
Raimundo Correia e alguns colegas criam polêmicas sobre o novo movimento na
Revista de Ciências e Letras. Surge a poesia diversificada: poesia científica,
socialista e realista. A científica é a única a manter certo rigor e exclusividade. As
demais se libertam do Romantismo aos poucos.
Segundo Alfredo Bosi, a obra de Teófilo Dias, Fanfarras (1882) pode ser
considerada o primeiro livro parnasiano, contrapondo-se a Alberto de Oliveira que
destaca Sonetos e Rimas (1880) de Luís Guimarães Junior, como a primeira
manifestação. Contudo, são os poemas da "plêiade parnasiana": Alberto de
Oliveira, com Meridionais (1884) e Sonetos e Poemas (1886), Raimundo Correia,
com Versos e Versões (1887) e Olavo Bilac, com a primeira edição de Poesias
(1888), que apresentam as marcas próprias do movimento, filiado ao
Parnasianismo francês, assim denominado, devido à coletânea Parnasse
Contemporain, publicada em série (1866,1869 e 1876).
CARACTERÍSTICAS
A sintaxe, sob a influência do século XVIII, prima pela devoção à clareza, à lógica e
à sonoridade. Os parnasianos evitam as aliterações, homofonias, hiatos, ecos e
expressões arrebatadoras, mas apreciam a rima consoante, aplicada sob o jugo de
regras rígidas, privilegiando a rima paroxítona, abjurando a interna e exigindo a
rima em todas as quadras. Dão ênfase às alternâncias graves, aos versos de rimas
paralelas ou intercaladas. Apreciam as metáforas derivadas das lendas e história da
Antigüidade Clássica, símbolo do ideal de beleza.
O soneto ressurge juntamente com o verso alexandrino, bem como o trabalho com
a chave de ouro e a rima rica. A vida é cantada em toda sua glória, sobressaindo-se
a alegria, a sensualidade, o conhecimento do mal. A imaginação é sempre
dominada pela realidade objetiva.
BIBLIOGRAFIA
Simbolismo
1893
MARCO
Obra
Autor
CONTEXTO HISTÓRICO
O fim do século XIX foi profundamente marcado pelo avanço científico e a corrida
desenfreada do capitalismo industrial em busca da tecnologia e matéria-prima. Era
também a busca de novas tendências e caminhos, apesar de haver um certo
pessimismo com relação ao século vindouro, e o Brasil passou por mudanças
expressivas dentro de sua estrutura política, econômica e social. A abolição da
escravatura (1888) não assegurou o direito de igualdade e civilidade aos negros,
acentuando o problema da miséria no país. Revoltas como a "A guerra de Canudos"
e a "Revolta da Armada" refletiam o descontentamento com as condições sociais
vigentes. O império decadente deu lugar a uma república (1889) que favorecia
diretamente o sudeste do Brasil, com a política do "café-com-leite" (domínio
alternado de presidentes mineiros e paulistas). As cidades, com seus centros
culturais e comerciais aos moldes da Europa (principalmente de Paris), se
preocupavam com o inchaço de suas periferias, onde estava a miséria dos negros
livres e das massas de imigrantes, provenientes principalmente da Europa e Japão,
e que surgiram para mudar o perfil do povo brasileiro, principalmente no sul do
país. A industrialização, ainda em estado fetal, e a cultura à moda francesa da elite
contrastavam com uma nação tipicamente rural e analfabeta que enfrentava os
horrores das pestes e epidemias como a febre amarela, dizimando milhares de
pessoas.
CARACTERÍSTICAS
O poeta simbolista não quer somente cantar e evocar suas emoções. Ele quer
trazê-las de uma forma mais palpável para o texto, para que possam ser sentidas
em sua plenitude. Por isso, o uso da sinestesia, isto é, a associação de impressões
sensoriais distintas, é amplo. Há também a forte ligação com as cores, ressaltando
as sensações que provocam no espírito humano. A cor branca é sempre a mais
presente e já sugere, entre outras coisas, a pureza, ou o opaco, indiciando a
presença de neblina ou nuvem e tornando as imagens poéticas mais obscuras.
BIBLIOGRAFIA
Pré-Modernismo
1902
MARCO
Obra
OS SERTÕES (1902)
Autor
MARCO
Obra
CANAÃ (1902)
Autor
CONTEXTO HISTÓRICO
Tais mudanças provocaram, por um lado, o aumento das pequenas classes - média,
operária e proletária, e, por outro, contribuíram para o aparecimento de hierarquia
entre as classes dominantes. Em primeiro lugar, o poder político-econômico estava
nas mãos dos grandes cafeicultores de São Paulo e dos pecuaristas de Minas; em
segundo, com a burguesia industrial de São Paulo e Rio de Janeiro; em terceiro,
com o Exército que, desde a proclamação da República, começara a se destacar
politicamente.
Tudo isso marcou, cada vez mais, os acentuados contrastes da realidade brasileira,
dando origem a conflitos sociais isolados, tais como: a Revolta de Canudos, no
sertão nordestino; o caso do Padre Cícero, na cidade cearense de Juazeiro; o
fenômeno do cangaço, com a figura de Lampião; todos refletindo a situação crítica
de um Nordeste abandonado. A rebelião contra a vacina obrigatória e a revolta da
chibata no Rio e os movimentos grevistas de operários em São Paulo, sob
orientação anarquista, durante a Primeira Guerra Mundial, eram sintomas de uma
classe nova que já lutava para sobreviver, numa cidade em fase de
industrialização. Esses movimentos tiveram, isoladamente, uma história
independente que, no conjunto, revelavam a crise de um país que se desenvolvia
às custas de graves desequilíbrios.
CARACTERÍSTICAS
Nas duas primeiras décadas do século XX, período de transição entre o que era
passado e o que seria chamado de moderno, existiram as mais variadas tendências
e estilos literários, além dos poetas do Parnasianismo e Simbolismo, que ainda
continuavam escrevendo. Por apresentar traços individuais muito fortes, o Pré-
Modernismo no Brasil não se caracteriza como escola literária, distinguindo-se, na
verdade, como um termo genérico para designar a produção literária de alguns
autores que, não sendo ainda modernos, já promoviam rupturas com o passado. A
partir daí, a continuidade de temas e sínteses expressivas tradicionais são vistas,
nas obras desse período, como uma ou outra tendência. Por isso, alguns pontos em
comum podem ser apontados.
BIBLIOGRAFIAModernismo
1922
MARCO
MARCO
MARCO
MARCO
CONTEXTO HITÓRICO
CARACTERÍSTICAS
Além disso, visava estabelecer uma teoria estética, nem sempre claramente
explicitada por seus criadores e que acaba por renovar o conceito de literatura e de
leitor. A Semana incluiu uma série de eventos (l3, l5 e 17 de fevereiro de 1922) no
Teatro Municipal de São Paulo, reunindo artistas e intelectuais que, sob o aplauso e
vaias da platéia, apresentaram uma espécie de sarau, declamando poemas, lendo
trechos de romances, fazendo discursos, expondo quadros e tocando música.
Após a Semana, surgem propostas variadas que dão origem aos grupos: Pau-
Brasil, lançado por Oswald de Andrade. O nome adotado faz referência à primeira
riqueza brasileira exportada e o movimento tem como princípios: a exaltação do
Carnaval carioca como acontecimento religioso da raça, o abandono dos arcaísmos
e da erudição, a substituição da cópia pela invenção e pela surpresa; o Verde-
Amarelo, se colocando em oposição ao Pau-Brasil, prega o nacionalismo ufanista
e primitivista. Mais tarde, transforma-se no grupo da Anta, escolhida como símbolo
da nacionalidade por ter sido o totem da raça tupi; o Regionalista, iniciado no
Recife, prega o sentimento de unidade do Nordeste; o Antropofágico, liderado por
Oswald de Andrade, inspirado no quadro Abaporu, (aba, "homem"; poru, "que
come"), de Tarsila do Amaral, propõe a devoração da cultura importada com intuito
de reelaboração, transformando o que veio de fora em produto exportável. As
obras ligadas a esse movimento são Cobra Norato, de Raul Bopp, e Macunaíma,
de Mário de Andrade.
A Prosa - A prosa do período não apresenta o mesmo vigor da poesia, mas revela
conquistas importantes. A princípio, demonstra certa densidade, carregada de
imagens, provocando tensão pela expressividade de cada palavra. Os recursos são
variados como: a aproximação com a poesia, o apoio na fala coloquial e na
utilização de períodos curtos. Um dos modernistas, Oswald de Andrade, aplica
essas experiências não só em seus artigos e manifestos, mas também na obra
Memórias Sentimentais de João Miramar (1924). Trabalha a realidade através de
recursos poéticos, empregando metáforas e trocadilhos. Essa técnica, aliada a uma
"espécie de estética do fragmentário", compõe-se de espaços em branco na
formatação tipográfica e também na seqüência do discurso, cabendo ao leitor a
tarefa de dar sentido ao que lê.
Some-se a isso que, o término da Segunda Guerra Mundial (1945) empurra o país
para a era industrial e passa a contar com um proletariado de grande peso
representativo, ávido de participar efetivamente da vida política. Além disso, o país
desponta como uma potência moderna, facilitando o aparecimento da nova
estética, revelando, segundo Antonio Candido, "no seu ritmo histórico, uma adesão
profunda aos problemas da nossa terra e da nossa história contemporânea".
Contrapondo a toda essa busca pelos padrões clássicos, Décio Pignatari, Augusto de
Campos e Haroldo de Campos criaram o Concretismo, que condizia mais com a
rapidez e agilidade da sociedade moderna. O Concretismo vai além de tudo o que o
Modernismo conquistou: prega o fim do verso, do lirismo e do tema, além da
exploração do espaço em branco, e a decomposição e montagem de palavras, com
seus vários sentidos e correlações com outras palavras. O poema em si muitas
vezes lembra um cartaz publicitário que se evidencia pelo apelo visual e permite
várias leituras.
Uma das características da poesia contemporânea é uma busca cada vez maior de
uma intertextualidade com outros meios de expressão, exigindo uma linguagem
cada vez mais fragmentada e rápida que muitas vezes contrasta com uma
necessidade de reencontro com os padrões clássicos, onde se evidenciam poemas
mais longos e lineares. Outra característica relevante que só veio a contribuir para
a difusão da poesia foi seu casamento com a música popular, que acentua o
crescimento dos meios de comunicação de massa e a produção mais industrializada
da literatura. Surgiram músicos-poeta como Caetano Veloso, Chico Buarque,
Gilberto Gil, Milton Nascimento e outros, precedidos pela excelência de Vinícius de
Moraes.
A prosa urbana vai ser cada vez mais explorada a partir dos anos 60, mostrando os
problemas acarretados pelo progresso, e um ser humano cada vez mais solitário,
marginalizado e vítima de um mundo violento, que se fecha e enfrenta também a si
mesmo. A linguagem vai tender cada vez mais à concisão e à fragmentação,
rompendo muitas vezes com a linearidade temporal e espacial, tentando descrever
o fluxo do pensamento e mostrando a rapidez e o absurdo da modernidade.
Nascendo a partir dos mesmos campos urbanos e psicológicos que propulsionaram
a literatura nos anos 40 e 50, tem-se a prosa mais introspectiva, o realismo
fantástico e o romance reportagem.
A prosa de cunho político vai também se impor com grande força, tendo como
objetivo retratar a violência e a repressão política que assolaram o país desde
1964, ou denunciando de um modo satírico e irônico a corrupção que assola o
homem, e por conseqüência o governo, e que promove a sempre a discórdia e a
desigualdade social. É o caso, por exemplo, de Incidente em Antares de Erico
Verissimo.
Outros gêneros que ganham força dentro do panorama literário brasileiro são a
prosa autobiográfica, o conto e a crônica, sendo que os dois últimos se
consolidaram como modelos de literatura moderna. O conto consegue a síntese e a
rapidez que a modernidade pede, mostrando-se mais fácil e mais ágil de ser lido. A
crônica ganhou um espaço muito grande dentro dos principais veículos de
comunicação como a revista e o jornal devido à sua linguagem mais coloquial, sua
ligação mais íntima com o cotidiano, sua irreverência e ironia, e sua mais fácil
assimilação por parte dos leitores, destacando escritores consagrados e novos
como, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Rubem
Braga, entre outros.
BIBLIOGRAFIA