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QUINHENTISMO

QUINHENTISMO NO BRASIL

• No Brasil, designa o conjunto de textos e autores do período colonial, compreendendo


os três primeiros séculos desde a conquista portuguesa. Dividido em duas vertentes,
uma caracterizada pela ocorrência de textos de informação e outra pela ocorrência de
textos de caráter catequizador, esse período inicial de germinação das letras no
nascente território brasileiro é de fundamental importância para se conhecer a história
do país e sua tradição literária.
CONTEXTO HISTÓRICO

• Nos primeiros três séculos do Brasil, a vida social e, consequentemente, a esfera


econômica e cultural desenvolveram-se em torno da relação entre a colônia e a
metrópole. Essa relação deu-se de modo que a colônia fosse extremamente explorada
pela metrópole, o que fez com que a preocupação imediata dos primeiros colonos, ou
seja, habitantes do território, fosse ocupar a terra, explorar o pau-brasil, cultivar a cana-
de-açúcar, extrair o ouro.
CARACTERÍSTICAS

• As manifestações da literatura quinhentista podem ser divididas em dois grupos, os quais,


apesar de traços comuns, têm características que os distinguem: a literatura de
informação e a literatura de formação ou de catequese.Vejam suas respectivas
características:
LITERATURA DA INFORMAÇÃO

• Os primeiros registros escritos do Brasil têm como característica a documentação do


processo colonizador que marcou os primeiros anos de povoamento. São informações
que viajantes e missionários europeus anotaram sobre o homem e a natureza das terras
que conheciam naquele contexto. Esses registros descritivos não pertencem à categoria
literária, já que não havia uma preocupação estética em organizá-las em prol de um
deleite advindo de uma leitura de fruição, ou seja, voltada ao prazer, como os gerados por
uma obra ficcional.
PRINCIPAIS PRODUÇÕES

• a Carta, de Pero Vaz de Caminha a el-Rei Dom Manuel, referindo o descobrimento de uma nova terra e as primeiras impressões da natureza e do indígena (1500);

• o Diário de Navegação de Pero Lopes e Sousa, escrivão do primeiro grupo colonizador, o de Martim Afonso de Sousa (1530);

• o Tratado da terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gândavo (1576);

• a Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil, do jesuíta Fernão Cardim (1583);

• o Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa (1587);

• os Diálogos das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);

• as cartas dos missionários jesuítas escritas nos dois primeiros séculos de catequese (registradas posteriormente em antologias, como em As Cartas Jesuíticas, de 1933);

• as Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden (1557);

• a Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry (1578);

• a História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador (1627).


LITERATURA DE INFORMAÇÃO

• Paralelamente às obras de informação escritas por leigos viajantes que desbravavam a


colônia, foram produzidas, também, obras de cunho pedagógico e moral, a chamada
literatura de formação ou de catequese, produzida pelos missionários jesuítas.Vindos de
Portugal, esses religiosos, que tinham a missão de catequizar os índios, deixaram cartas,
tratados, crônicas e poemas, os quais se tornaram registros não só de uma prática
religiosa de difusão do catolicismo, mas também registros de textos com um certo
refinamento estético.
PRINCIPAIS AUTORES

• Manuel da Nóbrega (1517-1570)


• Fernão Cardim (1549-1625)
• José de Anchieta (1534-1597)

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