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Quinhentismo
A literatura informativa surgiu no Brasil no século XVI, mais precisamente no ano de 1500 com o
descobrimento do país por Portugal. Nesta época o continente europeu vivia em pleno Renascimento cultural e o
gênero foi resultado das Grandes Navegações que tiveram o objetivo de descobrir novas rotas comerciais em
direção às Índias. Este tipo de literatura possui caráter informativo, preocupando-se em descrever claramente a
nova terra, sua fauna e flora, riquezas, habitantes e seus costumes.
Temos como pioneiro da literatura informativa, também bastante conhecida como Quinhentismo Brasileiro, o
viajante Pero Vaz de Caminha. Com o descobrimento do Brasil no ano de 1500 os viajantes das Grandes
Navegações acabaram por se deparar com uma terra completamente distinta à que conheciam, com fauna e flora
exuberantes.
A ânsia por informações da nova terra era considerável, então Caminha redigiu em 1º de Maio daquele ano a
Carta do Achamento, onde, pela primeira vez, leva a Portugal os dados e peculiaridades do nosso país. A carta
exaltava as qualidades da terra, sua fauna e flora rica em diferentes espécies de plantas e animais exóticos, os
estranhos costumes da população nativa e suas riquezas. Confira um trecho desta carta onde ele faz menção à
beleza das índias em relação às europeias e a forma como se portavam naturalmente despidas.
“E uma daquelas moças era toda tinta, de fundo a cima, daquela tintura, a qual, certo, era tão bem feita e tão
redonda e sua vergonha, que ela não tinha, tão graciosa, que a muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhes tais
feições, fizera vergonha, por não terem a sua como ela. (…)”.
Escritores e Obras
Além de Pero Vaz de Caminha, outros representantes que se destacam na Literatura de Informação foram:
• Pero Lopes de Souza e sua obra Diário de navegação (1530);
• Pero de Magalhães Gândavo e sua obra Tratado da Província do Brasil e História da Província de Santa Cruz, a
que vulgarmente chamamos de Brasil (1576);
• Fernão Cardim e sua obra Narrativa epistolar e Tratado das terras e das gentes do Brasil (1583);
• Gabriel Soares de Souza e sua obra Tratado descritivo do Brasil (1587);
• Hans Standen e Meu cativeiro entre os índios do Brasil.
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