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Quinhentismo no Brasil
Com a chegada dos portugueses em território brasileiro em 1500, as terras encontradas
foram relatadas pelos escrivães que acompanhavam os navios.
Assim, a literatura de informação foi produzida pelos viajantes no início do século XVI, no
período do Descobrimento do Brasil e das Grandes navegações.
Além disso, os jesuítas, responsáveis por catequizarem os índios, criaram uma nova
categoria de textos que fizeram parte do quinhentismo: a "literatura de catequese".
Os principais cronistas desse período são: Pero Vaz de Caminha, Pero Magalhães
Gândavo, Padre manuel da Nóbrega e Padre José de Anchieta.
Características do Quinhentismo
Crônicas de viagens
Textos descritivos e informativos
Conquista material e espiritual
Linguagem simples
Utilização de adjetivos
Por isso, muitos dos textos que compõem a literatura quinhentista, possuem forte
pessoalidade, ou seja, as impressões de cada autor. A obra desse período que mais se
destaca é a "Carta de Pero Vaz de Caminha" ao Rei de Portugal.
Seu conteúdo aborda os primeiros contatos dos lusitanos com os indígenas brasileiros,
bem como as informações e impressões sobre a descoberta das novas terras.
Dessa maneira, ele aprendeu a língua tupi e desenvolveu a primeira gramática da língua
indígena, chamada de "Língua Geral".
Suas principais obras são "Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil"
(1595) e "Poema à virgem".
Além dos animais distintos e das plantas exóticas, ele descreve sobre os povos indígenas
e a descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Outra obra que merece destaque é "O
Tratado da Terra do Brasil" (1576).
Seu trabalho no Brasil foi de catequizar os índios e suas obras que merecem destaque
são:
Características do trovadorismo
As obras do trovadorismo são chamadas cantigas, pois eram escritas para
serem declamadas (não havia cultura do livro na Idade Média, a população era em
grande parte analfabeta e ainda não havia sido inventado o livro impresso), e
frequentemente eram acompanhadas de instrumentos musicais, como a lira, a
flauta, a viola.
Enquanto o compositor (de origem) era chamado de trovador, o músico era
chamado de menestrel. Chamava-se segrel o trovador profissional, cavaleiro que ia
de corte em corte divulgando suas cantigas em troca de dinheiro.
Havia ainda o jogral, cantor de origem popular que interpretava cantigas de
outrem e compunha as suas próprias. As baladeiras ou soldadeiras eram as
dançarinas e cantoras que também os acompanhavam nas apresentações e
dramatizações das cantigas.
Trovador tocando uma lira, instrumento musical que deu o nome ao gênero
lírico.
O trovadorismo foi um movimento itinerante, isto é, os grupos de trovadores
e menestréis viajavam pelas cortes, burgos e feudos, divulgando em suas
composições acontecimentos políticos e propagando ideias, como a do
comportamento amoroso esperado de um cavaleiro apaixonado.
O amor é um dos temas centrais do trovadorismo. É o eixo condutor das
cantigas de amor e das cantigas de amigo. É comum o tema da coita (coyta),
palavra que designa a dor do amor, do trovador apaixonado que sente no corpo a
não realização amorosa. Daí a origem da palavra “coitado”: aquele que foi
desgraçado, vítima de dor ou mazela.
Os trovadores escreveram ainda outros dois tipos de cantiga: as de escárnio
e as de maldizer, dedicadas a satirizar e ridicularizar.
É comum que haja paralelismo nas cantigas: cada ideia desenvolve-se a cada
duas estrofes — ou, na verdade, cobras. A nomenclatura da época era diferente: a
estrofe chamava-se cobra, o verso chamava-se palavra.
Trovadorismo em Portugal
O trovadorismo galego-português desenvolveu-se, em termos gerais, em
finais do século XII. Os pesquisadores apontam sua gênese em uma cantiga de Paio
Soares de Taveirós dedicada a Maria Pais Ribeiro, a favorita do rei Sancho I, que
viveu entre os anos de 1154 e 1211.
Foi Dom Dinis I, no final do século XIII, quem estabeleceu a língua galego-
portuguesa como oficial do reino, junto às primeiras universidades. E ele mesmo
era um rei-trovador. O monarca poeta queria que Portugal se constituísse como
nação de fato, incentivando a identidade cultural e o trovadorismo. O movimento
foi, portanto, muito importante para o desenvolvimento do idioma e da cultura
portuguesa.
Cantigas
As cantigas dividem-se em dois tipos: lírico e satírico.
Cantigas líricas
Cantigas líricas são as de temática amorosa, e possuem dois tipos: cantigas
de amor e cantigas de amigo.
Cantigas de amor
Gênese da poesia amorosa que surgiria nos séculos seguintes, a cantiga de
amor é cantada em 1ª pessoa. Nela, o trovador declara seu amor por uma dama,
geralmente acometido pela coita, a dor amorosa diante da indiferença da amada.
[...]
Cantigas de amigo
Embora compostas por trovadores homens, representam sempre uma voz
feminina. É a dama quem vai expor seus sentimentos, sempre de maneira discreta,
pois, para o contexto provençal, o valor mais importante de uma mulher é a
discrição. A donzela dirige-se por vezes à sua mãe, a uma irmã ou amiga, ou ainda a
um pastor ou alguém que encontre pelo caminho. Existem sete categorias de
cantigas de amigo:
Cantigas satíricas
Destinam-se a ironizar ou difamar determinada pessoa. Existem dois tipos de
cantigas satíricas: as de escárnio e as de maldizer.
Cantigas de escárnio
São mais irônicas e trabalham sobretudo com trocadilhos e palavras de
duplo sentido, sem mencionar diretamente nomes. São críticas indiretas: é um
“mal dizer” de maneira encoberta, insinuada.
Cantigas de maldizer
São aquelas em que os trovadores apontam direta e nominalmente o alvo de
suas sátiras, de forma propositalmente ofensiva e fazendo uso de vocabulário
grosseiro.
Cancioneiros
As cantigas do trovadorismo chegaram até nosso conhecimento pelo registro
dos Cancioneiros. Trata-se de livros, geralmente manuscritos, que são compilados
com as letras e, às vezes, notações musicais das canções, além de ilustrações. São
três os principais Cancioneiros.