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ESCOLA ESTADUAL DOMITILA NORONHA

PROFESSORA: Ana Paula


DISCIPLINA: Português
TURMA: 1º ano

APOSTILA DE CONTEÚDOS DIDÁTICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Maio/2021
1. A ORIGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA

Com cerca de 250 milhões de falantes, a Língua Portuguesa é, atualmente, a quinta língua
mais falada do mundo. Tendo sua origem no latim, mais propriamente no latim vulgar, o português
é uma língua neolatina, também chamada de língua românica.

O latim na Península Ibérica


O latim era a língua oficial do Império Romano. O latim vulgar era a modalidade usada pelo
povo, ou seja, pelas classes mais baixas e pelas pessoas de menor cultura. Com a expansão do
Império Romano, no início do século III a.C., o latim espalhou-se por toda a Península Ibérica.
Além dos romanos, outros povos invadiram a Península Ibérica, como os bárbaros
germânicos, que influenciaram também o desenvolvimento da língua. No século VIII, a península
Ibérica foi invadida pelos árabes, que deixaram uma forte marca cultural e linguística,
principalmente a nível lexical. A invasão árabe ocasionou um processo de reconquista cristã, que
partiu do norte para o sul da península Ibérica.
Com a expulsão dos árabes, o galego-português, falado no Condado da Galiza, fica consolidado
como a língua falada no Condado Portucalense, território onde se iniciou Portugal.

O português como língua oficial


Estima-se que o português terá surgido entre os séculos IX e XII. Existem documentos
escritos em português, datados do século XIII, como o Testamento de Afonso II. Foi nesse século
que D. Dinis, rei de Portugal, oficializou o português como a língua que deveria ser usada em todos
os documentos administrativos do reino, em detrimento do latim. Passa, assim, a haver um
português historicamente documentado.
Fases do português
 Português arcaico: do século XIII ao final do século XIV. Neste período está incluída a
realidade galego-portuguesa.
 Português arcaico médio: da 1.ª metade do século XV à 1.ª metade do século XVI.
 Português moderno: da 2.ª metade do século XVI ao final do século XVII.
 Português contemporâneo: do início do século XVIII aos dias atuais.

O português no Brasil
Com a expansão marítima portuguesa, o português é levado a todas as colônias portuguesas,
chegando, assim, ao Brasil em 1500.
Com a presença da língua portuguesa em território brasileiro e com a catequização dos
índios pelos jesuítas, várias línguas indígenas perderam força, chegando mesma a desaparecer. Não
deixaram, contudo, de influenciar grandemente o português atualmente falado no Brasil, como o
tupinambá, da família tupi-guarani. Também as línguas africanas provenientes do tráfico de
escravos influenciaram grandemente a língua.
No século XVIII, a Língua Portuguesa foi declarada como a língua oficial do Brasil.

O português no mundo
O português é, atualmente, a língua oficial de nove países:
 Brasil;
 Portugal;
 Angola;
 Moçambique;
 Cabo Verde;
 Timor-Leste;
 Guiné-Bissau;
 Guiné Equatorial;
 São Tomé e Príncipe.

Estes países formam a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que visa à
promoção e difusão da língua, bem como à cooperação entre os países falantes de português. Tendo
como objetivo unificar a escrita da língua e, consequentemente, preservar a língua portuguesa, foi
assinado em 1990 o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Em vigor no Brasil desde 2009, o
seu uso passou a ser obrigatório em janeiro de 2016.

2. LITERATURA E GÊNEROS LITERÁRIOS

 O que é Literatura
A LITERATURA (do latim littera, que significa “letra”) é uma das manifestações artísticas
do ser humano, ao lado da música, dança, teatro, escultura, arquitetura, dentre outras. Ela representa
comunicação, linguagem e criatividade, sendo considerada a arte das palavras.
Trata-se, portanto, de uma manifestação artística, em prosa ou verso, muito antiga que
utiliza-se das palavras para criar arte, ou seja, a matéria prima da literatura são as palavras.
De tal maneira, o conceito de literatura também pode compreender o conjunto de estórias
fictícias inventadas por escritores em determinadas épocas e lugares, sejam poemas, romances,
contos, crônicas, novelas.
Os textos literários possuem uma função muito importante para o ser humano, de forma que
provocam sensações e produzem efeitos estéticos os quais nos fazem entender melhor nós mesmos,
nossas ações bem como a sociedade em que vivemos.
Segundo o crítico literário Afrânio Coutinho:
"A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa
haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias,
tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a
todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma
condição humana."
Nesse sentido, devemos lembrar que o conceito de literatura foi se alterando ao longo do
tempo, e seu significado tal qual conhecemos hoje, é diferente da visão clássica de antanho.
Para o filósofo Grego Aristóteles, um dos primeiros a focar nos estudos sobre essa arte:
“A Arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra”.
Com efeito, o conceito de literatura foi se ampliando e abrangendo assim, diversos textos
que englobam os gêneros literários que hoje conhecemos: literatura infantil, literatura de cordel,
literatura marginal, literatura erótica, dentre outros.

 Função da Literatura
A arte literária representa recriações da realidade produzidas de maneira artística, ou seja,
que possui um valor estético, donde o autor utiliza das palavras em seu sentido conotativo
(figurado) para oferecer maior expressividade, subjetividade e sentimentos ao texto.
Dessa forma, a literatura possui um importante papel social e cultural envolvido no contexto
em que fora criada, posto que abarca diversos aspectos de determinada sociedade, dos homens e de
suas ações e, portanto, que provoca sensações e reflexões do leitor. Para o filósofo francês Louis-
Gabriel-Ambroise, Visconde de Bonald: “A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra
é a expressão do homem. ”

 Gêneros Literários
Os gêneros literários são categorias da literatura que englobam os diversos tipos de textos
literários segundo sua forma e conteúdo.
Tanto o conceito de literatura se modificou ao passar do tempo como o de gênero literário,
uma vez que os gêneros literários, abordado por Aristóteles, eram classificados de três maneiras,
semelhante ao que conhecemos hoje, embora possua diferenças.
De acordo com o esquema proposto por Aristóteles, os gêneros literários eram divididos em:
Lírico (“palavra cantada”), Épico (“palavra narrada”) e Dramático (“palavra representada”).
Atualmente, o gênero épico, que envolvia as narrativas históricas baseado nas lendas e na
mitologia, foi substituído pelo gênero narrativo. Sendo assim, os gêneros literários são classificados
em:
 Gênero Lírico: possui um caráter sentimental com presença do eu lírico, por exemplo, as poesias,
odes e sonetos.
 Gênero Narrativo: possui um caráter narrativo, ou seja, envolve narrador, personagens, tempo e
espaço, por exemplo, os romances, contos e novelas.
 Gênero Dramático: possui um caráter teatral, ou seja, são textos para serem encenados, por
exemplo, tragédia, comédia e farsa.

 Texto Literário e Não Literário


Nem todo texto possui uma linguagem literária, ou seja, não possui um caráter ficcional,
subjetivo e cheio de significados (plurissignificação), emoções, sensações e desejos. Para
compreender melhor essa diferença vejamos os exemplos abaixo:
Exemplo 1
“Poema tirado de uma notícia de jornal” de Manuel Bandeira
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem
número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.”

Exemplo 2
“Foi encontrado essa manhã na Lagoa Rodrigo de Freitas, o corpo do carregador de feira livre
conhecido como João Gostoso. Testemunhas afirmam que João era habitante do morro da Babilônia
e na noite passada, estava no bar Vinte de Novembro, do qual saiu bêbado. As autoridades
analisarão as provas para verificar se o ocorrido se trata de homicídio ou suicídio.”
Segundo os exemplos acima podemos notar a diferença entre os textos literários e não
literários. De tal maneira, o primeiro exemplo envolve uma linguagem literária e subjetiva em
forma de poema, a qual possui uma expressividade induzida pelo escritor.
Já o segundo exemplo nos informa sobre o acontecimento, a partir de uma linguagem
utilizada nos textos jornalísticos, que possui uma função informativa e não literária.

 História da Literatura
A história da Literatura pode ser definida como uma ciência que estuda a produção
literária de um povo sob um viés cronológico. Quando se estudam diversos autores do
passado, em alguma medida, percebe-se certa correlação entre os dizeres de cada escritor,
construindo-se movimentos ou escolas literárias. No Brasil, a história da Literatura é dividida da
seguinte forma:

 Quinhentismo
Literatura produzida nos primeiros anos do descobrimento do Brasil, por volta do século XVI. É
dividido em Literatura de informação e de catequese.

 Barroco
Obras produzidas por volta do século XVII, sob influência do Barroco europeu.

 Arcadismo
Com manifestações líricas, satíricas e épicas, esse movimento ocorreu durante parte do ciclo do
ouro no Brasil, no século XVIII.

 Romantismo
Movimento literário das primeiras décadas do século XIX, foi fundador de várias bases da nossa
identidade nacional, com autores como Gonçalves Dias e José de Alencar.

 Realismo / Naturalismo
Em oposição ao Romantismo, o Realismo e o Naturalismo ocorreram nos anos finais do século
XIX e tiveram como principais expoentes Machado de Assis e Aluísio Azevedo,
respectivamente.
 Simbolismo
Movimento poético de revolução nos signos linguísticos e nas percepções sobre o sujeito, o
Simbolismo ocorreu no final do século XIX.

 Parnasianismo
Escola literária que buscava atingir o belo clássico por meio do apurado trabalho formal dos
poetas, comparados a ourives.

 Pré-modernismo
Embora não seja exatamente um movimento literário, esse período histórico teve autores
fundamentais, como Monteiro Lobato, Lima Barreto, Euclides da Cunha e José Lins do Rego.

 Modernismo
Movimento fundado em 1922, durante a Semana de Arte Moderna, é considerado o marco inicial
da Literatura brasileira do século XX.

 Literatura Contemporânea
É considerada Literatura contemporânea brasileira toda manifestação literária produzida após os
anos de 1945 no Brasil.

Gêneros literários
Os gêneros literários são categorias ou conjuntos de obras que possuem as mesmas
características estruturais. São alguns gêneros literários os seguintes:
⇒ Gêneros narrativos:
 Romance  Conto
 Novela  Crônica

⇒ Gêneros poéticos:
 Soneto  Ode
 Elegia  Canção

⇒ Gêneros dramáticos:
 Tragédia  Dramas históricos
 Comédia  Teatro de vanguarda

3. LÍNGUA E LINGUAGEM

Linguagem
É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e
sentimentos. A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há
linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação,
tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e
linguagem mímica, por exemplo).
Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de
sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.
A linguagem é um sistema de signos ou símbolos usados na transmissão de uma mensagem.
É a capacidade de comunicação de ideias, pensamentos, opiniões, sentimentos, experiências,
desejos, informações. Existem dois tipos de linguagem: linguagem verbal, recorrendo a palavras
como forma de comunicação, e linguagem não verbal, utilizando outros meios comunicativos, como
gestos, sons, imagens,…

Linguagem verbal:
 Palavras escritas;  Palavras faladas.
Linguagem não verbal:
 gestos;  cores;  expressões faciais;
 sinais;  imagens;
 sons;  desenhos;

Língua
A língua é um conjunto de palavras organizadas por regras gramaticais específicas. É uma
convenção que permite que a mensagem transmitida seja sempre compreensível para os indivíduos
de um determinado grupo. Assim, tem um caráter social e cultural, sendo usada por uma
comunidade específica:
 Língua portuguesa;  Língua francesa;  Língua chinesa;
 Língua inglesa;  Língua alemã;

Língua Falada e Língua Escrita


Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos.
A escrita representa um estágio posterior de uma língua.
A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua
totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se
fisionomias.
A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais
disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do
falante.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da
língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:

Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região
nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no
uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada
por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.

Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são


fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de
uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.

Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos:
quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos
discursando em uma solenidade de formatura.

Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de


língua, chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso
praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de
direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.

Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e
sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem
infantil e linguagem adulta.

Nota: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma língua com estrutura gramatical própria e
não uma linguagem, sendo reconhecida, também, como língua oficial de sinais do Brasil desde
2002.

Fala
A fala é a forma pessoal de expressão de cada indivíduo, que possui uma organização
própria de pensamentos, ideias, opiniões,… A fala segue as regras gramaticais da língua, mas deixa
margem para a criatividade e diferenciação na comunicação em função de quem fala.
É influenciada pelo contexto, vivências, personalidade e conhecimentos linguísticos do
falante, apresentando diversos níveis, desde o mais informal ou coloquial, até o mais formal ou
culto.

Níveis da fala:
 Nível formal ou culto;  Nível vulgar;
 Nível informal, coloquial ou popular;  Nível técnico ou profissional;
 Nível regional;  Nível literário ou artístico.

Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente
em situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo, não nos preocupamos
em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua.

Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais.
Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais
estabelecidas pela língua.

Signo
O signo linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado
e o significante. Ao escutar a palavra cachorro, reconhecemos a sequência de sons que formam
essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa
lembrança constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o significante do
signo cachorro. Quando escutamos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional de quatro
patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse conceito que nos vem à mente é o significado do signo
cachorro e também se encontra armazenado em nossa memória.

4. LINGUAGEM VERBAL E LINGUAGEM NÃO-VERBAL

Linguagem Verbal
Existem várias formas de comunicação. Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da
linguagem oral ou escrita, dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código
usado é a palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando lemos, quando
escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano.
Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos,
comunicando-nos por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas. ela está presente
em textos em propagandas; em reportagens (jornais, revistas, etc.); em obras literárias e científicas;
na comunicação entre as pessoas; em discursos (Presidente da República, representantes de classe,
candidatos a cargos públicos, etc.); e em várias outras situações.

Linguagem não verbal


O ser humano tem necessidade de comunicar-se. É por meio desse processo que nos
construímos socialmente, que produzimos conhecimentos, que convivemos. Nesse sentido,
recorremos a diferentes formas de estabelecermos esses contatos, que não se limitam ao uso da
linguagem verbal.
O nosso corpo, as nossas expressões faciais e o próprio silêncio, às vezes, constroem mais
sentido do que uma fala ou um texto escrito. Basta nos lembrarmos daquele olhar de mãe, ao
repreender uma criança sem sequer pronunciar uma palavra.
E é por isso que também nos valemos da chamada linguagem não verbal em nossos atos
comunicativos, um tipo de linguagem que não se estabelece por meio de palavras, mas, muitas
vezes, por meio de índices, ícones e símbolos, por exemplo.
Essa linguagem é tão importante que, mesmo que estejamos comunicando-nos com alguém
que não compartilha conosco do mesmo código, conseguimos, muitas vezes, efetivar a
comunicação por meio de mímicas, da forma como postamos o nosso corpo, ou até mesmo
utilizando-nos de um sorriso.
 Exemplos
Mímicas, desenhos, pinturas, esculturas, coreografias, semáforos, placas de trânsito... São
incontáveis os modos de ocorrência da linguagem não verbal.

Linguagem Mista
Além da linguagem verbal e não verbal há a linguagem mista (ou híbrida), a qual agrega
essas duas modalidades, ou seja, utiliza a linguagem verbal e não verbal para produzir a mensagem.

5. FUNÇÕES DA LINGUAGEM

As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do


falante. Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética,
função fática, função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação:
emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos
comunicativos. Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar
presentes num mesmo texto.

Função Referencial ou Denotativa


Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo principal
informar, referenciar algo. Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na
terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos
jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito
de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.

Função Emotiva ou Expressiva


Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo
principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião.
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um
caráter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são
marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.

Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do
sentido conotativo das palavras. Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a
mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de
linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também
encontramos a função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso
frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).

Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo
que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no
canal de comunicação. Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas
expressões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone, etc.

Função Conativa ou Apelativa


Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem
persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da
mensagem. Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, de
modo a influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de
verbos no imperativo e o uso do vocativo.

Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem
que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala
sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas e os
dicionários.

6. VARIEDADES LINGUÍSTICAS
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA é uma expressão empregada para denominar como os
indivíduos que compartilham a mesma língua têm diferentes formas de utilizá-la. Essa diversidade
de escrita e fala decorre de fatores geográficos, socioculturais, temporais e contextuais, e pode ser
justificada pelo funcionamento cerebral dos usuários do idioma bem como pelas interações entre
eles. A importância das variações reside no fato de que elas são elementos históricos, formadores de
identidades e capazes de manter estruturas de poder.
São chamadas de variações linguísticas as diferentes formas de falar o idioma de uma
nação, visto que a língua padrão de um país não é homogênea. No Brasil, por exemplo, essas
variantes são percebidas nos diversos dialetos existentes como o mineiro, carioca, gaúcho, baiano,
pernambucano, sulista, paulistano, etc.
O sistema de línguas é formado por um conjunto de variantes que podem ser sociocultural,
estilístico, regional, etário e ocupacional. Isso faz com que cada grupo social, de diferentes
ocupações, faixas etárias e regiões criem o seu próprio dialeto, que é a sua forma de comunicação
coloquial.

TIPOS DE VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

1. Variedades regionais, geográficas ou diatópicas


São as variedades linguísticas que sofrem forte influência do espaço geográfico ocupado pelo
falante. Em um país com dimensões continentais como o Brasil, elas são extremamente ricas (tanto
em número quanto em peculiaridades linguísticas).
Essas variantes são percebidas por dois fatores:
 Sotaque: fenômeno fonético (fonológico) em que pessoas de uma determinada região
pronunciam certas palavras ou fonemas de forma particular. São exemplos a forma como os
goianos pronunciam o R ou os cariocas pronunciam o S.
 Regionalismo: fenômeno ligado ao léxico (vocabulário) que consiste na existência de
palavras ou expressões típicas de determinada região.
Em Goiás, por exemplo, normalmente se diz “mandioca”; no Sul, “aipim”; no Nordeste,
“macaxeira”.

2. Variedades sociais ou diastráticas


São as variedades linguísticas que não dependem da região em que o falante vive, mas sim
dos grupos sociais em que ele se insere, ou seja, das pessoas com quem ele convive. São as
variedades típicas de grandes centros urbanos, já que as pessoas dividem-se em grupos em razão de
interesses comuns, como profissão, classe social, nível de escolaridade, esporte, tribos urbanas,
idade, gênero, sexualidade, religião etc.
Para gerarem sentimento de pertencimento e de identidade, os grupos desenvolvem
características próprias, que vão desde a vestimenta até a linguagem.
Os surfistas, por exemplo, falam diferentemente de skatistas; médicos comunicam-se
diferentemente de advogados; crianças, adolescentes e adultos possuem vocabulário bastante
diferente entre si. Os grupos mais escolarizados tendem a ser mais formais, enquanto os grupos de
menor formação normalmente são mais informais, ou seja, há diferentes registros de linguagem.
Há dois fatores que contribuem para a identificação das variedades sociais:
 Gírias: palavras ou expressões informais, efêmeras e normalmente ligadas ao público
jovem.
 Jargão (termo técnico): palavras ou expressões típicas de determinados ambientes
profissionais.

3. Variedades históricas ou diacrônicas


São as variedades linguísticas comumente usadas no passado, mas que caíram em desuso. São
percebidas por meio dos arcaísmos – palavras ou expressões que caíram em desuso no decorrer
do tempo. Essas variedades são normalmente encontradas em textos literários, músicas ou
documentos antigos.

4. Variedades estilísticas ou diafásicas


São as variedades linguísticas que surgem da adequação que o falante faz de seu nível de
linguagem ao estilo exigido pelo texto ou pela situação comunicativa. A crônica, por exemplo, é um
texto cujo estilo exige uso de linguagem coloquial; a dissertação, por sua vez, exige do redator um
estilo de escrita mais formal. Portanto, caberá ao falante ou redator dominar as diferentes variantes
a fim de adequá-las à situação comunicativa (mais ou menos formal) e ao estilo exigido pelo texto.

Por que existem as variedades linguísticas se há uma norma-padrão?


A resposta é bem simples. A língua apresenta variações, visto que a própria sociedade
divide-se em grupos: há os mais ricos e mais pobres; os que moram nesta ou naquela região; jovens
e idosos; os cristãos e os budistas; os surfistas e os skatistas; os sambistas e os roqueiros; os
médicos e os advogados e assim por diante.
É natural que cada esfera da sociedade adapte as regras da gramática normativa ou o
vocabulário de acordo com suas necessidades comunicativas. Por fim, é válido destacar que todos
os idiomas possuem variações e que todas elas possuem validade: não há variedade bonita ou
feia; certa ou errada, elegante ou deselegante. Elas são apenas diferentes e contribuem para a
riqueza cultural de qualquer país.

Importância da variação linguística


A sociolinguística, responsável por advertir a respeito da importância de estudar-se a língua
como parte da manifestação cultural e social de um povo, prevê que as variações são importantes,
pois carregam a história de cada comunidade.
Assim, as diversidades de escrita e fala constituem retratos dos modos de vida dos usuários
da língua portuguesa. Por exemplo, em cidades interioranas pequenas, cujo acesso à internet, à
televisão e aos outros meios de comunicação e de mídia é limitado, a língua tende a não mudar
tanto quanto nas grandes metrópoles, em que há, além de um bombardeio de informações, o contato
com pessoas vindas de diferentes regiões.
Tal capacidade de reconstituição dos hábitos e experiências das comunidades contribui
também para traçar-se um paralelo entre as regularidades das variações presentes em locais
semelhantes, o que permite a compreensão acerca do funcionamento do cérebro desde o instante do
pensamento até o da articulação das palavras e expressões. Portanto, as variedades permitem o
entendimento sobre a competência linguística inata dos sujeitos, fortificada pelo desejo de
estabelecermos comunicações efetivas.
Essas comunicações, por apresentarem marcas das variedades linguísticas, firmam-se
como elementos estruturantes das identidades das pessoas, assim o modo de elas se enxergarem
e analisarem o mundo ao seu redor trará tanto uma individualização quanto uma sensação de
pertencimento a algum grupo.

7. FIGURAS DE LINGUAGEM

Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos usados
para dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.

Dependendo da sua função, elas são classificadas em:

 Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das palavras. Exemplos:


metáfora, comparação, metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.
 Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos. Exemplos:
hipérbole, eufemismo, litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
 Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical da frase. Exemplos: elipse,
zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.
 Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração,
paronomásia, assonância e onomatopeia.
8. GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos


apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo.
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores
(emissor e receptor) de determinado discurso.
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante,
bilhete ou lista de supermercado.
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter
mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de
ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).

Tipos textuais Gêneros textuais

Designam uma sequencia definida pela São os textos materializados encontrados em


natureza lingüística de sua composição. São nosso cotidiano. Esses apresentam
observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos características sócio-comunicativas definidas
verbais, relações lógicas. por seu estilo, função, composição, conteúdo e
canal.

Narração Carta pessoal, comercial, bilhete


Descrição Diário pessoal, agenda, anotações
Argumentação Romance
Injunção Resenha
Exposição Blog
E-mail
Bate-papo (Chat)
Facebook
Vídeo-conferência
Second Life (Realidade virtual)
Fórum
Aula expositiva, virtual
Reunião de condomínio, debate
Entrevista
Lista de compras
Piada
Sermão
Cardápio
Horóscopo
Instruções de uso
Inquérito policial
Telefonema etc.

Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de
uma língua.

Capacidade de
Domínios sociais Aspectos
linguagem Exemplo de gêneros orais e escritos
de comunicação tipológicos
dominantes
[Conto Maravilhoso], Conto de Fadas,
Mimeses de ação
fábula, lenda, narrativa de aventura,
Cultura Literária através da criação da
Narrar narrativa de ficção cientifica, narrativa
Ficcional intriga no domínio do
de enigma, narrativa mítica, sketch ou
verossímil
historia engraçada, biografia
romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto,
crônica literária, adivinha, piada
Relato de experiência vivida, relato de
viagem, diário íntimo, testemunho,
Representação pelo
Documentação e anedota ou caso, autobiografia,
discurso de
memorização das Relatar curriculum vitae, noticia, reportagem,
experiências vividas,
ações humanas crônica social, crônica esportiva,
situadas no tempo
histórico, relato histórico, ensaio ou
perfil biográfico, biografia
Textos de opinião, diálogo
argumentativo, carta de leitor, carta de
Sustentação,
Discussão de solicitação, deliberação informal, debate
refutação e
problemas sociais Argumentar regrado, assembleia, discurso de defesa
negociação de
controversos (advocacia), discurso de acusação
tomadas de posição
(advocacia), resenha critica, artigos de
opinião ou assinados, editorial, ensaio
Texto expositivo, exposição oral,
seminário, conferência, comunicação
oral, palestra, entrevista de especialista,
Transmissão e Apresentação textual
verbete, artigo enciclopédico, texto
construção de Expor de diferentes formas
explicativo, tomada de notas, resumo de
saberes dos saberes
textos expositivos e explicativos,
resenha, relatório científico, relatório
oral de experiência
Instruções de montagem, receita,
Instruções e Descrever Regulação mútua de regulamento, regras de jogo, instruções
prescrições ações comportamentos de uso, comandos diversos, textos
prescritivos
ATIVIDADES

Questão 01. Sobre a linguagem verbal e não verbal, é correto afirmar:


a) A linguagem verbal e não verbal são duas modalidades de comunicação que nunca são
empregadas juntas.
b) A linguagem verbal representa a linguagem formal, enquanto a linguagem não verbal é
representada pela linguagem informal.
c) A linguagem verbal é sempre culta e segue os padrões da gramática da língua.
d) A linguagem não verbal não pode ser realizada nem com a fala, nem com a escrita.
e) A linguagem verbal também pode ser chamada de linguagem mista, pois utiliza diversas
variantes da língua.

Questão 02.
I. Apresentações teatrais e de dança utilizam, exclusivamente, a linguagem não verbal.
II. As esculturas são uma forma artística de comunicação não verbal.
III. As revistas e os jornais são exemplos de meios que utilizam a linguagem verbal e não verbal.
Segundo as afirmações acima, está (ão) correta (s)
a) somente a I d) II e III
b) I e II e) I, II e III
c) I e III

Questão 03. Todos utilizam a linguagem verbal e não verbal em simultâneo, EXCETO:
a) as sinalizações de trânsito d) as publicidades e os filmes
b) as apresentações teatrais e) as poesias e as palestras
c) as charges e os cartoons

Questão 04.

Os emojis foram criados em 1999 pelo designer japonês Shigetaka Kurita com o intuito de
aprimorar a comunicação da população japonesa. Sobre essa linguagem é correto afirmar:
a) Os emojis complementam a linguagem verbal expressando as emoções dos emissores da
mensagem.
b) Os emojis utilizam a linguagem mista em que há o uso da linguagem verbal e não verbal.
c) os emojis representam uma linguagem verbal expressa por diversas figuras.
d) Os emojis são sempre utilizados com os emoticons, outro tipo de linguagem não verbal.
e) os emojis são essencialmente uma comunicação linguística expressa pela ordem das palavras.
Questão 01. Leia o fragmento do texto “Antigamente”, de Carlos Drummond de Andrade:
Antigamente
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas.
Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões,
faziam-lhes pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.
Com base nos estudos de variantes linguísticas, compreende-se que a variante apresentada no
fragmento é a:
a) geografia. b) histórica. c) estilística. d) social. e) geográfica e a social.

Questão 02. Leia com atenção o texto a seguir.


[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo
certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os
fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste,
porque calcinhas femininas são cuecas.
O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto:
a) ao vocabulário. b) à derivação. c) à pronúncia. d) ao gênero. e) à sintaxe.

Questão 03. Sabe-se que no Rio Grande do Sul os guris brincam com pandorga, em São Paulo
as crianças brincam com papagaios e no Paraná os piás brincam com pipas ou raias. Com base no
estudo de variantes linguísticas, podemos dizer que, na frase anterior, temos a presença da variante
linguística:
a) histórica. b) social. c) regional. d) social e histórica. e) sociocultural.

Questão 04. Que variedade linguística (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes
situações sociais:
a) Falando sobre política num canal de televisão
b) Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo.
c) Numa pequena mensagem de celular para o seu patrão de português.
d) Numa carta de reclamação para o presidente.
e) Numa conversa na praça entre amigos.
f) Um debate numa conferência nacional sobre meio ambiente.
g) Uma mensagem de Whatsapp para irmã explicando que você foi à padaria comprar pão.
h) Um bilhete para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de hoje.
i) Um artigo de opinião solicitado pelo professor de português.
j) Na redação do ENEM.

Questão 05. Sobre as variações linguísticas é correto afirmar:


I. As variações linguísticas acontecem por meio da interação e comunicação dos seres humanos.
II. O regionalismo é um tipo de variação linguística que ocorre pela interação de pessoas de uma
mesma região.
III. O socioleto é um tipo de variação linguística geográfica que se desenvolve em determinado
local.
a) I c) I e III e) I, II e III
b) I e II d) II e III

Questão 06. Com relação ao texto retirado de um SMS, assinale a alternativa correta:
Vc viu como ele xegô em kza hj? Tôdu lascadu. blz!
a) Não pode ser considerado um texto, visto que não cumpre sua função comunicativa.
b) Por ter palavras abreviadas em excesso está totalmente contrariando as regras da gramática, logo
não é um texto.
c) Esse tipo de escrita é valorizado em qualquer meio de comunicação formal.
d) Mesmo por se tratar de linguagem abreviada, cumpre sua função comunicativa, mas só deve ser
utilizada situações informais como internet, celular etc.
Questão 01. Indique as alternativas que apresentam a figura de linguagem personificação, também
chamada de prosopopeia.
a) as pedras humilham d) os copos celebram as alegrias
b) os confetes festejam e) a floresta clama por piedade
c) os diários contam segredos

Questão 02. Indique a alternativa correta.


a) Antítese e paradoxo são dois nomes para a mesma figura de linguagem, a que utiliza ideias
contrárias.
b) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de sintaxe.
c) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento, figuras
morfológicas e figuras de som.
d) Aliteração é a repetição de sons vocálicos.
e) Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavarotti”.

Questão 03. Indique em quais alternativas foram usadas metáforas e em quais foram usadas
comparações.
a) Ele é simplesmente um deus grego. d) Age como um burro!
b) Ele é bonito como um deus grego. e) Aquele homem é um burro.
c) Suas palavras são doces da minha infância.

Questão 04. São exemplos de catacrese:


a) cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto.
b) olhos frios, tristeza de cheiro, brisa doce.
c) pulmão do mundo, cidade maravilhosa, ouro negro.
d) a nuvem chora, a noite celebra, vida cruel.
e) O cavaleiro, muito cavalheiro, ajudou a moça a descer do cavalo.

Questão 05. Cada frase abaixo possui uma figura de linguagem. Assinale aquela que não está
classificada corretamente:
a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza. (prosopopeia)
b) "E ele riu frouxamente um riso sem alegria". (pleonasmo)
c) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora)
d) "Toda vida se tece de mil mortes." (antítese)
e) Ele entregou hoje a alma a Deus. (eufemismo)

Questão 06. No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a
figura de linguagem presente é chamada:
a) metáfora d) anáfora
b) hipérbole e) antítese
c) hipérbato

Questão 07. As figuras de linguagem são usadas como recursos estilísticos para dar maior valor
expressivo à linguagem.
No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra [...]” predomina a figura, denominada:
a) onomatopeia d) catacrese
b) hipérbole e) sinestesia
c) metáfora

Questão 08. Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e
que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:
a) metonímia d) alegoria
b) antítese e) catacrese
c) paródia
Questão 01. Leia o texto abaixo para responder as questões que se segue:
AS FRÔ DE PUXINANÃ
A tercêra era Maroca.
Três muié ou três irmã, De cóipo muito mal feito,
três cachôrra da mulesta, Mas porém tinha nos peito
eu vi num dia de festa, dois cuscuz de mandioca.
no lugar Puxinanã.
Dois cuscuz, que, por capricho,
A mais véia, a mais ribusta quando ela passou por eu,
era mermo uma tentação! minhas venta se acendeu
mimosa frô do sertão cum o chêro vindo dos bicho.
que o povo chamava Ogusta.
Eu inté me atrapaiava,
A segunda, a Guléimina, sem sabê das três irmã
tinha uns ói qui ô! mardição! qui ei vi im Puxinanã,
Matava quarqué cristão qual era a qui mi agradava.
os oiá déssa minina.
Inscuiendo a minha cruz
Os ói dela paricia prá sair desse imbaraço,
duas istrêla tremeno, desejei morrê nos braços
se apagano e se acendeno da dona dos dois cuscuz
em noite de ventania.
(Autor: Zé da Luz)

a) Poderíamos dizer que este texto é literário, ou não? Por quê?


b) O que prova que este texto é um poema?
c) Se trocássemos a linguagem coloquial em que o texto foi escrito pela linguagem culta, mudaria a
beleza poética do texto?
d) O eu-lírico do texto nos conta sua paixão por três irmãs. Como ele descreve cada uma das moças?
e) No final do texto, com qual das irmãs o eu-lírico resolveu ficar? E por que ele escolheu esta?

Questão 02. Observe a imagem abaixo para responder as seguintes questões:

a) Que gênero textual é este?


b) Ele é literário? Por quê?
c) Qual sua finalidade?
d) Onde podemos encontrar este gênero textual?
e) Se não tivesse a imagem, será que entenderíamos sobre o que trata esse texto? Por quê?
f) De que trata este texto?
g) Será que o problema que está sendo mostrado neste texto existe no nosso cotidiano?
Questão 01.
O telefone tocou.
— Alô? Quem fala?
— Como? Com quem deseja falar?
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso.
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?
— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel?
Faça um esforço.
— Lamento muito, minha senhora, mas não me lembro. Pode dizer-me de quem se trata?
Pela insistência em manter o contato entre o emissor e o receptor, predomina no texto a função
a) metalinguística. d) emotiva.
b) fática. e) conativa.
c) referencial.

Questão 02.
A iosfera, que re ne todos os am ientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em
unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma tem m ltiplos mecanismos que
regulam o n mero de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e
migrações. Predomina no texto a função da linguagem
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação ecologia.
) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.

Questão 03.
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos, E a minha vida ficava
O vento varria as flores... Cada vez mais cheia
E a minha vida ficava De afetos e de mulheres.
Cada vez mais cheia O vento varria os meses
De frutos, de flores, de folhas. E varria os teus sorrisos...
[...] O vento varria tudo!
O vento varria os sonhos E a minha vida ficava
E varria as amizades... Cada vez mais cheia
O vento varria as mulheres... De tudo.
.
Predomina no texto a função da linguagem:
a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação.
b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões.
c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação.
d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais.
e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.

Questão 04. Qual a função da linguagem presente na frase: “Ligue agora! Não perca esta
oportunidade!”
a) Função expressiva c) Função metalinguística
b) Função apelativa d) Função fática

Questão 05. Com qual elemento da comunicação está relacionada a função metalinguística da
linguagem?
a) Código c) Mensagem
b) Canal d) Receptor
1) Leia esta tirinha e responda:

a) A fala do menino é um ditado popular. Fora do contexto da tirinha, o que você entende desse
ditado?
b) Nessa tirinha, o que o menino quis dizer com sua fala, dirigindo-se ao porquinho?

2) Leia esta outra tirinha e responda:

a) Por que os meninos estavam fugindo?


b) O cão escovando os dentes é confundido com um cão raivoso. Por quê?
c) Que elemento torna essa tirinha engraçada?

3) Leia a anedota a seguir:


Joãozinho quebrou o braço e teve que usar uma tipoia. Preocupado, pergunta ao médico:
- Doutor, o senhor acha que depois que eu tirar o gesso vou conseguir tocar piano?
- Claro, meu filho!
- Que bom! Antes eu não conseguia de jeito nenhum!
a) O que o leitor pensa inicialmente sobre o menino ao ler sua preocupação?
b) Que fato é responsável pelo humor do texto?

4) PENSO E PASSO - (Alice Ruiz)


quando penso quando penso e assim que
que uma palavra que um passo passo e mudo
pode mudar tudo descobre um mundo um novo mundo nasce
não fico mudo não paro na palavra que penso
MUDO PASSO

01. A palavra MUDO aparece duas vezes na 1.ª estrofe. Aponte o sentido dela, no 4.º e 5.º versos:
(A) transformar / transformar. (C) calado / silencioso.
(B) deficiência na fala / silencioso. (D) calado / transformar.

02. Assinale o que significa, para a poeta, PASSO no 10.º verso:


(A) andar. (C) passagem.
(B) ultrapassar. (D) espaço.

03. Identifique a melhor interpretação para o verso "um novo mundo nasce":
(A) Transformação da realidade. (C) Nova geração aparece.
(B) Surgimento de outro mundo. (D) Tudo é passageiro.

04. Marque a opção que melhor caracteriza o "eu lírico" desse poema:
(A) Ele é revoltado. (C) Ele não é um ser acomodado diante do
(B) Ele é revolucionário. mundo.
(D) Ele não tem mais esperanças

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