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UTILIZAÇÃO DE CONTOS EM AULAS DE ESPANHOL: UMA PROPOSTA

ATUAL DE ENSINO

SHEILA CRISTIANE DE JESUS DA SILVA1

DIRETORIA DE ENSINO E CIENCIA - IFRN


RESUMO
Os textos literários se revelam um instrumento didático de grandes possibilidades. É algo
facilmente perceptível que professores de línguas, e aqui especificamente o Espanhol, os
utilizam mais comumente para trabalhar a gramática normativa da língua. Nesse trabalho
queremos refletir sobre a melhor maneira de utilização do texto literário, especialmente o
gênero conto em aulas de espanhol como língua estrangeira, apresentando uma reflexão
sobre a principal função da literatura e possibilidades de atividades que fomentem o
desenvolvimento das destrezas escrita y leitora além da atenção as formas culturais de
expressão de forma integrada. Em aulas de línguas estrangeiras, ao acompanhar o estudo
de certos aspectos gramaticais com exercícios práticos de leitura, análise, conversação,
reflexão e escrita, se permite potencializar a aprendizagem da língua em diversos níveis,
porém sem que a essência estética e o prazer do contato com o literário sejam deixados de
lado. Nesse marco, apresentamos como professores de língua espanhola de escola pública
podem utilizar os contos na sua prática pedagógica e contemplam o uso do texto literário
como um trampolim para trabalhar a leitura, a formação do leitor, a escrita e a pertinência
comunicativa da língua. Com isso pretendemos nos aproximar de uma sistematização de
experiências didáticas com base na utilização de textos literários em classes de espanhol
como língua estrangeira.

Palavras chaves: texto literário, contos, destrezas, prática pedagógica.

RESUMEN

Los textos literarios revelan ser un instrumento didáctico de amplias posibilidades. Es


algo fácilmente notable que los profesores de lenguas, y aquí específicamente el español,
lo utilizan más para trabajar la gramática normativa de la lengua. En este trabajo
queremos hacer una reflexión sobre la manera más conveniente de utilizar el texto
literario, específicamente el género cuento en clases de español como lengua extranjera,
presentando posibilidades de actividades que fomentan el desarrollo de las destrezas
escritas y lectoras además de la atención a las formas culturales de expresión de forma
integrada. En clases de lenguas, pues, al acompañar el estudio de ciertos aspectos
gramaticales con ejercicios prácticos de lectura, análisis, conversación, reflexión y escrita
se permite potenciar el aprendizaje de la lengua en distintos niveles, pero sin que la
esencia estética y el placer del contacto con lo literario sea dejado al lado. En este marco
presentamos cómo profesores de lengua española de escuelas de enseñanza pública
pueden utilizar los cuentos en su práctica pedagógica y contemplan el uso del texto
literario como trampolín para la práctica lectora, la formación del lector, la escrita y la
pertinencia comunicativa de la lengua. Con ello pretendemos acercarnos a la

1
Aluna da licenciatura em espanhol do IFRN
Aluna da licenciatura em História pela UFRN
sistematización de experiencias didácticas basadas en textos literarios en la clase de
E/LE.

Palabras clave: texto literario, cuentos, destrezas, práctica pedagógica.

INTRODUÇÃO

Os contos são uma das formas de expressar a vida através da arte escrita. São
representações da visão fragmentada do homem contemporâneo, criador de histórias que
expressam a descentralização do mundo e do ser humano, característica peculiar do nosso
século, em que a palavra vem funcionando como meio de expressão capaz de sintetizar a
complexidade da vida.
A falta de tempo e a pressa são agora elementos que constituem tanto o
caráter do leitor, como o do escritor contemporâneo. Assim, esses condicionantes aliados
a muitos outros elementos, têm proporcionado nos últimos anos um crescente interesse
pela busca de uma literatura que expresse os aspectos velozes que a sociedade atual
necessita.
É nesta sociedade transitória, midiática ao resvalar de um toque em tela, que
a narrativa curta ganha cada vez mais notoriedade e importância, na medida em que
corresponde às expectativas de leitores contemporâneos. Eles encontram nesse gênero
literário uma história curta, porém densa, constituída de maneira a expressar intensamente
cenas cotidianas que se direcionam sempre a um desenlace coerentemente catártico e
inesperado. Por abranger uma grande gama de temas, o gênero conto, em razão destas
variadas possibilidades temáticas e da pequena extensão que geralmente possui, resulta
em uma maior circulação, compreendendo consequentemente um público leitor mais
amplo e diversificado.
Este gênero, capaz de expressar de forma breve e concisa a complexidade da
vida contemporânea vem a ser um precioso e eficaz instrumento didático para o ensino de
espanhol como língua estrangeira, desde que devidamente mediado no processo de ensino
- aprendizagem de alunos dos mais diversos níveis sociais, de escolaridade e de faixa
etária. O mais importante é que sua utilização seja realizada num contexto de prazer pela
leitura, função primordial da literatura e objetivo do qual o texto literário encontra sua
razão de existir.

1. O QUE É O GÊNERO CONTO


O gênero conto é um dos mais antigos existentes na história escrita da
humanidade. Muitos estudiosos do gênero remontam sua origem aos primórdios das
tradições orais e a maneira de transmissão dos conhecimentos das civilizações ágrafas
antigas. O conto é identificável como uma narrativa intensa de efeito imediato e que
seduz pela sua extensão e pelo efeito arrebatador que provoca. Assim ele consegue retirar
o leitor da realidade cotidiana para concentrar-se num flash de um episódio isolado que
pode ter ou não relação com sua realidade ou possibilidade de ocorrer na vida de qualquer
pessoa. Neste sentido, Magalhães Júnior (1972, p.9) considera o conto como a forma
“mais antiga de expressão mais antiga da literatura de ficção (...) e também a mais
generalizada”, sendo ela precursora dos demais gêneros narrativos.
O conto acompanhou a evolução das práticas da tradição oral e hereditária
dos tempos, ganhou registro escrito como no Mester de clerecía, muito utilizado pela
igreja católica na idade média, em dramatizações de histórias curtas que tinham um fundo
moral pelo qual se passava os valores religiosos. O seu duplo mais satírico e popular, o
Mester de juglaría, era bastante conhecido nas feiras, com histórias “cantadas” exaltando
as façanhas dos grandes heróis, utilizado até mesmo como fonte de informações e
comunicação entre povoados pelos seus expoentes, os juglares.
A partir de então com registros escritos dessa atividade dos contadores de
histórias populares, o conto tomou forma e se consolidou significativamente no século
XIV com o surgimento dos primeiros indícios do conto literário, sendo a obra de grande
representatividade deste contexto histórico, o Decameron de Giovanni Boccaccio.
Foi somente no século XIX que as manifestações escritas do conto
adensaram-se para a criação do conto moderno, impulsionadas pela valorização da
pesquisa sobre a cultura popular e pela expansão da imprensa escrita ocorridas na idade
moderna e a expansão ultramarina.

2. AS CARACTERÍSTICAS DO CONTO
Os contos são expressões literárias de diversos tipos como os contos policiais,
contos de terror, contos de fadas, etc., que apresentam algumas constantes na sua
estrutura interna. Dentre estas constantes, situa-se a questão dos limites do que se conta,
destacando o recorte de um aspecto significativo da realidade, segundo Cortázar (2008,
p.151). Para demarcar a característica “limite” do conto, o argentino faz uma analogia
desse último em relação á fotografia aproximando-se da questão da extensão do conto.
Nesse sentido, o Conto se contrapõe ao Romance, sendo esse último bem
maior em extensão narrativa o que lhe permite maior mobilidade na trama e maiores
digressões. algo inadmissível no Conto por esse não permitir falhas na composição
justamente pelo que os teóricos chamam de economia, ou seja, pela exclusão de
elementos secundários da narrativa que podem ser suprimidos sem que possam
comprometer a visão global do narrado.

el cuento parte de la noción de límite, y en primer término de límite


físico, al punto que en Francia, cuando un cuento excede las veinte
páginas, toma ya el nombre de nouvelle, género a caballo entre el
cuento y la novela propiamente dicha. En ese sentido, la novela y el
cuento se dejan comparar analógicamente con el cine y la fotografía, en
la medida en que una película es en principio un "orden abierto",
novelesco, mientras que una fotografía lograda presupone una ceñida
limitación previa, impuesta en parte por el reducido campo que abarca
la cámara y por la forma en que el fotógrafo utiliza estéticamente esa
limitación. No sé si ustedes han oído hablar de su arte a un fotógrafo
profesional; a mí siempre me ha sorprendido el que se exprese tal como
podría hacerlo un cuentista en muchos aspectos.(CORTÁZAR, 2008,
p.150)

Julio Cortázar foi contista, ensaísta, tradutor e romancista. Como escritor,


conhecia os diversos gêneros. Seus contos expressam sua perspectiva de considerar o
texto literário como ponto de encontro e de intersecção dos desejos do autor e do leitor.
Assim, o conto parte de focalizar um fragmento, uma cena como parte deslocada de um
todo segundo o ponto de perspectiva de um fotógrafo ou de um narrador sem
imparcialidade, pois a escolha de um ângulo implica na perda de visão de outros ângulos.
Metonimicamente a perspectiva adotada estabelece os limites do que será mostrado, ou
seja, escrito como ele mesmo atesta comparando o Conto com o Romance
Fotógrafos de la calidad de un Cartier-Bresson o de un Brasai definen
su arte como una aparente paradoja: la de recortar un fragmento de la
realidad, fijándole determinados límites, pero de manera tal que ese
recorte actúe como una explosión que abre de par en par una realidad
mucho más amplia, como una visión dinámica que trasciende
espiritualmente el campo abarcado por la cámara. Mientras en el cine,
como en la novela, la captación de esa realidad más amplia y
multiforme se logra mediante el desarrollo de elementos parciales,
acumulativos, que no excluyen, por supuesto, una síntesis que dé el
"clímax" de la obra, en una fotografía o en un cuento de gran calidad se
procede inversamente, es decir que el fotógrafo o el cuentista se ven
precisados a escoger y limitar una imagen o un acaecimiento que sean
significativos, que no solamente valgan por sí mismos, sino que sean
capaces de actuar en el espectador o en el lector como una especie de
apertura, de fermento que proyecta la inteligencia y la sensibilidad
hacia algo que va mucha más allá de la anécdota visual o literaria
contenidas en la foto o en el cuento.

A imagem significativa citada vai muito além do visual e do literário indizível


e inexplicável e pode, por conotação, identificar o desejo identitário do narrador e do
leitor sendo o ponto de intersecção entre mundos de diferentes nacionalidades e culturas.
O autor e o leitor se vinculam pelo ato da revelação, legitimados pelos jogos
interpretativos entremeados nos fios secretos dos contos. Os jogos presentes na narrativa
representam os obscuros objetos do desejo dos narradores e personagens que povoam
seus inconscientes provocando a sensação de “estranheza [que] é o fator estético da
complexa narrativa.”2
Do cotidiano, do comum, do conhecido surge essa sensação de estranheza que
irrompe desequilibrando a ordem estabelecida provocando metamorfoses, fugas, perdas,
mortes, etc. O familiar e o inquietante são a matéria moldável dos contos.
No primeiro plano está o leitor na sua realidade e no segundo, o texto
quebrando essa mesma realidade previsível, criando uma ruptura com pacto estabelecido
no inicio da leitura dos contos, criando como o relâmpago um efeito inesperado, o da
estranheza em relação ao mundo referencial, sugerindo outro prazer que emerge do irreal,
do retorno e da repetição na narrativa.
A escolha pelo lado do “estranho” nos conduz à percepção de outra forma de
ver as coisas, pessoas, paisagens, objetos, sugestionando-nos para uma nova maneira de
perceber o mundo em redor. O conto ao se revelar, tende a fazer o mesmo com o leitor,
que lê algo com o qual se identifica, como um espelho para o qual o olhar crítico possa
fazê-lo nele se reconhecer, construído pelo articulador de tramas que é o contista.
O texto literário nesse contexto é o espaço de encontros, lugar de
convergência de múltiplos desejos atuando como produto artesanal, sendo fruto de uma
tradição literária e de relações com as leituras do autor e do leitor estabelecendo a ponte
crucial entre essas relações.
As variantes discursivas utilizadas nos contos pelos seus idealizadores os
contistas, servem para reconstruir outro texto internalizado pelo prazer da leitura como

2
PASSOS, 1986, p.165 grifo nosso.
alguien que piensa por detrás subvertendo a ideologia predominante das relações sociais,
da linguagem e da história agindo como um artesão da palavra recriando a realidade.
Sempre que lemos um conto, sentimos um deslocamento para outra realidade,
como quem vira a esquina e cai em outro universo, por isso que em alguns contos,
existem passagens que cada leitor pode entender à sua maneira, podendo inclusive diferir
perfeitamente da ideia inicial do escritor.

ATIVIDADES COM CONTOS EM AULAS DE E/LE


Queremos enfatizar que o professor deve perceber que as atividades sugeridas
só têm possibilidades de surtirem efeitos mediante objetivos claros sobre o que ensinar e
por que ensinar desta ou de outra maneira. Vale ressaltar que devem estar integradas em
um contexto significativo de aprendizagem. Se for uma aplicação sem direção, sem
metodologia e sem uma base teórica consistente, os contos bem como outros textos
literários não lograrão êxito como estratégia educacional.

Para despertar a curiosidade, a atenção e o desejo de ler determinada obra é


imprescindível a motivação do professor, suas leituras e formação, o tempo de atuação
em sala de aula, seu amor pelos livros, seu amadurecimento como leitor.
Sugerimos algumas estratégias para que o ato de ler seja despertado nos
alunos, para que os mesmos sintam o prazer do contato com o estético sem a
obrigatoriedade das tarefas e exercícios de regras gramaticais. Não que tais atividades não
possam ser passadas por meio do texto, porém que não seja argumento de substituição em
relação à função principal da literatura.

3.1 Atividades de pré leitura:


- O que é o gênero Conto e a raiz etimológica da palavra Conto?
- Quais são os tipos de conto?
- Quais os contos infantis tiveram contato na infância?
- Informações sobre o autor e lugar da produção do conto a ser trabalhado.

3.2 Atividades durante a leitura:


- Ler em voz alta para estimular a oralidade;
- Buscar determinada informação no texto e responder com suas palavras;
- Captar a ideia central e a trama narrativa;
- Estabelecer relações de proximidade com outros textos.

3.3 Atividades de pós leitura:


- Síntese do conto em espanhol. Pode ser escrita ou na oralidade;
- Tradução do texto para acréscimo de vocabulário e esclarecimento de
possíveis dúvidas;
- Comparar versões do mesmo conto em diferentes contextos lingüísticos e
geográficos;
- Fazer dramatizações com os alunos sendo os personagens do conto.

4 LER POR PRAZER E LER POR OBRIGAÇÃO


Tão importante como o quê se lê é também o porquê se lê. Como professores
de língua estrangeira, devemos perceber com clareza que poucos alunos vão, realmente,
envolver-se com a leitura indicada e isso por várias razões que vão desde o gênero até a
formatação, linguagem, gostos pessoais, etc.
A vantagem de se trabalhar contos é que mesmo considerando que alguns
contos tenham mais de 6 ou 10 páginas – os mais longos - a maioria são possíveis de ler-
se de uma só vez o que viabiliza sua aplicação em sala de aulas de horários corridos. A
verdade é que se enviarmos os contos para que leiam em casa, eles vão tentar sintetizá-
los, já que a internet disponibiliza resumos, afastando-os do contato com o texto original.
Isso não é o ideal, pois a proposta é para que esses alunos leiam e construam
conhecimentos a partir do que lêem.
O conto é um gênero literário narrativo, instigador, que causa impressão e
emociona, despertando a curiosidade e que requer a imaginação do leitor. Portanto,
devemos planejar sua aplicação em aulas delineando os passos de cada etapa para
conseguir um resultado satisfatório
Propomos então três etapas para uma abordagem produtiva dos contos em
aulas de E/LE :
A) Ler o texto: destreza primordial contemplada pelos PCN e na qual
podemos trabalhar a compreensão leitora, aquisição de vocabulário,
percepção do fio narrativo, a estrutura da narrativa (linearidade,
verossimilhança e outros elementos do conto).
B) A estratégia da motivação para a leitura é algo fundamental e depende
do professor utilizá-la de acordo com seu conhecimento de prática docente para que logre
êxito nos diferentes contextos sociais em que atua. Para motivar uma boa e produtiva
leitura sugerimos: escolher temas atuais e do cotidiano dos alunos que desperte a
curiosidade. Contos de aventuras, com personagens adolescentes, crianças ou adultos
dependendo do público e da faixa etária que vai ser aplicado o texto; procurar variar o
formato, pois já existem versões de contos em HQs e abordar aspectos culturais da língua
em suas peculiaridades e variedades geográficas.
C) Interpretar o texto: outra destreza que se reflete principalmente na
produção escrita do alunado. Nesse ponto o professor deve ser cauteloso
para não imprimir a “sua” interpretação como sendo a “mais” correta, já
que o leitor deve ter direito de ver o escrito mediante seu próprio
conhecimento prévio de mundo.
Quando o estudante passa a imitar o professor, ele não produz uma visão pessoal
de sentido com aquilo que leu o que limita a interpretação ao gosto particular do
professor. Os diferentes olhares são essenciais para que o texto seja desfrutado em todos
os potenciais de estilo e ritmo próprio de cada leitor.

D) A produção posterior à leitura: Essa etapa pode ser a mais criativa


porque dá ao leitor a liberdade de produzir algo seu com características
peculiares. Pode ser um texto baseado no que foi lido, um desenho que
englobe o que foi revelado no conto, uma canção ou jogral com diálogos
adaptados ao gênero, uma paródia, etc. O importante é estimular a
criatividade dos estudantes para que eles produzam suas impressões,
críticas e assim se possa sistematizar os conteúdos de maneira eficaz e
prazerosa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os contos são parte integrante da vida de qualquer amante da boa leitura e dos
estudiosos dos gêneros literários. Estão na vida cotidiana dos jovens, das crianças, sejam
nos desenhos animados, nos contos de fadas ou nos contos de terror tão apreciados pelos
adolescentes e propagados pela mídia. Os contos revelam nossa capacidade ancestral das
noites insones em que os humanos se reuniam ao redor das fogueiras para o exercício
salutar da imaginação, dos surpreendentes relatos orais que embalaram o sono de
gerações incontáveis.
No contexto escolar, podem ser uma valiosa ferramenta para melhorar o processo
de ensino e aprendizagem, contribuir na formação do leitor, situar histórico e
geograficamente o aluno e o escritor, possibilitar o contato com visões de mundo e
culturas diferentes, estimular a criticidade, a criatividade, o questionamento e a
imaginação, contribuindo para o surgimento de novos talentos literários. Tudo isso é
possível devido ao contato com a literatura. Através da leitura dos contos de todos os
tipos e formatos que estão ao nosso dispor como suplemento didático, podemos utilizá-
los para contribuir com o processo de ensino e aprendizagem nas escolas, cumprindo
nosso papel social de formadores, não só de maneira estática e mecanicista, sistematizada
e conteudística no aprendizado dos alunos, mas na formadora do cidadão agente na
sociedade em condições de apreciar o que a literatura tem a oferecer de melhor: prazer e
conhecimento de mundo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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11. NUNES, Benedito. O drama da linguagem, In: Uma leitura de Clarice Lispector,

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Cortázar, São Paulo: Martins Fontes, 1986.

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