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DEDICATÓRIA

Im memória de meu Pai.

Dedico este trabalho à minha Mãe e ao meu Tio

Aos meus Irmãos e amigos.

A todos quanto meu nome teve sempre espaço em seu coração e que me
ajudaram a lutar e enfrentar as barreiras.
AGRADECIMENTO

Sou grata à Deus, pelo dom da vida e pelas conquistas;

Aos meus Pais, Irmãos e Amigos;

À esta Instituição de Ensino e a todos que nela trabalham pois parte do que
tornei é graça a eles

À todos, bem haja!


EPIGRÁFE

"Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma
atitude de coragem e não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo…”

PETER DRUCKER
RESUMO

Sabendo que a actual conjuntura económico-social de Angola exige muito do


individuo que deseja entrar no mercado de trabalho, há vezes que não se
consegue um posto de trabalho, desta forma, por força desta ausência ou
escassez (de posto de trabalho), o individuo vê-se levado a exercer uma
actividade geradora de renda e por conta própria, começa-se com fundos
exíguos, deficiência ou escassez de recursos técnicos, materiais, financeiros e
infra-estruturais, as vezes sem experiência no negócio, no entanto munido de
aspirações e disposto a assumir riscos, ou melhor, a transformar esses riscos
em oportunidade. O individuo faz-se ao mar em meio a tempestade, numa
altura em que as vezes muitos, até os mais experimentados no mercado
desiste, mas gerindo com efeciência o negocio torna-se sustentável ao ponto
de conferir além de lucros ao seu iniciador e proprietário, conferir também um
salário, é desta forma que o empreendedorismo se torna ferramenta do auto-
emprego.

O presente trabalho está estruturado em dois capítulos, no primeiro se destaca


o enquadramento teórico do tema, já no segundo capítulo apresentamos o
estudo prático da pesquisa, realizado no Atallier da Rosy, seguido de
conclusões, recomendações, referências bibliográficas e anexos.

Palavras-chaves: empreendedorismo, ferramenta, auto-emprego.


ABSTRAT

Knowing that the current economic and social situation in Angola demand a lot
from the individual who wishes to enter the labor market, this way, due to
absence or scarcity (of job), the individual is led to exercise an activity that
generates income and on their own, it start with small funds, deficiency or
scarcity of technical and infrastructural, material and financial resouces,
sometimes without experience in the business, however equipped with
aspirations and willing to take risks, or better, to transform these risks in
opportunities. The individual takes to the sea in the midst of a storm, at, a time
when somentimes even the market give up, but efficiently managing the
business becomes sustainable t0 the point of giving to its initiator and owner, in
addition to giving profits also a salary, so that entrepreneushirp becomes a tool
for self-employmente.

The present is structured in two chapters, first the theoretical framework of the
theme stand out, in the the second the practical foundation, whose case study
was carried out in the Atallier da Rosy enterprise, followed by the conclusion,
the recommedations, bibliographical references and annexes.

Keyword: entrepreneurship, tool, self-employment.


INDICE DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ELP Angola 2025 – Estratégia de Longo Prazo Angola 2025

INEFOP- Instituto Nacional de Formação Profissional

ONU – Organização das Nações Unidas

MAPTSS - O Ministério da Administração Pública, do Trabalho e da Segurança

MEP - Ministério da Economia e Planeamento

PIIM – Programa Integrado de Intervenção do Municipios

PRODESI – Programa de Diversificação das Exportações e Substituições das


Importações

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Social
LISTA DE TABELAS, FÍGURAS E GRÁFICOS

Figura: nº 1- Organigrama do Atallier da Rosy..................................................28

Tabela: 01- Tabela salarial do Atallier da Rosy..........................................................28

Tabela: 02- Mapa dos Cash Flows dos primeiros cinco anos do projecto.........33

Tabela: 03- Facturamento dos anos de 2018 e 2019........................................34

Gráfico: 01- Capacidade financeira da Srª Rosy Ngonga antes de ter um


empreeendimento..............................................................................................35

Gráfico: 02- Capacidade financeira da Srª Rosy Ngonga depois de ter um


empreendimento................................................................................................35
ÍNDICE
DEDICATÓRIA....................................................................................................1

AGRADECIMENTO.............................................................................................2

EPIGRÁFE.......................................................................................................... 3

Resumo...............................................................................................................4

Abstrat................................................................................................................. 5

INDICE DE SIGLAS E ABREVIATURAS............................................................5

LISTA DE TABELAS, FÍGURAS E GRÁFICOS..................................................6

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9

CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................12

1.1 EMPRENDEDORISMO E AUTO-EMPREGO: NOÇÕES GERAIS......12

1.2 EMPREENDEDORISMO E AUTO-EMPREGO EM ANGOLA..............23

CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA.............................................27

2.1 Caracterização do Atallier da Rosy.......................................................27

2.3 Resultados e Discussão.......................................................................30

CONCLUSÃO....................................................................................................37

RECOMENDAÇÕES.........................................................................................39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................40

ANEXOS........................................................................................................... 41
INTRODUÇÃO

O empreendedorismo é um dos principais motores de crescimento das


economias modernas e o seu impacto na redução do desemprego é de máxima
importância (Cuestas e Mourelle, 2010) e estuda-lo é igualmente de máxima
importância, pois como referido adiante é, um tema que, apesar da sua
complexidade, se apresenta, cada vez mais, relevante e oportuno,
nomeadamente, o seu impacto na redução do desemprego. Em Angola, tal
como em outros países Africanos, se não mesmo do mundo inteiro, tem-se
registado crescentes taxas de desemprego, com especial intensidade entre os
jovens, agora agravado pela Pandemia da Covid-19. Contudo, os governos de
vários países, em particular o governo angolano, afirmam que o
empreendedorismo e o auto-emprego são soluções essenciais de politica de
combate ao desemprego para os Jovens, já que estas práticas e iniciativas
podem ser vistas como uma forma de contornar as dificuldades de ingresso ao
mercado de trabalho, assim o governo angolano tem criado políticas públicas
de pequenos negócios (empreendedorismo).

PROBLEMA DE PESQUISA

Será que o empreendedorismo pode ser ferramenta de auto-emprego para a


empreendedora Rosy?

HIPÓTESE

Se se a empreendedora Rosy servir-se do empreendedorismo como estratégia


de negócio de modo que possa aproveitar da melhor maneira as oportunidades
de negócio constantes no mercado, poderá ter um empreendimento com
sustentabilidade económica e financeira (isto é capaz de assegurar-lhe não
apenas o lucro mas também o salário), o que lhe propiciará o auto-emprego.

OBJECTIVOS

Para que seja possível a realização do presente estudo propôs-se o alcance


dos seguintes objectivos:

9
OBJECTIVO GERAL

 Compreender o impacto do empreendedorismo como ferramenta do


auto-emprego para a empreendedora Rosy.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Desenvolver o enquadramento teórico sobre o empreendedorismo e


auto-emprego,
 Analisar a influência que o empreendedorismo pode exercer como
estratégia de crescimento do empreendimento da empreendedora Rosy;
 Demonstrar como o empreendedorismo pode impactar o espirito de
iniciativa da empreendedora Rosy e ser para ela ferramenta para o auto-
emprego.

JUSTIFICATIVA DO TEMA

Hoje mais do que nunca é imperativo investigar e discutir sobre o


empreendedorismo e o auto-emprego; são duas as razões que me levaram a
escolher este tema, a citar: primeiro, o nosso modelo de economia, a
conjuntura económico-social, aumento do desemprego e a pandemia da Covid-
19 assim o exigem, e a certeza de que a função pública de Angola não é capaz
de absolver toda a força de trabalho disponível é uma realidade; segundo, eu
escolhi trabalhar com este tema porque considero importante para mim como
empreendedora e me ajudará a saber mais, como também por meio do estudo
de caso posso aprender muito mais sobre estratégias de negócio e aplica-las
ao meu empreendimento e ao meu perfil empreendedor.

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

De acordo com Demo (1987), a metodologia é uma preocupação instrumental,


que trata do caminho para a ciência tratar a realidade teórica e prática e centra-
se, geralmente, no esforço de transmitir uma iniciação aos procedimentos
lógicos voltados para questões da causalidade, dos princípios formais da
identidade, da dedução e da indução, da objetividade, etc. Eco (1977)
complementa dizendo que, ao fazer um trabalho científico, o pesquisador
estará aprendendo a colocar suas idéias em ordem, no intuito de organizar os
dados obtidos. Sendo o objetivo de um trabalho científico atender a um
determinado propósito pré-definido, o uso de um método específico torna-se

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essencial para garantir o alcance do que foi planeado. De acordo a literatura
científica reconhece-se vários métodos consoante o enfoque, tais como:

 Enfoque quantitativo: método descritivo, método correlacional e método


experimental;
 Enfoque qualitativo: método interpretativo, método itnográfico e método
investigação-ação;
 Enfoque misto: método exploratório (qualitativo) e método descritvo
(quantitativo).

Para esta pesquisa utilizou-se o enfoque qualitativo método interpretativo


(análise documental), por meio da pesquisa bibliográfica e inquérito. Fazendo-
se recurso a livros impressos, e-book, artigos científicos como também
documentos fornecidos pela empreendedora Rosy e um inquérito que foi
aplicado a mesma.

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CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 EMPRENDEDORISMO E AUTO-EMPREGO: NOÇÕES GERAIS

Atualmente o mundo dos negócios está cada vez mais competitivo e sofre
mudanças constantemente. Para enfrentar estas mudanças e manter-se
competitivo no mercado as empresas utilizam-se cada vez mais do
empreendedorismo como estratégia de negócios que visa a exploração de
oportunidades e a satisfação das necessidades dos clientes de uma forma
criativa e inovadora, assumindo riscos de forma calculada, ou seja, ter coragem
para enfrentar desafios e escolher novos caminhos de forma consciente. Para
Leite (2000), empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e
organizações trabalhando juntas para implementar uma idéia por meio da
aplicação da criatividade, capacidade de transformar e o desejo de tomar
aquilo que comumente se chamaria de risco. Por sua vez, Menezes (2003),
refere que o empreendedor é o indivíduo de iniciativa que promove o
empreendimento a partir de um comportamento criativo e inovador, que sabe
transformar contextos, estimular a colaboração, criar relacionamentos
pessoais, gerar resultados, fazendo o que gosta de fazer, com entusiasmo,
dedicação, autoconfiança, otimismo e necessidade de realização. O
empreendedor é um agente de mercado que está consciente das novas
abordagens de mercado e tem a visão e percepção para identificar as
oportunidades.

1.1.1 Origem do empreendedorismo

À medida que para suster-se necessitou de inventar ou criar, construir até


mesmo inovar diversas ferramentas, de modo que fosse possível em alguns
casos eficiente a caça de animais, o homem primitivo já desenvolvia atitudes
empreendedoras. Deste modo enfatiza-se que como referenciado por Dolabela
(2008), o empreendedorismo não é um tema novo ou modismo: existe desde a
primeira ação humana inovadora, com o objetivo de melhorar as relações do
homem com os outros e com a natureza. Assim que, na verdade não só em
nossos dias, como tambéma muito tempo atrás, os indivíduos sempre foram
retraídos a empreender, motivados por razões de diversas ordens.

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Terminologicamente, o termo empreendedorismo deriva do Francês
“entrepeneur”, que quer dizer “que está entre”,dito de outro modo,
“intermediário” e, foi usado pela primeira vez pelo economista Irlandês em
1725, referindo-se especificamente o indivíduo que assumia riscos, conforme
SOBRAE (2007) descreve, Marco Polo tentou estabelecer rotas comerciais
com o Extremo Oriente. Como intermediário Marco Polo assumia o papel de
empreendedor, pois assinava um contrato como uma pessoa de recursos, onde
o capitalista investia e corria riscos pacificamente enquanto o mesmo (Marco
Polo) corria os demais riscos, como físicos e emocionais.Ainda de acordo a
SOBRAE, na “idade média”, o termo empreendedor foi usado para descrever
tanto um participante quanto um administrador de grandes projetos de
produção. Já nesta altura os empreendedores não corriam grandes riscos,
especificamente riscos de falência pois trabalhavam com os capitais fornecidos
pelo governo. Destacam-se como empreendedores naquela época os Clérigos,
que eram encarregados de obras arquitetónicas.

No século XVI, deu-se a exploração do mundo pelos Europeus, foi o período


das grandes navegações. Cresceu a inteligência e a eficácia do trabalho
humano, cresceu de tal modo que propiciou o surgimento do mercantilismo
inteligência e a eficácia do trabalho humano cresceram de tal forma que surgiu
o mercantilismo, de modo que pudesse escoar o excedente de produção, é
esta fase a semente de tudo quanto se conhece sobre empreendedorismo. O
século XVII foi marcado por uma outra percepção, naquela altura, era
empreendedor aquele que acordava em contrato com o governo, fornecer
produtos e serviços, sem que os lucros e prejuízos sejam assumidos pelo
empreendedor.

Foi neste século que Richard Cantillon desenvolveu uma das primeiras teorias
do empreendedor, sendo considerado por alguns o criador do termo. De acordo
com SEBRAE (2007), ele viu o empreendedor como alguém que corria riscos,
observando que os comerciantes, fazendeiros, artesãos e outros proprietários
individuais compram a um preço certo e vendem a um preço incerto, portanto
operam com risco. No xviii, fruto da industrialização o empreendedor
diferenciou-se do fornecedor de capital. Em finais do século XIX e início do
século XX não se distinguia o empreendedor do gerente. Os empreendedores

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eram aqueles que administravam determinado negócio. Assim nesta altura
como enfatizado por Dornelas (2008), os empreendedores foram
frequentemente confundidos como gerentes ou administradores, sendo
analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que
organizam a empresa, pagam os empregados, planeiam, dirigem e controlam
as ações desenvolvidas na empresa, porém muitas vezes a serviço do sistema
capitalista. Já na metade do século XX estabeleceu-se a noção actual de
empreendedor, como aquele que inova, ou seja, aquele indivíduo que além da
capacidade de criar e de conceitualizar, tem também a capacidade de inovar
em produtos e serviços buscando a satisfação dos clientes de forma criativa e
satisfatória.

1.1.2 Empreendedorismo: conceitos

Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o


tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e
sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da
satisfação e independência econômica e pessoal. (SEBRAE, 2007, p. 15),
ainda assim de acordo com Hitt, Irelande e Hoskisson (2008), a essência do
empreendedorismo é identificar e explorar as oportunidades negócio – ou seja,
oportunidades que os outros não veem ou das quais não reconhecem o poten-
cial comercial. O empreendedorismo surge do processo de transformação de
métodos ou produtos existentes para a criação de outros mais eficientes e
capazes de propiciar uma resposta mais adequada às necessidades do
mercado. Deste modo o empreendedorismo, está intrinsecamente ligado a
ideia de satisfação das necessidades e disposição para enfrentar crises,
explorando oportunidades e curiosidades com inovação e criatividade.

“O termo empreendedorismo aponta para a execução de planos ou impulsos


para a realização de um negócio ou para a introdução de uma inovação de
gestão numa organização já estruturada”. (CAMARGO; FARAH, 2010, p.22).
De tal modo que Dornelas (2008), considera, o empreendedorismo o
envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à
transformação de idéias em oportunidades. Conforme SEBRAE (2007), no
empreendedorismo a possibilidade de realização pessoal é grande, é possível
unir prazer e trabalho, sendo esta a principal diferenciação do mesmo, pois ele

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promove nas pessoas a vontade de criar algo novo, diferente do que os outros
já fizeram, ou seja, o empreendedorismo consiste essencialmente em fazer as
coisas que geralmente não são feitas quando se relaciona a negócios.

1.1.3 Importância do empreendedorismo

Argumentam, Longenecker; Moore; Petty (2004), os empreendedores são


heróis populares da moderna vida empresarial. Eles fornecem empregos,
introduzem inovações e estimulam o crescimento econômico. Por isso a
presença do empreendedor na empresa torna-se cada vez mais fundamental,
pois quando estas mesmas empresas avaliam a necessidade cotidiana de
criatividade, do trabalho eficiente, da inserção de novas possibilidades, da
criação de uma nova postura de trabalho, fazendo com que ela tenha um
centro espontaneamente criativo, gerando soluções rápidas, constantes e
funcionais, é de empreendedores de que precisam, sendo que ressalta-se,
“atualmente os empreendedores são reconhecidos como componentes
essenciais para mobilizar capital, agregar valor aos recursos naturais, produzir
bens e administrar os meios para administrar o comércio”. (SEBRAE, 2007,
p.2).

Hoje mais do que nunca é necessário que as empresas adoptem novas


abordagens, e tomar o empreendedorismo como uma das ferramentas dessa
nova abordagem é de mais valia, pois o empreendedorismo é importante para
a empresa e permite que a mesma mantenha-se competitiva no mercado,
através de atitudes inovadoras.

1.1.4 Os empreendedores e empresários: semelhanças e diferenças

Muitas vezes o termo empreendedor e o termo empresário são usados como


sinônimos no dia-a-dia, porém existem diferenças conceituais e prática entre
eles. Nem todo empreendedor é empresário, enquanto nem todo empresário é
empreendedor, no entanto, o ideal é ser empresário empreendedor, o que
certamente facilita a sobrevivência no mundo dos negócios. O empreendedor
costuma ter boas ideias, não somente quando cria uma empresa, mas durante
toda a existência dela, tendo a iniciativa de renová-la sempre. Já o empresário
é sinônimo de cautela. Ele consegue a empresa porque a montou, comprou ou

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herdou, mas sua atuação limita-se a administrá-la da maneira em que ela está
montada. Possui um estilo conservador.

O empreendedor tem a capacidade de enxergar objetivos com clareza e traçar


planos para atingi-los em prazo pré-estabelecido, tendo a capacidade de
identificar oportunidades nos locais mais improváveis. Ele sabe montar um
projeto e ainda colocá-lo em prática, mesmo que, para isso, ele corra riscos, o
que exige tolerância às frustrações e motivação diante dos desafios.

Segundo Dornelas (2005), os empreendedores são pessoas diferenciadas, que


possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam
em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas,
referenciadas e imitadas, querem deixar um legado.

Um empresário com personalidade empreendedora é de fundamental


importância para a empresa, porque para momentos em que seja necessário
dar equilíbrio à mesma ou depois de uma mudança na organização,
certamente suas características como empresário não criaria nenhum tipo de
instabilidade, além de poder contar com a criatividade e inovação pertinentes
aos empreendedores em momentos de dificuldades.

1.1.4.1 Características do empreendedor

O empreendedorismo está cada vez mais se tornando essencial nas atitudes


diárias dentro de uma empresa. Em um período em que a duração dos
empregos formais está menor e, os mais diversos setores industriais
comerciais são caracterizados por expressiva volatilidade, o
empreendedorismo ao ser aplicado diariamente, passa a ser um importante
diferencial para fortalecer a capacidade de superar desafios.

Para Leite (2002), ser empreendedor significa ter capacidade de iniciativa,


imaginação fértil para conceber as ideias, flexibilidade para adaptá-las,
criatividade para transformá-las em uma oportunidade de negócio, motivação
para pensar conceitualmente e a capacidade para ver, perceber a mudança
como uma oportunidade.

Algumas características são decisivas para identificar um indivíduo


empreendedor.

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De acordo com SEBRAE (2007), observando o modo como agem, as
características dos empreendedores são as seguintes:

 Iniciativa: agir espontaneamente antes de ser forçado pelas


circunstâncias;
 Busca de oportunidades: reconhecer e saber aproveitar oportunidades
novas e pouco comuns, precisa estar atento e capaz de perceber, no
momento certo, as oportunidades de negócio que o mercado oferece;
 Persistência: não desistir diante das dificuldades encontradas, nunca
deixar de ter esperança e lutar para ver seus projetos realizados;
 Busca de informação: valorizar a informação e buscá-la pessoalmente
para elaborar um plano ou tomar decisões, buscar conhecimentos em
livros, cursos ou até mesmo com pessoas que tenham experiência no
setor;
 Preocupação com a alta qualidade do trabalho: interesse em manter um
alto nível de qualidade nos produtos ou serviços prestados;
 Eficiência: preocupação em reduzir o custo, os recursos necessários e o
tempo para realizar as tarefas;
 Autoconfiança: Acreditar na própria habilidade e capacidade;
 Persuasão: habilidade de convencimento diante dos demais;
 Uso de estratégias de influência: tendência a pensar e definir formas
para influenciar os demais;
 Reconhecimento das próprias limitações: admitir suas limitações
aprendendo com os próprios erros; k) Comprometimento com os
contratos de trabalho: comprometimento pessoal para cumprir contratos
firmados;
 Assertividade: apresentar os problemas aos outros de forma direta e
tomar decisões fortes no papel de oposição;
 Monitoramento: acompanhamento do trabalho dos outros para
assegurar que o trabalho satisfaz as expectativas relativas a
procedimento, planejamento e qualidade;
 Perícia: experiência ou capacitação prévia em áreas relacionadas ao
próprio negócio, pois quanto mais dominar o ramo em que atua, maiores
serão as chances de êxito;

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 Planejamento Sistemático: uso de análise lógica para desenvolver
planos específicos para a tomada de decisões;
 Resolução de problemas: habilidade para mudar de estratégia quando
se torna necessário identificar novas soluções para os problemas.

De acordo com Drucker (1986) o empreendedor é uma pessoa capaz de


demonstrar um comportamento inovador, criando uma satisfação para seu
cliente. É considerada uma pessoa que identifica as oportunidades de
negócios, nichos de mercados, estabelece metas, corre riscos calculados,
busca novas informações, realiza um planejamento e monitoramento
sistemático, é persistente, comprometido, persuasivo, exige qualidade, possui
independência e autoconfiança.

O empreendedor deve ser capaz de tomar decisões corretas no momento


exato, estar bem informado, analisar friamente a situação e avaliar as
alternativas para poder escolher a solução mais adequada. Precisa ter iniciativa
de agir objetivamente e confiança em si mesmo.

De acordo com Maximiano (2006), o empreendedor, em essência, é a pessoa


que tem a capacidade de idealizar e realizar coisas novas. Pense em qualquer
pessoa empreendedora que conheça e você identificará nela a capacidade de
imaginar e fazer as coisas acontecerem. Outras pessoas, ao contrário, podem
ser apenas criativas ou apenas implementadoras, sem a habilidade de
combinar esses dois traços básicos de comportamento.

Além de ser líder, incentivando as pessoas a alcançarem as metas definidas,


precisa definir e produzir condições de relacionamento equilibradas entre a
equipe de trabalho. È necessário que tenha talento e um certo inconformismo
diante das atividades rotineiras para transformar simples ideias em negócios
efetivos.

1.1.4.1.1 O perfil do empreendedor

Os sete perfis apresentados abaixo decifram a natureza básica de muitos


negócios, bem como as probabilidades de sucesso e as probabilidades de
fracasso de uma empresa.

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De acordo com Tranjan (2010) são os seguintes:

 O guerreiro: este tipo de empreendedor é muito apreciado pela


sociedade, conhecido como “pau pra toda obra”. Muito combativo, o
guerreiro se arma para competir e marcar seu território. Não se importa
em passar por cima de valores e princípios para atingir seus objetivos,
pois para ele o ambiente de trabalho não é lugar para filosofias e
fantasias, para ele negócio é negócio. O tio de empresa que ele constitui
geralmente possui conflitos e crises diários e relacionamentos evasivos.
 O jogador: para este empreendedor competir não é tudo, o importante é
vencer, pois não suporta perder. O jogador cobiça os melhores
profissionais dos concorrentes e tenta atraí-los e se puder compra
também a empresa rival.
 O curioso: diferentemente dos dois perfis anteriormente citados, ele não
vê o mercado como um lugar ameaçador, mas sim como uma área a ser
desbravada, porque sabe que ali mora a oportunidade e seu papel,
como empreendedor, é localizá-la.
 O perito: reconhece possuir competências úteis para o mercado à
medida que estudou, pesquisou e preparou-se. Considera o mercado
como um lugar que abriga necessidades e seu papel está em fazer a
conexão entre elas e as suas próprias competências e é por isso que
valoriza tanto o aprendizado e o conhecimento no ambiente de
trabalho.e) O artista: para ele o mercado é uma tela em branco, tudo
está para ser feito, sendo o trabalho uma forma de expressar a arte e,
portanto, uma forma também de auto-expressão. Na sua concepção o
cliente e alguém que precisa ser encantado todos os dias, onde o
mercado funciona como uma fonte de inspiração para o mesmo utilizar a
imaginação e assim visualizar as oportunidades.
 O solidário: para este tipo de empreendedor o mercado é o local ideal
para prestar ajuda e serviços de solidariedade. Procura ganhar dinheiro
enquanto faz o bem, colocando a ética e a integridade acima de tudo,
reconhecendo a importância do lucro, mas não se esquecendo dos
valores. Forma uma equipe comprometida com valores essenciais do

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 trabalho e da vida e tem uma relação de transparência e fidelidade com
os clientes, fornecedores e investidores.
 O cultivador: ele compreende que faz parte de uma obra maior e
acredita que só está no mundo para fazer alguma diferença, sendo sua
motivação primeiro plantar para depois colher. Para o cultivador,
empreendimentos, negócios e trabalho foram feitos para unir os seres
humanos em prol de um mundo melhor. Jamais coloca o lucro antes das
questões humanitárias, possuindo ampla consciência do que seja um
negócio e da importância desse negócio diante dos interesses coletivos.

Negócios empreendidos por guerreiros e jogadores geralmente sofrem com


problemas ocasionados pela falta de confiança entre os funcionários e baixo
nível de compromisso, motivação e desempenho, além de guerreiros atrair
guerreiros e jogadores atrair jogadores, o que os tornam vítimas de suas
próprias crenças. Os empreendedores curiosos, peritos e artistas valorizam a
curiosidade, a criatividade e o conhecimento, disseminando nas empresas
comprometimento com os propósitos e confiança nas relações. Os
empreendedores que apresentam o perfil solidário e o perfil cultivador são
empreendedores especiais que entendem que a função de empreender está
ligada diretamente à função de somar coisas novas à humanidade.

1.1.4.2 O empreendedor e as estratégias de negócio

As estratégias sempre estiveram relacionadas à ciência militar desde os


primórdios da conquista do homem pelos territórios alheios durante a formação
dos primeiros exércitos retratados pela história. Atualmente as estratégias
estão diretamente relacionadas às ações das organizações frente ao mercado.
As organizações iniciaram a utilização de estratégias para obtenção de
vantagens sobre seus concorrentes e identificar ameaças e oportunidades no
seu macro ambiente operacional. De acordo com Cavagnili (2010), a
estratégia é um conjunto de opções que define a natureza, direção e sistema
de valores de uma organização. Não se trata de um documento. É uma atitude
que deve ser entendida por todas as pessoas e utilizada para orientar todas as
decisões dentro da organização. Não pode-se deixar expectativas de que um
insight ou inovação em sua empresa e diferenciais na nova economia, sejam
desenvolvidos somente através da implementação de uma única estratégia e é

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aí que entra o empreendedor, que com sua capacidade criativa e inovadora
desenvolve diversas estratégias levando em consideração os concorrentes e o
comportamento do mercado, aplicandos estas estratégias em momentos e
ocasiões corretas, onde as mesmas, se forem corretamente aplicadas,
contribuirão para o sucesso da empresa. Segundo Britto; Wever (2003), os
empreendedores são visionários, dotados de ideias realistas e inovadoras,
baseados no planeamento de uma organização, intervêm no planeado e
propõem mudanças. O empreendedor desenvolve um papel otimista dentro da
organização, capaz de enfrentar obstáculos internos e externos, sabendo olhar
além das dificuldades, com foco no melhor resultado. A qualidade é uma
estratégia de negócios, pois é necessário que os empreendedores tenham a
qualidade e sua certificação como um dos pilares de sustentação de suas
estratégias de negócios.

1.1.4.2.1 O Plano de Negócio

O plano de negócio é um documento de planeamento que é elaborado de


acordo com as necessidades do empreendimento. Conforme Longenecker;
Moore; Petty (2004), o plano de negócio é, em certo sentido, a primeira criação
do empreendedor. Também o plano, para ser bem-sucedido, deve se basear
em uma necessidade de mercado para o produto ou serviço. A presença do
empreendedor torna-se cada vez mais fundamental para as organizações,
quando as mesmas avaliam a necessidade cotidiana de criatividade, do
trabalho eficiente, da inserção de novas possibilidades, da criação de uma
nova postura de trabalho, fazendo com que a empresa tenha um centro
espontaneamente criativo, gerando soluções rápidas, constantes e funcionais a
estas organizações. O empreendedorismo influencia positivamente o
desenvolvimento econômico do país e atualmente deve estar presente nas
pequenas empresas, através de empreendedores criativos e capazes de gerar
soluções rápidas. Segundo Longenecker; Moore; Petty (2004), em uma
empresa pequena, o empreendedor tipicamente não dispõe de staff
especializado adequado. Os gerentes são, em sua maioria, generalistas, e não
dispõem de suporte de staff experiente em pesquisa de mercado, análise
financeira, propaganda, gerenciamento de recursos humanos e outras áreas. O
principal requisito para o sucesso dessas empresas é a presença de uma

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conduta empreendedora, o empresário tem que ter a capacidade de identificar
as oportunidades e transformá-las em produtos e serviços inovadores. Uma
das características mais identificadas para o empreendedor está atrelada ao
indivíduo que decide montar o seu próprio negócio ou ao líder visionário que
fornece as diretrizes para a consecução das tarefas da empresa e leva a
organização a um nicho de mercado que traga vantagem competitiva
(MINTZBERG, QUINN, 2001; GADEA, 2005). De acordo com SEBRAE (2007),
os proprietários de pequenas empresas precisam ser versáteis, pois precisam
dominar os elementos básicos de gerenciamento, além de ser capazes de
resolver problemas e tomar decisões rapidamente.Também é conhecido o
plano de negócio como um documento que demonstra a viabilidade de
mercado e financeira de um empreendimento, visando conseguir apoiadores e
financiadores para o negócio. Deve ter um perfil de vendas, pois o que se
busca é “vender” uma ideia a alguém. A essência desse processo é levantar
uma série de perguntas críticas e oferecer respostas a elas. Ao final, seu plano
irá colaborar para que você possa responder à seguinte pergunta: “Vale a pena
abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”

O plano de negócio em uma empresa permite que a mesma retrate seu produto
provando que pode ocupar no mercado um espaço, agindo assim de forma
estratégica e planeada. Ele é de fundamental importância à medida que
permite a visualização da visão e posição da empresa em relação a seus
objetivos estratégicos, e também serve para prestar informações a bancos,
investidores e clientes. De acordo com Dornelas (2008), não existe uma
estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada
negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um
modelo padrão de plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer
negócio.

A estrutura do plano de um negócios é a seguinte:

a) resumo executivo;

b) descrição geral da empresa;

c) plano de serviço e produtos;

d) plano de marketing;

22
e) plano gerencial;

f) plano operacional;

g) plano de recursos humanos;

h) plano financeiro.

1.2 EMPREENDEDORISMO E AUTO-EMPREGO EM ANGOLA

De acordo com a dw.com (2020), e segundo fontes do INE, o Inquerito ao


Emprego em Angola (IEA), referente ao segundo trimenstre de 2020, a taxa de
desemprego subiu quatro pontos percentuais face ao segundo trimestre do ano
de 2019, registando assim um total de 4.737.747 desempregados. O inquerito
revelou que a taxa de desemprego “foi estimada em 32,07% valor superior em
0,7 pontos ao do primeiro trimentre do ano de 2020 (32% para ser mais
preciso) e 4,0 pontos percentuais relactivamente ao segundo trimestre do ano
2019, onde a taxa de desemprego foi de 28,7%. Assim para a redução desse
indicador, a promoção do empreendedorismo nas últimas décadas tem tido um
papel fundamental na agenda política, social e económica de Angola, sendo
que as políticas de empreendedorismo têm-se concentrado em promover a
transição do desemprego para o auto-emprego, (Millán, Congregado e Roman,
2010b), pois em geral, entende-se que um maior nível de auto-emprego está
associado a mais inovação e por consequência a crescimento (Román,
Congregado e Millán, 2010b).

Millán, Congregado e Román (2010a), fundamentam em seu estudo sobre “Os


determinantes da dinâmica do autoemprego e suas implicações sobre a eficiência
da política de apoio às empresas” que a questão central no âmbito da política de
promoção empresarial é o desenho de um conjunto de instrumentos destinados a
incentivar as pessoas a trabalhar por conta própria, ou seja, para favorecer a
escolha do auto-emprego como uma alternativa ao desemprego. Em termos de
política, duas recomendações emergem: (i) a introdução de programas de
formação e de aconselhamento a fim de elevar a produtividade de projetos de
auto-emprego a serem subsidiados; (ii) o alargamento do âmbito dos incentivos
start-up a outros grupos-alvo, também financiar projetos inovadores de indivíduos
com maiores dotações de capital humano.

23
De acordo a Euronews (2020), em Angola o sector informal movimenta
anualmente 43 a 64 mil milhões de Euros, o que representa 72,6% dos agentes
económicos na economia informal, sendo assim a economia informal é
determinante para cerca de 75% da população do País.

justifica-se que o Estado implemente iniciativas que estimulem a transição desta


economia de subsistência e familiar para modelos de economia formal, de forma
a aumentar os índices de rendimento das famílias nestas condições, e, com eles,
melhorar a qualidade da saúde, da educação, e o nível de vida em geral. Neste
sentido, as sociedades cooperativas constituem um tipo de organização
empresarial que abrange as várias dimensões de redução da pobreza e exclusão
social e que pode funcionar como uma transição para a formalização,
designadamente nas áreas rurais, num contexto em que o emprego por conta
própria é a fracção dominante da economia informal, limitando o crescimento das
receitas fiscais e a normalização do funcionamento dos mercados, os programas
de promoção do empreendedorismo visam contribuir para uma estruturação mais
adequada do mercado de trabalho e para a criação de condições concorrenciais
mais justas, em particular através do incentivo à regularização da actividade
económica. Alguns programas de um tempo a esta parte, foram sendo definidos e
implementados pelo governo Angolano, dentre os quais, os seguintes:

 Iniciativas Locais de Emprego (ILE);


 Apoio a Criação da Pequena Empresa Familiar (ACPEF);
 Programa de Fomento do Auto-Emprego;
 Parceria público-privada entre o MAPESS e o PNUD pelo Programa
Empresarial Angolano (PEA);
 Programa Microcrédito Amigo;
 Programa de Empreendedorismo na Comunidade

Centros de Formação e Empregabilidade

 Programa dos Centros Locais de Empreendedorismo e Serviços de


Emprego – CLESE´s

24
Razão de ser dos Programas:

1. Complementaridade do Sistema Nacional de Emprego e Formação


Profissional;
2. Incremento dos índices de Empregabilidade, através da geração de
Postos de Trabalho, por via do Auto-emprego;
3. Disseminação da Cultura do Empreendedorismo por parte dos Jovens;
4. A formalização das atividades suscetíveis de geração de rendimento,
através de:
 Ações de capacitação empresarial;
 Advocacia;
 Concessão bonificada de instrumentos de Trabalho (Kits oficinais e
Individuais);
 Acesso ao sistema bancário facilitado.

Externalidades Positivas dos Programas:

 Contribuir para a bancarização da Economia;


 Maior interação dos empreendedores com as autoridades locais;
 Aumento dos níveis de empregabilidade e de rendimento das famílias;
 Disseminação da cultura do empreendedorismo;
 Contribuição para o alargamento da base tributaria a nível da
administração fiscal;
 Participação na estruturação das Atividades Geradoras de Rendimento
informais.

O Governo de Angola continua a levar a cabo um conjunto de programas


tendentes a melhoria e incentivo do espirito empreendedor e do ambiente de
negócios, dai que actualmente vigoram os seguintes programas:

 ELP Angola 2025;


 PAPE;
 A Agenda 2063 da União Africana;
 Agenda 2030 da ONU.

O Ministério da Administração Pública, do Trabalho e da Segurança Social


(MAPTSS) tem um papel-chave na condução da Política de Emprego e
Condições de Trabalho, em articulação com outros departamentos ministeriais,

25
com relevo para o Ministério da Economia e Planeamento (MEP), em
articulação com os Órgãos da Administração Local do Estado. No entanto, as
prioridades definidas no âmbito da política de emprego e condições de trabalho
consistem em:

 Melhorar a base institucional das políticas de emprego e recursos


humanos, promovendo um melhor ajustamento entre a oferta e a
procura de emprego;
 Criar mecanismos de aproximação do sistema de formação profissional
ao mercado de trabalho, não só pelo ajustamento dos currículos às
necessidades, mas também pela inserção de estagiários nas empresas;
 Promover o emprego dos jovens e a sua transição do ensino para a vida
activa;
 Apoiar a criação de micro e pequenas empresas através do fomento do
microcrédito e do crédito bonificado em instituições bancárias;
 Promover a formalização da actividade económica, visando uma melhor
estruturação do mercado de trabalho e a criação de condições
concorrenciais mais justas;
 Promover a modernização da organização do trabalho, proteger os
direitos dos trabalhadores e promover ambientes de trabalho seguros
para todos os trabalhadores.

26
CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA

2.1 Caracterização do Atallier da Rosy

O Atallier da Rosy é um empreendimento da Srª Rosy Ngonga. O Atallier da


Rosy está vocacionada a venda de vestuários, sapatos, bijutorias e outros
acessórios. Foi criada e iniciou a sua actividade operacional em 2016, apesar
das restrições que houveram em 2020 não sessou sua actividade. Dispõe de
todos os pressupostos legais. Localizada no município da Catumbela, rua
principal defronte a Pumangol.

2.1.1 Misão, Visão e Valores do Atallier da Rosy

De acordo o Plano de Negócios do Atallier da Rosy, fornecido pela


empreendedora Rosy Ngonga é:

Missão do Atallier da Rosy:

 Oferecer produtos como roupas, cabelos, bijutorias, perfumes, similares


e outros acessórios de beleza e higiene corporal.

Visão do Atallier da Rosy:

 Oferecer produtos e serviços de qualidade;


 Ter o Cliente como seu principal aliado, procurando sempre dar as
respostas mais adequadas as suas necessidades e desejos de modo a
fidelilzá-los;
 Ser uma referência na zona em está insirida, por meio da boa relação
empresa-cliente, preços acessíveis, qualidade no atendimento e dos
produtos e serviços prestados.

Valores do Atallier da Rosy:

 Espirito empreendedor;
 Satisfação do Cliente;
 Ambição e resiliência;
 Sustentabilidade empresarial;
 Crescimento.

27
2.1.2 Organigrama do Atallier da Rosy

O Atallier da Rosy tem uma estrutura organizacional pequena, constituida por


uma funcionária principal que é a Empreendedora Rosy Ngonga, duas
auxiliares de loja e um segurança. O Empreendimento é administrado pela Srª
Rosy Ngonga, ela toma conta de praticamente tudo, e até de poderes e
atribuições para representá-la (Atallier da Rosy) junto aos órgãos públicos.

Gestora

Balconista 1 Balconista 2

Segurança

No Atallier da Rosy a tabela salarial pode ser assim representada pode ser
assim representada:

Colaboradora Salário

Gestora 30.000,00

Balconista 1 15.000,00

Balconista 2 15.000,00

Segurança 10.000,00

Total de salários 70.000,00

Tabela: 01- Tabela salarial do Atallier da Rosy

28
Fonte: Atallier da Rosy

É possivel saber que o empreendimento Atallier da Rosy, adopta uma política


salárial razoável tendo em conta a conjuntura económica que Angola
atravessa.

Os objetivos gerais do Atallier da Rosy são oferecer produtos com qualidade e


inovação priorizando o atendimento e a satisfação dos clientes buscando o
reconhecimento no mercado e, com isso, a expansão da atuação. Dentro
desses objetivos destaca-se o de crescimento da empresa, procurando atuar
em diversas zonas do munícipio da Catumbela.

2.2.1 Caracterização dos Instrumentos da pesquisa

Com o objetivo de compreender o impacto do empreendedorismo como


ferramenta do auto-emprego para a empreendedora Rosy Ngonga, foi
realizada uma pesquisa de campo no empreendimento Atallier da Rosy
localizada na cidade de Benguela, no período de 2018-2019.

A pesquisa realizada neste empreendimento visou precisamente saber como é


que o empreendimento em questão foi capaz de proporcionar rentabilidade
suficiente a tal ponto de ser para ela (iniciadora do empreendimento)
ferramenta do auto-emprego. Para tal e de acordo com o inquerito aplicado, a
empreendedora Rosy precisou “como ela própria referiu” entrar de corpo e
alma no negócio. Entrar de corpo alma significou para ela: ser criativa e
persistente, tal como Sebrae (2007), o empreendedorismo consiste
essencialmente em fazer as coisas que não são geralmente feitas em vias
normais da rotina do negócio; é essencialmente um fenômeno que vem sob o
aspecto maior de liderança.

Para que a pesquisa fosse realizada dentro dos padrões científicos utilizaram-
se os seguintes métodos:

a) estudo de caso: foi realizado estudo de caso no empreendimento Atallier


da Rosy na cidade de Benguela, analisando os aspectos voltados ao
empreendedorismo;
b) observação sistemática: foram observados, analisados e acompanhados
os procedimentos aplicados na gestão do Empreendimento Atallier da
Rosy, como suporte para desenvolvimento do estudo de caso;

29
c) histórico: foram observados os dados e a evolução histórica do
empreendedorismo na empresa, como suporte para desenvolvimento do
estudo de caso.

2.3 Resultados e Discussão

O empreendedorismo está presente cada vez mais no mundo dos negócios,


sendo sua prática fator decisivo no sucesso de grandes e pequenas empresas.
O empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor,
dedicando tempo e esforços necessários, assumindo os riscos financeiros,
psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes
recompensas da satisfação econômica e social. (WIKIPÉDIA, 2011).

Foi deste modo que surgiu o Atallier da Rosy, surgiu de uma vontade criativa
da Empreendedora Rosy Ngonga, que desde pequena já comercializava
bijutorias, mas através da necessidade de crescimento, auto-emprego e como
também através da visualização de um segmento no mercado promissor
resolveu investir no ramo.

Já muio antes da constituição do empreendimento Atallier da Rosy o espírito


empreendedor sempre esteve presente, o que fez com que a empresa
obtivesse um crescimento muito grande e um reconhecimento por parte de
clientes e concorrentes, dai o facto do encaixe com Dornelas (2008) que refere,
empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em
conjunto, levam à transformação de idéias em oportunidades. E a perfeita
implementação destas oportunidades leva a criação de negócios de sucesso.

No Atallier da Rosy o empreendedorismo está voltadodo a práticas pró-ativas e


inovadoras que fazem com que ela se destaque no mercado a que pertence e
procurando novas oportunidades com inovação, criatividade e ousadia. A
ousadia conta e contou muito nesta caminhada que a Srª Rosy Ngonga tem
levado a cabo.

2.3.1 Perfil do empreendedor no Atallier da Rosy

A Srª. Rosy Ngonga, proprietária do empreendimento Atallier da Rosy,


apresenta características de uma empreendedora, possui habilidades e
competências para gerir o negócio, proporcionando resultados positivos e
geração de empregos. Através de sua persistência, a empreendedora não

30
desiste nas primeiras dificuldades encontradas, e realiza acompanhamento
diariamente sobre o mercado e sobre o surgimento de novas oportunidades de
negócios e tecnologias, demonstrando assim suas características
empreendedoras. Está sempre presente em feiras com o objetivo de conquistar
novos clientes, mostrando a excelência da oferta de produtos realizado por seu
empreendimento. Tal como dito em Garcia (2008), nenhum empreendedor
desenvolveu sua conduta escrevendo sentado planos de negócios. Eles
precisam ir a campo, identificar suas características mais fortes e mais fracas,
e trabalhar intencionalmente no desenvolvimento de suas competências.

Pode - se citar outras características empreendedoras na Srª. Rosy Ngonga,


tais como:

a) criatividade;
b) capacidade de organização e planeamento;
c) responsabilidade;
d) capacidade de liderança;
e) habilidade para trabalhar em equipe;
f) gosto pela área em que atua;
g) visão de futuro;
h) coragem de assumir riscos;
i) interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para seu
negócio;
j) facilidade de comunicação e expressão.

A Srª Rosy Ngonga importa-se bastante em manter atributos e características


de excelência e está constantemente em busca de novidades em novas
ofertas, investindo na compra de novas tendência com o intuito de conquistar
novos negócios e oportunidades, além de manter o foco na melhoria da
qualidade dos produtos ofertados e da sua imagem. A empreendedora Rosy
destaca a importância de seu perfil empreendedor como diferencial diante de
seus concorrentes, pois o mesmo assume riscos calculados e age com ousadia
à medida que investe em tendências de última geração.

2.3.2 Beneficios do empreendedorismo no Atallier da Rosy

31
No Atallier da Rosy, o empreendedorismo é uma ferramenta de estratégia de
negócios. O empreendedorismo como estratégia de negócios proporcionou ao
empreendimento Atallier da Rosy os benefícios seguintes:

a) maior agilidade na tomada de decisões e no aprimoramento, que é


fundamental em uma área em que as inovações são de extrema importância na
visualização de oportunidades;

b) a mesma assume riscos calculados, estudando seus concorrentes e


visualizando o mercado e investindo de forma planeada de modo a ter certeza
do retorno.

2.3.3 Plano de negócio do Atallier da Rosy

O plano de negócios é um documento usado para descrever um


empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua
elaboração envolve um processo de aprendizagem e auto-conhecimento, e
ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios.
(DORNELAS, 2008, p.84).

O Atallier da Rosy possui um plano de negócios estruturado de acordo aos


pressupostos normais, pois reconheçe que ele é de fundamental importância e
aumenta consideravelmente as chances de sucesso do negócio. A
empreendedora Rosy Ngonga reconhece que o plano de negócio é uma
importante ferramenta de planeamento, e que através dele ela é capaz de ter
uma visão real da posição da empresa (visão estratégica), seus concorrentes e
riscos.

2.4 O Atallier da Rosy como ferramenta do auto-emprego para a


empreendedora Rosy Ngonga

O Atallier da Rosy é para a emprendedora Rosy Ngonga além de seu


empreendimento, seu trabalho, pois além de a empreendedora subtrair dela
dividendos também subtrai dela um sálario. Isto só foi possível porque a
empreendedora Rosy na qualidade de proprietária e funcionária do
empreendimento empenhou-se em investir com discernimento e sabedória afim
de prover de uma boa saúde financeira o empreendimento Atallier da Rosy.

32
Este empreendimento foi constituido com um capital inicial de 100.000,00 Akz,
em 2016 e de acordo com a avaliação da viabilidade económica e financeira
que é parte integrante de seu plano de negócios, apresenta-se abaixo um dos
indicadores de viabilidade económica e financeira do projecto: VAL (Valor
Actual Liquido)

Projecto 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Cash (100.000,00) 90.909,09 82.644,63 75.131,48 68.301,34 62.092,13


Flows

Tabela: 02- Mapa dos Cash Flows dos primeiros cinco anos do projecto

Fonte: Plano de Negócios do Atallier da Rosy

O VAL previsto no Plano de Negócios e de acordo com a Avaliação da


Viabilidade Económica e Financeira era assim até o ano de 2021, ou seja,
depois de decorrido 5 anos, 279.071,67. O que já demonstrava naquela altura
a probalibilidade de o projecto satisfazer a necessidade de manutênção e
crescimento no mercado e de certa forma a sua capacidade financeira.

De modo complementar será apresentado abaixo um mapa a evidenciar os


factruramentos em Akz dos anos de 2018-2019:

2018 2019

Janeiro 90.000,00 Janeiro 102.898,00

Fevereiro 103.000,00 Fevereiro 11


2.565,00

Março 100.500,00 Março 117.544,00

Abril 117.000,00 Abril 104.567,00

Maio 102.000,00 Maio 107.876,00

Junho 110.000,00 Junho 114.678,00

Julho 109.900,00 Julho 112.909,00

33
Agosto 102.450,00 Agosto 126.898,00

Setembro 99.900,00 Setembro 129.765,00

Outubro 120.900,00 Outubro 137.899,00

Novembro 122.590,00 Novembro 119.654,00

Dezembro 125.600,00 Dezembro 134,890,00

Lucro anual 1.294.840,00 Lucro Anual 1.422.143,00

Tabela: 03- Facturamento dos anos de 2018 e 2019

Fonte: Registos Contabilisticos do Atallier da Rosy

A tabela acima referenciado mostra que no ano de 2018, o Atallier da Rosy


teve um facturamento de 1.294.840,00 Akz e já em 2019 um facturamento de
1.422.143,00 Akz. Espelha de um modo tão notável a capacidade deste
empreendimento em remunerar seus colaboradores e também a sua
capacidade de gerar lucros a sua proprietária.

O gráfico abaixo representado mostra a capacidade financeira da Srª Rosy


Ngonga antes de empreender:

34
12,000.00

10,000.00

8,000.00

6,000.00 Capacidade financeira da Srª


Rosy Ngonga antes de Em-
preender
4,000.00

2,000.00

0.00
2012 2013 2014 2015

Gráfico: 01- Capacidade financeira da Srª Rosy Ngonga antes de ter um


empreeendimento

Fonte: Atallier da Rosy

35,000.00

30,000.00

25,000.00

20,000.00
Capacidade financeira da Srª
Rosy Ngonga depois de ter um
15,000.00 Empreendimento

10,000.00

5,000.00

0.00
2016 2017 2018 2019

Gráfico: 02- Capacidade financeira da Srª Rosy Ngonga depois de ter um


empreendimento

Fonte: Atallier da Rosy

Os gráficos acima referenciados mostram a capacidade financeira da


empreendedora Rosy Ngonga quando era desempregada e quando auto-
empregou-se. Mostra o impacto que o empreendedorismo teve como
ferramenta para o auto-emprego para empreendedora Rosy Ngonga.

35
A Srª Rosy Ngonga quando era desempregada, tinha um rendimento que
variava dos 7.500,00 Akz à 10.000,00 Akz, já com o empreendimento ela
passou a ter um rendimento que passou a variar de 20.000,00 Akz à 30.000,00.

36
37
CONCLUSÃO

O empreendimento Atallier da Rosy, através de sua proprietária, possui uma


postura empreendedora, à medida que a empreendedora Rosy Ngonga conduz
a mesma com um comportamento criativo e inovador, fazendo o que gosta com
entusiasmo e dedicação e investindo em novas tendências, identificando as
oportunidades presentes no mercado e de olho no futuro. As suas ações
empreendedoras são organizadas de forma escrita, por exemplo, possui um
plano de negócios e uma análise de viabilidade que a norteia, sendo guiado por
seu espírito empreendedor e por sua intuição.

Os objetivos propostos foram atingidos através da pesquisa e a hipótese foi


confirmada à medida que o empreendedorismo, no empreendimento Atallier da
Rosy, orienta e guia a proprietária na tomada de decisões, promovendo
maiores oportunidades e crescimento. Aliado ao empreendedorismo destaca-
se a intuição, as experiências e a paixão da proprietária por seu
empreendimento e pelo que faz, sendo que estes elementos também fazem a
diferença para sucesso deste empreendimento. Conclui–se, portanto, que
através do espírito empreendedor de seu proprietária, que possui
características como perseverança, tenacidade, liderança e visão de futuro, o
empreendimento Atallier da Rosy tem boas estratégia de negócios à medida
que define metas e assume riscos calculados para alcançar seus objetivos,
riscos estes que são baseados em um planeamento, estudo do mercado e dos
concorrentes. De igual fruto desta gestão estratégica e com base nos
pressupostos teóricos e práticos desenvolvidos neste trabalho, conclui-se que o
empreendedorismo Atallier da Rosy foi uma ferramenta fundamental para o
processo de substituição do desemprego pelo auto-emprego para a
empreendedora Rosy Ngonga, pois fazendo ela parte do corpo de funcionários
do empreendimento e sendo proprietária do mesmo, o empreendimento tem
além da capacidade de conferir-lhe lucros, tambéma capacidade de conferi-lhe
um salário.

38
RECOMENDAÇÕES

Através da pesquisa desenvolvida no empreendimento Atallier da Rosy,


observou-se que a mesma possui grande potencial de desenvolvimento e
crescimento no mercado e mais fundamentalmente capacidade financeira de
assegurar à sua proprietária salário além de lucro, sendo assim propõe-se que:

a) Incremente ações de marketing para que possa aumentar sua


visibilidade diante do mercado a que pertence de modo a aumentar seus
facturamentos e como consequêcia a maximização de seus lucros;
b) Possua uma estrutura física melhor e maior (devido o volume de
negócios que vem crescendo);
c) Aumente sua propaganda, para que seus produtos e seu nome passe a
ser conhecida por mais pessoas da cidade e da região, divulgando em
escola, faculdades e participando em feiras principalmente.

39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Assunção, F. (2008) Do emprego à empresa? Uma reflexão sobre o


autoemprego, a pequena propriedade e o empreendedorismo. Trabalho
apresentado ao 6. Congresso Português de Sociologia, Lisboa.

MINTZBERG, H.; QUINN, J. B. O processo da estratégia. Porto Alegre:


Bookman, 2001.

SEBRAE. Disciplina de empreendedorismo. São Paulo: Manual do aluno,


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questão de escolha. Sebrae [s.l., s.d.]. Disponível
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PR_INDEX/BEMPR_ARTIGO?_dad=portal&_boletim=22&_filtro=239&_artigo=
5427>. Acesso em: 13 Dezembro. 2021.

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dw.com, acesso em 23.03

QUAL a diferença entre empresário e empreendedor? Administradores, 19 set.


2006.Disponívelem:<http://www.administradores.com.br/informese/informativo/
perfil-qual-a-diferença-entre-empresario-e-empreendedor>. Acedido em
Dezembro, 2021.

IEFP (2012) Manual de Procedimentos Apoio ao Empreendedorismo e à


Criação do Próprio Emprego (PAECPE) - Web site:
http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/CriacaoEmpregoEmpresa/Documents/
PAECPEManual_de_Procedimentos/Manual%20de%20Procedimentos%20do
%20PAECPE%202012-04-01.pdf, acedido em novembro, 2021

40
ANEXOS

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