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livros Princípios que Fundamentam a Educação do Espírito e Fundamentos Educacionais da Escola do Espírito
Formar seres questionadores, lúcidos, capazes de promover em si mudanças no percurso mental, devido à
compreensão.
Esta metodologia estimula o ser a pensar e a refletir para que ele possa iniciar seu processo de aprendizagem de forma
reflexiva e mais dinâmica.
A educação é um processo terapêutico que modifica as vibrações doentes. Educada com amor, a criança, aos poucos,
sentir-se-á mais calma, mas harmonizada e vai modificando suas atitudes e seu comportamento por construir novas
criações mentais imantando-as de boas vibrações.
Esse trabalho sublime foi reconhecido por Pestalozzi e levou-o a lutar para implantação de uma educação que
aproximasse o homem do Criador. Surge assim, a grande descoberta: para educar é preciso amar, sentir e valorizar.
Esse é o grande legado de Pestalozzi: transformar a educação num elo de ligação afetiva.
A criança educada apenas para vivenciar o conhecimento humano não consegue compreender suas necessidades,
aspirações, diferenças e conflitos, ampliando suas dificuldades. Não consegue renovar suas ideais e suas atitudes que
pode deixar registros em futuras existências. Esta metodologia encoraja o espírito a desenvolver em si a segurança e a
confiança nos seus potenciais e na sua destinação.
BASES METODOLÓGICAS
Observar para descobrir, tocar para sentir, visualizar para guardar imagens, explorar para compreender, refletir para
construir conceitos e argumentos que solidifiquem a aprendizagem recebida. Esses são os passos fundamentais dentro
do processo de aprendizagem.
OBSERVAR
A observação estimula a atenção e promove contato entre a inteligência
e a razão, o que motiva a memória a reter o que está sendo ensinado.
Observar, quer dizer ver e descobrir.
É um nível de interpretação dos detalhes que promove no pensamento
uma aquiescência (aprovação, consentimento), alterando o querer e
estimulando a vontade.
O educando deve ser estimulado a narrar o que observou para que sua
inteligência seja acionada.
Observando, o ser amplia sua percepção podendo alterar os sentimentos
em relação ao que foi observado. A partir daí, o Espírito imprime no
campo mental os primeiros registros dessa observação.
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Criar ideias é um trabalho de articulação entre observar e analisar. O
educador deve estimular o educando a expor suas ideais a respeito do
tema que foi observado e desenvolvido. Isso o auxiliará na compreensão
do assunto que foi trabalhado.
A exposição clara dos objetivos que se pretende alcançar no processo
pedagógico desperta o interesse por parte do aprendiz, imantando-o de
estímulos reflexivos.
O educador deve estimular o educando a descobrir tudo o que o rodeia,
assim como estudar a composição das estruturas básicas de cada
elemento.
A observação da natureza enriquece o pensamento, amplia o ritmo
mental, que cria uma cadência mais harmoniosa, passando a ampliar seu
interesse por novas descobertas.
O processo de observação auxilia o educando a novas descobertas que
são fontes de estímulos a despertar o interesse e o gosto pela
aprendizagem.
O educador não deve solicitar muitas informações ao mesmo tempo. É
preciso aprender a olhar e descobrir para depois discutir as informações
recebidas.
O sentir expressa o resultado efetivo da observação, quando o educando
demonstra sua emoção, atenção e um envolvimento que lhe causa
prazer, realizando um trabalho que gosta.
É preciso além de sentir, perceber para expressar. Para perceber o
sentido real da observação programada, a criança deve ser estimulada a
trabalhar com os sentidos: tocar, cheirar, apalpar, ouvir, para depois
descrever o que realmente sentiu.
Trabalhando a observação e a percepção, o educando sentirá mais
confiança nas resposta aos questionamentos que lhe são dirigidos,
através das reflexões que ele é convidado a efetuar.
A observação deve ser sempre acompanhada dos relatos das
experiências vivenciadas, o que passa a dar maior segurança ao
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raciocínio da criança. Pestalozzi ensinava dessa forma; incentivar a
observação para enriquecer o ato de aprender.
COMPARAR
O educando precisa aprender a observar e fazer comparações, distinguindo o igual do diferente, claro do escuro, o
perto do longe, entre outros. A análise desses contrastes amplia o estado sensorial e perceptivo do Espírito no ato de
aprender.
Todo ser que observa e questiona tem maior possibilidade de vivenciar e aplicar o que aprende. O educador deve
estimula o Espírito a refletir na proposta de trabalho que está sendo apresentada.
O trabalho realizado de forma associativa e comparativa auxilia o Espírito na modificação da tonalidade das vibrações
do seu pensamento e sentimentos.
Comparar desenvolve tanto a percepção visual, tátil, como também amplia o nível de atenção, fator primordial do
processo pedagógico. Durante esse período importante para o educando, o educador deve participar atentamente,
interagindo com ele e levando-o a pensar nas descobertas que vai relatando.
A boa aprendizagem se dará quando o educador estimular o educando a observar a natureza comparando o igual e o
diferente, o grande e o pequeno, o áspero e o liso, o grosso e o fino, entre outros. A observação é fundamental para
que ocorra a aprendizagem no campo sensorial perceptivo.
Estimular a criança a perceber as diferenças que encontra durante a observação para que possa desenvolver seu
pensamento comparativo.
É fundamental nesta fase o reconhecimento do igual e do diferente. Essa etapa é importante porque o educando fará
comparações significativas junto à natureza, o que mais tarde lhe auxiliará a comparar a natureza com o
comportamento humano.
REFLETIR
A reflexão é importante, porque permite classificar os interesses e
necessidades do Espírito, que são a base do equilíbrio da aprendizagem. Esta
não dá saltos, o amadurecimento da ideia vem da interação entre
inteligência, razão e boa vontade.
Desde a infância o Espírito deve ser estimulado a entender que suas ações
são movidas pela força do pensamento e sentimento.
A reflexão promove estímulo e desejo de mudança. Esse desejo só
acontecerá quando o Espírito refletir sobre seus atos a ponto de desencadear
novas ideias.
A elaboração de novas ideias auxilia o Espírito a sair de um contexto mental
vicioso, repleto de procedimentos inúteis, passando a refletir nos atos
realizados.
Durante a infância o Espírito necessita receber uma educação que o auxilie a
pensar nos acontecimentos diários de sua vida.
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Ver não basta! Apenas ouvir não leva à compreensão.
Assistir cenas do cotidiano que se desenvolvem ao nosso redor não nos
auxilia a renovar o pensamento; apenas assistir não conduz à assimilação; é
necessário participar, fazer para aprender.
O espírito, através das escolhas, define atitudes que no decorrer de um
tempo se transformarão em postura. Essa postura está intimamente ligada às
prioridades que o Ser elege para si. Portanto suas escolhas estão na
dependência de suas construções. Escolhas requerem observação e
reflexão, daí a importância de estimularmos o educando a fazer observações
acuradas e reflexões profundas, o que certamente o auxiliará a escolher a
forma mais adequada e consequentemente elaborar construções mais sólidas
e felizes.
O educando deve ser estimulado a participar de pequenas decisões, de
pequenos problemas, situações criadas pelo educador que servirão de
experiências enriquecedoras para o futuro.
FIXAÇÃO
A fixação da aprendizagem depende da estimulação e da vivência do conhecimento que o educando recebeu, mediante
seus acertos e erros.
A aprendizagem se estabelece à medida que ocorre a fixação no arquivo mental. Todo processo de fixação requer
constância, sem isso não há aprendizagem. As experiências diárias são forma de fixação do aprendizado.
CONCLUSÃO
Após a reflexão sobre o trabalho apresentado, o educador deve levantar os pontos principais para auxiliar o educando
a compreender com profundidade os fatos apresentados, estimulando-o a concluir. É a partir desse processo que o Ser
estabelece a aprendizagem.
O ERRO
O erro tem um papel importante no ato de aprender embora não seja possível deixar de responsabilizar o ser pelos
erros cometidos.
O erro pode expressar a ausência de experiências vivenciadas pelos Espíritos. As vivências do Espírito, mesmo que
não sejam positivas, vão contribuir para as novas experiência em busca de acertos.
ESTÍMULO E MOTIVAÇÃO
Para que ocorra o processo de aprendizagem o Espírito necessita de repetidos estímulos carregados de ritmo e
constância. Isso promove uma mudança no padrão vibratório do pensamento e a aprendizagem se processa.
Quanto mais forte for o estímulo, maior é a vibração e consequentemente a absorção do conhecimento.
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Estímulo é a força que nasce da motivação para que a vontade cresça e se realize concretamente.
Enquanto há apenas a motivação, o ser poderá ficar estagnado ao nível da imaginação. A partir do momento que existe
o estímulo, estabelece-se o concreto.
O estímulo depende da parte sensitiva-motora, da parte física, não havendo maior participação da inteligência. Uma
palavra, um gesto, um objeto qualquer podem ser estímulos para provocar uma reação.
Os estímulos impulsionam o espírito a buscar o que lhe interessa. Os interesses se fundamentam nas reservas das
experiências vivenciadas.
A educação é um processo libertador de energias, onde o Ser recebe o estímulo e é motivado a realizar o que foi
idealizado.
Nada se constrói sem esforço. A construção faz parte do processo de aprendizagem. Enquanto os estímulos externos
não formarem uma cadência energética de estimulação à inteligência não haverá aprendizagem.
Quando o estímulo é intenso e rico desperta a motivação. O estado de motivação estimula a reflexão, o uso da razão e
aumenta a percepção mental.
Toda motivação se manifesta tendo como base o interesse do espírito. A motivação dá ânimo ao ser, renovando a
vontade e suas estruturas mentais.
A metodologia apresentada vai atender a essas crianças com sucesso devido a liberdade de trabalhar e construir seu
momento de descobertas. Isso dá ao educando maior interesse, aquietando sua ansiedade e dando-lhe maior alegria em
tudo o que realiza.
É o estímulo que estrutura a base da motivação do espírito, e é através da motivação que o ser renova seus conteúdos,
amplia seu arcabouço de conhecimento, expande o campo da inteligência e cultura.
O esquecimento é fruto dos momentos de aprendizagem realizadas superficialmente, que não alcançam as estruturas
mentais do espírito. A aprendizagem requer estímulos fortes, duradouros, acompanhados de prazer e emoção, isso
ativa o campo senso-perceptivo do ser e promove o ato de aprender de forma natural e profunda.
O educando quando exposto à pressão e aos processos punitivos não consegue conduzir ao córtex cerebral,
consequentemente, tem dificuldades de reter a aprendizagem.
Cabe ao educador promover estímulos variados e ricos para dar a todos a oportunidade de um aprendizado expressivo,
respeitando o momento evolutivo de cada um.
As aulas deverão ter sempre ricos estímulos visuais e auditivos. Quando não são ministradas com estímulos sensoriais
adequados à aprendizagem, o conteúdo não é assimilado e nem fixado, por falta de aderência ao campo mental.
O conhecimento é um conjunto de estímulos, composto de informações variadas, que dá ao pensamento uma direção e
uma força de atração. Os estímulos impulsionam o Espírito a buscar o que lhe interessa. Os interesses se fundamentam
nas reservas das experiências vivenciadas.
O educador jamais pode esquecer-se de que todo processo de aprendizagem nasce, primeiro, no pensamento. Por isso,
a importância de dar estímulos verdadeiros à estrutura mental do ser.
O pensamento necessita de estímulos novos, a todo instante, impedindo que as energias enfermiças venham
contaminar o campo mental.
Além da natureza outros podem ser os estímulos, como: gravuras, desenhos, músicas, apresentações, dramatizações, e
outros que motivem a criança.
Quando a criança não está estimulada para aprender, o educador deve esperar, criando outras situações que tragam
prazer e alegria, como utilizar mecanismos de interesse da criança, que lhe dê satisfação. A aprendizagem deve ser
prazerosa.
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Quanto maior o número de experiências vivenciadas pela criança, maior e mais rica será sua aprendizagem,
proporcionando ao pensamento outro nível de realizações concretas e inteligentes.
Os estímulos devem se adequar aos interesses do ser, que sempre precisa deles para progredir.
Devemos oferecer uma educação que renove a maneira de compreender a vida, afastando as ansiedades, para
transformar o ambiente de educação em uma estância de amor, onde o educador inspira a confiança de um pai e o
educando é visto como filho.
A criança, dentro de sua candura, espera do educador compreensão, carinho, tolerância, paciência e amor. A última
coisa que ele anseia é o saber. O educador deve criar um clima de expectativas para seu educando, ampliando sua
curiosidade, motivando-o a buscar novas realizações, sem perder o clima de confiança, que deve sempre estreitar uma
relação verdadeira.
Crianças menores necessitam de educadores mais maternais. Nesta fase, elas necessita de sua afetividade e do seu
carinho. Essa aproximação fortalece os vínculos afetivos, inspira confiança e segurança mútua para que o educando
possa realizar o que o educador espera dele. Nesse período é importante que o educador observe os estímulos que vai
utilizar para não só motivas, como para inspirar segurança em tudo o que faz.
Aulas ao ar livre, em contato direto com a natureza, estimulam a capacidade da percepção sensorial e devem fazer
parte das atividades programadas pelo educador.
Quanto mais rica a sensibilização junto à natureza maior será a predisposição do espírito à aprendizagem.
A partir dos cinco sentidos, ou seja, o olfato, a audição, o tato, o paladar, a visão, o espírito percebe os estímulos que o
cercam.
Quanto mais o educando for estimulado na sua senso-percepção, maior será a profundidade do aprendizado. Assim,
ele deve ser conduzido a explorar tudo o que está ao seu redor, expandido suas percepções.
Tudo o que o Espírito cria tem seu modelo na natureza, na medida que o educando é estimulado a descobrir e
compreender esses modelo, amplia sua capacidade de criar renovando a base estrutural do pensamento.
A Pedagogia do amor promove recursos para que o educando pense, sinta, reflita e descubra meios para compreender
os ensinamentos de amor, que Deus nos oferece. A observação dos fatos naturais propicia ao educando as mais ricas
conclusões incorporadas naturalmente no seu processo mental, na forma de aprendizagem.
Sem compreender a importância dos elementos da natureza, como o ar que respiramos, da água que bebemos, do solo
que é fonte de alimento, é impossível ocorrer o processo de aprendizagem que Eurípedes Barsanulfo nos propõe.
Devemos sempre discutir o valor das coisas boas e salutares que a natureza nos oferece; assim a criança passa a se
interesse por outras descobertas.
A natureza passa a ser um rico e precioso estímulo para as construções íntimas, estimulando a observação da harmonia
que nela existe, o equilíbrio, a beleza das cores, enfim, o educando passa a se envolver com a criação divina de forma
amorosa e respeitosa.
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As atividades junto à natureza são fundamentais e essenciais para a expansão do campo sensorial e perceptivo da
criança. São estímulos ricos que motivam o interesse com novas descobertas.
Natureza e arte
O contato direto com a natureza estimula a criatividade, aumenta o nível de percepção, o desejo de fazer, de criar, de
comparar e de passar para o papel as ideias que construiu, dando-lhe maio nível de maturidade.
É necessário estimular a educação dos órgãos dos sentidos para ampliar a sensibilidade junto as forças da natureza,
pois a educação do espírito é um processo íntimo de reestruturação e o meio ambiente influencia na vida do espírito
como fator regenerativo. A irradiação energética que o meio oferece a o Ser vai aos poucos penetrando os centros
perispirituais, alterando sua coloração e equilibrando-os.
Natureza e Deus
Ao trabalharmos na natureza é imprescindível nos reportarmos a Deus, fonte de toda criação, buscando-O pelo
desenvolvimento do amor e inteligência.
O papel na natureza da vida do Espírito é imprescindível, através dela nos aproximamos de Deus e passamos a amá-lo.
À medida que o espírito recebe uma educação integrada à natureza e compatível com suas
necessidades espirituais, amadurece seus pensamentos, passa a valorizar a vida, respeitando
tudo que o cerca, como expressão do seu sentimento de amor a Deus.
A natureza é fonte perene inesgotável de exemplos, por meio dela é possível levar o
educando a compreender a essência da vida, aproximando-o de Deus de forma simples e
natural.
A presença de Deus em tudo deve fazer parte dessa aprendizagem. Nessa metodologia o educando será conduzido a
descobrir Deus na Natureza.
A observação junto à natureza aproxima o educando do Criador, promove o desejo de desvendar a criação divina, o
que enriquece suas descobertas, motivando-o a buscar o entendimento das leis divinas.
Aprender a valorizar a natureza com todos os seus encantos promove alegria ao educando. À medida que ele vai se
aproximando dela, renova e amplia seu interesse por toda a criação divina. Esse trabalho vai contribuir para a
construção de um pensamento mais consistente em relação aos reais valores da vida.
A música, o teatro, a dança, o desenho, a pintura, enfim, tudo o que retrate o belo e seja expressivo na formação da
personalidade e dê expansão para o pensamento renovar suas criações mentais, devem ser, primorosamente,
trabalhadas pelo educador.
Teatro
Atua na personalidade do ser. Quando exercido sob orientação adequada, auxilia o Espírito a perceber seus conteúdos
íntimos, seus sentimentos valorosos e também desequilibrados.
A interpretação de papeis fortes por espíritos que apresentam estrutura de personalidade frágil ou papeis suaves para
aqueles com temperamento exuberante auxilia na drenagem de energias estagnadas no perispírito e na reestruturação
das vibrações conflitantes.
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Ao interpretar um texto o educando introjeta em si, momentaneamente, conteúdos diferentes da sua estrutura íntima,
interioriza novo aprendizado, armazena na memória vibrações que o auxiliam a amortecer atitudes desajustadas,
próprias de uma personalidade que vive momentos de conflito.
Quando levamos uma criança ou um jovem a participar do teatro, é preciso analisar o texto que vai ser apresentado
para motivar e enriquecer o pensamento, o educador deve motivar o educando a entender a experiência que o papel lhe
oferece.
MÚSICA
A música, pelas vibrações que a compõem, pode agir como um sedativo ou um estimulante, atuando sobre as
estruturas cerebrais, principalmente a glândula pineal.
Ela sensibiliza o espírito reativando os seus sentimentos e modificando a vibração do ambiente de modo a promover
grande benefício ao ato de aprender.
A boa música é fonte de alegria, harmonia e disciplina para o Espírito, transporta o ser para planos mais elevados.
O gênero clássico é um dos mais adequados para ser introduzido no ambiente de aprendizagem, ele desperta as
tendências positivas e inatas do Espírito. Este estilo de música deve ser utilizado amplamente nas atividades que
envolvem criatividade, como os trabalhos manuais, a pintura, o desenhos e também em trabalhos que requerem
raciocínio lógico.
PINTURA/DESENHO
A pintura e o desenho devem ser utilizados pelo educador como um recurso para e exposição dos painéis vivos do
mundo íntimo do Ser, seus sentimentos e emoções.
Esse recurso pode auxiliar o espírito a se expressar, desbloqueando as energias difíceis de sua intimidade, como
também demonstra a forma como vê o mundo e toda a beleza que está à sua volta.
Toda manifestação artística deve ser analisada como forma de expressão do ser espiritual. Uma observação acurada
sobre o desenho de um educando pode ser útil no processo de avaliação do ritmo de sua aprendizagem.
O modelo de desenho deve ser abolido, a não ser que se quer orientar um quadro específico com finalidade bem
delimitada.
O desenho é uma atividade importante para a fixação da aprendizagem e na medida em que o educando for estimulado
a desenhar o que foi interiorizado poderá ter uma percepção mais clara do que aprendeu.
Na proposta de educação proposta por Eurípedes, Deus e a natureza devem ser sempre as maiores fontes de inspiração
para a manifestação da arte no Espírito.
ATO DE APRENDER
Todo ato de aprender tem início de forma sensorial, avançando para o campo perceptível onde todos os sentidos são
estimulados.
O ato de aprende implica no fazer e no experimentar. O trabalho do fazer movimenta as energias do pensamento, da
inteligência, da consciência, promovendo no ser uma sensibilidade que passa a ser percebida pelos atos que realiza.
A aprendizagem não é um processo superficial que se estabelece por um conjunto de informações a serem decoradas e
assimiladas, sem alterar os níveis de inteligência; tem um caráter transformador, que modifica a maneira de pensar e
agir do espírito.
O ato de aprender exige uma organização de estrutura que parte do simples para o complexo, o que ativa a inteligência
e os vários campos de sua abrangência.
1. As necessidades íntimas do educando, pois elas fazem parte da estrutura psíquica do Espírito e são base de
estruturação da personalidade;
2. Os estímulos externos que cercam a existência do espírito, fontes de alterações na intimidade mental. (Educar
para a vida é estimular o ser a viver junto com a natureza absorvendo dela os exemplos mais significativos).
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Elementos importantes no ato de ensinar e aprender: o amor, o respeito e a interação que deve existir entre o
educador e o educando.
A personalidade torna-se apática causando a abertura dos fulcros da memória, que libera seus conteúdos doentes,
surgindo os transtornos mentais e patologias que impedem o espírito de aprender e evoluir.
Isso ocorre devido à ausência de um conhecimento pautado na verdade e nas vivências que enriquecem estruturas
íntimas do campo mental.
A força do conhecimento direciona o pensamento e a vontade para escolhas coerentes com as leis divinas.
É no exercício constante de realizações no bem e de uma postura coerente com o que se aprendeu o espírito muda suas
vibrações.
Os valores morais dão discernimento ao pensamento e interferem nas escolhas e definições do Espírito.
Entre as escolhas que o espírito promove estão aquelas que lhe darão alegria verdadeira, fruto de suas construções no
bem.
Instruir a humanidade não basta para despertar a consciência do Espírito. O conhecimento é necessário para o
progresso do Ser, mas é preciso questionar qual a finalidade útil desse conhecimento, para que ele auxilie o ser a
manter suas estruturas psíquicas em equilíbrio e harmonizadas com os objetivos existenciais que o levaram a
reencarnar.
Educar não é transmitir o conhecimento adquirido nos livros, como se tem feito há séculos. A educação do espírito,
além de considerar o conteúdo a ser ensinado, valoriza a maneira como esse conteúdo é apresentado.
O método de educação apresentado por Eurípedes Barsanulfo contribui de forma primorosa para a aprendizagem. Não
são os conteúdos de uma programação curricular que vão construir a educação de um ser, mas sim, uma programação
de conteúdos, vivências que estimulam a construção de novos valores.
Os conteúdos de uma programação curricular devem ser organizados de forma que o educando adquira cultura e
receba, sobretudo, a base de uma formação moral cristã.
Não são os conteúdos que dão ritmo a uma nova aprendizagem, mas sim, o método que contribui para novas
aquisições e descobertas. O conteúdo acaba sendo uma consequência intermitente entre os diversos campos de
aprendizagem.
A Pedagogia do Amor sensibiliza o educando para que ele construa seus bons sentimentos e seus bons pensamentos,
ampliando sua capacidade de amar, de pensar e sentir. Dessa forma, no decorrer do tempo, ele estará formando sua
nova estrutura de valores que irá contribuir para o seu bem-estar, como também, auxiliará a sociedade em que vive.
A observação e as descobertas na natureza afloram valores reais num determinado momento em que o pensamento é
estimulado. A percepção mais aguçada irá propiciar-lhe um bem-estar diferente; assim, a criança se sentirá feliz
quando reconhecer suas conquistas e descobertas. Tudo isso será realizado com amor. A partir disso, o querer e a
vontade são estimulados a ponto do educando adquirir um novo conhecimento, o qual irá renovar suas experiências
armazenadas na memória.
O VALOR DO BEM
A falta de atitudes no bem conduz o espírito às diversas dificuldades como o medo, a ansiedade, a dúvida, a
insegurança que vão refletir na forma de expressar seu pensamento e suas ações.
A invigilância do pensamento e a não construção harmoniosa de novas ideias reforçam conteúdos anteriormente
vivenciados.
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O trabalho no bem desenvolve no Espírito aptidões, valores e sintonias elevadas.
O bem em prol da sociedade de ser estimulado na Educação do Espírito. É o bem social que desenvolve solidariedade,
fraternidade e beneficência.
O ser precisa ser educado para doar horas de trabalho em organizações idôneas que operem pela implantação do bem
comum, sobre os parâmetros de dignidade e respeito. Esse tipo de dedicação auxilia o Espírito na aquisição do valor
da renúncia.
O educador deve demonstrar de forma clara e definida os objetivos da aprendizagem para que o educando possa saber
o que vai aprender.
O educador não deve trazer nada pronto, construir deve ser constante estímulo na aprendizagem. O dar pronto implica
em condicionar a vontade, comprometendo a liberdade do espírito.
Estimular no espírito o amor pelo trabalho desde cedo, sem trabalho não há progresso e todo trabalho é fonte perene
de elevação e exercício de modulação do pensamento.
Todas as aulas deverão dar prazer e alegria, quanto mais a criança sentir a presença amorosa do educador, maior será
sua motivação para aprender e superar dificuldades.
Ao elaborar as aulas o educador deve ter o cuidado de traçar objetivos claros e definir recursos didáticos que possam
contribuir com o aprendizado dos educandos.
O educador deve observar: os conteúdos subjetivos, aparentemente difíceis, passam a ser concretos, palpáveis,
lúdicos, criativos.
Para educar devemos saber o que queremos e que processo estamos desenvolvendo no pensamento da criança para
que ele possa valorizar sua vida como espírito imortal. Só podemos ensinar aquilo que sabemos, sentimos, vibramos e
compreendemos bem.
O educador deve conduzir cada etapa planejada contribuindo de forma sistemática (ordenada): primeiro deve
estimular a criança a visualizar o que vai ser trabalhado, para depois dar início às primeiras etapas elaboradas:
observar, comparar, sentir, vivenciar experimentos, concluir e formular resultados, fixar.
REPRESSÃO
Muitas vezes o educador, ao avaliar o comportamento do educando, tem atitudes repressivas. A repressão no processo
de aprendizagem causa grandes distonias no comportamento mental do Espírito. É preciso sentir as dificuldades do
Espírito para despois discutir a forma de correção.
O castigo é uma forma agressiva e inadequada de conter e repreender o Espírito. Demonstra inabilidade e despreparo
do educador para lidar com as dificuldades do ser.
O medo deve ser abolido do processo educativo. O trabalho a ser realizado é o de conscientização a respeito dos
perigos reais para que o educando aprenda a evitá-los e seja responsável perante a vida.
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ELOGIO
O elogio quando bem direcionado é fator de motivação. Deve ser aplicado com honestidade e no momento certo para
que o educando sinta que seu esforço foi reconhecido.
Será um grande estímulo, especialmente quando for bem formalizado e imantado de vibrações sinceras. Ele deve ser
um estímulo que parte do coração, envolvendo o educando com muita seriedade, para que ele compreenda a
importância do esforço realizado.
O educador deve tomar cuidado para não se distanciar do motivo que provocou elogio, encorajando o educador a
mudar seus hábitos e a se esforçar para alcançar novas realizações; deve ter cuidado para não tecer elogios falsos, que
poderão estimular a vaidade que precisará ser corrigida e não aplaudida.
Elogiar somente o que realmente demonstrou esforço e dedicação; ao contrário cai-se nos elogios corriqueiros que
nada acrescentam ao pensamento.
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