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RESUMO
O estudo que contempla este trabalho traduz em seu teor, conhecimentos que
abordam definições sobre a motivação e sua influência no desenvolvimento do ensino-
aprendizagem do educando. A criação de um clima favorável ao ambiente escolar
possibilita intercâmbios comunicativos de valores sociais e educativos. Quando o espaço
escolar não gera interesse com a prática pedagógica inadequada, o aluno não consegue
motivar-se para aprender. O objetivo da pesquisa caracteriza-se por evidenciar concepções
e ações de motivação no ensino-aprendizagem, analisar o processo de motivação e suas
implicações na retenção do aluno no ambiente escolar. O referencial teórico é formado por:
CAMPOS (1996), LIBÂNEO (1994), PILLETI (1987), entre outros. A nova abordagem
que trata o assunto motivação, mostrando o caráter intrínseco da dinâmica incentivadora,
como forma de mediação entre ensino e aprendizagem significativa. A metodologia deu-se
por meio de pesquisa bibliográficas, para buscarmos aprofundamento alusivos ao assunto.
A escola, sendo a entidade que tem a incumbência de ensinar, precisa definir sua prática
educativa e sair da rotina estática e mecânica e instalar-se de mecanismo que despertem o
educando o prazer de aprender, estimule a curiosidade, a descoberta, a criação. Daí, a
necessidade do professor utilizar métodos que venham incentivar o despertar a motivação
do aluno em aprender e garantir sua permanência em sala de aula.
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INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAL TEÓRICO
Portanto, o papel do professor não é criar novos motivos, que também resultam de
fatores culturais e de maturação, mas manipular incentivos e possibilitar a incorporação de
novos significados, objetivos, situações, palavras e idéias.
O ser humano é constituído basicamente de experiências vividas e é através dessas
experiências que tira conceitos e constrói suas decisões.
Estamos constantemente aprendendo novos comportamentos ou modificando os já
existentes. A aprendizagem não se dá apenas na escola, mas fora dela pode ocorrer
aprendizagem sem a presença do professor, sem livro, sem escola. Mesmo sem existirem
todos esses recursos, se não houver motivação que estimule a busca do conhecimento não
haverá aprendizagem satisfatória.
Podemos dizer que diferentes tipos de motivação influenciam no aprendizado,
variando de acordo com a idade e as etapas de desenvolvimento. Os motivadores
predominantes nas crianças de classes infantis e primárias serão determinados
intrinsecamente, isso é a motivação externa à própria atividade da aprendizagem, não
resulta do interesse pela matéria em si. É determinada por fatores externos a externos à
própria matéria a ser a prendida.
Já nos alunos jovens podem interessar pela aprendizagem, pelo fato do professor
ser fisicamente poderoso ou porque podem ganhar algo em troca como o reconhecimento
pessoal e aprovação do professor e de seus colegas de classe.
Podemos dizer que esses recursos motivacionais são essencialmente isolados do
material didático de aprendizagem.
A motivação dos alunos se vê notavelmente influenciada pelo clima que se vive e
pelo ambiente que se respira na escola, pelas normas de funcionamento, pelos valores que
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Desta forma, é preciso que o professor tome consciência do valor que tem suas
aulas, de como são ministradas, das metodologias que são aplicadas para que venha de
encontro com a aprendizagem do aluno.
de que como ser humano, deixa sua marca na sociedade a partir da sua aprendizagem, do
seu envolvimento com as outras pessoas e a descoberta de sua própria identidade.
Entende-se, portanto, que o incentivo é algo que dinamiza e motiva o aluno as
condições ou mudanças de condições vividas em sala e que desperta a sua motivação em
aprender.
Assim, compreende-se que embora motivação e incentivo caminhem juntos não são
sinônimos. Cada uma exerce uma importância na aprendizagem. O incentivo consiste em
proporcionar situações que despertem no aprendiz os motivos para iniciar e manter o
processo de aprendizagem. Enquanto que a motivação é um processo ocorrido no interior
de cada pessoa.
É necessário, portanto o professor despertar o interesse e a atenção dos alunos pelos
valores contidos na matéria ensinada, criando nos mesmos o desejo de aprender, o gosto de
estudar e a satisfação em cumprir as tarefas que o mesmo exige.
Compreende-se que nossos motivos estão dentro de nós, motivar alguém implica
em levá-lo a agir ou a produzir uma resposta. Portanto uma das razões mais importantes
vivida pelo professor na sala de aula é induzir no aluno a motivação. Isso não significa
apenas incentivá-lo com palavras de lisonjeio, porém, procurar fazer uso de um processo
de aprendizagem motivadora em si mesmo.
Na escola, a fim de que o aluno desenvolva o seu raciocínio e seu desejo de
aprender, convém que seja motivado, para que isso ocorra é necessário que o professor dê
oportunidade de pensar para poder agir. Para Campos (1996, p.108) “a falta de motivação
conduzirá o aumento de tensão emocional, problemas disciplinares, aborrecimento, fadiga
e aprendizagem, pouco eficiente na classe.”
Por estas situações, pelo confronto com desafios dentro de uma sala de aula, na qual
encontra-se alunos desestimulados para o estudo, indisciplinados, fatores que vivem num
mundo onde não lhes oferecem incentivos nem perspectiva de uma vida melhor,
reconhece-se a necessidade de se realizar um trabalho inovador, motivar a participação, o
relacionamento com a turma.
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Dynamis é uma palavra grega que significa força, energia, ação. A expressão
dinâmica de grupo surgiu pela primeira vez num artigo publicado por Kurt Lewin, em
1944, p.14, onde tratava da relação entre teoria e prática em psicologia social.
Quando o mesmo utilizou essa expressão e começou a pesquisar os grupos, seu
objetivo era o de ensinar às pessoas comportamentos novos, que através da discussão e de
decisão em grupo, em substituir ao método tradicional de transmissão sistemática de
conhecimentos.
Na dinâmica de grupo o comportamento e as atitudes individuais dos alunos são
mudados, isto porque, os participantes se sentem sensibilizados por aquilo que acontecerá,
por sentirem e observarem processos que eles aprenderão a conceituar.
Favorece ao aluno a desinibir a capacidade criadora, levando-os a se tornarem
bastantes desenvoltos, alterando assim sua produtividade, fazendo-o crescer em igualdade
harmônica de relacionamento interpessoal.
“As dinâmicas de grupo são a expressão de uma postura metodológica que
reconhece a dimensão do lúdico, do prazer como parte integrante do processo educativo.”
(Gonçalves e Perpétuo, 1998, p.28)
Uma única dinâmica muitas vezes não é suficiente para trabalhar um assunto em
sala de aula. O professor deve ter conhecimento de outras dinâmicas de grupo que possam
ser empregadas na exposição do conteúdo, permitindo aos alunos mais oportunidade de
aprofundar o tema em questão, bem como entender e conhecer as possibilidades e limites
que cada um possui. A dinâmica desenvolvida deve estar ao alcance de todos os alunos e
ser utilizada com criatividade e segurança.
“A aprendizagem resultante de uma atividade em grupo parece ser muito eficiente e
duradoura. (...) o aluno sente que participa da elaboração do conhecimento, que é pessoa
que atua, que age...” (Piletti, 1989, p.99)
O trabalho em grupo facilita a aprendizagem pois há uma troca de conhecimentos,
juntando idéias é que se descobre a importância do convívio entre as pessoas, que
geralmente possuem apenas as idéias diferentes mas os mesmo objetivos na realização dos
mesmos propósitos.
Segundo Jorge (1994), mostra os elementos fundamentais para qualquer trabalho
em grupo: objetivos comuns, interação psicológica, intermenisco específico,
interdependência e existência própria.
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Dinâmica de Apresentação.
O contato inicial entre pessoas, o que denominamos primeira impressão está
relacionada a inúmeros fatores psicológicos da experiência anterior de cada pessoa, suas
expectativas, medos, ansiedades e motivação no momento da apresentação.
Na escola essa dinâmica é utilizada pelo professor com o objetivo de integração do
grupo, partindo da forma mais elementar de estabelecer-se um relacionamento, dando
oportunidade aos alunos apresentarem seus valores e características pessoais.
Dinâmica de Recreação
Essa dinâmica é importante, porque permite ao aluno quebrar formalidades, mais
energizante, tornando-o mais integrados. Promove ao aluno descontração, criar novas
amizades e aprofundando outras. Seu objetivo é descontrair, fortalecer ao aluno elos de
ligação entre os membros.
Dinâmica de Aprendizagem
Para aprender é preciso que o aluno queira, é preciso viver a vontade para a busca
desse aprendizado. Pode-se aprender de várias técnicas como: ouvindo música, lendo,
vendo filmes, observando a natureza, fazendo novas amizades e no que se refere a escola, o
professor utiliza as dinâmicas de aprendizagem para motivar o aluno a assimilar conteúdos
de maneira mais satisfatória, pois, estimula o raciocínio, exercita a percepção do aluno.
Jogos
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Ao empregar os jogos em sala de aula, o professor deve cuidar para que a atividade
não se esgote em si mesmo. É necessário que o professor tenha em mente o objetivo de
promover a aprendizagem.
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O jogo somente tem validade se usar adequadamente, na hora certa, essa hora é
determinada pelo professor.
Os jogos são estratégias inovadoras que envolvem os conteúdos curriculares como
ferramentas motivadoras, eles tornam as aulas mais atraentes, devolvendo ao professor e
aluno seu entusiasmo.
Através de jogos o aluno desenvolve sua capacidade de perceber atitudes de
cooperação, testar suas habilidades.
O jogo utilizado em sala de aula é uma proposta pedagógica, que propicia a relação
entre parceiros, percebe-se a diversidade de comportamentos, constroem estratégias para
alcançar a vitória.
Oficinas
São recursos que motivam o aluno, pois possibilita-o a conhecer e trazer a
comunidade diferentes experiências e explorar junto às conhecimentos diversificados. Para
se desenvolver uma oficina é necessário materiais específicos que deverão ser
providenciado com antecedência pelo professor orientador. As idéias são inúmeras, para
que sejam realizadas com sucesso depende da criatividade e flexibilidade dos alunos e
professores.
As oficinas pedagógicas podem ser utilizadas como meio, estratégias de motivação,
bem como favorecem o desenvolvimento cognitivo dos alunos, proporcionando momentos
de alegria coletiva.
Projetos
São verdadeiras fontes de criação, que possibilita o aluno a pesquisas, análise e
novas hipóteses.
Os projetos podem durar de uma semana a meses. Uma das vantagens dos projetos
é a obrigatoriedade de envolver e o compromisso de todos os alunos. O propósito dos
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projetos não é só ensinar uma única disciplina mas englobar o maior número possível de
disciplina.
Um projeto fornece uma oportunidade para os estudantes disporem de conceitos e
habilidades previamente dominados a serviço de uma nova meta ou empreendimento.
Aula de Campo
As escolas, geralmente grandes, pouco proporciona ao aluno, aulas dinâmicas que
motivam seus alunos a gostar de aprender.
Muitos estudiosos defendem a idéia de que o ensino deve partir da realidade do
aluno. Mas muitas escolas fogem dessa realidade. Muitas vezes a realidade está fora da
sala de aula.
O aluno ao chegar na escola já trás consigo muitos conhecimentos naturais
adquiridos no ambiente social. As mais diversas aprendizagens da criança ocorrem
naturalmente, por estar em contato com a realidade.
Um outro aspecto importante da aula de campo e a interdisciplinaridade, pois
possibilita o professor trabalhar um assunto englobando várias áreas do conhecimento.
A natureza é o melhor livro, pois oferece ao aluno vários aspectos naturais que
podem ser trabalhados observando a natureza, a vida, seu desenvolvimento no dia-a-dia, na
sua realidade evita o estudo puramente teórico da realidade. O ensino se torna mais
prazeroso e eficaz.
Mesmo sendo um meio de motivar a aprendizagem do aluno, a aula de campo deve
ser entendia pelo professor e aluno a importância da mesma, a qual deve ser administrada
com responsabilidade e evitar que a aula vire turismo.
CONCLUSÃO
Para que o ensino se torne mais adequado aos objetivos da escola e da sociedade, é
preciso se verificar de que forma se obtém os resultados. É preciso que criativas técnicas
de ensino sejam utilizadas. Entretanto, essas técnicas devem ser vistas como um meio e
não como um fim em si mesma.
Dentro do processo de ensino, o professor deve desenvolver este, com uma visão
dinâmica e democrática que ressalta o ensino pela ação que se fundamenta em uma
aprendizagem consciente e duradoura que depende do esforço pessoal do aluno, e que
implica em observação, reflexão e experimentação. O aluno deve ser ajustado a cada aula.
O ensino deve visar o aluno com uma personalidade global, isto é, nos seus aspectos
cognitivos, afetivos e psicomotores. As matérias de ensino devem ser estruturadas de tal
modo que o aluno perceba a unidade e a inter-relação das áreas do conhecimento humano.
O ensino deve, não só respeitar a individualidade dos educandos, mas também prepará-los
para a participação na vida comunitária adulta através das atividades escolares.
Desta forma, o ensino socializado, através de ação vai desaguar na composição de
grupos de estudos, ou seja, o trabalho grupal, atravessa o ensino globalizado e culmina
com o ensino socializado.
A grande motivação deve se apresentar num plano que ofereça ambas as
alternativas: pista para a reflexão e guias para uma ação transformadora. Ao primeiro
respondem as dinâmicas, e o segundo, os instrumentos.
Para prender a atenção dos alunos e promover a aprendizagem satisfatória, o
professor precisa unir teoria e prática envolvendo expressões incentivadoras que incluam
aulas movimentadas, mediadas por um trabalho interdisciplinar utilizando-se das diferentes
linguagens das artes e do lúdico, sem padronizar, oportunizando aos alunos desenvolver
seus potenciais, despertando nele o gosto de aprender e permanecer na escola. Para isso, é
preciso que a escola desperte nele os seus motivos e sua concepção de educação, é
importante que ele entenda por que precisa aprender.
A nova proposta pedagógica defende a idéia de que o aluno aprende a fazer
fazendo. “O homem aprende pela ação.” Assim, utiliza-se da dinâmica de grupo, as
atividades lúdicas, aulas de campo, a utilização de sucatas, oficinas, projetos, música,
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pintura, desenhos, recortes, entre outras propostas, como meio de garantir a participação
efetiva de todos os alunos e facilitar as relações interpessoais, despertando a motivação.
O professor, no seu dia-a-dia da sala de aula, pode constatar que vale a pena
investir na motivação, estabelecendo metas individuais a fim de que os alunos
desenvolvam o critério de sucesso, desperte emoções positivas e torne a atividade
emocionante e agradável.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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