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A MOTIVAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A


APRENDIZAGEM DO ALUNO

RESUMO

O estudo que contempla este trabalho traduz em seu teor, conhecimentos que
abordam definições sobre a motivação e sua influência no desenvolvimento do ensino-
aprendizagem do educando. A criação de um clima favorável ao ambiente escolar
possibilita intercâmbios comunicativos de valores sociais e educativos. Quando o espaço
escolar não gera interesse com a prática pedagógica inadequada, o aluno não consegue
motivar-se para aprender. O objetivo da pesquisa caracteriza-se por evidenciar concepções
e ações de motivação no ensino-aprendizagem, analisar o processo de motivação e suas
implicações na retenção do aluno no ambiente escolar. O referencial teórico é formado por:
CAMPOS (1996), LIBÂNEO (1994), PILLETI (1987), entre outros. A nova abordagem
que trata o assunto motivação, mostrando o caráter intrínseco da dinâmica incentivadora,
como forma de mediação entre ensino e aprendizagem significativa. A metodologia deu-se
por meio de pesquisa bibliográficas, para buscarmos aprofundamento alusivos ao assunto.
A escola, sendo a entidade que tem a incumbência de ensinar, precisa definir sua prática
educativa e sair da rotina estática e mecânica e instalar-se de mecanismo que despertem o
educando o prazer de aprender, estimule a curiosidade, a descoberta, a criação. Daí, a
necessidade do professor utilizar métodos que venham incentivar o despertar a motivação
do aluno em aprender e garantir sua permanência em sala de aula.
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INTRODUÇÃO

Educar exige, ao mesmo tempo, criatividade, flexibilidade, escutar o limite, além de


competência acadêmica. Na teoria, isso parece fácil, mas na prática, não o é. O professor
ainda tem insegurança em relação ao processo de ensino-aprendizagem. As dificuldades no
ensino podem ser diagnosticadas como resultado da carência de métodos, técnicas e
recursos, ressaltando a necessidade de despertar o interesse pela aprendizagem a fim de
torná-la desejada e prazerosa para o aluno.
Em busca de aprofundar mais sobre os motivos pelos quais os alunos não são
motivados em aprender, trataremos nesta pesquisa, a partir de referenciais como:
CAMPOS (1996), LIBÂNEO (1994), PILLETI (1987). Baseando-se na experiência dos
mesmos discutirem a motivação como um dos aspectos mais importantes no ensino
aprendizagem.
A metodologia adotada foi por meio de uma revisão de literatura bibliográfica de
autores bastante experientes nesta área.
A falta de incentivos na sala de aula gera a falta de interesse dos alunos provocando
a dificuldade de concentração e aprendizagem. Com a ausência de motivação, as aulas se
tornam monótonas, cansativas e desagradáveis, oportunizando as conversas paralelas
distante do assunto trabalhado na aula e consequentemente provoca o fracasso no
rendimento da aprendizagem.
Reconhecer a necessidade de se realizar um estudo sobre motivação, oportunizará
ao professor trabalhar com maior segurança e para que isso aconteça é necessário que se
entenda o que é motivação e como se processa esta motivação no ensino-aprendizagem.
Com o propósito de ajudar o professor a resolver a condição de alunos
desmotivados na sala de aula, objetivos foram traçados: Proporcionar ao professor
conhecer a incentivação como meio gerador das motivações dos interesses dos alunos na
construção da aprendizagem. Conhecer para aplicar métodos inovadores, com o propósito
de despertar a motivação do aluno em aprender. Envolver os alunos em aulas dinâmicas
estimulando assim o desejo de aprender. Mostrar aos professores e alunos a importância da
motivação na prática escolar, estabelecendo a sala de aula como um ambiente acolhedor e
repassador de informações aproveitadas para a vida do aluno.
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Em último termo estão as conclusões, que encerram as idéias formadas no decorrer


do estudo, que servirão de subsídios na prática diária.
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REFERÊNCIAL TEÓRICO

1.1. A Importância da motivação e aprendizagem

Face às novas concepções do processo de aprendizagem, a motivação passou a


constituir o centro de interesse de todo o processo educativo.
Segundo Campos (1996, p.104) a aprendizagem é um processo de atividade
pessoal, reflexiva e sistemática, depende da ação e de todas as potencialidades do
educando, sob a orientação do professor com o intuito de conduzi-lo a um ajustamento
pessoal e sócio-cultural adequados.
Sendo assim, aprendizagem como modificadora do comportamento só acontece
quando satisfaz a motivos individuais, que impulsionam o individuo a atividade necessária
para aprender.
A aprendizagem significativa depende de uma motivação intrínseca. Isso é o aluno
precisa compreender a necessidade e a vontade de aprender. Aquele que estuda com o
único objetivo “passar de ano” ou simplesmente “conseguir notas”, não terá motivos
suficientes para despertar o seu interesse e o empenho na aprendizagem. A disposição para
aprender não depende apenas do aluno, mas da prática didática que garanta condições
favoráveis e atividades que venha de encontro com suas necessidades. Diz Campos (1996,
p.108) que “sabendo-se que para aprender é necessário agir e, por outro lado, que a
atividade se inicia graças à atuação de um ou vários motivos, conclui-se que a educação
não pode prescindir da motivação.”
Entende-se, portanto que a motivação só ocorre de dentro para fora, ou seja, requer
que alguém faça algo, o mesmo só fará de forma motivada, se conseguir ver nessa
atividade uma possibilidade de atingir alguma expectativa interna. Podemos dizer que a
motivação pode servir-se de fatores existentes no meio ambiente como meio de satisfazer
uma necessidade interna, mas seu caráter é claramente intrínseco.
Assim, podemos considerar que motivar alguém implica em conduzi-lo a agir ou a
produzir uma resposta. Essa é uma das razões mais importantes vivida pelo professor na
escola, induzir no aluno a motivação. Não significa apenas incentivá-los com palavras de
lisonjeio, mas procurar fazer uso de um processo de aprendizagem motivador em si
mesmo.
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Segundo Campos (1996, p.112) toda a aprendizagem escolar implica sempre


esforços e atenção concentrada, para que isso ocorra é preciso que o mesmo encontre na
matéria significados e valores que dêem sentido a tal esforço e justifique,
psicologicamente, o dispêndio de suas energias físicas e mentais.

A motivação é um processo interior no individuo, que


deflagra, mantém e dirige o comportamento. É um estado
físico-psicológico interior ao individuo, um estado de
tensão energética, resultante da atuação de fortes motivos
que impelem a agir com certo grau de intensidade.
(CAMPOS, 1996, p.112)

Portanto, o papel do professor não é criar novos motivos, que também resultam de
fatores culturais e de maturação, mas manipular incentivos e possibilitar a incorporação de
novos significados, objetivos, situações, palavras e idéias.
O ser humano é constituído basicamente de experiências vividas e é através dessas
experiências que tira conceitos e constrói suas decisões.
Estamos constantemente aprendendo novos comportamentos ou modificando os já
existentes. A aprendizagem não se dá apenas na escola, mas fora dela pode ocorrer
aprendizagem sem a presença do professor, sem livro, sem escola. Mesmo sem existirem
todos esses recursos, se não houver motivação que estimule a busca do conhecimento não
haverá aprendizagem satisfatória.
Podemos dizer que diferentes tipos de motivação influenciam no aprendizado,
variando de acordo com a idade e as etapas de desenvolvimento. Os motivadores
predominantes nas crianças de classes infantis e primárias serão determinados
intrinsecamente, isso é a motivação externa à própria atividade da aprendizagem, não
resulta do interesse pela matéria em si. É determinada por fatores externos a externos à
própria matéria a ser a prendida.
Já nos alunos jovens podem interessar pela aprendizagem, pelo fato do professor
ser fisicamente poderoso ou porque podem ganhar algo em troca como o reconhecimento
pessoal e aprovação do professor e de seus colegas de classe.
Podemos dizer que esses recursos motivacionais são essencialmente isolados do
material didático de aprendizagem.
A motivação dos alunos se vê notavelmente influenciada pelo clima que se vive e
pelo ambiente que se respira na escola, pelas normas de funcionamento, pelos valores que
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se desprende da atuação dos professores individualmente ou em conjunto. Campos (1996,


p.108) cita que “a falta de motivação conduzirá o aumento de tensão emocional, problemas
disciplinares, aborrecimento, fadiga e aprendizagem pouco eficiente na classe.”
Apesar da motivação ser tão importante no ensino-aprendizagem, nem sempre
recebe a devida atenção do professor. É muito mais fácil providenciar conteúdos, repetir
atividades, aplicar provas, atribuir notas, a procurar motivar os alunos com técnicas que
despertem sua atenção, a fim de que estudem de forma independente e criativa. Para o
professor que não está comprometido com a aprendizagem de seus alunos, é muito mais
difícil motivá-los e ser motivado.
Se o professor se sentir motivado em desenvolver um bom trabalho, os resultados
obtidos pelo mesmo serão gratificantes não apenas para aos alunos, mas para o professor
também, pois ao concluir seu trabalho todos estarão envolvidos no processo ensino-
aprendizagem e com mais estímulo.
Motivar os alunos não é tão fácil, muitas vezes o professor conhece as teorias e as
técnicas de motivação da aprendizagem, mas ele próprio, não está motivado para ensinar.
Talvez um dos maiores problemas seja, os alunos perceberem essa desmotivação dos
professores, ficando difícil demonstrar maior entusiasmo pela matéria.
Para que o professor possa desempenhar um bom trabalho na escola, é preciso que
este esteja condicionado pelo seu preparo e habilidade empregar técnicas, no sentido de
descobrir os motivos que impulsionam o educando para atividades que conduzirá à
aprendizagem, o que para muitos professores torna-se uma tarefa difícil.

A escola apresenta-se normalmente como um ambiente


neutro, onde predominam a vida intelectual, o raciocínio e
a lógica que via de regra, expulsam a emoção e os
sentimentos. Enfim, tudo o que possa imaginar de anti-
motivador encontra-se na escola (GASPARIM IN Jornal
Mundo Jovem - março 2001, p.8)

Desta forma, é preciso que o professor tome consciência do valor que tem suas
aulas, de como são ministradas, das metodologias que são aplicadas para que venha de
encontro com a aprendizagem do aluno.

Grande parte das dificuldades da escola tem sua origem


nos problemas da motivação, ou seja, na tarefa de
diagnosticar os interesses e necessidades dos alunos; na
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consideração das diferenças individuais, nesse aspecto, na


organização das atividades extracurriculares.
(CAMPOS, 1996, p.107)

É necessário que o professor compreenda e use adequadamente as técnicas


motivadoras para que resulte em interesse, concentração da atenção, atividades produtivas
e atividade eficiente dos alunos.
Os professores precisam ensinar aos alunos modos de pensar, que ao estar
realizando as tarefas escolares permitam enfrentá-las a fim de aprender, com a atenção
voltada para a busca do saber e a utilização de técnicas que permitam superar as
dificuldades existentes. É necessário que o professor trabalhe a questão dos erros
cometidos pelos alunos a fim de que a partir deles construa representações conceituais e
procedimentais que venham facilitar a percepção de projeção e contribuam para manter a
motivação elevada.
Para motivar os alunos o professor deve colher o máximo de informação a respeito
dos mesmos, interesses, preocupações, condições física, capacidades de aprendizagem.
Facilitando assim examinar e aplicar estratégias de ensino, que venham despertar sua
curiosidade e o interesse em aprender.
Deve também ter em mente a preocupação maior de que seus alunos atinjam o mais
alto grau de conhecimento daquilo que lhes é ensinado.

A motivação nada mais é do que o reconhecimento pelo


individuo, de que reconhecer algo irá satisfazer suas
necessidades atuais e futuras. Ela também pode ser
encarada como um processo psicológico em construção. A
motivação humana deve ser compreendida na relação entre
os aspectos afetivos da personalidade, ambos largamente
dependentes do meio social.
(DAVIS e OLIVEIRA. 1996, p.107)

Dessa forma podemos dizer que a aprendizagem normalmente se dá através de uma


interação do aluno com o meio, captar e processar os estímulos provenientes do que o
professor selecionou, organizou e enviou para o mesmo.
Assim a aprendizagem é uma construção que o aluno realiza e que vontade de
aprender deve nascer de um interesse, uma necessidade do próprio aluno.
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É importante que o professor dedique a ensinar seus alunos de maneira motivada,


utilizando diferentes técnicas de abordagem e dar sentido as novas informações, tornando-
os autônomos diante da aprendizagem.

1.2. O Incentivo como forma de despertar a motivação do aluno.

Para Teixeira (1999), o professor precisa se preocupar mais com a qualidade e a


inovação de suas aulas. Pois grande parte dos alunos já são desmotivados em seu convívio
familiar e social. Quer encontrar na escola um motivo para ser feliz e realizar seus sonhos.
Embora às vezes isso não ocorra, quando na própria escola vivenciam momentos
desagradáveis e monótonos. Onde entusiasmo, alegria e incentivo não fazem parte da
aprendizagem. Para Campos (1996, p.112), “incentivar a aprendizagem é propor situações
para deflagrar no psiquismo dos alunos as fontes de energia interior – os motivos, que os
levarão a aprender com empenho, entusiasmo e satisfação.”
Muitas vezes o que é oferecido para o aluno em sala de aula é vago, limitado e
cansativo, com isso, freqüentar a escola para o aluno, se torna uma obrigação, uma ordem a
ser cumprida em vez de ser um prazer, uma satisfação.
Na maioria das vezes a escola se preocupa com a quantidade de conteúdos que irá
repassar ao longo do ano, com isso os alunos são presos a um simples livro didático, num
ambiente fechado sem contato com técnicas que estimule a participação e a integração do
aluno com o que é ensinado. Ficando sempre com o velho e deixando de lado o novo.
O professor precisa quebrar essas barreiras que impedem o aluno a se sentir
incentivado a aprender.
O educando precisa ser motivado, levado a imaginação, criatividade e a
espontaneidade.
O papel do professor é trabalhar de forma a incentivar o aprendiz a se motivar e
interagir com o que é necessário a sua aprendizagem. Campos (1996, p.111), diz que “o
incentivo é o alvo na direção do qual os motivos impelirão o individuo a agir, portanto, são
os objetos, condições ou atividades no ambiente para os quais está dirigida a ação
motivadora...”
Incentivar e motivar o aprendiz consiste em abrir intervalos para que o mesmo
possa refletir o que está aprendendo, organizar suas idéias, seu mundo partindo do presente
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de que como ser humano, deixa sua marca na sociedade a partir da sua aprendizagem, do
seu envolvimento com as outras pessoas e a descoberta de sua própria identidade.
Entende-se, portanto, que o incentivo é algo que dinamiza e motiva o aluno as
condições ou mudanças de condições vividas em sala e que desperta a sua motivação em
aprender.
Assim, compreende-se que embora motivação e incentivo caminhem juntos não são
sinônimos. Cada uma exerce uma importância na aprendizagem. O incentivo consiste em
proporcionar situações que despertem no aprendiz os motivos para iniciar e manter o
processo de aprendizagem. Enquanto que a motivação é um processo ocorrido no interior
de cada pessoa.
É necessário, portanto o professor despertar o interesse e a atenção dos alunos pelos
valores contidos na matéria ensinada, criando nos mesmos o desejo de aprender, o gosto de
estudar e a satisfação em cumprir as tarefas que o mesmo exige.

O motivo, portanto, é uma força interna, faz parte de nossa


personalidade, ao passo que incentivo é um fator externo
capaz de despertar um motivo. O apoio, a censura, as
recompensa e a punição são exemplos de incentivos.
(BARROS,1985, p.87).

Compreende-se que nossos motivos estão dentro de nós, motivar alguém implica
em levá-lo a agir ou a produzir uma resposta. Portanto uma das razões mais importantes
vivida pelo professor na sala de aula é induzir no aluno a motivação. Isso não significa
apenas incentivá-lo com palavras de lisonjeio, porém, procurar fazer uso de um processo
de aprendizagem motivadora em si mesmo.
Na escola, a fim de que o aluno desenvolva o seu raciocínio e seu desejo de
aprender, convém que seja motivado, para que isso ocorra é necessário que o professor dê
oportunidade de pensar para poder agir. Para Campos (1996, p.108) “a falta de motivação
conduzirá o aumento de tensão emocional, problemas disciplinares, aborrecimento, fadiga
e aprendizagem, pouco eficiente na classe.”
Por estas situações, pelo confronto com desafios dentro de uma sala de aula, na qual
encontra-se alunos desestimulados para o estudo, indisciplinados, fatores que vivem num
mundo onde não lhes oferecem incentivos nem perspectiva de uma vida melhor,
reconhece-se a necessidade de se realizar um trabalho inovador, motivar a participação, o
relacionamento com a turma.
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Os alunos costumam mostrar-se mais motivados em realizar atividades que gostam


de fazer e mais interessados naquilo que são bons, sendo quase impossível motivá-los em
áreas as quais não possuem qualquer competência.
O professor deve ajustar a entrada de novas atividades ao nível das competências
dos alunos para que possam exercê-las com mais estímulo.

O incentivo à aprendizagem e o conjunto de estímulos que


despertam nos alunos a sua motivação para aprender, de
forma que as suas necessidades, interesses, desejos, sejam
canalizados para as tarefas de estudo.
(LIBÂNEO, 1994, p.116)

É necessário despertar no aprendiz esse conjunto de estímulos, sua atenção, criar


nele interesse pelo estudo, estimular seu desejo e conseguir conseqüentemente sua
aprendizagem satisfatória.
Os recursos didáticos, os procedimentos de ensino, o conteúdo, as atividades são
valiosas fontes de incentivos.
No entanto a maior fonte de incentivo é a personalidade do professor. Por isso, os
alunos geralmente preferem as matérias onde se considera amigo do professor, ou
associadas a situações agradáveis.
A incentivação e a motivação são as melhores armas que o professor tem em mãos
para vencer os obstáculos que dificultam o aprendizado do aluno em sala de aula.
O professor criativo poderá incentivar seus alunos e despertar sua motivação
através de atividades lúdicas como os jogos, as dramatizações, uma aula de campo
proporciona ao aluno aquisição de conhecimento bem mais eficaz do que as aulas apenas
expositivas.
Para Campos (1996, p.116) “o professor precisa escolher adequadamente os
recursos de motivação, pois os mesmos dependem, em grande proporção do conhecimento
de vários aspectos ligados ao aluno, tais como: idade, sexo, inteligência, experiências
anteriores, classe social, traços de personalidade, condições do lar, etc.”

1.3. Dinâmica de grupo como fonte de motivação

O que é Dinâmica de Grupo?


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Dynamis é uma palavra grega que significa força, energia, ação. A expressão
dinâmica de grupo surgiu pela primeira vez num artigo publicado por Kurt Lewin, em
1944, p.14, onde tratava da relação entre teoria e prática em psicologia social.
Quando o mesmo utilizou essa expressão e começou a pesquisar os grupos, seu
objetivo era o de ensinar às pessoas comportamentos novos, que através da discussão e de
decisão em grupo, em substituir ao método tradicional de transmissão sistemática de
conhecimentos.
Na dinâmica de grupo o comportamento e as atitudes individuais dos alunos são
mudados, isto porque, os participantes se sentem sensibilizados por aquilo que acontecerá,
por sentirem e observarem processos que eles aprenderão a conceituar.
Favorece ao aluno a desinibir a capacidade criadora, levando-os a se tornarem
bastantes desenvoltos, alterando assim sua produtividade, fazendo-o crescer em igualdade
harmônica de relacionamento interpessoal.
“As dinâmicas de grupo são a expressão de uma postura metodológica que
reconhece a dimensão do lúdico, do prazer como parte integrante do processo educativo.”
(Gonçalves e Perpétuo, 1998, p.28)
Uma única dinâmica muitas vezes não é suficiente para trabalhar um assunto em
sala de aula. O professor deve ter conhecimento de outras dinâmicas de grupo que possam
ser empregadas na exposição do conteúdo, permitindo aos alunos mais oportunidade de
aprofundar o tema em questão, bem como entender e conhecer as possibilidades e limites
que cada um possui. A dinâmica desenvolvida deve estar ao alcance de todos os alunos e
ser utilizada com criatividade e segurança.
“A aprendizagem resultante de uma atividade em grupo parece ser muito eficiente e
duradoura. (...) o aluno sente que participa da elaboração do conhecimento, que é pessoa
que atua, que age...” (Piletti, 1989, p.99)
O trabalho em grupo facilita a aprendizagem pois há uma troca de conhecimentos,
juntando idéias é que se descobre a importância do convívio entre as pessoas, que
geralmente possuem apenas as idéias diferentes mas os mesmo objetivos na realização dos
mesmos propósitos.
Segundo Jorge (1994), mostra os elementos fundamentais para qualquer trabalho
em grupo: objetivos comuns, interação psicológica, intermenisco específico,
interdependência e existência própria.
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São pré-requisitos para que o trabalho em grupo se fortaleça e se enriqueça,


melhorando o desenvolvimento do aluno na escola, sociedade e família.
O professor terá ao seu alcance as normas para formar os grupos de trabalho dentro
da sala de aula e orientá-los com sua máxima precisão.
Vê-se que essa atividade para a ação educativa se constitui numa prática de
fundamental importância, que agiliza o processo de maturação do aluno, como meio de
despertar a capacidade a consciência e, assim, agilizar a descoberta da sua verdadeira
identidade, ajudando-o a escolha da profissionalização vocacional.
Inclui o relacionamento professor-aluno, facilitando a transmissão do saber.
Permite a passagem do ensino individual para práticas coletivas que envolvem atitudes,
parceria e a reciprocidade da colaboração. Dessa forma todos interagem partilhando
experiências.

O trabalho em grupo colabora na escola para:


 Completar, fixar e enriquecer conhecimentos;
 Enriquecer experiências;
 Atender às diferenças individuais;
 Desenvolver o senso de responsabilidade;
 Treinar a capacidade de liderança e aceitação do outro;
 Desenvolver o senso critico e a criatividade;
 Desenvolver o espírito de cooperação.
(PILETTI, 1987, p. 115)

Há duas formas de formação dos grupos: espontânea ou dirigida.


Espontânea: Quando o aluno se reúne livremente. Seja por aproximação física na sala de
aula ou por afinidade e preferência pessoal. Nessa formação de grupos é necessário que o
professor não permita que sempre permaneça o mesmo grupo em todas as atividades, para
não haver diferenças com outros grupos. É necessário o professor trocar os membros dos
grupos sempre.
Dirigida: Quando os alunos se reúnem por determinação do professor que utiliza alguns
critérios como: tarefa a ser cumprida, as deficiências a serem sanadas, a acomodação de
elementos que estão sendo excluídos pelos demais membros do grupo.
Para que haja uma maior organização e um bom desempenho é necessário que o
professor selecione o que cada membro do grupo vai realizar:
 Coordenador: orienta e controla a ação do grupo tendo vista os objetivos.
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 Secretário: registra o plano de trabalho a ser desenvolvido, as idéias apresentadas em


relação ao assunto e as conclusões.
 Relator: lê e apresenta as conclusões do grupo ao professor e aos colegas.
O autor ainda define as etapas do trabalho em grupo:
1. Planejamento: Os alunos determinam os objetivos para a atingir, apontam alternativas
para a ação a desenvolver, prevêem os recursos a utilizar e definem os papeis de cada
elemento do grupo.
2. Ação do grupo: Nessa etapa executa-se a ação planejada através do seguimento de
alguns passos: (a) coleta de dados e material coletado relativos ao assunto em estudo. Esse
trabalho pode ser realizado na sala de aula, em casa ou através de excursões, visitas e
entrevistas. Nesse caso cabe ao professor estimular os alunos a pesquisar em diversas
fontes: livros, revistas, jornais, etc. (b) Elaboração dos dados. O material coletado é
apresentado e selecionado, os mais adequados aos objetivos. (c) Conclusão do grupo: será
apresentado aos demais membros da classe de forma metodológica. (d) Avaliação:
possibilita os alunos verificarem se todos os objetivos foram alcançados e se houve o
desempenho de cada um e se correspondem às expectativas do grupo e do professor.

1.4. Algumas atividades que motivam a aprendizagem do aluno

Algumas atividades de motivação que podem ser direcionadas, trazendo grandes


benefícios que proporcionam a saúde física, mental e intelectual do aluno.
Dinâmicas: São instrumentos, ferramentas que estão dentro de um processo de formação e
organização, que possibilitou a criação e recriação do conhecimento. As técnicas de
dinâmicas, em qualquer de suas especificações, não devem ser aplicadas apenas para criar
um modelo novo ou diferenciado. O professor deve aplicar quando busca estabelecer em
bases definitivas uma filosofia formativa que se pretende aplicar em sala de aula, elas são
um meio utilizado para que os educandos ampliem seu conhecimento pessoal. Solucionem
conflitos; facilitem o relacionamento; expressem sentimentos; confrontem idéias;
despertem o sentimento de solidariedade e de confiança mútua.
Existem vários tipos de dinâmicas, entre elas podemos citar:
 Dinamica de apresentação;
 Dinâmicas de integração e conhecimentos;
 Dinâmicas de aprendizagem.
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Dinâmica de Apresentação.
O contato inicial entre pessoas, o que denominamos primeira impressão está
relacionada a inúmeros fatores psicológicos da experiência anterior de cada pessoa, suas
expectativas, medos, ansiedades e motivação no momento da apresentação.
Na escola essa dinâmica é utilizada pelo professor com o objetivo de integração do
grupo, partindo da forma mais elementar de estabelecer-se um relacionamento, dando
oportunidade aos alunos apresentarem seus valores e características pessoais.

Dinâmica de Integração e Conhecimento


Possibilita ao aluno desenvolver o nível de auto aceitação para, consequentemente,
aceitar o outro. São dinâmicas que, ao mesmo tempo que descontraem, favorece ao aluno
aflorar seus sentimentos e emoções.
O aluno ao chegar na escola pela primeira vez, se depara com um ambiente novo,
normalmente, os que são mais extrovertidos ficam tímidos e os alunos tímidos ficam
morrendo de medo. Cabe ao professor utilizar dinâmicas que possibilite ao aluno quebrar
essas barreiras.

Dinâmica de Recreação
Essa dinâmica é importante, porque permite ao aluno quebrar formalidades, mais
energizante, tornando-o mais integrados. Promove ao aluno descontração, criar novas
amizades e aprofundando outras. Seu objetivo é descontrair, fortalecer ao aluno elos de
ligação entre os membros.

Dinâmica de Aprendizagem
Para aprender é preciso que o aluno queira, é preciso viver a vontade para a busca
desse aprendizado. Pode-se aprender de várias técnicas como: ouvindo música, lendo,
vendo filmes, observando a natureza, fazendo novas amizades e no que se refere a escola, o
professor utiliza as dinâmicas de aprendizagem para motivar o aluno a assimilar conteúdos
de maneira mais satisfatória, pois, estimula o raciocínio, exercita a percepção do aluno.

Jogos
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Segundo os dicionários, é qualquer atividade física e mental sujeita à regras que


definem perda ou ganho.
Quando a criança joga, além de estar aprendendo a conviver e a respeitar seus
colegas, ela desenvolve diversas habilidades. O recurso é rapidamente aceito pelas
crianças, pois não encerra o aspecto de obrigação ditada pelo professor. O aluno aprende e
se diverte ao mesmo tempo.

Os arqueólogos mostram que essa é uma ocupação mais


antiga da humanidade, presente em todas as culturas. Por
exemplo, os ossos eram usados para jogos de azar desde os
tempos das cavernas e a bíblia nos conta que os soldados
de Pilatos disputaram o manto de Cristo ‘lançando sortes’.
Bem mais tarde, já no século XVII, para entender quem
ganharia um jogo que fosse interrompido, dois
matemáticos famosos, Pascal e Fermae, criaram os
fundamentos do cálculo de probabilidade, que é
empregado largamente na pesquisa, em diversas áreas de
conhecimento. (MUNDO JOVEM, 2004, p.6)

Os jogos oferecem desafios, com segurança física e afetiva; facilitar e estimular o


desenvolvimento e a aprendizagem, colocar limites, isto é, orientar para que cada aluno
aprenda a ter respeito por si mesmo, pelos outros e pelo ambiente.
Os jogos são de grande importância para o crescimento da criança no processo
ensino-aprendizagem.

Alguns tipos de jogos


 Jogos Calmos: Onde a atividade de criança é mais mental e sensorial que motora;
quando há movimento, estes são calmos, geralmente com mãos e braços.
 Jogos Moderados: Onde a participação dos alunos pode ser alternada, ora o grupo todo
se movimenta, ora uma parte apenas observa. Neste jogos os movimentos são
moderados.
 Jogos Agitados: onde todo o grupo participa ativamente, geralmente correndo e
agitando-se muito.

Ao empregar os jogos em sala de aula, o professor deve cuidar para que a atividade
não se esgote em si mesmo. É necessário que o professor tenha em mente o objetivo de
promover a aprendizagem.
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O jogo somente tem validade se usar adequadamente, na hora certa, essa hora é
determinada pelo professor.
Os jogos são estratégias inovadoras que envolvem os conteúdos curriculares como
ferramentas motivadoras, eles tornam as aulas mais atraentes, devolvendo ao professor e
aluno seu entusiasmo.
Através de jogos o aluno desenvolve sua capacidade de perceber atitudes de
cooperação, testar suas habilidades.
O jogo utilizado em sala de aula é uma proposta pedagógica, que propicia a relação
entre parceiros, percebe-se a diversidade de comportamentos, constroem estratégias para
alcançar a vitória.

Oficinas
São recursos que motivam o aluno, pois possibilita-o a conhecer e trazer a
comunidade diferentes experiências e explorar junto às conhecimentos diversificados. Para
se desenvolver uma oficina é necessário materiais específicos que deverão ser
providenciado com antecedência pelo professor orientador. As idéias são inúmeras, para
que sejam realizadas com sucesso depende da criatividade e flexibilidade dos alunos e
professores.
As oficinas pedagógicas podem ser utilizadas como meio, estratégias de motivação,
bem como favorecem o desenvolvimento cognitivo dos alunos, proporcionando momentos
de alegria coletiva.

Projetos
São verdadeiras fontes de criação, que possibilita o aluno a pesquisas, análise e
novas hipóteses.

Os projetos devem ter um objetivo bem definido e os alunos


precisam entender que as pesquisas, as entrevistas, as
leituras, se destinam a um fim combinado em conjunto entre
os alunos e professores.
(PCNs, apud Nova Escola. Edição Especial, p. 11)

Os projetos podem durar de uma semana a meses. Uma das vantagens dos projetos
é a obrigatoriedade de envolver e o compromisso de todos os alunos. O propósito dos
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projetos não é só ensinar uma única disciplina mas englobar o maior número possível de
disciplina.
Um projeto fornece uma oportunidade para os estudantes disporem de conceitos e
habilidades previamente dominados a serviço de uma nova meta ou empreendimento.

Os projetos favorecem o necessário compromisso do aluno


com sua própria aprendizagem. O fato de o objetivo ser
compartilhado, desde o inicio, e de haver um produto final
em torno do qual o trabalho de todos se organiza, contribui
muito para o engajamento do aluno nas tarefas como um
todo, do que quando essas são definidas pelo professor;
determinadas práticas habituais que não fazem qualquer
sentido quando trabalhadas de forma contextualizada
podem ganhar significado no interior dos projetos...
(PCNs, 1997, p.43)

Aula de Campo
As escolas, geralmente grandes, pouco proporciona ao aluno, aulas dinâmicas que
motivam seus alunos a gostar de aprender.
Muitos estudiosos defendem a idéia de que o ensino deve partir da realidade do
aluno. Mas muitas escolas fogem dessa realidade. Muitas vezes a realidade está fora da
sala de aula.
O aluno ao chegar na escola já trás consigo muitos conhecimentos naturais
adquiridos no ambiente social. As mais diversas aprendizagens da criança ocorrem
naturalmente, por estar em contato com a realidade.
Um outro aspecto importante da aula de campo e a interdisciplinaridade, pois
possibilita o professor trabalhar um assunto englobando várias áreas do conhecimento.

Sair da sala de aula para aprender não é abandoná-la por


completo, mas libertar-se um pouco de sua burocracia
enfadonha e cansativa. A saída da sala de aula para
conhecer a realidade que complementa os programas
curriculares para participar de eventos não representa perda
de tempo. Pelo contrário, consiste em um avanço na
aprendizagem. É um ganhar tempo tanto para alunos como
para professores.
(MUNDO JOVEM, 1999, p. 18)
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A natureza é o melhor livro, pois oferece ao aluno vários aspectos naturais que
podem ser trabalhados observando a natureza, a vida, seu desenvolvimento no dia-a-dia, na
sua realidade evita o estudo puramente teórico da realidade. O ensino se torna mais
prazeroso e eficaz.
Mesmo sendo um meio de motivar a aprendizagem do aluno, a aula de campo deve
ser entendia pelo professor e aluno a importância da mesma, a qual deve ser administrada
com responsabilidade e evitar que a aula vire turismo.

 O professor nunca deve fazer passeios aleatórios. Escolher


locais que tenham importância para o conteúdo que quer
ensinar.
 Elaborar uma lista de metas que deve ser cumprida toda vez
que for pesquisar alguma área, fora da sala de aula. Essa lista
servirá de roteiro para orientar a observação dos alunos.
 É necessário que o professor peça que todos os alunos
escrevam relatórios sobre o que foi observado. A necessidade
de registrar tudo o que observou evita que o aluno desvie a
atenção do objetivo principal.
 Aproveitar os dados coletados durante a aula de campo, pedir
para o aluno produzir redações nas aulas de português,
tornando a atividade ainda mais interdisciplinar.
 O professor deve assumir seu papel de orientador, chamando a
atenção para detalhes importantes observado durante a aula,
como a sinalização de trânsito, as redes de água e luz, se
houver. Se for um lugar simples o professor deve adaptar a
pesquisa conforme a realidade do aluno.
(ESCOLA, 2001, p.41)

O estudo do meio deve envolver não só os alunos, mas o empenho do professor é


fundamental, mostrar para eles que também está motivado na realização da aula, é
necessário o professor fazer anotações, como tudo ocorreu, como foi a motivação dos
alunos e mostrar para outros professores com o intuito de aprofundar propostas
educacionais e consolidando práticas bem-sucedidas.
Segundo os PCN’s (1998, p.93) quando o professor utiliza o estudo do meio como
forma de motivar seus alunos a visitar, passeios, excursões, viagens ou mesmo nos estudos
da organização interna ou externa da sala de aula ou escola, é necessário que elabore uma
metodologia especifica de trabalho, que envolva o contato direto com fontes de informação
documental encontrada em contexto cotidiano da vida social ou natural. Possibilitando ao
aluno conhecer o que se denomina pesquisa cientifica.
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Essa forma de ensino envolve uma metodologia de pesquisa e de organização de


novos conhecimentos. Possibilita o reconhecimento da interdisciplinaridade e de que a
apreensão do conhecimento histórico ocorre no relacionamento entre os conhecimentos
físicos, biológicos, geográficos e artísticos.
Os estudantes não se deparam com um conteúdo histórico pronto, inacabado. Ao
contrário, é uma atividade didática que permite ao aluno estabelecer relações ativas e
interpretativas relacionadas diretamente com a produção de novos conhecimentos,
envolvendo pesquisas com documentos localizados em contextos vivos e dinâmicos da
realidade. O aluno se depara com o todo cultural, o presente e o passado, o particular e o
geral, a diversidade e a generalização, as contradições e o que se pode estabelecer o que
existe de comum no diferente. O estudo do meio é um percurso privilegiado, já que
possibilita aos estudantes adquirirem, progressivamente, o olhar indagador sobre o que está
ao seu redor.
Compreender as relações entre os homens significa
compreendê-las não como universais e genérica, mas como
especificas de uma determinada época inserida em um
contexto. No contato com a fonte de interpretação, por via
do estudo o meio podem ser criadas oportunidades para os
alunos confrontarem o que imaginavam ou sabia com que a
realidade apresenta como materialidade da vida, em todas
suas contradições dinâmicas. Nesse sentido, o que se
observa provoca conflitos fundamentais, que instigam os
alunos a compreender a diversidade de interpretações sobre
uma mesma realidade e a organizar as suas próprias
conclusões como mais algumas possíveis.
(PCNs, 1998, p.96)

As atividades desenvolvidas na pesquisa de campo se tornam mais significante para


o aluno, quando ele tem oportunidade de conviver e conversar com pessoas que habitam no
local, o vocabulário diferenciado, as experiências, as vivencias, os costumes e tradições
praticadas por eles.
Exercitando-se através de aula de campo dinâmicas e criativas, o professor poderá
estreitar laços pessoais e profissionais, o que permitirá condições para que coletivamente
encontrem soluções para os desafios da prática pedagógica. Ao longo das aulas o professor
pode descontrair um pouco o ambiente, estabelecer diálogos sem censuras, conversar
descontraidamente com seus alunos, como um bate-papo que flui naturalmente após a aula.
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CONCLUSÃO

Para que o ensino se torne mais adequado aos objetivos da escola e da sociedade, é
preciso se verificar de que forma se obtém os resultados. É preciso que criativas técnicas
de ensino sejam utilizadas. Entretanto, essas técnicas devem ser vistas como um meio e
não como um fim em si mesma.
Dentro do processo de ensino, o professor deve desenvolver este, com uma visão
dinâmica e democrática que ressalta o ensino pela ação que se fundamenta em uma
aprendizagem consciente e duradoura que depende do esforço pessoal do aluno, e que
implica em observação, reflexão e experimentação. O aluno deve ser ajustado a cada aula.
O ensino deve visar o aluno com uma personalidade global, isto é, nos seus aspectos
cognitivos, afetivos e psicomotores. As matérias de ensino devem ser estruturadas de tal
modo que o aluno perceba a unidade e a inter-relação das áreas do conhecimento humano.
O ensino deve, não só respeitar a individualidade dos educandos, mas também prepará-los
para a participação na vida comunitária adulta através das atividades escolares.
Desta forma, o ensino socializado, através de ação vai desaguar na composição de
grupos de estudos, ou seja, o trabalho grupal, atravessa o ensino globalizado e culmina
com o ensino socializado.
A grande motivação deve se apresentar num plano que ofereça ambas as
alternativas: pista para a reflexão e guias para uma ação transformadora. Ao primeiro
respondem as dinâmicas, e o segundo, os instrumentos.
Para prender a atenção dos alunos e promover a aprendizagem satisfatória, o
professor precisa unir teoria e prática envolvendo expressões incentivadoras que incluam
aulas movimentadas, mediadas por um trabalho interdisciplinar utilizando-se das diferentes
linguagens das artes e do lúdico, sem padronizar, oportunizando aos alunos desenvolver
seus potenciais, despertando nele o gosto de aprender e permanecer na escola. Para isso, é
preciso que a escola desperte nele os seus motivos e sua concepção de educação, é
importante que ele entenda por que precisa aprender.
A nova proposta pedagógica defende a idéia de que o aluno aprende a fazer
fazendo. “O homem aprende pela ação.” Assim, utiliza-se da dinâmica de grupo, as
atividades lúdicas, aulas de campo, a utilização de sucatas, oficinas, projetos, música,
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pintura, desenhos, recortes, entre outras propostas, como meio de garantir a participação
efetiva de todos os alunos e facilitar as relações interpessoais, despertando a motivação.
O professor, no seu dia-a-dia da sala de aula, pode constatar que vale a pena
investir na motivação, estabelecendo metas individuais a fim de que os alunos
desenvolvam o critério de sucesso, desperte emoções positivas e torne a atividade
emocionante e agradável.
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