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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE
CURSO DE LICENCIATURA EM

Nome da estudante

A Motivação em Contexto Escolar

Quelimane

2023
Nome da estudante

A Motivação em Contexto Escolar

Trabalho de carácter Avaliativo a ser


apresentado na cadeira de xxx, na
Faculdade de xxxx, recomendado por

Quelimane

2023
Índice
Introdução............................................................................................................................................4

Objectivos............................................................................................................................................4

Geral.....................................................................................................................................................4

Específicos...........................................................................................................................................4

Metodologia.........................................................................................................................................4

1.A MOTIVAÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR..............................................................................5

1.1.Conceito de Motivação..................................................................................................................5

1.2.Motvação no Contexto Escolar......................................................................................................6

1.3.Tipos de Motivação no contexto escolar........................................................................................6

1.3.1.Motivação Extrínseca..................................................................................................................7

1.3.2.Motivação Intrínseca...................................................................................................................8

1.4.Motivação na sala de aula............................................................................................................10

Conclusão...........................................................................................................................................13

Referências bibliográficas..................................................................................................................14
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Introdução

No presente trabalho pretende-se falar sobre a Motivação em Contexto escolar. Assim, como
prelúdio do trabalho, é important frisar que nos dias de hoje, a palavra “motivação” é, uma das mais
usadas pelos professores e outros responsáveis pela educação, em particular a educação formal, para
justificar quer o insucesso quer o sucesso dos alunos, em particular no ensino e na aprendizagem da
ciência escolar.

Tendo em conta que o aluno motivado envolve‐se com as tarefas em sala de aula, no esforço de
aprender com a perseverança que exige a tarefa. Já o aluno desmotivado, ao realizar as tarefas não
viabiliza seus esforços pessoais, ao fazer o mínimo, ou não realizar as tarefas que exigem um pouco
mais de esforço.

Nesta perspectiva, muitos professores colocam a alegada “falta de motivação” dos alunos como
primeiro obstáculo à compreensão e aprendizagem dos conteúdos escolares.

Objectivos
Geral
 Descrever a motivação no context escolar;
Específicos
 Definir o conceito de Motivação;
 Identificar os tipos de motivação existentes;
 Caracterizar a motivação no processo de ensino e apendizagem.
Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu-se ao método bibliográfico, que consistiu na leitura
de diversas obras que versam sobre A Motivação em Contexto Escolar, sobretudo no processo de
ensino e aprendizagem, constituido por artigos, obras completas, quer físicas, quer virtuais.
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1.A MOTIVAÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR

1.1.Conceito de Motivação

A motivação não é algo que se possa verificar diretamente, portanto ela vem sendo observada sob
diversas formas, e através do comportamento motivado vai gerar energia e uma necessidade que
instiga e se procede, com o intuito de atingir uma meta, pois está ligada a busca de resultados
satisfatórios, (Lima, 2000).

A palavra motivação vem do Latim “motivus”, relativo a movimento, coisa móvel. Vemos que a
palavra motivação, dada a origem, significa movimento. Quem motiva uma pessoa, isto é, quem
lhe causa motivação, provoca nela um novo ânimo, e ela começa a agir em busca de novos
horizontes, de novas conquistas (Nakamura, 2005).

Bergamini (1997) explica que a motivação é um impulso que vem de dentro e que tem, portanto,
suas fontes de energia no interior de cada pessoa.

A motivação pode ser definida como o conjunto de fatores que determina a conduta de um
indivíduo. A motivação tem sido alvo de muitas discussões. No campo clínico, quando se estudam
algumas doenças, na educação, voltada para o processo de aprendizagem. Na vida religiosa, quando
se tenta compreender o que motiva alguém a ter fé numa determinada crença. E, nas organizações,
buscando obter um maior rendimento dos profissionais que formam o quadro de uma corporação
(NAKAMURA, 2005).

Já na visão de Chiavenato (1999), a motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em


direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade de satisfazer
objetivos individuais. A motivação depende da direção (objetivos), força e intensidade do
comportamento (esforço) e duração e persistência.

Diante do exposto, podemos definir a motivação como o conjunto de factores que determinam a
conduta de um indivíduo. A motivação tem sido alvo de muitas discussões. No campo clínico,
quando se estudam algumas doenças, na educação, voltada para o processo de aprendizagem. Na
vida religiosa, quando se tenta compreender o que motiva alguém a ter fé numa determinada crença.
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E, nas organizações, buscando obter um maior rendimento dos profissionais que formam o quadro
de uma corporação.

1.2.Motivação no Contexto Escolar

Nos contextos de aprendizagem, como apontam Stipek (1998) e Printrich (2003), a motivação
pode ser inferida por meio de comportamentos observáveis dos alunos, os quais incluem o iniciar
rapidamente uma tarefa e empenhar-se nela com esforço, persistência e verbalizações.

A motivação está ligada a interação dinâmica entre as características pessoais e os contextos em


que as tarefas se desenvolvem. Quanto aos contextos destaca-se quatro aspectos essenciais: o
começo da aula, a organização das aulas, a interação dos professores com seus alunos e a
avaliação da aprendizagem, (Tápia e Fita, 2015, p. 15).

No contexto escolar a motivação se apresenta em diferentes espaços de socialização, a exemplo


das salas de aulas e espaços de recreação, aos quais ocorrem as interações formativas. Nesse
sentido, Lourenço e Paiva (2010) afirmam que a motivação dos alunos na escola tem
consequências directas no envolvimento e qualidade do ensino-aprendizagem, um estímulo
significativo para ser produzido nas práticas pedagógicas. Tais considerações perpassam por
diferentes estratégias motivacionais, a fim de alcançar ensino de qualidade, aprendizagem
significativa dos alunos e práticas docentes profícuas para a escola.

1.3.Tipos de Motivação no contexto escolar

Factores internos e externos influenciam na maneira de como a pessoa desempenha suas ações e
de como as vê o mundo. O desenvolvimento de sua capacidade pode depender dos factores que
estão presente no seu processo motivacional. Pois a motivação é reflexa de diversos factores que
afectam os estímulos do comportamento, acontece por meio de incentivos, quando realizado com
intensidade, torna-se gratificante e prazeroso. Porém quando há falta de estímulos o individuo
pode sentir-se desmotivado, (Bzuneck 2004).

Deste modo, Printrich, (2003) explica que existem diferentes tipos de motivação no contexto
escolar, que podem ser divididos em dois grupos principais: motivação intrínseca e motivação
extrínseca:
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1.3.1.Motivação Extrínseca

A Motivação extrínseca é aquela que surge de fatores externos ao indivíduo, como recompensas
ou punições. Alguns exemplos de motivação extrínseca no contexto escolar incluem:

 Recompensas tangíveis: como notas boas, prêmios ou elogios.

 Recompensas sociais: como a aprovação dos colegas, reconhecimento dos professores ou dos
pais.

 Punição: o medo de consequências negativas, como reprovação ou broncas.

Deste modo, na motivação extrínseca, o controlo da conduta é decisivamente influenciado pelo meio
exterior, não sendo os factores motivacionais inerentes nem ao sujeito nem à tarefa, mas
simplesmente o resultado da interacção entre ambos. Na motivação intrínseca, ao contrário, o
controlo da conduta depende sobretudo do sujeito em si, dos seus próprios interesses e disposições.

A motivação extrínseca está assim relacionada, tal como reforça Tapia (1997), com metas
externas, ou seja, com situações em que a conduta se produz com a finalidade de apenas se
receber uma recompensa ou se evitar qualquer punição ou castigo. Nessas situações, o sujeito
preocupa-se, sobretudo com a sua imagem, com o seu “eu”.

Na motivação extrínseca os alunos cumprem as tarefas para obterem recompensas externas e/ou
demonstrar suas competências e capacidades às outras pessoas. Para exemplificar esse continuum
de desenvolvimento, imagina‐se porque um aluno realiza uma tarefa ou participa da aula. Podem ‐
se fazer também algumas perguntas ao indivíduo, se ele realiza um mesmo trabalho caso este não
fosse seguido de punições ou recompensas. Se ele realiza o trabalho mesmo sem esses fatores
externos, então estará motivado intrinsecamente.

No primeiro momento a regulação externa, o aluno faz porque há pressões ou incentivos. No


segundo momento, realiza a atividade por regulação introjetada, existe um sentimento de culpa se
não fizer a tarefa. Outra, a regulação identificada, traz dentro de si um comportamento pessoal, irá
envolver‐se porque acha importante. A última seria a regulação integrada, está muito próxima da
motivação intrínseca, pois o aluno compreende a importância da realização da atividade sem
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nenhuma pressão ou recompensa para fazer, tem o processamento profundo de informações e


criatividade.

1.3.2.Motivação Intrínseca

A motivação intrínseca corresponde, por seu turno, a situações em que não há necessariamente
recompensa deliberada, ou seja, relaciona-se com tarefas que satisfazem por si só o sujeito;
correspondem-lhe, por isso, metas internas. Vários autores identificam as metas
externas como metas de rendimento e as metas internas como metas de aprendizagem (Arias,
2004).

Portanto, a Motivação intrínseca é aquela que surge de dentro do próprio indivíduo, ou seja, é a
motivação que vem do interesse pessoal e da satisfação em realizar uma atividade. Alguns
exemplos de motivação intrínseca no contexto escolar incluem:

 Curiosidade: o aluno é motivado pelo desejo de aprender e descobrir coisas novas.

 Autonomia: o aluno se sente motivado quando tem a liberdade de tomar decisões e ter
controle sobre o próprio aprendizado.

 Competência: o aluno se sente motivado quando percebe que está progredindo e


desenvolvendo habilidades.

Os alunos com metas de aprendizagem envolvem-se mais facilmente na própria aprendizagem, de


forma a adquirir conhecimentos e desenvolver competências, enquanto que os alunos com metas
de rendimento estão mais preocupados em demonstrar os seus níveis de competência e com os
juízos positivos que deles se possa fazer.

Os alunos movidos por motivação intrínseca têm, assim, face às tarefas escolares, o objectivo de
desenvolver as suas competências; aqueles que, ao contrário, são sobretudo impulsionados por
mecanismos de motivação extrínseca, o seu objectivo é apenas obter avaliações positivas (Arias,
2004).

Na mesma sena, Guimarães, (2004) explica que o envolvimento de um aluno motivado


intrinsecamente pode ser descrito na seguinte situação: alta concentração, de tal modo que não vê
o tempo passar; realiza tarefas sem esperar necessariamente alguma premiação; permite superar
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desafios, quando vence um está pronto para ampliar as possibilidades de atingir outros níveis de
habilidades.

Quando confrontados com tarefas específicas, alguns alunos reagem por um aumento de esforço,
de persistência e de maior envolvimento na acção; outros, pelo contrário, tentam escapar-se e
manifestam reacções de inibição. Destes dois tipos de comportamento advêm geralmente
resultados escolares diferentes, mais satisfatórios no primeiro e menos no segundo, algo que
vários autores atribuem a diferenças motivacionais dos sujeitos (Fontaine, 1990).

Significa que um indivíduo intrinsecamente motivado procura novidade, desafios, entretenimento,


oportunidade para adquirir novas habilidades. Envolver‐se em uma actividade intrinsecamente
promove ao aluno condições favoráveis para facilitar o aprendizado e o desempenho.

É importante ressaltar que a motivação intrínseca é considerada mais duradoura e benéfica para o
aprendizado, pois o aluno se sente motivado pelo prazer de aprender e não apenas por recompensas
externas. No entanto, a motivação extrínseca pode ser útil para incentivar e engajar alunos que ainda
não possuem uma motivação intrínseca desenvolvida.

Todavia, de uma forma geral a Teoria da Atribuição da Casualidade (TAC), indicada por
Boruchovitch (2009, apud Lourenço; Paiva, 2010), a motivação ocorre tanto de forma intrínseca
quanto de forma extrínseca, visto que o aluno pode realizar determinada actividade tanto pelo
prazer ou por um sentimento motivador próprio em busca do conhecimento, como pela busca de
aceitação ou de aprovação de terceiros.

Na mesma ordem de ideias, afirma Perrenoud (2004) que não basta apenas motivar, provocar o
interesse do aluno ou sensibilizá-lo, mas manter o entusiasmo inicial dos alunos principalmente
quando enfrentam obstáculos na aprendizagem, por mecanismos que produzam superação de
problemas e sejam aproveitado.

Neste sentido, os objectos de conhecimento das trajectórias de ensino, características


socioculturais dos sujeitos e os contextos escolares em que as práticas pedagógicas são
desenvolvidas influenciam a prática docente, aos quais refletem de forma positiva ou negativa na
construção motivacional do aluno. Desse modo, a importância do professor enquanto mediador
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dos processos motivacionais é fundamental para desenvolvimento da aprendizagem, conforme


Allal (1988, apud Estrela; Nóvoa, 1999, p. 179) expõe ser:

Sempre útil, se pudermos aspirar a uma pedagogia eficaz, saber para que domínios
pretendemos conduzir os alunos, por que caminhos; precisar quais os meios que se
utilizam para observar os domínios atingidos ou em vias de aquisição, os métodos
de trabalho, as atitudes, os funcionamentos mentais e o modo como pretendemos
intervir junto dos alunos, através de regulações “pró-activas”, interactivas ou
retroactivas.

Nessa dinâmica o docente atua diretamente no interesse do aluno em aprender, tornando-se base
motivacional para que esse construa compreensão e sentimento de inserção no contexto escolar e
em sala de aula. As interações constituídas nessa trajetória devem buscar metas e estratégias que
se aproximem dos interesses de ambos, de modo a desenvolver uma pedagogia inovadora e
voltada as questões que emergem na escola e na sociedade.

1.4.Motivação na sala de aula

A motivação na sala de aula é um factor essencial para o sucesso do processo de ensino-


aprendizagem. Quando os alunos estão motivados, eles se envolvem mais activamente nas
actividades, têm um maior interesse pelo conteúdo e estão mais dispostos a aprender.

Quando os alunos têm como objectivo pessoal o domínio dos conteúdos, e não apenas a conclusão de
tarefas ou o conseguir nota suficiente, irão empenhar-se, investir tempo e energia psíquica em
determinadas actividades mentais. Esta postura activa do aluno deve ser reforçada pelo professor,
nomeadamente com o uso de estratégias cognitivas e metacognitivas, que incluem desde métodos
que levem à compreensão de um texto, como fazer resumos, esquemas ou levantar questões, até à
gestão do tempo disponível para o estudo (Pintrich, 2003).

Existem várias estratégias que os professores podem utilizar para promover a motivação dos alunos
na sala de aula. Uma delas é tornar as aulas mais interactivas e participativas, proporcionando
oportunidades para que os alunos possam se expressar, fazer perguntas e compartilhar suas opiniões.
Isso ajuda a criar um ambiente de aprendizagem mais dinâmico e estimulante.
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A importância de fazer interagir as dimensões cognitiva e afectiva na aquisição de conhecimentos


será mais pertinente na modificação de atitudes e valores do que propriamente na obtenção de
melhores resultados. A modificação de atitudes e valores favorece, no entanto, por si só melhores
conhecimentos. A tomada de consciência da natureza do saber e do facto de cada um ter um
potencial para aprender que pode aumentar com o envolvimento da sua própria personalidade suscita
nos alunos a auto-confiança e a valorização de si próprios, necessárias a qualquer desenvolvimento e
aprendizagem. É nesse sentido que Tapia (1997) afirma não ser possível ensinar a pensar
adequadamente, se não se trabalhar a motivação e vice-versa. Para ele, querer e saber pensar são
condições pessoais que permitem a aquisição e aplicação de conhecimentos quando necessário.

O professor deverá ter sempre um papel decisivo, mesmo que se resuma ao fornecimento de
“incentivos motivantes”. Para isso, é necessário o professor actuar activamente para melhorar a
motivação do aluno, ao mesmo tempo que o ensina a pensar, como é importante saber ensinar a
pensar, ao mesmo tempo que se tenta melhorar a motivação para aprender (Tapia, 1997). É desejável
que o professor promova na sala de aula um ambiente afável, transmitindo ao aluno um sentimento
de pertença, onde se sinta integrado e veja legitimadas as suas dúvidas e os seus pedidos de ajuda.

No entender de Boruchovitch (2009) a motivação, em concreto, não é somente uma característica


própria do aluno, mas também mediada pelo professor, pela ambiente de sala de aula e pela cultura
da escola. Na opinião da autora, das distintas formas de promover a motivação, a principal é que o
próprio professor seja um modelo de pessoa motivada.

Deste modo, é importante que os professores relacionem o conteúdo das aulas com a vida real dos
alunos, mostrando a importância e relevância do que está sendo ensinado. Isso ajuda a despertar o
interesse e a curiosidade dos alunos, tornando o aprendizado mais significativo.

Outra estratégia eficaz é estabelecer metas e desafios para os alunos, incentivando-os a superar seus
limites e alcançar um bom desempenho acadêmico. Reconhecer e recompensar o esforço e o
progresso dos alunos também é fundamental para manter sua motivação.

A última palavra cabe, todavia, sempre ao aluno. Martín Díaz e Kempa (1991) defendem, a esse
respeito, que se devem ter em conta as características individuais dos alunos, se o objectivo for o de
melhorar o processo de ensino e de aprendizagem. Em sua opinião, os materiais didácticos poderão
até ser os “melhores”, mas tornarem-se inúteis se os alunos não estiverem interessados neles; as
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supostas “melhores” estratégias didácticas não terão qualquer resultado positivo se os alunos não se
encontrarem motivados para elas.

Estas preferências por métodos de ensino e por estratégias de aprendizagem diferentes são
determinadas pelo “estilo motivacional” de cada um. A literatura sobre esta problemática identifica, a
esse respeito, quatro categorias de alunos: os que procuram o sucesso, os curiosos, os conscienciosos
e os socialmente motivados (Martín Díaz e Kempa, 1991).

Do ponto de vista educativo, partilhamos com Neto (1996) a ideia de que o ideal no acto educativo
seria o professor ter em conta a multiplicidade de estilos motivacionais existentes na sala de aula e
ser capaz de adaptar as características dos procedimentos didácticos a essa multiplicidade. Se existe
grande preocupação face à forma como os conhecimentos prévios dos alunos influem na forma como
aprendem e constroem conhecimento, também devem ser tidos em conta as suas características
motivacionais.

Assim, é importante também que os professores criem um ambiente de apoio e incentivo, no qual os
alunos se sintam seguros para expressar suas ideias e cometer erros. Isso ajuda a construir a
confiança dos alunos em suas habilidades e os encoraja a se esforçar e persistir mesmo diante de
dificuldades.

Os alunos socialmente motivados, por exemplo, reagem melhor em situações de aprendizagem em


grupo e os curiosos em situações de resolução de problemas. A força motivadora de determinada
estratégia resulta, desse modo, não da estratégia em si, mas da interacção da mesma com as
características individuais dos alunos, nomeadamente com os seus estilos motivacionais e
cognitivos.

Estamos conscientes, no entanto, que, perante a realidade concreta, intrinsecamente complexa e


imprevisível, essa tarefa se apresenta difícil. Seja como for, o professor deverá optar sempre, em
nosso entender, por uma diversidade de processos pedagógicos, visando promover a motivação
(intrínseca, extrínseca ou combinada) do maior número de alunos.

Em suma, a motivação na sala de aula é um fator crucial para o sucesso do processo de ensino-
aprendizagem. Os professores têm um papel fundamental em criar um ambiente estimulante,
interativo e desafiador, no qual os alunos se sintam motivados a aprender e desenvolver todo o seu
potencial.
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Conclusão

Em jeito de conclusão, aferimos que no ambiente escolar, a motivação tem se mostrado um dos
factores que favorecem o aprendizado e sua falta deixa espaço para a passividade, para a
indisciplina, e desconcentração. O aluno motivado procura novos conhecimentos e oportunidades,
demonstrando envolvimento com o processo de aprendizagem, ele participa com entusiasmo nas
tarefas e revela disposição para novos desafios.

Assim, a motivação apresenta dois fatores motivacionais, a primeira é caracterizada como


motivação extrínseca, é o motivo da ação proveniente do meio, são os motivos onde se recebe
algum premio, objeto que gera um sentimento por realizar algo, em troca de recompensa, é o
desejo próprio sem nenhuma influência externa. São estímulos diferentes como a que nasce do
próprio sujeito, relacionado ao meio no qual está inserido.

Já motivação intrínseca é caracterizada como sentimento de satisfação pessoal, é quando se


realiza algo por interesse próprio, força de vontade e competência. Motivação são estímulos
diferentes, como a que nasce do próprio sujeito e o que causa no mesmo devido ao meio no qual
está inserido. A motivação extrínseca é promovida por recompensas, prêmios, aprovação e
elogios, que sempre acaba influenciando na aprendizagem, pois motivação intrínseca é a
satisfação e gratificação pessoal experimentada.

Os professores podem e devem usar a força motivacional dentro da sala de aula, o que não
acontece muitas vezes, de modo que destaque o esforço como valor importante e também
apresente e promova desafios, curiosidade e diversifique o planejamento de actividades.
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Referências bibliográficas

Arias, J. F. (2004). Perspectivas recientes en el estúdio de la motivación: la teoría de la orientación


de meta. Revista Electrónica de Investigación Psicoeducativa.

Boruchovitch, E. (1999). Estratégias de aprendizagem e desempenho escolar: Considerações para a


prática educacional. Psicologia: Reflexão e Crítica.

Boruchovitch, E. (2009). A motivação do aluno (4.ª ed.). Rio de Janeiro: Editora Vozes.

Bzuneck, J.A. (2001). O esforço nas aprendizagens escolares: mais do que um problema
motivacional do aluno. Revista Educação e Ensino – USF.

Cavenaghi, A. R. (2009). Uma perspectiva autodeterminada da motivação para aprender língua


estrangeira no contexto escolar. Ciências & Cognição.

Fontaine (1990). Motivação e realização escolar. In B. Campos, Psicologia do desenvolvimento e


educação de jovens. Lisboa: Universidade Aberta.

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Pintrich, P.R. (2003). A motivational science perspective on the role of student motivation in
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publicada. Évora: Universidade de Évora.

Stipek, D.J. (1998). Motivation to Learn: from theory to practice. Englewood Cliffs, NJ: Prentice
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