Você está na página 1de 13

UNIÃO BRASILEIRA DE FACULDADES – UNIBF

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

JONATAN MICHEL

A MOTIVAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE RESGATE DA


PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS
INICIAIS
JOINVILLE, FEVEREIRO, 2021

JONATAN MICHEL

A MOTIVAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE RESGATE DOS ALUNOS


COM BAIXA PARTICIPAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS
INICIAIS

Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado para


obtenção do grau de Licenciado no curso de Graduação em
Pedagogia, da União Brasileira de Faculdades, UNIBF.

Orientadora: Profa. Phd Claudineia Conationi Da Silva


Franco
JOINVILLE, FEVEREIRO, 2021

RESUMO

Um dos muitos desafios encontrados no ensino atualmente está diretamente relacionado com
a falta de motivação dos alunos, por isso é preciso que a escola e os professores levem em
conta as interrelações entre o aluno/professor e variados métodos didáticos, o que se constitui
como importante instrumento no despertar da autodeterminação. Deve-se considerar que a
motivação é algo que precisa de um estímulo para acontecer, tratando de dois modos de
motivação temos a motivação intrínseca que aborda a parte intrapessoal do sujeito, no qual o
estímulo é a satisfação pessoal, o bem estar em ser útil ou realizar algo, por exemplo, gostar
de fazer desenho, e a motivação extrínseca aborda a área interpessoal, e tem haver com
recompensas na área social, no coletivo, por exemplo, o primeiro lugar num jogo de tênis de
mesa. Sabendo a importância das relações e do método didático diferenciado, é preciso
moldar as aulas através do conhecimento e análise da motivação dos alunos e mantê-la
frequente, podendo iniciar com uma recompensa no decorrer das aulas, a fim de que esta
motivação se torne algo recorrente e potencialize as capacidades do sujeito, elevando sua
autoestima e fazendo-o reconhecer seu papel na escola e a importância do conhecimento para
sua vida.

Palavras-chave: interrelações, estímulo, motivação, metodologia didática, autodeterminação.


INTRODUÇÃO

Sabe-se da importância da motivação para o processo ensino aprendizagem dessa


forma, este trabalho mostrará os caminhos que os agentes de ensino podem percorrer para
manter os alunos motivados e comprometidos com o estudo.
O desafio apresentado neste trabalho é trazer ao entendimento características de linhas
de pensamento sobre a motivação de forma que o docente possa trabalhar e se planejar no
resgate dos discentes desmotivados e difíceis de cativar pelas práticas pedagógicas
convencionais.
O objetivo desta pesquisa é demonstrar através de discussões de autores que é possível
um aluno desmotivado voltar a sentir gosto pelo estudo e pela aprendizagem se a abordagem
for desenvolvida com técnica, levando em conta a indivualidade de cada um.
O presente estudo abordará ainda, conceitos como: motivação intrínseca, extrínseca e
autodeterminação, como objetos de conhecimento para o professor levar em conta no plano
do método didático sobre a ótica individual de cada aluno acerca de seu desempenho, sempre
analisando também o coletivo e o protagonismo de cada discente neste contexto social.
É esperado do aluno uma motivação frequente, autoderminada, ou seja, que não seja
somente com movimento através de um impulso externo de recompensa, porém, neste artigo
é expresso que a ação do aluno deve estar alicerçada numa metodologia didática clara e
objetiva das atividades, a fim de mostrar seu propósito e finalidade, de forma a construir uma
consciência autônoma para que o discente saiba o seu papel a realizar e até onde pode chegar.
Dessa forma, esse artigo tem o intuito de expor a importância da busca de novas
tecnologias e métodos para o ensino, de maneira a incentivar que profissionais da educação
estejam mais atentos a forma como se propõem a motivar seus alunos, mas que também
estejam cientes que cada educando possuí características próprias de autodeterminação.
Vale ressaltar que essa pesquisa foi realizada de forma qualitativa básica com a
utilização de livros e artigos científicos com o intuito descritivo.

1. CONCEITOS PARA O ALCANCE DA MOTIVAÇÃO ESCOLAR

1.1 A IMPORTÂNCIA DAS INTERRELAÇÕES E MÉTODO DE ENSINO

No contexto escolar encontra-se muitos desafios no que tange a motivação própria do


aluno e a maneira que o conhecimento é absorvido com qualidade pelo mesmo. O despertar
da motivação gera comprometimento deste aluno para com seu estudo e um dos meios para
seu surgimento é proporcionar de maneira didática as interrelações com os colegas de sala,
com isso proporcionando o compartilhamento do conhecimento, sendo que em paralelo se faz
necessário a diversificação de métodos de ensino. Neste sentido Vygotsky (2001) afirma que
[...] “a produção humana distingue-se por seu caráter coletivo e sempre precisa de certo grau
de organização das forças sociais como momento preliminar para seu surgimento”.
A apresentação de técnicas de ensino variadas auxilia na dinamização das relações dos
discentes e também fortalece o aprendizado, pois, dependendo da abordagem e do método
escolhido em relação a análise do professor para o momento o aluno terá mais opções de
captura do conteúdo .
A motivação depende das relações para surgir, porém, ainda em primeiro lugar ele é o
sujeito, individual com suas limitações e particularidades próprias de si mesmo, o coletivo é
importante para crescimento do saber, mas isso só é consumado e potencializado na esfera
individual, cada qual com suas características privadas e únicas de como aprender.
Fortalecendo o conhecimento, nesta premissa Vygotsky et al. (2001) afirmam que [...] “a
aprendizagem se inicia em um nível interpessoal para depois ocorrer em um nível
intrapessoal, ou seja, através das relações o aprendizado será fortalecido e o conhecimento
logo é canalizado e absorvido individualmente.”

1.2 A IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES A SEREM TRABALHADAS

Com métodos variados de ensino e as interrelações acontecendo é possível despertar o


compromisso e a motivação, no entanto, para ela ocorrer é importante que o discente tenha a

consciência da necessidade de aprender ou participar das aulas como um ato voluntário que
parte de si e não algo no sentido obrigatório. Neste contexto para que seja alcançado este
objetivo, é importante saber que:
As necessidades humanas, segundo Maslow, estão arranjadas numa hierarquia que
ele denominou de hierarquia dos motivos humanos. Conforme o seu conceito de
premência relativa, uma necessidade é substituída pela seguinte mais forte na
hierarquia, na medida em que começa a ser satisfeita. Assim, por ordem decrescente
de premência, as necessidades estão classificadas em: fisiológicas, segurança,
afiliação, auto-estima e auto-realização. A necessidade fisiológica é, portanto, a mais
forte, a mais básica e essencial, enquanto a necessidade de auto-realização é a mais
fraca na hierarquia de premência. (HESKETH & COSTA, 1980, p.01).

O sujeito para encontrar a autorrealização precisa ter forças a alcançá-la, pois é


necessário que as necessidades mais básicas do indivíduo sejam sanadas, para dar espaço ao
surgimento da autorrealização em sobreposição as necessidades primárias.

1.3 MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E EXTRÍNSECA

A diversidade de sujeitos, personalidade, comportamentos variados, progresso e


comprometimento em uma escola ou sala de aula é muito vasto, pois a motivação do aluno
parte dele com sua consciência associada as relações externas para ser e estar motivado. De
acordo com SILVA (2014) “[...] a motivação extrínseca e a motivação intrínsecas são dois
tipos de motivação utilizadas no estudo motivacional também na esfera escolar”. Sobre estes
tipos de motivação o autor ainda comenta que:
“Entende-se, pois, que a motivação intríseca relaciona-se com as potencialidades do
indivíduo, com a sua própria capacidade de buscar e exercitar a necessidades e
aptidões, a fim de atingir a satisfação. [...] E é nessa perpectiva que se apresenta a
motivação extrínseca, associada com as condições externas, as condições socio-
ambientais. Basta dizer que nesse tipo de motivação o indivíduo relaciona-se com a
uma determinada situação com a qual ele poderá beneficiar-se, uma recompensa, por
exemplo.” ( SILVA, 2014, p.29)

Como comenta o autor acima a motivação intrínseca é algo ligado a satisfação


pessoal e a extrínseca é ligada a benefícios através das relações externas, que pode-se obter
uma recompensa, propiciando uma acendência na motivação. Muitas vezes a didática em
sala e as interrelações não sucitam no aluno a sua auto-determinação imediatamente, pois
podem estar envolvidos diversos fatores externos ao contexto sala de aula e estudo, como
questões pessoais, familiares, físicas entre outros, por isso a recompensa é uma boa

estratégia para elevar a motivação dos alunos que estão desmotivados. Nesta premissa
JESUS (2008) comenta que “[...] a utilização de recompensas pode resultar numa fase inicial
quando os alunos apresentam uma motivação muito baixa para as atividades escolares. No
entanto, quando os alunos começam a envolver-se nestas atividades, as estratégias deverão
ser diferentes, incentivando a sua motivação intrínseca.”
Então, visto que a recompensa é um empurrão motivacional, pode resultar dos
alunos menos motivados passar a caminhar para a auto-determinação, sabendo que o
comportamento do aluno muda em relação a proposta docente, pois o mesmo tem uma meta
a atingir e que exige um grau de comprometimento maior, onde isso podemos chamar de
estímulo. Ainda que haja sistema de recompensas e métodos variados de ensino, e relações
em sala que propiciem a troca de conhecimentos, o aluno enquanto sujeito da questão deve
ter consciência, ou tomar consciência do objetivo do para que ele está estudando ou o
porquê a escola é importante, sendo que não somente os fatores externos elevem a
movimentação deste aluno, mais sua autodeterminação que vem de si próprio o sustente
quando até mesmo não haja um estímulo desejado. Contudo, em todo este contexto, de
acordo com os PCNs de Ciências BRASIL (1998) “[...] a aprendizagem significativa
depende de uma motivação intrínseca, isto é, o aluno precisa tomar para si a necessidade e a
vontade de aprender”. Neste ponto não trata-se somente de estímulos externos
caracterizado pela evolução do aluno mediante seu comprometimento acendido pela
motivação, porém este, permanecendo constante na ação do aluno numa perpectiva
interpessoal , atingindo o objetivo principal que é o aprendizado, e se tratando deste ponto,
de modo a aprofundar este conhecimento a cerca da motivação intrínseca, existe:
Três necessidades psicológicas inatas, subjacentes à motivação intrínseca, são
propostas pela Teoria da Autodeterminação: a necessidade de autonomia, a
necessidade de competência e a necessidade de pertencer ou de estabelecer vínculos.
A satisfação das três é considerada essencial para um ótimo desenvolvimento e
saúde psicológica. Em situações de aprendizagem escolar, as interações em sala de
aula e na escola como um todo precisam ser fonte de satisfação dessas três
necessidades psicológicas básicas para que a motivação intrínseca e as formas
autodeterminadas de motivação extrínseca possam ocorrer.
( GUIMARÃES & BORUCHOVITCH, 2004, p.145)

No ambiente escolar o papel do professor é muito importante como mediador, segundo


JESUS (2008) “O professor na sala de aula é um líder, pois procura influenciar os seus alunos
para que estes se interessem pelas aulas, estejam atentos, participem, apresentem
comportamentos adequados e obtenham bons resultados escolares.” E para o professor em
todo este processo de motivação e aprendizagem do aluno, é ideal centralizar a prática

pedagógica nos elementos que tratam da vontade do aluno, é preciso que o professor trate as
ações que ativam os alunos através de recompensa, como algo não frequënte levando os
alunos dependentes de tais práticas. Diante deste cenário que norteia a abordagem
pedagógica, é importante saber:
O ciclo dinâmico - privação, dominação, gratificação, ativação - continua, de modo
que todas as necessidades básicas (fisiológicas, segurança, afiliação e estima) sejam
satisfeitas e ocorra o surgimento da necessidade mais alta na hierarquia de Maslow:
a necessidade de auto-realização. A privação das necessidades superiores (estima a
auto-realização) não produz uma reação de emergência ou dou de desespero, como
pode acontecer com a privação das necessidades mais inferiores da hierarquia.
Muitas vezes, essas necessidades podem surgir não apenas a partir dagratificação
das necessidades inferiores, mas também como conseqüência da renúncia e
supressão, voluntária ou forçada, dessas necessidades.
(HESKETH & COSTA, 1980, p. 02)

A motivação intrínseca é fundamental, para que o aluno seja autor da sua vontade na
qual desenvolve-se uma autodeterminação recorrente que parte do seu eu já construída nas
relações canalizadas para ações que partem diretamente da sua consciência enquanto
indivíduo que tem valor e importância para todos. Neste caso, para o aluno ter sucesso em seu
caminho na escola, é importante através da educação mostrar a ele meios que possa se fixar e
continuar o processo da aprendizagem com ações motivadas. Nesta premissa, (GUARESCHI,
2009) afirma que “Educar vem do latim educere:e, quer dizer ‘de dentro para fora’, e ducere
significa ‘conduzir, trazer’. Educar é, portanto, trazer algo que já está dentro das pessoas, para
fora, fazer emergir o que lá se encontra.” Portanto, é este o campo a ser trabalhado pelo docente
para a condução de sua metodologia didática , movimentando e criando estratégias para todo o
conjunto de alunos, mas sempre focando na esfera individual de capacidades de cada um.

1.4 O ALCANCE DA AUTODETERMINAÇÃO

Para que haja continuidade no comprometimento, a motivação deve ser extraída de


maneira que a necessidade do aluno desperte sempre, mesmo em circunstâncias não tão
atrativas, a fim de o aluno buscar o melhor de si, para se trabalhar a motivação é importante
conhecer dois modelos, sobre duas realidades que envolvem o comportamento motivado:
[...]dois modelos motivacionais distintos: de um lado, as teorias de impulso, que só
admitem motivações endógenas determinadas por déficit ou distúrbios do equilíbrio
orgânico – por exemplo, fome, sede, dor, sexo – que ativariam ações no sentido de
restabelecer o equilíbrio; de outro, o modelo de motivações intrínsecas, que

pressupõe um sistema nervoso dotado de atividade própria, capaz de gerar energia


para ações não motivadas por déficit ou distúrbio de equilíbrio, ações que não
cessam a partir de saciação ou reequilíbrio – por exemplo, exploração, manipulação,
ludicidade. (DECI E RYAN, 1985, apud LORDELO & CARVALHO, 2003, p. 18)

É certo que tudo deve ter um equilíbrio, uma dosagem, e é visto que o foco principal
não é alimentar o aluno com fatores externos para que ele dê continuidade a prática escolar,
mas para que o mesmo desperte de forma intrínseca a motivação permanente, e tratando disso
é importante ressaltar que:
“No entanto, somente o sentimento de competência não é suficiente para promover
um aumento da motivação intrínseca. É necessário que seja acompanhado por uma
percepção de autonomia, ou seja, a situação não deve sufocar o senso de liberdade
individual, como também a pessoa precisa se sentir responsável pelo desempenho
competente. Desse modo, parece que as circunstâncias que promovem a percepção
de autonomia e de competência, denominadas informativas, são promotoras da
motivação intrínseca.” ( GUIMARÃES & BORUCHOVITCH, 2004, p.146)

Portanto a motivação é algo que surge de dentro da pessoa, e ela pode ser trabalhada
em dimensões individuais e coletivas para depois canalizada e reformada internamente, sendo
assim todas as formas de motivação tratadas têm importância para o sujeito, uma vez que
deve-se considerar sua subjetividade, mas também suas interrelações para que a motivação
possa emergir em um progresso acendente e intermitente, ou seja, nunca pare, seja linear ao
compromisso consigo e com o estudo sempre, para mais ampliar seu âmbito perceptivo sendo
consciente dos seus deveres e compromissos.

2. METODOLOGIA

O método utilizado na construção deste trabalho foi de forma qualitativa básica com a
utilização de livros, monografia e artigos científicos com pesquisa descritiva. Foi utilizado
nove referênciais teóricos. Destas nove fontes teóricas, quatro são livros, quatro são artigos e
uma monografia. Neste caso três livros, os artigos e a monografia encontram-se na internet.
O meio de pesquisa dessas fontes teóricas foi o site da Scielo , biblioteca acadêmica e no
campo artigos acadêmicos do site Google. Como o foco deste trabalho é ajudar a desenvolver
técnicas para melhorar a motivação dos discentes por meio do conhecimento teórico, a busca
em base de dados desses artigos, livros e monografia foi direcionada utilizando nomes como

motivação escolar, motivação intrínseca, motivação extrínseca, autodeterminação escolar,


estratégias motivacionais, sistema de recompensas, estímulo na escola, relação interpessoal na
escola, relação intrapessoal na escola e interrelações na escola.

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este trabalho mostra um caminho teórico que submetido a metodologia didática tem o
objetivo do despertar a ação do aluno, e o primeiro passo que se apresenta neste trabalho
citado pelos autores é a motivação extrínseca, na qual funciona como um gatilho que aciona a
ação comprometida do discente, porém, o objetivo não é recompensar os alunos sempre, mas
educá-los de forma que o comprometimento seja natural em quaisquer circunstâncias, seja
com recompensas ou não, é o que os autores chamam de motivação intrínseca. A motivação
intrínseca como visto neste artigo mostra que deve ser o objetivo a atingir, pois ela trará uma
autodeterminação maior ao aluno.
Analisando estes passos que ajudam a abordagem pedagógica docente, o trabalho leva
em consideração as relações interpessoais e a variação do método didático, depois resalta os
incentivos de reconpensa como estímulo, e por fim, o fortalecimento da vontade interpessoal
pela promoção da satisfação pessoal do discente, assim tornando-se autodeterminação
constante na vida estudantil. Portanto é demonstrado através deste trabalho e os autores nas
citações que o professor deve seguir estes passos para obter um maior resultado no resgate de
alunos com baixa motivação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo foi contemplado vários pontos dos quais podem-se trabalhar a motivação
nos discentes, visto que foi apresentado estes pontos motivacionais e enfatizado que um não
pode se sobrepor ao outro, como por exemplo a abordagem somente com estímulos externos
sem trabalhar as potencialidades individuais de cada aluno, ou ainda uma abordagem que
foque apenas nas características individuais em detrimento do contexto externo do qual o
aluno faz parte.
Vale destacar ainda que o objetivo final deste artigo é conscientizar a prática docente
sobre a ótica focada na autodeterminação do indivíduo, onde o comprometimento do sujeito
tem seu surgimento intrapessoal, alcançando real satisfação nas práticas e atividades, pois, as
discussões sobre a motivação intrínseca como solidificação do mover ativo da pessoa,
ressalta o objetivo e finalidade de instruir todo um processo didático da abordagem docente,
de forma que este aluno, na esfera intrapessoal, possa emergir para o meio interpessoal e
fazer a diferença tanto nas relações com o coletivo, como também obter a realização pessoal
promovida pela atividade.
Por fim, este artigo traz um itinerário de como despertar a motivação do discente nas
aulas, através de métodos didáticos que os docentes possam estar elaborando, de forma que
sejam apresentadas atividades com características que promovam a motivação extrínseca,
fornecendo estímulos e a obtenção de recompensas tanto coletivas como individuais, bem
como atividades que canalizem esse processo para a esfera intrapessoal, como no caso da
motivação intrínseca fortalecendo o conhecimento e tornando a motivação permanente, de
forma que a autodeterminação seja uma constante sobre a vontade do sujeito por conta de sua
realização pessoal.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Secretaria de Educação


Fundamental, Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf>. Acesso em 15/01/2021.

GUARESCHI, P. Psicologia social crítica: como prática de libertação(4a ed.). Porto


Alegre: EDIPUCS, 2009.

GUIMARAES, Sueli Édi Rufini  and  BORUCHOVITCH, Evely. O estilo motivacional do


professor e a motivação intrínseca dos estudantes:  uma perspectiva da Teoria da
Autodeterminação. Porto Alegre:  Psicol. Reflex. Crit. [online], 2004.  Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0102-79722004000200002>. Acesso em 16/01/2021.
HESKETH, José Luiz e COSTA, Maria TPM. Construção de um instrumento de medição
de satisfação no trabalho. Rio de Janeiro: Rev. adm. empres. [conectados], 1980. Disponível
em <https://doi.org/10.1590/S0034-75901980000300005> . Acesso em 25/01/2021.

JESUS, Saul Neves. Estratégias para motivar os alunos. Porto Alegre, 2008. Disponível em
< http://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2014/08/ESTRATEGIAS-
PARA-MOTIVAR-OS-ALUNOS.pdf> Acesso em 12/01/2021.

LORDELO, Eulina da Rocha  and  CARVALHO, Ana Maria Almeida. Educação infantil e


psicologia: para que brincar? Brasília: Psicol. cienc. prof. [online]. 2003, Disponível em<
https://doi.org/10.1590/S1414-98932003000200004>. Acesso em 18/01/2021.

SILVA, Gerusa Barbosa da. O papel da motivação para aprendizagem escolar. João
Pessoa: UEPB, 2014. Disponível em
<http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/9644/1/PDF%20-%20Geruza
%20Barbosa%20da%20Silva.pdf> Acesso em 10/01/2021.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes,


2001. Disponível em <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2477794/mod_res
ource/content/1/A%20construcao%20do%20pensamento%20e%20da%20linguagem.pdf>
Acesso em 04/01/2021.

VIGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R. & LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e


aprendizagem. São Paulo: Ícone, 2001. Disponível em <https://docero.com.br/doc/x5x8n58>
Acesso em 10/01/2021>.

Você também pode gostar