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CAPÍTULO – I.

ENQUADRAMENTO TEÓRICO CONCEPTUAL


Este capítulo atraca as questões relativas as definições dos termos e conceitos a
partir do qual o tema é composto, todavia, o enquadramento descritivo de alguns termos
relacionados ao tema em abordagem, julga-se necessário para sua melhor compreensão.
1.1. Perspectiva teórica que sustenta a pesquisa
Para abordagem do estudo que tem como tema motivação do aluno na sala de
aula, apoiou-se na teoria das motivações de Frederick Hezberg.
A teoria das motivações foi defendida por Frederick, Irving Hezberg, foi um
psicólogo e influente professor de gestão empresarial americano, nascido aos 18 de
Abril de 1923, em Massachusetts, ele graduou-se na City College em Nova York e fez a
pós-graduação na Universidade de Pittsburgh.

A teoria das motivações é caracterizada como forma de uma energia interior que
age e se transforma frequentemente no decorrer da nossa vida, a todo o momento,
influenciada por factores externos, que estimulam sentimentos e impulsos internos, ou
seja, motivação é um estímulo que o corpo humano tem para fazer algo. , o nível de
rendimento dos profissionais varia de acordo com a sua satisfação no trabalho, ou seja,
depende de como se sentem em determinado ambiente corporativo e dos factores que
influenciam em sua motivação e desmotivação.

A motivação constitui um importante campo do conhecimento da natureza

humana e da explicação do comportamento humano. Para compreender-se o

comportamento das pessoas torna-se necessário conhecer sua motivação

(Chiavenato, 2 009, p. 121).

A motivação pode ser definida como aquilo que é capaz de mover o indivíduo. É
o que permite com que o indivíduo aja para atingir algo que considere um objectivo,
dependendo de factores internos e de factores externos.
As teorias motivacionais buscam a compreender o que se dá por
desencadeamento de determinados comportamentos por parte das pessoas, e quais
variáveis serviriam de gatilho para tais comportamento. Visa compreensão a cerca de
quais motivos direcionam a uma acção do indivíduo a palavra motivação significa
acima de tudo aquilo que serve de inspiração, estímulo, incentivo.
Como o próprio termo já diz motivo (motivo) acção (agir), são motivos que
levam a pessoa a fazer algo, a tomar certas atitudes e essa ação pode ser gerada por
forças internas, ou externas.
A motivação vem de dentro de cada um, mas, estímulos e incentivos externos
também podem influenciar o nível de motivação, logo o nível de motivação no trabalho
pode afetar a produtividade dentro da organização. Vale transcrever as palavras de
Bergamini (1997 pág. 83 e 32)

A motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa e que pode
estar ligada a um desejo. Uma pessoa não consegue jamais motivar alguém, o que ela
pode fazer é estimular a outra pessoa. A probabilidade de que uma pessoa siga uma
orientação de ação desejável está diretamente ligada à força de um desejo. (Bergamini,
1997, p.83).

Os aspectos motivacionais surgem, essencialmente, do próprio sujeito, como


resultado de sua história de vida suas necessidades de encarar desafios, do lugar
reservado ao trabalho em sua vida, o modo como constrói as relações interpessoais, a
disponibilidade para construir a carreira e o modo como este se organiza frente a
situações não planejadas… a motivação surge a partir da personalidade do indivíduo.
(Bergamini, 1997, p.32).

A motivação pode ser subdividida em motivos intrínsecos, relacionados às


necessidades e motivos próprios de cada indivíduo e fatores psicológicos, como por
exemplo a satisfação de determinada pessoa ao concluir um objetivo, ou extrínsecos
geradas por métodos de reforço e punição, como por exemplo recompensas dadas por
outra pessoa, como aumento de salário.

A motivação para um trabalho depende do significado que cada qual atribui a

essa atividade. Acredita-se que a ligação do trabalhador com a empresa seja um

elo habitual. Portanto já não faz mais sentido negar que, em condições

favoráveis, cada pessoa exerça com naturalidade seu poder criativo, buscando aí

seu próprio referencial de auto-identidade e autoestima (Bergamini, 1997, p.

24).
Quando o colaborador está desmotivado ele tem pensamentos negativos,
questiona a capacidade de entregar, de produzir, gera uma atmosfera de procrastinação,
então é importante que todos os colaboradores estejam motivados, sendo necessário que
a empresa estimule o colaborador a se inspirar e se motivar.
As teorias motivacionais são divididas em duas grandes categorias, as teorias
motivacionais de conteúdo e as teorias motivacionais de processo. Teorias
Motivacionais de Conteúdo estão relacionadas ao que se faz as pessoas serem
motivadas, o que leva o indivíduo a agir.

Fazendo uma relação entre a teoria e o tema é importante sempre lembrar que,
para que ocorra o processo de ensino-aprendizagem deve estar presente o factor
motivacional ou a motivação. Motivação é o elemento fundamental no processo de
aquisição, reprodução ou produção de qualquer bem ou serviço. Nós fazemos parte de
uma sociedade onde o estilo de vida das famílias tem sido cada vez mais irregular, onde
os membros enfrentam todas as dificuldades possíveis logo, é importante valorizar todos
esses aspectos para que se possa traçar caminhos que visam trazer elementos
motivacionais nas instituições afins.

Acredita-se que o processo ensino-aprendizagem é incompleto sem o factor


motivacional, um professor que não se prese pelos factor motivacional na condução de
suas aulas este professor já mais poderá alcançar os perfis tanto de entrada quanto de
saída dos seus estudantes e se assim for, pode-se dizer hipoteticamente que houve
ensino mais a aprendizagem como tal jamais, portanto a presença da motivação no
processo de ensino-aprendizagem é totalmente imprescindível.

1.1. 1. Definição de termos e conceito


1.1.2. Motivação
Para Lemos (2005), a palavra motivação provém do verbo latino movere e
significa mover, o termo motivação é frequentemente associado a movimento,
entusiasmo, participação ativa. Em oposição a passividade, desinteresse, aborrecimento
que retratam falta de motivação (p. 76).
Para Bzuneck (2009), motivação, ou motivo, é aquilo que move uma pessoa ou
que põe em ação ou a faz mudar de curso, a motivação tem sido entendida ora como um
fator psicológico, ou conjunto de fatores, ora como um processo (p. 9).
Portanto, a motivação, pois ela é considerada um fenômeno pessoal,
internalizado, constituído de motivos e metas pessoais que se edificam nas inter-
relações.

1.1.3. Aluno

De acordo com Almeida (2010), a palavra aluno, etimologicamente provém do


vocábulo latino alumnus que no antigo particípio médio-passivo, substantivo do verbo
alere significa: alimentar, nutrir. No sentido semântico da palavra, aluno significa:
“aquele indivíduo que precisa de alimento para estar nutrido e crescer” (41).

Para Dicio (2020), aluno é a pessoa que recebe lições de um mestre; indivíduo
que recebe uma educação formal numa instituição educacional (p. 102).
Assim sendo, apoiando-se nas ideias dos autores aluno é alguém com pouca
capacidade ou experiencia e que esta disponível para aprender.
1.1.4. Sala
Segundo o dicionário universal de língua portuguesa (2015), “sala, espaço
principal” é um dos principais compartimentos de uma casa, geralmente destinado à
recepção de visitas (p. 1320).
Para Dicio (2020), sala é um compartimento espaçoso de uma habitação; sala de
jantar, lugar vasto e coberto, destinado a um serviço público ou a importante actividade
(p, 123).
Contudo, dizer que sala é um lugar de extrema importância, onde normalmente
se realizam actividades e ao mesmo se recebe visitas.
1.1.5. Aula
Segundo o dicionário universal de língua portuguesa (2015), etimologicamente é
uma palavra derivada do latim que significa aulé; sala onde se recebem lições, classe,
lição; a corte, o palácio real, os cortesãos (p. 1041).
Já para Dicio (2020), entende que aula é lição ministrada ou transmitida aos
alunos por um professor, que faz parte de um programa de ensino (p. 47).
Assim sendo, aula é o acto compartilhado, dito ou obra que compõe ou constitui
um ensinamento.
1.2. A motivação no processo de aprendizagem escolar
Actualmente, pesquisadores sobre aprendizagem e ensino estão interessados em
encontrar respostas para perguntas básicas sobre como, e por que alguns alunos parecem
aprender e prosperar em contextos escolares, enquanto outros estudantes parecem ter
dificuldades para desenvolver o conhecimento.
A pesquisa sobre motivação dos alunos está no centro dessa questão que aponta
que para ser bem-sucedido academicamente deve-se considerar o papel da motivação
(Pintrich, 2003).
Segundo Gutiérrez (1986), citado por Ribeiro (2011), a motivação escolar
constitui, actualmente uma área de investigação que permite, com alguma relevância,
explicar, prever e orientar a conduta do aluno em contexto escolar (p. 45).
No ambiente escolar, a motivação tem se mostrado um dos fatores que
favorecem o aprendizado e sua falta deixa espaço para a passividade, para a
indisciplina, e desconcentração (Boruchovitch, 2010).
De acordo com Alcará (2007), o aluno motivado procura novos conhecimentos e
oportunidades, demonstrando envolvimento com o processo de aprendizagem, ele
participa com entusiasmo nas tarefas e revela disposição para novos desafios (p. 15).
Porém, a motivação não é apenas uma característica essencial aos alunos, Fita
(1999), citado por Silva (2012), explica que, muitas vezes, para o aluno ter motivação
em aula é importante ter um bom professor, que conduza os alunos para que estes
encontrem razões para aprender.
O papel do professor em classe é o de prevenir a ocorrência de condições

negativas, como o tédio, a apatia ou ansiedade exagerada e, além disso,

desenvolver e manter a motivação da classe. Deste modo, é importante que os

professores tenham consciência de que a motivação dos alunos é influenciada

pelas suas atitudes perante eles (Bzuneck, 2009, p. 231).

A desmotivação docente no exercício profissional, estabelece uma problemática


com efeitos no desempenho das suas funções, trazendo consequências negativas ao
processo de ensino e de aprendizagem, e em sua relação com os alunos (Correia, 2012).
A profissão docente, passa por uma carência de investimentos e de valorização,
historicamente tornou-se desvalorizada e de pouco prestígio social. Alguns fatores
políticos, sociais, organizacionais, tornam-se responsáveis pela precarização da
profissão docente, pois levam o profissional a responder pelas exigências além da sua
formação ou função, causando ao professor um sentimento de desqualificação e de
desvalorização.
1.2.2. Fatores de motivação escolar
Por vezes, o processo ensino-aprendizagem não transcorre de acordo com o
esperado. A apatia, o desinteresse e a desmotivação tomam conta do aluno, fazendo com
que a sala de aula se transforme em um ambiente sem vida, impregnado de marasmo.
Para Bzuneck (2001), afirma que, desde a década de 1990, a motivação tornou-
se uma preocupação central da educação à medida que houve a conscientização de que a
desmotivação repercute diretamente na queda da qualidade do ensino (p. 301).
A partir daí a questão motivacional na esfera escolar foi contínua e
progressivamente estudada sob diversas abordagens no intuito de encontrar formas de
fazer surgir uma maior motivação entre os aprendentes.
Para Martini (1999), citado por Silva & Oliveira (2016), corrobora com essa
afirmação expondo que a problemática da falta de motivação escolar tem sido o cerne
das discussões no que se refere ao que vai mal nos estabelecimentos educacionais em
certos países (p. 23).
Um exemplo disto são as frequentes queixas de pais a respeito do baixo valor
atribuído pelos seus filhos à escola, bem como dos professores, em se tratando da falta
de interesse dos alunos quanto às atividades acadêmicas desenvolvidas no ambiente
escolar (Ibdem).
Alunos desmotivados estudam muito pouco ou nada e, consequentemente,

aprendem muito pouco. Em última instância, aí se configura uma situação

educacional que impede a formação de indivíduos mais competentes para

exercerem a cidadania e realizarem-se como pessoas, além de se capacitarem a

aprender pela vida afora (Bzuneck, 2001, citado por Oliveira, 2016, p. 76).

De acordo com Tapia (2003), os alunos demonstram-se motivados ou não de


acordo com o significado do trabalho que têm de realizar. Este significado é percebido
no contexto educacional e poderá variar à medida que a atividade transcorrem (p. 223).
Assim, a aceitação da atividade escolar é facilitada ou dificultada dependendo da
maneira como os professores a apresentam. Desta forma, uma vez que é no ambiente da
sala de aula que o professor opta pelos meios que deve utilizar para despertar a
motivação dos alunos, esta motivação “resulta de um conjunto de medidas educacionais,
que são certas estratégias de ensino ou eventos sobre os quais todo o professor tem
amplo poder de decisão.
1.3. Importância da motivação no processo de ensino-aprendizagem
A motivação exerce um papel fundamental na aprendizagem e no desempenho
em sala de aula. A motivação pode afetar tanto a nova aprendizagem quanto o
desempenho de habilidades, estratégias e comportamentos previamente aprendidos. A
motivação pode influenciar o que, quando e como aprendemos em todas as fases do
desenvolvimento humano.
Os professores se deparam constantemente com grandes desafios na educação.

A criança e o jovem actualmente vivem em um mundo tecnológico repleto de

atrações interessantes, quando se deparam com a escola, que muitas vezes não

oferece os mesmos atrativos gerando desinteresse e falta de motivação dos

alunos. (Knuppe, 2006, p.112).

A motivação do aluno para os estudos é considerada um fator muito importante


para o êxito escolar. Podemos definir motivação como uma força interior que estimula,
dirige, mobiliza a pessoa para uma ação com entusiasmo (Camargo el tal, 2019).
Segundo Camargo el tal (2019), a motivação para a aprendizagem tornou-se
uma chave para a educação, a sua ausência representa queda de qualidade na
aprendizagem (p. 50).
Alunos motivados a aprender estão aptos a se engajar em actividades que
acreditam que os ajudarão a aprender, como acompanhar cuidadosamente a instrução,
organizar mentalmente e ensaiar o material a ser material a ser aprendido (Ibdem).
Em relação à aprendizagem, a motivação tem uma função motriz capaz de
fornecer energia para o desenvolvimento das capacidades próprias dos alunos. Para
além da intensidade, a motivação influencia também a direção do comportamento e a
persistência.
Neste sentido, um aluno motivado está disposto a esforçar-se muito mais

(intensidade) durante mais tempo (persistência) e decide concentrar os esforços

e a atenção em actividades importantes para a realização da tarefa, descartando

as actividades irrelevantes (direção). Estes procedimentos motivacionais


contribuem diretamente para a aprendizagem e para o nível de desempenho

(Lemos, 2005, p. 34).

No mesmo sentido Oliveira (2007), citado por citado por Miranda (2022), define
motivação como “qualquer fator interno que inicia (activação), dirige (direcção) e
sustém (manutenção ou persistência) uma determinada conduta até atingir o objectivo”
(p. 122).
Trata-se de um factor interno do sujeito que, juntamente com os estímulos do
meio ambiente, dá energia e direcção ao comportamento.
Os contextos agem de forma indirecta sobre a motivação, evocando certas

cognições e afectos nos alunos, tais como as expectativas de sucesso, a

autoeficácia e a satisfação, que por sua vez afectam o comportamento motivado.

São estas cognições e afectos que agem como mediadores entre as

circunstâncias concretas e o comportamento do sujeito, determinando-o (Murray

1973, citado por Miranda, 2022, p. 194).

Atendendo ao exposto é possível verificar que há acordo geral entre os autores


referidos em que um motivo é um fator interno que dá início, dirige e integra o
comportamento humano. A motivação determina o que o indivíduo realmente realiza
numa situação concreta (Ibdem).
O nível de desempenho e a qualidade de aprendizagem variam em função da
motivação Lemos (2005), defende que os alunos quando estão motivados tendem a
utilizar mais estratégias cognitivas e metacognitivas, conseguindo um nível mais
elevado de aprendizagem.
Em suma, a motivação conduz os alunos a utilizar estratégias que facilitam a
aprendizagem e melhoram o desempenho. Assim, é importante que a escola e os
professores criem um ambiente de aprendizagem motivador e desenvolvam nos alunos a
capacidade de se automotivarem.
Existem, contudo, diferentes tipos de motivação. Os psicólogos que estudam a
motivação distinguem entre motivação intrínseca e extrínseca.
1.5.O papel do professor na motivação dos alunos em sala de aula
Cada vez mais, o professor se torna menos um propagador do conhecimento
técnico propriamente dito, e mais necessariamente um orientador e mediador de
situações de aprendizagem colaborativas, com alternância de papéis e multiplicidade.
É ampla e facilmente reconhecido que as transformações sociais, culturais e
tecnológicas impactam o contexto da sala de aula, gerando a necessidade de novos
discursos no âmbito da educação, bem como transformam o papel do professor
(Sarti,2008).
Em função desta prioridade histórica, o ensino superior nos cursos voltados à
saúde traz consigo mais um desafio no que se refere à utilização de metodologias
inovadoras na educação: a cultura de que educar implica necessariamente em repassar
conhecimentos e técnicas, sem a preocupação com a forma com que isso ocorre (Costa
et al, 2016).
O ensino híbrido optimiza o processo de ensino-aprendizagem e reduz as

abstenções discentes, além de permitir uma educação voltada ao

desenvolvimento de habilidades, o que o torna bastante integrado ao contexto

social atual, especialmente quando associado a metodologias de ensino

presencial que priorizem o aluno como agente central do ambiente pedagógico

(Sancho et al, 2006, p. 231).

Segundo Guimarães & Bzuneck (2002), citados por Akel, Cubana & Costa
(2017), um fator importante neste processo de ensino-aprendizagem é a motivação do
aluno. Há indicadores de que a motivação intrínseca é essencial para o engajamento do
estudante, bem como para sua persistência e busca de desenvolvimento frente a
actividades desafiadoras (p. 100).
Apesar da motivação de uma forma geral ser, em grande parte, autorregulada, as
circunstâncias e o contexto em que o ensino ocorre exercem uma função extremamente
importante para que a mesma se desenvolva.
Segundo Jesus (1996), citado por Akel, Cubana & Costa, (2017), os professores
influenciam os alunos através de sua capacidade de oferecer um sistema de recompensa,
do reconhecimento dos estudantes da competência do professor na área de ensino e
pelos processos de identificação através das qualidades pessoais e interpessoais
reconhecidas no professor (p. 27).
De facto, Guimarães & Boruchovitch (2004) afirmam que a motivação intrínseca
do aluno pode ser influenciada principalmente pelas acções do professor, não
desconsiderando os factores sócio contextuais individuais de cada estudante.
Considerando a necessidade de inovação acadêmica para atender ao contexto
social e cultural refletido na sala de aula, a importância da motivação para a efetividade
do processo de ensino-aprendizagem e o papel do professor neste processo, o presente
trabalho analisou, através da Escala de Motivação Situacional de Guay et al (2000), as
diferenças na motivação de estudantes submetidos a atividades ativas em uma aula
presencial de um curso híbrido da área de saúde, sob a orientação de professores
diferentes.
Associando a motivação dos alunos a estratégias individuais docentes, ainda que
conduzindo atividades didáticas idênticas, é possível avaliar a efetiva associação destas
com a dinâmica de sala de aula e, consequentemente, trazer o debate sobre o perfil do
professor para a condução de metodologias ativas de aprendizagem, ainda que estas
priorizem o papel do aluno para sua efetividade.
1.6. A influência da motivação na educação
Muitos alunos frequentam as aulas sem disposição e por esse motivo não têm
rendimento escolar e alguns não conseguem prosseguir e repetem o ano letivo,
consequentemente abandonando o estudo, quando o mesmo se torna adulto, retorna aos
estudos para obter emprego e por trabalhar e estudar não atingem o resultado esperado,
se o aluno fosse motivado quando criança e/ou na adolescência o mesmo poderia se
entusiasmar e ter mais responsabilidade e não deixaria seu estudo, podendo ter
concluído antes.
Quando se fala em motivação humana, parece inapropriado que uma simples

regra geral seja considerada como recurso suficiente do qual se lança mão

quando o objectivo é a busca de uma explicação ao mesmo tempo mais

abrangente e mais precisa sobre as possíveis razões que levam as pessoas a agir.

Existem muitas razões que explicam uma simples acção (Bergamini 2006, p.34).

Devemos explicar que não é tão simples e sim uma decisão que pode
transformar a sua vida. Para Avelar (2014), a escola necessita de pessoas qualificadas e
que não desanimam a qualquer situação, funcionários que motive os alunos a seguirem e
estudarem com responsabilidade, aproveitar a oportunidade e não parar, pois muitos não
tiveram a mesma oportunidade de estudarem quando jovem (p. 97).
A motivação é baseada na necessidade de crescimento e seus benefícios surgem
em um longo período, a recompensa final da motivação é o crescimento pessoal
(Cherques, 1991, citado por Avelar, 2014).
A motivação vem de dentro para fora, mas as pessoas que convivem com o

indivíduo podem auxiliar e influenciar na motivação e assim fazer com que o

mesmo desperte o interesse. A motivação é o que influencia nos bons resultados

da produtividade, ou seja, professores que ainda não perceberam que o sucesso

de seus alunos depende da motivação vivenciam teorias ultrapassadas

(Cherques, 991, citado por Avelar, 2014, p. 26).

Uma criança ao presenciar seus pais discutindo, ela aprenderá que esse
comportamento é viável, mas se a criança for motivada a vivenciar em harmonia,
motivada a estudar e trabalhar consequentemente terá comportamentos diferentes,
saberá a conviver respeitando os outros e ao chegar à escola não incentivará a
discussões e alcançará resultados positivos e bons rendimentos.
Segundo Chiavenato (1998), afirma que, o comportamento humano não depende
só do passado, ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo
dinâmico é espaço de vida que contém a pessoa com seu ambiente psicológico (p.78).
Actualmente, o contato social é muito precoce. Ainda sem completar a educação
familiar, a criança já está na escola. O ambiente social invade o familiar não só pela
escola, mas também pela televisão, internet, dentre outros. (Tiba, 2002).
A família é extremamente importante no desenvolvimento intelectual da criança,
ela ensina os bons costumes e valores que o indivíduo carregará pelo resto de sua vida.
Se a criança durante seu crescimento tiver acesso contínuo e abusivo de internet,
televisão e outros meios, a mesma pode chegar à escola desinteressada e desmotivada
pelo estudo, por isso os pais precisam instigar seus filhos e motivá-los a sempre
estudarem para que no futuro não sofram ao se depararem com o mercado de trabalho.
A relação entre o ensino aprendizagem e a motivação
A motivação é a principal força motriz que impulsiona o aprendizado. E o
interesse alimenta a motivação. Portanto, sem interesse não há aprendizado.
A aprendizagem vai acontecendo em função das necessidades do individuo;

estas tendem a gerar um desequilíbrio, fazendo com que imediatamente surjam

os motivos; motivos esses que geram a energia impulsora, tensional que

dispõem o individuo a buscar algo. Após os motivos, o individuo entra em

motivação, que seria nada mais que a ação ou comportamento desencadeado em

busca do objectivo (Barros, 2000, p. 78).

Sabe-se que é através da aprendizagem que o homem avança e é por ela que se
explica o processo de evolução histórico e social é através da aprendizagem que o
homem muda e transforma o meio.
Para Rosa (2003), aprendizagem pode ser definida como uma modificação
sistemática do comportamento, por efeito da prática ou da experiência, com um sentido
de progressiva adaptação ou ajustamento (p. 25).
A motivação pode ser tanto positiva quanto negativa, para ela a motivação

negativa pode engendrar o medo ou ser percebida como uma ameaça pelo

estudante. Normalmente, a motivação negativa não contribui para o

aprendizado, mas pode ser útil em algumas situações. Como com alunos

excessivamente confiantes ou impulsivos (Barros, 2000, p. 123).

O professor deve orientar e estimular o seu aluno para conseguir sucesso no


processo ensino aprendizagem. E também incentivá-lo para a busca de novos
conhecimentos.
A motivação envolve um conjunto de variáveis que ativam a conduta e orientam
um determinado sentido para poder alcançar um objetivo e que estudar a motivação
consiste em analisar os fatores que fazem as pessoas empreender determinadas ações
dirigidas a alcançar objectivos (Tapia, 1999).
A relação entre motivação e aprendizado deve ser aplicada pelo professor para
beneficio do aluno. Caso o aluno precisa aprender algo a mais e não está motivado, o
professor deve estabelecer fatores motivacionais para que o aluno se motive para o
aprendizado.
Libâneo (2013), explica que a tarefa principal do professor é garantir a unidade
didática entre ensino e aprendizagem, por meio do processo de ensino (p. 86).
Motivar a aprendizagem é relacionar o trabalho escolar aos desejos e
necessidades do aluno. É apresentar “incentivos” que despertem, na criança, certos
motivos que a levarão a estudar (Barros, 2000).
O professor que conhece a importância da motivação no aprendizado saberá que
é preciso criar interesse pelo que está ensinando. Assim, o aprendizado se tornará muito
mais efetivo e prazeroso.
1.7. Tipos de motivação
A motivação é um elemento essencial para o desenvolvimento do ser humano.
Sem motivação é muito mais difícil cumprir algumas tarefas. É muito importante ter
motivação para estudar, para fazer exercício físico, para trabalhar, etc. Dois tipos de
motivação têm sido amplamente incorporados no estudo com a perspectiva motivadora
escolar: a motivação extrínseca e a motivação intrínseca ( Passos & Takahashi, 2018).
1.7.1. Motivação intrínseca
Segundo Neves & Boruchovitch (2004), citados por Silva el tal (2016),
esclarecem que a motivação intrínseca configura-se como uma tendência natural quanto
à busca por novidades e desafios. O indivíduo realiza determinada atividade por seu
próprio interesse por considerá-la interessante, atraente ou geradora de satisfação (p.
45).
Trata-se de uma orientação motivacional que tem por característica a autonomia

do aluno e a autoregulação de sua aprendizagem. Textualmente, os autores

afirmam que “A motivação intrínseca é o fenômeno que melhor representa o

potencial positivo da natureza humana, a base para o cresci- mento, integridade

psicológica e coesão social” (Neves & Boruchovitch (2004), citados por Silva el

tal (2016, p. 46).

Um aluno que apresenta predominância da motivação intrínseca geralmente é


curioso, interessado, concentrado, atencioso e persistente no desempenho das
actividades que protagoniza, sendo que um traço mar- cante e peculiar destes indivíduos
é a propensão a desenvolver tarefas desafiadoras.
Para Huertas (2001), complementa esta consideração em torno da motivação
intrínseca informando que, quando uma ação se encontra regulada subjectivamente, esta
se fundamenta principalmente em três características: autodeterminação, competência e
satisfação em fazer algo próprio e familiar (p. 112).
Assim sendo, desta forma a própria matéria de estudo desperta no aprendente
uma atração que o impulsiona a se aprofundar nela e a vencer as barreiras que possam ir
se apresentando ao longo do processo de aprendizagem.
1.7.2. Motivação extrínseca
A motivação extrínseca faz com que o aluno tende a querer buscar aquilo que
lhe dê recompensas externas.
Por sua vez, a motivação extrínseca é aquela que trabalha em resposta a algo

externo à tarefa ou actividade, como para a obtenção de recompensas materiais

ou sociais, de reconhecimento, objectivando atender aos comandos ou pressões

de outras pessoas ou para demonstrar competências ou habilidades (Guimarães,

2001, p. 46).

De acordo com Guimarães (2001), em se tratando da motivação extrínseca, o


educando tem como principal objetivo a aprovação familiar e social e, por isso, se
empenha em demonstrar suas habilidades e potencialidades (p. 50).

Assim, esse tipo de motivação relaciona-se às rotinas que se aprendem ao longo


da vida, ao desejo de desenvolver uma ação por causa de recompensas externas ou para
evitar punições.
Para Biadola (2002), esclarece que, não raro, buscando a solução de problemas
relacionados à desmotivação apresentada pelos alunos, os professores se valem de
recompensas externas com o objectivo de atraí-los ao desempenho das tarefas
solicitadas (p. 52).
De acordo com Guimarães (2001), citado por Passos & Takahashi (2018)
observa que a distribuição de recompensas em sala de aula como forma de motivar
extrinsecamente o aluno quanto ao seu aprendizado possui pontos negativos e positivos
(p. 61).
Segundo Passos & Takahashi (2018), dentre os aspectos negativos está o facto
de que as recompensas não são vistas da mesma maneira por todos os educandos. Por
exemplo, tem-se que, a atribuição de um valor para uma determinada avaliação poderá
ser valorizada por uns, mas vista como insuficiente por parte de outros (p. 302).
Por sua vez, como característica positiva o autor assinala que as recompensas
mostram-se válidas quando sinalizam os efectivos progressos em uma actividade de
aprendizagem. Assim, o acto de elogiar um aluno por ter aprendido uma nova
habilidade ou por ter adquirido um novo conhecimento fortalecerá seus sentimentos de
eficácia e autodeterminação, fazendo com que se mantenha o interesse pelo aprendizado
mesmo quando a contingência representada pela recompensa tenha sido retirada.

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