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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de

A Motivação no Ensino Superior

Licenciatura em Psicologia

Alima

Chimoio
Abril, 2023
Alima

A Motivação no Ensino Superior

Trabalho a ser apresentado à Faculdade de


Geociências e Ambiente Universidade
Púnguè da Disciplina de Didática de
Geografia, de carácter avaliativo pertencente
ao curso de Geografia com Habilitações em
História.
Docente: dr. Euginol Chaves

Chimoio
Abril, 2023
Introdução
a falta de motivação é a principal causa do desinteresse dos alunos”, o que leva a um baixo desem-
penho de estudantes ao longo da sua Graduação, constituindo esta um factor determinante da
qualidade do ensino e da aprendizagem. Considerando a falta de motivação um factor agravante na
qualidade da aprendizagem, ao longo de vários estudos, tentou-se traçar alguns dos principais
factores que contribuem com a falta de motivação em alunos no Ensino Superior como, por
exemplo: a falta de interesse pelo aprendizado do curso,
Teorias Sociocognitivas da Motivação
Mediante as teorias sociocognitivas da motivação para a aprendizagem, são classificadas duas
orientações motivacionais que movem os indivíduos, ou seja, a Motivação Intrínseca e a
Motivação Extrínseca.
Motivação Intrínseca
A Motivação Intrínseca (ou autodeterminada) configura-se como uma tendência natural para
buscar novidades e desafios. O indivíduo realiza atividades pelo próprio interesse. Por considerar
prazeroso o desenvolvimento de tais atividades. “É uma orientação motivacional que tem por
característica a autonomia do aluno e a autorregulação de sua aprendizagem” (NEVES; BO-
RUCHOVITCH, 2004).
Motivação Extrínseca
A motivação extrínseca refere-se sobretudo a comportamentos que estão motivados pelo fato de
terem uma finalidade. Essa finalidade pode ser a obtenção de uma recompensa material ou social
após a concretização da tarefa, ou então para evitar uma punição.
Deste modo, a satisfação da pessoa é apenas uma consequência da ação. Um dos exemplos de
motivação extrínseca é um estudante que no fim do dia vai entregar pizzas para ganhar algum
dinheiro.
Enfim, a motivação externa pode estar associada a diversos fatores, tais como estatuto social, ego,
comparação com os outros, prêmios, reconhecimento/elogios.
A motivação no ensino superior
A motivação é um dos determinantes principais de rendimento individual. Outras variáveis, como
o esforço, as capacidades individuais, o suporte social e a experiência prévia também influenciam
o rendimento,podendo haver também variáveis de caracterização pessoal, percepção do aluno
acerca do curso, o objetivo de concluir os estudos e atuar na área de formação, o desempenho
alegado e a visualização do esforço do aluno (ALMEIDA, 2012).
A palavra motivação provém do latim movere, cujo supino motum e o substantivo motivum, do
latim tardio, deram origem ao termo, semanticamente aproximado, motivo. Assim, a palavra
motivação é derivada do verbo motivar e refere-se ao motivo, àquilo que move a pessoa, que a faz
entrar em ação e a impulsiona para algum objetivo. Também é entendida na língua portuguesa
como o conjunto de fatores psicológicos, de ordem fisiológica,intelectual ou afetiva, os quais,
agindo em conjunto, determinam a atividade e a conduta do indivíduo (FERREIRA, 2006 apud
ALMEIDA, 2012).
Em especial, no meio educacional, a motivação tem sido apontada como fator psicopedagógico
que afeta diretamente o comportamento dos estudantes no meio escolar.
Pesquisas têm avançado com a finalidade de investigar o impacto deste fenômeno na
aprendizagem e no desenvolvimento educativo (GORDIANO et al., 2013).
A motivação está presente em diferentes áreas da vida: no meio educacional, no social, na prática
de esporte, no ambientede trabalho, dentre outros. Assim, tratando especificamente do meio
educacional, os estudantes do ensino superior enfrentam, com frequência, desafios que afetam o
seu nível de motivação. Estes desafios estão associados a alguns fatores, como dúvidas com
relação ao curso em que estão seguindo e o que pretendem fazer futuramente em sua profissão
(GIL et al., 2012).
De acordo com Piletti (1997), a motivação é essencial para a aprendizagem, sendo, portanto, um
fator fundamental.
A ausência da motivação pode gerar uma queda na qualidade da aprendizagem. Desta forma,
entende-se que quando apresenta um quadro de motivação adequado, o estudante tem melhores
possibilidades de crescimento e pode alcançar mais sucesso na profissão.
De acordo com Todorov e Moreira (2005 apud Gil et al. 2012, p. 59):
A motivação tem sido entendida pelosteóricos como um fator psicológico, ou um conjunto de
fatores e, ainda, como um processo. É responsável por uma escolha, pelo início de um
comportamento que está direcionadoa um objetivo e, além disso, assegura a persistência, apesar
dos obstáculos.
Segundo Gil et al. (2012), renunciar a algo que no começo era desejável e agora parece muito
sofrido ou difícil, talvez estabeleça a diferença entre o desejo de saber e a decisão de aprender.
Aprender exige tempo e esforço, os quais dependem da motivação.
Por sua vez, a desmotivação pode levar a sentimentos de angústia, fracasso, frustração, entre
outros.
Conforme foi dito, motivação é como que as pessoas ajam para alcançar seus objetivos, é o que faz
com que os indivíduos deem o melhor de si, façam o possível para conquistar o que desejam.
Estudantes, profissionaisbou pessoas que praticam esportes apresentam alguma motivação e, em
sua ação, têm momentos com mais ou menos energia.
É preciso observar nas atitudes e nas metas que dão motivo a esta ação. Tem-se como exemplo um
estudante que realizará suas tarefas: ele pode estar fazendo por ser desprovido de curiosidade, ou
pelo interesse de ser apenas aprovado, ou por estar motivado para adquirir novos conhecimentos
para lhe trazer vantagens, também porque seus novos conhecimentos poderiam lhe dar notas boas.
Uma série de questões está relacionada à motivação dos estudantes acadêmicos, que pode ser
provocada tanto por fatores internos como externos. “Uma definição geral do termo permite
considerar como motivação o impulso suscitado por algum fator, podendo este impulso ser
provocado por fatores externos ou internos” (ALMEIDA, 2012, p. 32).
Sendo assim, de acordo com a teoria da autodeterminação, a motivação pode ser distinguida em
duas formas: intrínseca e extrínseca. Intrínseco é tudo que vem do próprio sujeito. “A motivação
intrínsecaabrange um comportamento mais autônomo, de causalidade interna” (GORDIANO et al.,
2013, p. 5). É aquela que se origina da própria pessoa, como sua dedicação, sua competência e seu
comprometimento para realizar alguma tarefa. Então a motivação intrínseca é aquela que não
precisa de nenhum fator externo para obtê-la.
Em contraponto, o extrínseco é tudo que vem do meio. “A motivação extrínseca é regida por
influência do ambiente social, ou por causa de contingências recompensadoras” (GORDIANO et
al., 2013, p. 5). É aquela resultante de fatores externos, comoos recursos de trabalho que o
indivíduo recebe, o salário e o ambiente onde ele desenvolve suas tarefas.
As pessoas tendem a acreditar que as motivações intrínsecas são sempre positivas, enquanto as
extrínsecas são sempre negativas, entretanto isso nem sempre é uma realidade. O fato é que elas
atuam em conjunto e a resultante vai definir o comportamentodo indivíduo no ambiente. Assim, os
fatores motivacionais e afetivos têm relação direta com a aprendizagem dos alunos, de modo que o
nível de desempenho e a motivação dos estudantes acadêmicos são avaliados de acordo com vários
aspectos e atribuições internas e externas dos alunos. De acordo com Sobral (2003), a teoriada
autodeterminação aborda ainda um terceiro fator: a desmotivação. Esta, refere-se à ausência de
qualquer motivação, intrínseca ou extrínseca. Desta forma, a teoria se completa com o grupo dos
três tipos de motivação: intrínseca, extrínseca e desmotivação.
Muitos estudos sobre motivação já foram feitos, e autores identificam que a motivação e a
afetividade em sala de aula são muito importantes. As interações entre professor e aluno, o que é
valorizado em sala de aula, o clima psicológico, as estruturas de competição ou cooperação, entre
muitas outras variáveis, podem estar relacionadas com o padrão motivacional do estudante
(ALMEIDA, 2012). Quando o aluno se sente bem e à vontade na sua instituição de ensino, isso o
faz querer estar presente nas atividades extras que ocorremna universidade e também faz com que
suas faltas nas aulas diminuam, fazendo com que ele aprenda cada vez mais durante a permanência
no ambiente educacional.
Em sala de aula, a motivação implica em efeitos imediatos, como o envolvimento ativo nas tarefas
do processo de aprendizagem. Sem ela, esse processo está, no mínimo, comprometido, já que
representa uma queda no investimento pessoal, na qualidade e no desempenho das tarefas da
aprendizagem.
A universidade em que o aluno está estudando também é um fator bastante considerável para que
ele adquira motivação e conclua o curso nela iniciado. Segundo Gordiano et al. (2013), ao
relacionar a qualidadedo serviço educacional e a motivação acadêmica, intenciona-se apresentar
resultados que indiquem que a qualidade do serviço educacional pode colaborar positivamente no
resultado da aprendizagem dos alunos.

Formas de motivar estudantes universitários da Aprendizagem


Para que haja uma mudança no ensino universitário, algumas modificações infraestruturais,
curriculares e principalmente didáticas necessitam serem compreendidas e colocadas em prática
nas Instituições de Ensino Superior em nosso país. É necessária uma estratégia que torne o
processo de ensino mais eficaz e a utilização pelos docentes de estratégias de motivação que
objetivem um real aprendizado pelos académicos.
Em decorrência da importância de se ter motivação na realização de tarefas de aprendizagem e da
atuação primordial do professor universitário e o efeito que essa atuação causa na aprendizagem
dos indivíduos, este tópico traz algumas sugestões de estratégias de ensino que podem ser
aplicadas com o público universitário.

Aulas expositivas dialogadas


Podemos considerar a aula expositiva como uma das estratégias de ensino mais utilizadas e
criticadas, caracterizada pela transmissão-recepção dos conteúdos, com o aluno sendo um sujeito
passivo do conhecimento. As aulas expositivas dialogadas, por sua vez, podemos considerar como
uma estratégia mais eficiente para o aprendizado dos alunos, pois elas possibilitam que estes
interajam com o professor, contextualizando e construindo o conhecimento de uma forma coletiva.
Por meio de aulas expositivas dialogadas é possível que o professor estimule o cognitivo do aluno
e articule com ele o processo de construção dos saberes. O ponto forte dessa estratégia é o diálogo
entre o professor e o aluno, a participação ativa deste no decorrer das aulas e a construção mútua
da aprendizagem.
Aulas práticas
As aulas práticas são excelentes condutoras da aprendizagem. Pela prática o professor consegue
aproximar o conteúdo da vivência do aluno e fazer com que este visualize aquilo que está sendo
estudado. Além disso, com as práticas os alunos deparam-se com resultados imprevistos e são
desafiados a questioná-los, o que instiga sua imaginação e raciocínio.
As possibilidades de aprendizagem proporcionadas pelas atividades práticas dependem de como
estas são propostas e desenvolvidas com os alunos. Atividades práticas que investiguem e
questionem as idéias prévias dos educandos sobre determinados conceitos científicos podem
favorecer a mudança conceitual, contribuindo para a construção de conceitos, embora este processo
de mudança nem sempre ocorra no sujeito e existam diferentes acepções sobre a gênese e
desenvolvimento conceitual (ANDRADE; MASSABNI, 2011, p. 841).
Embora aulas práticas sejam consideradas uma boa estratégia para a efetivação da aprendizagem,
elas necessitam estar diretamente relacionadas com os conteúdos que estão sendo trabalhados, para
que assim possam auxiliar num melhor entendimento da parte teórica e tenham um resultado eficaz
no conhecimento.
Discussão em grupo
As discussões em grupo propiciam a participação de todos os indivíduos no processo de resolução
de dúvidas e questionamentos, o que torna a busca pelas respostas um processo de aprendizagem
mais interessante. Para Torres e Irala (2007, p. 61), a metodologia das discussões
têm o potencial de promover uma aprendizagem mais ativa por meio do estímulo ao pensamento
crítico; ao desenvolvimento de capacidades de interação, negociação de informações e resolução de
problemas e ao desenvolvimento da capacidade de auto-regulação do processo de ensino-
aprendizagem.
Durante as discussões o aluno é direcionado a dar a sua opinião a respeito do assunto, concordando
ou não com as demais, fazendo com que, assim, seja exposta uma gama de conceitos e concepções
diferenciados que juntos constroem e organizam a temática ali discutida. A partir dessa
metodologia o conhecimento pode ser construído de uma forma coletiva e a ele incorporados
ideias e conceitos novos.
Mapas conceituais
Os mapas conceituais são uma estratégia de ensino que há pouco tempo começou a ser utilizada e
vem ganhando cada vez mais espaço entre os recursos utilizados pelos docentes. Essa estratégia
tem objetivos e características metodológicas fáceis de serem identificadas. O emprego de mapas
conceituais incorpora novos conceitos à estrutura cognitiva do aluno e instiga esse aluno a refletir,
pesquisar, selecionar e elaborar o conhecimento de uma forma diferenciada e significativa. Além
disso,
os mapas conceituais são dinâmicos, pois à medida que o aluno desenvolve sua compreensão e o
conhecimento sobre o assunto que está sendo trabalhado, os mapas devem ser revisados e
retrabalhados para incorporar os novos conceitos (TORRES; MARRIOTT, 2007, p. 177).
Assim, o uso de mapas conceituais nas aulas constitui uma metodologia não fixa, ou seja, à medida
que novos conhecimentos surgem, essas novas informações podem ser inseridas nesse mapa
conceitual, fazendo com que o aluno visualize o esquema por ele formado e assim interprete de
uma melhor forma a sua produção e conhecimento ali demonstrado. Por meio da construção de
mapas conceituais o aluno é capaz de organizar o seu conhecimento, resumi-lo, revisá-lo,
incorporar a ele novos conhecimentos e sistematizá-los com maior eficiência.
Seminários
Os seminários podem ser desenvolvidos individualmente ou em grupos e constituem uma
estratégia de ensino e aprendizagem que possibilita uma boa aquisição de conhecimento.
A estratégia de apresentação por seminários pode ser utilizada para diferentes propósitos, entre eles a
identificação de problemas; a análise de diferentes aspectos; a apresentação de informações
relevantes; a recomendação de pesquisas essenciais para resolução de problemas; o
acompanhamento do avanço das pesquisas; a apresentação de resultados aos membros do grupo; os
comentários, críticas e sugestões dos colegas e do professor (UNIVERSIDADE..., 2013).
Por intermédio das pesquisas para a elaboração do seminário os alunos estimulam sua autonomia e
se deparam com diversas informações que necessitam sintetizar e organizar. Desta forma, é
possível que aprendam mais realizando a busca pelas informações e expondo-as posteriormente
para os demais colegas e para o professor.
Utilização de TICs
Consideramos a utilização das TICs como uma das mais importantes estratégias de ensino. Quando
o aluno visualiza e interage com o que está estudando, torna-se mais fácil o entendimento daquilo
com o que se está interagindo. O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) vem
ocupando cada vez mais espaço entre as metodologias utilizadas em sala de aula. O uso dessas
ferramentas torna as aulas mais atrativas, apoiando professores e alunos na construção do
conhecimento.
As TICs apresentam-se sob diversas formas: Internet, softwares, jogos electrónicos, blogs, recursos
audiovisuais (RAVs), entre tantos outros. Com toda a tecnologia disponibilizada na actualidade é
necessário que o docente a leve para dentro da sala de aula. Esses recursos diferenciados propiciam
o acesso a diferentes informações que contribuem para o aprendizado dos educandos. Quando o
aluno se sente motivado e atraído pela aula que o professor está ministrando, a aprendizagem
acontecerá quase que instantaneamente e será incorporada ao indivíduo, por isso há a necessidade
de o docente variar as suas metodologias

Vantagens da motivação no ensino superior


“A motivação no contexto escolar tem sido avaliada como um determinante crítico do nível e da
qualidade da aprendizagem e do desempenho escolar” (GUIMARÃES; BORUCHOVITCH, 2004,
p. 143). Pela motivação o professor pode influenciar a maneira como o aluno utiliza suas
potencialidades, além de afectar positivamente a forma como esse aluno pensa e se desenvolve.
Então, é necessário que esse professor consiga estabelecer estratégias de ensino para académicos
de Ensino Superior que atendam à demanda necessária para o seu aprendizado.
A motivação é extremamente importante no que concerne aos aspectos que envolvem o ambiente
de trabalho, sendo um fator crucial para o bom funcionamento das organizações, podendo ser
determinada pelos comportamentos, necessidades e desempenho dos colaboradores.
Permite ainda às organizações a possibilidade de avaliar o nível de motivação e desempenho
individual, resultando nos processos de Motivação Organizacional.
De acordo com Steers e Porter (1991), “a motivação, em relação ao comportamento no trabalho,
energiza, orienta e sustenta esse comportamento.” Ou seja, certos comportamentos dos
colaboradores praticados numa organização podem ser indícios de motivação ou desmotivação.
Deste modo, a motivação no trabalho é inferida pelos comportamentos observáveis dos
trabalhadores.
Os níveis motivacionais dos colaboradores numa organização traduzem-se no bom ou mau
desempenho dos mesmos. É essencial mantê-los motivados para que estes atinjam elevados
padrões de desempenho, levando as organizações a alcançarem os seus objetivos e metas.
A motivação no trabalho deve fazer parte integrante da estratégia organizacional, e é fundamental
que os colaboradores sejam continuamente motivados e estimulados a crescer enquanto
profissionais, a executarem as tarefas inerentes às funções com eficácia, fazendo com que se
sintam realizados no exercício das suas funções.
Segundo Ward (1998, p.118), “Tudo vai permanecendo constante, se as pessoas estiverem
altamente motivadas a obter resultados, administrá-las será uma tarefa que exigirá menos esforço”.
Colaboradores motivados visam com maior probabilidade a obtenção de rendimento,
compreensão, intelectualidade, competência, conhecimento tecnológico, desenvolvimento de
talentos individuais e produtividade.
Segundo Minicucci (1992, p.228), “Em uma sociedade de produção em massa, o empreendimento
de motivar as pessoas a trabalhar não constitui uma tarefa fácil, visto que muitos obtêm pouca
satisfação pessoal em seus empregos e auferem pouco senso de realização e criatividade”.
Os seres humanos podem ser motivados de diferentes formas, visto que todos os indivíduos são
distintos e as suas necessidades individuais vão sofrendo alterações ao longo da vida.
Chiavenato (2005, p.244) revela que “o que motiva alguém hoje pode não motivar amanhã”. O
processo motivacional está direcionado para as metas e necessidades individuais. O alcance das
metas e objetivos conduz a uma redução das necessidades.
Para Bergamini (1997, p.32), os aspectos motivacionais surgem, essencialmente, do próprio
sujeito, como resultado de sua história de vida suas necessidades de encarar desafios, do lugar
reservado ao trabalho em sua vida, o modo como constrói as relações interpessoais, a
disponibilidade para construir a carreira e o modo como este se organiza frente a situações não
planejada, a motivação surge a partir da personalidade do indivíduo.
Conclusão
O âmbito universitário, assim como as escolas, deve ser um espaço que motive e não que se ocupe
apenas em transmitir conteúdos de forma não interativa. Para que isso ocorra o professor necessita
ter um olhar diferenciado em relação ao ensino de jovens e adultos e à aprendizagem de seus
acadêmicos. A formação pedagógica do docente de Ensino Superior é imprescindível para que
ocorra uma melhora no ensino universitário.
Deve ser salientada a importância da motivação para os processos de aprendizagem. A motivação é
a base para o sucesso. Cada um de nós aprende com maior facilidade conteúdos e contextos que
despertam o nosso interesse. Quando o profissional levar para dentro das salas de aulas
universitárias atividades contextualizadas, práticas e metodologias diversificadas, ele estimulará,
interessará e motivará os seus alunos. O aluno “motivado” certamente estabe lecerá uma relação de
aprendizagem mais eficaz do que aquele que não possui motivação em aprender. Pela motivação
os alunos são instigados a superarem os desafios e a concluírem as etapas necessárias para a sua
formação.
A exploração do aspecto lúdico e metodologias mais didáticas no contexto universitário devem ser
cada vez mais utilizadas. Recursos práticos e didáticos necessitam estarem presentes na maioria
das situações de ensino, como um instrumento de apoio ao professor, para facilitar a explicação do
conteúdo e o entendimento deste por parte dos alunos. Mediante esse olhar e atuação diferenciada
no Ensino Superior as aulas tornar-se-ão mais atrativas e certamente oferecerão uma maior
possibilidade de apropriação do conhecimento e, consequentemente, uma efetivação do
aprendizado por parte dos acadêmicos, que terão uma formação mais significativa.
Devemos lembrar a grande responsabilidade dos docentes de cursos superiores na formação desses
acadêmicos, afinal, direta ou indiretamente as suas ações se refletirão na sua formação.
Acadêmicos que tiveram uma boa formação têm maior probabilidade de se tornarem profissionais
que dominam sua área, competentes e dedicados, atuantes, ativos e íntegros na nossa sociedade.
Referências
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GORDIANO, E. C. S. et al. A percepção do cliente: qualidade na educação superior e motivação
discente. In : Seminário em administração – SemeAd , 16., 2013, São Paulo. Anais... São Paulo:
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SOBRAL, D. T. Motivação do aprendiz de Medicina: uso da escala de motivação acadêmica,
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TORRES, P. L.; MARRIOTT, R. de C. V. Mapas conceituais: uma ferramenta para a construção
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Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino; Núcleo de Inovação Pedagógica e de Desenvolvimento
Profissional dos Docentes, 2013.
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desafio para os professores de ciências. Ciência e Educação, Bauru, v. 17, n. 4, p. 835-854, 2011.

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