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UNIDADE CURRICULAR: Práticas de Estudo e Aprendizagem

CÓDIGO: 11045

DOCENTE: Maria de Fátima Goulão & Paula Braçais

A preencher pelo estudante

NOME: Ricardo Jorge Almeida Coelho

N.º DE ESTUDANTE: 2300383

CURSO: Licenciatura em Educação

DATA DE ENTREGA: 27-11-2023

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TRABALHO / RESOLUÇÃO:

Neste estudo, Vanthournout et al. (2012) sugerem uma relação entre a


falta de autorregulação e a não conclusão dos estudos no ensino superior. A
autorregulação envolve habilidades cruciais para o sucesso académico e a
ausência destas pode levar a dificuldades para concluir os estudos
universitários, pois o Ensino Superior exige uma maior concentração e
capacidade de absorção de conceitos. Esta pesquisa é essencial para entender
como os estudantes podem ser apoiados, com vista a melhorar as suas
habilidades e aumentar as hipóteses de sucesso académico.
Nas últimas décadas, diante do fracasso e abandono escolar, muitos
pesquisadores têm procurado compreender as causas deste problema, bem
como propor formas de o prevenir.
Segundo (Zimmerman & Schunk, 2011) a autorregulação da
aprendizagem é definida como o processo no qual o aluno estrutura, monitoriza
e avalia a sua própria aprendizagem. Este processo envolve o desenvolvimento
de determinadas aptidões como a capacidade de autocontrolo dos nossos
pensamentos, impulsos, emoções e ações.
Assim, a autorregulação da aprendizagem é a capacidade que os
estudantes detêm, de controlar e gerir o seu próprio processo de aprendizagem,
adquirindo e processando conceitos da forma a que melhor se adaptem. Esta
capacidade de processamento da informação não implica apenas a
memorização, mas sim, compreender conceitos de forma crítica, relacionando-
os com outros conhecimentos e aplicando-os em diferentes contextos. Ao aluno
cabe a responsabilidade de delimitar as suas necessidades, planeando e
cumprindo as etapas de estudo e apurar o que funcionou ou não, pressupondo
uma conduta consciente, autorreflexiva e proativa (Zimmerman, 2013).
Na teoria, o conceito de autorregulação assenta-se em quatro dimensões
da aprendizagem (Boruchovitch, 2014; Wolters & Benzon, 2013; Zimmerman &
Moylan, 2009; Zimmerman & Schunk, 2011).
A dimensão cognitiva/metacognitiva, as estratégias cognitivas são
aquelas que apoiam na absorção do conteúdo, que são usadas pelos alunos
para aprender como, por exemplo, sublinhar ou fazer resumos;

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A dimensão motivacional, a motivação é o que move uma pessoa à
ação, é a força motriz fundamental para iniciar e manter os esforços ao longo da
aprendizagem e sobre a sua capacidade em aprender um determinado conteúdo
ou realizar algo específico;
A dimensão emocional/afetiva, está ligada ao autoconhecimento do
aluno, ao controle das emoções e à busca por melhorar e evoluir;
A dimensão social, refere-se ao ambiente no qual o estudante se insere,
como a família, a escola ou o contexto socioeconómico e a forma como estes
podem condicionar a aprendizagem;
Dos modelos teóricos existentes sobre a autorregulação da aprendizagem
todos convergem num ponto comum; o pressuposto de que cada aluno é um
agente no seu processo de aprendizagem e de que esse processo pode ser
significativamente aprimorado com o domínio das competências
autorregulatórias (Brunstein & Glaser, 2011; Zimmerman, 2013).
Embora a autorregulação da aprendizagem seja um processo gerido pelo
próprio aluno, é fundamental que a escola e os professores auxiliem a consolidar
essa mentalidade nos alunos.
Para apoiar nesse processo destaco o modelo PLEA elaborado pelo
psicólogo Pedro Sales do Rosário, da Universidade do Minho. PLEA é a sigla
que se refere a Planificação, Execução e Avaliação – as três fases da
autorregulação de acordo com esse modelo.
Planificação – Nesta fase, o aluno analisa a tarefa a concretizar e verifica
quais são os recursos de que dispõe para realizá-la. Após essa análise pode
então definir os objetivos.
Execução - Nesta fase, o estudante deve cumprir o que planificou,
mantendo sempre em vista os seus objetivos finais.
Avaliação – Nesta fase, o estudante averigua a diferença existente entre
os objetivos e a planificação pré-definidos e o real resultado em que se encontra,
para então verificar se é necessário realizar algum ajuste.

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Bibliografia:

Boruchovitch, E. (2014). Autorregulação da aprendizagem: contribuições da psicologia


educacional para a formação de professores. Revista da Associação Brasileira de Psicologia
Escolar e Educacional, 18(3),401-409.

Zimmerman B. J., & Schunk D. H. (2011). Handbook of Self-Regulation of Learning


and Performance.Nova York, NY: Routledge.

Zimmerman B. J. (2013). From cognitive modeling to self-regulation: a social


cognitive career path. Educational Psychology, 48,135-147

Webgrafia:

https://blog.saraivaeducacao.com.br/autorregulacao-da-aprendizagem/

https://hed.pearson.com.br/blog/coluna-inside-higher-education/autorregulacao-da-
aprendizagem-habilidade-chave-em-2023

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752018000100008

https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/11349/1/avaliacao-para-a-aprednizagem-e-
autorregulacao.pdf

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