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CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
ASSU - RN
2019
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ASSU – RN
2019
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma breve revisão bibliográfica acerca da
metodologia tradicional de ensino e das metodologias ativas de aprendizagem, partindo
de uma análise em obras de autores como: Berbel (2011), Bastos (2006), Freire (2015),
Pereira (2012), Oliveira (2010) entre outros, que discutem a temática. Esta pesquisa é
qualitativa e de cunho bibliográfico, organizada através da análise e interpretação de
textos que discutem sobre o tema aqui proposto. O ensino tradicional vem perdendo
espaço entre as práticas pedagógicas direcionadas para o processo de ensino e
aprendizagem, onde o professor é o centro do processo de ensino-aprendizagem, e o aluno
é a parte passiva do processo. As metodologias ativas de aprendizagem trazem uma
proposta formativa diferente, promovendo a autonomia do aluno. Os estudos apontaram
que os métodos ativos proporcionam liberdade para o aluno, colocando-o como
protagonista em sala de aula, por meio de uma aprendizagem baseada em problemas,
projetos, como também no ensino híbrido, que une a modalidade de ensino presencial
com o ensino virtual. As metodologias ativas de ensino são potencializadoras no processo
de aprendizagem e da promoção do protagonismo juvenil, oportunizando autonomia
intelectual dos alunos.
1 INTRODUÇÃO
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Graduanda em Pedagogia pela UFRN – dalianymerelly@bol.com.br
2
Orientador Mestre em Ensino, Especialista em Língua Portuguesa e Matemática numa abordagem
Transdisciplinar – luizantonioantos@hotmail.com
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A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que
possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para
investigação. Já a interpretação tem com objetivo a procura do sentido mais
amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos
anteriormente obtidos. (GIL, 2009, p. 156)
mundo vive a chamada “Era da Informação”, a qual, as pessoas estão conectadas com os
acontecimentos do mundo em tempo real e os alunos passaram a possuir uma quantidade
imensa de informações, independentemente da escola. No Brasil, essa pedagogia, foi
introduzida por Anísio Teixeira e Lourenço Filho.
Pode-se observar que essa proposta pedagógica tem estreita relação com a
corrente construtivista, pois incorpora conceitos basilares do Piaget e Vygotsky,
considerando à aprendizagem como um processo social em que o aluno constrói o
conhecimento tanto individualmente quanto na interação com os seus pares.
Nessa perspectiva, as MAA buscam mostrar que a prática antecede a teoria, ao
contrário do ensino tradicional que primeiro apresenta a teoria para então colocar em
prática os conteúdos estudados. Enfatizando assim, que os ambientes escolares precisam
acompanhar a era digital, oferecendo redes sem fio para uso de tecnologias móveis,
compreendendo a nova concepção de ensino, a qual é centrada no aluno.
Conforme Zabala (2002) existe uma necessidade de vinculação entre a teoria e a
prática no ambiente escolar, visando a abordagem globalizadora dos conteúdos por parte
do aluno.
Percebe-se que os ajustes são necessários e profundos porque mexem com
estruturas enraizadas no processo de ensino, passando a compreender que o aluno é ativo
e não passivo, onde o professor é orientador e não transmissor, aqui o envolvimento é
profundo e não burocrático.
Observando a citação, é possível concluir que, se o aluno não for preparado para
fazer uma leitura crítica sobre a realidade, receberá a informação como verdade absoluta,
sem compreender os fatos narrados.
A história mostra que o método tradicional é o mais utilizado pelos sistemas de
ensino, principalmente quando se trata da educação pública. Esse é o método mais
utilizado pela sociedade que não valoriza a autonomia do aluno, a qual, dita regras pré-
estabelecidas a serem seguidas e ensinadas.
Uma das críticas apontadas para o método tradicional está relacionada ao
desenvolvimento do aluno, por ele ser o agente passivo no processo de ensino e
aprendizagem, impede a criatividade, a iniciativa do aluno, impedindo sua
autorrealização. Mas, este método começa a perder seu espaço devido ao processo
chamado globalização, o qual tem por objetivo aproximar o conhecimento das pessoas,
pois encurta as distâncias, estejam elas onde estiverem à informação chega. Então o papel
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que anteriormente era único do professor, como transmissor do conhecimento, agora não
existe mais, o acesso aos conhecimentos deixa de ser restrito e a divulgação passa a ser
aberta, sem controle, parece até assustadora, mas tornou-se parte do dia a dia das pessoas.
Entramos agora na era digital.
de se governar por si mesmo. Guimarães (2003, p. 36) diz que “o adjetivo autônomo se
refere a agir sem controle externo”.
Conforme Berbel (2011) na promoção da autonomia do aluno é necessário que
haja envolvimento pessoal, baixa pressão e alta flexibilidade em sua execução e
principalmente a percepção de liberdade psicológica e de escolha, tendo em vista, que a
percepção de liberdade gera resultados positivos em relação à motivação, ao
engajamento, ao desenvolvimento, à aprendizagem, à melhoria do desempenho em notas,
atividades e ao estado psicológico, através da satisfação com a vida. Sendo assim, não é
possível desenvolver a liberdade do aluno se este viver no sistema autoritarismo do
método tradicional de ensino.
Paulo Freire (1996) defende que na educação de adultos o que impulsiona a
aprendizagem é o processo de construção do conhecimento novo, a partir das experiências
prévias do indivíduo, levando em consideração sua liberdade de expressão e autonomia.
Assegura que, educar para a autonomia significa emancipação política pedagógica.
As metodologias ativas permeiam seu desenvolvimento no processo de aprender
a partir da problematização, como estratégia de ensino e aprendizagem, com intuito de
motivar o aluno. Nesta análise, o aluno tem a oportunidade de solucionar questões e
promover seu próprio desenvolvimento a partir das experiências vividas, fazendo parte
da história.
Confirmando o posicionamento dos autores citados anteriormente e fortalecendo
a consciência crítica, a partir de uma postura autônoma e ética, lê-se:
Nesta leitura, percebe-se que o aluno tem por direito aprender a decidir juntamente
com os que decidem acerca do processo de ensino-aprendizagem, tornando-se parte do
polo ativo da educação a si ofertada, característica dos métodos ativos de ensino.
Então, para que este processo aconteça é necessário “envolver o aluno enquanto
protagonista de sua aprendizagem, desenvolvendo ainda o senso crítico diante do que é
aprendido, bem como competências para relacionar esses conhecimentos ao mundo real”
(PINTO et al,. 2012, p.78).
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cognitiva. Segundo Berbel (2011), “A esfera cognitiva do PBL deve garantir que o aluno
estude situações suficientes para se capacitar a procurar o conhecimento por si mesmo
quando se deparar com uma situação problema ou um caso clínico”.
O quadro 1, descrever as principais divergências existentes no ensino
convencional e na metodologia ativa de aprendizagem baseada em problemas (PBL).
Quadro 1: Requisitos para professor e aluno no ensino convencional e na ABProb - Barbosa e Moura (2013).
Fonte: Internet.
Nesta análise, percebe-se que o ensino convencional não gera autonomia no aluno,
o mesmo é apenas um simples espectador do conhecimento, enquanto a aprendizagem
baseada em problemas desenvolve uma educação útil para a vida do aluno, estimulando
uma perspectiva crítica e reflexiva no estudante, integrando conteúdo e contexto social,
tendo em vista, que promove uma habilidade de interrogar de forma consciente, a qual,
conforme Demo (2003, p. 12-13) “trata-se de ler a realidade de modo questionador e de
reconstruí-la como sujeito competente”.
Para isso “os profissionais precisam estar habilitados a trabalhar de forma a criar
situações por meio das quais os alunos aprendam a gerenciar, a selecionar e a tratar as
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Zabala (2002, p.209) retrata que os projetos de trabalho são “uma resposta à
necessidade de organizar conteúdos escolares na perspectiva da globalização, criando
situações de trabalho nas quais [...] a aprendizagem de alguns procedimentos que ajudem
a organizar, compreender e assimilar uma informação”.
Do ponto de vista dos projetos escolares a ideia é a interdisciplinaridade,
enfatizando as metodologias ativas, com aprendizagem significativa a partir de
problemas. A intenção da educação aqui é desenvolver uma atividade eficaz na solução
do problema.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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possuem tempo para uma formação presencial, realizá-la sem sair de casa, no mundo
virtual.
Observa-se que as MAA são potencializadoras no processo de aprendizagem e da
promoção do protagonismo juvenil, tendo em vista, que a partir do desenvolvimento de
suas práticas pedagógicas, os alunos possuem autonomia e desenvoltura para resolverem
seus problemas diários, os quais ensinam conteúdos e práticas de vida, confirmando a
ideia de que o centro dinâmico do ensino-aprendizagem está no aluno e não no professor
como é defendido pelo método tradicional.
No decorrer da pesquisa, observa-se que historicamente o método tradicional de
ensino vem sendo substituído pelos métodos ativos de ensino em algumas instituições
escolares, apesar de algumas escolas continuarem adotando o método tradicional, o qual
determina que o professor seja o agente possuidor do conhecimento e por isso, todos
devem assisti-lo em suas aulas expositivas para então aprender o que foi repassado.
As MAA apontam que no polo ativo do ensino-aprendizagem está o aluno e não
o professor, modificando toda a base tradicional conhecida até o momento. Este método
de ensino traz uma visão diferenciada em relação ao acesso as informações, pois nesta
prática, o aluno adquire conhecimentos através dos meios disponíveis e não
exclusivamente por meio do professor em sala de aula.
Por meio dos aportes teóricos evidenciados na pesquisa bibliográfica, percebe-se
que o aluno tem autonomia nas MAA, tendo em vista, que se configura como o
protagonista do processo de ensino-aprendizagem, o qual está inserido, sendo
coresponsável em adquirir os conteúdos necessários para sua formação, tendo o professor
como intermediador neste processo.
Partindo do pressuposto que o aluno é o agente ativo no processo de ensino, que
possui autonomia para apropriar-se dos conhecimentos abordados pelo professor, mas
também do leque de conhecimentos adquiridos com uso da tecnologia, pode-se concluir
que as metodologias ativas são potencializadoras no processo da aprendizagem e da
promoção do protagonismo juvenil, proporcionando liberdade, amadurecimento e
construção de ideias para tomada de decisões, a partir da aprendizagem através de
problemas, projetos, entre outras modalidades, tudo frisando que o saber encontra-se
disponível para aqueles que o buscam dentro e fora da sala de aula.
Conclui-se também que o professor possui relevância nas MAA, haja vista, ter
ganhando responsabilidades diferentes das atribuídas no ensino tradicional, sendo
necessário, organizar-se para obter o máximo de proveito no desenvolvimento das
metodologias ativas com seus alunos, utilizando-se dos meios tecnológicos disponíveis.
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REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2009.
OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber:
a teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.