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MATERIAL
COMPLEMENTAR
HENRIQUE CARVALHO
NEUROEDUCADOR
TEMAS
Nossa prática pedagógica muitas vezes é focada na lógica, nos aspectos cognitivos, e nos esquecemos de
dar a mesma atenção aos aspectos emocionais. Como somos seres emocionais as nossas emoções sempre se
manifestam antes de nossa razão, em um processo de interação o nosso sistema límbico é ativado antes de nosso
córtex pré frontal que é responsável pela nossa cognição.
O sistema límbico é chamado de “córtex emocional” ele é o onde condensa nossas emoções, sendo
responsável tanto pelas nossas emoções quanto pelos nossos comportamentos sociais, é responsável pelas
nossas funções conativas da aprendizagem.
Já o nosso córtex pré frontal está relacionada ao planejamento de comportamentos e pensamentos
complexos, expressão da personalidade, tomadas de decisões e modulação de comportamento social, é
responsável pelas funções cognitivas e executivas.
Quando entendemos e temos consciência de como estes processos ocorrem, conseguimos organizar nossa
prática pedagógica para o processo de mediação levando em consideração estes aspectos.
A EMOÇÃO NO
PROCESSO DE
MEDIAÇÃO
De acordo com vigotski , o conceito de mediação nos remete a um elo intermediário na relação sujeito-objeto, traz o papel
do outro como central para os processos de aprendizagem. Considerando o professor um dos mediadores na sala de aula,
suas ações têm por objetivo a aprendizagem do aluno. Nessas ações mediadoras, o aluno entra em contato com modos de
pensar, agir e sentir em relação ao conhecimento envolvido e a situação em si. Nessa dinâmica, a forma como o aluno significa
a ação do professor revela uma atitude afetiva.
Por meio da mediação dos professores, os alunos expressaram o que aprendem. Ao dizer o que pensaram e como
pensaram, socializam-se em modos diferentes de fazer e de pensar.
É fundamental o professor como mediador despertar o desejo, a vontade do aluno para a atividade que estiver realizando
em sala de aula. Quando os alunos despertam para uma ação voluntária, se tornam mais motivados em aprender e a interagir
com outras atividades que forem propostas, é preciso fazer este mecanismo funcionar. Quanto mais distantes os alunos
estiverem, mais difícil será este engajamento.
E este engajamento vocês só irão conseguir se falarem diretamente para o sistema límbico de seus alunos, despertando
o desejo em aprender, em vês de focarem no cognitivo, no córtex pré frontal. Como falei antes as emoções os desejos são
processados antes da razão.
A EMOÇÃO NO
PROCESSO DE
MEDIAÇÃO
Mas como devo fazer então?
Existe alguns estímulos que você pode usar que vão falar direto para o sistema límbico, direto para o emocional. Estes
estímulos são largamente usados por profissionais de marketing. Na educação eles vão funcionar tão bem como no
marketing, basta você colocar em prática. Mas afinal que Estímulos são estes?
Em síntese, os gatilhos mentais são estímulos enviados pelo cérebro que exercem influência direta sobre a pessoa e a
forma como ela tomará alguma decisão.
Os gatilhos mentais são ótimas oportunidades para melhorar o relacionamento com o seu aluno, Isso porque eles
facilitam a tomada de decisão de forma mais impulsiva. Ou seja, eles servem para estimular o seu aluno a agir guiado mais
pela emoção. No mundo do marketing onde não se deseja que o cliente pense e reflita sobre a situação, aqui para nossa
atuação, é importante usar os gatilhos para despertar interesses nos alunos aproximando o aluno do processo de
aprendizagem.
A EMOÇÃO NO
PROCESSO DE
MEDIAÇÃO
Existem vários gatilhos mentais, vou destacar aqui alguns mais assertivos para nosso intento.
Gatilho da autoridade
Esta autoridade, como já falei anteriormente, não é a autoridade coercitiva, é uma autoridade de admiração, enxergar
em você autoridade é como ti ver como alguém importante, como um super herói, o aluno tem que ter o professor como
referencia, tem que admira-lo e não temer, este é o gatilho mais importante, quando se conquista sua clientela você vira
referencia para ela, e o processo de mediação neste caso se torna muito mais harmônico.
Estes foram alguns gatilhos mentais que separei aqui para vocês. Para usarmos estes gatilhos mentais temos que
conhecer o aluno, suas necessidade e realidade.
Tem uma máxima que fala que nosso cérebro é como uma máquina, um computador, mas computador não precisa lidar
com preocupações, medo e outras barreiras emocionais. É por isso que nossa mente exige condições específicas de
aprendizagem para absorver adequadamente a informação. Na verdade, dois processos-chave precisam ocorrer: Em primeiro
lugar, o cérebro deve ser capaz de reagir aos estímulos. Em segundo lugar, deve criar novas sinapses.
A EMOÇÃO NO
PROCESSO DE
MEDIAÇÃO
Quanto mais alegre e positivo for o processo de mediação da aprendizagem, melhor será as experiências que irá
proporcionar. Isso ocorre porque nosso cérebro associa a informação com emoções favoráveis. A única coisa mais poderosa
e agradável são as experiências auto-guiadas em que descobrimos algo novo sobre nós mesmos ou sobre o mundo. Por
exemplo, uma atividade de resolução de problemas que nos permite explorar novas idéias e desafiar nossas suposições. Se o
processo de aprendizagem é agradável o suficiente, irá facilitar os processos de aprendizagens mediada pelo
professor/mediador.
Estes gatilhos mentais irão ajudar a manter o equilíbrio emocional do aluno, o que é fundamental para a aprendizagem,
pois o estresse é um bloqueador da aprendizagem. Além de bloquear a aprendizagem o estresse afeta a saúde do corpo
provocando falta de apetite, dificuldades para dormir, entre outros impactos negativos na saúde física e psicológica. O
estresse atua na amígdala que é a região do cérebro que responde ao estresse, medo e preocupação. Quando detecta uma
ameaça iminente, a amígdala entra em ação e coloca um bloqueio de informações. O cérebro já não se preocupa com o
conhecimento. Ele simplesmente quer lidar com a ameaça e preservar-se. É por isso que você deve criar um ambiente livre
de estresse para seus alunos.