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LABORATÓRIO DE GESTÃO: EMPREENDEDORISMO


SOCIAL
Dr. Giancarlo Lucca

INICIAR

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introdução
Introdução
Olá, caro(a) estudante! Trataremos a seguir dos conceitos iniciais de empreendedorismo, que devem
formar uma base teórica capaz de facilitar o nosso entendimento a respeito da aplicabilidade prática
dele tanto em nossas vidas pessoais quanto profissionais. Abordaremos. também, alguns aspectos
históricos, para que possamos nos situar acerca da questão do empreendedorismo e de sua relação
com a sociedade. Além de buscarmos a compreensão das características comportamentais do
empreendedor, estudaremos uma importante técnica para estabelecimento de uma visão
estratégica, o design thinking ; veremos as etapas para implantação prática de um projeto de design

thinking . Finalizaremos nosso estudo com um tema muito relevante nos dias atuais: a criatividade e
sua sistematização por meio da técnica SCAMPER. Vamos lá? Bons estudos.

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Apresentação da Disciplina

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Figura 1.1 - Ações empreendedoras


Fonte: Sergey Nivens / 123RF.
Caro(a) estudante, discutiremos a seguir o conceito de empreendedorismo; para isso, convido você a
se motivar, pois esta é a palavra de ordem quando tratamos da ação de empreender. A motivação é
fundamental no processo de descoberta de oportunidades ou de soluções que transformam
ameaças em oportunidades. Vivemos um momento conhecido como quarta revolução industrial, em
que a tecnologia avança sem limites e é exponencialmente mais rápido a cada dia. Produtos
inovadores hoje podem não ser obsoletos em seis meses. O uso da inteligência artificial nas fábricas
tem provocado um impacto social muito grande no mercado de trabalho, e cabe aos
empreendedores de plantão lidarem com essa problemática.

Figura 1.2 - Em casa de ferreiro


Fonte: William Attard McCarthy / 123RF.
Você já deve ter ouvido uma velha frase: "em casa de ferreiro, o espeto é de pau", certo? Porém a
frase deveria ser "em casa de ferreiro, o espeto é de ferro da melhor qualidade!". Essa frase é para
nos incentivar a iniciar esta disciplina com um contrato, na verdade, um contrato de uma única
cláusula, que afirma: "tudo que você aprender nesta disciplina, você poderá aplicar em sua vida
pessoal, assim como em sua vida profissional, individualmente ou em grupo". Nossos estudos
permitirão o conhecimento a respeito de técnicas que poderão melhorar o desempenho financeiro,
a imagem junto ao mercado e às pessoas que nos cercam, o desempenho mercadológico, o
desempenho operacional produtivo, a motivação e a competência para exercer o ofício; gerando,
assim, o interesse das pessoas pelo que temos a oferecer. Ficou motivado(a)? Espero que sim,
porque acabamos de descrever brevemente a ação empreendedora.

O empreender está na busca de respostas que ainda não foram dadas, ou, se já foram dadas, que
precisam e possam ser melhoradas. Antes de seguirmos por esse caminho teórico, vamos para
alguns exemplos práticos? Faremos uma analogia com um tipo de empreendimento muito divertido
e fácil de entender: uma viagem de férias. É claro que é possível, simplesmente, colocar o pé na
estrada sem que nenhum planejamento seja realizado; surge, então, a pergunta: qual a
probabilidade de ocorrerem problemas que comprometam a viagem? Problemas de ordem diversa
podem ocorrer, desde a falta de dinheiro para realizar determinadas atividades até a
impossibilidade de realizar atividades de lazer devido ao clima.

Se mapearmos a possibilidade de acontecimento de problemas, criaremos cenários do que pode


acontecer durante a viagem e, nesse momento, exerceremos certo tipo de planejamento,
comportando-nos como empreendedores. Sendo assim, vamos pensar na nossa viagem,
começando pelas diretrizes estratégicas:

1. qual o objetivo da viagem?


2. qual o destino da viagem?
3. quem irá viajar?
4. quando a viagem deverá ocorrer?
5 i d á?

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5. quanto tempo a viagem durará?


6. como será a viagem? Qual o meio de transporte? Hospedagem?
7. qual é o custo estimado da viagem?

Com o simples fato de elaborar essas questões, estamos nos comportando como empreendedores.
De fato, estamos empreendendo algo novo: uma viagem de lazer; além disso, podemos afirmar que
estamos definindo algumas diretrizes estratégicas para esse empreendimento. A resposta para
esses questionamentos pode dar origem a um plano estratégico. A documentação das diretrizes
estratégicas é o limite entre o plano das ideias e o plano das ações; desse modo, a formalização das
diretrizes estratégicas é o primeiro passo de um empreendimento.

O empreendedorismo, porém, vai além das fronteiras individuais e organizacionais, ele deve
alcançar toda a sociedade. A busca por soluções inovadoras que tragam respostas aos problemas
sociais provocados pelo avanço da humanidade faz parte do que denominamos empreendedorismo
social. Esse é nosso contexto nesta importante disciplina; então, convido você, caro(a) estudante, a
buscar um pouco mais de conhecimento acerca das características do comportamento
empreendedor.

praticar
Vamos Praticar
O planejamento constante, com base em uma visão de futuro, é o que diferencia um empreendedor de
sucesso de um administrador comum.

DORNELAS, J. Empreendedorismo : transformando ideias em negócios. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

Quando se diz que o empreendedorismo social é uma característica dos indivíduos com ideias inovadoras
em busca de um bem-estar social, refere-se a quais tipos de empreendimentos?

a) Empresas de tecnologia explorando as oportunidades da indústria 4.0.


b) Organizações que buscam soluções para o impacto da indústria 4.0 no mercado de trabalho.
c) Empreendimentos altamente lucrativos que atuam no mercado de ações.
d) Empreendimentos do segmento comercial ou industrial que destinam parte do lucro aos
colaboradores.
e) Empreendimentos que exploram os recursos da natureza com a finalidade de lucro.

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Características Comportamentais do
Empreendedor

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Figura 1.3 - Criando oportunidades


Fonte: lightwise / 123RF.
Com o exemplo da viagem, podemos retornar aos aspectos teóricos e compreender uma breve
definição de empreendedorismo. De acordo com Chiavenato (2012), a palavra empreendedor tem
origem francesa, entrepreneur , sendo utilizada, primeiramente, em 1725, pelo economista Richard
Cantillon, que apresentava a definição de um empreendedor como aquele que assume riscos.
Alguns anos depois, em 1814, Jean-Baptiste Say, um renomado economista francês, usou a
terminologia para se referir àqueles que transferem recursos econômicos de um setor improdutivo
para um setor de maior produtividade. Chiavenato (2012) ainda cita Carl Menger, um economista
austríaco, que, em sua definição de 1871, apresenta o empreendedor como aquele indivíduo que
tem a capacidade de se antecipar às necessidades futuras.

Dornelas (2016), por sua vez, afirma que o primeiro uso da palavra empreendedorismo foi feito por
Marco Polo, ao tentar estabelecer uma rota para o oriente. Atuando como um empreendedor,
Marco Polo assumiu os riscos de um novo negócio, assinando o contrato com um homem possuidor
de dinheiro (podemos chamá-lo de capitalista) e propondo vender as mercadorias vindas do oriente
e adquiridas com o dinheiro desse homem. Dornelas (2016) esclarece que o papel do capitalista é,
geralmente, assumir os riscos, porém de forma passiva, já o empreendedor assume um papel mais
aventureiro, por correr todos os riscos físicos e emocionais.

Figura 1.4 - Marco Polo


Fonte: Olga Popova / 123RF.
Com base nesses renomados autores e no exemplo citado, começamos a compreender o conceito
de empreendedorismo. Para fixarmos esse entendimento, vamos estabelecer nossa própria
definição: empreendedorismo é uma prática constante do ato de empreender, que significa
estabelecer todos os esforços necessários para a solução de uma situação-problema, seja esta
simples ou complexa. É necessária uma atenção especial para esse conceito, pois, muitas vezes, ele
fica restrito e associado somente aos indivíduos que iniciam um novo negócio empresarial. É
possível, porém, empreender mesmo não sendo o proprietário de uma empresa. Podemos
empreender em todas as áreas de nossa vida pessoal e profissional, por exemplo, quando você
tomou a decisão de realizar este curso, teve uma atitude empreendedora, uma vez que espera se
qualificar e, assim, avançar em sua carreira profissional. Podemos criar inúmeras soluções
inovadoras e criativas para melhorar nossa vida pessoal e profissional, e esses esforços podem ser
definidos como empreendimentos.

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Na literatura de empreendedorismo, é comum a confusão em relação aos limites da visão


administrativa e da visão empreendedora. O administrador de uma organização é, geralmente,
confundido com o empreendedor. O administrador pode sim ser um empreendedor, mas isso não é
uma obrigatoriedade. Muitos administradores apenas seguem os direcionamentos estabelecidos
pela visão estratégica do empreendedor. Dornelas (2016) enfatiza essa questão e afirma que o
administrador tem sido estudado há muito mais tempo que o empreendedor, mesmo assim, muitas
dúvidas a respeito do seu papel nas organizações ainda não estão bem esclarecidas.

Será muito difícil nesta discussão encontrar uma fórmula mágica para elucidar o tema, mas
podemos evidenciar alguns aspectos dos respectivos papéis do administrador e do empreendedor.
Dornelas (2016) cita a visão clássica ou processual da administração, em que o administrador se
comporta com maior impessoalidade, enfatizando a integração com a estrutura organizacional e
com a hierarquia das responsabilidades e autoridades. Segundo essa abordagem, o administrador
tende a se concentrar nas ações de planejar, organizar, dirigir e controlar.

Figura 1.5 - Funções do Administrador


Fonte: Elaborada pelo autor.
Planejar é uma das funções mais importantes da administração e, talvez, esse seja o ponto que gera
maior confusão entre empreender e administrar. Planejar envolve a arte de fazer planos, de
identificar oportunidades futuras de crescimento e de estabelecimento de uma visão estratégica,
assim como empreender. O administrador, porém, tem uma visão administrativa desse processo,

utilizando métodos estruturados de estabelecimento de objetivos e metas. Além disso, as demais


funções (organizar, dirigir e controlar) têm um caráter completamente técnico.

Na organização, é necessário dividir as responsabilidades, estabelecer as autoridades, garantir a


comunicação e o fluxo de informações e estabelecer um sistema de decisão pautado em sistemas de
informação. Dirigir ou controlar é a atividade administrativa de coordenar o trabalho das equipes
nos níveis operacionais, táticos e estratégicos. Essa função exige o exercício de uma liderança que
garanta o comprometimento de toda a equipe. A função de controlar é fundamental para medir o
desempenho da administração por meio dos indicadores de desempenho e, assim, avaliar se o
planejamento estabelecido está sendo realizado.

Segundo Dornelas (2016), a proposta de um ciclo de planejamento, organização, direção e controle


foi feita no início do século XX, por Henry Fayol, e vários outros autores reformularam ou adaptaram
seus conceitos com o passar do tempo.

reflita
Reflita
Você já refletiu a respeito da satisfação dos clientes, mesmo internamente, em uma organização? Muitas pessoas
acreditam que as técnicas estudadas nos livros acadêmicos são destinadas apenas às organizações e acabam se
esquecendo de aplicar métodos de grande valor em si próprias. Se você é colaborador(a) de uma organização e

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seu trabalho é recebido por outro profissional, você pode aplicar o conceito de design thinking para descobrir
quais características melhorar em seu trabalho, com o intuito de produzir um bem-estar a todos que dependem
dele. Reflita a respeito disso.

Na verdade, existe uma relação importante entre administradores e empreendedores, mas o


espírito empreendedor tem algumas características que devemos destacar. De acordo com Dornelas
(2016), um empreendedor de sucesso possui atributos extras, além das tradicionais características
do administrador, e algumas dessas características pessoais, somadas a outros atributos
sociológicos e ambientais, permitem o nascimento de um novo empreendimento. A seguir,
destacamos as características propostas por Dornelas (2016).

Os empreendedores costumam ser visionários: eles têm a visão de como será o futuro
para seu negócio e sua vida e, o mais importante, têm a habilidade de implementar seus
sonhos.
Os empreendedores sabem tomar decisões: eles não se sentem inseguros, sabem tomar
as decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, fator-
chave para o sucesso. Além de tomar decisões, eles implementam suas ações
rapidamente.
Os empreendedores são indivíduos que fazem a diferença: eles transformam algo de difícil
definição, uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o possível
em realidade (KETS DE VRIES, 1997); sabem, então, agregar valor aos serviços e produtos
que colocam no mercado.
Os empreendedores sabem explorar ao máximo as oportunidades: para a maioria das
pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por sorte ou acaso. Para os
visionários (os empreendedores), as boas ideias são geradas a partir daquilo que todos
conseguem ver, mas que não identificam algo prático para transformá-las em
oportunidade, por meio de dados e informação. O empreendedor é aquele que cria um
equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e
turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Os visionários e as

demais pessoas, porém, são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio


identificador de oportunidades, um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe
que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.
Os empreendedores são determinados e dinâmicos: implementam suas ações com total
comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma
vontade ímpar de “fazer acontecer”. Eles se mantêm sempre dinâmicos e cultivam certo
inconformismo diante da rotina.
Os empreendedores são dedicados: eles se dedicam 24 horas por dia, sete dias por
semana, ao negócio. Comprometem o relacionamento com os amigos, com a família e, até
mesmo, com a própria saúde. São trabalhadores exemplares e encontram energia para
continuar, mesmo em situações adversas. São incansáveis e loucos pelo trabalho.
Os empreendedores são otimistas e apaixonados pelo que fazem: adoram o trabalho que
realizam. O amor pelo trabalho é o principal combustível que os mantem cada vez mais
animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores de seus produtos e
serviços, pois sabem, como ninguém, como fazê-lo. O otimismo faz com que sempre
enxerguem o sucesso, em vez de imaginar o fracasso.
Os empreendedores são independentes e constroem o próprio destino: querem estar à
frente das mudanças e ser donos do próprio destino; querem ser independentes, em vez
de empregados; querem criar algo novo e determinar os próprios passos, abrir os próprios
caminhos, ser o próprio patrão e gerar empregos.
Os empreendedores ficam ricos: ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores,
eles acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios

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eles acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios.


Os empreendedores são líderes e formadores de equipes: os empreendedores têm um
senso de liderança incomum e são respeitados e adorados por seus funcionários, pois
sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno de si. Eles
sabem que, para obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe de profissionais
competentes; sabem, ainda, recrutar as melhores cabeças para assessorá-los nos campos
em que não detêm o melhor conhecimento.
Os empreendedores são bem relacionados ( networking ): os empreendedores sabem
construir uma rede de contatos que os auxilia no ambiente externo da empresa, junto a
clientes, fornecedores e entidades de classe.
Os empreendedores são organizados: os empreendedores sabem obter e alocar os
recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o
melhor desempenho para o negócio.
Os empreendedores planejam, planejam, planejam: os empreendedores de sucesso
planejam cada passo de seu negócio, desde o primeiro rascunho do plano de negócios até
a apresentação do plano a investidores, a definição das estratégias de marketing do
negócio etc., sempre tendo como base a forte visão de negócio que possuem.
Os empreendedores têm conhecimento: são sedentos pelo saber e aprendem
continuamente, pois entendem que, quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio,
maior será a chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de
informações obtidas em publicações especializadas, em cursos ou mesmo de conselhos de
pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.
Os empreendedores assumem riscos calculados: talvez, essa seja a característica mais
conhecida dos empreendedores. O verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos
calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos
tem relação com desafios; para o empreendedor, quanto maior o desafio, mais
estimulante será a jornada empreendedora.
Os empreendedores criam valor para a sociedade: os empreendedores utilizam seu capital
intelectual para criar valor para a sociedade, com a geração de empregos, dinamização da
economia e inovação, sempre usando sua criatividade em busca de soluções que
melhorem a vida das pessoas.
Para Chiavenato (2012), uma característica marcante do empreendedor é ele conseguir colocar em
prática os projetos, por possuir sensibilidade para os negócios, inclinação para a área financeira e
capacidade de mapear e aproveitar oportunidades que estão ocultas a muitos outros olhares. Com
esse conjunto de atributos, o empreendedor consegue transformar ideias em ações práticas, para
benefício próprio e, muitas vezes, da sociedade em que está inserido. O empreendedor abusa da
criatividade e da motivação, explora sua imaginação e age com perseverança. Esses atributos
combinados adequadamente possibilitam a transformação de uma simples ideia em algo que
produza resultados concretos e bem-sucedidos no mercado.

Chiavenato (2012) complementa afirmando que vários empreendedores demonstram certas


características, como facilidade para liderar pessoas, embora muitas teorias baseadas nas
características de personalidade para o exercício da liderança estejam sendo criticadas por falta de
validade. É evidente, ao observamos as características de um empreendedor, que ele sabe conduzir
equipes, e não apenas recursos humanos.

praticar
V P ti
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pVamos Praticar
O senso comum trata, muitas vezes, de forma similar as denominações "administrador" e "empreendedor",
entendendo que ambas as terminologias se referem aos indivíduos com a capacidade de conduzir uma
empresa a uma situação futura desejada. Existem, porém, características únicas demonstradas pelo
empreendedor. Com base nisso, assinale a alternativa que apresenta somente características de um
empreendedor.

DORNELAS, J. Empreendedorismo : transformando ideias em negócios. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

a) Tem necessária formação acadêmica em áreas correlatas à administração de empresas.


b) Enfatiza o desempenho da empresa acima de tudo, em detrimento de outras perspectivas
estratégicas.
c) Capacidade de supervisionar equipes no nível operacional e identificar os culpados pelas falhas.
d) Assume riscos calculados e cria valor para a sociedade.
e) É conservador e evita correr riscos, a fim de garantir a saúde do empreendimento.

Design Thinking

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Figura 1.6 - Ideias criativas


Fonte: rawpixel / 123RF.
O termo em inglês design thinking pode ser traduzido ao pé da letra como "pensamento do desenho"
ou, melhorando a expressão, "pensamento do designer ". Isso parece redundante, pois o próprio
termo design , que tem, em sua concepção, o projetar algo, traz em si a necessidade de muita
reflexão e pensamento. Porém esse reforço do "pensamento" é muito importante, uma vez que essa
é uma abordagem obtida a partir da área do design e incorporada às organizações de todos os
portes e segmentos. Então, o que, de fato, essa abordagem tem de diferente das práticas
tradicionais de planejamento estratégico e desenvolvimento de novos mercados e produtos? É
preciso considerar que essa proposta vai além de projetar bens e serviços com qualidade e
produtividade, que atendam às necessidades e às expectativas dos clientes, ela propõe, também, a
promoção de um "bem-estar" na vida das pessoas.

Segundo Cavalcanti e Filatro (2016), a prática do design thinking no mundo corporativo tem uma
relação direta com a solução inovadora de problemas, visando ao bem-estar social. Os membros de
uma equipe de design thinking , os designers , estão sempre em busca de compreender as pessoas
ligadas à organização - os stakeholders -, com o objetivo de projetar soluções que satisfaçam a todos.

Segundo Ambrose (2011), o conceito de design thinking não é novo. A abordagem do design como
“forma de pensamento” surgiu em 1969, com a publicação do livro The Science of the Artificial , de
Herbert A. Simon. Porém o grande divulgador dessa ideia foi Tim Brown, presidente da empresa
Ideo, uma organização norte-americana consultora em design . Tim Brown enfatizou a diferença
entre ser um profissional de designer e pensar como um profissional de designer. Para o empresário,
pensar como designers deveria ser tarefa de todos, mesmo que não atuem na área, de forma a
conquistar um alto nível de inovação nas organizações e na própria vida.

Ambrose (2011) afirma que, assim como um designer tem uma visão holística do mundo que o
rodeia, prestando muita atenção aos aspectos cognitivos, emocionais e estéticos que impactam
diretamente nas percepções humanas, os gestores precisam estar atentos ao seu ambiente com
empatia, com o objetivo de mapear problemas a serem solucionados, bem como produzir respostas
de forma inovadora para tais problemas.

Dessa forma, podemos compreender o design thinking como uma forma não convencional de
pensar, pois, nessa abordagem, a capacidade de questionar fenômenos deve estar no centro das
atenções. Vamos retomar nosso exemplo da viagem de férias e, então, perceber como as perguntas
“qual o objetivo da viagem?”, “qual o destino da viagem?”, “quem irá viajar?”, “quando a viagem
deverá ocorrer?”, “quanto tempo a viagem durará?”, “como será a viagem?”, “qual o meio de
transporte?”, “qual o tipo de hospedagem?”, “qual o custo estimado da viagem?” etc. podem ser
respondidas a partir da observação do ambiente desejado para a viagem de férias. Em outras
palavras, são elaboradas perguntas para serem respondidas com base nas informações obtidas
durante a observação do ambiente que permeia o problema; no nosso caso, uma viagem de férias.
Assim, com a abordagem do design thinking , o resultado da viagem não será derivado do problema,
e sim se encaixará perfeitamente nele.

O pensamento estratégico é tão velho quanto o próprio homem e é a base fundamental do design
thinking . Desde os primórdios, nas cavernas, os primeiros seres humanos tinham preocupações
estratégicas em relação à sobrevivência e à continuidade da espécie. Registros em pinturas e
utensílios em pedra descobertos pela ciência historiadora há milhares de anos revelam já uma
preocupação organizacional dos homens das cavernas. Um certo tipo de contabilidade da caça e da
pesca mostram os primórdios da evolução do pensamento estratégico.

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Existem relatos, não comprovados cientificamente, da existência de um general chinês conhecido


como Sun Tzu, há cerca de 2300 anos. Esse líder militar teria criado um tratado estratégico para
alcançar sucesso em suas batalhas, denominado A Arte da Guerra . Esse tratado, que a partir do
século XX passou a ser difundido no meio empresarial, faz uma analogia entre as táticas de guerra
dos antigos guerreiros chineses e o atual ambiente competitivo. Autores diversos da literatura sobre
design thinking e estratégias inovadoras afirmam que A Arte da Guerra é um livro de cabeceira dos
grandes executivos, designers e gestores em todo o mundo.

Etapas do Design Thinking

Figura 1.7 - Etapas do Design Thinking


Fonte: arcady31 / 123RF.
A melhor forma de compreender uma ideia é visualizá-la de forma sistêmica. Desse modo, vamos
recorrer a uma ferramenta criada na década de 40 para conhecermos as etapas do design thinking .
Um importante nome do movimento pela qualidade que reconstruiu o Japão após a Segunda Guerra
Mundial e transformou o país em um dos produtores mais eficientes do mundo foi o Dr. William
Edwards Deming, consultor de renome internacional e grande continuador das teorias do Dr.
Shewhart, criador do controle estatístico da qualidade TQC ( Total Quality Control ). Deming aprendeu
a avaliar o impacto que a carta de controle de Shewhart poderia ter nos processos industriais. Em
1950, o Dr. Deming foi convidado pela Japanese Union of Scientists and Engineers (JUSE) para uma
série de seminários no Japão. No roteiro básico desses seminários, constavam três pontos:

importância da variação dos processos.


controle do processo por meio do uso da carta de controle.
uso do ciclo PDCA ( Plan, Do, Check, Action ), ou seja, do ciclo de planejar, fazer, verificar e
agir.

De acordo com Lucca (2001), foram muitas as contribuições de Deming, mas o ciclo PDCA é
considerado uma ferramenta básica para a sistematização de ideias. A figura a seguir mostra o
esquema de funcionamento desse importante ciclo.

Figura 1.8 - Etapas do design thinking


Fonte: kchung / 123RF.
Apesar de o ciclo PDCA ter sido criado na década de 40, mostra-se muito atual nos dias de hoje,
principalmente quando falamos em design thinking . Segundo Ambrose (2011), existem sete
importantes etapas do processo de design thinking a serem observadas:

1 definir;

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1. definir;
2. pesquisar;
3. gerar ideias;
4. testar protótipos;
5. selecionar;
6. implementar;
7. aprender.

O quadro a seguir especifica essas sete etapas organizadas, que formam, de acordo com Ambrose
(2011), um ciclo PDCA.

Ciclo PDCA das etapas do design thinking

Essa é a primeira etapa de qualquer processo de design e


quase sempre envolve a produção ou o recebimento de um
briefing . Os objetivos são, simplesmente, o que o cliente
Definir
espera obter com a contratação de um serviço de design ; é
muito importante que eles sejam inteiramente entendidos e
“mapeados” para o processo de design thinking .

Uma vez definido o briefing e estando todos de acordo a


respeito dele, um dos designers da equipe começa a coletar
Pesquisar
informações que possam alimentar o processo criativo na
etapa de geração de ideias.
Plan
(planejar)
Durante essa fase, a equipe de design se debruça sobre as
informações coletadas na pesquisa e as restrições
estabelecidas durante a etapa de definição para gerar ideias
que atendam ao briefing de design . Os designers utilizam
vários métodos para criar ideias. As técnicas incluem o

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p
Gerar ideias brainstorming , o esboço ou rafe de ideias, a adaptação de
designs já testados e aprovados, a adoção de uma
abordagem analítica top-down (de cima para baixo), com
foco no produto, serviço ou empresa, ou de uma
abordagem bottom-up (de baixo para cima) direcionada ao
consumidor ou usuário.

Protótipos são usados para testar a viabilidade técnica de


uma ideia e ver se ela funciona como objeto físico. Ideias
para embalagens e apresentações inovadoras, por exemplo,
normalmente, precisam de um protótipo. Os protótipos
Do (fazer) Testar protótipos
também podem testar os aspectos visuais de um projeto, ao
apresentá-los da maneira como seriam produzidos, o que
também oferece a oportunidade de verificar, quando
pertinente, o projeto em três dimensões.

A seleção é a etapa em que uma das soluções de design


proposta é escolhida para ser desenvolvida. O principal
Check critério de decisão é a adequação à finalidade: o projeto
Selecionar
(verificar) atende às necessidades e aos objetivos do briefing ? Ele se
comunica de maneira eficiente com o público-alvo para
atingir esses objetivos?

Durante essa etapa, o designer repassa a arte e as


especificações de formato do projeto para os responsáveis
por produzir o produto final, que podem ser uma gráfica,
Implementar um desenvolvedor web ou um fabricante. Esse momento
oferece uma boa oportunidade para confirmar as
especificações de produção, como a quantidade de
Action (agir) impressões e o resultado esperado.

A etapa final é o momento de aprender com os estágios que


aconteceram ao longo do processo de design . Essa é a fase
Aprender de feedback , durante a qual o cliente e a agência de design
procuram identificar o que funcionou bem e o que precisa
ser melhorado.

Quadro 1.1 - Ciclo PDCA das etapas do design thinking


Fonte: Adaptado de Ambrose (2016).

Segundo Cavalcanti e Filatro (2016), a abordagem do design thinking tem sido expandida por diversas
áreas no mundo dos negócios e áreas de marketing , publicidade e propaganda e, principalmente,
tecnologia, justamente por seu foco na inovação. Atualmente, o design thinking é usado também na

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área educacional; é importante destacar sua efetividade além dos aspectos que tratam da inovação,
mas, principalmente, nos aspectos de atendimento, que vão além das necessidades e das
expectativas dos envolvidos, e na promoção de um bem-estar a todos.

praticar
Vamos Praticar
O design thinking pode ser compreendido como uma forma não tradicional de pensar estrategicamente; tem
como principal objetivo construir estratégias direcionadas ao bem-estar de todos os envolvidos, para isso,
utiliza uma metodologia sistematizada em etapas que lembram o ciclo PDCA.

CAVALCANTI, C. C.; FILATRO, A. C. Design thinking na educação presencial, a distância e corporativa . 1.


ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

Com base na afirmação, assinale a alternativa correta.

a) O design thinking é baseado nas funções básicas de planejamento, organização, direção e


controle.
b) O design thinking leva em consideração a visão dos especialistas e técnicos envolvidos na solução
de um problema.
c) O design thinking parte de uma hierarquia top-down (de cima para baixo) para identificar
oportunidades de solução de um problema.
d) A capacidade de questionar está no centro das atenções do design thinking .

e) O design thinking não possui um método de trabalho, ou etapas definidas, tenta-se solucionar
qualquer tipo de problema pelo método mais rápido.

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Técnicas de Criatividade

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Figura 1.9 - Técnicas de criatividade


Fonte: alphaspirit / 123RF.
De acordo com Mariano (2011), a criatividade é uma manifestação que existe desde a pré-história,
nos homens mais primitivos; A capacidade criativa é, então, uma característica de destaque no
homem, sendo ele o único animal que faz planos para o futuro, que produz ferramentas e
tecnologias, expressa seus sentimentos por meio da arte e que desenvolveu a religiosidade e a
espiritualidade.

Segundo Zogbi (2014), o termo criatividade está rodeado de significados, alguns mais relevantes,
como “o conjunto de ideias inovadoras”, “uma expressão artística”, “a busca de algo inédito”, “uma
informação inédita”, “uma solução inovadora para um problema” ou “um processo inovador para o
alcance de um determinado objetivo”. Também existem autores e o senso comum que utilizam
signficações horríveis para o termo criatividade, por exemplo, “uma viagem com falta de contato
com a realidade”, “coisas descomprometidas, até irresponsáveis”, “elucubrações de gente maluca”,
“fuga (intencional ou não) da realidade”, “perda de tempo com coisas que não servem para nada”,
dentre outras definições que compõem uma longa listagem. Tais denominações aparecem conforme
a visão de quem está sendo impactado pela criatividade, em geral, isso não parte de quem está
desenvolvendo a ideia, ou implantando tal ideia. Sendo assim, a aprovação ou não da ideia tem a ver
com a relação que ela cria com as pessoas.

Veremos, agora, um exemplo para compreendermos melhor. Imagine que você tenha criado um
novo aparelho de telefone e recebeu elogios por ser algo criativo e inovador, porque foi idealizado e
pensado para o uso de muitas pessoas. Agora, pense em um quadro de Vincent Van Gogh com uma
paisagem e perceba que esse produto não se enquadra no mesmo tipo de processo de criação do
telefone, pois se utiliza da expressão do artista, que pode receber críticas em um momento e elogios
em outro. O mesmo artista, ao pintar um outro quadro sob encomenda, pode gerar outra
característica artística. Apesar de o artísta aplicar as mesmas técnicas, o objetivo criativo foi
diferente para atender às expectativas de quem o contratou.

Mariano (2011) afirma que a criatividade se processa da mesma maneira na dança, no teatro, nas
artes plásticas, nos negócios e na ciência. Embora atuem em campos bastante distintos, com
objetivos bem diferentes e manifestações próprias, os estudos sobre a funcionalidade do cérebro
humano mostram que o processo criativo é composto pelas mesmas atividades e áreas cerebrais
tanto nas manifestações artísticas quanto nas diversas áreas da ciência e, também, nos negócios.

Adotando uma perspectiva mais geral, podemos definir a criatividade como um processo mental
que gera novas ideias por pessoas ou grupos. Considerando que a geração de uma nova ideia é um
novo bem ou serviço, uma obra de arte, uma nova metodologia ou a solução de uma situação
problemática, a criatividade pode ser utilizada para diversão, inovação, transformação da sociedade,
deixando, assim, uma marca no tempo.

A criatividade nunca foi tão valorizada no meio empresarial quanto nos dias atuais, pois vivemos
uma nova revolução industrial, conhecida por quarta revolução industrial, caracterizada pelo avanço
rápido da tecnologia digital (tecnologias da informação e da comunicação), que impacta na maneira
como as pessoas se relacionam, como elas se comunicam ou se comportam em sociedade, também
na maneira como as pessoas consomem os bens e serviços produzidos em uma economia
l b li d l h d d l i i d ã

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globalizada. Em outras palavras, a chegada dessas tecnologias inovadoras, como a computação em


nuvem, as redes sociais, as aplicações mais excêntricas para smartphones , a exploração do big data,
muda a maneira como as pessoas podem e querem se relacionar com as organizações em um
mundo capitalista, e isso gera grandes desafios e oportunidades para as empresas. As pessoas se
tornaram “digitais”, sejam cidadãos ou clientes, e buscam se comunicar em tempo real uns com os
outros e com as empresas por meio de inúmeros canais cada dia mais robustos e eficientes.

Agora, devemos responder a uma questão importante: será que as organizações tradicionais estão
preparadas para atender às necessidades e expectativas desse cliente digital? A resposta é: "pouco
provável", basta observarmos organizações ainda tateando no mundo da tecnologia e cometendo
erros crassos, como a má qualidade de produtos e serviços, além de crimes contra a sociedade e o
meio ambiente. A busca por soluções rápidas e eficientes é uma motivação para que essas
organizações desenvolvam ferramentas e metodologias inovadoras.

Para Zogbi (2014), uma das técnicas que visam estimular o pensamento criativo é a ferramenta
SCAMPER. Essa terminologia vem do acrônimo com origem nas iniciais de sete operadores da
ferramenta:

S - Substituir;
C - Combinar;
A - Adaptar;
M - Modificar;
P - Procurar outros usos;
E - Eliminar;
R- Rearrumar.

Essa técnica foi desenvolvida por Bob Eberlee, com o intuito de melhoria na criatividade de
desenvolvimento de ideias criativas. Com o objetivo de buscar novas formas de transformar um
processo, um sistema ou qualquer objeto, os operadores do SCAMPER agem como potenciais
soluções gerais, e os indivíduos que as operam são levados a pensar em soluções mais específicas. A
aplicação dessa ferramenta é adequada quando é necessário melhorar ou criar novos processos,
sistemas ou objetos a partir de versões pré-existentes. A técnica usa um conjunto de perguntas
direcionadas a respeito de um problema, com propósito de gerar novas ideias, que, normalmente,
não ocorreriam.

Não é fácil pensar em ideias inovadoras nas organizações sem considerar o atual ambiente
competitivo e o volume imenso de informações a se lidar; por isso, sistematizar as ideias é uma
ótima maneira de alcançar sucesso. A ferramenta SCAMPER e o design thinking são ferramentas de
excelência para auxiliar o processo criativo. Esperamos que tenha assimilado esses importantes
conceitos.

saiba mais
Saiba mais
A ferramenta SCAMPER é muito útil na sistematização de ideias para a criatividade e a inovação. É uma
ferramenta difundida mundialmente e muito utilizada para melhoramento de soluções existentes. Para
saber mais sobre a ferramenta SCAMPER e observar um exemplo de aplicação, acesse esta animação
bastante didática:

ASSISTIR

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praticar
Vamos Praticar
Uma das técnicas que visam estimular o pensamento criativo é a ferramenta SCAMPER, desenvolvida por
Bob Eberlee. Essa terminologia vem do acrônimo com origem nas iniciais de sete operadores da ferramenta.
Qual das alternativas a seguir apresenta esse acrônimo corretamente?

MARIANO, S. R. H. Empreendedorismo : fundamentos e técnicas para criatividade. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

a) Subdividir, Controlar, Avaliar, Manter, Pontuar, Eliminar e Retroagir.


b) Subavaliar, Controlar, Compor, Advertir, Popular, Excluir e Reparar.
c) Superar, Combinar, Capacitar, Aderir, Pautar, Expressar e Resumir.
d) Substituir, Combinar, Adaptar, Modificar, Procurar outros usos, Eliminar e Rearrumar.
e) Substituir, Capacitar, Aderir, Manter, Procurar outros usos, Excluir e Reagir.

indicações
Material Complementar

LIVRO

Gestão Estratégica Balanceada

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g
Giancarlo Lucca
Editora: Atlas
ISBN: 9788522483624
Comentário: Esse livro apresenta um conjunto de técnicas e
ferramentas para a implantação da gestão estratégica balanceada, bem
como aborda os conceitos básicos para o seu entendimento. A gestão
estratégica balanceada é uma visão da administração estratégica e
promove a integração dos processos de gestão - finanças, marketing ,
operações e pessoas. Entende-se que o resultado financeiro será
sustentável à medida que o mercado estiver satisfeito e bem atendido; e
o mercado estará satisfeito e bem atendido se as operações
funcionarem com excelência e de forma otimizada. Também, os
processos alcançarão a excelência se as pessoas que os operam
estiverem preparadas, motivadas e inseridas em um ambiente
organizacional propício. A organização da obra foi feita com base em
uma ferramenta estratégica, o 5W2H ( What, Why, Where, When, Who,
How e How Much ), de forma que o leitor possa compreender. Os termos
significam: What - o que é gestão estratégica balanceada?; Why - por que
gestão estratégica balanceada?; Where - onde aplicar a gestão
estratégica balanceada?; When - quando aplicar a gestão estratégica
balanceada?; Who - quem deve aplicar a gestão estratégica balanceada?;
How - como implantar a gestão estratégica balanceada?; How Much -
quanto custa um projeto de gestão estratégica balanceada? Os capítulos
estão organizados de forma construtiva, sendo que os conceitos gerais e
teóricos que dão suporte às práticas e às ferramentas aparecem
primeiro. Em todos os capítulos e seções desse trabalho, apresenta-se
uma atividade vivencial, bem como exercícios de reflexão e fixação dos
conteúdos.

FILME

A Fuga das Galinhas


Ano: 2000
Comentário: O filme trabalha a criatividade para solução de uma
situação-problema. Evidencia, também, o caráter empreendedor das
galinhas, em que o empreendimento é a fuga do galinheiro. O grande
problema da história, porém, é que as galinhas não podem voar, ou
podem? Todas as tentativas de fuga delas acabam em morte ou
ensopados de frango; até que um galo chamado Rocky, que é
totalmente persuasivo, aterrissa no local e tenta ensinar Ginger e suas
amigas a voarem. Com um trabalho em equipe, bem como com uma
determinação e, ainda, um pouco de sorte, elas começam a tramar a
última e ousada tentativa de realizar um lance completamente
espetacular para que consigam a sua liberdade.

TRAILER

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conclusão
Conclusão

Ao discutirmos o conceito de empreendedorismo, percebemos que é possível empreender soluções


que vão além do sucesso individual e, também, podem abranger o bem-estar social. Conhecemos
algumas importantes características dos empreendedores e as comparamos com as ferramentas e
as técnicas de gestão próprias dos administradores. Abordamos, também, a metodologia design
thinking , discutindo seu conceito e destacando sua aplicabilidade no cenário altamente competitivo
em que vivemos. Por fim, tratamos do conceito de criatividade e apresentamos a técnica SCAMPER,
para melhoria de soluções ou criação de respostas inovadoras. Até uma próxima oportunidade e
bons estudos.

referências
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referências
Referências Bibliográficas

AMBROSE, G. Design thinking . Porto Alegre: Bookman, 2011.

CAVALCANTI, C. C.; FILATRO, A. C. Design thinking na educação presencial, a distância e


corporativa . 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

CHIAVENATO, I. Empreendedorismo : dando asas ao espírito empreendedor. 4. ed. Barueri: Manole,


2012.

DORNELAS, J. Empreendedorismo : transformando ideias em negócios. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

KETS DE VRIES, M. F. R. Liderança na Empresa : como o comportamento dos líderes afeta a cultura
interna. São Paulo: Atlas, 1997.

LUCCA, G. Uma ferramenta computacional para gestão por processos : um estudo de caso. 2001.
196 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas) - Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2001.

MARIANO, S. R. H. Empreendedorismo : fundamentos e técnicas para criatividade. Rio de Janeiro:


LTC, 2011.

ZOGBI, E. Criatividade : o comportamento inovador como padrão natural de viver e trabalhar. São
Paulo: Atlas, 2014.

IMPRIMIR

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