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05/04/2022 09:58 Roteiro de Estudos

Comunicação, Gestão e Empreendedorismo

Roteiro de

Estudos
Autora: Ma. Nádia Cristina Rodrigues Nunes
Revisor: Me. Wagner José Quirici

Empreender tem sido a opção de milhões de pessoas, seja por vocação, direcionamento de
carreira, percepção de oportunidades ou mesmo por necessidade. Diante do crescente número
de novos empreendedores, surge cada vez mais a carência por conhecimentos sólidos de
gestão e de estratégia, os quais são capazes de reduzir as incertezas ligadas ao desafio de
empreender.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai:
compreender a diferença entre intraempreendedorismo e empreendedorismo;
analisar a relação existente entre inovação e startups;
conhecer a estrutura de um Plano de Negócios;
analisar as principais fontes de financiamento para startups;
compreender a importância da Gestão de Marketing e Comunicação para
empreendedores.

Introdução
Ter uma ideia inovadora, capaz de resolver um problema e atender às necessidades de um
grupo de pessoas tem sido o motor para a criação de diversas novas empresas. Todos
conhecemos exemplos de empreendedores que, a partir de uma ideia, criaram grandes
empresas, como Bill Gates, fundador da Microsoft; Walt Disney, criador da Disney; Alexandre
Costa, da Cacau Show; e Luiz Seabra, um dos fundadores da Natura.

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O que nem sempre conhecemos é o trabalho árduo, disciplinado e baseado em fundamentos


de gestão e estratégia, com muita paixão pelo negócio que cada empreendedor teve, fazendo
com que sua empresa nascente se tornasse um negócio de sucesso. Dessa forma, veremos a
seguir os conceitos e fundamentos que podem auxiliar empreendedores em suas jornadas.

Intraempreendedorismo e
Empreendedorismo
Algumas das características clássicas de uma pessoa empreendedora são: visão inovadora,
autoconfiança, persistência e foco. Porém, essas características são aplicadas apenas em novas
empresas ou é possível empregá-las também dentro de corporações já existentes?
Várias empresas perceberam que investir em colaboradores que apresentem ideias inovadoras
e que tenham as características descritas anteriormente é um excelente negócio. Segundo
Hisrich, Peters e Sheperd (2014, p. 30), “intraempreendedorismo ou empreendedorismo
corporativo é a ação empreendedora dentro de uma organização estabelecida”.
Assim, diversas empresas aplicam o empreendedorismo corporativo como “um meio de
estimular e, posteriormente, de aproveitar os indivíduos em uma organização que acham que
algo pode ser feito de um modo diferente e melhor.” (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014, p. 29).
São exemplos de aplicação do empreendedorismo corporativo as empresas que adotam os
programas internos de inovação e mudança, abrindo oportunidade para que colaboradores
possam sugerir lançamento de novos produtos ou serviços, mudanças e melhorias em
processos e operações em diversos níveis, ou até mesmo a abertura de uma nova unidade de
negócios.
Os programas de inovação e mudança têm por finalidade aumentar as receitas e reduzir as
despesas ou ampliar a participação de mercado da organização, por meio da análise de
viabilidade e implantação das sugestões dos colaboradores. Em geral, os programas de
inovação e mudança são baseados em uma filosofia de recompensas aos funcionários, por
meio de remuneração financeira, de promoções ou de participação em um novo negócio da
organização.
Ao promover ambientes internos abertos à inovação, à mudança e ao empreendedorismo
corporativo, as organizações mantêm em seus quadros os colaboradores mais criativos e que
possuem fortes características empreendedoras, os quais poderiam sair da empresa se não
tivessem um ambiente favorável para expressar suas ideias, indo trabalhar para concorrentes
ou abrindo seus próprios negócios.

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O ciclo de empreendedorismo corporativo pode ser benéfico para todos os envolvidos, tanto
para os colaboradores como para a própria organização. Todos podem ganhar com a aplicação
desse conceito nas empresas.
Além do intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo, o indivíduo que possui
características empreendedoras pode optar por abrir seu próprio negócio, ou seja, tornar-se
empreendedor. Mas, afinal, o que é empreendedorismo e o que é ser empreendedor?
O termo “empreendedor” passou a ser utilizado na Idade Média, a fim de designar alguém que
assumia uma tarefa ou uma empresa. Ao longo dos séculos, vários estudiosos formularam
definições para os termos “empreendedorismo” e “empreendedor”. Veremos, a seguir, no
Quadro 1, uma definição atual para essas palavras:

Processo de criação de valor e mudança de comportamento


Empreendedorismo no mundo dos negócios, por meio da inovação de serviços ou
produtos oferecidos.

Está relacionado a qualquer atividade profissional iniciada por


indivíduos comuns, cuja única alternativa digna de
Empreendedorismo por
sobrevivência em determinado momento de sua existência é
necessidade
a aventura por conta própria e risco no complexo mundo dos
negócios.

Indivíduo criativo capaz de transformar um simples obstáculo


Empreendedor
em oportunidade de negócios.
Quadro 1 - Definições para os termos “empreendedorismo” e “empreendedor”
Fonte: Adaptado de Mendes (2017).

Assim, a partir do conceito de Mendes (2017, p. 14) de que um empreendedor é “um indivíduo
criativo capaz de transformar um simples obstáculo em oportunidade de negócios” , podemos
nos perguntar: quais outras características, além da criatividade, são encontradas nos
empreendedores?
O autor lista uma série de competências essenciais para empreender.

Empreendedores de sucesso... São mestres em iniciativa, criatividade,


autonomia, autoconfiança e otimismo. [...] São dedicados, organizados e
atualizados sobre o negócio em que atuam. São líderes, formadores de equipes
e formadores de opinião (MENDES, 2017, p. 62).

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Ao lermos a lista de competências essenciais para empreendedores, verificamos que são


muitas e diversas. É possível supor que pouquíssimas pessoas apresentam todas essas
características, o que é uma suposição correta. Mendes (2017, p. 65) aponta que

Talvez o candidato a empreendedor imagine que somente um gênio é capaz de


adquirir todas as habilidades ou competências necessárias para empreender,
mas não é bem assim. Algumas habilidades são inerentes aos empreendedores,
outras são adquiridas durante o desenvolvimento do próprio negócio. Algumas
surgem naturalmente; outras, por meio de esforço, dedicação, treinamento e
muita persistência.

Além do mais, os empreendedores devem avaliar suas competências e compreender quais não
possuem. Dessa forma, podem contratar pessoas que possam agregar competências
necessárias ao negócio, a fim de “profissionalizar a empresa, crescer e manter o controle da
situação” (MENDES, 2017, p. 65).

LIVRO

Empreendedorismo
Autora: Teresa Cristina Lopes Fabrete.
Editora: Pearson.
Ano: 2019.
Comentário: recomendamos a leitura da página 16 em diante,
que apresenta o início do empreendedorismo no mundo até os
dias atuais.
Disponível na Biblioteca Virtual.

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LIVRO

Empreendedorismo
Autor: Paulo Sertek.
Editora: Intersaberes.
Ano: 2012.
Comentário: no capítulo, intitulado “Potencial empreendedor”,
no tópico “Quem é o consumidor” (p. 88), o autor apresenta os
questionamentos necessários para identificar e segmentar o
público: quem é, onde vive, quais suas necessidades, frequência
de compra, entre outros dados relevantes que toda empresa
precisa obter do seu público-alvo.
Disponível na Biblioteca Virtual.

Startups e Inovação
Você sabe o que é uma startup? Seria apenas uma empresa que iniciou recentemente suas
atividades? Ries (2012, p. 13) a define como “uma instituição humana projetada para criar
novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza”.
Para Miceli e Salvador (2019, p. 18),

[...] está claro que nem toda empresa que simplesmente acaba de começar é
uma startup. O critério é maleável e existem diversos conceitos focando em
várias características: empresas de baixo custo de manutenção, empresas com
escalabilidade, empresas emergentes, empresas de tecnologia, empresas com
modelo de negócio inovador, etc.

Assim, avaliamos que várias empresas que apresentam as características citadas,


principalmente as de tecnologia, são consideradas startups.

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Inúmeras delas tiveram um papel importante mundo afora ao propor negócios ou soluções
inovadoras para problemas e limitações existentes em praticamente todos os setores.
Em relação à inovação, Miceli e Salvador (2019, p. 6) apontam que

Inovar não é ter uma ideia original, que os concorrentes não tiveram. Ideias
são desenvolvidas, muitas vezes, com base no que é feito em um outro contexto
ou em um outro segmento da sociedade. Inovar é implementar uma ideia com
sucesso, isto é, criar valor ao desenvolver processos, tecnologias, produtos,
serviços, modelos ou a própria gestão dos negócios.

Segundo Grando (2012),

Quando o impacto sobre o mercado é muito significativo, estabelecendo um


novo parâmetro de comparação com os clientes e concorrentes, temos a
inovação mercadológica, ou seja, um processo de construção de valor a partir
da aplicação bem-sucedida de uma nova ideia ou invenção. Isso implica a
criação, implantação e adoção de algum produto, serviço, processo ou modelo
de negócio novo (GRANDO, 2012, p. 222).

Não existe apenas a inovação mercadológica. Grando (2012, p. 223) argumenta que há também
“a inovação radical ou disruptiva, que é aquela que introduz produtos, serviços, processos ou
práticas de gestão inteiramente novas.”
Alguns exemplos de startups de tecnologia que adotaram a inovação mercadológica ou que
utilizaram a inovação disruptiva são Uber, Spotify, iFood, Loggi, Quinto Andar e Nubank, entre
tantas outras que você certamente conhece.

Apesar do principal objetivo da Indústria 4.0 ser aumentar a produtividade, a


iniciativa visa alcançar este objetivo com uma utilização mais eficiente dos
recursos, diminuindo os desperdícios. A mão-de-obra também beneficia da 4.0,
pois existe um menor esforço humano, com tarefas mais seguras e com
tecnologias que auxiliam os humanos no desempenho das suas funções,
através de sistemas colaborativos entre o Homem e a máquina. Estes benefícios
são considerados colaterais no sentido em que não são razões que levem a
indústria a investir em tecnologias digitais, no entanto estes benefícios derivam
dos benefícios primários esperados da Indústria 4.0, nomeadamente aumento
da produtividade (CARLOTA, 2018, p. 27).

Das empresas citadas, algumas são consideradas startups “unicórnio”, ou seja, foram avaliadas
em mais de 1 bilhão de dólares e já receberam vultosos aportes de capital. É o caso do Nubank,

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fintech (empresa que atua na área de serviços financeiros, baseados inteiramente em


tecnologia) que atende cerca de 15 milhões de clientes com os serviços de conta digital e cartão
de crédito.
Toda inovação, seja mercadológica ou disruptiva, deve ser baseada nas necessidades,
expectativas e desejos dos consumidores na sociedade. Vemos a seguir, no Quadro 2, a
classificação do grau de impacto que a inovação pode ter frente aos consumidores:

São as mais radicais, pois as necessidades são


desconhecidas e ainda não atendidas.
INOVAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS Normalmente dão origem a um novo setor no
mercado. Ex.: Youtube.

Necessidades não atendidas anteriormente e


menos radicais, mas que são desejadas pelos
INOVAÇÃO COM NOVOS BENEFÍCIOS consumidores. Ex.: Quinto Andar.

Necessidades que serão melhor atendidas e


esperadas pelo consumidor. Pode ser uma
INOVAÇÃO DE MELHORIAS ampliação dos serviços ou produtos ofertados
aos consumidores atuais. Ex.: Whatsapp.

Necessidades atendidas de forma diferente,


que podem significar o reposicionamento de
INOVAÇÃO COM VARIANTES uma marca ou uma nova estratégia para
atender aos consumidores atuais. Ex.: Loggi.

Quadro 2 - Classificação do grau de impacto da inovação frente aos consumidores


Fonte: Grando (2012, p. 225).

Vamos analisar as empresas em relação a cada grau de impacto da inovação junto aos
consumidores. O Youtube, por exemplo, uma startup que iniciou as atividades em 2005,
revolucionou a forma como as pessoas procuravam e assistiam a vídeos pela internet,
praticamente gerando um novo negócio. Em 2006, o Google comprou a plataforma de vídeos
Youtube.
O Quinto Andar, plataforma criada em 2013, tem por objetivo simplificar o processo de locação
residencial, conectando locadores e locatários por meio da ferramenta, atendendo às
necessidades desejadas pelos consumidores.

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O WhatsApp, criado em 2009, é um aplicativo de troca de mensagens e comunicação em áudio


e vídeo pela internet, que conecta mais de 1,5 bilhão de pessoas em cerca de 180 países. O
aplicativo ofereceu às pessoas a oportunidade de atender às necessidades de comunicação já
esperadas, o que fez com que se tornasse tão popular. O Facebook comprou o WhatsApp em
2014.    
A Loggi, plataforma criada em 2013, conecta cerca de 40 mil entregadores (em motos, vans e
caminhões) às necessidades dos setores de comércio eletrônico, backoffice e alimentação.
Dessa forma, a Loggi, em parceria com seus clientes, atua com o conceito de inovação com
variantes.
Tanto o Quinto Andar quanto a Loggi (ambos criados em 2013) tiveram sua avaliação de
mercado acima de 1 bilhão de dólares em 2019, tornando-se startups “unicórnio”.

LIVRO

Marketing de serviços e de varejo


Autora: Janaína Leonardo Garcia (org.).
Editora: Pearson.
Ano: 2015.
Comentário: a página 48 mostra a descrição dos cinco papéis
principais (iniciador, influenciador, decisor, comprador, usuário)
que todo empreendedor precisa trabalhar para ter bons
resultados em seu empreendimento a curto, médio e longo
prazo.
Disponível na Biblioteca Virtual.

Plano de Negócios
O plano de negócios é um documento escrito pelos empreendedores a fim de auxiliá-los na
estruturação da gestão da empresa e tem papel fundamental na busca por investimentos.

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Segundo Patrício e Candido (2016, p. 38),

Um Plano de Negócios apresenta um empreendimento, arquiteta estratégias


relacionadas com a produção, inserção no mercado, aquisição, manutenção e
fidelização de clientes, às formas de enfrentamento da concorrência, e faz
estimativas dos resultados financeiros.

Dornelas (2016, p. 14) lembra que o plano de negócios não é exclusivo para empresas em fase
inicial: “o plano de negócios é um documento utilizado para planejar um empreendimento ou
unidade de negócios, em estágio inicial ou não, com o propósito de definir e delinear sua
estratégia de atuação para o futuro”. Nesse sentido, planejar favorece inclusive pensar no
futuro da empresa, evitando que ela precise ser fechada.
No caso de franquias, é importante que o dono da franquia elabore planos detalhados com o
objetivo de apresentar aos franqueados que o investimento é seguro e de sucesso. O
franqueado, por sua vez, pode refletir, por meio de um plano de negócios, a respeito do
público que atenderá, para que fidelize seus clientes e tenha bons resultados, buscando
adquirir experiências, sucesso e demais recursos do proprietário da franquia.
É um documento que vai demandar algum tempo de pesquisa e esforço para ser concluído,
porém, permite que os futuros empreendedores possam responder a algumas perguntas
enquanto formulam o plano e passem a ter uma visão mais estruturada da empresa.
A preparação do plano de negócios apresenta, em geral, os seguintes tópicos:

1. Oportunidade ou Sumário Executivo; 2. Empresa; 3. Produtos e/ou Serviços;


4. Mercado consumidor; 5. Concorrência e indústria; 6. Plano de produção e
operação; 7. Plano de marketing e vendas; 8. Plano de recursos humanos; 9.
Plano financeiro; 10. Anexos (GRANDO, 2012, p. 90).

A elaboração, por mais completa e estruturada que seja, não é garantia de sucesso para a
empresa. Mas, certamente, com o plano de negócios em mãos, o empreendedor pode
minimizar os riscos e corrigir eventuais falhas de produto/serviço, de organização, de
processos, de pessoas, de vendas, de marketing ou de finanças, antes de investir na ideia e
buscar fontes de financiamento.
Após a elaboração, o empreendedor deve reavaliar o documento, pelo menos, anualmente. É
importante fazer o acompanhamento das metas e das alterações que podem ocorrer no
mercado, na economia e em fatos imprevistos, que não podem ser planejados com
antecedência.
Um exemplo é o caso da crise da Covid-19 (novo coronavírus). Certamente, os empresários que
elaboraram seus planos de negócios em 2019 não previram o surgimento de uma pandemia

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nos primeiros meses de 2020. Assim, o plano deve passar por reavaliações e atualizações
capazes de balizar o desenvolvimento da empresa e de promover mudanças necessárias face
às alterações de cenários.
Conforme apontado por Grando (2012, p. 89), é importante lembrar que, “em alguns casos de
captação de recursos de bancos, agências governamentais e investidores privados, o plano de
negócios é exigido como documento obrigatório do processo de análise”.

LIVRO

Plano de negócios: elementos constitutivos e


processo de elaboração
Autor: Egon Walter Wildauer.
Editora: Intersaberes.
Ano: 2012.
Comentário: o Capítulo 3, “Desenvolvendo um plano de
negócios eficaz”, apresenta cada tópico que deve constar no
documento e oferece dicas para sua elaboração. É uma leitura
recomendada para quem quer aprofundar-se no
desenvolvimento de um plano de negócios.
Disponível na Biblioteca Virtual.

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LIVRO

Empreendedorismo: dicas e planos de negócios para o


século XXI
Autor: Edelvino Razzolini Filho.
Editora: Intersaberes.
Ano: 2012.
Comentário: o capítulo 4, “Plano de negócios vencedores”,
mostra planos de negócios vencedores que possam desenvolver
o lado empreendedor de cada um.
Disponível na Biblioteca Virtual.

Fontes de Financiamento para


Startups
As startups são criadas e desenvolvidas a partir de algum tipo de financiamento, seja próprio ou
de terceiros. Vamos verificar quais as possibilidades de financiar uma startup.
O financiamento por meio de capital próprio, patrimônio próprio e investimento de amigos e
familiares é o mais comum entre os empreendedores que abrem uma startup. Esse tipo de
financiamento é denominado bootstrap ou bootstrapping.
Outra possibilidade de financiamento para os novos empreendedores é buscar empréstimos e
financiamentos em instituições financeiras e bancos públicos ou privados, com taxas de
mercado. Também é possível solicitar um financiamento junto às agências de fomento como
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Finep (Financiadora de
Estudos e Projetos), Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Segundo Miceli e Salvador (2019), é possível utilizar o crowdfunding,

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Crowdfunding é uma modalidade de financiamento coletivo, em que o


empreendedor oferece recompensas ou participação em troca de contribuições
financeiras. A oferta de recompensas muitas vezes de dá em forma de acesso
ao produto ou serviço do empreendedor por valores menores que os de
mercado (MICELI; SALVADOR, 2019, p. 77).

Outra opção de financiamento é denominada investidor-anjo. Conforme Grando (2012, p. 413),


“genericamente, o conceito de investidor-anjo é de uma pessoa física que investe recursos
próprios, tanto financeiros quanto de conhecimento e experiência”.
Além das opções citadas acima, há, ainda, a possibilidade de financiamento por meio de seed
capital (capital semente), incubadoras de empresas e parques tecnológicos, aceleradoras de
startups ou fundos de venture capital.
Para quem abre uma startup existem inúmeras possibilidades de financiamento, porém, como
requisito básico da grande maioria das fontes, é necessário que o empreendedor já tenha
conhecimentos de gestão e tenha estruturado sua empresa, mesmo que esteja nos estágios
iniciais de atividade.
As incubadoras têm por meta declarar apoio a projetos em etapas iniciais, investindo ou sendo
mentoras, orientando e disponibilizando recursos. ONGs, setores do governo ou universidades
são instituições que oferecem incubadoras de ideias. As aceleradoras apresentam programas
com 3 a 8 meses de processo de seleção.

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LIVRO

Startups: nos mares dos dragões


Autor: André L. Miceli e Daniel O. Salvador.
Editora: Brasport.
Ano: 2019.
Comentário: no Capítulo 5, “Financiamento, aceleradoras e
pitch”, os autores descrevem detalhadamente as principais
opções de financiamento para startups e os passos para
convencer investidores a aportar capital no negócio, utilizando o
pitch. Não deixe de ler.
Disponível na Biblioteca Virtual.

LIVRO

Gestão de startups
Autora: Elaine Cristina Hobmeir.
Editora: Contentus.
Ano: 2020.
Comentário: no Capítulo 6, “Finanças”, recomendamos a leitura
da página 106 à 120. É o momento em que o empreendedor
precisa entender como e onde investir os capitais.
Disponível na Biblioteca Virtual.

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LIVRO

Captação de recursos para projetos sociais.


Autora: Ieda Cristina Alves Ramos.
Editora: Intersaberes.
Ano: 2012.
Comentário: a obra visa facilitar o entendimento do conteúdo
para o estudante, apresentando informações técnicas e
administrativas associadas à experiência de ensino, de gestão e
de implementação de projetos sociais e de políticas públicas. O
livro traz, de maneira acessível, as etapas que envolvem a
captação ou a mobilização de recursos, com ênfase nas
principais fontes de recursos e fases de acesso.
Disponível na Biblioteca Virtual.

Gestão de Marketing e
Comunicação
O mercado de startups, no Brasil e no mundo, apresenta alto grau de competitividade. Milhares
de novas empresas surgem todos os anos e poucas irão sobreviver para se tornarem lucrativas
e significativas para os consumidores. Nesse cenário, trabalhar a gestão de marketing e
comunicação é uma questão vital para o desenvolvimento da empresa e para sua relevância
junto ao público-alvo.
Diversas ferramentas aplicadas à Gestão de Marketing auxiliam a empresa a definir seu correto
posicionamento: a aplicação dos 4Ps do mix de marketing (produto, preço, praça e promoção),
análise SWOT (avaliação dos pontos fortes e fracos da empresa, bem como das oportunidades
e ameaças do mercado), pesquisas de mercado (para conhecer de forma aprofundada as
necessidade e desejos dos consumidores) e a CIM (comunicação integrada de marketing).
Segundo Patrício e Candido (2016, p. 148),

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[...] a CIM (comunicação integrada de marketing) pode ser definida como


planejamento estratégico de comunicação de marketing que reúne e integra
valores já conhecidos e tradicionais como propaganda, relações públicas,
distribuição de produtos e serviços, além dos sistemas de comunicação
eletrônica como internet e mídias sociais.

Os autores ainda enfatizam que “a CIM interliga as atividades de comunicação com os objetivos
da empresa” (PATRÍCIO; CANDIDO, 2016, p. 148).
“Em termos de tecnologia da informação, existem várias plataformas especializadas na
customização da captação, do processamento de dados em informações e das integrações que
levam à inteligência competitiva” (YANAZE, 2012, p. 479).
Assim, o planejamento da comunicação digital e a implementação de ações de marketing digital
passam a ser formas acessíveis e eficazes para que as startups causem impacto e possam
comunicar-se com seus consumidores.
Então, se a gestão de marketing e comunicação for aplicada, a startup terá sucesso? Não
necessariamente. São muitos fatores que determinam o sucesso ou o fracasso de uma startup,
mas planejar e executar bem a gestão de marketing e comunicação irá ajudá-la a se posicionar
mais fortemente no mercado.

LIVRO

Startups: nos mares dos dragões


Autores: André L. Miceli e Daniel O. Salvador.
Editora: Brasport.
Ano: 2019.
Comentário: nos capítulos 7, 8 e 9, os autores apresentam em
detalhes as formas de otimização da utilização das ações e
ferramentas de marketing digital, que permitem que o
empreendedor impacte diretamente seu público-alvo.
Disponível na Biblioteca Virtual.

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LIVRO

Fundamentos em gestão de projetos: construindo


competência para gerenciar projetos
Autora: Marly Monteiro Carvalho.
Editora: Grupo GEN.
Ano: 2018.
Comentário: a obra aborda práticas gerenciais e guias de
referência, além de debater casos reais de empresas e trazer
diversos exercícios. A autora apresenta a gestão ágil e o lean,
com seus principais métodos, e enfatiza a importância da
gerência de projetos em termos organizacionais e estratégicos,
abordando os conceitos: modelo de negócio; governança;
portfólio; estruturas e escritórios de gestão de projetos;
maturidade e competências.
Disponível na Minha Biblioteca.

Conclusão
Vimos como os empreendedores podem obter sólidos conhecimentos de gestão, por meio da
elaboração do plano de negócios, a fim de estruturar suas empresas. Analisamos as principais
fontes de financiamento disponíveis para startups e conhecemos as várias opções de
ferramentas que os empreendedores podem aplicar na gestão de marketing e comunicação.
A jornada dos empreendedores é árdua, cheia de obstáculos a serem transpostos, mas, ao
mesmo tempo, é apaixonante, capaz de trazer um “brilho nos olhos” único para aqueles que
resolvem trilhar o caminho do empreendedorismo.

Referências Bibliográficas
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CARLOTA, M. C. A Indústria 4.0 aplicada aos setores da moda. 2018. 75 f. Dissertação


(Mestrado em Engenharia e Produção Industrial). Universidade da Beira Interior, Covilhã,
Portugal, 2018. Disponível em:
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