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LIBRAS INTERMEDIÁRIO II
ETAPA 4
LITERATURA SURDA
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Organização
Prof.ª Ana Clarisse Alencar Barbosa
Autora
Fabiana Schmitt Corrêa
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Aline Fernanda Guse
2 NIVELAMENTO DE LIBRAS INTERMEDIÁRIO II
1 LITERATURA SURDA
Esse tema talvez chame sua atenção, instigue curiosidade acerca do que poderia
ser diferente entre a literatura e a literatura surda.
A autora Karnopp (2008), em seus achados, nos indica que a literatura surda faz
parte da cultura surda. Contempla, segundo a autora, histórias produzidas e histórias
de vida que encontramos nos contos, fábulas, lendas, piadas, poemas, entre outros. O
material, em geral, reconta a experiência das pessoas surdas, no que diz respeito, direta
ou indiretamente, à relação entre as pessoas surdas e ouvintes, que são narradas como
relações conflituosas, benevolentes, de aceitação ou de opressão do surdo.
Essas histórias não interessam só para elas, mas também para as comunidades
ouvintes, através da participação tanto de sujeitos ouvintes quanto de sujeitos
surdos. Os sujeitos surdos transmitem modelos e valores históricos através
de várias gerações de surdos, com artistas plásticos ou outros artistas. [...] até
adaptações de vários gêneros como romance, lendas e outras manifestações
culturais, que constituem um conjunto de valores e ricas heranças culturais e
linguísticas (MOURÃO, 2012, p. 3).
A literatura surda tem uma tradição diferente, próxima a culturas que transmi-
tem suas histórias oral e presencialmente. Ela se manifesta nas histórias conta-
das em sinais, mas o registro de histórias contadas no passado permanece na
memória de algumas pessoas ou foram esquecidas. [...] O registro da literatura
surda começou a ser possível principalmente a partir do reconhecimento da
Libras e do desenvolvimento tecnológico, que possibilitaram formas visuais
de registro dos sinais (KARNOPP, 2008, p. 2).
Sobre cultura surda, trazemos Strobel (2009, p. 19), que fala de maneira muito
tranquila sobre essa questão, indicando que “A cultura não vem pronta, daí porque ela
sempre se modifica e se atualiza, expressando claramente que não surge com o homem
sozinho e sim das produções coletivas que decorrem do desenvolvimento cultural
experimentado por suas gerações passadas”. Com base em leituras de materiais da
autora, compreendemos de certa forma que a cultura surda é autônoma, quando lemos
que:
A literatura surda tem uma tradição diferente, próxima a culturas que trans-
mitem suas histórias oral e presencialmente. Ela se manifesta nas histórias
contadas em sinais, mas o registro de histórias contadas no passado permanece
na memória de algumas pessoas ou foram esquecidas. Assim, estamos privile-
giando a literatura surda contemporânea, após o surgimento da tecnologia, da
gravação de histórias através de fitas VHS, CD, DVD ou de textos impressos
que apresentam imagens, fotos e/ou traduções para o português. O registro da
literatura surda começou a ser possível principalmente a partir do reconheci-
mento da Libras e do desenvolvimento tecnológico, que possibilitaram formas
visuais de registro dos sinais (KARNOPP, 2008, p. 2).
Quando a Rapunzel foi raptada pela bruxa, ela percebeu que a menina não falava,
mas tinha uma grande atenção visual. Rapunzel começou a apontar para o que queria
e a fazer gestos para muitas coisas. A bruxa então descobriu que a menina era surda e
começou a usar alguns gestos com ela.
[...] são contadas em língua de sinais, sejam frutos de tradução ou não, podendo
ter um tema relacionado com o surdo ou não. [...] não precisa ser contada ex-
clusivamente em língua de sinais, ou seja, ela também pode ser escrita, porém,
o tema deve ser relacionado aos surdos.
As literaturas foram apresentadas, mas temos, ainda, a poesia que faz parte desse
repertório rico mostrado até então, para tanto, apresentamos a afirmação de Sutton-
Spence e Quadros (2006, p. 116):
POESIA EM LIBRAS
Para explicitar o que fica evidente em uma poesia em língua de sinais, Morgado
(2011, p. 62) identifica formas de serem apresentadas s poesias, os recursos utilizados
pelos poetas surdos:
• modificação de sinais;
• variação de sinais;
• utilização de componentes não manuais (expressão corporal e facial);
• uso de classificadores;
• recorrência a metáforas;
• interiorização de personagens com suas características;
• mudança de papéis para representar diferentes personagens ou situações.
Neste poema, a poetiza [...] não usou soletração alguma e apresentou mais sinais
poéticos e neologismos. Sutton-Spence e Quadros (2006, p. 147) explicam que neologismo,
também em línguas de sinais, “pode ser usado para efeito poético de muitas maneiras,
trazendo a língua ao primeiro plano porque o poeta produziu a forma que ainda não é
parte da língua”. Resumindo o poema de Fernanda Machado, vemos que é uma narrativa
sobre uma pessoa pegando bolas coloridas, colocando-as na árvore de natal; cada bola
Finalizando sobre poesia, Karnopp (2010, p. 13) resume sabiamente que “assim
como na literatura escrita, em relação à palavra, a literatura surda se vale de recursos que
escapam do uso cotidiano de Libras e criam efeitos estéticos, que têm uma repercussão
positiva entre a comunidade surda e contribuem para o desenvolvimento de sua
identidade”.
PIADA EM LIBRAS
CURTA METRAGEM
Às vezes, você tem que ouvir com o coração. Uma noite de sábado, no meio de
um concerto improvisado, ela percebe um cliente que não tenha visto antes, com um
olhar de completo desinteresse em seu rosto. Laura, normalmente, não se importava,
mas com esse cara, é como se ela nem estivesse lá. Quem é ele? E por que Laura não
pode parar de olhar para ele?
Comercial mostra como é importante a criança surda ser bem recebida por
crianças ouvintes. Pais, ensinem seus filhos a receberem com naturalidade a criança
que não pode ouvir como eles ouvem. São todas crianças querendo aprender, brincar,
interagir.
Um homem surdo caminha pela rua: o que acontece em volta dele o faz emocionar!
Para remover o novo serviço de call center visivo, dedicada às pessoas surdas, a Samsung
criou este experimento em que um homem, acompanhado por sua irmã, vive um dia
'sem fronteiras'. Ele encontra pessoas que usam a língua dos sinais e a sensação de
sentir-se incluso o faz emocionar!
FÁBULAS
A autora Karnopp (2008, p. 18) resume esse gênero textual como “[...] um texto
de ficção. As fábulas são narrativas em que os personagens são animais personificados
que representam histórias sobre a vida humana. O objetivo final da fábula é realizar
um ensinamento através de uma lição de moral”.
Por um longo tempo, três touros sempre pastaram juntos. Um leão, escondido no
mato, espreitava-os na esperança de fazer deles seu jantar, mas tinha receio de atacá-los
enquanto estivessem em grupo. Desse modo, resolveu arquitetar um malicioso plano.
Assim, passado algum tempo, por meio de maliciosas e traiçoeiras palavras, e os muitos
mexericos que espalhou entre eles, acabou por criar no grupo um desfavorável clima
de discórdia, até finalmente conseguir separá-los. Assim, desfeito o grupo por conta do
Nesse canal, podemos achar outras fábulas que envolvem outros animais também.
DICIONÁRIO LIBRAS
MONETÁRIO
Vamos praticar?
AUTOATIVIDADE:
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Eva dos Reis Araujo. Santa Luzia: No mundo da Libras. 2013.
SEMINÁRIO ANPED SUL, IX, 2012, Caxias do Sul, Mourão. Adaptação e tradução
em literatura surda: a produção cultural surda em língua de sinais. Rio Grande do
Sul: ed. da UCS, 2012. Disponível em: <http://www.portalanpedsul.com.br/admin/
uploads/2012/Educacao_Especial/Trabalho/08_31_14_3009-7345-1-PB.pdf>. Acesso
em: 30 jun. 2017.
WILCOX, Sherman; WILCOX, Phyllis. Aprender a ver. Trad: Tarcísio Leite. Rio de
Janeiro: Arara Azul, 2005.
Atividade 1
Atividade 2
1. 5 anos.
2. A narradora, a irmã, o pai, a mãe e a avó.
3. Sítio ou fazenda da avó.
4. Cachorro, era grande marrom com branco.
5. Tangerina e bolo de chocolate.
6. A avó.
7. Tangerina e bolo de cenoura.
8. No cemitério.
9. Pegaram flores para dar para a avó e para a mãe.
10. O pai descobriu que as flores foram furtadas do cemitério e deu uma surra.