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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Revista certeza e o Neo-realismo Cabo-Verdiano

Deolinda José Manuel, 708209153

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Literaturas Africanas em Língua Portuguesa I
Ano de Frequência: 3º Ano
Turma: B

Nampula, Maio de 2022

Deolinda José Manuel, 708209153

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A Revista certeza e o Neo-realismo Cabo-Verdiano

Trabalho de carácter avaliativo da


Cadeira de Literaturas Africanas em
Língua Portuguesa I, Curso de
Português a ser apresentado ao dr
Isidoro Mendes Momade

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Nampula, Maio de 2022

Índice
Introdução..........................................................................................................................3

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A certeza e o Neo-realismo Cabo-Verdeano.....................................................................3

Luís Romano e Teixeira de Sousa: a Herança neo-realista...............................................6

Uma Saga de fogo.............................................................................................................7

A Viragem Negritudinista interrompida............................................................................8

A Reivindicação Afro-cabo-verdiano: Critica aos Claridosos e “ Literatura de


resistência”........................................................................................................................9

Conclusão........................................................................................................................12

Referencias Bibliográficas...............................................................................................13

Introdução

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A literatura colonial’ relacionada com a África sob domínio português tem um sentido
estritamente ideológico: surge, expande-se e domina a circulação literária relativa às
colónias enquanto elemento escrito preponderante da conformação da visão colonial e
colonialista sobre espaços, povos e culturas tidos como simultaneamente inclusos na
pátria portuguesa, mas aos quais não eram reconhecidos direitos de igualdade em
relação aos da chamada metrópole, em particular cabo verdiano em literaturas africanos.
Desde cedo passou a destacar-se pela profunda preocupação com a perspectiva social,
obtendo assim num dos primeiros estudos sobre literatura colonial portuguesa, Pires
Laranjeira afirma uma junção de ideias de diferentes autores para a mancipação e o
lançamento de claridade, as ideias da negritude espalhando-se pelo mundo com as ideias
marxistas em cabo verdiano.

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A certeza e o Neo-realismo Cabo-Verdeano
Breve historial de Manuel Ferreira e a relação com A Certeza

Segundo Pires & Mata. Durante a II Guerra mundial, em 1941, o escritor Português
Manuel Ferreira neo-realista, chegou a cabo verde (São Vicente) como expedicionário,
integrado numa forca de protecção ao arquipélago. Tivera por mestre chamado “Novo
Humanismo” uma figura ligada ao Sol nascente. Jofre Amaral Nogueira que mais tarde
viveria em Sá da Bandeira. Influindo nas actividades culturais da cidade. Que conhecera
na Cadeia da polícia política. No Porto. Ali viveu durante 6 anos. Assistindo a uma
longa estiagem que provocou milhares de mortos e marcou decisivamente. Casou se
com Orlanda Amarilis, futura escritora, tendo um filho mais velho no arquipélago.
Manuel Ferreira acabaria por se tornar um escritor e, entre 1974 e o momento actual.
Após a sua morte em 1992 no maior especialista das Literaturas Africanas de Língua
Portuguesa. (1995,p.214)

Colaborando com o grupo de jovens estudantes da academia Cultivar. Manuel ferreira


divulgou escritores como Manuel da Fonseca, Joaquina Namorado, Fernando Namora,
Carlos de Oliveira, Alves Redol, Virgílio ferreira e revista como a Seara Nova e
principalmente a Vertice.

O surgimento da Revista Certeza e o Neo- Realismo Cabo- Verdiano

Segundo Pires & Mata (1995,p.214) O grupo fundou a Revista Certeza em 1944. Que
saíram dois números chegando um terceiro a ser impresso mas logo proibido pela
censura. Para além de Manuel Ferreira integravam o grupo em Cabo Verde como:
Arnaldo Franca, Guilherme, Orlanda Amarilis, entre outros.

António Nunes publicou na capa no 2 da Certeza o “primeiro poema neo-realista de


temática cabo-verdiana”. Segundo Manuel ferreira “ali recebido com Alvoroço”.
Intitulado “poema de amanha”. De que se transcrevemos um trecho.

-Mamãe!

Sonho que. Um dia estas leiras de terra se estendem.

Quer sejam Mato Engenho, Dacabalaio ou Santana.

Filhas do nosso esforço. Frutos do nosso suor.

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Serão nossas.

Logo no ano seguinte da publicação da revista. Jaime Figueiredo. Que estivera ligado ao
impulso inicial da Claridade. Escreveria um texto radiofónico de apreciação não
inteiramente favorável ao livro de poemas de longe. A revista abria com um poema de
Nuno Miranda efectivamente menos significados do que o de António Nunes.

Segundo Ferreira (1985,p.269) considera que a Certeza não se preocupou com as raízes
crioulas do arquipélago (língua e cultura Crioulas) sintonizando antes com a ideologia
subjacente ao Neo-realismo e, portanto, como que preocupando-se com o genérico
homem dominado. Ora foi precisamente o poeta António Nunes que no texto de
apreciação ao seu livro se fixou no “tipismo da temática Crioula”, decerto por se
encontrar longe da terra e esse fundo cultural popular se ajustar a necessidade de criar
uma atmosfera insular. O que estava fora incidia o olhar sobre o íntimo cultural; os que
estavam dentro porque eram demasiados jovens, alheavam-se por desconhecimento da
realidade etno-cultural visando a universalização da denúncia sem todavia chegarem a
um estádio de desenvolvimento capaz de operar uma síntese radicalmente inovadora.

Ferreira diz ainda que a Certeza “ não formou um grande poeta da literatura Cabo -
Verdiana”.

Neste caso os continuadores da Cabo-verdianidade, os neo-realistas Cabo-Verdeianos


passaram ao lado da criousidde e da negritude, acabando por desintegrarem um esboço
de movimento que nunca chegou a ser. Cortada cerce. A experiencia neo-realista não
deixaria, porem de frutificar a longo prazo. Na obra Extemporânea (em relação ao neo-
realismo português, mas não ao contexto insular) de Manuel Ferreira. Luís Romano e
Teixeira de Sousa como parte da realização literária desta geração. Do mesmo modo
pode se afirmar que que a revista Raízes (1977-1984) dirigida por Arnaldo Franca.
Representa uma certa sobrevivência do espírito de Certeza.

Luís Romano e Teixeira de Sousa: a Herança neo-realista


O neo-realista do criouloo Luís Romano nasceu na Ilha de Santo Antão (Cabo-Verde) a
06 de Outubro. Destacou-se no estudo da Literatura Cabo-Verdiano em 1966 (revista do
Ocidente), as histórias e poemas de Negrume Lzimparim em 1973.

O romance Faminto 1962 escrito nos anos 40 enquadra-se nos pressupostos do Neo-
realismo tal como de certo modo na denúncia de situações e nas revindicações de uma

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identidade. O livro de poemas Clima 1963,saídosambos no Brasil. Este ultimocontem
evocações da pertença ao mundo negro e do apelo crioulista, o que torna um texto
híbrido, no cruzamento de múltiplas vias: Neo-realismo, Negritude, Crioulidade.

Faminto é o exemplo acabado da concepção de literatura de compromisso com o povo


do seu País e mais restritivamente com os miseráveis, os colonizados destruídos de
meios e esperanças numa “mistura de naturalismo cru”e alegria extravagante. Romano
opôs ao título esta explicação “ romance do povo cabo-verdiano sob domínio
colonialista”. O livro composto por trecho relativamente destacados, que podem
funcionar como contos inclui abrir um poema dirigido ao “irmão branco” e termina com
um “ Epílogo” ambos assinados pelo “africano”. A seguir ao poema inicial há uma
“carta” para o leitor que menor importante é a seguinte indicação “ este livro não tem
unidade. Seu equilíbrio esta ma desunião natural dos seus quadros. A obra de Romano
tem essa característica forma que a distingue das demais: a fragmentação.

Ferreira citado por Pires & Mata (1995,p.215) aponta como pecha maior do Romance o
verbalismo nas falas das personagens que interfere com o equilíbrio da estrutura e a
“autenticidade”. Todavia taxando-se de “documento generoso e libelo acusatório”. De
facto escrito numa linguagem perceptível a qualquer leitor, sem preciosismo barro
quizantes ou nefelibatas, é assumido pelo autor (que viu proibido pela Censura
Brasileira) como testemunho Ficcional a partir de muitos casos vividos por ele próprio
ou de que tomou conhecimento através dos protagonistas. A sua forca e simultânea
fraqueza, reside, pois, no desejo de se constituir como um testemunho nu e cru, alheio
as existências de evolução literária que o próprio romance neo-realista português cuidou
de seguir. Famintos é assim pelas razões apontadas um dos mais legítimos textos do
neo-realismo africano de língua portuguesa.

Uma Saga de fogo


Segundo Pires & Mata (1995,p.216). Afirma que Teixeira de Sousa nascido na ilha de
fogo a 6 de Setembro de 1919. Publicou uma boa parte da sua Obra depois da vigência
histórica do Neo-realismo. A sua função não se pode considerar uma adaptação
automática do cânone neo-realista português ao mundo Cabo-verdiano inspira-se
também noutras tradições efabulatório (romance nordestino) norte-americano, italiano,
Cabo-verdiano entre outros. Numa linha de continuidade neo-realista análise de
percursos humanos através da história de uma vida ou de parte dela temos xaguatede

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Teixeira, exemplo de romance de retorno a terra-mãe e costumes de inquérito social,
pedagógico. A linguagem dos seus romances possibilita-lhe uma apreensão e
compreensão universais pondo-o em sintonia com uma cabo-verdiana do seu universo.
Pires & Mata (1995).

A Viragem Negritudinista interrompida


Atitude preparatórias

Segundo Pires & Mata (1995,p.216). Afirma que o Aguinaldo Fonseca, ao publicar
alguns poemas negritudinistas no livro “linha horizonte em 1951, tornava-se o primeiro
poeta cabo-verdiano a usar a África e o negro como temas propícios a uma leitura de
compromisso rácico. Num arquipélago e numa cultura que tem passado por intocada
pela herança negritudinista. Os poemas da negritude incluídos no livro eram os
seguintes: “Mãe negra”, “Magia Negra”, “Revolta” e o “Choro na noite” tais textos não
mereceram a selecção de Mário de Andrade e de Francisco José, no caderno da
Negritude de 1953.

Mário Andrade em 1953 defendera com Tenreiro, a não inclusão de Cabo-verdiano


numa escolha de Negritude por achar que o arquipélago era imune a estética importada
dos negros residentes em Franca.

Abriu, então, as páginas antológicas aos cabo-verdianos, mas obliterando os textos em


que a raça negra detinha a predilecção temática e ideológica do predicador, quem sabe
se para não contradizer a ideia estabelecida (até a actualidade) de que em cabo-verde
nunca a Negritude teve qualquer repercussão.

Lentamente esboça-se uma aproximação aos valores culturais herdados da colonização


negra do arquipélago. O artigo “Cabo verdenidade e africanicidade”, de Manuel Duarte
aprofunda o interesse pela etnicidade encetada pela claridade com finaçom de 1ª página
(batuque de Santiago) mas agora entrando decisivamente pela via do realce dos
elementos étnicos negro-africanos da cultura cabo-verdiana. Em Maio de 1956 Gabriel
Mariano publica um curto artigo de duas páginas sobre “negritude e cabo verdinidade”,
em que ratifica as ideias do seu conterrâneo Duarte dando conta do dilema que, em
Lisboa e Coimbra, se coloca aos estudantes insulares “ acerca do carácter regional do
povo crioulo: português ou africano?” Depois de defender a “ oportunidade de
expressões culturais mestiças”. Conclui pela necessidade de “apurar o valor e o destino

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das culturas negras introduzidas no arquipélago”. Em nota final o Mariano escrevia “
preferi no título o termo Negritude ao de Africanidade. E isto por me parecer que a
negritude é um dos vários modos por que se exprime a Africanidade e porque de entre
esses vários modos, nacionais ou sub-nacionais, por que se manifesta a civilização
africana, o que mais de perto interessa ao estudioso cabo-verdiano são as culturas afro-
negras”.

A Reivindicação Afro-cabo-verdiano: Critica aos Claridosos e “ Literatura de


resistência”.
De acordo com Pires & Mata (1995,p.218). Estava dado o mote para uma viragem
decisiva, a negritude ser adoptada nessa década de 50, a par da herança neo-realista, não
com a extensão e as consequências experimentadas por outros colonizados (angolano e
moçambicano) mas o suficiente para se poder destacar um novo grupo em torno do
Suplemento Cultural (do Boletim Cabo Verde) surgido em Outubro de 1958 e, tal
como noutros momentos e espaços, logo proibido pela censura.

Todos os responsáveis deste “programa Indicador” como lhe chamou Ferreira, saíram
cedo de Arquipélago, tal como Romano Teixeira nos textos acabam por não realizar as
intenções de revalorização da cultura afro-cabo-verdiana, senão pontualmente, mas sem
grande expressão. Na sequência do neo-realismo, aprofundam a denúncia social,
explicitando situações concretas de exploração e miséria, elegendo como tema central
de uma quantidade significativa de texto a emigração dos Cabo-verdianos para as rocas
de São Tome.

Onésimo Silveira, com Hora Grande de 1962 publicado no Huambo (Angola) procura
representar o drama da migração do povo Cabor-verdiano, dos contratados (em poema)
do retornado da América que alimenta a fome real dos filhos com história “ de sereias e
farturas”.

O poema que do título ao livro “hora grande” retoma a recusa da obsessão do mar como
motivo de lirismo e maravilhoso, pregando o retorno ao telurismo e o abandono do
talassoricismo:

“O mar sairá/Das nossas Ilhas (…) o mar ira para o mar/E limpos
finalmente do lodo das algas/ e libertos do sal do nosso sorriso de

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enteados/seremos frutos de Nos mesmo/Nascendo da barriga negra da
terra”.

Num dos três poemas “Redenção” do 1º livro incluía uma narrativa “ toda agente fala
sim Senhor! De 1960 escrito em São Tome e publicado por Imbondeiro (de Sá da
Bandeira), já estavam acoplados os motivos do povo, da dança de origem africana, da
chuva e da cor de pele, além da escrita em crioulo:

Vento fotci na Bilasoplafe…

E noite e chove no fundão!

Tudo funca-funcadi vila

Tudo nigué Santana

Tudo nigué Guadalupe

Tudo niguépláGamboá

Canta e dança o socopé…

Ao rompe da manha

Mesmo ao pe duma jaqueira

Cada par negro sorrira ao sol

Com as mãos fartas de ginguba!

O empenho da revalorização da cultura afro-cabo-verdiano não se traduziu na poesia de


Onésimo como na dos outros já se disse, senão muito episodicamente. Em 1963 o
Onésimo Silveira Publicou Consciencialização na Literatura Cabo –verdiana , que se
transformou numa espécie de manifesto contra o lirismo Claridoso de pendor nostalgio ,
passivo e insulado .

O ensaio escrito em Angola, dividia-se em duas partes: “inviabilidade do


prosseguimento em cabo-Verde do movimento Claridoso” e “ aparecimento de uma
literatura de reivindicação afra africana” e terminava com uma frase programática em
letra maiúscula:

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 A literatura cabo-verdiana tivera o seu ponto de partida com o movimento
claridoso produzindo uma literatura de exportação, a qual se encontrava em
estado de inautenticidade, sem traduzir nem produzir uma mentalidade
consciencializada.
 Os claridosos simplificaram a questão, criando uma imagem estereotipada do
homem cabo-verdiano, através de uma poetização individualista e subjectiva,
transferindo para a poesia a frustração de não poderem conhecer ou viver em
meios mais ocidentalizados, descurando as causas históricas, económicas,
sociais e politicas dessa emigração do ilhéu.
 O pontífice sacrossanto, do evasionismo era Jorge Barbosa, Fautor de um
“enganoso e romântico estereótipo”.
 A literatura Claridosa podia caracterizar – se como “ realismo paisagístico”
 Os romances Chiquinho e Os flagelados do Vente leste eram criticáveis,
respectivamente, o 1º por rer “escassas páginas” sobre as crises originadas pela
morte de milhares de pessoas, devido a seca e o 2º por se enquadrar num “
realismo puramente descritivo, de que esta ausente uma intenção social
reformista; era criticável também a narrativa de António Gonçalves. Pires &
Mata (1995,p.121)

“ESTA é A GERCACAO QUE NÃO VAI PARA PASÁRGADA”.

Dois poemas, no entanto, exprimem em simultâneo, retomada intertextual dos laicos


com Claridade, ao citar os seus textos e uma crítica acertada ao chamado evasionismo,
que tenta polemica levantaria. O poema “flagelados do vento-leste” todos os títulos dos
poemas livro de Ovidio levam letra maiúscula. Motivado pela publicação do Manuel
Lopes. “Os flagelados do Vento-leste” (1960). E o celebrado “ anti- evasão”, que
estabelece relações intertextuais com o celebre poema de Manuel Bandeira “vou-me
embora para pasargáda” e toma posiçãoexplícita contra esse evasionismoclaridoso.
Vejamos o poema “anti-evasao”:

Pedirei

Suplicarei

Chorarei

Não vou para pasargáda

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Atirar-me-ei ao chão

E prenderei nas mãos convulsas

Ervas e pedras de sangue

Não vou para pasargáda

Gritarei

Berrarei

Matarei

Não vou para pasargáda

Dentro da nossa série de artigos de “As Aulas no Cinema” estamos a dedicar vários
depoimentos àquelas mulheres que no mundo lusófono destacaram em alguns campos da
cultura, da ciência e do ensino. É certo que são os campos da educação, a música, a canção
e a literatura, aqueles onde dentro do mundo lusófono, têm destacado mais mulheres.
Como é o caso da importante especialista em literatura dos países da Lusofonia,
nomeadamente dos africanos, a que dedicamos o nosso presente artigo.

Por isso, dentro da série que estou a dedicar às mais importantes personalidades do mundo
lusófono, onde a nossa língua internacional tem uma presença destacada, e, por sorte, está
presente em mais de doze países, sendo oficial em oito, dedico este depoimento, que faz o
número 148 da série geral que iniciei com Sócrates, a uma escritora, investigadora literária
e professora santomense conhecida como Inocência Mata, nascida no ano 1957 na ilha
africana do Príncipe. Com este depoimento, a ela dedicado, completo o número trinta e seis
da série lusófona.

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Conclusão

Durante esta investigação feita é com profundo orgulho as experiencias dadas entre os
três autores e investigadores nomeadamente Pires laranjeira Manuel Ferreira e
Inocência, na aquisição dos seus conhecimentos sobre a revista certeza em particular
cabo verdiano, que o número da Revista de Estudos Literários que agora se publica
contempla, na sua secção temática, um domínio de estudos que nos últimos anos tem
conhecido um desenvolvimento acelerado, em vários planos. Um desenvolvimento que,
não há que escondê-lo, não é imune a vontades e a projectos políticos, com marca
ideológica indisfarçável. Aquilo a que, para a Conceição e organização deste número,
chamamos Literaturas Africanas de Língua Portuguesa corresponde a uma área muito
ampla de produção literária, com manifestações desiguais em países que resultaram,
enquanto Estados independentes, da descolonização portuguesa subsequente a 1974 em
cabo Verdiano.

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Referencias Bibliográficas
Ferreira, M. (1985). A aventura Crioula. 3ª Edição. Revista Lisboa Portugal.

Laranjeira, P. & Mata, I. (1995). Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa.


Lisboa. Portugal.

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