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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância – IED


Centro de Recursos de NAMPULA

Fases de desenvolvimento humano

Justino Zacarias, Código: 708213352

Curso: Licenciatura em Ensino Português


Disciplina: Psicologia Geral
Ano de frequência: 1º Ano
Turma: Q

Nampula, Maio de 2022

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Índice
Introdução..........................................................................................................................2

As fases do desenvolvimento psicossexual humano, segundo Freud................................3

A teoria de desenvolvimento de Erik Erickson.................................................................4

Estágios de desenvolvimento humano de Erickson...........................................................5

OS 4 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE PIAGET...................6

Conclusão........................................................................................................................10

Referencias Bibliográficas...............................................................................................11

Introdução
O presente trabalho, é da cadeira de Psicologia Geral do curso de Licenciatura em
Ensino de língua Portuguesa, 1º Ano, da Universidade Católica de Moçambique –

1
Instituto de Ensino à Distância (IED), sob orientação do docente da cadeira com o
seguinte tema: Origem da Linguagem.

Cujo objectivo geral é; Conhecer: os estágios ou fases do desenvolvimento humano.

De forma específica, Ira explicar, as características das fases do desenvolvimento


humano respeitando as visões de cada autor.

Este trabalho é fruto da investigação feita pela própria estudante, como forma de dotá-la
de ferramentas de modo a penetrar na classe académica a partir do treinamento nos
exercícios previamente orientados. Para a sua efectivação, foi necessária a consulta de
várias fontes citadas na bibliografia, sendo o Módulo a base de informação.

Houve muitas dificuldades na sua efectivação devido a complexidade da disciplina,


contudo aguardamos apoio sobre os erros cometidos, porque só assim, é que
caminharemos juntos.

Com vista a permitir boa leitura e consulta do trabalho, foi preciso obedecer a seguinte
estrutura: Introdução, Desenvolvimento, conclusão e a respectiva bibliografia.

Fases de Desenvolvimento Humano e suas Características

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As fases do desenvolvimento psicossexual humano, segundo Freud.
Segundo Diego (2012,p.45). Afirma que Sigmund Freud, considerado como o Pai da
Psicanálise, foi um dos psicólogos mais influentes dos últimos dois séculos. Polémicas,
ousadas e radicais, suas teorias a respeito de fenómenos como interpretação dos sonhos,
sexualidade e inconsciente ainda são alguns dos temas mais estudados e criticados nesse
campo de saber. Como se sabe, a motivação sexual foi muito enfatizada por Freud,
particularmente, nos seus primeiros trabalhos.

Uma das mais conhecidas - as cinco fases do desenvolvimento psicossexual da criança


ainda provoca acaloradas discussões entre os profissionais da área.

De acordo com Freud, as crianças passam por cinco fases de desenvolvimento a saber:

I – A fase oral (0 – 1 ano)

Desde o nascimento, Freud afirma que a primeira fase de desenvolvimento de uma


criança se concentra na região oral. Tendo como exemplo principal foco a amamentação
da mãe, a criança obtém prazer no momento da sucção e sente satisfação com a nutrição
proporcionada pelo ato. Caso a amamentação fosse interrompida precocemente, o autor
afirmava que a criança teria atitudes suspeitas, não confiáveis ou sarcásticas, enquanto
aquela que for constantemente amamentada terá uma personalidade confiante e ingénua.
Com duração de um ano a um ano e meio, a fase oral termina com na época do
desmame.

II – A fase anal (1 – 3 anos)

Após receber orientações sobre higiene íntima, a criança desenvolve uma obsessão para
com a região anal e o ato de brincar com as próprias fezes. Freud afirmava que a criança
vê esta fase como uma forma de se orgulhar das suas "criações", o que levaria à
personalidade "anal expulsiva". A criança poderia também propositadamente reter seu
sistema digestivo como forma de confrontar os pais, o que levaria à personalidade "anal
retentiva". Esta fase tem duração de um a dois anos.

III – A fase fálica (3 – 5 anos)

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De acordo com o psicanalista, a fase fálica é a mais crucial para o desenvolvimento
sexual na vida de uma criança. Ela se concentra nos órgãos genitais - ou a falta deles, se
a criança for do sexo feminino - e os complexos de Édipo ou Electra surgiriam. Para um
homem, a energia sexual é canalizada no amor por sua mãe, levando a sentimentos de
inveja (às vezes violentos) contra o pai. Geralmente, no entanto, o menino aprenderá a
se identificar com o pai, em termos de órgãos genitais correspondentes, reprimindo
assim o complexo de Édipo. Por outro lado, o complexo de Electra, embora Freud não
tenha sido tão claro assim, principalmente diz respeito ao mesmo fenómeno, porém
invertido, para as meninas. Esta fase dura de três a quatro anos.

IV – O período de latência (5 anos – Puberdade)

Freud dizia que o período de latência no desenvolvimento da criança não é um período


psicossexual, mas sim uma fase de desejos inconscientes reprimidos. Neste período, a
criança já superou o complexo da fase fálica e, embora desejos e impulsos sexuais
possam ainda existir, eles são expressos de forma assexuada em actividades como
amizades, estudos ou desportos, até o começo da puberdade.

V- A fase genital (puberdade e vida adulta)

Segundo Freud, na fase genital, a criança mais uma vez volta a sua energia sexual para
seus órgãos genitais e, portanto, em direcção às relações amorosas. Ele diz que esta é a
primeira vez que uma criança quer agir de acordo com seu instinto de procriar. Os
conflitos internos típicos das fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade
conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da
idade adulta. Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas
identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades
eróticas e interpessoais.

A teoria de desenvolvimento de Erik Erickson


De acordo com James (1986). A teoria de desenvolvimento de Erik Ericksonconsidera o
ser humano como um ser social, um ser que vive em grupo e sofre a pressão e a
influência deste. Por isso, a sua teoria é designada psicossocial. O autor considera o
ciclo vital como um contínuo, onde cada fase influencia a seguinte.

Características do desenvolvimento na teoria de Erikson

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O foco fundamental de desenvolvimento são as relações sociais;

As propostas dos estágios psicossociais envolvem outras partes do ciclo vital, além da
infância, ampliando a proposta de Freud. Não existe uma negação da importância dos
estágios infantis (afinal, neles se dá todo um desenvolvimento psicológico e motor), mas
Erikson observa que o que construímos na infância em termos de personalidade não é
totalmente fixo e pode ser parcialmente modificado por experiências posteriores;

A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas do seu ego, mas
também das exigências do meio em que vive, sendo, portanto, essencial a análise da
cultura e da sociedade em que vive o sujeito em questão;

Em cada estágio o ego passa por uma crise (que dá nome a ao esse estágio). Esta crisede
ter um desfecho positivo (ritualização) ou negativo (ritualismo).

Da solução positiva da crise surge um ego mais rico e forte; da solução negativa resulta
um ego mais fragilizado.

Estágios de desenvolvimento humano de Erickson


A cada crise, a personalidade vai-se reestruturando e se reformulando, de acordo com as
experiências vividas, enquanto o ego vai- se adaptando aos seus sucessos. Assim,
Erikson apresenta oito estágios fundamentais:

 Confiança vs desconfiança [0 – 1 anos];


 Autonomia vs vergonha e dúvida [2-3 anos];
 Iniciativa vs culpa [3-5 anos];
 Esforço vs inferioridade [5-11 anos],
 Clarificação de identidade vs confusão de papéis [11-20 anos];
 Intimidade vs isolamento [20-35 anos];
 Produtividade adulta vs estagnação [35-65 anos] e
 Integridade vsdesespero [65 - + anos].

Em cada uma destas fases também se desenvolve uma virtude particular, que se indica
na descrição que se segue sobre cada uma das fases de desenvolvimento de acordo com
Erikson.

O primeiro estágio designa-se a confiança x desconfiança. Esta seria a fase da infância


inicial, correspondendo ao estágio oral freudiano. A atenção do bebé se volta à pessoa

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que provê o seu conforto, que satisfaz as suas ansiedades e necessidades, num espaço de
tempo suportável: a mãe. A mãe lhe dá garantias de que não está abandonado à própria
sorte, no mundo.

Assim, se estabelece a primeira relação social do bebé. É justamente sentindo a falta da


mãe que a criança começa a lidar com algo que Erikson chama de força básica (cada
fase tem a sua força característica). Virtude: Esperança.

O segundo estágio é a autonomia x vergonha e dúvida, que corresponde ao estágio anal


freudiano. A criança já tem algum controle de seus movimentos musculares. Então
direcciona a sua energia às experiências ligadas à actividade exploratória e à conquista
da autonomia.

O terceiro estágio é a iniciativa x culpa. É este estágio que corresponde à fase fálica
freudiana, em que a criança já tem a confiança ganha, com o contacto inicial com a mãe;
e a autonomia, com a expansão motora e o controle. Agora cabe associar à autonomia à
confiança e à iniciativa pela expansão intelectual. Virtude: Propósito.

A combinação confiança-autonomia dá à criança um sentimento de determinação,


alavanca para a iniciativa.

O quarto estágio - esforço x inferioridade – as crianças desenvolvem um interesse pela


aprendizagem que pode ser preenchida pelo ensino escolar ou alguns tipos informais de
ensino. Elas também aprendem a trabalhar com ferramentas.

O quinto estágio é o da clarificação de identidade x confusão de papéis. Nesta fase,


Erikson desenvolveu mais trabalhos, tendo dedicado um livro inteiro à questão da
chamada crise de identidade.

Nos seus estudos, ressalta que o adolescente precisa de segurança perante todas as
transformações físicas e psicológicas do período. A criança encontra essa segurança na
forma da sua identidade, que foi construída pelo seu ego, em todos os estágios
anteriores.

Esse sentimento de identidade expressa-se nas seguintes questões, presentes para o


adolescente: Sou diferente dos meus pais? O que sou? O que quero ser? Respondendo a
essas questões, o adolescente pretende encaixar-se em algum papel na sociedade. Daí,

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vem a questão da escolha vocacional dos grupos que frequenta, das suas metas para o
futuro, da escolha do par. Virtude: Fidelidade.

O sexto estágio é a intimidade x isolamento. Ao estabelecer uma identidade definitiva e


bem fortalecida, o indivíduo estará pronto para uni-la à identidade de outra pessoa, sem
se sentir ameaçado. Esta união caracteriza esta fase. Existe agora a possibilidade de
associação com intimidade, parceria e colaboração. Pode-se, agora, falar na associação
de um ego ao outro.

Quando isso não acontece, ou seja, o ego não é suficientemente seguro, a pessoa irá
preferir o isolamento à união, pois terá medo de compromissos, numa atitude de
“preservar “o seu ego frágil. Virtude: Amor.

O sétimo estágio é a produtividade adulta x estagnação. As principais características


deste estágio são a produtividade, a criatividade, a procriação e educação das crianças,
tal como a preocupação com necessidades pessoais e, portanto, o interesse limitado pela
próxima geração. Um sujeito assim pode ser descrito como tendo estagnado. Virtude:
Cuidado.

O oitavo e último estágio é a integridade x desespero. A integridade significa levar uma


vida significativa e ser confiante e guiado pela sabedoria. Os sujeitos podem olhar para
a sua vida passada e para os estágios que atravessaram e reflectirem sobre as suas
próprias conquistas. Isto pode levá-los à conclusão de que valeu a pena viver as próprias
conquistas.

Um sujeito que alcançou a integridade é caracterizado pela sabedoria, o que


simplesmente significa que o sujeito é conhecedor e capaz de alcançar julgamentos
maduros e confiáveis. Um sujeito neste estágio final, provavelmente, reflectirá
positivamente sobre as seguintes conquistas: o seu trabalho, o casamento, a família e as
boas relações, que usufruiu com os outros. Virtude: Sabedoria.

OS 4 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE PIAGET


Segundo Miranda (2003,p.56). Afirma que Jean Piaget divide o desenvolvimento
cognitivo em 4 estágios principais a saber:

 Sensório-motor,
 Pré-operatório;

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 Operatório concreto e
 Operatório formal.

É na transição entre eles que há maiores chances de acontecer o desequilíbrio entre


assimilação e acomodação.

A divisão proposta pelo biólogo não é estanque, ou seja, não necessariamente uma
criança com dois anos de idade automaticamente terá passado do estágio sensório-motor
para o pré-operatório.

1. Estágio sensório-motor (do nascimento aos 18-24 meses de idade)

A criança possui uma inteligência prática, baseada na manipulação e percepção de


objectos concretos. Ela só se manifesta quando há objectos ao alcance dos bebés.

É neste estágio que há um aumento na capacidade sensorial e motora. Nos primeiros


meses de vida, o bebé se adapta a partir de reflexos, desenvolvendo aos poucos a
consciência e a intencionalidade das acções motoras.

Ele também se concentra apenas no que pode perceber imediatamente pelos sentidos. Se
um objecto não está à vista, para a criança ele não existe.

Outra característica deste estágio do desenvolvimento cognitivo é a passagem de uma


percepção egocêntrica do mundo para um maior interesse nas outras pessoas. O bebé
adquire progressivamente uma consciência sobre o mundo externo e sobre como os
outros percebem este mundo.

2. Estágio pré-operatório(dos 2 aos 7 anos de idade)

O desenvolvimento de representações mentais internas acontece a todo vapor. É com o


pensamento representativo que a criança conseguirá aprimorar o pensamento lógico,
característico do estágio seguinte.

Este estágio do desenvolvimento cognitivo é marcado pela comunicação verbal. É


comum a criança falar tudo o que se passa em sua mente, sem considerar o que as
pessoas dizem. As crianças passam a manipular símbolos verbais para se referir a
objectos e acções e, com o tempo, adquirem a capacidade de mobilizar conceitos. Nesta
fase há uma experimentação intencional e activa da linguagem e de objectos, o que
contribui para o próximo estágio do desenvolvimento cognitivo.

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3. Estágio operatório-concreto(Faixa etária: dos 7 aos 11 anos de idade)

As crianças são capazes de manipular mentalmente representações internas,


mobilizando ideias e memórias para realizar operações mentais. Elas começam a
formular regras internas sobre como o mundo funciona e as utilizam para orientar o
raciocínio.

Conceitos como números e relações são mais facilmente compreendidos e a linguagem


se torna mais socializada. A criança também adquire maior autonomia em relação aos
adultos, estabelecendo seus próprios valores morais.

4. Estágio operatório-formal (a partir dos 11 anos de idade)

No último estágio do desenvolvimento cognitivo, as crianças conseguem realizar


operações mentais que envolvem abstrações e símbolos que não necessariamente têm
formas concretas. Ou seja, elas têm a capacidade do raciocínio abstracto.

Elas também são capazes de se colocar no lugar dos outros, imaginar a perspectiva das
outras pessoas sobre determinadas situações.

A característica mais importante dessa fase é o desenvolvimento do pensamento


hipotético-dedutivo. As crianças aprimoram suas habilidades de formular hipóteses para
explicar e resolver problemas.

Conclusão
Chegado a esta fase do trabalho torna possível concluir que; Freud nas suas teorias
respeitou de fenómenos como interpretação dos sonhos, sexualidade e inconsciente

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ainda são alguns dos temas mais estudados e criticados nesse campo de saber. Como se
sabe, a motivação sexual foi muito enfatizada por Freud, particularmente, nos seus
primeiros trabalhos. Uma das mais conhecidas são as cinco fases do desenvolvimento
psicossexual da criança, fase oral, fase oral, fase fálica, O período de latência e fase
genital.

A teoria de desenvolvimento de Erik Eriksonconsidera o ser humano como um ser


social, um ser que vive em grupo e sofre a pressão e a influência deste. Por isso, a sua
teoria é designada psicossocial. O autor considera o ciclo vital como um contínuo, onde
cada fase influencia a seguinte.

Jean Piaget divide o desenvolvimento cognitivo em 4 estágios principais: sensório-


motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. É na transição entre eles
que há maiores chances de acontecer o desequilíbrio entre assimilação e acomodação.

A divisão proposta pelo biólogo não é estanque, ou seja, não necessariamente uma
criança com dois anos de idade automaticamente terá passado do estágio sensório-motor
para o pré-operatório.

Portanto, eEla serve como um guia para o trabalho do educador, que tem parâmetros
para saber quando encaminhar uma criança para a equipe de apoio pedagógico ou para o
Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Referencias Bibliográficas
Ferreira. D. J. V. (2012). As fases do desenvolvimento psicossexual humano, segundo
Freud. São Paulo.

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Miranda. N.G. (2003). Fases de Desenvolvimento humano segundo Jean Piaget.
Paraná.

Fadiman.J. (1986).Teorias da Personalidade. São Paulo.

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