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Índice Pág.

1.0 Introdução..................................................................................................................................2
2.0 Compare as fases de desenvolvimento segundo Piaget, Freud, e because.........................................3
2.1 As fases do desenvolvimento segundo freud....................................................................................3
2.2.1 Desenvolvas as teorias: Socio-interaccionista, desenvolvimento pré-natal na infância,
desenvolvimento emocional dos três aos seis anos, desenvolvimento na adolcente e na idade adul........5
2.3 Teoria de desenvolvimento pré- natal na infância..............................................................................6
2.4 Teoria desenvolvimento emocional dos três aos seis anos.................................................................8
2.5 Teoria desenvolvimento na adolcente e na idade adulta................................................................9
2.5 Analise comparativa de desenvolvimento moral de Piaget e na perspectiva de Kohlberg............10
2.5.1 Desenvolvimento moral na perspectiva de Kohlberg....................................................................11
2.5.2 Desenvolva os seguintes conceito: Inteligência, memoria, Motivação e Socialização..................12
2.5.3 Fale da importância das necessidades educativas especiais para aprendizagem das crianças e
adulto nas escolas..................................................................................................................................13
3.0 Colusão............................................................................................................................................14
4.0 Bibliografia......................................................................................................................................15

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1.0 Introdução

A compreensão que se tem de infância e de infantil é marcada pela trama conceitual própria à
teoria que a sustenta. Traçamos como os objectivos especificam: descrever com precisão e
objectividade, as mudanças que ocorrem com a idade nas capacidades sensoriais e motoras, na
percepção, nas funções intelectuais e nas respostas sociais e emocionais. fazer um recorte que
nos permita comparar e distinguir a concepção de infância extraída do campo de uma psicologia
do desenvolvimento, especificamente da teoria de Piaget,

Mais do que distingui-las pelos procedimentos investigativos, seja por observações empíricas, da
psicologia com crianças ou a partir da escuta das representações inconscientes – no caso
dapsicanálise, vamos diferenciá-los a partir de suas fundamentações teóricas e tramas
conceituais. Passando pelas ideias psicológicas que marcaram o Brasil nas últimas décadas
acerca da infância, pensamos que a psicanálise não foi compreendida em sua radicalidade na
perspectiva do lugar conferido ao infantil (Martins, Matos, & Maciel, 2009; Maciel, 2011). Da
mesma forma também julgamos que a obra de Jean Piaget (1896-1980) admitiu várias leituras de
acordo com o interesse do pesquisador e a finalidade de sua investigação (Pascual & Dias, 2004).

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2.0 Compare as fases de desenvolvimento segundo Piaget, Freud, e because
Segundo Piaget, a criança se adapta ao mundo de forma cada vez mais satisfatória. O processo de
adaptação ocorre por meio de sub processos: esquemas (ações mentais ou físicas), assimilação
(absorver algum evento ou experiência em algum esquema), acomodação (modificar o esquema
a partir das novas informações absorvidas pela assimilação) e equilibração (criança luta por
coerência tentando entender o mundo em sua totalidade.

Propõe quatro estágios ou períodos do desenvolvimento da criança: os estágios sensório-motor (0


a 2 anos), pré-operatório (2 a 7 anos), operatório concreto (7 a 11 anos) e operatórios formais (12
em diante). Enfatizaremos apenas os dois primeiros estágios de desenvolvimento por abrangerem
a idade considerada para o Programa de Estimulação Essencial.

Sensório- motor (0 a 2 anos): Nesse período o bebé realiza o processo adaptativo básico de tentar
compreender o mundo que o cerca. Assimila informações limitando-se em séries de esquemas
sensório-motores e se acomoda baseando em suas experiências. Para Piaget, esse é o ponto de
partida do desenvolvimento da criança. Podemos exemplificar essa etapa como o
desenvolvimento das coordenações motoras, a criança aprende a diferenciar os objetos do
próprio corpo e os pensamentos das crianças está vinculado ao concreto. Vai aprimorando as
habilidades de acordo com o que lhe é oferecido e maturação do sistema nervoso central.

Pré-operatório (2 a 7 anos): Há o uso de símbolos em muitos aspectos do comportamento da


criança. Nessa etapa por exemplo, as crianças começam a representar ações na brincadeira. O
egocentrismo aparece assim como a descrição de conservação. O pensamento da criança está
centrado nela mesma, é um pensamento egocêntrico. É nesta fase que se apresenta a linguagem,
como socialização da criança, que se dá através da fala, dos desenhos e das dramatizações

2.1 As fases do desenvolvimento segundo freud.

Sigmund Freud, considerado como o Pai da Psicanálise, foi um dos psicólogos mais influentes
dos últimos dois séculos. Polêmicas, ousadas e radicais, suas teorias a respeito de fenômenos
como interpretação dos sonhos, sexualidade e inconsciente ainda são alguns dos temas mais
estudados e criticados nesse campo de saber. Como se sabe, a motivação sexual foi muito
enfatizada por Freud, particularmente, nos seus primeiros trabalhos. Uma das mais conhecidas -

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as cinco fases do desenvolvimento psicossexual da criança - ainda provoca acaloradas discussões
entre os profissionais da área.

De acordo com Freud, as crianças passam por cinco fases de desenvolvimento neste
contexto citamos os seguintes.

I A fase oral (0 – 1 ano)

Desde o nascimento, Freud afirma que a primeira fase de desenvolvimento de uma criança se
concentra na região oral. Tendo como exemplo principal foco a amamentação da mãe, a criança
obtém prazer no momento da sucção e sente satisfação com a nutrição proporcionada pelo ato.
Caso a amamentação fosse interrompida precocemente, o autor afirmava que a criança teria
atitudes suspeitas, não confiáveis ou sarcásticas, enquanto aquela que for constantemente
amamentada terá uma personalidade confiante e ingênua. Com duração de um ano a um ano e
meio, a fase oral termina com na época do desmame.

II – A fase anal (1 – 3 anos)

Após receber orientações sobre higiene íntima, a criança desenvolve uma obsessão para com a
região anal e o ato de brincar com as próprias fezes. Freud afirmava que a criança vê esta fase
como uma forma de se orgulhar das suas "criações", o que levaria à personalidade "anal
expulsiva". A criança poderia também propositadamente reter seu sistema digestivo como forma
de confrontar os pais, o que levaria à personalidade "anal retentiva". Esta fase tem duração de um
a dois anos.

III – A fase fálica (3 – 5 anos)

De acordo com o psicanalista, a fase fálica é a mais crucial para o desenvolvimento sexual na
vida de uma criança. Ela se concentra nos órgãos genitais - ou a falta deles, se a criança for do
sexo feminino - e os complexos de Édipo ou Electra surgiriam. Para um homem, a energia sexual
é canalizada no amor por sua mãe, levando a sentimentos de inveja (às vezes violentos) contra o
pai. Geralmente, no entanto, o menino aprenderá a se identificar com o pai, em termos de órgãos
genitais correspondentes, reprimindo assim o complexo de Édipo. Por outro lado, o complexo de

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Electra, embora Freud não tenha sido tão claro assim, principalmente diz respeito ao mesmo
fenómeno, porém invertido, para as meninas. Esta fase dura de três a quatro anos.

IV – O período de latência (5 anos – puberdade)

Freud dizia que o período de latência no desenvolvimento da criança não é um período


psicossocial, mas sim uma fase de desejos inconscientes reprimidos. Neste período, a criança já
superou o complexo da fase fálica e, embora desejos e impulsos sexuais possam ainda existir,
eles são expressos de forma assexuada em actividades como amizades, estudos ou exportes, até o
começo da puberdade.

V- A fase genital (puberdade e vida adulta)

Segundo Freud, na fase genital, a criança mais uma vez volta a sua energia sexual para seus
órgãos genitais e, portanto, em direcção às relações amorosas. Ele diz que esta é a primeira vez
que uma criança quer agir de acordo com seu instinto de procriar. Os conflitos internos típicos
das fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura
do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta. Neste momento, meninos e meninas
estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de
satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais

2.2.1 Desenvolvas as teorias: Socio-interaccionista, desenvolvimento pré-natal na infância,


desenvolvimento emocional dos três aos seis anos, desenvolvimento na adolcente e na idade
adul

Teorias:Socio-interaccionista.

Para Moreira (2009), a teoria do pesquisador Vygotsky, propõe que o desenvolvimento cognitivo
se da por meio da interacção social, em que, no mínimo, duas pessoas estão envolvidas
activamente trocando experiência e ideias, gerando novas experiências e conhecimento.

Sob essa visão, a aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de instrumento
e signos. Um signo, de acordo com a teoria de Vygotsky, é algo que significa alguma coisa,
como a linguagem falada e a escrita. Nesse sentido, a aprendizagem é uma experiência social de
interação pela linguagem e pela acção. Sendo a interacção social a origem e motor da

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aprendizagem e do desenvolvimento intelectual. Por exemplo, o ato de indicar um objecto, para
uma criança pode não ter nenhum significado, mas quando a criança aponta para um objecto no
intuito de alcançá-lo, e alguém pega para dar à criança (interacção), o ato de apontar começa a
ter significado. Ela começar a pegar o significado socialmente compartilhado de apontar para um
objecto.

Para ocorrer à aprendizagem, a interacção social deve acontecer dentro da zona de


desenvolvimento próximo. Essa zona é o nível que começa com o real estágio de
desenvolvimento da criança até o seu grau potencial de desenvolvimento (MOREIRA, 2009).
Filtro (2007) avaliando a teoria de Vygotsky e a obra de outros autores define a zona de
desenvolvimento próxima como distância entre o nível de desenvolvimento actual, determinado
pela solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado
pela solução de problemas sob orientação de adultos ou em colaboração com pares mais capazes
(FILATRO, 2007, p.85)”

2.3 Teoria de desenvolvimento pré- natal na infância

O desenvolvimento infantil esta pautado na interacção com o meio, segundo Vygotsky a criança
aprende e depois se desenvolve, deste modo, o desenvolvimento de um ser humano se dá pela
aquisição aprendizagem de tudo aquilo que o ser humano construiu socialmente ao longo da
história da humanidade. Ao se tratar de escola, estamos em um âmbito mais aprofundado, pois
para além de transmitir o conhecimento acumulado, este processo deve se dar de forma
organizada de modo que, todas as acções realizadas pela escola e seus profissionais devem ser
pensadas, reflectidas, discutidas e planejadas, pois todas as acções devem ter intencionalidade e
finalidade.

Na Educação Infantil este processo não pode ser diferente, pois o período dos 0 ao 5 anos que
fará mais diferença no futuro, sendo a base para o desenvolvimento posterior. Deste modo,
destacamos a importância da escola como local para além dos cuidados na Educação Infantil,
porque é nele que a criança deve se envolver, interagir e agir com o meio, com o outro e com si
mesma para apreender o mundo que a cerca e ir além apreendendo para além da imagem, mas
também os significados por trás delas. Advogamos o princípio segundo o qual a escola,
independentemente da faixa estaria que atenda, cumpra a função de transmitir conhecimentos,

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isto é, de ensinar como lócus privilegiado de socialização para além das esferas quotidianas e dos
limites inerentes à cultura do senso comum.

(MARTINS, 2009, p.94) Neste sentido, a escola de Educação Infantil não pode se isentar do ato
intencional de educar, prezando apenas pelo cuidar, devendo assim haver um equilíbrio entre o
cuidar e o educar para que as crianças possam aprender e desenvolver todas as suas
possibilidades e habilidades da forma mais integral possível. De acordo com a periodização feita
por Abrantes (2012) a teoria histórico-cultural pode ser dividida em épocas, Primeira Infância (0
a 3 anos), Infância (3 a 10 anos) e Adolescência (10 a 17 anos) e períodos, Primeiro Ano (0 a 1
ano), Primeira Infância (1 a 3 anos), Idade Pré-Escolar (3 a 6 anos), Idade Escolar (6 a 10 anos),
Adolescência Inicial (10 a 14 anos) e Adolescência (14 a 17 anos).

A transição entre os períodos se dá por meio de crises e a actividade dominante em cada período
é respectivamente: Comunicação Emocional Directa, Actividade Objecta Manipularia, Jogo de
Papéis, Actividade de Estudo, Comunicação Íntima Pessoal e Actividade Profissional Estudo.
Como já dito neste trabalho trataremos das crianças de um a três anos de vida, ou seja, a Primeira
Infância e ou Actividade Objecta Manipularia. Assim, o período o qual nos dedicaremos será o
da Primeira infância e/ou Actividade Objecta Manipularia entendido como essencial para a
criança. É neste momento que a criança desenvolverá características, habilidades e aptidões.

Essas transformações quantitativas e qualitativas são consideradas fundamentais para o


desenvolvimento da criança persistindo ao longo de toda sua vida adulta. Este período se
constitui como a base para as aprendizagens humanas está na primeira infância. Entre o primeiro
e o terceiro ano de idade a qualidade de vida de uma criança tem muita influência em seu
desenvolvimento futuro e ainda pode ser determinante em relação às contribuições que, quando
adulta, oferecerá à sociedade. Caso esta fase ainda inclua suporte para os demais
desenvolvimentos, como habilidades motoras, adaptativas, crescimento cognitivo, aspectos sócio
emocionais e desenvolvimento da linguagem, as relações sociais e a vida escolar da criança serão
bem sucedidas e fortalecidas. (PICCININ, 2012, p. 38)

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2.4 Teoria desenvolvimento emocional dos três aos seis anos.

Quanto ao seu desenvolvimento a criança está completamente desenvolta, fazendo amigos,


vivendo em ambientes diferentes, aprendendo milhares de novidades excitantes. É o final do
pensamento mágico e início do pensamento lógico, que é acompanhado de complicações: “a
escola é divertida, mas os professores logo querem que a gente fique sentado, em grupos, calados
e prestando atenção. A gente em geral sabe lidar com os amigos, mas eles ainda nos irritam e
magoam de vez em quando. E agora que a gente já tem idade para compreender tragédias como
incêndios, guerras, assaltos e morte, não pode deixar que o medo de que elas aconteçam nos
perturbem.” Para vencer esses desafios, é necessário saber regular as emoções (um dos mais
importantes avanços no desenvolvimento da criança) que ela passará a controlar no seu
relacionamento com os colegas. Ela aprende a comunicar-se com clareza, trocar emoções, ceder
a vez de falar e brincar. Aprende a compartilhar, aceitar regras para suas brincadeiras, a ter
conflitos e resolvê-los, a compreender os sentimentos, as vontades e os desejos do outro. Nascem
as amizades, que proporcionam um terreno fértil para o desenvolvimento emocional da criança
pequena, o que deve ser estimulado pelos pais e professores. Com um amigo, formam-se laços
fortes e duradouros, pois a criança, na segunda infância, tem certa dificuldade em administrar ao
mesmo tempo mais de uma relação. Além de ensinar importantes habilidades sociais, as
amizades entre crianças pequenas também estimulam a fantasia, permitindo que elas
desenvolvam a criatividade, inventando personagens e dramatizando situações.

Os amigos recorrem à fantasia para ajudarem-se mutuamente a enfrentar problemas complicados,


a lidar com as tensões da vida diária. Brincar de faz de conta propícia o desenvolvimento
emocional da criança, ajudando-a a ter acesso a sentimentos recalcados, pois também intercala
conversas sobre situações da vida real. A intimidade e a espontaneidade do faz de conta dão uma
sensação de segurança e acolhimento à criança, que aprende a lidar com uma infinidade de
ansiedades que aparecem na segunda infância e geram “medos” (medo da impotência, do
abandono, do escuro, dos pesadelos, dos conflitos entre os pais, da morte e outros). Sejam quais
forem os medos de nossos filhos e alunos, devemos lembrar que o medo é uma emoção natural
que pode gerar uma função saudável na vida dos pequeninos. O medo não deve tolher a
curiosidade da criança, mas ela precisa saber que às vezes o mundo é perigoso. Nesse aspecto, o

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medo serve para torná-la uma pessoa cuidadosa. Devemos fazer a criança sentir-se segura
mostrando amor e afeição e ao mesmo tempo deixá-la exercitar sua independência e autonomia.

2.5 Teoria desenvolvimento na adolcente e na idade adulta.

Na história do estudo científico da adolescência, é possível identificar duas fases teóricas


sobrepostas (Goosens, 2006; Lerner & Steinberg, 2004; Steinberg & Lerner, 2004). A primeira
delas ocorreu do início do século XX até os anos de 1970 e é caracterizada pela realização de
estudos descritivos e não-teóricos. Na segunda fase, que começa por volta dos anos de 1970, a
ciência passa a ter seu foco na avaliação de modelos teóricos e hipóteses, com vistas a justificar
os processos de desenvolvimento humano influenciados por contextos amplos e diversificados.
Esse período se destacou pelo interesse crescente por modelos sistémicos e estudos longitudinais,
e, também, pela plasticidade e diversidade dos processos, no curso de vida.

Na primeira fase do estudo científico da adolescência, destaca-se a obra de G. Stanley Hall,


intitulada Adolescência, publicada em 1904. Com ênfase na teoria biológica, baseada no
desenvolvimento das espécies (filogenias) e na recapitulação do desenvolvimento do indivíduo
(ontogênese), Hall define a adolescência como um período de transição universal e inevitável,
considerando-a como um segundo nascimento. Ele reconhece a influência da cultura ao mesmo
tempo em que valoriza as diferenças individuais do adolescente e sua característica de
plasticidade (maleabilidade), podendo ser considerado inovador e provocativo para sua época,
um precursor das teorias contextua listas contemporâneas (Arnett, 1999).

Um segundo grupo, o das teorias baseadas nos pressupostos da psicanálise de Sigmund Freud
(1856-1939), não identificou a adolescência como fase distinta no desenvolvimento, apesar de
considerá-la crucial. Esta perspectiva preconizou a pessoa como dotada de um reservatório de
impulsos biológicos básicos, identificando a emergência de determinado aspecto da sexualidade
humana a cada fase distinta do ciclo vital. Assim, na adolescência, ocorre a reactivação, na forma
madura e genital, de vários impulsos sexuais e agressivos experimentados pela criança nas fases
iniciais do seu desenvolvimento (oral, anal e edípica). A intelectualização é o mecanismo de
defesa adotado pelo adolescente para lidar com a sua revolta emocional, conduzindo-o a mudar
seus interesses das questões concretas do corpo para as questões mais abstratas, isentas de

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emoção. Logo, os conflitos da puberdade são considerados normais e até necessários ao seu
funcionamento 'adaptativo', na busca por um novo sentido de personalidade e papel social.

2.5 Analise comparativa de desenvolvimento moral de Piaget e na perspectiva de


Kohlberg.

Estudando o desenvolvimento moral, Piaget preocupou se com o aspecto específico do


julgamento moral e com os processos cognitivos subjacentes a ele. Estudou o desenvolvimento
moral definiu estágios através de entrevistas e observação de crianças em jogos de regras. As
pesquisas de Piaget lhe permitiram concluir que existem diferenças quanto ao respeito às regras
em crianças de idades diferentes, distinguindo-se as fases de anomia, heteronomia autonomia
moral. Na fase de heteronomia moral a criança percebe essas regras como absolutas, imutáveis,
intangíveis. As regras têm um carácter místico podendo ser consideradas como de origem divina.
Nessa fase a criança julga a acção como boa ou não com base nas consequências dos atas, sem
uma análise mais ampla e sem considerar as intenções do autor da acção. Considera que se um
indivíduo foi puni do por uma determinada acção, esta acção é errada.

A criança tende a considerar que sempre que alguém é punido esse alguém deve ter feito algo de
errado, assumindo uma conexão absoluta entre a punição e o erro. Para uma criança de seis anos,
se um menino deixar seu doce cair em um lago ele é culpado por ser bobo e não deve ganhar
outro doce. A criança de seis anos dirá provavelmente que um menino que quebrou cinco copos
enquanto ajudava a mãe é mais culpado do que aquele que quebrou um copo enquanto roubava
geleia. Piaget percebeu que a criança pequena tem dificuldades para levar em conta as
circunstâncias atenuantes enquanto um adolescente já faz julgamentos com base na equidade,
sendo capaz de pensar em termos de possibilidades e de um número maior de alternativas.

Na fase da autonomia moral (entre 8'e 12 anos) o propósito e consequências das regras são
consideradas pela criança ea obrigação baseada na reciprocidade. A criança se caracteriza pela
moral da igualdade ou de reciprocidade; percebe as regras comoestabelecidas e mantidas pelo
consenso social. Piaget constatou que por volta de 10 anos a criança passa a perceber a regra
como resultado de livre decisão, podendo ser modificada, e como digna de respeito, desde que
mutuamente consentido.

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2.5.1 Desenvolvimento moral na perspectiva de Kohlberg

Tentando compreender o desenvolvimento moral Kohlberg realizou uma série de pesquisas com
crianças e jovens dos Estados Unidos da América, do México, da China (Taiwan), da Turquia e
da Malásia (Atayal).A fonte original da definição dos estágios de desenvolvimento moral foi o
levantamento de dados realizado por Kohlberg junto a 75 rapazes, de classe média, da zona
urbana de Chicago, divididos em três grupos etários de 10, 13 e 16 anos. Nesse estudo, seguindo
o desenvolvimento em intervalos de 3 em 3 anos, utilizando método de entrevistas inspirado em
Piaget, o pesquisador apresentou aos sujeitos, dilemas morais hipotéticos, para srem analisados
uns de cada vez. Cada sujeito era solicitado a julgados dilemas e apresentar justificativas das
respostas apresentadas. Nesse processo, o entrevistador tinha o cuidado de procurar deixar o
sujeito à vontade para responder livremente e de fazer perguntas, procurando respostas
adicionais, para maior esclarecimento quanto às justificativas, tentando, assim, 'esquadrinhar
todos os raciocínios subjacentes à resposta. Esse estudo permitiu a conclusão de que há
tendências etárias quanto ao uso de tipos de raciocínio moral exibido nas respostas e verificar um
conjunto de aspectos do julgamento moral.

De acordo com as afirmações apresentadas, cada sujeito analisado é enquadrado em um estágio


de desenvolvimento moral. Kohlberg estudou também crianças e jovens de classe média e de
zona urbana do México e Taiwan, Canadá e Grã-Bretanha, comparando os resultados com
aqueles obtidos entre crianças de zona urbana dos Estados Unidos da América e ainda com os
resultados obtidos em aldeias isoladas na Turquia e no Yucatan. No conjunto de pesquisas
realizadas foram entrevistados sujeitos em diferentes países, sujeitos da zona urbana e da zona
rural, católicos, judeus, protestantes, budistas e ateus. Kohlberg apresentava aos sujeitos da
pesquisa uma sequência de histórias ou dilemas morais hipotéticos destinados a colocar o
indivíduo diante de um conflito entre a conformidade habitual a regras ou à autoridade em
oposição a uma resposta utilitária ou de bem maior. Os dilemas apresentam conflitos entre
padrões simultaneamente aceitos por grande parte da comunidade.

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2.5.2 Desenvolva os seguintes conceito: Inteligência, memoria, Motivação e Socialização.

 Inteligência

Seguindo uma visão tradicionalista, Travassos (2001) afirma que a inteligência já foi conceituada
como uma capacidade inata do indivíduo, um atributo do qual o ser humano dispõe para
responder a testes de inteligência, como o Q.I. (“Quociente Intelectual”), criado por Alfred Binet,
por volta de 1900, na França, com a finalidade de responder a indagações sobre a possibilidade
de evidenciar o sucesso ou fracasso escolar de crianças da época que frequentavam as séries
iniciais, funcionando como um mensura dor, por exemplo. Esta, por sua vez, não sofre grande
alteração independente de idade, treinamentos ou experiências, de forma geral, mantendo a
mesma estrutura já que nascemos com esse potencial.

 Memória

Memoria: é basicamente a capacidade humana de inscrever, conservar, e relembrar mentalmente


vivências, conhecimentos, conceitos, sensações e pensamentos experimentados em um tempo
passado. Especialistas da Neuro biologia e da Psicologia Cognitiva ratificam esta definição,
afirmando que na verdade existem várias memórias, pois há diversas fontes de armazenamento
de dados em nossa mente, não limitadas em uma área determinada de nosso cérebro, mas
inerentes a distintas actividades mentais.

 Motivação

Motivação: pode ser definida como a força propulsora por trás das acções de qualquer pessoa
(motivo, desejo) e que define a conduta do indivíduo. São inúmeras as definições possíveis para
a motivação dependendo do foco que se dá ao tema.

Socialização:

Para que um indivíduo possa viver em sociedade, é preciso que ele internalize as normas sociais,
isso é, as formas de agir, pensar e se comportar que são compartilhadas colectivamente nesta
dada sociedade.

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Socialização: é processo lento e constante em que aprendemos o que se espera de nós em um
determinado meio social, em que nos apropriamos dos sistemas de ideias que fazem parte da
nossa sociedade.

2.5.3 Fale da importância das necessidades educativas especiais para aprendizagem das
crianças e adulto nas escolas.
Segundo Delours (1998), a igualdade não está em desacordo com o respeito às diferenças entre
as pessoas, mas sim na valorização na capacidade de cada ser humano em suas realizações.
Assim quando se trata de proporcionar oportunidades iguais e justas para todos, tem-se muito
ainda por fazer nas escolas para corresponder ao princípio segundo o qual os seres humanos têm
direito à dignidade, sejam quais forem as suas capacidades ou realizações. A observância deste
princípio é limitada por predisposições que nos levam a responder situações ou a outras pessoas
de modo desfavorável, tendo em vista um dado valor. No caso da igualdade entre pessoas, as
barreiras se materializam na recusa em reconhecer e defender este valor, por meio de
comportamentos, reacções, emoções e palavras,

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3.0 Conclusão
A pós a pesquisa do presente trabalho conclui-se que a psicanalítica da infância nos sugere a
constituição de modos de existência privilegiando o simbólico e o pulsional. Trata-se de
processos de subjectivarão que nos remetem à trama diferencial e ao âmbito da disseminação.
Destaca-se, portanto, o jogo das forças disseminadas e das resistências produzidas em que os
traços se inscrevem no psiquismo, podendo produzir novos sentidos. Nessa perspectiva, o
infantil diz respeito à condição de possibilidade de uma história, para além do jogo das
identificações binárias e imaginárias, embora, numa perspectiva desenvolvimentista, ele seja um
estágio necessário; mas numa perspectiva psicanalítica, ele permanece em nós, não se
constituindo em estágio a ser ultrapassado.

O paradoxo do infans participar da própria criação da subjectividade faz dessa concepção de


infantil uma noção frutífera diante da sociedade actual. Afinal, nos possibilita vislumbrar que
nossa história é também a história de nossa criação. E esse é um argumento importante diante de
um contexto, como o nosso, de crise dos fundamentos que alicerçam a própria sociabilidade.
Participamos de nossa própria constituição e construímos juntos. Não somos sujeitos autónomos,
mas pendentes. A partir dos textos freudianos, podemos afirmar que, se por um lado, as funções
motoras, perceptivas, fonatórias etc. Desenvolvem-se, por outro, elas também dependem do tipo
de tratamento dado aos estímulos internos da criança. Podemos dizer, por exemplo, que a
maturação harmónica do tonos muscular depende de uma espécie de diálogo tónico estabelecido
pela mãe com sua criança (Jerusalinsky, 2004)

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4.0 Bibliografia
COLL, Cesar, Palacios, J. e Marchesi, A. Desenvolvimento Psicológico e
Educação. Psicologia :da Educação. Vol.2. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

BARRY J, Wadsworth. Inteligência e Afetividade da Criança na Teoria de Piaget. Editora


Pioneira, São Paulo. s/d.

BEHRENS, Marilda Aparecida. Paradigma do ensino com pesquisa. In: Planejamento,


Currículo e Avaliação. Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná. Curso de
Especialização em Informática na Educação. Material de Apoio. Curitiba, 1997..

Silva, P. L. Lopes, & P. Carvalho, Trads.). São Paulo: Perspectiva. Dolle, J-M. (1979).

De Freud a Piaget. Buenos Aires: Paidós. Flusser, V A escrita: há furos para a escrita? São
Paulo: Annablume.

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