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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Análse das dimensões écticos deontológica

Nome: Joãozinho Manuel Meque Francisco.

Código: 708203613

Docente: José Nhama


Sala 5

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Ética Profissional
Ano de frequência: 4ᵒ Ano
Tete, Junho de 2023
Folha de feedback
Categorias Indicadores Padrões Classificação

Pontuação Nota Subtotal


máxima do
tutor

Estrutura Aspectos Capa 0,5


organizacionais
Índice 0.5

Introdução 0.5

Discussão 0.5

Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Conteúdo Introdução Contextualização 1.0

Descrição dos 1.0


objectivos

Metodologia 2.0
adequada ao objecto
do trabalho

Analise e Articulação e 2.0


discussão domínio

Revisão 2.0
bibliográfico

Exploração dos 2.0


dados

Conclusão Contributos teóricos 2.0


práticos

Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0


gerais tamanho de letra,
paragrafo e
espaçamento entre
linhas.

Referências Normas APA Rigor e coerência 4.0


bibliográfica 6ª edição em das citações /
s citações e referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria

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Índice
pág.
1.Introdução...............................................................................................................5

1.1 Objectivos............................................................................................................6

1.1.2 Objectivos gerais:..............................................................................................6

Objectivos específicos:...............................................................................................6

1.1. 4 Metodologia.....................................................................................................6

2.Fundamentação Teórica...........................................................................................7

2.1Análse das dimensões écticos deontológica..........................................................7

2.2 Carácter prudencial da racionalidade prática.......................................................8

2.3 A relevância da existência do código éctico profissional para os profissionais da


educação.....................................................................................................................9

3.Conclusão..............................................................................................................11

4.Bibliografia...........................................................................................................12

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1.Introdução
O presente trabalho de pesquisa enquadra-se na cadeira de Éctica Profissional 4º ano,
como um dos requisitos avaliativo. Salientar que esse trabalho foi desenvolvido nas
linhas de pesquisa na Universidade Católica de Moçambique (instituto de ensino à
distância) na cidade de Tete. Importa-nos referir que neste trabalho, iremos nos focalizar
nos seguintes aspectos: Análse das dimensões écticos deontológica, Carácter prudencial
da racionalidade prática, A relevância da existência do código éctico profissional para os
profissionais da educação.

Quanto a estrutura, importa nos que dizer que, o presente trabalho estará estruturado da
seguinte forma: na primeira fase compreende a introdução, de seguida a fundamentação
teórica, por fim, a conclusão e bibliografia.

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1.1 Objectivos
No que diz respeito aos objectivos, importa me realçar que tracei seguintes objectivos:
1.1.2 Objectivos gerais:
 Analisar A relevância da existência do código éctico profissional para os
profissionais da educação.

 Compreender a carência deontológica das profissões da educação

Objectivos específicos:
 Conceptualizar a deontologia

 Explicar a visão redutora da profissionalidade das profissões da educação.

 Descrever as dimensões écticos deontológica.

1.1. 4 Metodologia.
No que diz respeito a metodologia, importa salientar que, na execução do nosso
trabalho, optamos pelo método bibliográfico, que consistiu na consulta de alguns livros
e manuais já publicados cientificamente que já abordaram questões ou assuntos
pertinentes a nossa pesquisa.

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2.Fundamentação Teórica
2.1Análse das dimensões écticos deontológica
Deontologia é a ciência que estabelece normas directoras das actividades profissionais
sob o signo de retidão moral ou honestidade estabelecendo o bem a fazer e o mal a
evitar no exercício da profissão.

As questões de ética e moral são questões antropológicas por excelência, percorrendo


transversalmente todas as etapas e dimensões da vida humana. De uma maneira ou de
outra e nas mais diversas circunstâncias, todas as pessoas se interrogam sobre razões de
ser e de agir, aspirando sempre a ser mais e melhor. Ao contrário de outros animais, os
seres humanos possuem aptidão para consciencializar a sua relação com o mundo e a
partir daí direccionar o seu processo de desenvolvimento. De tal forma que só uma
“vida examinada” é considerada digna desse nome, como ensinava Sócrates, o filósofo
grego introdutor da maiêutica, ou arte de gerar conhecimento através do diálogo
reflexivo consigo próprio. (Perkin, 1987,p.43).

Segundo Kant (1995)realça que:

A moral corresponde ao plano de realização histórica da ética, remetendo para


as dimensões normativas e imperativas da acção valorizadas pela tradição
deontológica de inspiração kantiana. Ao contrário de Aristóteles, Kant considera
que a referência a uma ideia prévia de bem não é determinante na configuração
moral da vida humana, advogando antes o primado de uma vontade boa,
entendida como uma vontade inteiramente racional ou vontade despojada de
todas as inclinações e afecções oriundas do mundo sensível: «Esta vontade não
será na verdade o único bem ou o bem total, mas terá de ser contudo o bem
supremo e a condição de tudo o mais, mesmo de toda a aspiração de felicidade»
(p.120).
Nesta perspectiva, é a vontade humana que determina a qualidade moral da acção,
justificando que ela seja praticada por respeito ao dever e não apenas em conformidade
com o dever. E para que tal aconteça, é necessário que os imperativos morais assumam
uma forma categórica e não hipotética. «Age apenas segundo uma máxima tal que
possas ao mesmo tempo querer que ela se transforme em lei universal» (Kant, 1995).
Esta formulação do imperativo categórico contém os princípios fundamentais de toda a
legislação moral: racionalidade, universalidade e constrangimento(kant,1995,p.123

A vigência de um código deontológico, aceite como tal pelos professores, estes foram,
em momentos diferentes, contribuindo para a elaboração de princípios deontológicos,
sentidos como tal, princípios esses que conheceram uma presença difusa nos discursos

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produzidos, como uma espécie de “cristalização da experiência ética” desses mesmos
professores (Cunha, 1996, p.118).

A deontologia docente é vista como algo construído a partir do interior da profissão,


resultante duma reflexão própria sobre a prática, e não como algo imposto de fora, por
exemplo pelo Estado. É o que nos diz Langford (citado por Sockett, 1987)

Deontologia O termo “deontologia” (do grego deonta – dever e logos – razão) foi
introduzido pelo jurista e filósofo inglês Jeremy Bentham na obra Deontology or the
Science of Morality, publicada em 1834, dois anos após a sua morte. Jeremy Bentham
não pretendeu, como Kant seu contemporâneo, desenvolver uma teoria geral do dever,
preferindo centrar-se na análise das dimensões do dever-ser relativas a cada comunidade
e a cada situação em concreto. O que, de certo modo, ajuda a explicar a evolução do
termo “deontologia” por associação às morais particulares, como as morais profissionais
(Bentham,1748,p.223).

De acordo com Bentham(1832)referem que:

A deontologia o universo moral de uma determinada profissão, considerando


que existem comportamentos morais característicos e distintivos das actividades
profissionais. Conceptualmente indexadas ao campo da moral, as deontologias
obedecem a critérios de racionalidade, universalidade e constrangimento,
corporizando as obrigações decorrentes da adopção de padrões de desempenho
específicos. Considera-se, neste sentido, que a formalização de uma deontologia
corresponde a uma parte substancial do êthos (carácter) de uma profissão,
funcionando como vector de orientação e coesão identitária e, ao mesmo tempo,
como vector de responsabilização pública numa perspectiva de salvaguarda dos
interesses dos destinatários da actividade profissional (p.234).
A educação desempenha um papel crucial na promoção dessa espécie de compromisso,
cabendo-lhe justamente a tarefa de capacitação subjectiva e cívica das pessoas ao longo
de toda a sua vida. «O ser humano é um ser inacabado e consciente desse
inacabamento», como sublinha Paulo Freire, acrescentando que seria uma agressiva
contradição se, inacabado e consciente desse inacabamento, o ser humano não se
inserisse num permanente processo de esperançosa busca. Este processo é a educação
(Freire, 2000).

2.2 Carácter prudencial da racionalidade prática


A passagem da ética pelo crivo da norma é essencial numa perspectiva de justiça, como
foi dito. Contudo, a articulação necessária entre o plano teleológico e o plano
deontológico requer modalidades de pensamento prático que, não só não põem em

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causa a imperatividade do dever, como a sustentam. Recorde-se que ao identificar a
razão prática com o exercício de uma vontade racional, Kant, o filósofo da moralidade,
confrontou-nos com uma concepção paradoxal de dever, baseada na relação entre
constrangimento e liberdade, entre autonomia e heteronomia. O que obriga na obrigação
moral é a exigência de universalidade própria do imperativo categórico, mas a
interdição assume aqui um papel essencialmente pedagógico, visando acima de tudo
produzir efeitos ao nível da consciência dos actores e na forma de um tumulto reflexivo
gerador de sabedoria prática.

2.3 A relevância da existência do código éctico profissional para os profissionais da


educação.
Os professores e o pessoal de apoio à educação a responder às questões de relativas à
sua conduta profissional e, em simultâneo, aos problemas que surgem no
relacionamento entre os diferentes parceiros educativos .

As regras incorporadas em tal código são morais, antes de serem legais (ou mesmo não
o sendo), e, desde que partilhadas, maioritariamente cumpridas no quotidiano da
profissão. A elite da profissão foi contribuindo gradualmente, designadamente nas
páginas da sua imprensa, para a elaboração dessa espécie de código implícito do ensino,
o qual vai sendo posteriormente apropriado por camadas mais amplas e conscientes da
classe.

Cunha (1996) realça que″deontológico prevalecente nesse período – e a que chama


“deontologia do passado” – como uma “deontologia marcada pelo império da moral e
pelo sentido de responsabilidade ante a sociedade constituída”. O professor está ao
“serviço da verdade”, mas essa é uma verdade “determinada pela ideologia do regime” e
que se pretende “inculcar às novas gerações” (p.71).

O facto do professor ser “testemunha da virtude”, o que significa que desempenhava


um papel central na difusão de determinados valores e comportamentos, como a
honestidade, a obediência, a passividade, entre outros, de algum modo adequados à
integração dos jovens portugueses de então na sociedade idealizada pelo salazarismo.

Institucionalmente ligadas entre si e, ao mesmo tempo, enraizadas num determinado


contexto socio-comunitário, as escolas funcionam como organizações particulares,
reguladas por pactos éticos mais ou menos explícitos, expressivos de uma identidade, de
uma história e de uma cultura organizacional singular. Tratando-se de organizações

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centradas na missão pedagógica, as escolas produzem culturas relacionais especialmente
densas do ponto de vista humano e que acabam por funcionar como currículo oculto,
com efeitos significativos no sucesso das aprendizagens. Não há educação neutra, como
não há escolas neutras, professores neutros ou aulas neutras (Azevedo, 2003, p.45).

Em consonância com o que foi afirmado, as obrigações deontológicas dizem respeito a


papéis e a comportamentos estritamente profissionais. Mas esses papéis e
comportamentos específicos, indexados a universos teleológicos próprios, não são
dissociáveis dos princípios universais que regulam a moral social. Essa relação de
compatibilidade entre bens profissionais e bens sociais comuns é o que, por outro lado,
permite também assegurar a harmonia das diferentes deontologias entre si (Sperber,
2004,p.47).

A distinção ou identidade de uma profissão funda-se na natureza do seu objecto e na


especificidade do seu acto profissional típico. No seu conceito restrito, reside numa
composição dos atributos seguintes:

 Relevância social do serviço que presta


 Nível de especialização dos saberes que requer
 Normas deontológicas a que publicamente se obriga
 Qualidades pessoais que potenciam a excelência dos seus profissionais
 Independência e autonomia científico-técnica no seu exercício
 Poder de auto-regulação colectiva que lhe é reconhecido
 Estatuto económico e prestígio social que propicia.

No caso das profissões da educação, o imperativo deontológico é ainda mais forte do


que noutras, porque são as mais éticas das profissões, principalmente no caso dos
educandos mais jovens, por várias razões, a principal das quais é esta: nelas não está
apenas em causa a Ética do sujeito, isto é, o respeito da dignidade e direitos do
educando, mas está essencialmente em jogo o Sujeito ético, ou seja, a formação da
consciência moral e o desenvolvimento da capacidade de autonomia e responsabilidade
das crianças, adolescentes, jovens e eventualmente adultos.

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3.Conclusão
Após a efectivação do presente trabalho concluímos que, A deontologia o universo
moral de uma determinada profissão, considerando que existem comportamentos morais
característicos e distintivos das actividades profissionais. Conceptualmente indexadas
ao campo da moral, as deontologias obedecem a critérios de racionalidade,
universalidade e constrangimento, corporizando as obrigações decorrentes da adopção
de padrões de desempenho específicos. Considera-se, neste sentido, que a formalização
de uma deontologia corresponde a uma parte substancial do êthos (carácter) de uma
profissão, funcionando como vector de orientação e coesão identitária e, ao mesmo
tempo, como vector de responsabilização pública numa perspectiva de salvaguarda dos
interesses dos destinatários da actividade profissional. Os professores e o pessoal de
apoio à educação a responder às questões de relativas à sua conduta profissional e, em
simultâneo, aos problemas que surgem no relacionamento entre os diferentes parceiros
educativos .

E por fim constatamos que, a relação entre ética, deontologia e avaliação do


desempenho docente podem ser sistematizadas a partir de três ordens de argumentos
fundamentais: a primeira, ligada ao sentido de responsabilização pública da escola e em
consonância com a missão social que lhe é atribuída; a segunda, relativa à
especificidade da função de ensino e à matriz pedagógica do desempenho docente; a
terceira, respeitante à apreciação ética dos próprios “desempenhos avaliativos”

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4.Bibliografia
Bentham, J. (2011). Introduction aux Principes de Morale et de Législation. Tradução
de Centre Bentham. Paris: Vrin.

Agudo, F. Dias (1955). Introdução à vida docente. Lisboa: Livraria Sá da Costa.

Cunha, P. d’O. (1996). Ética e educação. Lisboa: Universidade Católica Portuguesa.

Estrela, M. T. (1990). Deontologia e formação moral dos professores. In Ciências da


educação em Portugal. Situação actual e perspectivas (pp.581-591). Porto: S.P.C.E.

Estrela, M. T. (1993). Profissionalismo docente e deontologia. Colóquio, educação e


sociedade, 4, Dezembro, 185-210.

Aristóteles. (2004). Ética a Nicómaco. Lisboa: Quetzal Editores.

Azevedo, J. (2003). Cartas aos Directores de Escolas. Porto: Edições ASA.

Perkin, H. (1987). The teaching profession and the game of the life. In P. GordonIs
teaching University of London

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