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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino a Distância


Centro de Recursos de Nampula
Licenciatura em Ensino de Matemática

Introdução a Psicologia

Nome do estudante: Felizardo Alberto


Código: 708230721

Nampula, Setembro de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino a Distância

Centro de Recursos de Nampula


Licenciatura em Ensino de Matemática

Introdução a Psicologia

Nome do estudante: Felizardo Alberto


Código: 708230721

Curso: Lic. Ensino de Matemática


Disciplina: Psicologia Geral
Ano de frequência: 1° Ano
Turma: F
Docente: Amélia Madirige

Nampula, Setembro de 2023

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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução............................................................................................................................6

2. Conceito de Psicologia........................................................................................................7

2.1. Objecto e Objectivos da Psicologia.................................................................................7

2.2. A evolução histórica........................................................................................................8

2.2.1. Os primórdios do pensamento psicológico..................................................................9

2.2.2. Do Império Romano ao Século XVIII.......................................................................10

2.3. Psicologia do Senso comum e Psicologia Científica.....................................................10

2.3.1. Constituintes do senso................................................................................................11

2.3.2. Psicologia científica...................................................................................................11

2.4. A estrutura do sistema nervosa......................................................................................12

2.4.1. Neurônio.....................................................................................................................12

2.4.2. Sinapse.......................................................................................................................13

2.4.3. Comunicação nervosa................................................................................................13

2.4.4. Cronaxia.....................................................................................................................14

3. Conclusão..........................................................................................................................15

4. Bibliografia........................................................................................................................16

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1. Introdução
A origem da Psicologia, ainda ligada aos estudos da Filosofia, pode ser localizada no quinto e
quarto séculos A.C., principalmente com as ideias de filósofos gregos como Sócrates, Platão e
Aristóteles, que levantaram hipóteses (e ideias) sobre o funcionamento da alma ou mente
humana. Essas e outras reflexões sobre a mente humana foram reformuladas e
complementadas por uma nova ciência, surgida muitos séculos depois, no século XIX, a
Psicologia.

A Psicologia Científica foi construída a partir de métodos e princípios teóricos que podiam ser
aplicáveis ao estudo e tratamento de diversos aspectos da vida humana. Nesse momento, a
Psicologia apareceu atrelada, principalmente, à Biologia.

Embora tendo nascido dentro da Filosofia, desenvolveu-se para se constituir em uma ciência,
com objecto de conhecimento e métodos próprios. Enquanto tal, de início passou a se
relacionar intimamente com a Biologia, sob carácter interdisciplinar que se expandiu através
de uma relação muito próxima também com as ciências sociais e exactas.

Exemplo maior disso é que a Psicologia buscou apoio na Estatística e na Matemática. Mais
recentemente cresceu a interacção da Psicologia com outras ciências, principalmente com a
Neurociência, a Linguística e a Informática, aumentando sua interdisciplinaridade e actuação
em campos como a Psicobiologia, a Psicofarmacologia, a Inteligência Artificial e a
Psiconeurolinguística.

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2. Conceito de Psicologia
Actualmente, a psicologia é definida como sendo ciência do comportamento e da actividade
mental. Esta definição encerra em si a dualidade de objecto da psicologia, ou seja, o estudo do
comportamento e da actividade mental, ponto de vista que é até hoje assumido por grande
maioria de psicólogos e que nos parece mais racional.

Por comportamento se entende aqui como sendo todos os actos observáveis no indivíduo ou
no animal incluindo a linguagem e por actividade mental entende-se todo o desencadeamento
de processos mentais tais como: a atenção, a percepção, a memória, o pensamento e outros
(Davidoff, 1980).

Cada ciência diferencia-se da outra pelas particularidades do objecto de estudo. Assim, por
exemplo, a biologia tem por objecto de estudo os seres vivos (plantas, animais incluindo o
próprio homem), a geografia estuda a terra.

No caso da psicologia, a questão da definição do seu objecto de estudo torna-se muito difícil
quando comparado com outras ciências e a compreensão do seu objecto de estudo depende da
forma como as pessoas que estão ocupadas com esta ciência concebem o mundo. A
dificuldade na delimitação do objecto de estudo da psicologia reside no facto de que desde há
muito tempo os fenómenos que se relacionam com a inteligência humana sempre foram
considerados fenómenos particulares.

2.1. Objecto e Objectivos da Psicologia


Ao analisarmos o objecto de estudo da psicologia podemos tomar três atitudes fundamentais:
a atitude ingénua, a atitude artística, ou atitude científica conforme ilustra a tabela abaixo.

Estas três atitudes são tomadas com relação a natureza da própria mente ou seja como a
psique é vista e quanto à sua actividade.

A atitude ingénua baseia-se nas opiniões e crenças para compreender os fenómenos. Por
exemplo a crença de que a vida das pessoas é governada pelos espíritos dos nossos
antepassados. Essa crença faz com que as pessoas acreditem por exemplo que as almas dos
mortos vagueiam por entre os lugares escuros ou suspeitos e aparecem perante os nossos
olhos em forma de fogo, vento, vozes, etc., atormentando os vivos. Para acalmar os ânimos
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desses espíritos deve-se praticar rituais próprios como por exemplo uma missa onde são
evocados todos os espíritos dos mortos (Penna, 2004).

Nesses rituais também se sacrificam animais e se derramam bebidas e realizam-se preces


pedindo tudo que é de bom para a vida e afastando o mal. A nossa cultura em geral está
carregada de crenças deste tipo. Esta forma de estar permite o indivíduo relacionar-se com o
mundo e com os fenómenos da natureza construindo a sua percepção sentimentos etc., em
relação a eles. Neste sentido o objecto da psicologia é o conhecimento intuitivo das pessoas.
As vezes dizemos aquela pessoa foi apossado por espíritos. Ela comporta-se assim porque tem
espíritos.

Segundo Penna (2004), a outra atitude que se pode tomar em relação ao objecto de estudo da
psicologia é a atitude artística. A atitude artística baseia-se na intuição e na representação. Os
objectos da natureza são vistos como tendo vida. O artista Maconde que esculpe uma madeira
da vida ao seu objecto. O pintor que pinta um quadro também dá vida ao seu quadro. Fala
com ele atribui acções a esse mesmo quadro. Aqui a psicologia tem como objecto analisar
como as pessoas interpretam os fenómenos da natureza tomando como base o facto de que os
diversos objectos que circundam o homem podem se lhes atribuir um sentido próprio.

A atitude científica baseia-se na reflexão e na investigação duma forma objectiva dos


fenómenos psicológicos usando a experimentação para colectar dados a serem analisados
posteriormente. No nosso caso devemos tomar uma atitude científica para

A convicção de que o objecto da psicologia era a alma relaciona-se com a visão dos povos
primitivos na qual havia falta de distinção clara entre o corpo e a alma. Esta visão baseou-se
fundamentalmente na interpretação materialista primitiva (diferente do materialismo
cientifico) dos fenómenos da vida consciente tais como o sono, a morte e o desmaio. Os
sonhos eram tidos como impressões da alma que deixavam o corpo durante o sono. A alma
era vista portanto como “sósia” do homem quer dizer, as necessidades de sobrevivência desta
eram as mesmas que as do homem.

2.2. A evolução histórica


No meio científico diz-se que a Psicologia é uma ciência com um longo passado, mas com
uma história curta. Esta afirmação faz sentido quando consideramos dois grandes momentos
na sua história:

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O momento filosófico-especulativo e o científico. O primeiro tem sua origem no pensamento
grego e se estende até o final do século XIX ou princípio do XX, período considerado como
marco do surgimento da Psicologia Científica, o segundo momento.

Diante disso, é de fundamental importância o estudo da história da Psicologia como uma


forma de apreensão da criação humana quanto a esse tema, entendendo como e por que ela foi
criada, o que traz consigo a possibilidade de contextualização do advento da ciência
psicológica e, assim, a compreensão das linhas teóricas que permeiam as investigações e
produções teóricas atuais (SCHULTZ, 1995).

2.2.1. Os primórdios do pensamento psicológico


Como já mencionamos, as primeiras ideias, no Ocidente, relacionadas à Psicologia, surgiram
com o pensamento filosófico, quando os gregos se propunham indagar, investigar, organizar e
compreender o mundo. Nas palavras de Marilena Chauí:

[...] a filosofia surgiu quando se descobriu que a verdade do mundo e dos


humanos não era algo secreto e misterioso, que precisava ser revelado por
divindades a alguns escolhidos, mas que, ao contrário, podia ser conhecida por
todos, através da razão que é a mesma em todos; quando se descobriu que tal
conhecimento dependia do uso correto da razão ou do pensamento e que, além
da verdade poder ser conhecida por todos, podia pelo mesmo motivo, ser
ensinada ou transmitida a todos (CHAUÍ, 1995, p.23).
É neste sentido que a Filosofia enquanto conhecimento sistemático e racional oportunizou o
surgimento das primeiras indagações sobre a subjectividade do homem.

A origem da Psicologia, considerada inicialmente como parte da Filosofia, ou Filosofia


Mental, pode ser localizada no quarto e quinto séculos A.C. com os filósofos gregos Sócrates,
Platão e Aristóteles, que levantaram questionamentos e reflexões sobre o funcionamento da
mente.+ Mas, antes de nos referirmos a esses estudiosos com mais atenção, é preciso colocar
que a Filosofia Pré-Socrática (conjunto de teorias que antecederam o filósofo Sócrates) tinha
como foco o estudo a relação do homem com o mundo, por intermédio da percepção. Isso
permitiu a Sócrates (469-399 a.C.) dar maior consistência ao que viria ser a Psicologia,
principalmente por defender a noção de que o homem diferia dos animais, pois era dotado de
razão, ou inteligência.

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2.2.2. Do Império Romano ao Século XVIII
Durante o período áureo do Império Romano surgiu o Cristianismo. Este se constitui em uma
força religiosa que com o seu desenvolvimento se tornou, também, mais tarde, força política.

As ideias cristãs, embora no princípio não tenham tido o peso político, foram de importância
para o desenvolvimento da Psicologia. À população romana sem esperança, faminta não só de
pão, mas de paz de espírito, as ideias acenaram com a vida eterna, paz de espírito em outro
mundo. O Cristianismo se desenvolveu, tornando-se mais presente na vida dos romanos como
nos países que esses dominavam. Tudo isso aconteceu paralelamente ao declínio de Roma,
oportunizando acontecer o surgimento de uma nova estrutura sociopolítica na Europa.

Com esta nova estrutura, um novo período histórico se estabeleceu: a Idade Média. E, foi
durante esse período que dois grandes filósofos surgiram: Santo Agostinho (354-430) e São
Tomás de Aquino (1225-1274), estruturando ideias que ajudaram no desenvolvimento para o
surgimento da Psicologia.

Outro filósofo foi John Locke (1632-1704) que destacou o papel das impressões sensoriais
sobre o desenvolvimento da nossa experiência. Descreveu o espírito da criança como uma
folha de papel em branco (tábula rasa) na qual são registradas as experiências. Por sua vez, as
ideias de Locke favoreceram o surgimento de uma psicologia para a qual os males dos seres
humanos eram determinados pelo meio ambiente.

2.3. Psicologia do Senso comum e Psicologia Científica


Agora, passemos ao século XIX. Esse foi um século marcado pelo advento de muitas ciências
e pelo recuo da Filosofia, enquanto teoria do conhecimento. Foi nesse contexto que surgiu a
Psicologia Científica. Com a crise económica e social causada pela emergência do modo de
produção capitalista, o indivíduo também entrava em crise, questionando vários aspectos da
sua existência. Surgiu, então, a necessidade de uma ciência que explicasse os aspectos
individuais e subjectivos do ser humano.

O conhecimento produzido pela Psicologia, até então, era predominantemente especulativo.


Foi Charles Darwin (1809-1882), fundador da moderna doutrina genética e da
hereditariedade, quem contribuiu com o método de observação e experiência. Com sua obra
“A Origem das Espécies” (1859), Darwin influenciou de modo revolucionário quase todos os
domínios da ciência.

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A psicologia divide se em duas partes, nomeadamente: Psicologia do senso comum e a
Científica (Aguiar, 2005)..

A Psicologia do senso comum é responsável pelo entendimento do senso comum que é tudo o
que fazemos sem precisarmos de métodos científicos para explicá-los, ou seja, é o que
aprendemos com nossos pais e avós. Portanto podemos afirmar que o senso comum é um
conhecimento intuitivo, espontâneo de tentativas e erros que adquirimos ao longo dos tempos
seja passado de geração a geração ou por própria vivencia.

Por exemplo: um indevido que viveu por muito tempo sem pulverisao nenhuma da sua casa,
quando lhe é pulverizada pela primeira vez, cuja tal pulverisao conscide com um certo
problema, pelo penamento intuitivo pode concluir que foi da pulverisao que derivou
problema.

2.3.1. Constituintes do senso


 O senso comum é constituído por um conjunto de crenças fundamentais sobre
 a natureza do mundo físico e social.
 O senso comum é constituído por um conjunto de máximas e provérbios que as
 pessoas partilham sobre o mundo físico e social.
 O senso comum é constituído por uma maneira comum de pensar sobre o
 mundo físico e social

2.3.2. Psicologia científica


Psicologia científica é focada em fatos que podem ser comprovados cientificamente, pois a
mesma é basada principalmente pela ciência.

Diferença

A diferença existente entre a psicologia do senso comum da cientifica é que a psicologia do


senso comum não tem métodos científicos e não possuem uma corrente de pensamento
enquanto que a científica tem métodos científicos e possue uma corrente de pensamento.

Relação

A relação existente entre a psicologia do senso comum e a científica é conhecimento a


psicologia.

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2.4. A estrutura do sistema nervosa
O sistema nervoso é um dos principais agentes responsáveis pelas extraordinárias capacidades
humanas, além dos processos de perceber, agir, aprender e lembrar.

O Sistema Nervoso controla todas as atividades físicas, conscientes e inconscientes, sendo


formado por bilhões de células nervosas (neurônio) que captam informações vindas do
interior e do exterior do corpo

Na sua actividade, o sistema nervoso dispõe de dois subsistentes fisiológicos que se designam
por sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).

 O sistema nervoso central desempenha essencialmente as tarefas associadas ao


processamento e coordenação das informações. É constituído por duas estruturas
nervosas: o cérebro e a espinal-medula.
 O sistema nervoso periférico desempenha as tarefas ligadas à condução e a circulação
das informações. Nele se inscrevem os nervos sensoriais, os motores e os mistos.

2.4.1. Neurônio
Desde os órgãos coordenadores aos condutores, todo o sistema nervoso é constituído por
células nervosas, unidades básicas designadas por neurônio.

Tas como as demais células, o neurônio é formado por um corpo celular, em cujo interior se
situa o núcleo. Diferencia-se, no entanto, das outras células por uma série dos
prolongamentos, que o constituem, a que se da o nome de dendrites. Um deles alonga-se
bastante em relação aos outros, chegando a apresentar alguns decímetros de comprimento: é o
cilindro-eixo ou axônio, que termina num conjunto de ramificações parecidas com uma raiz,
chamadas telodendrites.

Para (Abrunhosa & Leitão, 2009, p. 60) os neurônios apresentam duas propriedades
importantes para compreender a circulação de mensagens.

 Excitabilidade, que lhes permite reagir a estímulos. Quando uma fibra nervosa é
estimulada, modificam-se as suas características elétricas, o que produz uma pequena
corrente a transmitir a outro neurônio.

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 Condutibilidade, que lhes permite transmitir as excitações e outras células nervosas. A
direção normal das excitações implica a sua passagem das telodendrites de um axônio
as dendrites do neurônio seguinte.

2.4.2. Sinapse
Uma das funções dos neurônios é a condutibilidade, ou seja, a transmissão dos impulsos
nervosos que, no seu conjunto, constituem o influxo nervoso. Os impulsos nervosos transitam
das telodendrites de um neurônio as dendrites do seguinte, levando com elas as informações.

INFLUXO NERVOSO energia ou impulsos elétricos que circulam nos neurônios.

Não existe contacto físico ou continuidades entre as dendrites de um neurônio e as


telodendrites do neurônio seguinte, mas uma ligação funcional, a que se da o nome da
sinapse.

Entre as telodendrites de um axônio e as dendrites do neurônio seguinte existe um pequeno


intervalo a que da o nome de fenda sinaptica. Nas extremidades do axônio existem pequenas
vesículas com substâncias químicas, os neurotransmissores ou mensageiros químicos. No
momento em que o influxo nervoso atinge o ponto sináptico, as vesículas laçam essas
substâncias na fenda, cheia de partículas ionizadas, preenchendo o espaço intercelular ou
sinóptico. As partículas ionizadas atuam quimicamente sobre as paredes das dendrites do
neurônio seguinte, cujo equilíbrio eléctrico fica momentaneamente alterado, absorvendo a
informação transmitida. De imediato segue-se a recaptação dos neurotransmissores para as
vesículas, ficando assim disponível para novo impulso.

2.4.3. Comunicação nervosa


Como órgão coordenador, o cérebro tem que “saber” o que se passa no organismo. Este
conhecimento só é possível mediante a circulação da informação através dos nervos, que são
um conjunto de fibras nervosas formadas por axônios e recobertas por uma membrana.

Os nervos são, pois as vias de circulação das mensagens entre o sistema nervoso central, os
órgãos sensoriais, os músculos e as glândulas. Por exemplo, ao acabar de ler uma página, os
nervos encarregam-se de levar ao cérebro essa informação é trazer aos músculos do braço e da
mão as instruções para voltar a folha.

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A informação circula em três tipos de nervos, que fazem parte o sistema nervoso periférico:
os sensórios, os motores e os mistos.

 Nervos sensoriais- O mesmo que nervos aferentes. Transportam as informações dos


órgãos sensoriais até a espinal-medula e ao cérebro, para ai serem processadas.
 Nervos motores- O mesmo que eferentes. Transportam as impressões dos órgãos
periféricos, isto é, músculos e glândulas.
 Nervos mistos- Transportam a informação da periferia para os órgãos centrais (cérebro
e espinal-medula), e destes para os órgãos periféricos.

Sensoriais, motores ou mistos, os nervos são constituídos por feixes de dendrites e axônios,
que podem ter junções sinópticas com muitos outros. Porém, os impulsos nervosos não
transmitem indiscriminadamente para qualquer neurônio. São os órgãos centrais que decidem
o trajecto que o influxo deve seguir e lhe indicam o percurso, fazendo uma espécie de
agulhagem.

2.4.4. Cronaxia
Cronaxia é velocidade com que uma célula nervosa pode excitar (Abrunhosa & Leitão, 2009,
p. 63).

Os neurônios não levam o mesmo tempo a reagir estímulos, possuindo cronaxias diferentes.
Porém, o influxo nervoso só transita de células para outras quando possuem a mesma
cronaxia.

Compete aos centros nervosos fazer com que as células nervosas fiquem com a mesma
velocidade de excitação ou com velocidades de excitação diferentes.

 Os neurônios que ficam com a mesma rapidez de excitabilidade são aqueles por onde
passa o influxo.
 Os neurônios que ficam com rapidez de excitabilidade diferente são aqueles por onde
o influxo não pode circular.

Assim, os centros nervosos definem, pelas alterações que introduzem nas cronaxias, o trajecto
que o influxo deve seguir: da periferia aos órgãos centrais, para que as mensagens veiculadas
sejam descodificadas, ou dos órgãos de comando aos efectores, para que o comportamento
seja efetuado.

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3. Conclusão
Conclui-se que a convicção de que o objecto da psicologia era a alma relaciona-se com a
visão dos povos primitivos na qual havia falta de distinção clara entre o corpo e a alma. Esta
visão baseou-se fundamentalmente na interpretação materialista primitiva (diferente do
materialismo cientifico) dos fenómenos da vida consciente tais como o sono, a morte e o
desmaio. Os sonhos eram tidos como impressões da alma que deixavam o corpo durante o
sono.

A Psicologia do senso comum é responsável pelo entendimento do senso comum que é tudo o
que fazemos sem precisarmos de métodos científicos para explicá-los, ou seja, é o que
aprendemos com nossos pais e avós. Portanto podemos afirmar que o senso comum é um
conhecimento intuitivo, espontâneo de tentativas e erros que adquirimos ao longo dos tempos
seja passado de geração a geração ou por própria vivencia.

Por exemplo: um indevido que viveu por muito tempo sem pulverisao nenhuma da sua casa,
quando lhe é pulverizada pela primeira vez, cuja tal pulverisao conscide com um certo
problema, pelo penamento intuitivo pode concluir que foi da pulverisao que derivou
problema.

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4. Bibliografia
ABRUNHOSA, M. A & LEITÃO, M. (2009). Psicologia B. Lisboa: Edições Asa.

AGUIAR, M. A. F (2005). Psicologia aplicada à administração: uma abordagem


multidisciplinar. São Paulo: Saraiva,.

BOCK, A M. B. & FURTADO, O. (1999). Psicologias: uma introdução ao estudo da


psicologia. São Paulo: Saraiva.

CHAUÍ, M. (1995). Convite à filosofia (3.ed). São Paulo: Ática.

PENNA, A. (1978). Introdução à história da Psicologia contemporânea. Rio de Janeiro:


Zahar.

PENNA, A. G. (2004). Introdução à psicologia do século XX. Rio de Janeiro: Imago.

SCHULTZ, S. (1995). História da Psicologia moderna. São Paulo: Cultrix.

WERTHEIMER, M. (1996). Pequena história da Psicologia. 2.ed. São Paulo: Zahar.

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