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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
Referencial teórico......................................................................................................................5
Conclusão..................................................................................................................................13
Bibliografias..............................................................................................................................14
Introdução
O presente trabalho de pesquisa fala sobre ‘’Pensamento social da Igreja católica’’. O
reconhecimento da dignidade pessoal do ser humano e sua fundamentação última na
semelhança de sua imagem à de Deus é a herança cristã decisiva, cuja fecundidade deve ser
repetidamente resgatada para a configuração do mundo e da sociedade. A compreensão cristã
do ser humano, da sua pessoalidade e dignidade tem consequências necessárias ao
ordenamento e à configuração do convívio dos homens.
Porém, a tradição da doutrina e ética social cristãs, três princípios sociais fundamentais
cristalizaram-se com vistas a essa compreensão cristã do ser humano: o princípio do bem
comum, o princípio da solidariedade e o princípio da subsidiariedade. Nesses princípios, a
referência à “dimensão social no sentido próprio do termo, isto é, ao âmbito institucional, à
interacção social cimentada em estruturas, ordenamentos e relações sociais” tem um viés
especificamente sócio-ético. Disso resulta, do ponto de vista ético, a referência prioritária à
justiça (social) a ser realizada.
Importa salientar que para a efectivação dos trabalho recorra-se á pesquisa Bibliográfica,
abordagem qualitativa e ao estudo de caso, de forma a alcançar os objectivos.
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Referencial teórico
Daquilo que diz respeito à comunidade dos homens situações e problemas referentes à justiça,
à libertação, ao desenvolvimento, às relações entre os povos, à paz, pessoal e social do
homem. Para a Igreja, ensinar e difundir a doutrina social pertence à sua missão
evangelizadora e faz parte essencial da mensagem cristã, porque essa doutrina propõe as suas
consequências directas na vida da sociedade e enquadra o trabalho diário e as lutas pela
justiça no testemunho de Cristo Salvador.
«A missão própria que Cristo confiou à sua Igreja não é de ordem política, económica e
social. Pois a finalidade que Cristo lhe prefixou é de ordem reli giosa. Mas, na verdade, desta
mesma missão religiosa decorrem benefícios, luzes e forças que podem auxiliar a organização
e o fortalecimento da comunidade humana segundo a Lei de Deus» ( Gaudium etspes, n. 42).
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Um rápido olhar sobre dois textos bíblicos pode nos dar uma ideia do que significa retomar o
estudo da DSI. O primeiro é do evangelista Lucas: Jesus encontra-se recolhido num lugar à
parte e, sob a insistência dos discípulos, ensina o Pai-nosso (Lc 11,1-4).No segundo texto, o
evangelista Mateus faz um breve resumo das actividades de Jesus (Mt 9,35-38). No primeiro
caso, Jesus está na montanha em oração; no segundo, Jesus “percorre as cidades e aldeias”,
compadecendo-se das multidões “cansadas e abatidas”. Ou seja, na prática de Jesus montanha
e rua não se excluem, mas se complementam se interpelam e se enriquecem mutuamente.
Quanto mais Jesus aprofunda sua intimidade com o Pai, na montanha, mais se desdobra no
compromisso com os pobres, pelas ruas. A montanha exige a rua e a rua exige a montanha.
Oração e acção social constituem duas dimensões indissociáveis de uma mesma prática.
Tudo isso ficará ainda mais evidente em episódios como o Bom Samaritano (Lc 10,25- 37),a
narração do Juízo Final (Mt 25,31 -46) ou os retratos das primeiras comunidades cristãs (At
2,42-47; 4,32 -37). Se, por um lado, a mensagem do Evangelho tem como centralidade
inquestionável a preocupação com o Reino de Deus, por outro, no coração do Reino
encontram-se os pobres como os predilectos de Jesus.
A polémica entre doutrina ou ensinamento tem aqui sua razão de ser. A palavra doutrina
denota uma série de princípios fechados, definidos, dogmas imutáveis. Já o termo ensino ou
ensinamento mantém seu carácter aberto, dinâmico e flexível, disposto sempre a incorporar
ou rever os valores de acordo com o passar do tempo. Ou seja, estamos diante de um processo
em permanente crescimento. Mais do que um fóssil cristalizado no tempo e no espaço, a DSI
constitui um organismo vivo que é capaz de adaptar-se às circunstâncias da história e de
remodelar-se aos acontecimentos mais imprevisíveis. Sim, um organismo vivo que respira a
atmosfera de um determinado contexto social. Nele nasce, cresce e se desenvolve. Embora
localizado no tempo e no espaço, vai forjando princípios de validade universal, numa
permanente releitura da mensagem evangélica.
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Foi Paulo VI, na Octogesima Adveniens (1971) quem melhor apresentou esta mudança de
enfoque, isto é, a passagem do conceito de doutrina para o de ensinamento.
É nessa dialéctica entre um corpo de doutrinas sólidas e um constante aprendizado diante dos
fatos que o magistério procura navegar. Trata-se, como se vê, de uma perspectiva ao mesmo
tempo doutrinal e pastoral, preocupada, simultaneamente, com o rigor dos fundamentos
bíblico-teológicos e com as exigências éticas da acção social. Assim sendo, daqui para a
frente utilizaremos alternadamente e com significados idênticos os termos doutrina ou
ensinamento social da Igreja, ficando por conta do leitor optar por um ou por outro.
Por outro lado, a chamada “onda vermelha” do socialismo ganha terreno a olhos vistos.
Trava-se na Europa de então uma batalha surda entre liberalismo económico e teoria marxista.
Iremos ver como Leão XIII se vê como que premido entre essas duas forças ideológicas, as
quais vale dizer, expressam interesses distintos e contraditórios. Se, por uma parte, procura
impedir que os pobres e indefesos, especialmente os operários, sejam devorados pela ganância
selvagem do capitalismo nascente, por outra, procura defendê-los do que ele chama o
“principal inimigo da doutrina da Igreja”.
1. Amais incisiva preocupação dos Papas, de Leão XIII a João Paulo II, sempre foi a
centralidade e a dignidade da pessoa humana. A promoção integral do homem, a liberdade de
expressão e de religião, a defesa incondicional da vida, o combate a todo tipo de preconceito,
discriminação e racismo são temas correlatos que enriquecem as páginas dos documentos.
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2. O ser humano, como lembra a Gaudium et Spes,é autor, centro e fim do desenvolvimento
económico. Nada o atinge mais profundamente do que o fato de ter se tornado mero
instrumento diante dos imperativos da economia de mercado ou do colectivismo. A dignidade
da pessoa humana deve ser o objectivo último da produção de bens, da organização política
Nos dias de hoje, a pobreza, a fome e a violência, entre outros males, ameaçam esse princípio
desde os seus fundamentos. Daí a necessidade de manter viva a opção preferencial pelos
pobres, como sujeitos da própria libertação. Não podemos falar de dignidade humana sem
falar de condições reais de vida, o que em termos concretos significa o respeito aos direitos
fundamentais, tais como alimentação, saúde, educação, trabalho, habitação, entre outros.
3. Uma segunda orientação que acompanha a DSI desde a Rerum Novarum é o primado do
trabalho sobre o capital. Questões relativas ao salário justo, à subsistência familiar e à grande
chaga que é desemprego são as principais preocupações do magistério nas relações entre
patrões e empregados. Hoje, com o fenómeno da economia globalizada e
Ao mesmo tempo, os textos não se cansam de chamar a atenção para a demasiada intervenção
do Estado, a qual pode ferir a autonomia das instituições da sociedade civil.
Trata-se de salvar aqui outro princípio que tem sido caro à doutrina social: o da
subsidariedade. O Estado não deve tomar sobre si as tarefas que podem ser realizadas pelas
organizações ou instâncias da sociedade civil, nem, inversamente, jogar sobre estas o peso de
certos encargos que são de competência das autoridades maiores.
Além disso, desde a Rerum Novarum,o Estado aparece como aquele que deve intermediar
tensões entre capital e trabalho, patrões e empregados. Parte-se do pressuposto de que é
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possível conciliar as duas classes em jogo. A história irá mostrar como essa tentativa de
buscar a concórdia e a harmonia entre as classes se tora ilusória,
A respeito da necessidade de abrir novas frentes de trabalho, João Paulo II distingue entre
empresário, directo e empresário indirecto, definindo este último como “o conjunto de
instâncias, em escala nacional e internacional, responsáveis por todo o ordenamento da
política trabalhista”.
A ICR tem, também, uma tríplice leitura do espaço: a) um espaço restrito, a diocese onde é
exercido o poder dos bispos; b) um espaço mais amplo, a igreja universal, com sede em
Roma; e c) um espaço mítico, religioso propriamente dito. (Roy, 1990)
Para facilitar a compreensão da arena eclesiástica católica, elaborei, à luz de Weber, seis tipos
ideais de pólo de poder intra-eclesiástico. Defino os pólos de poder como instâncias
dialécticas, cujos atores interagem e disputam a hegemonia interna das instituições. Na arena
católica, o poder divide-se, assimetricamente, entre seis pólos:
1. O pólo pontifício, representado pelo papa, que a doutrina católica considera sucessor do
apóstolo Pedro;
2. O pólo episcopal, representado pelo bispos, 3. O pólo burocrático central, representado pela
Cúria Romana;
No aspecto legal, assim como o papa tem jurisdição sobre o conjunto da Igreja, os bispos a
possuem sobre as suas dioceses e os padres sobre suas paróquias. Dessa forma, ela reproduz,
mutatis mutandis, o modelo geográfico-admi nistrativo do Império Romano.
Poderia ser chamada de uma oligarquia? Nas estruturas e práticas dessa instituição, prevalece
ou não o padrão clássico de uma democracia?
A resposta oficial da Igreja a essas questões, em vários estudos e documentos, estabelece uma
simbiose entre referências teológicas e referências políticas, ao enfatizar que nenhuma forma
política válida para um Estado pode também valer para a Igreja, por não se tratar de uma
instituição exclusivamente temporal. "A Santa Sé – afirma documento da Secretaria de Estado
do Vaticano – não constitui um poder temporal, comfinalidades políticas, mas uma autoridade
moral". Estudos eclesiológicos indicam, por outra parte, que, pelo menos em seus primórdios,
prevalecia na comunidade cristã préconstantiniana um conjunto de práticas com as
características da democracia directa
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A realidade mostra que, embora os princípios da vivência comunitária e da colegialidade
tenham sido aprovados pelo Concílio Vaticano II, o exercício do poder na Igreja ainda se
concentra, principalmente, nos pólos pontifício e burocrático-curial. Veremos, mais adiante,
que, em termos geopolíticos, a Igreja já deixou de ser eurocêntrica, embora o governo
eclesiástico continue centralizado no Vaticano. A terceira pergunta refere-se à intersecção
entre essa dinâmica interna da Igreja e as relações exteriores do Vaticano e da Santa Sé, de
que trataremos adiante.
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Conclusão
Quem quer que seja o sucessor de João Paulo II, terá, diante si, o desafio de adequar o
discurso da Igreja à actual realidade de um mundo globalizado, mais de trinta anos depois do
Concílio Vaticano II; de reforçar o diálogo inter-religioso; de adoptar novos métodos de
trabalho, para dentro e para fora, e que consigam dar uma resposta aos desafios da
secularização e da deseclesialização.
O estudo que acabamos de ler, a respeito do pensamento social da igreja católica, representa
um vôo de pássaro sobre um século de documentos do Magistério Católico.
A bem dizer, o aprofundamento do tema da doutrina social não tem conclusão. Ou melhor,
poderíamos afirmar que a conclusão é o próprio desdobramento do estudo em acções
solidárias consequentes. Em outras palavras, concluir é concretizar os princípios da DSI no
desafio de transformar as pessoas e as estruturas de uma realidade injusta. Três passos são
importantes na passagem do estudo à actuação pastoral: a) Conhecer o contexto em que
nasceram os diversos escritos da DSI e as respectivas respostas dadas pela Igreja na ocasião;
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Bibliografias
1. BAZÁN, Pedro M. (1991). "Para entender la postmodernidad". Estudio Agustiniano 24. L
404. Selecciones de Teologia, pp. 154-160
2. BIDEGAIN, Ana Maria (2002). Religious recomposition in global societies: the role of the
Catholic Church in the Argentine and Colombian crises. Paper.
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